Apostila Cursos Edgar Abreu Cea Julho 2022
Apostila Cursos Edgar Abreu Cea Julho 2022
Apostila Cursos Edgar Abreu Cea Julho 2022
www.cursosedgarabreu.com.br
SOBRE O PROFESSOR EDGAR ABREU
w w w. c u r s o s e d ga ra b r e u . c o m . b r
edgar@4ued.tech
@abreu.edgar
@ p ro f. e d ga ra b re u
edgar-abreu
edgarabreu.oficial
SOBRE O MATERIAL
1 Superavitário: quem possui dinheiro sobrando e está disposto a poupar. Deficitário: quem tem déficit financeiro e busca
recursos junto ao mercado.
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CEA
Seguro,
Mercados
Previdência Previdência
Moeda, Crédito e
Capitais Aberta, Fechada – Fundo
Câmbio
Capitalização e de Pensão
Resseguro
Conselho Conselho Nacional
Normativos
Conselho Conselho
Nacional de de Previdência
Monetário Monetário
Seguros Privados Complementar –
Nacional – CMN Nacional – CMN
– CNSP CNPC
Banco Central
Superintendência
Supervisores
do Brasil – BCB
Superintendência Nacional de
Banco Central do e Comissão
de Seguros Previdência
Brasil – BCB de Valores
Privados – SUSEP Complementar –
Mobiliários –
PREVIC
CVM
#DICA DO PROFESSOR
No edital de certificação CEA, somente os órgãos pintados são cobrados. Já os supervisores
podem ser todos abordados em sua prova.
12
MÓDULO 01
Composição CMN
1. Ministro da Economia (presidente)
2. Presidente do Banco Central do Brasil
3. Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia
Seus membros se reúnem, ordinariamente, uma vez por mês, para deliberar sobre assuntos rela-
cionados com as competências do CMN.
#PaiEd | Atualiza
Cuidado, muitos materiais antigos (inclusive meus) e muitos professores atuais, que não se
atualizam, utilizam os objetivos REVOGADOS do CMN. Isso mudou... desde a Lei Complemen-
tar 179 de fevereiro de 2021 (como já se passaram 6 meses, pode cair na sua prova), que deu
autonomia para o BACEN, acabou tirando algumas coisas do CMN, mas vem comigo que vou
te explicar da forma CORRETA!
Eu risquei (tachado) os objetivos (3 primeiros) e a competência (primeira) que NÃO são mais
do CMN para facilitar seus estudos.
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CEA
Já as competências do CMN estão redigidas no artigo 4º da Lei que o cria (nº 4.595/64). Entre elas,
as principais são:
1. Autorizar as emissões de papel-moeda;
2. Fixar as diretrizes e normas da política cambial;
3. Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas
formas;
4. Regular a constituição, funcionamento e fiscalização das Instituições Financeiras;
5. Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos e comissões, e qualquer outra
forma de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, inclusive os prestados
pelo Banco Central;
6. Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão em-
prestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas;
7. Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições fi-
nanceiras.
#PaiEd | Atualiza
Muito cuidado agora! A LC 179 alterou muitas coisas sobre o BACEN, desvinculando do minis-
tério, tirando o status de ministro do seu presidente, estipulando mandato para seus direto-
res, enfim, muitas mudanças, mas fique tranquilo que o #PaiEd vai mastigar tudo para você!
Vem comigo rumo a CEA!
Banco Central do Brasil é autarquia2 de natureza especial caracterizada pela AUSÊNCIA de vincula-
ção a Ministério, com sede e foro em Brasília-DF e atuação em todo o território nacional, embora
suas representações estejam restritas às capitais dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São
Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará.
IMPORTANTE!
No primeiro e no segundo semestre de cada ano (semestralmente), o presidente do BC deverá
apresentar ao Senado, com arguição pública, relatório de inflação e relatório de estabilidade
financeira, explicando as decisões tomadas no semestre anterior.
O BCB é o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e, segundo o artigo
2º do seu regimento interno (Portaria nº 84.287, de 27 de fevereiro 2015), as suas finalidades são:
• Formulação, execução, acompanhamento e controle das políticas monetária, cambial, de cré-
dito e de relações financeiras com o exterior.
• Fazer a gestão do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e dos serviços do meio circulante.
• Organizar, disciplinar e fiscalizar o Sistema Financeiro Nacional (SFN) e do Sistema de Consórcio.
2 Autarquia: serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios para executar
atividades típicas da Administração Pública que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e
financeira descentralizada.
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MÓDULO 01
Políticas econômicas:
• Conselho Monetário Nacional (CMN): responsável por coordenar.
• Banco Central do Brasil (BCB): responsável por executar, acompanhar e controlar.
IMPORTANTE!
Os mandados dos diretores serão fixos de 4 anos, podendo ser reconduzido uma vez para o cargo
e não podendo coincidir com o mandato do presidente da república.
15
CEA
Os mandatos dos diretores serão de 4 anos, podendo ser reconduzido uma vez para o cargo e não
podendo coincidir com o mandato do presidente da república.
Dentre suas atribuições do BCB estão:
1. Emitir papel-moeda e moeda metálica;
2. Executar os serviços do meio circulante;
3. Realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras;
4. Efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais;
5. Exercer o controle de crédito;
6. Estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições finan-
ceiras;
7. Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais e controlar o
fluxo de capitais estrangeiros no país;
8. Receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições financeiras e bancárias. Tam-
bém compete ao BCB determinar o recolhimento de até 100% do total dos depósitos à vista e
de até 60% de outros títulos contábeis das instituições financeiras, seja na forma de subscrição
de Letras ou Obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública Federal,
seja através de recolhimento em espécie, conforme Inciso III do artigo 10 da lei nº 4.595/64;
9. Autorizar o funcionamento das instituições financeiras, exceto quando essa for uma instituição
estrangeira. Nesse caso, a autorização é dada através de decreto do Poder Executivo, confor-
me artigo 18 da Lei nº 4.595/64;
10. Exercer a fiscalização das instituições financeiras.
O que é?
Ação é a menor parcela do capital social das companhias ou sociedades anônimas. É,
portanto, um título patrimonial e, como tal, concede aos seus titulares, os acionistas,
Ação todos os direitos e deveres de um sócio no limite das ações possuídas. O acionista tor-
na-se sócio da empresa e, portanto, não existe risco de crédito nesse investimento, uma
vez que não se trata de um empréstimo.
Título de renda fixa de médio e longo prazo (a partir de 360 dias) emitidos por Socie-
dades Anônimas. Representa um direito de crédito que o investidor possui contra a
Debêntures
empresa emissora. O investidor faz um empréstimo para a empresa. Cada debênture é
uma fração da dívida de quem a emitiu.
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MÓDULO 01
O que é?
Título de renda fixa de curto prazo (até 360 dias) emitidos por Sociedades Anônimas. A
Notas
finalidade de emissão por parte da empresa é a de sanar necessidades de capital de giro
Promissórias
ou fluxo de caixa. Trata-se de um empréstimo do investidor diretamente para a empresa.
É a fração do Patrimônio Líquido de um fundo de investimentos, que é um serviço de
Cotas de
gestão de recursos. Vários cotistas se reúnem e centralizam os seus recursos para ter
Fundos de
vantagens no momento da aplicação e/ou para reduzir custos e riscos. A cota represen-
Investimentos
ta a participação de cada um dos cotistas desse fundo.
É uma denominação genérica para operações que têm por referência um ativo qualquer,
Derivativos chamado de “ativo base” ou “ativo subjacente” (que, em geral, é negociado no mercado
à vista). Principais exemplos de derivativos: Mercado Futuro, Mercado a Termo e Swap.
É um instrumento que dá ao seu titular (dono da opção) um direito futuro sobre ações
ou contratos futuros, mas não uma obrigação. Ao mesmo tempo, dá ao seu lançador
Opções (vendedor da opção) uma obrigação futura, caso o titular exerça o seu direito. Existem
opções de compra (direito de comprar determinado ativo) e opções de venda (direito
de vender determinado ativo).
É o compromisso de compra e venda de um determinado bem em uma data futura por
Mercado a
um preço fixado na data atual, que não irá variar até a data da efetiva entrega desse
Termo
bem.
Pode ser entendido como uma evolução do mercado a termo. Nesse mercado, os parti-
cipantes se comprometem a comprar ou vender certa quantidade de um ativo por um
Mercado
preço estipulado previamente para liquidação futura. Não necessariamente irá ocorrer
Futuro
a liquidação física (entrega do bem em si). As características que o fazem uma evolução
do mercado a termo são: contratos padronizados e ajuste diário.
Contrato entre dois agentes, no qual se realiza a troca de fluxos de caixas futuros ou
troca de rentabilidade futura. Existe, portanto, duas pontas na operação (uma que se
Swap
passa a receber e outra que será cedida), que são vistas como ponta ativa e passiva,
respectivamente.
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CEA
#DICA DO PROFESSOR
Sempre que falar em moeda, falar em políticas econômicas (política fiscal, política de renda, po-
lítica monetária, política cambial), falar em políticas monetárias, falar em câmbio, mercado de
câmbio, está falando no Banco Central e, consequentemente, no CMN.
Apesar da CVM estar abaixo do CMN, no mercado de Capitais (valores mobiliários), quem “man-
da” é a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), enquanto o CMN manda em todo o resto: nos
mercados de moeda, crédito e câmbio.
Você precisa cuidar do verbo. Lembra do verbo? Os verbos indicam as funções do CMN.
• Conselho = Conselho
• Manda = Monetário
• Neles = Nacional
Porque, no CMN, os verbos que vão aparecer na tua prova são verbos de chefe... Assim, ó:
• Disciplinar
• Regulamentar
• Fixar diretrizes
• Orientar São verbos de quem manda (dono da loja)!
• Zelar
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MÓDULO 01
Nada de execução, execução, no CMN! Quem executa é o Bacen! Aí, nesse caso, seria:
• Fiscalizar
• Regular
• Controlar
• Emitir São verbos de quem executa (gerente da loja)...
Então quem é que vai regulamentar o mercado de moedas (monetário), por exemplo? É o CMN.
Então tome cuidado! Essa é a dica para a tua prova das questões envolvendo os verbos. Como
eu disse, não decore as mais de 40 competências que a gente tem do CMN. Entenda o conceito.
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CEA
#PaiEd | Atualiza
Ministério do trabalho foi recriado no dia 28/07/2021, anteriormente era ministério da economia..
A Previc é responsável por fiscalizar e supervisionar as atividades das Entidades Fechadas de Pre-
vidência Complementar.
As suas principais competências estão definidas na Lei nº 12.154, de 2009, em seu artigo 2º, e são:
I. proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e
suas operações;
II. apurar e julgar as infrações, aplicando as penalidades cabíveis;
III. expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplicação das normas relativas à sua
área de competência, de acordo com as diretrizes do Conselho Nacional de Previdência Com-
plementar – CNPC;
IV. autorizar: a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de previdência com-
plementar, bem como a aplicação dos respectivos estatutos e regulamentos de planos de
benefícios; as operações de fusão, de cisão, de incorporação ou de qualquer outra forma
de reorganização societária relativas às entidades fechadas de previdência complementar; a
celebração de convênios e termos de adesão por patrocinadores e instituidores, bem como
as retiradas de patrocinadores e instituidores; e as transferências de patrocínio, grupos de
participantes e assistidos, planos de benefícios e reservas entre entidades fechadas de previ-
dência complementar;
V. harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar com as normas
e políticas estabelecidas para o segmento;
VI. decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas de previdência comple-
mentar, bem como nomear interventor ou liquidante, nos termos da lei;
VII. promover a mediação e a conciliação entre entidades fechadas de previdência complementar
e entre estas e seus participantes, assistidos, patrocinadores ou instituidores, bem como diri-
mir os litígios que lhe forem submetidos na forma da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996.
#DICA DO PROFESSOR
Fiz essa tabelinha para ajudar você a entender melhor qual o papel da Susep e da Previc.
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MÓDULO 01
BASILÉIA
O Comitê de Basileia para Supervisão Bancária (Basel Committee on Banking Supervision – BCBS) é
o fórum internacional para discussão e formulação de recomendações para a regulação prudencial
e cooperação para supervisão bancária, composto por 45 autoridades monetárias e supervisoras
de 28 jurisdições. O Comitê de Basileia – criado em 1974 no âmbito do Banco de Compensações
Internacionais (Bank for International Settlements – BIS) tem por objetivo reforçar a regulação, a
supervisão e as melhores práticas bancárias para a promoção da estabilidade financeira.
BASILÉIA I (1988)
Objetivo era encontrar novas práticas para regulação e supervisão bancárias com intuito de
encontrar uma estabilidade financeira para o mercado financeiro internacional.
Foi criado o mínimo de capital exigido para cobertura de risco de crédito, famoso índice Basiléia.
No Brasil, o índice a ser obedecido é de 8%. O porcentual significa que, para cada R$ 100,00 que
um banco empresta, a instituição precisa ter R$ 8,00, levando-se em consideração o nível mínimo
regulatório. O CMN exige uma índice no Brasil superior ao índice basiléira, dando assim mais
segurança ainda ao sistema financeiro nacional em relação ao mundo.
No Brasil, esse índice atual é aproximado de 16%.
BASILÉIA II (2004)
Evolução do Basiléia I e criação aos três pilares fundamentais:
Pilar I: critérios para o cálculo dos requerimentos mínimos de capital (riscos de crédito, mercado e
operacional)
21
CEA
Pilar II: princípios de supervisão para a revisão de processos internos de avaliação da adequação de
capital, de forma a incentivar a aplicação, pelos próprios supervisionados, de melhores práticas de
gerenciamento de riscos por meio do seu monitoramento e mitigação.
Pilar III: incentivo à disciplina de mercado por meio de requerimentos de divulgação ampla de
informações relacionadas aos riscos assumidos pelas instituições.
BANCOS MÚLTIPLOS
Criados com o objetivo de racionalizar a administração, os bancos múltiplos funcionam como uma
espécie de holding3 de instituições financeiras, porém, não é qualquer tipo de instituição financeira
que pode fazer parte de um banco múltiplo. Segundo a resolução CMN nº 2.099, as carteiras que
podem compor essas instituições são as de:
As operações realizadas por banco múltiplo estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamen-
tares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas carteiras. Logo, para entender
melhor o que cada carteira faz, basta consultar cada uma das instituições financeiras a seguir. Sen-
do assim, as suas operações passivas, ativas e acessórias dependem de quais são as carteiras que
o constituem.
Para constituir um banco múltiplo será necessário ser composto por, no mínimo, duas das cartei-
ras listadas, sendo que uma delas deverá ser, obrigatoriamente, a carteira de banco comercial ou a
de banco de investimento.
IMPORTANTE!
Um banco múltiplo deve ser constituído por um único CNPJ para cada carteira, podendo publicar
um único balanço.
3 Holding é um tipo de empresa que detém a posse majoritária de ações de outras empresas, geralmente denominadas
subsidiárias, centralizando o controle sobre elas. De modo geral, a holding não produz bens e serviços, destinando-se
apenas ao controle de suas subsidiárias.
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MÓDULO 01
BANCOS COMERCIAIS
Bancos comerciais são as principais instituições financeiras do mercado. Somente banco comercial,
cooperativas de crédito e Caixa Econômica Federal podem captar depósito à vista.
Tome cuidado! Nem todo banco múltiplo pode captar depósito à vista. Depende se ele possui ou
não a carteira comercial. Como vimos anteriormente, é possível constituir um banco múltiplo sem
ter a carteira comercial e, sim, com a carteira de investimento.
Bancos comerciais também atuam em operações de câmbio e suas principais operações passivas
são empréstimos e financiamentos de médio e curto prazo.
Na prática não se conhece muitos bancos comerciais, pois a maioria acaba juntando mais de uma
carteira, montando um banco múltiplo, aproveitando para oferecer mais produtos aos seus clientes
e também a redução de custos operacionais.
BANCOS DE INVESTIMENTO
São instituições financeiras privadas, com foco em investimentos. Podem administrar fundos de
investimento, realizar operações de câmbio, mas são destaque mesmo atuando como agentes un-
derwriters.
Agentes Underwriters são instituições financeiras que auxiliam empresas a colocarem valores mo-
biliários no mercado de capitais, como emissão de ações, debêntures etc.
Nenhuma empresa abre seu capital sem o intermédio de um Banco de Investimento ou de um Ban-
co Múltiplo, desde que esse último possua a carteira de investimento.
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CEA
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MÓDULO 01
INVESTIDORES PROFISSIONAIS
Investidores Profissionais são os únicos que podem constituir Fundos Exclusivos – um tipo de fun-
do que possui um único cotista, que necessariamente deve ser um tipo de Investidor Profissional.
São considerados INVESTIDORES PROFISSIONAIS:
1. Pessoas físicas ou jurídicas que possuam in-
vestimentos financeiros em valor superior
a R$ 10.000.000,00 e que, adicionalmente,
atestem por escrito sua condição de investi-
dor qualificado mediante termo próprio;
2. Instituições financeiras, companhias se-
guradoras e sociedades de capitalização;
3. Fundos de Investimento;
4. Entidades abertas e fechadas de Previ-
dência Complementar;
5. Administradores de carteira e consul-
tores de valores mobiliários autorizados
pela CVM em relação aos seus recursos
próprios.
6. Investidores Não-Residentes
25
CEA
7. As pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de qualificação técnica ou possu-
am certificações aprovadas pela CVM em relação a seus recursos próprios.
7.1 Exemplo: profissional que possua certificações como, CPA 10, CPA 20, ANCORD, CFP quan-
do for aplicar seus recursos próprios
INVESTIDORES QUALIFICADOS
Investidores Qualificados são aqueles que, segundo o órgão regulador, tem mais condições do que
o investidor comum de entender o mercado financeiro. A vantagem de se tornar um Investidor
Qualificado é a possibilidade de ingressar em fundos restritos, como por exemplo, Fundos de Direi-
tos Creditórios – FIDC (Exclusivo para Investidores Qualificados)
São considerados INVESTIDOR QUALIFICADO:
1. TODOS os Investidores Profissionais, são considerados qualificados.
2. Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$
1.000.000,00 e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor qualifica-
do mediante termo próprio;
#DICA DO PROFESSOR
Todo Investidor Profissional é Qualificado, porém nem todo Investidor Qualificado é também
Profissional.
IMPORTANTE!
Esse investidor é considerado investidor profissional e também qualificado, independentemen-
te do valor aplicado.
ANBIMA
ANBIMA é a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais. É uma as-
sociação de instituições como bancos, gestoras, corretoras, distribuidoras e administradoras.
Reuni diversas empresas diferentes entre si com o objetivo de reproduzir dentro de casa a plura-
lidade dos mercados. A Anbima nasceu em 2009 a partir da união de duas entidades (ANDIMA +
ANBID), mas representa os mercados há quatro décadas. O seu modelo de atuação é organizado
em torno de quatro compromissos: representar, autorregular, informar e educar.
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MÓDULO 01
Atividades desenvolvidas:
Frentes de Atuação
A ANBIMA é a principal provedora de informações sobre os segmentos de mer-
cado que representamos. A construção de uma base de dados consistente é parte
do seu esforço para dar mais transparência e segurança aos mercados e, conse-
Informação quentemente, fomentar negócios.
Responsável por divulgar desde referências de preços e índices que refletem o
comportamento de carteiras de ativos até estudos específicos, que auxiliam no
acompanhamento dos temas de interesse dos associados.
São duas maneiras de representação da ANBIMA:
1. Promover o diálogo para construir propostas de aprimoramento do merca-
Representação do, que são apresentadas e discutidas com o governo e com outras entida-
des do setor privado;
2. Propor boas práticas de negócios, que os associados seguem de forma vo-
luntária.
Sua autorregulação é baseada em regras criadas pelo mercado, para o mercado
e em favor dele. Essas regras estão nos Códigos de Autorregulação e Melhores
Autorregulação Práticas, que são de adesão voluntária.
O cumprimento das normas é acompanhado de perto pela nossa equipe técnica,
que supervisiona as instituições e dá orientações de caráter educativo.
As ações da ANBIMA em educação se dividem em três vertentes:
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CEA
ATENÇÃO!
A partir de junho de 2021, as provas passaram a cobrar com maior frequência e profundidade
os Códigos ANBIMA. No entanto, para abordar todos os capítulos que o edital exige sobre esses
códigos, seriam necessárias mais de 80 páginas. Por esse motivo, optei em escrever um breve
resumo sobre os pontos que considero mais importantes e que são mais prováveis de cair na prova.
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MÓDULO 01
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CEA
• profissional que atinge o índice mínimo • profissional que atinge o índice mínimo
estabelecido para aprovação no exame estabelecido para aprovação no exame
de certificação, mas não trabalha em uma de certificação e está empregado em uma
Instituição participante instituição participante
O Profissional Certificado terá sua condição alterada para Profissional Aprovado a partir da data de
desligamento informada pela Instituição Participante no Banco de Dados da ANBIMA
30
MÓDULO 01
(ii) atividades acessórias prestadas aos investidores, tais como manutenção do portfólio de investi-
mentos e fornecimento de informações periódicas acerca dos investimentos realizados
O que são Produtos de Investimento?
Produtos de Investimento: valores mobiliários e ativos financeiros definidos pela Comissão de
Valores Mobiliários e/ou pelo Banco Central do Brasil.
ATENÇÃO!
Para os fins do Código de Distribuição de Produtos de Investimento, não são considerados produtos
de investimento a caderneta de poupança e os planos de previdência aberto e fechado.
O que é o Material Publicitário?
A Instituição Participante, ao divulgar Material Publicitário em qualquer meio de comunicação
disponível, deve incluir, em destaque, link ou caminho direcionando investidores ou potenciais
investidores ao Material Técnico sobre o(s) Produto(s) de Investimento mencionado(s), de modo
que haja conhecimento de todas as informações, características e riscos do investimento.
Quem é considerado Private?
Segundo o Código de Distribuição de Produtos de Investimento a Distribuição de Produtos de
Investimento para o segmento Private é destinada a investidores que tenham capacidade financeira
de, no mínimo, 3 (três) milhões de reais, individual ou coletivamente.
Produtos englobados pelo código:
Suitability
O que é: As Instituições Participantes, no exercício da atividade de Distribuição de Produtos de
Investimento, não podem recomendar Produtos de Investimento, realizar operações ou prestar
serviços sem que verifiquem sua adequação ao perfil do investidor
Processo de Suitability
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CEA
IMPORTANTE!
As Instituições Participantes devem atualizar o perfil do investidor em prazos não superiores a
24 (vinte e quatro) meses.
3. CÓDIGO ANBIMA
O nome atual desse código é “Código ANBIMA para Ofertas Públicas”.
PROPÓSITO E ABRANGÊNCIA
O objetivo estabelecer princípios e regras para as atividades de estruturação, coordenação e distri-
buição de ofertas públicas de valores mobiliários e ofertas públicas de aquisição de valores mobili-
ários, visando propiciar a transparência e o adequado funcionamento do mercado
Está dispensado de observar o código, ofertas como:
I. As Ofertas Restritas, nos termos da Regulação em vigor, que não sejam de debêntures e de ações
II. As Ofertas Públicas de lote único e indivisível de valores mobiliários, salvo se utilizarem Prospecto
III. As Ofertas Públicas de valores mobiliários de emissão de empresas de pequeno porte e de mi-
croempresas, assim definidas em lei, salvo se utilizarem Prospecto
IV. As Ofertas Públicas de ações de propriedade da União, Estados, Distrito Federal e municípios
V. As Ofertas Públicas de quotas de quaisquer fundos de investimento, incluindo os fundos estru-
turados (tais como FIP, FIDC, FII e FUNCINE)
VI. As Ofertas Públicas de certificados de operações estruturadas (COE)
As Ofertas de citadas devem ser registradas na ANBIMA apenas para fins do envio de informações
para a base de dados da mesma.
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MÓDULO 01
PRINCÍPIOS GERAIS
As instituições participantes devem observar os seguintes princípios e regras em suas atividades
relacionadas às operações de Oferta Pública de que participem:
I. Nortear a prestação das atividades pelos princípios da liberdade de iniciativa e da livre concorrência;
II. Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as regras e princípios conti-
dos neste Código, na legislação pertinente e/ou nas demais normas estabelecidas pela ANBIMA;
III. Evitar a adoção de práticas caracterizadoras de concorrência desleal e/ou de condições não
equitativas, bem como de quaisquer outras práticas que contrariem os princípios contidos no
presente Código, respeitando os princípios de livre negociação;
IV. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de sua atividade, o cuidado
que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de seus próprios ne-
gócios, respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas
durante o período em que prestarem as atividades reguladas por este Código;
V. Buscar desenvolver suas atividades com vistas a incentivar o mercado secundário de valores
mobiliários, respeitadas as características de cada Oferta Pública.
DOCUMENTOS DA OFERTA
Nas Ofertas Públicas em que atuem na qualidade de coordenadores, as instituições participantes
devem, na forma deste Código, zelar pela elaboração do prospecto e do formulário de referência,
a fim de que apresentem informações suficientes, claras e precisas, para que o investidor tome a
decisão de investimento com as informações necessárias disponíveis.
MELHORES PRÁTICAS
1. Como deve ser a publicidade e divulgação dos produtos de investimentos?
Todo o material utilizado para publicidade dos Produtos de Investimento é de responsabilidade de
quem o divulga, inclusive no que se refere à conformidade de tal material com as normas do pre-
sente Código. Caso a divulgação seja feita por um prestador de serviço, este deve obter, antes da
divulgação, aprovação expressa da instituição participante.
É vedada a divulgação de comparativo entre Produtos de Investimento de diferentes instituições,
diferentes natureza e/ou categoria diversa.
Toda publicidade, exceto aquela veiculada em rádio ou short message servic (SMS), deve obedecer
às seguintes regras na divulgação de avisos ao investido:
1. Publicidade que não possua selo ANBIMA:
a. ESTA INSTITUIÇÃO É ADERENTE AO CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁ-
TICAS PARA ATIVIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE INVESTIMENTO NO VAREJO.
2. Publicidade que faça referência a histórico de rentabilidade:
a. A RENTABILIDADE DIVULGADA NÃO É LÍQUIDA DE IMPOSTOS.
3. Publicidade que mencione Produto de Investimento que não possua a garantia do Fundo Ga-
rantidor de Crédito:
a. TRATA-SE DE UMA MODALIDADE DE INVESTIMENTO QUE NÃO CONTA COM A GARANTIA
DO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO (FGC).
33
CEA
34
MÓDULO 01
35
CEA
Fiz esse infográfico para te ajudar a entender melhor o processo como um todo.
FASE Exemplo
1. Comprar uma propriedade rural com dinheiro do crime.
Colocação 2. Ir em uma casa de câmbio e fazer remessa de recursos ilícitos para uma conta no
exterior.
Ocultação 1. Enviar recursos provenientes de crimes para paraísos fiscais.
(estratificação) 2. Fazer câmbio de notas oriundas de um crime por moeda de outro país.
1. Comprar hotéis, restaurantes, negócios, com dinheiro oriundo de contas no exterior
sem procedências.
Integração
2. Compra de bens com doações originárias de contas “fantasmas”, empresas de
“fachada” etc.
36
MÓDULO 01
De forma resumida, sonegação fiscal é um valor que você pode declarar, pagar os impostos devidos
e regularizar sua infração. Já lavagem de dinheiro, a declaração do valor acarreta especificar a ori-
gem ilícita, que pode ser um crime financeiro, roubo, sequestro etc.
SUJEITO A LEI
Sujeitam-se às obrigações as pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter permanente ou
eventual, como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não:
I. a captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de terceiros, em moeda nacio-
nal ou estrangeira;
II. a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo financeiro ou instrumento cam-
bial;
III. a custódia, emissão, distribuição, liqüidação, negociação, intermediação ou administração de
títulos ou valores mobiliários.
PENA
Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade
de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.
Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa
Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores
provenientes de infração penal
I – os converte em ativos lícitos;
II – os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito, movi-
menta ou transfere;
III – importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros.
A multa pecuniária, aplicada pelo COAF, será variável não superior:
a) ao dobro do valor da operação;
b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação;
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais).
37
CEA
ELEVAÇÃO DA PENA: A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos nesta Lei
forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa
REDUÇÃO DA PENA: poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime aberto ou
semiaberto, facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena
restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autori-
dades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais, à identificação
dos autores, coautores e partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime.
(Delação premiada)
OPERAÇÕES SUSPEITAS
Todas operações estão listadas na CARTA CIRCULAR Nº 4.001 (Janeiro 2020). Como é muito extenso
e as vezes até de fácil dedução, listei as principais:
As operações ou as situações descritas a seguir exemplificam a ocorrência de indícios de suspeita
para fins dos procedimentos de monitoramento e seleção
I – Operações em Espécies
a) movimentação em espécie, que apresentem atipicidade em relação à atividade econômica do
cliente ou incompatibilidade com a sua capacidade financeira;
b) aumentos substanciais no volume de depósitos ou aportes em espécie dentro de curto período
de tempo, a destino não relacionado com o cliente;
c) fragmentação de depósitos ou outro instrumento de transferência de recurso em espécie, in-
clusive boleto de pagamento, de forma a dissimular o valor total da movimentação;
d) fragmentação de saques em espécie, a fim de burlar limites regulatórios de reportes;
e) depósitos ou aportes em espécie em contas de clientes que exerçam atividade comercial rela-
cionada com negociação de bens de luxo ou de alto valor, tais como obras de arte, imóveis, barcos,
joias, automóveis ou aeronaves;
f) depósitos ou aportes em espécie com cédulas úmidas, malcheirosas, mofadas, ou ainda que
apresentem marcas, símbolos ou selos desconhecidos, empacotadas em maços desorganizados e
não uniformes;
g) depósitos em espécie relevantes em contas de servidores públicos e de qualquer tipo de Pesso-
as Expostas Politicamente (PEP)
III – situações relacionadas com a identificação e qualificação de clientes:
a) resistência ao fornecimento de informações necessárias para o início de relacionamento ou
para a atualização cadastral;
b) oferecimento de informação falsa;
c) abertura, movimentação de contas ou realização de operações por detentor de procuração ou
de qualquer outro tipo de mandato;
d) representação de diferentes pessoas jurídicas ou organizações pelos mesmos procuradores ou
representantes legais, sem justificativa razoável para tal ocorrência;
38
MÓDULO 01
DO REGISTRO DE OPERAÇÕES
As instituições financeiras devem manter registros de todas as operações realizadas, produtos e
serviços contratados, inclusive saques, depósitos, aportes, pagamentos, recebimentos e transfe-
rências de recursos que devem conter, no mínimo, as seguintes informações sobre cada operação:
I. tipo;
II. valor, quando aplicável;
III. data de realização;
IV. nome,
V. CPF ou CNPJ do beneficiário da operação (valores acima de R$ 2.000,00)
VI. canal utilizado.
Os registros devem ser realizados inclusive nas situações em que a operação ocorrer no âmbito da
mesma instituição.
As instituições financeiras devem requerer dos sacadores clientes e não clientes solicitação de
provisionamento com, no mínimo, três dias úteis de antecedência, das operações de saque, in-
clusive as realizadas por meio de cheque ou ordem de pagamento, de valor igual ou superior a
R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais)
Note que a classificação de Risco não se resume APENAS a CLIENTES. Inclusive se aplica aos pró-
prios produtos e serviços oferecido por cada instituição. Todos devem ser classificados conforme os
seus riscos.
39
CEA
A CVM definiu inclusive quais são os grupos de riscos que devem segmentados, já o BACEN deixou a
critério das Instituições Financeiras criarem suas próprias metodologias:
Indiferente de como segmentar, antes de classificar, é necessário conhecer bem o seu cliente (KYC).
Conceito de Know your customer é a forma como a instituição vai utilizar para conhecer as diretri-
zes de seu cliente em serviços financeiros exige que os profissionais se esforcem para verificar a
identidade, a idoneidade e os riscos envolvidos na manutenção de uma relação comercial.
40
MÓDULO 01
Compete ao Coaf, em todo o território nacional, sem prejuízo das atribuições estabelecidas na le-
gislação em vigor:
I. Produzir e gerir informações de inteligência financeira para a prevenção e o combate à lava-
gem de dinheiro;
II. Promover a interlocução institucional com órgãos e entidades nacionais, estrangeiros e inter-
nacionais que tenham conexão com suas atividades.
41
CEA
CONVENÇÃO DE VIENA
Foi uma convenção contra o tráfico ilícito de entorpecentes e de substâncias psicotrópicas.
“O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV da Cons-
tituição, e considerando que a Convenção Contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substâncias
Psicotrópicas, foi concluída em Viena, a 20 de dezembro de 1988;
Considerando que a referida Convenção foi aprovada pelo Congresso Nacional, pelo Decreto
Legislativo n° 162, de 14 de junho de 1991;”.
#DICA DO PROFESSOR
Você se lembra da Operação Unfair Play da Lava Jato? Ok, vou perdoar se você não se lembrar,
são tantas, né? Essa operação investigou e puniu gestores brasileiros envolvidos em esquema de
lavagem de dinheiro junto ao COI – Comitê Olímpico Internacional.
Por falar em COI, sabe quais são as três fases de lavagem de dinheiro? Cite na ordem em que
elas acontecem:
• Colocação
• Ocultação
• Integração
Agora não tem como esquecer na hora da prova, combinado?
42
MÓDULO 01
43
CEA
IMPORTANTE!
Compete ao controle interno das instituições financeiras, verificar as atividades por elas desen-
volvidas, seus sistemas de informações financeiras, operacionais e gerenciais e o cumprimento
das normas legais e regulamentares a elas aplicáveis.
44
MÓDULO 01
Front runner: O front runner é o indivíduo ou instituição que se utiliza de ordens de clientes para o
seu próprio benefício, realizando, antes para si próprio, a operação ordenada pelo cliente.
CONFIDENCIALIDADE
Profissional deve manter os mais restritos níveis de confidencialidade das informações com todos
os clientes e patrocinadores, a menos que a divulgação seja exigida por lei.
CONFLITOS DE INTERESSE
É uma situação em que o profissional tem um interesse privado ou pessoal – o suficiente para dar a
sensação de estar influenciando sobre o objetivo de suas obrigações oficiais.
Profissional deve procurar ser consciente de qualquer conflito ou potencial conflito de interesses,
divulgar abertamente qualquer conflito e se oferecer para eliminar quando surgir um conflito.
45
CEA
CONCEITOS ESG/ASG
46
MÓDULO 01
ASPECTOS AMBIENTAIS
O critério ambiental do ASG, da letra A, como o próprio nome diz, ele avalia a performance da em-
presa como responsável pelo meio ambiente e pela garantia da sustentabilidade nas suas opera-
ções. Portanto, a sustentabilidade ESG é aquela que qualifica o uso e a relação das companhias com
recursos naturais. Refere-se às práticas da empresa ou entidade voltadas ao meio ambiente.
Exemplo de fatores que são observados em aspectos ambientais:
ASPECTOS SOCIAIS
O segundo critério, da letra S, é o critério social do ASG. Basicamente, o critério social do ASG ana-
lisa como a organização gerencia e promove o seu relacionamento com alguns dos stakeholders.
Entre eles, colaboradores, fornecedores, clientes e toda a comunidade em que opera.
Relaciona-se à responsabilidade social e ao impacto das empresas e entidades em prol da comu-
nidade e sociedade. Majoritariamente se refere a temas como respeito aos direitos humanos e às
leis trabalhistas; segurança no trabalho; salário justo; diversidade de gênero, raça, etnia, credo etc.;
proteção de dados e privacidade; satisfação dos clientes.
Exemplo de fatores que são observados em aspectos Social:
47
CEA
Quadro resumo com exemplo de fatores a serem observado por cada um dos pilares de ASG
48
MÓDULO 01
A ANBIMA realizou pesquisa com os gestores das principais assets do Brasil, buscando identificar a
importancia de ASG nas decisões e escolhas de ativos para compor a carteira. O resultado segue no
gráfico a seguir.
LEGENDA:
49
CEA
ÍNDICES ASG
1. Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGC B3): O objetivo do IGC é ser o
indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas listadas no Novo Merca-
do ou nos Níveis 1 ou 2 da B3
2. Índice S&P/B3 Brasil ESG: é um índice amplo que procura medir a performance de títulos que
cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. O ín-
dice exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desem-
penho em comparação com o Pacto Global da ONU (UNGC em inglês) e também empresas sem
pontuação ESG da S&P DJI.
3. Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3): é o resultado de uma carteira teórica de ati-
vos, elaborada de acordo com os critérios estabelecidos nesta metodologia. é composto pelas
ações e units exclusivamente de ações de companhias listadas na B3 que atendem aos critérios
de inclusão.
4. Índice Carbono Eficiente – ICO2 B3: o Índice Carbono Eficiente da B3 (ICO2 B3), desde o início,
teve como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no
Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência
de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo
carbono.
50
QUESTÕES | MÓDULO 01
4. A partir da autonomia do Banco Central do Brasil, concedida pela Lei Complementar n° 179/2021,
os membros da diretoria colegiada passaram a ser nomeados:
a) para um mandato fixo de 4 anos, coincidentes com o mandato presidencial.
b) para um mandato fixo de 6 anos, não coincidentes com o mandato presidencial.
c) para um mandato fixo de 4 anos, não coincidentes com o mandato presidencial.
d) para um mandato fixo de 6 anos, coincidentes com o mandato presidencial.
51
CEA
6. A Lei Complementar 179 definiu os objetivos do Banco Central do Brasil e dispôs sobre sua autonomia
e sobre a nomeação e a exoneração de seu Presidente e de seus Diretores. Como desdobramento
da referida Lei, o Banco Central do Brasil passou a ser _______________ e, semestralmente, o
presidente do Banco Central do Brasil deve no ____________________ o relatório de inflação e o
relatório de estabilidade financeira.
Completa corretamente e respectivamente as lacunas:
a) Autarquia vinculada ao Ministério da Economia e CMN.
b) Empresa estatal e CVM.
c) Autarquia de natureza especial e Ministério da Economia.
d) Autarquia de natureza especial e Senado Federal.
8. É função da CVM:
a) Disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação de todos os integrantes do sistema financeiro
nacional.
b) Disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação apenas dos diversos integrantes dos mercados
futuros.
c) Disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação apenas dos diversos integrantes do mercado de
valores mobiliários
d) Disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação dos diversos integrantes dos mercados de valores
mobiliários e futuros.
52
MÓDULO 01
12. Dentro dos aspectos ambientais, são questões que devem ser levadas em consideração, exceto:
a) Uso de recursos naturais.
b) Treinamento de força de trabalho.
c) Eficiência energética.
d) Tecnologia limpa.
53
CEA
14. Em sua última reunião, o Conselho de Segurança das Nações Unidas – CSNU emitiu uma ordem de
bloqueio de bens para um cliente suspeito de financiamento do terrorismo. Tal cliente possui conta
em 4 bancos que tomaram as seguintes decisões como resposta ao comunicado do CSNU.
• Banco 1: Executou imediatamente a ordem e depois avisou o Ministério da Justiça, BCB e COAF.
• Banco 2: Executou imediatamente e depois avisou somente o COAF.
• Banco 3: Solicitou autorização do Ministério da Justiça para cumprir a ordem.
• Banco 4: Solicitou autorização do COAF para cumprir a ordem.
Qual (is) instituição (õe) agiram corretamente:
a) 1, apenas.
b) 1 e 2, apenas.
c) 1 e 3, apenas.
d) Todas.
15. Considere as afirmativas abaixo sobre prevenção e combate à lavagem de dinheiro ou ocultação de
bens, direitos e valores:
I – O COAF é responsável por disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identi-
ficar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas em Lei.
II – O órgão responsável por averiguar indícios de crimes de lavagem de dinheiro no Brasil é o
COAF.
III – As operações suspeitas devem ser comunicadas às autoridades competentes e ao cliente sus-
peito no prazo máximo de 72 horas.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) I, II e III.
54
MÓDULO 01
18. Quando uma empresa quer captar recurso através de abertura de capital ou subscrição de novas
ações, além de Sociedades Corretores e Distribuidoras de títulos e valores mobiliários, podem
recorrer a quem mais?
a) Bancos Comerciais
b) Bancos Múltiplos
c) Bancos de Investimentos
d) Financeiras
19. Gabriel, diretor da empresa XPTO, comenta a seu primo Guilherme, que a empresa onde ele
trabalha será comprada pelo dobro do valor negociada na bolsa. Com isso, seu primo liga para o
seu corretor Lucas, para comprar as ações antes desta notícia ser divulgada ao mercado. Lucas,
sem questionar nada, executa a ordem de compra. Um mês depois, com a notícia de compra da
empresa ocorrendo, Guilherme liga novamente para seu corretor Lucas e solicita a venda das ações
pelo dobro do valor adquirido. Lucas, novamente sem questionar nada, executa a ordem de venda
e ainda o parabeniza pela operação. Após isso, Guilherme divide o lucro com seu primo Gabriel.
Desta forma, podemos afirmar que:
a) Os primos Gabriel e Guilherme, e o corretor Lucas cometeram crime de insider trading.
b) Os primos Gabriel e Guilherme cometeram crime de insider trading, e o corretor Lucas cometeu
uma infração administrativa.
c) Os primos Gabriel e Guilherme cometeram crime de insider trading, e o corretor Lucas não
cometeu nem crime e nem infração administrativa.
d) Não houve nenhuma ilegalidade.
20. O uso de informações privilegiadas (insider information) no mercado financeiro, visando obter
lucros ou vantagem indevida é considerado:
a) Crime, sem pena de reclusão, mas sujeito a multa .
b) Crime, com pena de reclusão e multa .
c) Apenas infração administrativa, com inabilitação profissional temporária.
d) Apenas infração administrativa, com pagamento de multa limitada a R$ 20 milhões.
55
CEA
GABARITO
1. B 2. A 3. B 4. C 5. D 6. D 7. C 8. D 9. D 10. A 11. D 12. B 13. A 14. D 15. A 16. D 17. C 18. C 19. C
20. B
56
M ÓD U LO 0 2
Alterações: não foi adicionado conteúdo novo, porém realizei pequenas alte-
rações em praticamente todos os temas, deixando mais aderente às exigências
atuais da prova.
57
CEA
Onde:
C = Consumo
I = Investimentos
G = Gastos do Governo
NX = Exportações Líquidas (Exportações – Importações).
O cálculo do PIB deve considerar apenas o valor agregado, descontando sempre o valor dos insu-
mos, ou seja, imaginamos que uma indústria tem um custo de matéria-prima de R$ 1.000,00 (mil
reais) para produzir determinado produto e o vende a R$ 1800,00 (mil e oitocentos reais). Assim,
concluímos que essa indústria contribui com R$ 800,00 (oitocentos reais) para o PIB de cada produ-
to vendido (R$ 1.800,00 – R$ 1.000,00).
Já na visão das ofertas o seu cálculo é realizado somando toda a produção:
Importante salientar que o valor do PIB deverá ser o mesmo, independentemente da forma como
for calculado.
#DICA DO PROFESSOR
Montei uma frase para que você não se esqueça da nossa soma! :D
Capital Inicial Ganha MAIS do que o NX Zero.
58
MÓDULO 02
Preços que influenciam no cálculo do IPCA: alimentação e bebidas; habitação; artigos de residência;
vestuário; transportes; saúde e cuidados pessoais; despesas pessoais; educação e comunicação.
A valorização ou desvalorização cambial acaba afetando a maioria dos índices de preços, porém o
mais afetado, dentre os cobrados em sua prova é o IGP-M.
AS TRÊS SELIC
Existem no mercado três conceitos distintos para o termo SELIC, vamos a eles:
1. Taxa Selic Meta: esse é o mais famoso de todos, é a taxa de juros determinada em reuniões pe-
riódicas (no mínimo 8 vezes ao ano) pelo COPOM (Comitê de Política Monetária – diretores do
BACEN). Essa taxa serve como referência para todas as taxas do mercado e é determinada em
função da meta de inflação que o COPOM possui, dada pelo CMN (Conselho Monetário Nacio-
nal).
2. Taxa Selic Over: sabemos que os bancos diariamente fazem empréstimos entre si (forma de
operações compromissadas) e que nessas operações, em geral, são dados títulos como garan-
tias. As taxas entre eles são livremente pactuadas, mas têm como referência a taxa Selic Meta.
Ao final de todos os dias uteis, o Banco Central calcula a taxa média praticada nessas operações
de empréstimo interbancários. Essa taxa média é chamada de Selic Over.
3. Sistema de Liquidação Selic: já o Sistema Especial de Liquidação e Custódia é uma clearing
house administrada pelo BACEN em conjunto com a ANBIMA, responsável pela liquidação e
custódia de todos os títulos públicos federais, tais como LFT, LTL e NTN’s.
Comentário: a Selic Over pode ser alterada diariamente (dias úteis), pois se trata de uma média das
taxas de negociação dos TPF, enquanto a Selic Meta só é alterada pelo COPOM, por meio de reuni-
ões ordinárias ou extraordinárias.
59
CEA
TR (TAXA REFERENCIAL)
A TR é calculada a partir da Taxa Básica Financeira (TBF) deduzida de um redutor (R), da seguinte
forma:
A TBF de um mês é uma média ponderada entre as taxas médias das LTNs com vencimentos ime-
diatamente anterior e imediatamente posterior ao prazo de um mês, seguida da aplicação, ao valor
resultante, de um fator multiplicativo fixado em 0,93 (noventa e três centésimos).
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MÓDULO 02
A TR é utilizada na remuneração dos títulos da dívida agrária (TDA), dos recursos das cadernetas de
poupança e do FGTS. É competência do BACEN calcular e divulgar a TR.
Devido à queda da taxa de juros Selic Meta, ao calcular a TR, obtém-se taxa de juros negativa, pois
o redutor atual (estipulado pelo BACEN) é superior à TBF. Contudo, por definição e legislação, a TR
não pode ser negativa; por esse motivo, sempre que o valor der negativo, determina-se uma TR
igual a ZERO. Desde setembro de 2017, a TR tem sido igual a zero. Felizes aqueles que têm emprés-
timos habitacionais corrigidos pela TR!
COPOM
Em junho de 1999, o Brasil passou a adotar as “Metas de Inflação” (definidas pelo CMN). Índice
utilizado na meta: IPCA. O COPOM é composto pela diretoria colegiada do BACEN.
É o COPOM quem define a taxa de juros Selic Meta, o que se realiza em uma reunião em dois dias:
O calendário de reuniões (as quais ocorrem 8 vezes ao ano) é divulgado em até o fim de outubro,
podendo o COPOM reunir-se também extraordinariamente, desde que convocado pelo presidente
do Banco Central. A divulgação da ata de reunião se dá em seis dias úteis em português e sete dias
em inglês.
Caso a inflação (medida pelo IPCA) ultrapasse a meta estipulada pelo CMN (somado o intervalo de
tolerância), o presidente do Banco Central deve explicar os motivos do não cumprimento da meta
por meio de uma Carta Aberta ao Ministro da Economia.
→ Não confunda!
• Determinar a Meta da taxa de Juros: COPOM.
• Determinar a Meta de inflação: CMN.
61
CEA
#DICA DO PROFESSOR
Desde dezembro de 2017, a taxa de juros Selic Meta não pode ser mais definida com viés, que
foi extinguido. Como essa alteração já tem mais de 6 meses, para a sua prova, a taxa de juros
não pode ser definida com viés, ou seja, para alterá-la antes da próxima reunião, será necessário
convocar uma reunião extraordinária.
POLÍTICA MONETÁRIA
Manter a inflação sob controle, ao redor da meta, é objetivo fundamental do Banco Central (BC). A
meta para a inflaçãoé estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Política monetária
é um conjunto de medidas adotadas pelo governo visando adequar os meios de pagamento dis-
poníveis às necessidades da economia do país, bem como controlar a quantidade de dinheiro em
circulação no mercado, permitindo definir as taxas de juros.
A taxa de juros Selic Meta impacta na inflação em diversos canais de transmissão:
62
MÓDULO 02
Além da taxa de juros Selic Meta, o Banco Central pode se utilizar de outros três instrumentos para
controle da liquidez da economia:
• depósito compulsório;
• operações de redesconto;
• Open Market (operações de mercado aberto).
Desses instrumentos, o Open Market se destaca por ser o mais ágil.
DEPÓSITO COMPULSÓRIO
O recolhimento compulsório é mais um dos mecanismos que o Banco Central (BC) tem à disposição
na sua caixa de ferramentas para a manutenção da estabilidade financeira e combate à inflação.
Trata-se de uma parcela do dinheiro dos correntistas que os bancos são obrigados a manter deposi-
tada no BC e limita a criação de moedas feita pelas instituições monetárias.
Atualmente, existem três tipos de compulsórios:
1. compulsório sobre depósito à vista;
2. depósito a prazo;
3. poupanças.
As alíquotas oscilam muito e dependem de alguns fatores (entre eles, o tamanho da instituição fi-
nanceira), mas os percentuais praticados na atualidade são próximos da tabela abaixo.
Compulsório
Tipo Direcionamento Recursos Livres
Alíquota Forma de cumprimento
Em espécie sem Crédito Rural: 30%
Depósitos à vista 21% 47%
remuneração Microfinanças: 2%
Em espécie remunerado
Depósitos a prazo 31% - 69%
pela Selic
Depósitos de Em espécie com a mesma Rural: 60% Rural: 20%
20%
poupança remuneração da poupança Imobiliária: 65% Imobiliária: 15%
IMPORTANTE!
Uma elevação na alíquota do depósito compulsório provoca uma redução da liquidez e uma ele-
vação nas taxas de juros.
OPERAÇÃO DE REDESCONTO
A taxa de redesconto é a taxa de juros que o Banco Central (BC) usa para emprestar dinheiro a
bancos comerciais. Em geral, os bancos comerciais necessitam de empréstimos de curto prazo para
cobrir seus caixas e podem não encontrar outras instituições financeiras que possam emprestar a
eles por falta de liquidez no mercado. Nesse caso, o BC funciona como um emprestador de última
instância para esses bancos.
63
CEA
O Banco Central usa a taxa de redesconto como parte de sua política monetária da seguinte forma:
quando quer estimular a economia, aumentando a base monetária e a disponibilidade de crédito,
diminui a taxa de redesconto para que os bancos comerciais se sintam mais encorajados a realizar
esses empréstimos de curto prazo. Em contrapartida, quando deseja desacelerar a economia, au-
menta a taxa de redesconto e, dessa forma, os bancos comerciais têm de reservar uma parte maior
de seus recursos para o cumprimento de necessidades de curto prazo.
Note que a liquidez da economia, a inflação e o PIB são inversamente proporcionais à taxa de juros,
à taxa de redesconto e à alíquota de compulsório. Já para open marketing, os efeitos da compra de
título são similares aos de redução de taxas.
64
MÓDULO 02
POLÍTICA FISCAL
Conjunto de medidas adotadas pelo governo dentro do orçamento do Estado, que visam obter as
rendas indispensáveis à satisfação das despesas públicas. Chamamos de política fiscal as decisões
do governo sobre como e quando irá arrecadar tributos (impostos, taxas e contribuições) e sobre
quanto e de que forma irá gastar os recursos disponíveis.
A política fiscal tem como objetivo a promoção da gestão financeira equilibrada dos recursos pú-
blicos, visando assegurar a estabilidade e o crescimento econômico, o financiamento das políticas
públicas e uma trajetória sustentável da dívida pública. As metas fiscais servem como parâmetros
para dar confiança à sociedade de que o governo garantirá as condições necessárias à estabilidade
econômica e ao controle do endividamento público.
DÍVIDA PÚBLICA
Dívida pública é o montante levantado pelo governo junto ao setor privado ou às agências mul-
tilaterais para financiar suas ações. Para tanto, o governo assume contratos de empréstimos e fi-
nanciamentos e emite títulos que variam na maturidade, no modo como são vendidos e na forma
como seus pagamentos são estruturados.
POLÍTICA CAMBIAL
É o conjunto de medidas que define o regime de taxas de câmbio – flutuante, fixo, administrado
– e regulamenta as operações de câmbio. Dessa forma, a política cambial define as relações finan-
ceiras entre o país e o resto do mundo, a forma de atuação no mercado de câmbio, as regras para
movimentação internacional de capitais e de moeda e a gestão das reservas internacionais.
65
CEA
As reservas internacionais de um país são formadas por ativos em moedas estrangeiras, como títulos,
depósitos bancários, ouro etc., que podem ser usados para pagamentos de dívidas internacionais. Os
tipos de política cambial que podem ser adotadas por um país encontram-se descritos a seguir.
66
MÓDULO 02
TAXA DE CÂMBIO
• Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em unidades monetárias
de outra moeda.
• PTAX é a taxa que expressa a média das taxas de câmbio praticadas no mercado interbancário.
É divulgada pelo BACEN.
• TODAS as operações devem ter registro OBRIGATÓRIO no SISBACEN pelas instituições autoriza-
das por ele a atuar.
DÓLAR Spot: taxa à vista.
DÓLAR Forward: taxa negociada no mercado futuro (contratos a termo).
67
CEA
Agora vamos imaginar um cenário oposto, em que o valor da moeda está R$ 3,80 e o mercado julga
como BARATO. Observe:
CONTAS EXTERNAS
É o registro das transações de um país com o resto do mundo. No Brasil, os valores são expressos
em dólares americanos, mesmo quando são efetuados com outros países que não os EUA. Duas
grandes contas formam o balanço de pagamentos de um país:
a) Conta Corrente
Engloba os registros de três outras contas: a balança comercial, a conta de serviços e rendas e as
transferências unilaterais.
I. Balança comercial: registra o comércio de bens na forma de exportações e importações. Quan-
do as exportações são maiores que as importações, temos um superávit na balança comercial.
Por outro lado, um déficit ocorre quando as importações são maiores que as exportações.
II. Conta de serviços e rendas: inclui os pagamentos/recebimentos relacionados com o comércio
de bens, como fretes e seguros, as receitas/despesas com viagens internacionais, o aluguel de
equipamentos, os serviços governamentais, a exportação e importação de serviços e o paga-
mento/recebimento de juros e de lucros e dividendos.
III. Transferências unilaterais: contabilizam o saldo líquido das remessas de recursos ou doações
feitas entre residentes no Brasil e residentes em outros países.
b) Conta de Capitais
Registra o saldo líquido entre as compras de ativos estrangeiros por residentes no Brasil e a venda
de ativos brasileiros a estrangeiros.
68
MÓDULO 02
Logo,
69
CEA
Pergunta: em uma aplicação financeira, o ganho real pode ser superior ao ganho nominal?
Resposta: sim, quando a inflação for inferior a zero, isto é, quando houver deflação.
JUROS SIMPLES
Em que
• FV = Valor Futuro (montante);
• PV = Valor Presente (capital);
• i = taxa de juros;
• n = período em que a taxa será capitalizada.
Exemplo 1
Qual o montante produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa de 1% ao
mês após dez meses?
Exemplo 2
Qual o montante produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa de 12% ao
ano após seis meses?
JUROS COMPOSTO
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MÓDULO 02
Em que
• FV = Valor Futuro (montante);
• PV = Valor Presente (capital);
• i = taxa de juros;
• n = período em que a taxa será capitalizada.
Exemplo 1
Qual o montante produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa de 1% ao
mês após dez meses?
Exemplo 2
Qual o montante produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa de 12% ao
ano após seis meses?
#DICA DO PROFESSOR
Compare o exemplo 1 de juros simples com o exemplo 1 de juros composto:
Conclusão: quando estamos descapitalizando a taxa de juros, o juro composto é inferior aos
juros simples.
Taxas equivalentes: para a capitalização composta, utiliza-se taxa equivalente.
Exemplo: 1% ao mês = 12,68% ao ano.
Taxas proporcionais: para a capitalização simples, utiliza-se taxa proporcional.
Exemplo: 1% ao mês = 12% ao ano.
71
CEA
CUSTO DE OPORTUNIDADE
É o quanto o investidor deixa de ganhar por optar por um outro investimento. Ao escolher por ou-
tra opção, ele está deixando de ganhar uma taxa na primeira opção que possuía.
Se eu vou tomar uma decisão de investimento em que terei de resgatar meu capital que está aplica-
do a 10% ao ano, logo, meu custo de oportunidade é de 10% ao ano. Se eu tiver de fazer o mesmo
investimento, porém o meu dinheiro está guardado “embaixo do colchão”, então o meu custo de
oportunidade é zero.
72
MÓDULO 02
ALAVANCAGEM FINANCEIRA
A empresa que não possui capital de terceiros, apenas capital próprio, é uma empresa que possui
um alto WACC. Isso se deve ao fato de o custo do capital próprio ser mais alto do que o custo do
capital de terceiros.
Para poder crescer mais rápido do que a geração de capital que o negócio proporciona e baixar o
WACC, a empresa começa a contrair dívidas. Isso significa que a empresa está alavancando os re-
cursos próprios com o uso de recursos de terceiros. O endividamento possibilita mais crescimento e
menor WACC, porém aumenta o risco de inadimplência e, por consequência, de falência da empre-
sa. Quanto mais alavancada, mais arriscada fica a empresa.
MÚTIPLO EV/EBITDA
O EV/EBITDA, é um múltiplo que demonstra a relação entre o valor da firma (EV) e o lucro antes
de juros, impostos depreciação e amortização (EBITDA). Ou seja, busca entender quantos anos de
lucro operacional o mercado está disposto a pagar pelo valor total da firma.
Exemplo: Qual o EV/EBITDA de uma companhia que possui 10.000.000 ações do tipo ON, cotadas
no valor de R$ 80,00 cada, sabendo que a mesma possui dívida atual de 50 milhões, caixa de 20
milhões e EBTIDA de 90 milhões
73
CEA
Após programar sua HP 12C, vamos ver como irá funcionar a transformação de taxas.
Armazenamento na HP:
i: Taxa que tenho.
n: Prazo que corresponde essa taxa.
Digitar o prazo desejado e logo após digitar R/S.
74
MÓDULO 02
EXEMPLO 1
Qual a taxa anual equivalente à taxa de 4% ao mês?
EXEMPLO 2
Uma empresa tomou recursos emprestados de uma Instituição Financeira a uma taxa de 3,1% ao
mês. Qual a taxa de juros total cobrada, sabendo que o empréstimo foi pago após 182 dias?
TAXA CONJUNTA
Um bom exemplo de utilização de taxa conjunta é o caso da remuneração das cadernetas de pou-
pança. Sabemos que a poupança é remunerada pela taxa fixa de 0,5% ao mês mais a variação da T.R
(Taxa Referencial, divulgada diariamente pelo Banco Central). Seguindo esse raciocino, se a T.R de
hoje é de 0,25%, podemos concluir que os recursos aplicados em poupança hoje estarão remune-
rando uma taxa de 0,50% + 0,25% = 0,75%.
Pensar dessa maneira é a mesma coisa que concluir, no exemplo de taxa real, que um aumento de
salário de 6% atrelado a uma inflação de 5% fará sobrar apenas 1% de aumento líquido, uma vez
que 6% – 5% = 1%. Relembrando o conteúdo anterior, para calcular a taxa real, nós dividíamos as
taxas em vez de subtraí-las. Seguindo esse processo lógico, concluímos que, para calcular a taxa
conjunta, não somamos, e sim multiplicamos as taxas unitárias acrescido de uma unidade. Logo, a
fórmula matemática a ser utilizada é
,
em que
Ic = taxa conjunta;
i = taxa a ser corrigida;
I = taxa de correção.
75
CEA
EXEMPLO 1.5
Quanto vai ganhar um cliente que aplicar em uma caderneta de poupança hoje, sabendo que a T.R
do dia é de 0,30%?
Poupança (taxa a ser corrigida) = 0,5% + T.R
T.R (taxa de correção) = 0,30% (T.R)
Resposta: 0,8015 %. Note que o valor obtido é um pouco maior do que o valor da soma das duas
taxas.
#DICA DO PROFESSOR
Veja como calcular uma taxa conjunta com vários retornos acumulados com a calculadora HP 12C.
Para isso, considere que um fundo de investimento teve os retornos conforme a tabela abaixo.
EXEMPLO
a) Resolvendo de forma matemática
1,05 x 1,08 x 1,06 x 0,96 x 0,97 x 1,09 x 1,12 = 36,65%
b) Resolvendo com a utilização da HP 12C
76
MÓDULO 02
EXEMPLO 1
a) Qual o montante que renderá uma aplicação de R$ 1.500,00, durante 6 meses, em um Fundo de
investimento cuja taxa bruta mensal é de 1,4% ao mês?
77
CEA
Não se esqueça de que o resultado obtido não é negativo! O sinal serve apenas para diferenciar o
dado de entrada (aplicação) do dado de saída (resgate).
b) Qual o montante líquido que o cliente resgatou, considerando uma alíquota de Imposto de Ren-
da de 20%?
Nesse caso, a resposta será a seguinte:
R$ 130,49 (lucro) – 20% = R$ 104,55 (lucro líquido) + R$ 1.500,00 (valor da aplicação) = 1.604,55
(Resgate Líquido ou Montante Líquido).
Atenção: tenha cuidado com o Erro 5!
EXEMPLO 2
Um cliente aplicou, em um CDB (Certificado de Depósito Bancário), R$ 2.500,00 pelo prazo de 135
dias. Sabendo que resgatou um valor de R$ 2.673,24, determine a taxa mensal dessa operação.
Lembre-se de que, nesse caso, está trabalhando com dados de entrada (PV) e dados de saída (FV),
portanto, faz-se necessário o uso de sinal negativo em uma das variáveis!
78
MÓDULO 02
ANÁLISE DE INVESTIMENTO
Current Yield
O termo current yield pode ser traduzido como o rendimento corrente de um título de renda fixa,
ou seja, o rendimento que não leva em consideração o prazo do título em questão.
79
CEA
É calculado dividindo a taxa de juros do cupom pelo preço do título. Por exemplo, se um título está
sendo vendido a um preço de R$ 100,00 com um cupom de 10,00%, ele oferece um current yield de
10,00%. Caso esse título estivesse cotado a R$ 80,00, o seu current yield seria de 12,50%.
EXEMPLO 1
Uma empresa fez uma captação no valor de R$ 50.000,00 e se comprometeu em fazer o pagamento
em três vezes, com pagamentos sequenciais de R$ 25.000,00, R$ 20.000,00 e R$ 15.000,00 para
cada mês seguinte ao da captação. Qual foi a taxa de juros paga por esta empresa?
Devemos criar um fluxo de pagamento e colocar as informações na calculadora HP. Fluxo de caixa:
TEMPO VALOR
0 – R$ 50.000,00
1 R$ 25.000,00
2 R$ 20.000,00
3 R$ 15.000,00
80
MÓDULO 02
EXEMPLO 2
Um imóvel no valor de R$ 280.000,00 para compra à vista pode ser adquirido direto com a constru-
tora nas seguintes condições:
I. Entrada de R$ 50.000,00 no ato.
II. 24 parcelas mensais de R$ 5.000,00, a vencer a primeira um mês após a compra.
III. 4 parcelas semestrais como reforço no valor de R$ 10.000,00, vencendo a primeira um semes-
tre após a data da compra.
IV. 2 parcelas anuais de R$ 10.000,00 cada, vencendo a primeira um ano após a compra.
Calcule a taxa de retorno desse investimento. Colocando tudo em um único fluxo de caixa, temos o
seguinte quadro:
81
CEA
Após repetir todo o processo por mais um ano, vamos informar esse fluxo para a calculadora HP
12C.
82
MÓDULO 02
FÓRMULAS
C
A= P = A+ J
t
CÁLCULO DOS JUROS
J1 = SD0 × i
Em que
P = valor da prestação;
P1 = primeira prestação;
Pn = última prestação;
N = total de prestações;
C = valor do Capital (entrada, aplicação inicial);
J = juros;
t = prazo;
i = taxa de juros;
SD0 = saldo devedor do período ANTERIOR.
Vamos usar o mesmo exemplo citado no capítulo anterior, trocando o Sistema de Amortização
Francês pelo SAC.
Exemplo 5.2.1: um cliente solicitou um empréstimo no valor de R$ 10.000,00 para pagar em cinco
prestações mensais iguais e consecutivas, sendo que a primeira parcela tem seu vencimento 30
dias após a data da contratação. Sabendo que a taxa de juros cobrada pela financeira é de 10% ao
mês, calcule o valor da prestação e os juros e cota de amortização de cada mês, considerando que o
banco utiliza o Sistema de Amortização Constante.
Passo 1: como o valor emprestado é de R$ 10.000,00, a ser liquidado em cinco prestações, pode-
mos calcular o valor da cota de amortização mensal.
83
CEA
Como sabemos que o saldo devedor é descontado apenas da amortização, podemos calcular o sal-
do devedor após o pagamento de cada parcela:
• 1ª parcela: 10.000,00 – 2.000,00 = 8.000,00.
• 2ª parcela: 8.000,00 – 2.000,00 = 6.000,00.
• 3ª parcela: 6.000,00 – 2.000,00 = 4.000,00.
• 4ª parcela: 4.000,00 – 2.000,00 = 2.000,00.
• 5ª parcela: 2.000,00 – 2.000,00 = 0,00.
Podemos também calcular o valor dos juros cobrados na primeira parcela:
84
MÓDULO 02
85
CEA
PERPETUIDADE
O conceito de renda perpetua está relacionado quando um certo capital é capaz de garantir um flu-
xo de caixa futuro por um tempo indeterminado. Para que isso ocorra, é necessário que os valores
dos pagamentos (PMT) sejam limitados aos juros remunerados do capital. Exemplificado, se um
certo capital rende mensalmente R$ 5.000,00, é possível garantir uma renda vitalícia até esse valor,
pois, permanecendo constantes as demais variáveis, teremos a garantia de ter a disponibilidade
dos recursos sempre.
Esse conceito é muito importante e utilizado em cálculo de previdência, pois, quando o investido
opta por resgate por meio de renda vitalícia, o prazo de duração do fluxo passa a ser incerto. Veja
como calcular essa renda vitalícia na prática.
Exemplo: suponha que um investidor queira investir por 20 anos em uma previdência para que, ao
final desse período, tenha uma renda vitalícia no valor de R$ 4.000,00. Considerando uma taxa de
juros constante de 0,5% ao mês e desprezando despesas administrativas, taxas de administração,
inflação e tributação, qual deve ser o valor que esse investidor deverá aportar mensalmente duran-
te o período de contribuição para garantir essa renda vitalícia?
Primeiramente, vamos calcular o valor que ele deverá acumular para que somente os juros garan-
tam os R$ 4.000,00 desejados. Para isso, basta dividir PMT pela taxa de juros.
Em seguida, calcule qual o valor do aporte mensal (PMT) que irá garantir esse FV após o período de
contribuição (20 anos).
• FV = 800.000
• I = 0,5%
• N = 240 (12 x 20)
• PMT?
Resposta: R$ 1.731,00.
86
QUESTÕES | MÓDULO 02
1. Dentre as políticas econômicas, temos a política fiscal. Em um cenário expansionista o que pode ser
considerado dentro dessa política:
a) Aumento de impostos.
b) Aumento de gastos do governo.
c) Diminuição de gastos do governo.
d) Redução da Selic.
3. Uma empresa possui R$ 80.000,00 de capital de terceiros e R$ 27.000,00 de capital próprio. Supon-
do que o custo do capital próprio é de 17% ao ano e o de capital de terceiros de 10,50% ao ano, e
que a empresa esteja enquadrada na alíquota de Imposto de Renda de 25%, o Custo Médio Ponde-
rado de Capital (WACC) ao ano desta empresa será de:
a) 9,72%.
b) 10,18%.
c) 12,14%.
d) 13,75%
87
CEA
a) I e III.
b) II e IV.
c) I, III e IV.
d) I, II, III e IV.
5. Maria Cecília adquire um imóvel por R$ 650.000,00 em 180 prestações mensais pela Tabela SAC
com juros de 10% ao ano. Sabendo que o primeiro pagamento ocorrerá 30 dias após a liberação
dos recursos, o valor da primeira prestação será aproximadamente de:
a) R$ 5.183,00.
b) R$ 6.814,00.
c) R$ 8.794,00.
d) R$ 9.027,00.
6. Qual a taxa equivalente de um investimento em renda fixa que rendeu 2% ao mês em 1 dia útil?
a) 0,066031%.
b) 0,070000%.
c) 0,090000%.
d) 0,094343%.
7. O VPL de um fluxo de pagamento com recebimentos mensais de: R$ 300,00 / R$ 450,00 / R$ 560,00
com taxa de desconto de 2% ao mês é aproximadamente:
a) R$1.254,30
b) R$1.336,20
c) R$1.310,00
d) R$1.390,18
8. Pedro deseja fazer uma aplicação de R$ 15.000,00 no qual irá resgatar os seguintes valores:
• R$ 8.500,00 em 30 dias
• R$ 8.000,00 em 60 dias
• R$ 9.000,00 em 90 dias
Considerando um custo de oportunidade de 9% a.a, qual será o VPL (Valor Presente Líquido) apro-
ximado deste investimento?
a) R$ 6.481,00.
b) R$ 10.133,00.
c) R$ 10.500,00.
d) R$ 25.500,00.
88
MÓDULO 02
12. Um país que tem sua balança comercial deficitária significa que ele:
a) Vende mais bens e produtos produzidos no país para o exterior, do que realiza de compras.
b) Tenha um maior volume de remessas de lucros e juros de empréstimos enviados para o exte-
rior.
c) Compre mais bens e produtos produzidos no exterior, do que realiza de vendas.
d) Tenha um maior volume de remessas de lucros e juros de empréstimos vindos do exterior.
13. Um CDB do banco Alfa que rende 1,5 % ao mês no regime de capitalização composta, em 12 meses
esse rendimento será:
a) Igual a 18%.
b) Maior que 18%.
c) Menor que 18%.
d) Igual ao regime de capitalização simples.
Contas Valor
Receita R$ 150.000,00
Despesas com fornecedores R$ 100.000,00
Despesas financeiras R$ 15.000,00
89
CEA
Contas Valor
Despesas operacionais R$ 20.000,00
Impostos (IRPJ e CSLL) R$ 4.000,00
Depreciação R$ 3.000,00
Amortização R$ 2.000,00
Lucro Líquido R$ 6.000,00
a) R$ 12.000,00.
b) R$ 24.000,00
c) R$ 30.000,00.
d) R$ 45.000,00.
GABARITO
1. B 2. B 3. B 4. C 5. C 6. D 7. A 8. B 9. A 10. D 11. C 12. C 13. B 14. C 15. A
90
M ÓD U LO 0 3
O objetivo deste módulo é verificar se o profissional tem domínio dos principais con-
ceitos e da estrutura dos produtos de renda variável, renda fixa e dos principais ins-
trumentos derivativos negociados no mercado local e internacional. O profissional
deverá entender, explicar e avaliar os principais instrumentos financeiros e as formas
de negociação destes, bem como as características operacionais dos produtos. Cál-
culos poderão ser exigidos mediante a utilização de calculadoras financeiras.
91
CEA
FORMAS DE REMUNERAÇÃO
Os investimentos em renda fixa podem ter rentabilidades pagas de duas maneiras:
• Pré-fixada: um título é pré-fixado quando o valor dos rendimentos é conhecido no início da
operação.
• Pós-fixada: um título é pós-fixado quando o valor dos juros somente é conhecido no momento
do resgate.
Os investimentos que possuem remuneração pós-fixada podem ter sua rentabilidade atrelada a
diversas taxas de juros, índices de preço ou correções monetárias. As principais são CDI, SELIC, TR,
TBF, IPCA e IGP-M.
92
MÓDULO 03
• Exemplo de título ZERO cupom: investir 1.000 e, após 5 anos, resgatar o título, recebendo de
volta o principal + juros de 10% ao ano acumulado (do período). Nesse caso, o valor total de
resgate será de 1.610,51 (1.000 de principal + 610,51 de juros).
Preço Unitário
I. PU: preço unitário do título, ou seja, o preço de negociação calculado em uma determinada
data.
II. O cálculo do PU é o valor presente dos fluxos futuros de pagamento do título.
93
CEA
Exemplos:
a) Comprar um imóvel por 350 mil reais e revender depois por 400 mil reais, gerou um ágio de R$
50 mil
b) Comprar uma ação por 40,00 cada e vender depois por 38,00 cada, gerou um deságio de 2,00
por ação.
Quando se fala em investimento com títulos, esse conceito nem sempre é de fácil entendimento.
Veja o exemplo abaixo:
1. Imagine que você invista nesse título do Tesouro Direto.
94
MÓDULO 03
Essa LTN foi emitida com base na taxa Selic do mercado, nesse caso, próxima a 12,64% ao ano.
2. Vamos supor que um dia depois, em uma reunião extraordinária, o COPOM resolva elevar a
taxa Selic, drasticamente, dobrando, com objetivo de controlar inflação (claro que é um exem-
plo meramente didático). Essa elevação irá causar uma alteração nas novas LTN’s emitidas pelo
tesouro, com a taxa de juros próxima do dobro da emitida no dia anterior.
Note que com a redução da taxa de juros para algo em torno de 24% ao ano, os novos títulos emi-
tidos ficam mais baratos, gerando um PU, nesse exemplo, de 639,47 o que representa R$ 100,00
mais barato do que o PU do título anterior.
3. Diante desse cenário, você como investidor, decida vender seu título, deverá vender pelo preço
de mercado, ou seja, nesse caso por 639,47.
Analisando o cenário
#MITO: Investir em títulos públicos pré-fixados o investidor não irá perder dinheiro.
#VERDADE: Investir em títulos públicos pré-fixados e não resgatar antes do vencimento, o investi-
dor não irá perder dinheiro, exceto em casos de default (calote) do governo.
95
CEA
Resumo:
PRINCIPAIS INSTRUMENTOS
TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS
A dívida pública federal interna e externa é composta, em sua maior parte, por títulos mobiliários
que diferem entre si conforme o contexto e a finalidade da emissão. Os TPF são títulos de renda
fixa, uma obrigação cujo rendimento (taxa de juros) é determinado no momento da compra do
título. Esse rendimento pode ter sua remuneração pré-fixada ou pós-fixada. Para os títulos pós-
-fixados, por exemplo, há diferentes indexadores, que variam conforme o tipo. Existem também
aqueles que não possuem indexadores, os chamados títulos pré-fixados.
A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) aperfeiçoou o Programa Tesouro Direto para deixá-lo mais atra-
ente, simples e acessível aos investidores. Dentre as mudanças, estão a recompra diária. Com a re-
compra diária, os investidores poderão vender seus títulos ao Tesouro Nacional todos os dias, amplian-
do a liquidez e a flexibilidade da aplicação. Anteriormente, a recompra só ocorria às quartas-feiras.
Uma das mudanças está na nomenclatura dos títulos públicos, que antes eram definidos por suas
siglas, mas passaram a ser mais simples. Confira a tabela abaixo.
ATENÇÃO!
Apesar de as nomenclaturas no programa Tesouro Direto terem sofrido alterações, para a prova,
a ANBIMA continua cobrando as siglas antigas (LTN, LFT, NTN).
96
MÓDULO 03
Na maioria dos títulos públicos federais, o Valor de Face (Valor Nominal) é igual a R$ 1.000,00.
Cotação: é o valor presente do fluxo do título, descontado pela taxa de juros informada ou pelo prê-
mio de deságio. Para títulos sem cupom (zero cupom) como LTN e LFT, basta trazer a valor presente
o valor do vencimento.
Qual o PU de um Tesouro Prefixado (LTN) (010120) que tem seu Valor de Face igual a R$ 1.000,00,
que foi resgatado antecipadamente, em 31/03/18, a 440 dias úteis do vencimento e com 5,00% de
taxa de juros ao ano?
NA HP 12C
440 Enter
Introduz o prazo da liquidação do título até o seu
252 Divide vencimento (em dias úteis) dividido por 252 (um ano, 1,7460
dias úteis).
Teclar “N”
5 I Introduz a taxa. 5,00
PV Solicita o valor do montante. – 918,34
Não se esqueça de que o resultado obtido não é negativo! O sinal serve apenas para diferenciar dado
de entrada (aplicação) de dado de saída (resgate).
Obs.: caso tenha obtido como resultado 918,13, você deve ativar o modo de convenção exponencial em
sua calculadora, com as teclas STO seguida de EEX.
Feito isso, refaça o cálculo.
97
CEA
98
MÓDULO 03
2. Existem duas maneiras de calcular na HP 12C. Vamos fazer as duas. A primeira é através das
funções de FV, PF e PMT. Nesse caso, alerta é para cuidar que setas em mesmo sentido, devem
ter mesmo sinal.
99
CEA
MERCADO PRIMÁRIO
As colocações primárias serão feitas por intermédio de ofertas públicas pela STN (ou Banco Cen-
tral), que divulgará, com antecedência mínima de um dia útil, os editais (portarias/comunicados)
contendo as condições específicas de cada leilão, com acesso direto exclusivo para as instituições
financeiras integrantes do SELIC e o respectivo crédito à conta do Tesouro Nacional. Antes de cada
leilão, o Banco Central poderá divulgar a intenção do volume a ser colocado junto ao mercado,
reservando-se a parcela restante, quando houver.
MERCADO SECUNDÁRIO
• Títulos: os títulos constantes da carteira do Banco Central (ou das instituições participantes)
são oferecidos para venda (ou compra);
• Oferta: a oferta ocorre por meio de leilão informal (go-around);
• Participantes: somente dealers credenciados.
100
MÓDULO 03
IDkA (Índice de Duração Constante ANBIMA): o IDkA representa uma série de índices de renda fixa
que reflete o comportamento de ativos sintéticos com prazos fixos oriundos das curvas de juros de
títulos públicos pré-fixados e indexados ao IPCA.
IHFA (Índice de Hedge Fundos ANBIMA): índice representativo da indústria de hedge funds, integra-
do por uma carteira teórica de fundos da classe de multimercados representativos do segmento.
IDA (Índice de Debêntures ANBIMA): o IDA é um conjunto de índices composto pelas debêntures,
que são precificadas pela associação.
Treasury Bill
Obrigações de dívida do governo americano de curto prazo, em torno de um ano ou menos, e
emitidas com desconto sobre o seu valor de face (não paga cupom, ou seja é do tipo zero cupom).
A compra e venda de treasury bills é o principal instrumento que o FED, banco central norte-ame-
ricano, usa para regular a oferta de moeda da economia. Muitos empréstimos de juros variáveis e
hipotecas têm as suas taxas de juros em linha com essas obrigações.
Treasury Bond
Obrigações de dívida de longo prazo do governo norte-americano (pelo menos dez anos). São emi-
tidas pelo sistema de leilão em datas determinadas e normalmente efetuam pagamento de cupom
semestral, com preço de emissão próximo ao par (100). O prazo mais comum é o de dez anos.
101
CEA
Treasury Note
Obrigações de dívida do governo norte-americano com prazo entre um e dez anos, que são emiti-
das pelo sistema de leilão em datas determinadas, normalmente com pagamento de cupom semes-
tral e preço de emissão próximo ao par (100). Os prazos mais comuns são dois e cinco anos.
102
MÓDULO 03
Liquidez: o CDB pode ser negociado no mercado secundário. O CDB também pode ser resgatado
antes do prazo final caso o banco emissor concorde em resgatá-lo. No caso de resgate anterior ao
prazo final, devem ser respeitados os prazos mínimos. Os CDBs não podem ser indexados à va-
riação cambial. Quando o investidor deseja obter um rendimento atrelado à variação cambial, é
necessário fazer um contrato de swap paralelo ao CDB, conhecido também como “CDB swapado”.
IMPORTANTE!
Possuem cobertura do FGC até o limite vigente, atualmente de R$ 250.000,00.
#DICA DO ED
103
CEA
A LF terá prazo mínimo de 24 meses para o vencimento, vedado o resgate, total ou parcial, an-
tes do vencimento pactuado. A LF não pode ser emitida com valor nominal unitário inferior a R$
50.000,00 (cinquenta mil reais).
IMPORTANTE!
A LF NÃO está coberta pelo FGC!
#DICA DO ED
#DICA DO ED
104
MÓDULO 03
TÍTULOS CORPORATIVOS
1. Debêntures.
2. Debêntures incentivadas.
3. Notas promissórias.
DEBÊNTURES
O objetivo da emissão de uma debênture é a captação de recursos de médio e longo prazo para
sociedades anônimas (S.A.) não financeiras de capital aberto. As sociedades de arrendamento
mercantil e as companhias hipotecárias estão também autorizadas a emitir debêntures.
Classe das debêntures:
105
CEA
As debêntures podem:
Como regra geral, o valor total das emissões de debêntures de uma empresa não poderá ultrapas-
sar o seu capital social.
Resgate antecipado: as debêntures podem ter, na escritura de emissão, cláusula de resgate anteci-
pado, que dá ao emissor (a empresa que está captando recursos) o direito de resgatar antecipada-
mente, parcial ou totalmente, as debêntures em circulação.
AGENTE FIDUCIÁRIO
A função do agente fiduciário é proteger o interesse dos debenturistas, exercendo uma fiscaliza-
ção permanente e atenta e verificando se as condições estabelecidas na escritura da debênture es-
tão sendo cumpridas. Entende-se por relação fiduciária a confiança e lealdade estabelecida entre
a instituição participante (administradora, gestora, custodiante etc.) e os cotistas.
A emissão pública de debêntures exige a nomeação de um agente fiduciário. Esse agente deve ser
ou uma pessoa natural capacitada, ou uma instituição financeira autorizada pelo Banco Central
para o exercício dessa função e que tenha como objeto social a administração ou a custódia de bens
de terceiros (ex.: corretora de valores). O agente fiduciário não tem a função de avalista ou garanti-
dor da emissão.
O agente fiduciário poderá usar de qualquer ação para proteger direitos ou defender interesses
dos debenturistas, sendo-lhe especialmente facultado, no caso de inadimplemento da emitente,
• executar garantias reais, receber o produto da cobrança e aplicá-lo no pagamento, integral ou
proporcional dos debenturistas;
• requerer falência da emitente, se não existirem garantias reais;
• representar os debenturistas em processos de falência, concordata, intervenção ou liquidação
extrajudicial da emitente, salvo deliberação em contrário da assembleia dos debenturistas;
• tomar qualquer providência necessária para que os debenturistas realizem os seus créditos.
106
MÓDULO 03
#DICA DO ED
Para decorar a ordem de prioridade das debêntures, memorize REFLUQUISU (sim, eu sei que está
escrito errado, mas funciona para a prova! :D). Veja só:
1. REal
2. FLUtuante
3. QUIrografária
4. SUbordinada
CROSS DEFAULT
O termo inglês cross default expressa que, se uma dívida do emissor vencer e ele ficar inadimplen-
te, as debêntures também estarão vencidas automaticamente. O contrário também é verdadeiro,
ou seja, se ele não pagar a debênture ou os juros, as outras dívidas podem ser declaradas vencidas
automaticamente. É como se fosse um “bloco único” de obrigações inter-relacionadas.
ESCRITURA
É o documento legal que declara as condições sob as quais a debênture foi emitida. Especifica
direitos dos possuidores, deveres dos emitentes, todas as condições da emissão, os pagamentos
dos juros, prêmio e principal, além de conter várias cláusulas padronizadas restritivas referentes às
garantias (se a debênture for garantida).
107
CEA
DEBÊNTURES INCENTIVADAS
A emissão do título destina-se ao financiamento de projetos voltados para a implantação, amplia-
ção, manutenção, recuperação ou modernização, entre outros, do setor de logística e transporte, o
qual está inserido o segmento portuário.
As principais diferenças de uma debênture incentivada para uma debênture comum são
1. prazo médio ponderado mínimo de 4 anos;
2. isenção de imposto de renda para pessoa física;
3. menor alíquota de imposto de renda para investidor pessoa jurídica (15%).
#DICA DO ED
Veja, na figura a seguir, por que as empresas optam em emitir debêntures como alternativa a em-
préstimos bancários.
NOTAS PROMISSÓRIAS
Quem pode emitir: sociedades anônimas não financeiras.
108
MÓDULO 03
São vedadas as ofertas públicas de notas promissórias por instituições financeiras, sociedades cor-
retoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades de arrendamento mercantil.
Dessa forma, as notas promissórias dessas instituições não são valores mobiliários.
A venda de nota promissória comercial necessita obrigatoriamente de uma instituição financeira
atuando como agente colocador, podendo ser uma distribuidora ou corretora. Pode ser resgatada
antecipadamente (o que implica na extinção do título) caso o titular (investidor) da NP concorde.
A nota promissória comercial não possui garantia real, por isso, é um instrumento para empresas
com bom conceito de crédito.
Prazo
• Não há um prazo mínimo;
• O prazo máximo da NP é 360 dias, independentemente do tipo de S.A.
Índice de preços: como o prazo máximo de uma NP é de 360 dias, e a remuneração de ativos por
índice de preços exige prazo mínimo de um ano, uma NP não pode ser remunerada por índice de
preços. Ou seja, uma NP emitida com prazo de 1 ano teria um pouco mais de 360 dias, pois teria
365 ou 366 dias.
109
CEA
IMPORTANTE!
Pessoas físicas que investem em Letras de Crédito Imobiliário (LCI) possuem isenção de Imposto
de Renda (IR).
#DICA DO ED
110
MÓDULO 03
Título de crédito representativo de uma promessa de pagamento em dinheiro, este título só pode
ser emitido por bancos, sociedades de crédito, financiamento e investimento e também por co-
operativas de crédito (instituição financeira pública ou privada). Os recebíveis vinculados ao LCA
deverão ser registrados em sistemas de registro e liquidação financeira de ativos e custodiados em
instituição autorizada.
Garantias: as LCAs estão cobertas pelo FGC, limitadas a R$ 250.000,00.
O prazo mínimo de vencimento da LCA é de:
I – doze meses, quando atualizada anualmente por índice de preços; e
II – noventa dias, quando não atualizada por índice de preços.
IMPORTANTE!
Somente CRI com valor nominal mínimo de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) pode ser objeto
de distribuição pública.
IMPORTANTE!
Investimentos em CRI não estão cobertos pelo FGC.
111
CEA
112
MÓDULO 03
#DICA DO ED
113
CEA
Esses títulos são bastante utilizados como lastro na emissão de Certificados de Recebíveis Imobili-
ários (CRIs), por oferecer mais segurança e transparência para quem investe em CRI. A CCI poderá
ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória, sob a forma escritural ou cartular.
• Isenção do IOF – Imposto sobre Operações Financeiras.
• Isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas.
CADERNETA DE POUPANÇA
Possui total liquidez, porém com perda de rentabilidade. Remunera sobre o menor saldo do perío-
do.
Rentabilidade: em maio de 2012, a caderneta de poupança teve uma alteração na rentabilidade
paga aos investidores. Com o objetivo de evitar a migração de recursos investidos em títulos públi-
cos para poupança (efeito observado com queda da taxa de juros), o governo limitou o ganho das
cadernetas de poupança a 70% da taxa de juros, ficando da seguinte forma:
114
MÓDULO 03
Datas de depósito: aplicações realizadas nos dias 29, 30 e 31 de cada mês terão como data de ani-
versário o dia 1º do mês subsequente.
Podem captar por meio de poupança somente as instituições financeiras que fazem parte do Siste-
ma Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE):
1. Caixa Econômica Federal – CEF;
2. Sociedade de Crédito Imobiliário – SCI;
3. Associações de Poupança e Empréstimos – APE;
4. Bancos Múltiplos com carteira de SCI.
5. Cooperativas de Crédito
Obs.: as companhias hipotecárias não podem captar por meio de poupança.
Garantias: aplicações em cadernetas de poupança estão cobertas pelo Fundo Garantidor de Cré-
dito (FGC) até o limite vigente que, atualmente, é de R$ 250.000,00. Poupanças da CEF são 100%
cobertas pelo governo federal.
De maneira geral, as cadernetas de poupança não permitem a cobrança de tarifas, porém algumas
operações realizadas em uma conta poupança PODEM gerar cobrança de tarifa, tais como a reali-
zação de mais de 2 saques mensais, fornecimento de cartão magnético adicional, entre outras. A
manutenção da conta é SEMPRE ISENTA.
IMPORTANTE!
LIG não possui garantia do FGC
115
CEA
116
MÓDULO 03
26 13
27 10
28 06
29 03
30 00
Até 29 dias, pode incidir IOF. Após 30 dias ou mais, todas as aplicações financeiras estão isentas de
IOF. O IOF é cobrado sobre os RENDIMENTOS.
Hierarquia de tributação
IMPORTANTE!
IOF incide sempre ANTES do Imposto de Renda.
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CEA
Alíquota
• 22,5% → aplicações de até 180 dias.
• 20,0% → aplicações de 181 a 360 dias.
• 17,5% → aplicações de 361 até 720 dias.
• 15,0% → aplicações acima de 720 dias.
Cobrança: no resgate.
Responsável pelo recolhimento: a Instituição Financeira ou pessoa jurídica que efetuar o paga-
mento dos rendimentos. Exemplos: banco, corretora, distribuidora etc.
IMPORTANTE!
Em aplicações em CRI, CRA, LCA, LCI, CCI, CPR e cadernetas de poupança, pessoa física é ISENTA
da cobrança de Imposto de Renda.
Associados ao FGC
118
MÓDULO 03
Para garantir uma cobertura em caso de liquidação, o FGC exige de seus associados uma contribui-
ção mensal ordinária que, atualmente, é de 0,0125% (cento e vinte e cinco décimos de milésimos
por cento) do montante dos saldos das contas referentes aos instrumentos cobertos pelo fundo.
São objeto da garantia ordinária proporcionada pelo FGC os créditos representados pelos seguin-
tes instrumentos financeiros:
É importante salientar que não estão cobertos pelo FGC as aplicações realizadas em Letras Finan-
ceiras, Fundos de Investimentos, Depósitos Judiciais, entre outros.
Em novembro de 2013, o Bacen criou o FGCoop (Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito),
desvinculando os depósitos realizados pelas cooperativas singulares de crédito e nos bancos co-
operativos (Bancoob e Banco Sicredi), que antes eram vinculados ao FGC e, após a publicação da
resolução CMN 4.284, passaram a ter um fundo específico. Tantos os ativos cobertos quanto o valor
da garantia ordinária são os mesmos do FGC.
119
CEA
Diversos motivos podem fazer com que o retorno realmente obtido no resgate de um investimen-
to seja diferente do retorno esperado no momento da aplicação. Em outras palavras, sempre há
alguma incerteza quando vamos realizar um investimento. O risco de um investimento pode ser
considerado como a medida dessa incerteza, ou seja, a probabilidade de o retorno obtido em um
investimento ser diferente do esperado.
TIPOS DE RISCOS
RISCO DE LIQUIDEZ
Trata-se da dificuldade de vender um determinado ativo pelo preço e no momento desejado. A
realização da operação, se ela for possível, implica numa alteração substancial nos preços do mer-
cado. Caracteriza-se quando o ativo possui muitos vendedores e poucos compradores. Investimen-
tos em imóveis são um exemplo de uma aplicação com alto risco de liquidez.
RISCO DE LIQUIDAÇÃO
O risco de liquidação é o risco de que a contraparte não entregue os títulos (liquidação física) ou o
valor (liquidação financeira) combinados quando foi efetuado o trade, ou seja, o risco de que isso
aconteça principalmente após o investidor já ter cumprido a sua parte do acordo.
Esse risco é mitigado graças à presença das clearing houses (SELIC, B3 – CETIP etc.).
RISCO DE CRÉDITO
Risco de crédito está associado a possíveis perdas que um credor possa ter pelo não pagamento,
por parte do devedor, dos compromissos assumidos em uma data acertada, seja esse compromisso
os juros (cupons) ou o principal. Há vários tipos de risco de crédito: um investidor, ao comprar um
título, sempre estará incorrendo em um ou mais desses tipos de risco de crédito.
120
MÓDULO 03
As empresas contratam as agências especializadas (agências de rating), como Standard & Poor’s e
Moody’s, para que elas classifiquem o risco de crédito referente às obrigações que vão lançar no
mercado (e que serão adquiridas por investidores), como debêntures (bonds), commercial papers,
securitizações etc. O rating depende da probabilidade de inadimplência da empresa devedora, as-
sim como das características da dívida emitida. Quanto pior for o rating atribuído, maior será a
taxa de juros exigida como retorno pelo investidor. Exemplo: uma debênture com classificação C
oferece maior risco do que uma com rating CCC, logo, a primeira (de maior risco) deverá pagar um
juros superior, se comparada à segunda.
Quando uma empresa emite debêntures e não consegue honrar seus pagamentos, seus investido-
res estão sujeitos a terem perdas financeiras devidas ao risco de crédito existente.
IMPORTANTE!
Aplicações em ações NÃO possuem RISCO DE CRÉDITO.
121
CEA
122
MÓDULO 03
RISCO DE MERCADO
Risco de mercado é a potencial oscilação dos valores de um ativo durante um período de tempo. O
preço dos ativos oscila por natureza; uns mais, outros menos. Chamamos isso de volatilidade, que
é uma medida dessa oscilação. Assim, os preços das ações são mais voláteis (oscilam mais) que os
preços dos títulos de renda fixa. O risco de mercado é representado pelos desvios (ou volatilidade)
em relação ao resultado esperado.
Risco de mercado, volatilidade e desvio-padrão, na prática, podem ser utilizados como sinônimos.
O desvio-padrão é a principal medida de risco de mercado.
Exemplo: se esperarmos que um determinado fundo de investimento apresente um retorno de
25% ao ano, temos a expectativa de que, ao aplicarmos R$ 100, obteremos um retorno de R$ 25.
Quaisquer rentabilidades observadas acima ou abaixo nesse contexto são consideradas risco de
mercado.
DIVERSIFICAÇÃO
A diversificação, no mundo dos investimentos, é como o investidor divide sua poupança nos diver-
sos ativos financeiros e reais, como, por exemplo, colocar 10% de seu dinheiro na poupança, 50%
em fundos de renda fixa, 20% em fundo imobiliário e 20% em ações.
A diversificação ajuda a reduzir os riscos de perdas. É o velho ditado: “não coloque todos os ovos
numa única cesta”. Dessa forma, quando um investimento não estiver indo muito bem, os outros
podem compensar, de forma que, na média, não haja perdas mais expressivas.
Deve-se ter em mente, entretanto,
que a diversificação não é capaz de
eliminar todo o risco de mercado de
um investimento. Isso porque há fa-
tos no mercado que afetam todos os
ativos no mesmo sentido, seja po-
sitivo ou negativo. A expectativa de
uma recessão econômica, por exem-
plo, muito provavelmente levará a
uma queda nos preços de todos os
ativos. Chamamos isso de risco sistê-
mico ou não diversificável.
123
CEA
A diversificação consegue reduzir APENAS o risco NÃO SISTEMÁTICO (específico). O risco sistemá-
tico não pode ser reduzido, nem mesmo com uma excelente diversificação. O gráfico em destaque
representa o efeito e os benefícios da diversificação em uma carteira de ações.
DEFINIÇÃO
São classificados como instrumentos de renda variável aqueles produtos cujos rendimentos não
são conhecidos ou não podem ser previamente determinados, pois dependem de eventos futuros,
tais como os fatores conjunturais. Possibilitam maiores ganhos, porém o risco de eventuais perdas
é bem maior. O exemplo mais comum são as ações.
AÇÕES
Ação representa a menor “fração” do capital social de uma empresa, ou seja, a unidade do capital
nas sociedades anônimas. Quem adquire essas “frações” é chamado de acionista, que vai ter uma
certa participação na empresa, correspondente a quantas destas “frações” ele detiver.
TIPO DE AÇÕES
• Ordinárias (ON): garante o direito a voto nas assembleias dos acionistas.
• Preferenciais (PN):
• tem preferência no recebimento de dividendos em relação às ordinárias;
• não tem direito a voto;
• recebem 10% a mais de dividendos em relação às ordinárias;
• caso a companhia fique 3 anos sem distribuir dividendos, o acionista passa a ter direito a
voto.
Obs.: empresas que abrem seu capital deverão ter no mínimo 50% de suas ações sendo do tipo
ordinária (½ e ½).
BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO
Bônus de subscrição são títulos negociáveis emitidos por sociedades por ações, que conferem aos
seus titulares, nas condições constantes do certificado, o direito de subscrever ações do capital so-
cial da companhia, dentro do limite de capital autorizado no estatuto. Os bônus de subscrição po-
dem ser atribuídos, como vantagem adicional, aos subscritores de emissões de ações e debêntures.
No entanto, a emissão pode também ser alienada, na qual o investidor terá que pagar um preço por
esse direito, para que, em futuras emissões, possa ter a preferência na subscrição.
124
MÓDULO 03
UNITS
Units são ativos compostos por mais de uma classe de valores mobiliários, como uma ação ordinária
e um bônus de subscrição, por exemplo, negociados em conjunto. As units são compradas e/ou
vendidas no mercado como uma unidade.
125
CEA
AGO e AGE
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA (AGO)
Anualmente, nos quatro primeiros meses seguintes ao término do exercício social, deverá haver
uma assembleia geral para
I. tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras;
II. deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos;
III. eleger os administradores e os membros do conselho fiscal, quando for o caso;
IV. aprovar a correção da expressão monetária do capital social.
A assembleia geral é ordinária quando tem por objeto as matérias acima citadas, sendo extraordi-
nária nos demais casos. A companhia deverá enviar à CVM edital de convocação da assembleia ge-
ral ordinária em até 15 (quinze) dias antes da data marcada para a sua realização ou no mesmo dia
de sua primeira publicação, o que ocorrer primeiro. Deverá enviar também todos os documentos
necessários ao exercício do direito de voto nas assembleias gerais ordinárias. Além disso, disponibi-
lizará o sumário das decisões tomadas na assembleia – no mesmo dia da sua realização – e ata da
assembleia geral ordinária, em até 7 (sete) dias úteis de sua realização.
126
MÓDULO 03
#FICADICA:
O valor distribuído em forma de dividendos é descontado do preço da ação.
Juros sobre o capital próprio: são proventos pagos em dinheiro como os dividendos, sendo, porém,
dedutíveis do lucro tributável da empresa.
Bonificações: correspondem à distribuição de novas ações para os atuais acionistas, em função do
aumento do capital. Excepcionalmente, pode ocorrer a distribuição de bonificação em dinheiro.
Direito de subscrição: direito aos acionistas de aquisição de ações por aumento de capital, com
preço e prazos determinados. Garante a possibilidade de o acionista manter a mesma participação
no capital total.
Obs.: o direito de subscrição assemelha-se ao direito de um titular de uma opção de compra (call),
ou seja, ambos possuem o direito de comprar uma determinada quantidade de ações com prazos
e condições pré-estabelecidos.
ACIONISTA CONTROLADOR
Pessoa natural ou jurídica, ou grupo de pessoas vinculadas por acordo de acionistas, que possui a
maioria dos votos (Ações Ordinárias) nas deliberações da assembleia geral e o poder de eleger a
maioria dos administradores da companhia. Além disso, usa efetivamente seu poder para dirigir as
atividades sociais e orientar o funcionamento da companhia.
127
CEA
“TAG ALONG”
Quando há mudança de controle de companhia aberta, os demais acionistas detentores de ações
com direito a voto devem receber uma oferta pública de compra de suas ações pelo mesmo valor
pago pelas ações do controlador. Os acionistas preferenciais, quando for o caso, deverão receber
uma oferta de, no mínimo, 80% do valor pago por ação com direito a voto, integrante do bloco de
controle.
#DICA DO ED
A liquidação na compra e venda de ações acontecem em D+2, e não mais em D+3, como era ante-
riormente.
128
MÓDULO 03
CUSTO DA OPERAÇÃO
• Corretagem: custo pago para corretoras pelas operações executadas.
Essa é uma informação adicional, na prova não são cobrados esses valores.
• Emolumentos: os emolumentos são cobrados pelas Bolsas por pregão em que tenham ocorri-
do negócios por ordem do investidor. A taxa cobrada pela Bolsa é de 0,035% do valor financeiro
da operação.
• Custódia: uma espécie de tarifa de manutenção de conta cobrada por algumas corretoras.
129
CEA
PRECIFICAÇÃO
CÁLCULO DO ÍNDICE DE LUCRO POR AÇÃO (LPA)
O índice ilustra o benefício auferido por ação emitida pela empresa, ou seja, o resultado líquido
obtido em determinado período. A quantidade de ações emitida pode ser determinada pelo núme-
ro de ações que compõem o capital social da companhia ao final do exercício social ou em função
de sua quantidade média calculada no período. O índice LPA representa a parcela do lucro líquido
pertencente a cada ação, sendo que sua distribuição aos acionistas é definida pela política de divi-
dendos adotada pela companhia.
LPA = Lucro Líquido / Número de Ações Emitidas.
É uma indicação do número de anos que se levaria para reaver o capital aplicado na compra de
uma ação, por meio da distribuição de dividendos.
ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
Afirma que há um valor para cada ação baseado no desempenho econômico-financeiro da em-
presa, comparando empresas do mesmo setor, setores diferentes e análises conjunturais, conside-
rando variáveis internas e externas à empresa e suas influências sobre o valor da ação. Portanto, a
análise fundamentalista utiliza-se de informações quanto à empresa, ao setor a que ela pertence,
ao mercado de ações e à conjuntura econômica.
130
MÓDULO 03
IMPORTANTE!
Tanto no processo de split como no de inplit, o capital social do investidor, assim como o seu
montante investido, não se altera. Já quando uma companhia distribui dividendos ou pagamen-
tos de juros sobre o capital próprio, o valor distribuído é descontado do preço da ação.
GOVERNANÇA CORPORATIVA
Governança corporativa é o conjunto de práticas que têm por finalidade alinhar os objetivos da ad-
ministração da companhia aos interesses dos acionistas. Para tanto, estabelece-se um sistema pelo
qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre investido-
res (acionistas/cotistas), Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho
Fiscal. A análise das práticas de governança corporativa aplicada ao mercado de capitais envolve,
principalmente, transparência, equidade de tratamento dos acionistas, prestação de contas e res-
ponsabilidade corporativa. Boas práticas de governança corporativa logram aumentar o valor de
uma companhia, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para sua perenidade.
Governança corporativa é o conjunto de mecanismos de incentivo e controle que visam assegurar
que as decisões sejam tomadas em linha com os objetivos de longo prazo das organizações. Entre
os mecanismos de governança, destacam-se a existência de
I. um conselho de administração ativo e que atue com independência;
II. maioria obrigatória de conselheiros independentes, todos com excelente reputação no mer-
cado, experiência e firme compromisso de dedicação ao Conselho;
III. comitê de auditoria composto exclusivamente por membros independentes.
131
CEA
NOVO
TRADICIONAL NÍVEL 1 NÍVEL 2
MERCADO
Percentual mínimo
de ações em
Não há 25% 25% 25%
circulação (free
float)
132
MÓDULO 03
Nota: pode haver mais de um banco coordenador, porém um deles será denominado coordenador
líder.
BANCO MANDATÁRIO
Tem a função de processar as liquidações físicas e financeiras entre sua tesouraria e a instituição
custodiante. Além disso, o banco mandatário verifica a existência, autenticidade, validade e regula-
ridade da emissão de valores imobiliários, a quantidade emitida e a série e emissão deles.
TIPOS DE COLOCAÇÃO
UNDERWRITING GARANTIA FIRME (STRAIGHT)
Subscrição em que a instituição financeira subscreve integralmente a emissão para revendê-la pos-
teriormente ao público. Selecionando essa opção, a empresa assegura a entrada de recursos.
O risco de mercado é do intermediário financeiro.
UNDERWRITING DE MELHORES ESFORÇOS (BEST EFFORTS)
Subscrição em que a instituição financeira se compromete a realizar os melhores esforços para a
colocação, junto ao mercado, das sobras do lançamento. Não há comprometimento por parte do
intermediário para a colocação efetiva de todas as ações. A empresa assume os riscos da aceitação
ou não das ações lançadas por parte do mercado.
DISTRIBUIÇÃO DE LOTE SUPLEMENTAR
O ofertante poderá outorgar à instituição intermediária opção de distribuição de lote suplementar,
que preveja a possibilidade de, caso a procura dos valores mobiliários objeto de oferta pública de
distribuição assim justifique, ser aumentada a quantidade de valores a distribuir junto ao público,
nas mesmas condições e preço dos valores mobiliários inicialmente ofertados, até um montante
predeterminado que constará obrigatoriamente da Lâmina de Informações Complementares e
que não poderá ultrapassar a 15% da quantidade inicialmente ofertada.
PREÇO FIXO
Preço definido em AGE (Assembleia Geral Extraordinária) ou RCA (Reunião do Conselho de Admi-
nistração) da empresa emissora.
BOOKBUILDING
Mecanismo de consulta prévia para definição de remuneração de debênture ou de eventuais va-
riações (ágio ou deságio) no preço de subscrição. Baseia-se na quantidade que investidores têm
disposição para adquirir, em diferentes faixas de remuneração. Processo de formação de preços,
normalmente por meio de um leilão de oferta, que auxilia na definição da remuneração e outras
características de títulos e valores mobiliários, de forma a refletir as condições de mercado por oca-
sião de sua efetiva colocação à venda.
133
CEA
134
MÓDULO 03
135
CEA
CLUBE DE INVESTIMENTO
O Clube de Investimento é um condomínio constituído por, no mínimo, 3 pessoas e, no máximo,
50 pessoas físicas, para aplicação de recursos em títulos e valores mobiliários, sendo administrado
por corretoras, distribuidoras e bancos de investimento. Quando se tratar de empregados de uma
mesma empresa, o número de condôminos pode ser maior. A carteira é composta por 67%, no
mínimo, em ações, sendo o restante em renda fixa e derivativo.
136
MÓDULO 03
O papel idealizado para os clubes de investimento é o de porta de entrada do investidor ainda não
familiarizado com o mercado de capitais, por isso sua política de investimento é bastante simples.
Espera-se que, mediante sua participação no clube, o investidor adquira conhecimentos e habilida-
des sobre a estrutura e o funcionamento do mercado, os quais o permitirão, posteriormente, aces-
sar com segurança produtos mais sofisticados. O máximo que um único investidor pode ter de um
clube de investimento é 40% sobre o patrimônio do clube.
TRIBUTAÇÃO
IMPOSTO DE RENDA EM AÇÕES
A alíquota cobrada na compra e venda de ações depende do tipo de operação, isto, é, se é uma
compra e venda normal ou se a operação é do tipo Day Trade.
• Day trade: é a combinação de operação de compra e de venda realizadas por um investidor
com o mesmo título em um mesmo dia.
Ações
• Operação NORMAL: 15% (fonte: 0,005% sobre o valor de alienação).
• Day trade: 20% (fonte: 1% sobre os rendimentos).
IMPORTANTE!
Vendas de ações no mercado à vista de bolsas de valores realizadas por pessoa física, exceto
em operações de day trade, em um mês com um valor igual ou inferior a R$ 20.000,00, não
incorrerão em recolhimento de IR.
COMPENSAÇÃO DE IMPOSTO
1. É permitida a compensação de perdas com ganhos em operações de renda variável?
Sim. Para fins de apuração e pagamento do imposto mensal sobre os ganhos líquidos, as perdas
incorridas nas operações de renda variável nos mercados à vista, de opções, futuros, a termos e
assemelhados, poderão ser compensadas com os ganhos líquidos auferidos, no próprio mês ou nos
meses subsequentes, em outras operações realizadas em qualquer das modalidades operacionais
previstas naqueles mercados, operações comuns.
137
CEA
2. O resultado negativo, ou perda, apurado em um mês pode ser compensado com ganho auferi-
do em meses anteriores?
Não se pode compensar resultados negativos de um mês com ganhos auferidos em meses anterio-
res, pois a base de cálculo do imposto é apurada mensalmente.
ALÍQUOTA
OPERAÇÃO RESPONSÁVEL AJUSTE ISENÇÃO
FONTE
Pessoa Física,
Próprio 0,005% sobre o
15% sobre os alienação de até
COMPRA E VENDA investidor, por valor de alienação
rendimentos. R$ 20.000,00 em
meio de DARF. (venda).
um único mês.
Próprio
1% sobre os 20% sobre os
DAY – TRADE investidor, por Não há.
rendimentos. rendimentos.
meio de DARF.
Primeiro passo: identificar se as operações são day-trade ou não. Para isso, basta comparar as co-
lunas “data de aquisição” e “data de alienação”. Olhe cada um dos ativos e veja se são idênticos
(day-trade) ou diferentes (operação normal). Nesse caso, todas as vendas foram realizadas em ano
posterior, logo não se trada de day-trade, assim, a alíquota, se devida, deverá ser de 15%.
138
MÓDULO 03
Segundo passo: verificar se o cliente tem direito a isenção, ou seja, se trata-se de um cliente pessoa
física e, que além disso, o valor total alienado (R$ 33.200,00) em um único mês é igual ou inferior
a R$ 20 mil, como manda a legislação. Nesse caso, a isenção não se aplica, já que todas alienações
ocorreram em um mesmo mês e o valor total é superior a 20 mil reais.
Logo, nesse exemplo, o cliente está sujeito à incidência de imposto de renda à alíquota de 15%.
IOF EM AÇÕES
Investimento em ações estão isentos da cobrança de IOF, independentemente do prazo, do valor e
do investidor (física ou jurídica).
3.3 DERIVATIVOS
INTRODUÇÃO A DERIVATIVOS
O que são os derivativos? São ativos financeiros cujos valores e características de negociação estão
amarrados aos ativos que lhes servem de referência. A palavra derivativo vem do fato de que o pre-
ço do ativo é derivado de outro ativo. Ex.: opção de Petrobrás, o preço dessa opção é derivado do
ativo “ação da Petrobrás”. Como surgiram? Da necessidade de o produtor rural garantir um preço
mínimo para sua safra.
Os derivativos, em geral, são negociados sob a forma de contratos padronizados, isto é, previamen-
te especificados (quantidade, qualidade, prazo de liquidação e forma de cotação do ativo-objeto
sobre os quais se efetuam as negociações), em mercados organizados, com o fim de proporcionar
aos agentes econômicos oportunidades para a realização de operações que viabilizem a transferên-
cia de risco das flutuações de preços de ativos e de variáveis macroeconômicas.
Tipos de derivativos
1. Mercado de opções;
2. Mercado futuro;
3. Mercado a termo;
4. Mercado de swap.
139
CEA
Participantes
1. Hedger: opera nesse mercado buscando proteção contra oscilações de preços dos ativos. Pos-
sui o determinado bem ou ativo financeiro.
2. Especulador: assume o risco da operação com o objetivo de auferir ganhos com a oscilação dos
preços. Entra e sai rapidamente no mercado fazendo “apostas”.
3. Arbitrador: obtém vantagens financeiras em função de distorções nos preços do ativo nos mer-
cados diferentes. Monitora todos os mercados em busca de distorções a fim de lucrar sem cor-
rer riscos.
Os três agentes são de suma importância para o mercado, pois são eles os responsáveis por garantir
liquidez e evitar distorções.
MERCADO A TERMO
É aquele em que as partes assumem compromisso de compra e venda de quantidade e qualidade
determinadas de um ativo dito real (mercadoria). O preço a termo, que é fixado na abertura do
negócio, é formado pelo preço à vista mais uma taxa de juros que varia conforme o prazo da transa-
ção. As partes compradora e vendedora ficam vinculadas uma à outra até a liquidação do contrato,
ou seja,
1. comprador do termo: leva o contrato até o final do prazo contratado, paga pelo ativo-objeto do
contrato e quer recebê-lo;
2. vendedor: quer levar o contrato até o final, quer entregar o ativo-objeto e receber o correspon-
dente pagamento.
O prazo do contrato é pré-estabelecido. Os prazos permitidos para negociação a termo são de, no
mínimo, 16 e, no máximo, 999 dias corridos. Comumente, são negociados contratos com prazos de
30, 60, 90, 120 ou até 180 dias.
FORMAS DE LIQUIDAÇÃO
1. Por decurso de prazo;
2. Antes do decurso: os compradores podem solicitar o encerramento antes do decurso, mas isso
não alterará o valor do preço.
LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA: caso o comprador queira, poderá solicitar ao vendedor a liquidação do
contrato antecipadamente, implicando no pagamento do preço estipulado pelo prazo em que o
contrato ficou em aberto. Caso o vendedor aceite, o contrato é encerrado e a posição, desfeita. A li-
quidação antecipada poderá ser solicitada até o 3º dia útil anterior à data de vencimento do termo.
DIREITOS E PROVENTOS: os direitos e proventos distribuídos às ações-objetos do contrato a termo
pertencem ao comprador e serão recebidos, juntamente com as ações-objetos, na data de liquida-
ção ou segundo normas específicas da BM&FBovespa – Câmara de Ações. Os direitos a recebimen-
to de dividendo, bonificação em dinheiro ou qualquer outro provento em dinheiro e à subscrição
de valores mobiliários não alterarão o respectivo preço do contrato. Contudo, o vendedor repassa-
rá o valor equivalente ao provento devido em dinheiro na data da efetiva distribuição.
140
MÓDULO 03
GARANTIAS
Exigências para ambos os participantes
1. Vendedor: cobertura, que é o depósito da totalidade dos títulos-objetos da operação;
2. Comprador: margem, que é o depósito de numerário e/ou ativos autorizados em um valor es-
tabelecido pela Bovespa e BM&FBovespa – Câmara de Ações. A liquidação de uma operação a
termo, no vencimento do contrato ou antecipadamente, se assim o comprador o desejar, im-
plica a entrega dos títulos pelo vendedor e o pagamento do preço estipulado no contrato pelo
comprador.
IMPORTANTE!
Os contratos NÃO são padronizados.
NON-DELIVERABLE FORWARD
É um contrato a termo de moedas, negociado em mercado de balcão e que tem o objetivo de
estabelecer, antecipadamente, uma taxa cambial em uma data futura. Na data de vencimento, a li-
quidação é dada pela diferença entre a taxa a termo contratada e a taxa de mercado definida como
referência.
Sendo assim, o NDF consegue permitir a proteção contra oscilações da moeda. Por isso, é bastante
utilizado por empresas do tipo importadoras e exportadoras ou aquelas que têm ativos ou passivos
em moeda estrangeira — que, nesse caso, é usado como instrumento de hedge.
MERCADO DE OPÇÕES
O QUE É UM MERCADO DE OPÇÕES?
Mercado em que são negociados direitos de compra (call) ou venda (put) de um lote de ações,
com preços e prazos de exercício pré-estabelecidos.
141
CEA
142
MÓDULO 03
143
CEA
Janeiro A M
Fevereiro B N
Março C O
Abril D P
Maio E Q
Junho F R
Julho G S
Agosto H T
Setembro I U
Outubro J V
Novembro K W
Dezembro L X
144
MÓDULO 03
IMPORTANTE!
Se uma ação-objeto, durante o período de vigência da opção, distribuir dividendos, juros sobre o
capital próprio ou qualquer outro provento em dinheiro, o valor líquido recebido será deduzido
do preço de exercício da série, a partir do primeiro dia de negociação ex-direito. Exemplo: se
o preço de exercício é de R$ 200,00 e ocorre a distribuição de juros sobre o capital próprio no
montante líquido de R$ 20,00, o preço de exercício será ajustado para R$ 180,00.
GARANTIAS
Para o titular de opções: o titular, no mercado de opções, está isento de prestar garantias, pois o
risco máximo que pode correr é ele não exercer sua posição e perder o prêmio pago.
Para o lançador de opções: somente das posições lançadoras é exigida a prestação de garantias, e a
finalidade da garantia é assegurar o cumprimento da obrigação assumida.
• Lançador coberto: deposita os títulos relativos à opção.
• Lançador descoberto: deposita margem em dinheiro ou os mesmos ativos aceitos no mercado
a termo, conforme cálculo efetuado pela clearing. A margem depositada é o resultado da soma
dos seguintes componentes: margem de prêmio (prêmio de fechamento do dia) e margem de
risco (maior prejuízo potencial projetado para o dia seguinte).
145
CEA
146
MÓDULO 03
147
CEA
Exemplo:
• compra de BBASH21 (strike R$ 20,88) por R$ 0,88;
• venda de BBASH91 (strike R$ 21,63) por R$ 0,45;
• compra de BBAST91 (strike R$ 21,63) por R$ 1,29;
• venda de BBAST21 (strike R$ 20,88) por R$ 0,75.
STRADDLE
Exemplos:
• compra de Straddle
C 1 PETRF77 + C 1 PETRR77;
Compra 1 Lote PETRE PN 38,50 + Compra 1 Lote PETRE PN 38,50.
• venda de Straddle
V 1 PETRE74 + V 1 PETRQ74;
Venda 1 Lote PETRE PN 38,50 + Venda 1 Lote PETRE PN 38,50.
STRANGLE
148
MÓDULO 03
Exemplos:
• compra de Strangle
C 1 PETRF44 + C 1 PETRR46;
Compra 1 Lote PETR PN 44,00 e Compra 1 Lote PETRE 46,00.
• venda de Strangle
C 1 PETRF44 + C 1 PETRR46;
Venda 1 Lote PETR PN 44,00 e Venda 1 Lote PETRE 46,00.
CAP
Funciona como uma espécie de seguro. A empresa paga um prêmio ao banco (vendedor) para limi-
tar um teto para a flutuação da taxa de juros da dívida contratada. A empresa, então, desfruta de
todas as quedas das taxas de juros internacionais que ocorrem e, caso haja alta, estará protegida
pela taxa mínima fixada (strike rate ou taxa de exercício). A diferença para maior entre essa taxa e a
flutuante de mercado serão pagas pelo banco. O cap pode ser estabelecido usando-se um contrato
de opção, sendo normalmente utilizadas as opções europeias (não podem ser exercidas antes de
seu vencimento, ao contrário das americanas, que podem ser exercidas a qualquer tempo). Assim,
em resumo, o cap garantiria o pagamento, pelo banco, da diferença entre o valor da taxa estabe-
lecida como máxima e o valor da taxa que ocorrer acima desse limite, calculado sobre o valor do
empréstimo.
FLOOR
É o mecanismo mais utilizado por investidores que possuem papeis vinculados a taxas flutuantes de
juros. O investidor fixa, então, um patamar mínimo para a rentabilidade de seus papeis. Um floor de
taxas de juros é o oposto de um cap, já que é um produto que oferece proteção contra baixas nas
taxas de juros. Nele, o banco (vendedor), mediante o recebimento de um prêmio, compromete-se
a pagar à empresa (comprador, investidor) o diferencial de taxas a menor entre uma taxa mínima
pré-acordada (strike rate do floor) e uma taxa flutuante do mercado. É um produto que pode ser
considerado um seguro contra baixas nas taxas de juros.
OPÇÕES EXÓTICAS
São opções que representam variações sobre os tipos básicos. Dão ao portador o direito, após de-
terminado período de tempo, de escolher se ela será uma put (venda) ou uma call (compra).
149
CEA
MERCADO FUTURO
O mercado futuro pode ser entendido como uma evolução do mercado a termo. Nele, os partici-
pantes se comprometem a comprar ou vender certa quantidade de um ativo por um preço estipu-
lado para a liquidação em data futura.
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MÓDULO 03
151
CEA
Boi Gordo
Tipo: bovinos machos, castrados, bem acabados (carcaça convexa), em pasto ou confinamento.
Peso: vivo individual entre o mínimo de 450 quilos e o máximo de 550 quilos, verificado na balança
do local de entrega.
Idade máxima: 42 meses.
Unidade de negociação: 330 arrobas líquidas.
Meses de vencimento: todos os meses.
Café arábica
Objeto de negociação: café cru, em grão, de produção brasileira, coffea arábica, tipo 4-25 (4/5) ou
melhor, bebida dura ou melhor, para entrega no município de São Paulo, SP, Brasil.
Cotação: dólares dos Estados Unidos da América por saca de 60 quilos líquidos, com duas casas de-
cimais. Variação mínima de apregoação de US$ 0,05 (cinco centavos de dólar dos Estados Unidos da
América) por saca de 60 quilos líquidos.
Unidade de negociação: 100 sacas de 60 quilos líquidos ou 6.000 quilos líquidos.
Meses de vencimento: março, maio, julho, setembro e dezembro.
Milho
Objeto de negociação: milho em grão a granel, amarelo, de odor e aspectos normais, em bom esta-
do de conservação, livre de bagas de mamona, bem como de outras sementes prejudiciais e de in-
setos vivos, duro ou semiduro, proveniente da última safra e de produção brasileira, em condições
adequadas de comercialização e próprio para consumo animal.
152
MÓDULO 03
Cotação: reais por saca de 60 quilos líquidos, com duas casas decimais, livres de ICMS.
Unidade de negociação: 450 sacas de 60 quilos líquidos cada, correspondentes a 27 toneladas mé-
tricas de milho em grão a granel.
Meses de vencimento: janeiro, março, maio, julho, agosto, setembro e novembro.
Soja
Objeto de negociação: soja brasileira, tipo exportação. A metodologia para classificação e análise
dos grãos atenderá às estipulações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Cotação: dólares dos Estados Unidos da América por saca de 60 quilos, com duas casas decimais. A
cotação é livre de quaisquer encargos, tributários ou não tributários.
Unidade de negociação: 27 toneladas métricas ou 450 sacas de 60 quilos de soja em grão a granel.
Meses de vencimento: março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro e novembro.
Etanol
Objeto de negociação: álcool anidro carburante (etanol).
Cotação: dólares dos Estados Unidos da América por metro cúbico (1.000 litros) de etanol, confor-
me as especificações definidas no item 2, com duas casas decimais, livres de quaisquer encargos,
tributários ou não tributários.
Unidade de negociação: 30 metros cúbicos (30.000 litros) a 20°C (celsius).
Meses de vencimento: todos os meses.
Índice – IBOVESPA
Objeto de negociação: o Ibovespa.
Cotação: pontos de índice, sendo cada ponto equivalente ao valor em reais estabelecido pela
BM&F.
Unidade de negociação (tamanho do contrato): Ibovespa futuro multiplicado pelo valor em reais
de cada ponto, estabelecido pela BM&F.
Meses de vencimento: meses pares. A BM&F poderá, a seu critério, quando as condições de mer-
cado assim exigirem, autorizar a negociação de vencimentos em meses ímpares.
Câmbio
Objeto de negociação: taxa de câmbio de reais por dólar dos Estados Unidos da América, para en-
trega pronta, contratada nos termos da Resolução 3265/2005, do Conselho Monetário Nacional.
Cotação: reais por US$ 1.000,00, com até três casas decimais.
Tamanho do contrato: US$ 50.000,00.
Meses de vencimento: todos os meses.
153
CEA
SWAP
Swap significa troca. Em finanças, operações de swap envolvem a troca de posições quanto ao risco
e, principalmente, quanto à rentabilidade entre os investidores. O contrato de swap pode ter como
objeto moedas, índices financeiros, commodities, indexadores etc.
Os contratos são negociados em balcão e não são padronizados, não havendo a possibilidade de
transferência a outro participante nem antecipação do vencimento.
Os contratos de swap são negociados em ambiente de balcão organizado. Essas operações realizam
a troca de fluxo de caixa, tendo como base a comparação da rentabilidade entre dois indexadores.
Dessa forma, o agente assume as duas posições – comprada em um indexador e vendida em outro.
O retorno do participante ocorre quando o indexador que assumiu a posição comprada (vendida)
for superior ao retorno da posição vendida (comprada).
Principais características
1. Os contratos de swap são registrados na B3.
2. Os contratos de swap são liquidados em D + 1.
3. A melhor data para renovar um contrato de swap, para que o investidor não fique nenhum dia
desprotegido, é um dia antes do seu vencimento (D – 1).
Vantagens
1. Possibilidade de fazer hedge contra a variação do dólar ou contra o CDI.
2. Possibilidade de especular contra a alta do dólar.
Desvantagens
1. Ajustes diários ou periódicos.
2. Margem de garantia.
3. Imposto de Renda.
4. Investimento de alto risco.
154
MÓDULO 03
RESUMO DE DERIVATIVOS
TRIBUTAÇÃO EM DERIVATIVOS
De maneira geral, derivativos são tributados no mesmo modelo de ações (renda variável), salvo as
exceções abaixo.
155
CEA
b) no mercado a termo nas bolsas de que trata a alínea “a”, em operações de venda coberta e sem
ajustes diários;
c) no mercado de balcão.
TRIBUTAÇÃO SWAP
ALÍQUOTA:
1. 20% (vinte por cento) sobre o resultado positivo auferido na liquidação do contrato de swap
(para valores aplicados até 31/12/2004).
2. Contratos realizados após essa data são tributados como ativos de renda fixa, ou seja, confor-
me o prazo de permanência (22,5%, 20%, 17,5% ou 15%).
RESPONSABILIDADE/RECOLHIMENTO: o imposto será retido pela pessoa jurídica que efetuar o pa-
gamento do rendimento na data da liquidação ou cessão do respectivo contrato.
PRAZO DE RECOLHIMENTO: até o terceiro dia útil da semana subsequente à da ocorrência do fato
gerador.
Não é permitida a compensação de perdas incorridas em operações de swap com os ganhos líqui-
dos obtidos em outras operações de renda variável.
O Certificado de Operações Estruturadas (COE) é um novo investimento que passa a ser disponibili-
zado no mercado brasileiro. É um instrumento inovador e flexível, que mescla elementos de renda
fixa e renda variável. Traz ainda o diferencial de ser estruturado com base em cenários de ganhos e
perdas selecionadas de acordo com o perfil de cada investidor. A emissão desse instrumento pode-
rá ser feita em duas modalidades:
1. valor nominal protegido, com garantia do valor principal investido;
2. valor nominal em risco, em que há possibilidade de perda até o limite do capital investido.
O COE é emitido por bancos e registrado na B3 – CETIP. Apresenta também flexibilidade de atrelar
seus rendimentos aos mais diversos ativos, como
• ações ou índices de bolsas do Brasil e do exterior;
• moedas, como dólar e euro;
• juros – CDI, libor e índices de inflação;
• commodities – índices, metais preciosos, agrícolas, petróleo e outros metais.
Principais características
• Possibilidade de regaste antecipado sujeito à marcação a mercado e, portanto, sem garantia
do principal investido.
156
MÓDULO 03
• Obriga a assinatura do termo de ciência de risco: assinado uma única vez pelo investidor, dan-
do ciência dos riscos do COE.
• Não conta com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
• Tributação de acordo com tabela regressiva de renda fixa.
157
CEA
LIMITE DE VALOR
Não há limite mínimo para pagamentos ou transferências via Pix. Isso quer dizer que você pode
fazer transações a partir de R$ 0,01. Em geral, também não há limite máximo de valores.
158
MÓDULO 03
CÂMARAS B3
Câmara de ações: a câmara de ações é a antiga CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custó-
dia). É responsável pela liquidação e custódia das ações negociadas em bolsa e balcão.
Câmara de derivativos: a câmara de derivativos é a responsável pela liquidação dos negócios reali-
zados em mercados futuros e de commodities.
Câmara de câmbio: funciona como a contraparte das operações realizadas entre bancos de Câmbio
Pronto.
Câmara de ativos: responsável pela liquidação e custódia de operações realizadas com compromis-
sadas de títulos públicos federais.
Câmara de liquidez SPI: auxilia nas garantias das operações com PIX. Toda a liquidação dos paga-
mentos realizados com o Pix será feita de forma centralizada pelo próprio BC. No entanto, a câmara
de liquidez da bolsa tem um propósito complementar, que é o de evitar que falte dinheiro na conta
das instituições na hora de executar um pagamento.
159
CEA
Fonte: B3.
160
QUESTÕES | MÓDULO 03
1. Um T-Bond está sendo negociado com remuneração de 7% ao ano e possui uma taxa de cupom de
6% ao ano. Desta forma, esse título está sendo negociado:
a) Com ágio.
b) Com deságio.
c) No par.
d) Prematuramente.
2. Um investidor estuda aplicar em títulos públicos federais, após fazer um levantamento das opções,
decide aplicar em um título do tipo zero cupom e que o valor é corrigido diariamente pela taxa bá-
sica de juros da economia (SELIC). Em qual título será essa aplicação:
a) Nota do Tesouro Nacional – Série B principal.
b) Letra do Tesouro Nacional.
c) Nota do Tesouro Nacional – Série B.
d) Letra Financeira do Tesouro .
3. Atualmente a Selic encontra-se a 2% e determinado investidor acredita que ela cairá para 0,5%
dada a situação econômica do país. Visando obter ganho na marcação a mercado ele deverá:
a) Comprar um título pré-fixado, pois se a taxa de juros cair para 0,5% ele terá um papel com uma
rentabilidade bem acima do mercado, tendo valorização positiva na marcação a mercado.
b) Investir em um título pós fixado, que seguirá a taxa de juros tanto para cima quanto para baixo.
c) Investir em um título pré-fixado, porém não haverá ganho com marcação a mercado devido ao
título ter sua taxa pré-fixada definida na contratação.
d) Investir em ações
4. O current yield de um título com vencimento em três anos, cupom anual de 5% (com pagamento
anual) e que está sendo negociado a R$ 931,90, é de:
a) 2,68%.
b) 5,00%.
c) 5,37%.
d) 6,76%.
5. Complete as lacunas:
João quer se desfazer de uma ação que comprou na bolsa recentemente, ele venderá no merca-
do________. Uma empresa deseja comercializar suas ações e colocá-las no mercado pela primeira
vez, ela fara isso no mercado _________.
161
CEA
a) Primário e Primário.
b) Secundário e Primário.
c) Primário e Secundário.
d) Primário e mercado a termo.
6. O índice de mercado ANBIMA (IMA), o IMA-Geral, é uma média ponderada dos retornos diários do
IMA-B, IMA-C, IMA-S e IRF-M, que são uma família de índices. Referente ao índice IMA-S, ele é:
a) Atrelado ao CDI.
b) Atrelado ao IGP-M.
c) Atrelado ao IPCA.
d) Atrelado ao Selic.
7. Pedro procurando diversificar seus investimentos tanto em ativos brasileiros quanto estrangeiros,
precisa alocar R$ 50.000,00 em títulos de curto prazo pois precisará dos recursos em menos de 1
ano. Considerando os seguintes ativos:
I – T-Bill.
II – Commercial Paper – CP
III – Letras Financeiras
Você, como especialista em investimento, poderia indicar:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.
8. Uma empresa brasileira pretende captar recursos através de emissão de ações com lastro em reci-
bos na bolsa de valores de Londres. Desta forma, esta empresa deveria emitir uma:
a) ADR.
b) BDR.
c) GDR.
d) Eurobonds.
162
MÓDULO 03
163
CEA
15. Um investidor pessoa física deseja fazer aplicações financeiras em renda fixa. Desta forma, o geren-
te lhe informa que:
I – Debêntures Incentivadas possuem garantia do FGC até o limite de R$ 250.000,00 e também são
isentas de imposto de renda.
II – Debêntures de Infraestrutura não possuem garantia do FGC, mas podem possuir isenção fiscal
para pessoas físicas.
III – Aplicações em LCI têm como lastro financiamentos imobiliários, garantidos por hipoteca ou
alienação fiduciária.
Está correto o que se afirma apenas em:
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) I, II e III.
18. Em relação à tributação pelo imposto de renda retido na fonte, os rendimentos auferidos por pes-
soas jurídicas em investimentos realizados em Letra de Crédito Imobiliário (LCI) estão:
a) sujeitos às alíquotas decrescentes conforme o prazo da operação.
b) isentos
c) imunes
d) sujeitos à alíquota de 10%, independentemente do prazo da operação.
164
MÓDULO 03
a) Todas.
b) I, III, IV.
c) I, IV.
d) II, III.
20. Um cliente foi até a agência bancária para esclarecer dúvidas sobre uma nova aplicação em depósi-
tos de poupança. Seu gerente afirmou-lhe que
I – a remuneração é composta pela Taxa Referencial (TR) + remuneração adicional de 0,5% a.m, en-
quanto a meta da Taxa Selic for superior a 8,50% a.a.
II – a remuneração é composta pela Taxa Referencia (TR) +remuneração adicional de 70% da meta
da Taxa Selic ao ano, mensalizada, vigente na data de início do período de rendimento, enquanto a
meta da taxa Selic for igual ou inferior a 8,5% a.a.
III – a poupança não possui garantia do Fundo Garantidor de Crédito.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas
b) II e III, apenas
c) I, II e III.
d) I e II.
21. Um investidor comprou uma Debênture com vencimento em março de 2020 e a revendeu 365 dias
após a data da compra. Teve um rendimento de R$ 995,00. Em relação a tributação, analise as afir-
mações abaixo:
I – O investidor é responsável pela recolhimento do imposto de renda através da DARF.
II – A base de cálculo para a cobrança do IR será o rendimento da operação.
III – A alíquota de incidente de IR será de 15%.
Está correto o que se afirma em:
a) I
b) II
c) III
d) Todas as afirmativas
22. O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) garante até R$ 250.000,00 os investidores que aplicarem em:
I – Poupança e CDB
II – LCI e LCA e Letra Financeira (LF)
III – CRI e CRA
IV – Debentures
V – Títulos Públicos Federais
165
CEA
a) I, II, IV.
b) I, II.
c) I.
d) I, II, V.
23. João tem um perfil de investidor Moderado e fez investimentos pela primeira vez. Ele investiu em
uma carteira composta por Títulos de Renda Fixa, Fundos de Investimentos e Ações. A quais riscos a
sua carteira está exposta?
a) Risco de Mercado, Crédito e de alavancagem.
b) Risco de Mercado, Crédito e Liquidez.
c) Risco de Liquidez e de mercado, apenas.
d) Risco de Alavancagem, Legal e de Crédito.
24. Uma debênture foi emitida com cláusula de repactuação anual e rating AAA. Após 10 meses, a
agência classificadora de risco alterou esse rating para AA.
Dado: taxa de juros da economia constante nesse período de tempo.
Na repactuação dessa debênture, é de se esperar que.
a) A remuneração da debênture não se alterará.
b) O rating não influencia na remuneração da debênture.
c) A empresa negocie uma taxa de juros menor, em função de menor risco.
d) Os investidores negociem uma taxa de juros maior, em função de maior risco.
25. O Risco ______, pode ser mitigado através da diversificação, porém ainda existira o risco ______
que independente da quantidade de ativos em uma carteira não será minimizado, pois não pode
ser eliminado.
a) Não sistemático, sistêmico.
b) Especifico, não sistemático.
c) Sistêmico, não sistemático.
d) Operacional, sistêmico.
26. O gráfico abaixo representa a relação entre o número de ações de diferentes empresas presentes
na carteira de um fundo de investimentos em ações e o desvio padrão dos retornos.
166
MÓDULO 03
27. Ações que dão direito a voto e ações com preferência no recebimento de dividendos, respectiva-
mente:
a) Ações ordinárias; ações preferenciais
b) Ações preferenciais; ações ordinárias
c) Ações ordinárias; ações ordinárias
d) Ações preferenciais; ações preferenciais
28. Em caso de alienação de controle, os acionistas minoritários de uma sociedade anônima possuem
o direito de vender suas ações ordinárias por, no mínimo, 80% do valor a ser pago pelas ações do
controlador. Esta proteção é chamada de:
a) fair value
b) true sale
c) tag along
d) drag along
30. Para a ação de uma empresa ser admitida à negociação no Novo Mercado da B3, a empresa deve:
a) garantir às ações ordinárias valor mínimo de 80% daquele obtido pelo grupo controlador, em
caso de alienação do controle da companhia.
b) constituir Conselho de Administração com no mínimo 3 membros, sendo pelo menos um inde-
pendente.
c) divulgar informações financeiras segundo padrões internacionais (IFRS ou US GAAP).
d) possuir ações ON e PN.
167
CEA
31. Nas operações com ações do tipo Day Trade, qual é a alíquota do Imposto de Renda total e na fonte,
respectivamente:
a) 20% e 0,005%.
b) 15% e 0,005%.
c) 15% e 1%.
d) 20% e 1%.
32. Um investidor faz análises de um ativo e verifica a possibilidade de elevada alta nos próximos perío-
dos. Para obter maiores lucros possíveis, esse investidor poderá:
a) Comprar uma opção de CALL do ativo, at the Money.
b) Comprar uma opção de CALL do ativo, in the Money.
c) Comprar uma opção de CALL do ativo, out the Money.
d) Comprar uma opção de PUT do ativo, in the Money.
34. Em um contrato de mercado futuro o preço de ajuste em D + 1 é maior que o preço de ajuste em D
+ 0. Com base nessa informação, podemos concluir que:
a) Quem estiver comprado receberá em crédito.
b) Quem estiver vendido receberá um crédito.
c) Não possui ajuste diário.
d) Quem estiver vendido e quem estiver comprado receberão um crédito.
168
MÓDULO 03
GABARITO
1.B 2. D 3. A 4. C 5. B 6. D 7. B 8. C 9. B 10. A 11. A 12. D 13. C 14. B 15. C 16. B 17. D 18. A
19. B 20. D 21. B 22. C 23. B 24. D 25. A 26. D 27. A 28. C 29. C 30. C 31. D 32. C 33. A 34. A
35. D
169
M Ó D U LO 0 4
171
CEA
CONDOMÍNIO
Fundo de investimento = condomínio.
Comunhão de recursos sob a forma de condomínio, em que os cotistas têm o mesmo interesse e
objetivos ao investir no mercado financeiro e de capitais. A base legal dos fundos de investimento
é o condomínio e é desta base que emerge o seu sucesso, pois o capital investido por cada um dos
investidores cotistas é somado aos recursos de outros cotistas para, em conjunto e coletivamente,
ser investido no mercado, com todos os benefícios dos ganhos de escala, da diversificação de risco
e da liquidez das aplicações.
COTA
As cotas do fundo correspondem a frações ideais de seu patrimônio e sempre são escriturais e no-
minativas. A cota, portanto, é a menor fração do Patrimônio Líquido do fundo.
Como é calculado o valor da cota?
172
MÓDULO 04
II. declaração do administrador do fundo de que o regulamento do fundo está plenamente ade-
rente à legislação vigente;
III. os dados relativos ao registro do regulamento em cartório de títulos e documentos;
IV. nome do auditor independente;
V. inscrição do fundo no CNPJ;
VI. lâmina de informações essenciais, elaborada de acordo com a exigência da instrução CVM 555,
no caso de fundo aberto que não seja destinado exclusivamente a investidores qualificados.
173
CEA
CONVOCAÇÃO: deve ser feita por correspondência encaminhada a cada cotista, com pelo menos
dez dias de antecedência em relação à data de realização. A presença da totalidade dos cotistas
supre a falta de convocação.
Além da assembleia geral, o administrador, o gestor, o custodiante ou o cotista ou grupo de cotis-
tas que detenha, no mínimo, 5% (cinco por cento) do total de cotas emitidas podem convocar, a
qualquer tempo, assembleia geral de cotistas, para deliberar sobre ordem do dia de interesse do
fundo ou dos cotistas (prazo mínimo de convocação de 30 dias). A Assembleia Geral é instalada
com a presença de qualquer número de cotistas.
#DICA DO ED
Quando o fundo decidir REDUZIR TAXAS, seja ela de administração ou performance, NÃO É NECES-
SÁRIA convocação de assembleia.
174
MÓDULO 04
175
CEA
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MÓDULO 04
TIPOS DE FUNDOS
→ FUNDOS ABERTOS
Neles, os cotistas podem solicitar o resgate de suas cotas a qualquer tempo. O número de cotas
do fundo é variável, ou seja, quando um cotista aplica, novas cotas são geradas, e o administrador
compra ativos para o fundo; quando um cotista resgata, suas cotas desaparecem, e o administrador
é obrigado a vender ativos para pagar o resgate. Por esse motivo, os fundos abertos são recomen-
dados para abrigar ativos com liquidez mais alta.
→ FUNDOS FECHADOS
O cotista só pode resgatar suas cotas ao término do prazo de duração do fundo ou em virtude de
sua eventual liquidação. Ainda há a possibilidade de resgate dessas cotas caso haja deliberação
nesse sentido por parte da assembleia geral dos cotistas ou haja essa previsão no regulamento do
fundo. Esses fundos têm um prazo de vida predefinido e o cotista somente recebe sua aplicação de
volta após haver decorrido esse prazo, quando, então, o fundo é liquidado. Se o cotista quiser seus
recursos antes, ele deverá vender suas cotas para algum outro investidor interessado em ingressar
no fundo.
O material de divulgação de distribuição de cotas do fundo fechado deve conter, pelo menos, as
seguintes informações:
I. nome do fundo;
II. nome e endereço do administrador e gestor, se houver;
III. nome e endereço das instituições responsáveis pela distribuição;
IV. política de investimento, público-alvo e principais características do fundo;
V. mercado onde as cotas do fundo são negociadas;
VI. condições de subscrição e integralização;
VII. data do início e encerramento da distribuição;
VIII. o
s dizeres, de forma destacada: “A concessão do registro da presente distribuição não implica,
por parte da CVM, garantia de veracidade das informações prestadas ou julgamento sobre a
qualidade do fundo, de seu administrador ou das cotas a serem distribuídas”.
→ FUNDOS RESTRITOS
Já os fundos classificados como “restritos” são aqueles constituídos para receber investimentos de
um grupo restrito de cotistas, normalmente, os membros de uma única família ou empresas de um
mesmo grupo econômico.
• Também são muito comuns fundos restritos a investidores qualificados.
• Os fundos exclusivos são sempre restritos a investidores profissionais.
→ FUNDOS EXCLUSIVOS
Os fundos classificados como "exclusivos" são aqueles constituídos para receber aplicações exclu-
sivamente de um único cotista. Somente investidores profissionais podem ser cotistas de fundos
exclusivos. A marcação a mercado é facultativa.
177
CEA
TAXA DE ADMINISTRAÇÃO
Percentual pago pelos cotistas de um fundo para remunerar todos os prestadores de serviço. É
uma taxa expressa ao ano calculada e deduzida diariamente. A cobrança de taxa de administração
afeta o valor da cota. A rentabilidade divulgada pelos fundos de investimento é sempre líquida de
taxa de administração.
TAXA DE PERFORMANCE
Percentual cobrado do cotista quando a rentabilidade do fundo supera a de um indicador de re-
ferência. Nem todos os fundos cobram taxa de performance. A cobrança se dá após a dedução de
todas as despesas, inclusive da taxa de administração.
Linha d’água: metodologia utilizada para cobrança de taxa de performance.
Periodicidade: semestral.
DESPESAS
De acordo com a Instrução CVM 409, são encargos do fundo de investimento, além da Taxa de Admi-
nistração, os impostos e contribuições que incidam sobre os bens, direitos e obrigações do fundo; as
despesas com impressão, expedição e publicação de relatórios, formulários e informações periódi-
cas previstas no regulamento; as despesas de comunicação aos condôminos, os honorários e despe-
sas do auditor; os emolumentos e comissões nas operações do fundo; despesas de fechamento de
câmbio vinculadas às suas operações; os honorários de advogados e despesas feitas em defesa dos
interesses do fundo; quaisquer despesas inerentes à constituição ou liquidação do fundo ou à realiza-
ção de assembleia geral de condôminos e as taxas de custódia de valores do fundo.
178
MÓDULO 04
#DICA DO ED
O Formulário de Informações Complementares foi extinto pela ICVM 604 (dezembro de 2018). Nes-
sa mesma instrução, ficou definido um padrão do termo de adesão, que deverá ter, no máximo,
5.000 (cinco mil) caracteres e conter a identificação dos 5 (cinco) principais fatores de risco ineren-
tes à composição da carteira do fundo.
179
CEA
APLICAÇÃO DE RECURSOS
Quando o cotista aplica recursos em um fundo (compra de cotas), o gestor deverá comprar ativos
para a carteira do fundo (com o recurso que o cotista aplicou).
RESGATE DE RECURSOS
Quando o cotista resgata recursos de um fundo (venda de cotas), cabe ao gestor do fundo vender
ativos para conseguir recursos para honrar o resgate e pagar o cotista.
Na emissão das cotas do fundo, deve ser utilizado o valor da cota do dia ou do dia seguinte ao da
data da aplicação, segundo o disposto no regulamento.
Em casos excepcionais de iliquidez dos ativos componentes da carteira do fundo, inclusive em de-
corrência de pedidos de resgates incompatíveis com a liquidez existente ou que possam implicar
alteração do tratamento tributário do fundo ou do conjunto dos cotistas, em prejuízo destes últi-
mos, o administrador poderá declarar o fechamento do fundo para a realização de resgates e,
caso o fundo permaneça fechado por período superior a 5 (cinco) dias consecutivos, será obriga-
tória a convocação de Assembleia Geral Extraordinária no prazo máximo de um dia, para delibe-
rar, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data do fechamento para resgate, sobre as seguintes
possibilidades:
I. substituição do administrador, do gestor ou de ambos;
II. reabertura ou manutenção do fechamento do fundo para resgate;
III. possibilidade do pagamento de resgate em títulos e valores mobiliários;
IV. cisão do fundo;
V. liquidação do fundo.
FUNDOS PASSIVOS (FUNDO INDEXADO): os fundos passivos são aqueles que buscam acompanhar
um determinado “benchmark” e, por essa razão, seus gestores têm menos liberdade na seleção de
ativos.
FUNDOS ATIVOS: são considerados ativos aqueles em que o gestor atua buscando obter melhor
desempenho, assumindo posições que julgue propícias para superar o seu “benchmark”.
FUNDO ALAVANCADO: um fundo é considerado alavancado sempre que existir possibilidade (dife-
rente de zero) de perda superior ao patrimônio do fundo, desconsiderando-se casos de default nos
ativos do fundo.
180
MÓDULO 04
PRINCIPAIS BENCHMARK
Renda fixa
1. DI: as negociações entre os bancos (lastro em títulos privados) geram a taxa DI, referência para
a maior parte dos títulos de renda fixa ofertados ao investidor. É hoje o principal benchmark do
mercado.
2. SELIC: taxa de juros calculada com base nas negociações entre os bancos, quando o lastro é
títulos públicos.
3. IPCA: principal índice de inflação do país. Utilizado no sistema de metas do COPOM. Calculado
e divulgado pelo IBGE.
4. IGP-M: Índice Geral de Preços do Mercado. Calculado pela FGV, esse índice origina-se de média
ponderada de índices que medem a inflação dos preços ao atacado, ao consumidor e da cons-
trução civil (respectivamente, o IPA-M (60%), do IPC-M (30%) e do INCC-M (10%)).
5. IMA Geral: o IMA (Índice de Mercado ANBIMA) é uma família de índices de renda fixa que re-
presentam a dívida pública por meio dos preços a mercado de uma carteira de títulos públicos
federais. Os subíndices do IMA são determinados pelos indexadores aos quais os títulos são
atrelados:
a. IRF-M (pré-fixados).
b. IMA-B (indexados pelo IPCA).
Renda Variável
1. Ibovespa: índice que acompanha a evolução média das cotações das ações negociadas na Bol-
sa. É o valor atual, em moeda corrente, de uma carteira teórica de ações, integrada pelas ações
que, em conjunto, representaram 80% do volume transacionado (maior liquidez) à vista nos
doze meses anteriores à formação da carteira.
2. IBrX: Índice Brasil de Ações, composto por uma carteira teórica de 100 ações selecionadas na
Bovespa em ordem decrescente por liquidez em termos de seu índice de negociabilidade (nú-
mero de negócios e volume financeiro medidos nos últimos doze meses).
3. ISE: o Índice de Sustentabilidade Empresarial é utilizado para análise comparativa de perfor-
mance das empresas listadas na BM&FBovespa sob o aspecto da sustentabilidade corporativa,
baseada na eficiência econômica, no equilíbrio ambiental, na justiça social e na governança
corporativa.
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CEA
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MÓDULO 04
Podem utilizar-se de estratégia com derivativos somente para proteção da carteira. É vedada a co-
brança de taxa de performance, salvo quando se tratar de fundo destinado a investidor qualifica-
do.
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CEA
FUNDO CAMBIAL
Os fundos classificados como “cambiais” devem ter como principal fator de risco de carteira a va-
riação de preços de moeda estrangeira ou a variação do cupom cambial. No mínimo 80% (oitenta
por cento) da carteira deve ser composta por ativos relacionados diretamente, ou sintetizados via
derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe.
Os Fundos Cambiais Dólar são os mais conhecidos. A aplicação é feita em R$ (reais) e sua carteira é
composta por papéis que buscam acompanhar a variação da moeda norte americana.
ATENÇÃO: ele não acompanha a cotação do dólar e pode cobrar taxa de performance.
FUNDO DE AÇÕES
Investe, no mínimo, 67% do seu patrimônio líquido em ações negociadas no mercado à vista de
bolsa de valores. A performance desses fundos está sujeita à variação de preço das ações que com-
põem sua carteira. Por isso, são mais indicados para quem tem objetivos de investimento de longo
prazo.
Fundos de ações cuja política de investimento preveja que, no mínimo, 2/3 (dois terços) do seu
patrimônio líquido seja investido em ações de companhias listadas em segmento de negociação de
valores mobiliários, voltado ao mercado de acesso, instituído por bolsa de valores ou por entidade
do mercado de balcão organizado, e que assegure, por meio de vínculo contratual, práticas diferen-
ciadas de governança corporativa devem usar, em seu nome, a designação “Ações – Mercado de
Acesso”.
• Arbitragem: comprar e vender o mesmo ativo, com características ligeiramente diferentes, ga-
nhando o diferencial do preço. Por exemplo, compra de uma ação ON e venda de uma ação PN
do mesmo emissor. Nesse caso, o administrador não está fazendo aposta com relação à direção
da bolsa, mas apenas com relação ao diferencial de preços entre esses dois ativos.
→ Podem cobrar taxa de performance.
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MÓDULO 04
FUNDOS MULTIMERCADOS
Os fundos classificados como "multimercado" devem possuir políticas de investimento que envol-
vam vários fatores de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum fator em especial
ou em fatores diferentes das demais classes previstas na instrução. Ou seja, este tipo de fundo
pode aplicar em DI/SELIC, índices de preços, taxas de juros, câmbio, dívida externa e ações.
• Podem usar derivativos para alavancagem.
• Podem cobrar taxa de performance.
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CEA
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MÓDULO 04
• fechados, quando as cotas podem ser resgatadas somente ao término do prazo de duração do
fundo, ou no caso de sua liquidação.
Tipos de Cotas
• Cota sênior: aquela que não se subordina às demais para efeito de amortização e resgate.
• Cota subordinada: aquela que se subordina à cota sênior ou a outras cotas subordinadas, para
efeito de amortização e resgate.
Riscos
O principal risco para o investidor em FIDC é o crédito da carteira de recebíveis. Ou seja, o retorno
está diretamente ligado ao nível de inadimplência dos recebíveis que formam o lastro da carteira.
Os FIDC podem operar no mercado de derivativos (bolsas e balcão com sistema de registro) somen-
te para proteger suas posições à vista. No caso de fundo aberto, o fundo será liquidado ou incorpo-
rado a outro se mantiver PL médio inferior a R$ 500.000 durante 3 meses consecutivos, ou 3 meses
após a autorização da CVM.
• Os cotistas dos FIDC somente podem ser investidores qualificados.
• O FIDC deve ter, no mínimo, 50% de seu patrimônio em direitos creditórios.
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CEA
Os FIP devem ser classificados nas seguintes categorias quanto à composição de suas carteiras:
I. capital semente: empresas com receita bruta anual de até 16 milhões.
II. empresas emergentes: empresas com receita bruta anual de até 300 milhões.
III. infraestrutura (FIP-IE) e Econômica Intensiva em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação: que
desenvolvam, respectivamente, novos projetos de infraestrutura ou de produção econômica
intensiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação no território nacional em setores como
energia, água, transporte etc.
IV. multiestratégia: é aquele que não se classifica nas demais categorias por admitir o investimen-
to em diferentes tipos e portes de sociedades investidas.
ATENÇÃO!
Assim como os FIDCs, os FIPs são destinados apenas a investidores qualificados
FUNDOS OFFSHORE
Os fundos offshore investem recursos no exterior, sendo sua sede formalmente localizada no exte-
rior, porém o gestor encontra-se no Brasil.
#DICA DO ED
Montei este exemplo abaixo para você entender melhor como funciona a dinâmica de investimen-
tos em fundos. Acompanhe a explicação!
1. Prof. Ed resolveu investir, em um fundo, o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Além do prof.
Ed, esse fundo possui outros investidores, que totalizam R$ 100.000,00 aplicados.
2. No momento da aplicação, o valor investidor pelo Prof. Ed é convertido em cotas. Vamos supor
que, nesse dia, o valor de cada cota é de R$ 10,00. Logo, a quantidade de cotas que o prof. Ed
terá direito é de
Obs.: como o fundo tem 100 mil em ativos e cada cota vale 10,00, logo, esse fundo tem 10.000 co-
tas emitidas.
188
MÓDULO 04
3. O fundo aplica em ativos conforme a sua política de investimento, ativos esses escolhidos pelo
gestor (aplicações obrigam o gestor a comprar ativos).
4. Esses ativos se valorizam com o passar do tempo, gerando um novo patrimônio líquido. Para
saber o novo valor do patrimônio líquido do fundo, é necessário fazer a marcação a mercado.
5. Sobre esse patrimônio líquido, irá incidir taxa de administração, que é expressa ao ano, mas
calculada e deduzida diariamente (1/252 avos). Vamos supor que essa valorização aconteceu
após 100 dias uteis e que a taxa de administração do fundo é de 1% ao ano.
Obs.: conforme mencionado, a taxa é descontada diariamente. Nesse exemplo, estamos descon-
tando a taxa acumulada em 100 dias em uma única vez, apenas para facilitar o entendimento.
6. Agora é possível calcular o valor da cota atualizado e, consequentemente, o saldo bruto do
investimento do prof. Ed.
7.
Sobre o valor do lucro bruto, R$ 1.952,00, deve incidir Imposto de Renda. Supondo que foi realizado
o resgate e que o fundo seja de ação, a alíquota é de 15%. Calcula-se, assim, o saldo líquido.
189
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MÓDULO 04
Fonte: ANBIMA.
191
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MÓDULO 04
Fundos de Investimento: para quem tem menos recursos e mais familiaridade com o mercado. Se
você é um investidor que possui um volume de recursos mais reduzido, mas que tem uma maior
familiaridade com o mercado financeiro, então, a opção mais indicada é o fundo de investimento.
Atualmente, existem diversas de opções de fundos para investir, atraentes para aqueles investido-
res que já investem individualmente, mas desejam ampliar seus ganhos no médio e longo prazos.
IMPORTANTE!
Há isenção de IOF para fundo de ações.
193
CEA
I. Será concedido somente nos casos em que o fundo de investimento imobiliário possua, no mí-
nimo, 50 (cinquenta) cotistas.
II. Não será concedido ao cotista pessoa física titular de cotas que representem 10% (dez por cen-
to) ou mais da totalidade das cotas emitidas pelo fundo de investimento imobiliário ou cujas
cotas lhe derem direito ao recebimento de rendimento superior a 10% (dez por cento) do total
de rendimentos auferidos pelo fundo.
ALÍQUOTA
FATO
TIPO DE FUNDO RESPONSÁVEL SEMESTRAL ALÍQUOTA RESGATE
GERADOR
(COME-COTA)
Resgate ou
RENDA FIXA CURTO
Administrador Semestral 1 – 180 dias = 22,5%
PRAZO (PRAZO MÉDIO 20%
do fundo (Maio e 181 ou mais = 20%
ATÉ 365 DIAS)
Novembro)
Resgate ou 1 – 180 dias = 22,5%
RENDA FIXA LONGO
Administrador Semestral 181 – 360 dias = 20%
PRAZO (PRAZO MÉDIO 15%
do fundo (Maio e 361 – 720 dias = 17,5%
SUPERIOR A 365 DIAS)
Novembro) 721 dias ou mais = 15%
RENDA VARIÁVEL
Administrador Somente
AÇÕES (MAIS DE 67% Não tem 15%
do fundo Resgate
EM AÇÕES)
Ganhos de
Administrador
IMOBILIÁRIO capital e Não tem 20%
do fundo
Rendimentos
194
MÓDULO 04
ATENÇÃO!
O Código ANBIMA de Administração de Recursos de Terceiros não se aplica aos FIP (Fundos de
Investimento em Participações) e aos Clubes de investimento.
195
CEA
II. “Ainda que o gestor da carteira mantenha sistema de gerenciamento de riscos, não há garantia
de completa eliminação da possibilidade de perdas para o fundo de investimento e para o in-
vestidor”;
III. “O fundo de investimento de que trata esta lâmina de informações complementares não conta
com garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de se-
guro ou, ainda, do Fundo Garantidor de Crédito (FGC)”;
IV. “A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura”;
V. “As informações contidas nessa lâmina de informações complementares estão em consonância
com o regulamento do fundo de investimento, mas não o substituem”;
VI. “É recomendada a leitura cuidadosa tanto dessa lâmina de informações complementares quan-
to do regulamento, com especial atenção para as cláusulas relativas ao objetivo e à política de
investimento do fundo de investimento, bem como às disposições da lâmina de informações
complementares e do regulamento que tratam dos fatores de risco a que o fundo está expos-
to”.
MARCAÇÃO A MERCADO
Este conceito diz que o fundo deve reconhecer, todos os dias, o valor de mercado de seus ativos. A
marcação a mercado faz com que o valor das cotas de cada fundo reflita, de forma atualizada, a que
preço o administrador dos recursos venderia cada ativo a cada momento (mesmo que ele o mante-
nha na carteira). Ainda de acordo com a legislação, devem ser observados os preços do fim do dia,
após o fechamento dos mercados. Já para a renda variável, a legislação determina que se observe o
preço médio dos ativos durante o dia.
I. O objetivo de marcar a mercado é evitar a transferência de riqueza entre cotistas.
II. Os ativos que fazem parte da carteira de responsabilidade do administrador devem ter um pre-
ço único.
III. O administrador deve divulgar, no mínimo, uma versão simplificada da marcação a mercado.
IMPORTANTE!
No Código ANBIMA de Administração de Recursos de Terceiros, eles utilizam o termo apreça-
mento para se referir a marcação a mercado.
DIVULGAÇÃO DE RENTABILDIADE
São expressamente vedadas
• divulgação, em qualquer meio, de qualificação, premiação, título ou análise que utilize dados
de menos de 12 (doze) meses;
• divulgação de rentabilidade do fundo com menos de 6 meses de registro na CVM;
• divulgação de comparação entre fundos que tenham classificação ANBIMA diferentes, sem
qualificá-los e sem apresentar justificativa consistente para a comparação.
196
MÓDULO 04
Sem prejuízo das demais obrigações previstas pela regulação em vigor, o administrador fiduciário
deve disponibilizar em seu site na internet, no mínimo,
I. fatores de risco: elencar e descrever, de forma clara e objetiva, os fatores de risco conhecidos
em que o potencial investidor incorrerá caso venha a adquirir cotas do Fundo de Índice, deven-
do dispor minimamente sobre
a) risco de mercado;
b) risco sistêmico;
c) risco de crédito;
d) risco de descolamento de rentabilidade;
e) risco de liquidez das cotas do Fundo de Índice;
f) risco de liquidez dos ativos: descrever as condições de liquidez dos mercados e seus efeitos
sobre os ativos componentes da carteira do Fundo de Índice, as condições de solvência do
fundo e a relação desse risco com as solicitações de resgate de cotas;
g) risco de o investidor não atender aos requisitos mínimos para emissão e resgate;
h) risco de ágio e deságio na negociação das cotas em relação ao valor patrimonial e/ou seu
valor indicativo;
i) risco de o provedor do índice parar de administrar ou manter o índice;
j) risco de suspensão da negociação das cotas por parte da Comissão de Valores Mobiliários,
bolsa de valores ou entidade do mercado de balcão organizado;
k) risco relativo ao fornecimento ou disponibilização do índice.
II. seção específica com informações sobre os Fundos de Índice, devendo dispor, minimamente,
sobre
a) o que são os Fundos de Índice;
b) semelhanças e diferenças entre os Fundos de Índice e os demais fundos;
c) como ocorre o processo de integralização e resgate de cotas do Fundo de Índice;
d) estratégias permitidas pela Regulação e como os Fundos de Índice ofertados no site se en-
quadram;
e) regulação aplicável;
f) como os Fundos de Índice atingem seu objetivo;
g) como o investidor pode acompanhar a evolução do preço do Fundo de Índice.
III. seção específica com termos e definições financeiras (“glossário”) sobre o Fundo de Índice, que
permitam esclarecer ao potencial investidor eventuais dúvidas a respeito dos materiais do Fun-
do disponibilizados no website;
197
CEA
IV. aviso na seção “Taxas e demais despesas do Fundo”, com o seguinte teor: “Esta modalidade de
investimento possui outros custos envolvidos, além das despesas do próprio fundo. Antes de
investir, verifique os custos com corretagem, emolumentos e custódia”.
Os materiais de divulgação do Fundo de Índice constantes do website devem apresentar lingua-
gem clara e moderada, advertindo os investidores para o risco do investimento, além de conter a
expressão “material publicitário”, de forma a alertar os investidores de que não são suficientes para
a tomada de decisão de investimento.
IMPORTANTE!
O Código ANBIMA de Administração de Recursos de Terceiros não se aplica aos FIP (Fundos de
Investimento em Participações) e aos Clubes de investimento.
198
QUESTÕES | MÓDULO 04
1. Um fundo de investimento, tem que divulgar informações sobre o patrimônio líquido e o valor da
cota, com a periodicidade:
a) Diária
b) Mensal
c) Semestral
d) Anual
3. De acordo com a Instrução CVM nº 555, em casos excepcionais de iliquidez dos ativos financeiros
componentes da carteira do fundo, inclusive em decorrência de pedidos de resgates incompatíveis
com a liquidez existente, ou que possam implicar alteração do tratamento tributário do fundo ou
do conjunto dos cotistas em prejuízos destes últimos, o administrador poderá declarar:
a) a falência do fundo.
b) a substituição do gestor.
c) a transformação de um fundo aberto para fechado.
d) o fechamento do fundo para realização de resgates.
199
CEA
6. Segundo a Instrução CVM nº 555, com exceção dos fundos destinados a investidores qualificados, a
cobrança de taxa de performance é vedada nos fundos classificados como:
a) Renda fixa curto prazo e Multimercado.
b) Renda fixa curto prazo e Renda fixa referenciado.
c) Renda fixa Simples e Renda fixa referenciado longo prazo.
d) Renda fixa simples, Renda fixa curto prazo e Ações.
7. Considere um fundo que não contém a denominação “Crédito Privado” expressa em seu nome,
mas aplica mais de 35% de seu PL em títulos privados com rentabilidade de acordo com a média de
mercado. Este fundo:
a) Deve exigir assinatura de termo de ciência de risco de crédito, mas esta pode ser feita por meio
eletrônico
b) Deve exigir assinatura de termo de ciência de risco de crédito, e está precisa ser feita a próprio
punho.
c) Não precisa exigir assinatura de termo de ciência de risco de crédito, e também não precisa
colocar alerta no prospecto.
d) Não precisa exigir assinatura de termo de ciência de risco de crédito, mas precisa colocar alerta
no prospecto.
ALFA DI
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MÓDULO 04
10. Qual o objetivo do limite máximo de concentração por emissor de ativo nos fundos de investimentos:
a) Reduzir o risco de mercado
b) Aumentar o risco de crédito
c) Reduzir o risco sistemático
d) Reduzir o risco de crédito
11. Em relação à legislação do imposto de renda da Receita Federal, consiste as seguintes afirmativas
I – os fundos de investimento são classificados como fundos de curto prazo ou de longo prazo em
função do tempo de permanência dos recursos aplicados pelos cotistas.
II – tanto nos fundos de curto prazo quanto nos de longo prazo há o recolhimento semestral do
imposto de renda pelo administrador, meio de resgate de cotas suficientes para o pagamento do
imposto apurado, denominado “come cotas”.
III – a incidência do imposto sobre os rendimentos auferidos em fundos de investimentos de curto
prazo e de longo prazo ocorrerá, no último dia dos meses de maio e de novembro de cada ano, ou
no resgate de suas cotas, o que ocorrer primeiro.
201
CEA
12. Um investidor pretende fazer um investimento em um fundo de Renda Fixa que seja composto por
títulos com baixo risco de crédito e de mercado. Ele ainda não passou pelo processo de Análise do
Perfil do Investidor (API) e não possui outros investimentos no mercado de capitais. O fundo que
permite que esse investidor realize essa aplicação mesmo sem preencher o API é o:
a) Renda Fixa Referenciado DI.
b) Renda Fixa Soberano.
c) Renda Fixa Simples.
d) Renda Fixa Pós-fixado.
14. Um fundo de investimentos em ações é uma comunhão de recursos, constituída sob a forma de
condomínio, permite a aplicação dos recursos dos cotistas em:
I – ações, debêntures e bônus de subscrição, cuja emissão ou negociação tenha sido objeto de re-
gistro ou de autorização pela CVM.
II – certificados ou recibos de depósitos emitidos no exterior com lastro em valores mobiliários de
emissão da companhia aberta brasileira.
III – títulos da dívida pública federal.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II, apenas.
b) I, II e III.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
202
MÓDULO 04
18. Ao explicar para seu cliente os três níveis da classificação de fundos ANBIMA, um gerente fez as se-
guintes explicações:
I – O nível 1 faz referência às classes definidas pela CVM;
II – O nível 2 identifica os tipos de gestão e riscos;
III – O nível 3 identifica as estratégias de investimentos.
Está correto o que se afirma em:
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) I, II e III.
203
CEA
19. Segundo o Código de Administração de Recursos de Terceiros, o tipo de estrutura financeira que é
destinado a um grupo determinado de investidores que tenham entre si vínculo familiar, societário
ou que pertençam a um mesmo Conglomerado ou Grupo Econômico, ou que, por escrito, determi-
nem essa condição é o(a):
a) Carteira Administrada.
b) Clube de Investimentos.
c) Fundo Exclusivo.
d) Fundo Reservado.
20. Dentre as diretrizes a serem observados na Marcação a Mercado, está correto o que se afirma em:
I – As metodologias devem ser públicas.
II – O administrador do fundo não tem a obrigação de divulgar a versão simplificada do manual so-
bre a Marcação a Mercado.
III – O ativo que faça parte das carteiras de fundos de investimento cuja precificação seja de respon-
sabilidade do próprio administrador deverá ter um único preço.
a) I e III apenas.
b) I apenas.
c) I, II e III.
d) II apenas.
GABARITO
1. A 2. C 3. D 4. D 5. B 6. B 7. D 8. B 9. A 10. D 11. A 12. C 13. D 14. B 15. B 16. A 17. D 18. D
19. D 20. A
204
M ÓD U LO 0 5
Pontos positivos e negativos: talvez este seja o módulo mais prático de todos. A
previdência está no dia a dia da maioria dos profissionais do mercado financeiro.
Diferentemente das demais certificações que cobram apenas conceitos, para CEA
será necessário saber fazer cálculos de previdência, por isso, muita atenção! :D
Previdência Social é aquela referente ao benefício pago pelo INSS aos trabalhadores. Ela funciona
como um seguro controlado pelo governo, garantindo não só que o trabalhador continue a rece-
ber uma renda quando se aposentar, mas também que não fique desamparado em caso de gravi-
dez, acidente ou doença.
Previdência Privada, como o próprio nome sugere, é uma opção do indivíduo. Também chamada
de Previdência Complementar, ela estabelece a formação de uma reserva a ser usada tanto para
complementar a renda recebida pelo INSS, quanto para realizar um projeto de vida, como o paga-
mento da faculdade dos filhos ou um investimento em um negócio próprio.
205
CEA
206
MÓDULO 05
Já as mulheres têm direito à proporcional aos 48 anos de idade e 25 de contribuição, mais um adi-
cional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para completar 25 anos de
contribuição.
Aposentadoria especial
Benefício concedido ao segurado que tenha trabalhado em condições prejudiciais à saúde ou à
integridade física. Para ter direito à aposentadoria especial, o trabalhador deverá comprovar, além
do tempo de trabalho, efetiva exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou as-
sociação de agentes prejudiciais pelo período exigido para a concessão do benefício (15, 20 ou 25
anos). A aposentadoria especial será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contri-
buinte individual, este somente quando cooperado filiado à cooperativa de trabalho ou de produ-
ção. Para ter direito à aposentadoria especial, é necessário também o cumprimento da carência,
que corresponde ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o segurado
faça jus ao benefício.
Auxílio-doença
É o benefício concedido ao segurado impedido de trabalhar por doença ou acidente por mais de
15 dias consecutivos. No caso dos trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 15 dias são
pagos pelo empregador, exceto o doméstico, e a Previdência Social paga a partir do 16º dia de afas-
tamento do trabalho. Para os demais segurados, inclusive o doméstico, a Previdência paga o auxílio
desde o início da incapacidade e enquanto a condição perdurar. Para concessão de auxílio-doença,
é necessária a comprovação da incapacidade em exame realizado pela perícia médica da Previdên-
cia Social. Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem de contribuir para a Previdência Social
por, no mínimo, 12 meses (carência).
Auxílio-acidente
É o benefício pago ao trabalhador que sofre um acidente e fica com sequelas que reduzem sua ca-
pacidade de trabalho. É concedido para segurados que recebiam auxílio-doença. Têm direito ao au-
xílio-acidente o trabalhador empregado, o trabalhador avulso e o segurador especial. O empregado
doméstico, o contribuinte individual e o facultativo não recebem o benefício. Para concessão do
auxílio-acidente, não é exigido tempo mínimo de contribuição, mas o trabalhador deve ter qualida-
de de segurado e comprovar a impossibilidade de continuar desempenhando suas atividades por
meio de exame da perícia médica da Previdência Social.
207
CEA
O auxílio-acidente, por ter caráter de indenização, pode ser acumulado com outros benefícios pa-
gos pela Previdência Social, exceto aposentadoria. O benefício deixa de ser pago quando o traba-
lhador se aposenta.
Auxílio-reclusão
É um benefício devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão, durante o período em
que estiver preso sob regime fechado ou semiaberto. Não cabe concessão de auxílio-reclusão aos
dependentes do segurado que estiver em livramento condicional ou cumprindo pena em regime
aberto. Há situações em que os segurados ficam um período sem contribuir e, mesmo assim, têm
direito aos benefícios previdenciários, enquanto mantiverem a qualidade de segurado.
208
MÓDULO 05
TAXAS DE ADMINISTRAÇÃO
Refere-se às despesas com a gestão financeira do fundo, contratada a uma empresa especializada.
A cobrança ocorre durante toda a fase de contribuição e incide sobre o capital total, incluindo o
rendimento. Esse custo é regulamentado pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários
(quando o fundo tiver aplicações em renda variável).
O percentual da taxa tem que ser aprovado pela Susep e constar no contrato. Nos planos VGBL
e PGBL, o custo varia de 0,5% a 4% ao ano, em geral sendo cobrada diariamente. É cobrada pela
tarefa de administrar o dinheiro do fundo de investimento exclusivo criado para o seu plano e
pode variar de acordo com as condições comerciais do plano contratado. Os que têm fundos com
investimentos em ações, por serem mais complexos, normalmente têm taxas um pouco maiores do
que aqueles que investem apenas em renda fixa.
TAXAS DE CARREGAMENTO
Correspondem às despesas administrativas das instituições financeiras com pessoal, emissão de
documentos e lucro. São cobradas logo na entrada do plano e a cada depósito ou contribuição
feitos. Isso quer dizer que, se esse custo for de 5%, a cada R$ 100,00 investidos, só R$ 95,00 vão
ser creditados efetivamente no seu plano. Em outras palavras, quanto maior o percentual, menor
a fatia da contribuição ou depósito feita por você que vai “engordar” o seu capital. As instituições
financeiras têm liberdade de cobrar taxas de até 10% nos planos VGBL e PGBL, com aprovação da
Susep, mas a concorrência forte impede a imposição desse limite.
Essa taxa serve para cobrir despesas de corretagem e administração. Na maioria dos casos, a
cobrança não ultrapassa 5% sobre o valor de cada contribuição que você fizer. No mercado, há três
formas de taxa de carregamento, dependendo do plano contratado.
1. Antecipada: incide no momento do aporte. Essa taxa é decrescente em função do valor do
aporte e do montante acumulado. Ou seja, quanto maior o valor do aporte ou quanto maior o
montante acumulado, menor será a taxa de carregamento antecipada.
2. Postecipada: incide somente em caso de portabilidade ou resgates. É decrescente em função
do tempo de permanência no plano, podendo chegar a zero. Ou seja, quanto maior o tempo de
permanência, menor será a taxa.
3. Híbrida: a cobrança ocorre tanto na entrada (no ingresso de aportes ao plano), quanto na
saída (na ocorrência de resgates ou portabilidades). Como se pode ver, existem produtos
que extinguem a cobrança dessa taxa após certo tempo de aplicação. Outros atrelam esse
percentual ao saldo investido: quanto maior o volume aplicado, menor a taxa. Nos dois casos,
não deixe de pesquisar antes de escolher seu plano de previdência.
209
CEA
PORTABILIDADE
É a transferência, parcial ou total, do saldo acumulado entre fundos do plano contrato ou para
outros planos, outra seguradora ou Entidade Aberta de Previdência Complementar – EAPC,
durante o período de acumulação, por vontade do titular.
RESGATES
Uma das formas de sair do plano, ou seja, de utilizar a reserva acumulada, pode ser o resgate total,
caso o cliente não queira passar a receber uma renda mensal. Para essa opção, há duas formas
disponíveis de resgate.
• Resgate programado: são definidas datas certas para a retirada do dinheiro. Os recursos que
continuarem no plano permanecerão rendendo.
• Resgate total: é a alternativa mais barata para o usuário, mas não é indicada para quem não
tem experiência em gerir seu patrimônio. Afinal, se o dinheiro ficar parado, deixará de render.
IMPORTANTE!
No caso de resgate total ou de parte dos recursos antes da data de saída estipulada, é preciso
ficar atento às regras de carência para resgate.
FASE DE BENEFÍCIOS
Renda vitalícia Pagamento de uma renda mensal por toda a vida ao participante.
Pagamento de uma renda mensal por toda a vida ao participante. Caso
Renda vitalícia com prazo
ocorra o seu falecimento, a renda é revertida ao beneficiário indicado até
mínimo garantido o cumprimento do prazo garantido.
Pagamento de uma renda mensal por toda a vida ao participante. Após o
Renda vitalícia reversível
seu falecimento, um percentual da renda será revertido ao beneficiário
ao beneficiário indicado.
Pagamento de uma renda mensal ao participante durante o prazo
Renda temporária
definido.
210
MÓDULO 05
PROTEÇÃO ADICIONAL
Pensão prazo certo Pagamento mensal ao beneficiário indicado durante o prazo definido.
Pagamento de uma renda mensal por toda a vida ao beneficiário indicado
Pensão ao cônjuge
pelo participante, caso ocorra o seu falecimento.
Pagamento de uma renda mensal ao beneficiário menor indicado (até que
Pensão aos menores
complete 21 anos), caso ocorra o falecimento do participante.
Renda por invalidez Pagamento de uma renda mensal por toda a vida ao participante no caso
com prazo mínimo de invalidez total e permanente. Caso ocorra o seu falecimento, a renda é
garantido revertida ao beneficiário indicado até o cumprimento do prazo garantido.
Pagamento único ao beneficiário indicado em decorrência da morte do
Pecúlio por morte
segurado.
211
CEA
PGBL X VGBL
PGBL VGBL
Permite abater da base de cálculo do IR os
aportes realizados anualmente ao plano até Não permite abater do IR os aportes ao
Dedução de IR
um limite máximo de 12% (*) da renda bru- plano.
ta tributável do investidor.
Essa dedução não significa que os aportes
feitos na Previdência são isentos de IR. Ha- O IR incidirá apenas sobre os rendimen-
Incidência de IR verá incidência do IR sobre o valor total do tos do plano e não sobre o total acu-
resgate ou da renda recebida quando eles mulado.
ocorrerem.
Indicado para quem usa a declaração
simplificada ou é isento ou para quem já
Indicado para as pessoas que optam pela
Perfil investidor investe em um PGBL, mas quer investir
declaração completa do Imposto de Renda.
mais de 12% de sua renda bruta em pre-
vidência privada.
212
MÓDULO 05
Importante salientar que para previdência com saque único, a escolha da tábua é indiferente.
Portabilidade: Quando uma pessoa contrata ou quer fazer a portabilidade de um plano de previ-
dência, precisa observar qual é a tabela de mortalidade utilizada. Assim, se é a BR-EMS, a AT 2000
ou outra, os benefícios serão refletidos a partir da tabela. Se o participante decidir fazer a portabili-
dade do plano, ele pode perder a tábua que foi utilizada no plano anterior.
ALÍQUOTA DE IMPOSTO
O imposto devido por pessoa física é calculado conforme a tabela abaixo.
Essa tabela (calma, não precisa decorar, ela será fornecida em sua prova do CEA) pode sofrer
ajustes nos valores anualmente. Quando isso acontece, normalmente, a correção tende a ser
limitada à inflação (IPCA). Em geral, esse reajuste não ocorre, ou, se ocorre, é inferior a inflação.
Essa é uma forma “mascarada” de elevar impostos, pois, se a renda tiver ajuste superior ao ajuste
da tabela, logo, o imposto pago será sempre maior (em percentual).
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo do imposto devido é a diferença entre a soma dos rendimentos recebidos durante
o ano calendário (exceto os isentos, não tributáveis, tributáveis exclusivamente na fonte ou sujeitos
à tributação definitiva) e as deduções permitidas pela legislação.
OPÇÕES DE DECLARAÇÃO
Ao fazer a declaração anual de imposto de renda – pessoa física, antes do envio, o cidadão deverá
optar entre escolher dois modelos de declaração:
213
CEA
DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA
De forma simples, na declaração simplificada, você pode optar por substituir todas as possíveis
deduções legais por apenas uma de 20% do seu rendimento bruto, mas essa dedução tem sempre
um teto. Atualmente, ele é de R$ 16.754,34, porém o valor costuma ser ajustado anualmente por
índice de inflação (IPCA).
Como temos um limite de dedução, conseguimos, a partir dele, deduzir qual a renda máxima que
possibilita aproveitar o desconto máximo da declaração simplificada. Basta dividir o valor pelo
percentual máximo:
Isso quer dizer que, para quem ganha mais que R$ 83.771,70, não compensa declarar imposto
pela declaração simplificada? Não, a conclusão correta é que, ao ganhar mais do que esse valor,
a dedução começa a ser inferior a 20%, ou seja, quanto mais a pessoa física ganhar, maior será a
probabilidade de que a declaração completa seja mais atrativa. Vejamos dois exemplos para que
você entenda melhor essa situação.
Base cálculo do
Caso Cálculo dedução % dedução
imposto
1. Prof. Ed ganhou, em 2020, 20% × 60.000 = 12.000. 60.000 – 12.000
12000 = 20%
uma renda bruta total de Como 12.000 < 16.754,34, =
60000
R$ 60.000,00. pode deduzir todo o valor. 48.000.
2. Prof. Abreu ganhou, em 2020, 20% × 120.000 = 24.000. 120.0 – 16.754,34 16.754,34
uma renda bruta total de Como 24.000 > 16.754,34, = = 13,9%
120.000,00
R$ 120.000,00. dedução é limitada ao teto. 103.245,66.
DECLARAÇÃO COMPLETA
Ao optar pela declaração completa, entende-se que os gastos que se teve ao longo do ano calendário
superam o limite de 20%, considerando o teto de dedução de cada um deles. Encontra-se, abaixo,
um exemplo e um pequeno resumo dos gastos que podem ser dedutíveis.
214
MÓDULO 05
* O valor que você paga em cursos livres, como no curso preparatório para certificação CEA, não
pode ser deduzido, infelizmente.
215
CEA
Na hipótese de pagamento de benefício não programado, por morte do titular, por exemplo,
incidirá imposto de renda à alíquota:
I - de 25% (vinte e cinco por cento), quando o prazo de acumulação for inferior ou igual a 6 (seis)
anos.
Ao escolher pela tributação regressiva, você não pode alterar mais o tipo de tributação. Pode-se
dizer que o regime de tributação regressiva é indicado para quem planeja poupar em plano de pre-
vidência por mais tempo, ou seja, cultivando a visão do longo prazo. Afinal, quanto maior o período
em que o dinheiro ficar aplicado no plano, menor a alíquota do Imposto de Renda.
216
MÓDULO 05
CLASSIFICAÇÃO SUSEP
CLASSIFICAÇÃO ANBIMA
217
QUESTÕES | MÓDULO 05
1. Pedro decidiu contratar um plano de previdência complementar do tipo Vida Gerador de Benefício
Livre (VGBL), com aportes mensais de R$ 2.000,00 e Tábua Biométrica BR-EMSsb. Seu objetivo é o
de acumular o maior valor possível em 30 anos, para converter a reserva _____________ taxa de
carregamento e a _____________ rentabilidade do fundo; e, na fase de concessão do benefício, o
_______________ percentual de reversão do excedente financeiro.
As lacunas da frase deverão ser ´preenchidas corretamente por:
a) Menor – maior – menor.
b) Maior – maior – menor.
c) Menor – maior – maior.
d) Menor – menor – menor.
2. Um indivíduo possui um plano de previdência complementar do tipo Plano Gerador de Benefício Li-
vre (PGBL), com regime de tributação exclusivo na fonte (tabela regressiva) e decidiu fazer a porta-
bilidade para um Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), com regime de tributação compensável
(tabela progressiva). Nesse caso essa portabilidade:
a) não será possível, pois diz respeito à transferência de um plano de regime de tributação exclusi-
vo na fonte para um plano de tributação compensável.
b) será possível, porém ocorrerá tributação do Imposto de Renda (IR), de acordo com a tabela
progressiva do IR.
c) erá possível, pois se trata de transferência de um plano PGBL para outro do tipo PGBL.
d) será possível, porém ocorrerá tributação do Imposto de Renda (IR), de acordo com a tabela re-
gressiva do IR.
3. Pedro, 35 anos, executivo com uma renda alta, possui elevado conhecimento em mercado finan-
ceiro e com isso, realiza contribuições no plano de previdência fechado da sua empresa, no limite
máximo para ter benefício fiscal, já que a mesma, permite isso. Ele pensa se aposentar aos 55 anos
e aceita risco nas suas aplicações. Caso ele deseje realizar contribuições extras por 90 meses, você,
como consultor financeiro, recomendaria um:
a) PGBL Composto.
b) PGBL Renda fixa.
c) VGBL Composto.
d) VGBL Renda Fixa.
4. Durante 20 anos, Pedro contribuiu para um plano de previdência privada do tipo VGBL Regres-
sivo. Após esse período, o saldo acumulado do seu plano está em R$ 190.000,00, sendo que R$
138.700,00 de contribuições. Com isso, ele decide solicitar a conversão do seu plano em uma renda
vitalícia no valor de R$ 5.000,00 por mês. Diante destas informações, o valor líquido mensal que
Pedro irá receber será de:
219
CEA
a) R$ 4.500,00
b) R$ 4.797,50
c) R$ 4.865,00
d) R$ 5.000,00
6. Pedro ganha 6 mil por mês de salário e deseja fazer uma previdência privada. Em uma reunião com
você, ele lhe conta que declara seu imposto de renda pelo modelo simplificado e que somando
todas as deduções que ele pode fazer, incluindo INSS, ele tem 18% de abatimento da sua renda.
Sabendo que a capacidade de poupança dele é de 10%, você recomendaria:
a) alterar modelo de declaração para completa e fazer um PGBL.
b) alterar modelo de declaração completa e fazer um VGBL.
c) manter modelo de declaração e fazer um PGBL.
d) manter modelo de declaração e fazer um VGBL.
7. Das opções abaixo elencadas, para um mesmo patrimônio acumulado em um plano de previdência
privada, qual apresenta na fase de renda o maior valor de benefício:
a) Renda vitalícia.
b) Renda vitalícia com prazo mínimo garantido de 10 anos.
c) Renda temporária de 10 anos.
d) Renda por prazo certo.
8. Pedro deseja ter uma renda vitalícia de R$ 15.000,00 após a aposentadoria, a valores de hoje. Sa-
bendo que a previdência social lhe pagará um salário de R$ 3.800,00 (a valores de hoje), quanto ele
deverá ter acumulado aproximadamente, considerando que a taxa da aplicação renderá 12% a.a e a
inflação é 0,5% ao mês:
a) R$ 1.580.812
b) R$ 1.805.174.
c) R$ 2.507.578.
d) R$ 3.358.710.
220
MÓDULO 05
9. José deseja fazer uma aplicação em previdência de R$ 500.000,00 em aporte único e pretende
mantê-lo por 20 anos. Ele consulta um consultor sobre os melhores planos do mercado em taxa de
carregamento na entrada e taxa de administração. Considerando um rendimento bruto anual de
10%, qual dos planos abaixo representa a melhor opção para investimento:
a) Plano A.
b) Plano B.
c) Plano C.
d) Plano D.
10. Henrique aplicou R$ 60.000,00 em um Plano de Previdência PGBL, cuja taxa de administração fi-
nanceira anual é de 1%. A taxa de carregamento é de 2% na entrada, o regime tributário escolhido
foi o definitivo e o retorno esperado anual é de 7%, já descontada a TAF. Qual será o valor líquido a
resgatar depois de exatos 10 anos?
a) R$ 98.318,21
b) R$ 104.101,64
c) R$ 108.462,13
d) R$ 115.668,49
11. Felipe é funcionário de um grande banco e possui uma renda bruta anual de R$ 150.000,00. Ele faz
a sua declaração de IR pelo modelo completo e deseja aplicar R$ 30.000,00 em plano de previdên-
cia privada. Qual alocação seria mais interessante?
a) R$ 18.000,00 em PGBL e R$ 12.000,00 em VGBL.
b) R$ 18.000,00 em VGBL e R$ 12.000,00 em PGBL.
c) R$ 30.000,00 em VGBL.
d) R$ 15.000,00 em VGBL e R$ 15.000,00 em PGBL.
12. O Sr. Octavio havia transformado a previdência privada dele em renda mensal vitalícia com prazo
mínimo garantido de 10 anos. Onze anos após começar a receber ele faleceu. Nesse caso, o benefi-
ciário:
a) Receberá a renda vitalícia até o final da vida.
b) Receberá a renda vitalícia por 10 anos.
c) Não receberá nada, pois o Sr. Octavio havia transformado em renda mensal vitalícia.
d) Não receberá nada, pois já havia passado o prazo mínimo garantido.
221
CEA
13. Seu cliente transformou o saldo acumulado em sua previdência em uma renda vitalícia, nesse caso:
a) Ele receberá mensalmente mais do que se tivesse contratado a renda temporária por 10 anos.
b) Ele receberá mensalmente mais do que se tivesse contratado a renda temporária 5 anos.
c) Ele receberá mais do que se tivesse contratado a renda temporária 15 anos.
d) Nenhuma das anteriores.
15. Alíquota de imposto de renda incidente no resgate de um plano de previdência com regime tributá-
rio progressivo, após 12 anos:
a) 15%
b) 10%
c) 35%
d) 22,50%
16. Modalidade de previdência privada em que a tributação ocorre sobre o valor total investido, a uma
alíquota fixa de 15% que poderá ocorrer a complementação ou restituição na declaração anual de
ajuste de IR:
a) VGBL Regressivo
b) VGBL Progressivo
c) PGBL Regressivo
d) PGBL Progressivo
222
MÓDULO 05
GABARITO
1. C 2. A 3. C 4. C 5. D 6. A 7. C 8. C 9. B 10. B 11. A 12. D 13. D 14. C 15. A 16. D
223
M Ó D U LO 0 6
NOÇÕES DE ESTATÍSTICA
MÉDIA
A principal vantagem do cálculo da média é o cálculo do retorno esperado de um investimento.
Considere que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de um determinado mês:
1º → + 3%
2º → + 4%
3º → − 2%
4º → − 1%
5º → + 1%
Assim, podemos calcular o “retorno médio” desse ativo, calculando a média destes valores.
225
CEA
O que acontece com a média caso se some “X” em cada um dos retornos? Vamos somar 3% em
cada um dos retornos acima e tentar identificar o que vai acontecer com a média.
1º → + 3% + 3% = 6%
2º → + 4% + 3% = 7%
3º → − 2% + 3% = 1%
4º → − 1% + 3% = 2%
5º → + 1% + 3% = 4%
Agora podemos calcular o novo “retorno médio” desse mesmo ativo, calculando a nova média:
Ou seja, notamos que a média é de 4%, exatamente 3% maior do que a média anterior. Coincidên-
cia? Não, como somamos o mesmo valor em TODOS os retornos, é de se esperar que a média
sofra o mesmo ajuste, porém o desvio padrão não se altera.
MODA
É o valor que ocorre com maior frequência em uma série de valores. Por exemplo, considere que
uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de um determinado mês:
1º → + 3%
2º → + 4%
3º → − 2%
4º → − 2%
5º → + 1%
A moda, portanto, é −2%.
Um conjunto de resultado pode apresentar uma moda ou mais, sendo classificado como,
• unimodal = uma moda
• bimodal = duas modas
• multimodal = três ou mais
MEDIANA
É o valor que divide o conjunto em dois subconjuntos, em que esses subconjuntos formados terão
exatamente a mesma quantidade de elementos.
226
MÓDULO 06
3º → − 2%
4º → − 3%
5º → + 1%
Para encontrar a mediana, é necessário colocar as oscilações em ordem:
− 3%; − 2%; + 1%; 3%; 4%.
Assim, a mediana é igual a + 1%.
VARIÂNCIA
O grau de dispersão de um conjunto de dados é dado pelos desvios em relação à média desse con-
junto.
Cálculo da variância
Considere que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de um determinado mês:
1º → + 3%
2º → + 5%
3º → + 7%
4º → − 2%
5º → + 2%
Primeiramente, deve-se efetuar o cálculo da média:
227
CEA
DESVIO PADRÃO
A variância possui um problema de construção como medida de dispersão de dados: ela apresenta
uma unidade de medida igual ao quadrado da unidade de medida dos dados originais. Esse proble-
ma é resolvido extraindo-se a raiz quadrada da variância, o que chamamos de desvio-padrão.
No mercado financeiro, em geral, é esse o valor que é chamado de VOLATILIDADE de um ativo, uti-
lizado como principal medida de risco de se investir em determinado ativo. Quais dos dois ativos
abaixo possuem maior risco?
Analisando a tabela, o retorno esperado nas duas carteiras são os mesmos. Qual ação escolher en-
tão? Um investidor racional, diante de dois ativos similares com mesmo retorno, irá escolher o de
menor risco, para isso devemos calcular o desvio padrão de cada ativo.
Cálculo do desvio padrão para PETR4
228
MÓDULO 06
Logo, pode-se afirmar que a ação da PETR4 possui um RISCO MAIOR para o investidor por apre-
sentar um desvio padrão maior. Nesse caso, o investidor racional irá optar em comprar ações da
VALE5. Em alguns casos, é possível identificar “visualmente” qual o ativo é mais volátil. Olhe o
exemplo abaixo:
É possível perceber que o Fundo A possui maior risco, volatilidade, variância e desvio padrão do
que o Fundo B.
DISTRIBUIÇÃO NORMAL
A distribuição normal explica a probabilidade de um evento ocorrer. A importância de se saber a
média e o desvio padrão está em conhecer a probabilidade de os eventos ocorrerem. As proba-
bilidades de se afastar da média uma certa quantidade de desvios padrão já estão calculadas pelos
estatísticos.
Para obter-se exatamente 95% da população, é necessário utilizarmos 1,96 desvios padrões.
229
CEA
COVARIÂNCIA
Em geral, observa-se que, quando os juros sobem, os preços das ações caem. Esse comportamento
sugere que há uma covariância negativa entre as variáveis taxa de juros e preços de ações. Nesse
sentido, a covariância é uma medida que avalia como as variáveis X e Y se inter-relacionam de for-
ma linear, ou seja, como Y varia em relação a uma determinada variação de X.
Quando a covariância é positiva, duas variáveis tendem a variar na mesma direção, isto é, se uma
sobe, a outra tende a subir e vice-versa. Quando a covariância é negativa, duas variáveis tendem
a variar em direções opostas, isto é, se uma sobe, a outra tende a cair e vice-versa. Quanto mais
próxima de zero for a covariância, menor a possibilidade de se identificar um comportamento inter-
dependente entre as variáveis.
CORRELAÇÃO
A covariância busca mostrar se há um comportamento de interdependência linear entre duas va-
riáveis. Porém a covariância é uma medida dimensional, sendo afetada pelas unidades de medida
das séries X e Y. Para corrigir esse problema da covariância, chegou-se à medida de correlação, que
é um número adimensional que varia entre -1 e 1 (inclusive). A correlação (ou coeficiente de corre-
lação linear de Pearson) é dada pela fórmula a seguir.
230
MÓDULO 06
O coeficiente de correlação mostra se há relação linear entre duas séries de dados X e Y. Se o coefi-
ciente de correlação for igual a 1, significa que existe relação linear perfeita entre X e Y, de tal forma
que se X aumenta, Y aumenta na mesma proporção também.
Se o coeficiente de correlação for igual a – 1, significa que existe relação linear perfeita entre X e Y,
de tal forma que se X aumenta, Y diminui na mesma proporção também
Quando a correlação é zero, não existe relação de linearidade entre as variáveis X e Y.
EXEMPLO 1: correlação +1
RETORNOS ACUMULADOS
A B
JAN 2 4
FEV –2 0
MAR 3 5
ABR 1 3
MAI 4 6
JUN 2 4
JUL –3 –1
AGO –2 0
231
CEA
Conclusão: ao combinarmos dois ativos com correlação igual a 1, o risco da carteira A + B é superior
ao risco individual de cada ativo (2,61%).
Note que, mesmo aumentando o risco, a combinação dos dois ativos terá sempre um risco menor
(4,19%) do que a soma dos riscos individuais (2,61 + 2,61 = 5,22%).
EXEMPLO 2: correlação – 1
RETORNOS ACUMULADOS
A B
JAN 2 0
FEV –2 4
MAR 3 –1
ABR 1 1
MAI 4 –2
JUN 2 0
JUL –3 5
AGO –2 4
232
MÓDULO 06
Conclusão: veja que, quando estamos diante de ativos com correlação negativa, consequentemen-
te, a covariância também é negativa e a parte em vermelho é SUBTRAÍDA, assim, resultará um valor
MENOR em relação a casos positivos de correlação. Como o valor do desvio padrão será menor,
logo, o RISCO também será menor.
#DICA DO ED
Não confunda variância com covariância. Para calcular a variância e o desvio padrão, precisamos
apenas dos dados históricos de um único ativo. Conhecendo a variância de um ativo, é possível
determinar o desvio padrão, apenas extraindo a Raiz Quadrada.
Para calcular a covariância e a correlação, são necessários os dados históricos de dois ativos, já que
essa medida mensura o comportamento entre duas variáveis. Conhecendo a covariância entre dois
ativos, é possível determinar a correlação entre eles.
233
CEA
COEFICIENTE DE DETERMINAÇÃO
O coeficiente de determinação (R2) mostra quanto da variação de Y é explicada pela variação de
X e quanto da variação de Y é devida a fatores aleatórios. O coeficiente de determinação (R2) está
relacionado ao coeficiente de correlação, pois a correlação mostra se os pontos estão alinhados
sobre a reta ou se estão dispersos. A fórmula do coeficiente de determinação é
MERCADO EFICIENTE
A Hipótese de Mercados Eficientes (HME) é a base de vários modelos para determinar o preço de
ativos. A teoria é apoiada na suposição de que toda informação está disponível para todos e in-
corporada aos ativos. Os preços, nessa lógica perfeita, refletiriam o que todo e qualquer investidor
sabe a respeito deles, sendo impossível alguém lucrar com uma informação exclusiva.
No mercado eficiente, como os agentes são "eficientes em relação à informação", ou seja, um
agente não consegue alcançar consistentemente retornos superiores à média do mercado, con-
siderando as informações publicamente disponíveis no momento em que o investimento é feito,
os preços do mercado sempre refletem todas as informações existentes. Logo, não existem ações
baratas ou caras, nem com análise técnica, nem mesmo com análise fundamentalista.
O grau de eficiência do Mercado pode ser dividido em três categorias:
234
MÓDULO 06
FRONTEIRA EFICIENTE
A fronteira eficiente poderia ser obtida representando-se, num gráfico de retorno esperado “ver-
sus” desvio padrão, todas as combinações de ativos e reconhecendo que os investidores são racio-
nais, ou seja, sempre preferirá mais riqueza a menos riqueza, para o mesmo nível de risco.
235
CEA
BETA ( )
Em relação ao coeficiente Beta (b), ele se tornou uma medida popular de risco, pois simplifica o
problema quando relaciona a variabilidade do retorno da carteira à do retorno da carteira de mer-
cado. Beta é a volatilidade da performance média relativa ao mercado.
Uma carteira de mercado, Ibovespa ou IBrX, por exemplo, possui diversas ações de diversos setores
diferentes. Logo, presumimos que ela não sofre com riscos não sistemáticos, por ser diversificada.
Como as suas oscilações são afetadas apenas pelo risco sistemático, assumimos que suas oscila-
ções representam 100% desse risco, logo, o coeficiente Beta dessa carteira será sempre igual a 1
(100% = 100/100 = 1).
Já o Beta de uma ação pode assumir vários valores, tais como descritos abaixo.
• Se b > 1, a carteira de ativos oscila mais do que a carteira de mercado, ou seja, tem um risco
maior se comparada ao risco do mercado. Então, se o mercado está em alta, o retorno da car-
teira de ativos é maior do que o retorno da carteira de mercado. Se o mercado está em baixa,
o retorno da carteira de ativos é menor do que o retorno da carteira de mercado. Em outras
palavras, ou o ativo “sobe mais”, ou “cai mais”. O ativo também se caracteriza por ser agressivo.
• Se b = 1, a carteira de ativos tem o mesmo risco que a carteira de mercado.
• Se b < 1, a carteira de ativos é menos arriscada do que a carteira de mercado e o ativo se carac-
teriza por ser defensivo.
Caso o investidor almeje obter um retorno próximo ao Ibovespa ou ao IBr-X sem precisar comprar
todas as ações da carteira, deverá procurar ações que façam parte do índice e que tenham o coefi-
ciente Beta próximo de 1. O coeficiente β é usado para medir o risco não diversificável.
236
MÓDULO 06
237
CEA
A fórmula do CAPM é
,
em que
Re = Retorno Esperado;
Rf = Risk Free (taxa livre de risco);
B = Beta do ativo;
Rm = Retorno do mercado.
IMPORTANTE!
Ao se diminuir o “Risk Free” (taxa livre de risco) da taxa de retorno de mercado, tem-se o “Prêmio
de Risco”. É necessário estar atento a essa informação, pois muitas vezes a prova já informa o
“Prêmio de Risco”, não sendo necessário diminuir o “Risk Free”.
É um sistema de equações em que “R” e “a” são vetores (Nx1), sendo “R” o vetor de retornos dos
ativos em análise e “a” o vetor de constantes; “f” é um vetor de fatores (Kx1), “B” é uma matriz
(NxK) de cargas fatoriais e “ε” é um vetor de termos aleatórios não correlacionados entre ativos.
Esse é o modelo chamado de irrestrito.
238
MÓDULO 06
APT X CAPM
Suposições específicas do APT e ausentes no CAPM
• Os investidores concordam sobre fatores importantes;
• Não há oportunidades de ganhos de arbitragem sem risco;
• APT é mais amplo por considerar mais fatores de riscos em seus cálculos.
CML ≠ SML
239
CEA
ALFA DE JENSEN
Analisando o parâmetro Alfa (a) da regressão do modelo CAPM, conhecido como “a de Jensen”,
tem-se a seguinte interpretação: quando o desempenho da carteira de ativos está em equilíbrio
com o desempenho da carteira de mercado, a = 0. Quando a carteira de ativos tem um desempe-
nho superior à carteira de mercado, a > 0. Caso contrário, a < 0.
ASSET ALLOCATION
Expressão utilizada pelos profissionais do mercado para fazer referência à escolha dos ativos que
irão compor as carteiras. Trata-se, justamente, da seleção dos ativos que serão parte integrante de
uma carteira de investimentos e em que quantidade o serão. Estabelecer um “mix” de ativos é um
processo dinâmico e um dos mais importantes para conhecer a relação risco e retorno de nossas
carteiras. Seus objetivos como investidor devem estar bem representados no “mix” de ativos da
sua carteira.
240
MÓDULO 06
241
CEA
Uma estratégia de alocação de ativos garantida pode ser implementada tanto por fórmulas de in-
vestimento como pelo seguro de carteira. As fórmulas de investimento são de implementação gra-
dual: quando a carteira for caindo, vão sendo adicionados mais ativos livres de risco, de forma que,
quando ela atingir o valor base, só existirão ativos livre de risco na carteira. O seguro de carteira
emprega opções de venda e/ou contratos futuros para preservar o capital base. Ambas são consi-
deradas estratégias de administração ativas. Quando o valor base é atingido, é adotada, então, uma
sistemática passiva.
A estratégia de alocações de ativos garantida pode ser adequada a investidores avessos ao risco:
investidores que desejam um determinado grau de administração ativa nas suas carteiras, mas gos-
tam também da segurança de poder estabelecer um piso mínimo abaixo do qual não é permitido à
carteira cair. Por exemplo, um investidor que deseja conseguir um determinado padrão mínimo de
vida depois de se aposentar pode achar ideal a estratégia de alocação de ativos garantida para seus
objetivos de investimento.
Em 1930, foi criado o BIS (Bank for International Settlements), o Banco de Compensações Inter-
nacionais (www.bis.org). O BIS é uma organização internacional que fomenta a cooperação entre
os bancos centrais e outras agências, em busca da estabilidade monetária e financeira. Em 1975,
foi estabelecido o Comitê de Supervisão Bancária da Basileia (Basel Committee on Banking Super-
vision – BCBS), ligado ao BIS. Em 1988, o BCBS divulgou o primeiro Acordo de Capital da Basileia,
oficialmente denominado International Convergence of Capital Measurement and Capital Standar-
ds, com o objetivo criar exigências mínimas de capital para instituições financeiras como forma de
fazer face ao risco de crédito.
No Brasil, o Acordo de 88 foi implementado por meio da Resolução 2.099, de 17 de agosto de 1994.
Essa resolução introduziu exigência de capital mínimo para as instituições financeiras, em função
do grau de risco de suas operações ativas. Em 1996, o Comitê publicou uma emenda ao Acordo de
88, incorporando ao capital exigido uma parcela para cobertura dos riscos de mercado (emenda de
96).
242
MÓDULO 06
243
CEA
Graças ao conceito de distribuição normal, é possível determinar a perda máxima de uma carteira,
com uma certa probabilidade de ocorrer. Por exemplo, se uma carteira possui média dos retornos
igual a 3% e desvio padrão de 2%, logo é de se esperar que, em 95% dos casos, seu retorno oscile
entre -1% (média menos 2 desvios padrões) e 7% (média mais dois desvios padrões). Nesse caso,
mantendo-se a média e o desvio padrão, pode-se garantir para o investidor que a sua perda máxi-
ma será de 1% em 95% das perdas ocorridas pelo fundo.
Alguns fundos fazem promessas como essa para o cliente no Formulário de Informações Comple-
mentares (antigo prospecto), gerando todo um trabalho de gestão e controle dos riscos. Para isso, é
necessária a adoção de práticas como as que veremos a seguir.
VALUE AT RISK
O cálculo do Valor em Risco (ou VaR) é um método de se obter o valor esperado da máxima perda
(ou pior perda) dentro de um horizonte de tempo com um intervalo de confiança. Pensemos no
exemplo de um fundo de investimento que possui, em sua Lâmina de Informações Complemen-
tares, a seguinte informação: “VaR de 1% para 1 dia e 95% de confiança”. Significa que, para o dia
seguinte, há 95% de chances de o valor da perda da carteira não ser maior que 1% do Patrimônio
Líquido do fundo. Entretanto, o valor real da perda pode ser maior que 1%, pois há 5% de chances
de a estimativa ser ultrapassada.
BACK TESTING
Qualquer modelo de VaR deve ser testado para aferir a sua precisão. O Back Testing é uma ferra-
menta utilizada para esse teste. Ou seja, o modelo é alimentado com dados históricos, e o núme-
ro de violações (ocorridas no passado) do limite de VaR é medido, de modo a verificar se estão
dentro do nível de confiança estabelecido. Normalmente, o Back Testing é utilizado para testar
modelos derivados por meio de simulações.
STOP LOSS
O stop loss é a ferramenta utilizada quando os limites de VaR são ultrapassados. Por exemplo,
imagine um fundo que tenha um limite, definido em estatuto, de VaR de 1% em um dia, com 95%
de confiança. Ou seja, o gestor desse fundo não pode posicionar sua carteira de modo que possa
perder mais que 1% do seu valor em um dia, com 95% de chances.
Digamos que, em determinado momento, a volatilidade dos mercados aumente de maneira ge-
neralizada. Utilizando estsa nova volatilidade, o gerente de risco descobre que o fundo está cor-
rendo o risco de perder 2% em um dia, com 95% de chances. Nesse momento, o gestor é obriga-
do a se desfazer de posições, de modo que o risco de perdas diminua para 1% em um dia, com
95% de chances. A esse movimento de reversão de posições para diminuição do risco chamamos
stop loss. Portanto, no contexto do VAR, o stop loss não necessariamente “corta” um prejuízo,
mas apenas diminui posições de risco.
244
MÓDULO 06
STRESS TEST
O VaR estará correto em 95% do tempo e errado em 5% das vezes (outros graus de confiança são
possíveis). Como podemos avaliar qual a perda máxima que uma instituição financeira ou um fundo
de investimento pode sofrer? O VaR não fornece a informação de quanto pode alcançar a perda
máxima. Por exemplo, quando dizemos que o VaR é de 1%, não conseguimos imaginar se a perda
máxima, que pode acontecer com probabilidade menor do que de 5%, será 2%, 10% ou 50%.
Para saber até que ponto a perda de valor de uma carteira pode chegar, temos de usar a técnica
chamada de stress test. O stress test mede quanto um portfólio pode perder em uma situação hi-
potética de stress macroeconômico, chamado cenário de stress. O stress test normalmente é utili-
zado como um complemento do VAR, com o objetivo de medir as perdas quando o grau de confian-
ça (normalmente 95%) é ultrapassado. São, em geral, situações de stress de mercado, conhecidas
como fat tail (cauda grossa), que é uma referência à “ponta” da distribuição normal dos retornos e
que pode assumir valores muito altos, imprevisíveis se apenas o VaR for utilizado.
Já o stress test é realizado somente quando o gestor deseja saber o tamanho das perdas da carteira
em cenários além do limite do VAR. Nesse caso, ele deverá executar um teste de estresse na carteira.
TRACKING ERROR
Tracking error é uma medida de quão, aproximadamente, um portfólio replica o seu benchmark.
O tracking error mede o desvio padrão da diferença entre os retornos do portfólio e os do bench-
mark. Para um fundo que visa replicar um índice (passivo), o tracking error deverá ser tão próximo
quanto possível de zero. Ou seja, o tracking error é dado pelo desvio padrão das diferenças entre os
retornos de um fundo e os retornos do seu benchmark em um determinado período. Quanto mais
“voláteis” forem essas diferenças, maior será o tracking error.
245
CEA
ERRO QUADRÁTICO
Mede o desvio médio das variações das cotas do fundo em relação às variações de seu indicador
de referência, ou benchmark. Quanto menor o EQM (Erro Quadrático Médio), melhor, pois é maior
a aderência das cotas do fundo ao benchmark. É usado para analisar a performance dos fundos de
gestão passiva. O Erro Quadrático Médio é dado pela seguinte equação:
Ou seja, o Erro Quadrático Médio é calculado pela média das diferenças ao quadrado entre os re-
tornos de um fundo e os retornos de seu benchmark. O EQM será sempre um número positivo ou
igual a zero (quando o retorno do fundo for igual ao retorno do seu benchmark), e não pode ser
negativo.
RISCO X RETORNO
Considerando que o retorno esperado pode ser obtido pela média dos retornos e que o risco do
ativo é calculado pelo desvio padrão, podemos efetuar escolhas de forma racional, analisando qual
é a melhor opção de investimento ao comparar dois ativos semelhantes, de mesmo administrador,
mesmas características e regime tributário.
Para isso, vamos utilizar o princípio da dominância, que afirma que os investidores desejam sem-
pre:
• Retornos: Maximizar
• Risco: Minimiza
ADERÊNCIA AO BENCHMARK
Os fundos indexados (gestão passiva) têm como objetivo acompanhar o índice de referência. O
Tracking Error e o EQM são duas medidas importantes e utilizadas para mensurar o descolamento
dos retornos do fundo em relação ao prometido (100% do benchmark).
Em sua prova, esse conceito poderá ser cobrado, sem a exigência de cálculo, apenas o entendimento.
Vejamos o exemplo abaixo, no qual listo dois fundos, A e B, ambos possuem como benchmark o DI
e são fundos referenciados, ou seja, buscam o retorno de 100% do seu índice de referência. Qual
dos dois fundos está mais aderente aos seus objetivos e sua politica?
246
MÓDULO 06
Note que o Fundo A, apesar de ter auferido menor retorno no período, está mais aderente (errando
menos) em relação ao objetivo (100% do DI).
Erro é um conceito de diferença, logo, pode ser positivo ou negativo.
EXEMPLO 1
Retorno Risco
Se o investidor precisar escolher um dos dois fundos, a melhor
Fundo A 22% 3% opção será o fundo A, já que possui o mesmo retorno que o B,
porém com menor risco.
Fundo B 22% 5%
EXEMPLO 2
Retorno Risco
Se o investidor precisar escolher um dos dois fundos, a melhor
Fundo A 18% 3% opção será o fundo B, já que possui o mesmo risco que o A, porém
com maior retorno.
Fundo B 22% 3%
EXEMPLO 3
Retorno Risco
Se o investidor precisar escolher um dos dois fundos, a melhor
Fundo A 18% 3% opção será o fundo B, já que ele possui, além de um menor risco
que o A, maior retorno.
Fundo B 22% 2%
O princípio da dominância diz que, na avaliação de dois investimentos com um mesmo patamar de
riscos, escolheremos o que oferecer o maior retorno e que, na escolha entre dois investimentos
com o mesmo patamar de retorno, escolheremos o que promover o menor risco.
ÍNDICE DE SHARPE
Calcula a rentabilidade de um ativo, considerando o seu risco (Risco x Retorno). O índice Sharpe
se faz necessário quando estamos comparando investimentos similares e uma das opções possui
maior retorno, ao passo que a outra possui menor risco, como no exemplo a seguir:
EXEMPLO 4
Retorno Risco Nesse exemplo, nenhum dos ativos domina o outro, já que um
possui maior retorno e o outro, menor risco. Para definirmos qual
Fundo A 23% 5%
a melhor opção de investimento, é necessário calcular o índice
Fundo B 20% 3% Sharpe.
247
CEA
O índice Sharpe mede o quanto de prêmio é recebido por risco assumido, a partir da seguinte fór-
mula:
em que
• E (R risco): rentabilidade esperada de um investimento com risco maior que zero.
• R sem risco: rentabilidade de um investimento sem risco.
• σ risco: volatilidade ou desvio padrão do investimento com risco.
Calculando o índice Sharpe e considerando uma taxa livre de risco de 13% (Selic):
Assim, para cada 1% de risco assumido no ativo A, tem-se 2% de retorno, enquanto esse mesmo 1%
de risco assumido no ativo B retorna como 2,33%. Logo, a melhor relação de risco e retorno é no
ativo B.
Quanto maior o índice Sharpe, melhor a relação risco x retorno e melhor o desempenho do fundo.
Quanto menor o índice Sharpe, pior é a relação risco x retorno e pior o desempenho fundo. Existe
também o índice Sharpe modificado, no qual a única diferença está em considerar o benchmark do
fundo em vez da taxa livre de risco.
IMPORTANTE!
O índice Sharpe não pode assumir valor negativo.
248
MÓDULO 06
• A e B possuem o mesmo retorno, porém B possui menor risco que A, logo, o índice Sharpe de B
é maior que o índice Sharpe de A.
• A e C possuem o mesmo risco, porém A possui maior retorno que C, logo, o índice Sharpe de A
é maior que o índice Sharpe de C.
ÍNDICE DE TREYNOR
Se considerarmos que uma carteira de ações possui diversas ações de diversos segmentos, logo,
chegamos à conclusão de que ela é bastante diversificada, o que elimina o risco não sistemático,
sobrando apenas o risco sistemático. Nesse caso, talvez seja mais interessante utilizar como medi-
da de risco o coeficiente Beta da carteira em vez do desvio padrão.
Por esse motivo, foi criado o índice Treynor, que é uma medida similar ao índice de Sharpe, com a di-
ferença de que, em vez de usar, como medida de risco, o desvio padrão ou o semidesvio, usa-se o co-
eficiente Beta. Além disso, ela é uma medida de excesso de retorno em relação ao risco sistemático.
O risco de ativos individuais ou de um pequeno grupo de ativos pode ser mais bem descrito pelo seu
comovimento com o mercado (Beta). Assim, o índice de Treynor parece ser particularmente útil para
essa tarefa, quando a carteira do investidor é uma entre muitas carteiras incluídas num grande fundo.
INDÍCES CÁLCULO
Retorno fundo – Taxa livre risco (Selic)
ÍNDICE SHARPE
Desvio padrão do fundo
Retorno fundo – Benchmark do fundo
ÍNDICE SHARPE MODIFICADO
Desvio padrão do fundo
Retorno fundo – Taxa livre risco (Selic)
ÍNDICE TREYNOR
Coeficiente Beta da carteira
ÍNDICE DE MODIGLIANI
O índice de Modigliani é uma medida de retorno ajustada pelo risco usado na análise de carteiras
de investimento, no qual o retorno do fundo é ajustado para sua volatilidade. Ao contrário do índi-
ce de Sharpe, ele utiliza o retorno absoluto do fundo, e não o retorno relativo à taxa livre de risco. O
índice é calculado da seguinte forma:
Índice Modigliani = (Retorno do Fundo / Desvio padrão do Retorno do Fundo).
RESUMO DE RISCOS
249
CEA
250
QUESTÕES | MÓDULO 06
2. A tabela abaixo contém as informações de tempo que as pessoas utilizam por dia em um
determinado aplicativo de celular:
TEMPO IDADE
40 ATÉ 10 ANOS
41 DE 10 A 20 ANOS
42 DE 20 A 30 ANOS
43 DE 30 A 40 ANOS
44 DE 40 A 50 ANOS
Dado que a taxa livre de risco é de 5%, o Índice de Sharpe dos fundos A, B e C são, respectivamente:
a) 1,30; 0,75; 1,17.
b) 1,17; 0,85; 1,20.
c) 13,00; 12,85; 5,83.
d) 12,85; 13,00; 5,83.
251
CEA
5. Tendo a variação diária de um investimento podemos calcular a média e com ela descobrir a
_______ e se ________ encontramos o _______.
a) Variância, extrair a raiz quadrada, desvio padrão.
b) Variância, elevarmos ao quadrado, desvio padrão.
c) Variância, extrair a raiz quadrada, covariância.
d) Variância, elevarmos ao quadrado, covariância.
7. A teoria da precificação do APT (Arbitrage Pricing Theory) difere do modelo CAPM (Capital Asset
Pricing Model), porque a APT:
a) Enfatiza mais o risco de mercado.
b) Minimiza a importância da diversificação.
c) Reconhece múltiplos fatores de risco não sistemático.
d) Reconhece múltiplos fatores de risco sistemático.
8. Sabendo que o Ativo Livre de Risco está em 9% e o retorno esperado do mercado em 22%, o retorno
requerido de uma ação com beta igual a um, segundo o modelo CAPM, será de:
a) 9%.
b) 15%.
c) 22%.
d) 31%.
252
MÓDULO 06
10. A perda do VaR (Value at Risk) da carteira de investimentos de um cliente, já superou em 8%. Qual
o procedimento correto que o gestor contratado deve tomar:
a) Solicitar novos aportes ao cliente, para se valer da estratégia de preço médio.
b) Acionar o stop loss.
c) Recalcular o back test da carteira de investimentos.
d) Utilizar derivativos para aumentar a posição direcional da carteira de investimentos.
11. Quando um investidor monta uma operação na bolsa e quer limitar suas perdas, ele se utilizara de
qual mecanismo?
a) Trava de baixa
b) Trava de Alta
c) Stop Loss
d) Back Test
13. De acordo com as informações sobre 2 fundos de Investimentos com objetivos iguais e mesmo
benchmark.
• Fundo A: Desvio Padrão de 8% e Tracking Error de 3%.
• Fundo B: Desvio Padrão de 6% e Traking Error de 5%.
Conforme as informações acima, podemos afirmar:
a) O fundo A possui menor risco e mais aderência ao benchmark.
b) O fundo A possui maior risco e menor aderência ao benchmark.
c) O fundo B possui menor risco e maior aderência ao benchmark.
d) O fundo B possui menor risco e está menos aderente ao benchmark.
253
CEA
14. Considere que no último ano o Ibovespa teve retorno de 30%, desvio padrão de 23%, beta de 2,0
e a TLR foi de 5%. Avalie os fundos abaixo e indique quais foram melhores que o Ibovespa segundo
índice de Sharpe:
A B C D
RENTABILIDADE 20,00 25,00 30,00 35,00
BETA 1,50 2,00 2,50 2,50
DESVIO PADRÃO 18,00 20,00 22,00 24,00
a) A e B.
b) B e C.
c) C e D.
d) B e D.
15. Um investidor compra uma ação com desvio padrão de R$ 5,00 e retorno esperado de R$ 40,00.
Considerando uma distribuição normal, qual o intervalo de variação para a ação, para um intervalo
de confiança aproximado de 95%?
a) R$ 35,00 a R$ 45,00.
b) R$ 30,00 a R$ 50,00.
c) R$ 37,50 a R$ 42,50.
d) R$ 25,00 a R$ 55,00.
16. Caso um investidor tenha que selecionar um dos fundos abaixo, utilizando o Índice de Treynor, qual
ele selecionará?
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
254
MÓDULO 06
19. A ação da empresa XYZ possui um retorno requerido de 15% segundo o modelo CAPM, mas segundo
o modelo APT, seu retorno exigido é de 12%. Sabendo que o mercado estima que o valor desta ação
para um ano será de R$ 22,00 e que a taxa livre de risco (TLR) está 8% ao ano, qual deverá ser o
valor desta empresa hoje, para que esteja na reta SML:
a) R$ 18,53.
b) R$ 18,89.
c) R$ 19,05.
d) R$ 19,13.
20. Um investidor possui duas ações com coeficiente de correlação igual a 0. Pode-se dizer que estas
ações:
a) Estão bem diversificadas, porque quando uma ação deprecia em valor a outra aprecia.
b) Bem diversificadas, pois se moverão conjuntamente.
c) Não estão bem diversificadas, pois se moverão conjuntamente.
d) As ações irão se mover independentemente uma a outra.
255
CEA
GABARITO
1. B 2. A 3. A 4. A 5. A 6. C 7. D 8. C 9. C 10. B 11. C 12. D 13. D 14. C 15. B 16. A 17. D 18. D
19. D 20. D
256
M ÓD U LO 0 7
O objetivo deste módulo é verificar se o profissional possui uma visão geral e con-
solidada a respeito dos tópicos anteriores, com domínio dos conceitos apresenta-
dos e de sua aplicação na avaliação de produtos de investimento, incluindo os prin-
cipais indicadores de retorno e risco abordados nos itens anteriores do programa.
Cálculos poderão ser exigidos, tendo como base os itens anteriores do programa.
Espera-se que o profissional demonstre uma visão consolidada, permitindo, dessa
forma, uma recomendação adequada de alocação de investimentos em função do
perfil dos investidores, suas reações na perspectiva de finanças comportamentais
e do processo de decisão (para os cálculos, as fórmulas serão fornecidas).
257
CEA
258
MÓDULO 07
IMPORTANTE!
A verificação do perfil do investidor não se aplica à pessoa jurídica considerada investidor
qualificado.
259
CEA
A teoria de finanças tradicional, com base no postulado da racionalidade, assume que os indivíduos
processam corretamente as informações quando tomam decisões. A abordagem das finanças com-
portamentais, ao contrário, postula que os indivíduos, ao tomarem decisões, fiam-se em diversas
estratégias simplificadoras ou regras práticas conhecidas como heurísticas.
HEURÍSTICA DA DISPONIBILIDADE
Decisões influenciadas por ocorrências e eventos recentes na memória do investidor. Experiências
mostraram que exemplos de categorias mais numerosas são recordados mais rapidamente do que
categorias menos numerosas, que ocorrências prováveis são mais fáceis de imaginar do que ocor-
rências improváveis e que conexões associativas são fortalecidas quando dois eventos frequente-
mente ocorrem simultaneamente.
Vieses cognitivos que emanam da heurística da disponibilidade
• Facilidade de lembrança: os indivíduos julgam que os eventos mais facilmente recordados na
memória, com base em sua vividez ou ocorrência recente, são mais numerosos do que aqueles
de igual frequência cujos casos são menos facilmente lembrados.
260
MÓDULO 07
HEURÍSTICA DA REPRESENTATIVIDADE
Decisões tomadas a partir de associações com estereótipos formados e desprezo de informações
relevantes para a tomada de decisão. As pessoas julgam os eventos pela sua aparência e semelhan-
ça, não pela probabilidade deles acontecerem.
Vieses cognitivos que emanam da heurística da representatividade
• Falta de sensibilidade à proporções da base: os indivíduos tendem a ignorar as proporções da
base na avaliação da probabilidade de eventos quando é fornecida qualquer outra informação
descritiva, mesmo se esta for irrelevante.
• Falta de sensibilidade ao tamanho da amostra: os indivíduos, frequentemente, não são capa-
zes de apreciar o papel do tamanho da amostra na avaliação da confiabilidade das informações.
• Concepções errôneas sobre o acaso: os indivíduos esperam que uma sequência de dados gera-
dos por um processo aleatório pareça ser "aleatória", mesmo quando for demasiado curta para
que aquelas expectativas sejam estatisticamente válidas.
• Regressão à média: os indivíduos tendem a ignorar o fato de que eventos extremos tendem a
regredir à média nas tentativas subsequentes.
• A falácia da conjunção: os indivíduos julgam equivocadamente que as conjunções (dois even-
tos que ocorrem em conjunto) são mais prováveis do que um conjunto mais global de ocorrên-
cias, do qual a conjunção é um subconjunto.
Exemplos aplicados a investimentos
1. Desistir de investir em ações porque teve experiências negativas anteriormente.
2. Acreditar que as grandes empresas são bons investimentos. Podem não ser, se estiverem a
transacionar a preços acima do seu valor justo, mas não pelo fato de serem grandes.
HEURÍSTICA DA ANCORAGEM
A heurística da ancoragem faz com que a exposição prévia a uma informação nos leve a considerá-
-la fortemente na tomada de decisão ou na formulação de estimativas, independentemente de sua
relevância para o que é decidido ou estimado. A ancoragem se deve principalmente a um mecanis-
mo relacionado à forma como a nossa mente funciona: o priming. O priming é o efeito decorrente
da enorme capacidade associativa da nossa mente, que faz com que palavras, conceitos e números
evoquem outros similares, um após o outro, numa reação em cadeia.
261
CEA
Ou seja, uma palavra é mais rapidamente lembrada e se torna mais disponível na nossa mente se
tiver conexão com outras vistas/ouvidas em um momento recente. É também o processo pelo qual
experiências recentes nos predispõem, de forma automática, a adotar determinado comportamen-
to. É muito comum a ancoragem se basear em valores.
Vieses que emanam da heurística da ancoragem
• Ajuste insuficiente da âncora: preconiza que as pessoas desenvolvem estimativas partindo de
uma âncora inicial, com base em qualquer informação que seja fornecida, a qual é ajustada até
produzir uma resposta final. Uma consequência importante da utilização dessa heurística é que
o ajuste geralmente é insuficiente, ou seja, a resposta final frequentemente fica próxima dessa
âncora.
• Vieses de eventos conjuntivos e disjuntivos: estudos indicam que as pessoas tendem a supe-
restimar a probabilidade de eventos conjuntos (eventos que devem ocorrer em conjunção com
outro) e subestimar a probabilidade de eventos disjuntivos (eventos que ocorrem independen-
temente). “Esse viés fornece explicações importantes para os problemas de cronograma de
projetos que requerem planejamento multiestágio, pois a tendência geral de superestimar a
probabilidade de eventos conjuntivos leva a um injustificado otimismo na avaliação da propen-
são de que planos serão bem sucedidos ou que projetos serão finalizados no prazo”.
• Excesso de confiança: em análise de decisão, especialistas frequentemente são requisitados
a expressar suas crenças em relação a uma quantidade, tal como o valor médio do índice da
Bolsa de Valores em um determinado dia, na forma de distribuição de probabilidade. “Tal dis-
tribuição é geralmente construída por meio da solicitação para que as pessoas selecionem va-
lores que correspondam a percentis específicos na sua distribuição de probabilidade subjetiva”.
Exemplos aplicados a investimentos
1. Um investidor que compra a ação da companhia A, que custa R$ 80, tende a achar barata a
ação da companhia B, cotada a R$ 20, ainda que as duas empresas não tenham nenhuma cor-
relação.
2. Um investidor aplica, em um fundo de investimento, um valor de R$ 100.000,00 e a bolsa co-
meça a cair. Ele decide não se desfazer do investimento, independentemente de qual seja a
perspectiva futura do preço e da economia, enquanto não “recuperar” o valor investido inicial-
mente.
3. Comprar ação de uma companhia que está custando R$ 5,00, justificando a decisão de investi-
mento pelo fato do valor dessa mesma ação já ter chegado a R$ 30,00 a meses atrás.
262
MÓDULO 07
VIÉS DO OTIMISMO
Os termos “excesso de confiança” e “otimismo” são próximos e, em algumas vezes, são utilizados
conjuntamente e sem distinção de sentido. No entanto, existem autores que fazem algumas dife-
renciações. O excesso de confiança está relacionado à superestimação das próprias habilidades,
como o QI ou habilidades de gestão. Já o excesso de otimismo está relacionado à superestimação
pessoal acerca de resultados exógenos, que não podem ser controlados por um indivíduo, como o
crescimento econômico de um país ou as oscilações no mercado de capitais, por exemplo.
263
CEA
AVERSÃO À PERDA
A aversão à perda não é uma heurística, como trata o edital da certificação, e sim um viés compor-
tamental. A aversão à perda (loss aversion, em inglês) é um viés que nos faz atribuir maior impor-
tância às perdas do que aos ganhos, induzindo-nos frequentemente a correr mais riscos no intuito
de tentar reparar eventuais prejuízos. Alguns estudos sugerem que isso se dá porque, do ponto
de vista psicológico, a dor da perda é sentida com muito mais intensidade do que o prazer com o
ganho. Em investimentos isso acontece quando decidimos manter os investimentos perdedores e
vender rapidamente os investimentos que apresentam ganhos, mesmo que possuam uma pers-
pectiva de alta para o futuro
IMPORTANTE!
Em investimentos isso acontece quando decidimos manter os investimentos perdedores e vend-
er rapidamente os investimentos que apresentam ganhos, mesmo que possuam uma perspecti-
va de alta para o futuro.
FINANÇAS PESSOAIS
O mais importante antes de começar a cuidar do seu dinheiro é saber que não existe receita de
bolo. Você pode planejar seu orçamento de inúmeras formas e essa é apenas uma delas. Por isso,
pesquise outros métodos se precisar, até encontrar um que funcione para você.
Uma vida financeira saudável depende de um orçamento bem planejado, mas, para chegar lá, é
preciso mapear e reestruturar, se necessário, os seus gastos e receitas. Então, siga os passos de
cada etapa do infográfico abaixo para cuidar melhor do seu orçamento.
264
MÓDULO 07
O QUE SÃO DESPESAS: despesa é o que você gasta. Para calcular seus gastos, inclua as grandes des-
pesas, como moradia, alimentação, transporte, saúde e lazer, mas lembre-se de incluir também os
pequenos gastos do dia a dia, que muitas vezes são deixados de lado. Fazem parte de sua despesa
• gastos com aluguel ou parcela de imóvel;
• passagem de ônibus ou combustível;
• compras do mês e refeições;
• ingressos para cinema, teatro ou passeios;
• matrícula e mensalidade da escola dos filhos ou de uma faculdade;
• mensalidade da academia;
• mensalidades de serviços variados, como TV a cabo, energia elétrica, água e esgoto.
O QUE SÃO RECEITAS: receita é o que você ganha. Para calcular sua receita, lembre-se de conside-
rar o seu salário líquido, descontados os impostos e benefícios. Some também suas fontes alterna-
tivas de renda, se as tiver. Fazem parte da sua receita
• salário líquido;
• rendimento de investimentos;
• pagamentos por trabalhos esporádicos;
• rendimentos fixos de fontes diversas, como aposentadoria ou pensão;
• rendimentos de aluguéis ou dividendos de ações.
ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO
O Índice de Endividamento (IE) é a representação da proporção do ativo total que está compro-
metida para custear o endividamento da pessoal com terceiros (passivos exigíveis). Por isso, ele é
usado como um indicador para a análise da saúde financeira de uma pessoa ou família. A fórmula
para calcular o endividamento é:
IE = (Passivo Exigível / Ativos Totais) x 100
Exemplo de como calcular um Índice de Endividamento:
Considere que esse seja o balanço patrimonial do Prof. Edgar Abreu.
265
CEA
ORÇAMENTO FAMILIAR
CONTROLE DE ORÇAMENTO
A ideia de ter um orçamento não é para nos deixar tristes porque, com ele, vamos ver a situação
real de nossa saúde financeira. Ao contrário, a ideia de ter um orçamento é alimentar a confiança
de que estamos cada vez mais perto de realizar nossos sonhos. São eles, nossos sonhos e planos,
que devem animar a rotina do planejamento financeiro de toda a família. Esse é um bom começo
para manter o controle de nossos orçamentos. Para organizar suas contas, é preciso separar as re-
ceitas das despesas. Para isso, faça uma lista dos ganhos e das despesas que você tem.
MINHAS DESPESAS
A maioria das pessoas acaba tendo muitas despesas e poucas receitas. Água, luz, telefone, con-
domínio, escola dos filhos, supermercado, entre outras, são algumas das principais despesas. E as
receitas, muitas vezes, resumem-se a apenas uma: o salário no fim do mês.
Por isso, é importante que você tenha listado todas as suas despesas e saiba exatamente quanto
elas representam na sua renda. Esse exercício, apesar de parecer um desafio, permitirá que você
assuma o controle de sua vida financeira. Lembre-se de que há dois caminhos para você aumentar
seu fluxo de caixa: o primeiro é aumentar a sua renda, o que nem sempre é fácil, e o segundo, que
pode ser mais simples e depende basicamente de disciplina, é reduzir suas despesas.
266
MÓDULO 07
FLUXO DE CAIXA
Fluxo de caixa é uma avaliação (geralmente, uma previsão) do comportamento das receitas e des-
pesas. Por exemplo, para um assalariado, existe apenas uma entrada mensal e dezenas de saídas. A
diferença entre esses dois fluxos gera um resultado no final de mês, que pode ser investido (quando
há sobras) ou financiado (quando falta dinheiro para cobrir as despesas).
Como o extrato bancário que você recebe em casa, o fluxo de caixa informa quanto dinheiro você
tinha disponível no início do mês (quando seu salário foi depositado na conta) e quais foram todas
as saídas da sua conta e depósitos feitos ao longo do período, informando, por fim, o saldo atual.
Atenção: há despesas (ou receitas), no entanto, que não são registradas mês a mês. Um planeja-
mento financeiro um pouco mais completo deve, também, levar em conta, além do fluxo de caixa, a
expectativa de despesas. Por exemplo, pagar o IPVA, o IPTU ou a matrícula da escola pode gerar um
furo no orçamento em determinado mês. Se você fizer, porém, uma reserva (provisionamento) para
cobrir essas despesas, é possível diluir o impacto delas no orçamento. Essa provisão deve estar re-
gistrada à razão de 1/12 por mês. Assim, tem-se uma ideia melhor da real situação financeira de um
indivíduo. Pense no caso de um motorista de táxi: se ele pensa apenas em termos de fluxo de caixa
e não provisiona para "pagar" a depreciação do seu carro, mais cedo ou mais tarde, terá dificuldades
para comprar um novo carro, já que não terá recursos para substituir o anterior. Simples, não?
MEU PATRIMÔNIO
Construir um patrimônio não é uma tarefa simples. Há muitas pessoas que chegam à aposentado-
ria sem um tostão sequer e precisam viver à custa de favores de filhos e parentes. Esse deve ser seu
maior estímulo para construir um patrimônio e poder chegar à aposentadoria tendo conquistado
sua independência financeira. A primeira preocupação é formar um patrimônio que esteja a salvo
da inflação. Não adianta nada passar a vida economizando se você deixar que a inflação destrua o
seu patrimônio.
Patrimônio Líquido = totalidade de seus bens – compromissos financeiros.
Um processo de construção de patrimônio envolve os seguintes passos:
• ser realista;
• estabelecer metas;
• criar uma estratégia;
• ser flexível, pois seus objetivos podem mudar.
267
CEA
268
MÓDULO 07
269
QUESTÕES | MÓDULO 07
4. Pedro possui R$ 1.000.000,00 em investimentos alocados 100% em renda fixa, com rendimentos
em até 1% ao mês. Um assessor de investimentos simplesmente lhe apresentou uma tabela no qual
mostrava um fundo de investimentos passivo emIBOVESPA que rendeu 5%, conforme tabela abai-
xo:
271
CEA
Olhando apenas a tabela acima Pedro decide realocar todo o seu capital neste fundo atrelado ao
IBOVESPA. Desta forma, as finanças comportamentais define isso como:
a) Ancoragem.
b) Representatividade.
c) Disponibilidade
d) Excesso de confiança.
5. “Sempre que o Ibovespa bater 95.000 pontos é hora de comprar ações”. Essa frase está de acordo
com a heurística:
a) Ancoragem.
b) Representatividade.
c) Disponibilidade.
d) Aversão a perda.
6. Um investidor possui uma grande posição acionária em uma empresa que enfrenta sérias dificulda-
des e tenta se livrar da falência. O investidor parece crer cegamente que todos os problemas se re-
solverão e menospreza as possibilidades de cenários adversos. De acordo com a teoria de finanças
comportamentais, esse comportamento seria explicado:
a) Pela ancoragem.
b) Pelo viés do otimismo.
c) Pela heurística da disponibilidade.
d) Pelo efeito de estruturação (framing)
7. Um investidor opera muito comprando e vendendo ativos, o que gera custos altos que afetam ne-
gativamente a carteira. Pode-se dizer que este investidor apresenta o viés denominado:
a) Ancoragem.
b) Arrependimento.
c) Excesso de confiança.
d) Aversão à perda.
272
MÓDULO 07
9. Pedro possui muita confiança na sua habilidade em escolher as suas próprias ações. Por isso, ele
decide fazer os investimentos sozinho, sem a ajuda de outros especialistas, pois acredita que desta
forma, conseguirá ter o retorno desejado, superando o benchmark das ações. Assim sendo, as fi-
nanças comportamentais definem este comportamento como sendo o viés:
a) Ancoragem.
b) Disponibilidade.
c) Ilusão de Controle.
d) Efeito Manada
13. Dentre as afirmativas abaixo, a que não representa uma das etapas do processo de planejamento
financeiro é:
a) Identificar o estilo de vida do cliente.
b) Analisar uma única ação para que possa compor o patrimônio do cliente.
c) Implementar as recomendações de planejamento financeiro.
d) Monitorar a situação do cliente.
273
CEA
15. Paulo é bancário e começou a se interessar mais por investimentos. Ele fez um levantamento e des-
cobriu que seu orçamento mensal é suficiente para arcar com todas as suas despesas e saídas de
caixa e ainda assim apresentar um saldo positivo. Dado este contexto assinale a alternativa correta:
a) Pode-se concluir que Paulo não precisa de um crédito imobiliário.
b) Podemos concluir que Paulo provavelmente apresenta capacidade de poupança.
c) Devem ser indicados a Paulo, produtos agressivos de investimentos, já que ele pode assumir
riscos.
d) Pode-se inferir que ele não tem financiamento de veículos.
18. Quando um investidor mantém em carteira uma ação que caiu muito de preço e se desfaz das
ações que estão tendo retorno positivo, fazendo com que a carteira seja uma verdadeira amostra
de ações perdedoras, pode-se dizer que ele apresenta o viés de:
274
MÓDULO 07
a) Teoria do Prospecto.
b) Aversão à perda.
c) Excesso de confiança.
d) Ancoragem.
19. Pedro diz ao seu assessor que gostaria de investir exclusivamente em ações de empresas que ti-
veram altos lucros nos últimos anos. O viés comportamental que melhor caracteriza a atitude de
Pedro é:
a) Ancoragem.
b) Representatividade.
c) Excesso de confiança.
d) Ilusão do controle.
20. Pedro, que vivenciou intensamente a crise imobiliária nos Estados Unidos de 2008, evita investi-
mentos atrelados a imóveis. Desta forma, as finanças comportamentais define esse tipo de com-
portamento como:
a) Heurística da Disponibilidade.
b) Heurística da Ancoragem.
c) Heurística da Representatividade.
d) Heurística do Medo.
GABARITO
1. B 2. A 3. D 4. B 5. A 6. B 7. C 8. A 9. C 10. D 11. A 12. C 13. B 14. C 15. B 16. D 17. A 18. B
19. B 20. C
275
P R É -PR OVA
PRÉ-PROVA CEA
Em 2011 eu fui o pioneiro no Brasil a criar a metodologia de rever o conteúdo na véspera da prova
em cursos para concursos públicos. Inpsirado nos grandes aulões de pré-vestibular, o intuito era
rever o conteúdo e fazer os últimos ajustes na véspera da prova.
Com base nessa minha experiência e considerando que a prova para certificação CEA possui muitas
questões que exigem entendimento de vários assuntos diferentes e que muitas vezes combina con-
teúdos de mais de um módulo, criei o pré-prova CEA.
Meus alunos recebem esse conteúdo em videoaula e você poderá experimentar um dos nossos
pré-prova em texto. Nas próximas versões da apostila vou incluir mais de presente, prometo! Boa
leitura, espero que goste.
PRÉ-PROVA 1
4 questões
1. Carteira Administrada
2. Taxas em Previdência
3. P/L de uma ação
4. Fundos Multimercado – Anbima
1. Pedro, investidor pessoa física, possui investimentos no valor de R$ 7.250.000,00, sendo R$ 1 mi-
lhão em ações e o restante em LCI e LCA. Desta forma, com objetivo de gerir sua carteira de forma
a reduzir gastos com impostos e custos de transação, ele pergunta a seu especialista em investi-
mentos, qual a melhor alternativa. Desta forma, o profissional que aconselha esse cliente deveria
recomendar investir tais ativos através de:
a) Montar um fundo exclusivo.
b) Montar um fundo multimercado.
c) Transferir para uma carteira administrada as ações e a renda fixa para um fundo exclusivo.
d) Transferir para uma carteira administrada, para se beneficiar das isenções fiscais.
• Primeiro ponto importante, estou falando de pessoa física.
• Valores abaixo de R$ 10 milhões.
• Gestão de carteira.
• Reduzir gastos com impostos e custo de transação
277
CEA
É uma questão, onde alguém tem um certo valor, e quer fazer gestão desse valor, e ao mesmo tem-
po procura um profissional para isso. Essa questão tem alguns detalhes que são bem importantes
que estão em destaque acima.
Estamos falando de carteira administrada, faremos ela em duas etapas.
Revisão:
Você tem um recurso próprio (varejo) e começa a ter um pouco mais de dinheiro, e ir para uma
estrutura melhor, quando falamos de decisão de investimento você pode ir para uma carteira admi-
nistrada ou fundo exclusivo.
• Primeira grande diferença, para chegar em um Fundo Exclusivo, eu tenho que ser um investidor
profissional, sendo assim IP tem que ter R$ 10 milhões de reais.
Se o valor for menor do que R$ 10 milhões não tem como ser fundo exclusivo, então estamos falan-
do de carteira administrada.
• Segundo ponto, qual a diferença principal entre carteira administrada e fundo exclusivo, em
ambos você terceiriza a gestão, você não decide mais o seu dinheiro, você passa a ter um ges-
tor.
A principal diferença para essa questão é que na carteira administrada esse dinheiro fica no CPF, já
no fundo exclusivo ele vai ter CNPJ com todos os fundos.
Quando falamos em ativos que tem isenção fiscal para pessoa física, transformar em carteira ad-
ministrada permanece a pessoa física, então as LCI’s e LCA’s que estão nos investimentos, quando
você vai para carteira administrada é como se estivesse transferindo para um fundo, mas na ver-
dade está transferindo a gestão, é alguém toma as decisões. Quando estou fazendo o investimento
direto como cliente Personnalité o gerente aconselha e eu devo tomar a decisão e na carteira admi-
nistrada o gestor toma as decisões, ele vai cobrar um percentual sobre o patrimônio e ele vai tomar
essas decisões.
Então se fosse fundo exclusivo o valor é acima de R$ 10 milhões e não poderia falar em ganhos fis-
cais.
Assim a alternativa correta é LETRA D.
“Transferir para uma carteira administrada, para se beneficiar das isenções fiscais.”
2. Edgar deseja fazer uma aplicação em previdência de R$ 300.000,00 em aporte único e pretende
mantê-lo por 30 anos. Ele consulta um consultor sobre os melhores planos de mercado em taxa de
carregamento na entrada e taxa de administração. Considerando um rendimento bruto anual de
8%, qual dos planos abaixo representa a melhor opção para investimento:
278
PRÉ-PROVA
a) Plano A.
b) Plano B.
c) Plano C.
d) Plano D.
• É uma questão de prova, não é aplicado ao dia a dia pois as rentabilidades são divulgadas liqui-
das de taxa de administração.
Primeiro Passo: Vamos encontrar o valor aplicado de cada um reduzindo a taxa de carregamento
Segundo Passo: Vamos calcular a rentabilidade anual de cada um, considerando que a anual é de
8% comum a todos e deduzindo o custo de Taxa de Administração.
OBS: Na prática, as rentabilidades divulgadas já são liquidas de taxa de administração. Além disso,
descontar a taxa de administração não é subtrair apenas, uma vez que a dedução de taxa de admi-
nistração é diária e incide sobre o patrimônio líquido, mas, é assim que você vai resolver a prova da
Anbima.
Terceiro Passo: Agora sim, diante do PF (Calculado no passo 1) e da taxa (calculado no passo 2),
considerando o período igual a 30 anos, só jogar na HP-12C e pronto.
279
CEA
3. Uma ação está cotada no mercado a R$ 18,00, um investidor estima um lucro por ação igual a R$
2,00 no atual exercício. Nesse caso, o índice P/L estimado índice que:
a) Retorno esperado das ações será de 11,11% para um período de 9 anos.
b) Anualmente, o lucro deverá se elevar em 11%.
c) A taxa de retorno da ação será de 1,80% ao ano.
d) O capital investido será recuperado em 9 anos.
Cálculo de índice P/L, e a questão possui dois valores, nesse caso você tem duas informações, ha-
verá questões na prova que pode te dar 4 informações onde você só precisa de duas paa resolver
Resolução é bem simples, basta dividir o valor do preço da ação pelo seu Lucro
Logo, alternativa correta é a letra D.
“O capital investido será recuperado em 9 anos.”
4. Fundos de investimento que realizam operações em diversas classes de ativos (renda fixa, renda
variável, câmbio etc), explorando oportunidades de ganhos a partir de movimentos de curto prazo
nos preços dos ativos:
a) Multimercado marco.
b) Multimercado long and short – direcional.
c) Multimercado trading.
d) Multimercado capital protegido.
Capital protegido – Proteção garantida pode ser total ou parcial.
Long and short (direcional) – Quem faz estratégias de compra e venda, faz duas operações para
ganhar a diferença de preço entre eles.
Direcional – vai assumir um pouco mais de risco, em relação as direções neutras, não tem limite, se
ele aposta que uma ação vai crescer, aposta tudo nela.
Quando a prova vem com diversas classes de ativos é a terminologia do multimercado macro, vai
olhar as tendências macroeconômicas.
Macro = Estratégia de médio e longo prazo.
Nesse caso, como ele fala em explorar oportunidade de ganho, a partir de movimentos de curto
prazo, trata-se de Multimercado trading (Alternativa C)
280
SIMUL ADO 01
1. Durante uma reunião você recebe uma informação não divulgada ao mercado de que a empresa
Beta irá comprar a empresa Alfa. Nesse caso você:
a) Não poderá negociar as ações dessa empresa, nem recomendar, em função da informação pri-
vilegiada.
b) Poderá negociar as ações da empresa normalmente.
c) Não poderá negociar as ações dessa empresa, mas poderá recomendar.
d) Poderá negociar as ações em sua carteira particular, mas não poderá recomentar.
281
CEA
5. Um cliente deseja comprar ações e questiona ao seu gerente se há alguma indicação. O gerente
toma duas atitudes:
I – Passa o contato do cliente para o analista de ações atender o cliente.
II – Informa os dados do cliente para um colega que gostaria de atuar como analista.
As atitudes do gerente foram:
a) Correta e Correta.
b) Incorreta e Incorreta.
c) Correta e Incorreta.
d) Incorreta e Correta.
6. O WACC é utilizado:
a) Como um medidor de retornos.
b) Como um medidor de riscos.
c) Como um estimador de risco / retorno.
d) Como uma estimativa de cálculo de juros futuros.
8. Qual o nome da Política monetária onde o Banco Central atua comprando e vendendo títulos públi-
cos federais gerando impacto no curto prazo?
a) Open Market.
b) Redesconto.
c) Depósito Compulsório.
d) Leilão.
9. Se num determinado período as remessas de lucros, juros, royalties, seguros, viagens internacio
nais são menores que os valores recebidos do exterior, o país terá:
a) Déficit na balança de serviços.
b) Superávit na balança de serviços.
c) Superávit na balança comercial.
d) Déficit na balança comercial.
282
SIMULADO 01
10. Para reduzir o risco sistêmico, é realizado a transferência de fundos próprios e de terceiros em tem-
po real, entre bancos. Este é a definição de:
a) Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB.
b) Banco Central do Brasil – BACEN.
c) Taxa de Depósito Interbancário – Taxa DI.
d) Sistema de liquidação e custódia – SELIC.
13. Quais os títulos de renda fixa americanos que possuem prazo de no máximo 360 dias?
a) T-Bill e T-Bond.
b) T-Note e T-Bond.
c) T-Bill e Commercial Papers.
d) Commercial Papers e Swap.
14. O Sr. João tem uma poupança que foi aplicada desde abril de 2015. O montante atual acumulado é
de R$ 104.379,00. Considerando uma Selic atual está em 5% ao ano, você diz a ele que:
a) Por ser feita antes de 2016, é uma poupança antiga, que pagará pelo menos 0,5% a.m.
b) Seu rendimento mensal será sempre de 70% do que render a Selic.
c) Seu rendimento líquido será de 70% da Selic, subtraído dos impostos devidos.
d) Mantida a Taxa Selic neste patamar, seu rendimento mensal será de 70% da Selic.
283
CEA
18. Assinale a alternativa correta a respeito do mercado de derivativos e suas normas tributárias:
a) Existe isenção de IR para ganhos auferidos em alguns casos.
b) Apurado em períodos mensais e pago até o último dia útil do mês vigente.
c) A responsabilidade do recolhimento de IR é da instituição financeira.
d) Para fins de apuração e pagamento do IR mensal sobre os ganhos líquidos, as perdas incorridas
poderão ser compensadas com os ganhos auferidos, no próprio mês ou nos meses subsequen-
tes, em outras operações realizadas nos mercados a vista, de opções, futuro e a termo, exceto
no caso de perdas em operações de day trade, que somente serão compensadas com ganhos
auferidos em operações da mesma espécie.
20. Imposto de Renda que incide sobre uma COE – Certificado de Operação Estruturadas será:
a) Alíquota fixa de 15% sobre o lucro.
b) Alíquota conforme tabela progressiva de 27,5% a 0%.
c) Alíquota conforme tabela regressiva de 22,5% a 15%.
d) Alíquota fixa de 20% sobre o lucro.
284
SIMULADO 01
22. Com a finalidade de propiciar segurança e transparência aos investidores, onde um Certificado de
Recebíveis Imobiliários (CRI) deve ser registrado?
a) Em cartório de títulos.
b) Junto ao CMN.
c) Junto a clearing da B3.
d) Junto ao BACEN.
23. Roberto comprou ações de uma empresa listada na B3, e simultaneamente adquiriu opções de ven-
da desta mesma ação. O objetivo de Roberto foi:
a) Obter benefícios com a volatilidade do preço da ação.
b) Obter a rentabilidade do investimento em um valor prefixado.
c) Limitar as perdas caso a ação tenha uma queda.
d) Alavancar os ganhos caso a ação tenha uma alta.
24. Ao investir em ETF (Exchange Traded Fund) o lote padrão mínimo é de:
a) 1 cota.
b) 10 cotas.
c) 100 cotas.
d) Não existe lote padrão na bolsa.
25. Gustavo Jr e seu amigo Edgar Jr, investiram em um fundo de renda fixa e anteciparam seu resgate
para 21 dias após o dia da primeira aplicação, qual será o IOF que irá incidir nessa operação:
a) 50%
b) 30%
c) 43%
d) 33%
26. Gustavo investiu na poupança dia 02/05/2012 e resgatou seus recursos no dia 25/08/2014. Saben-
do que a TR neste período foi de 0,50% a.a e que a Selic Meta estava em 11,35% a.a, qual foi a ren-
tabilidade líquida do investidor?
a) 0,2% a.m + TR
b) 1% a.m
c) 6,48% a.a + TR
d) 0,5% a.m +TR
285
CEA
29. Small Caps são fundos de ações classificados pela ANBIMA que:
a) Investem, no máximo 90% de sua carteira, em ações de empresas não incluídas entre as 10
maiores participações do IBrX.
b) Investem no mínimo 80% de sua carteira, em ações de empresas incluídas entre as 25 maiores
participações do IBrX.
c) Investem no mínimo 90% de sua carteira, em ações de empresas não incluídas entre as 25
maiores participações do IBrX.
d) Investem no mínimo 80% de sua carteira, em ações de empresas não incluídas entre as 5 maio-
res participações do IBrX.
30. Um investidor aplicou R$ 400.000,00 em um fundo de ações com estratégia Ativa, há 200 dias atrás.
Hoje o seu saldo é de R$ 478.952,09 e ele resolveu resgatar.
Qual será a alíquota de IR que incidirá?
a) 22,5%
b) 20%
c) 17,50%
d) 15%
31. 80% é o percentual mínimo que deve ser comprado em ativos da classe em fundos de investimen-
tos de:
a) Ações.
b) Cambial apenas.
c) Multimercado.
d) Renda Fixa e Cambial.
32. Em maio de 2017 um investidor aplicou R$ 100.000,00 em um fundo cambial de curto prazo. No
último dia útil de novembro/2020, suas cotas totalizavam R$ 150.000,00.
Qual o valor das cotas do investidor no primeiro dia útil de dezembro?
a) R$ 150.000,00
b) R$ 140.000,00
c) R$ 142.500,00
d) R$ 138.750,00
286
SIMULADO 01
33. Quanto pagará de imposto de renda um investidor que decida resgatar todos os seus fundos de
ações e tenha a seguinte carteira:
a) R$ 2.525,43
b) R$ 2.225,43
c) R$ 2.967,24
d) R$ 1.998,25
35. Qual a alíquota de Imposto de Renda retido na fonte, no período do “Come Cotas” de um fundo de
investimentos de Longo Prazo?
a) 20%.
b) 17,5%.
c) 10%.
d) 15%.
36. Os fundos de direitos creditórios (FIDC) podem aplicar até ____ do patrimônio líquido de um mes-
mo emissor se for companhia aberta (não financeira). E se for uma Instituição Financeira autorizada
pelo BACEN pode aplicar até ____ do patrimônio líquido do fundo na mesma instituição.
a) 20% e 10%
b) 10% e 10%
c) 20% e 20%
d) 10% e 20%
287
CEA
37. Felipe é funcionário de um grande banco e possui uma renda bruta anual de R$ 150.000,00. Ele faz
a sua declaração de IR pelo modelo completo e deseja aplicar R$ 30.000,00 em plano de previdên-
cia privada. Qual alocação seria mais interessante?
a) R$ 18.000,00 em PGBL e R$ 12.000,00 em VGBL.
b) R$ 18.000,00 em VGBL e R$ 12.000,00 em PGBL.
c) R$ 30.000,00 em VGBL.
d) R$ 15.000,00 em VGBL e R$ 15.000,00 em PGBL.
38. O Dr. Pedro, é dentista e tem renda anual é de R$ 30.000,00 que vêm exclusivamente da distribui-
ção de lucros do seu consultório. Ele hoje tem 49 anos e deseja planejar sua aposentadoria, que
deve acontecer depois que ele completar 60 anos. Qual o produto mais indicado neste caso?
a) 12% em PGBL e o restante em VGBL, ambos com tabela regressiva de IR.
b) PGBL com tabela regressiva da IR.
c) VGBL com tabela progressiva de IR.
d) VGBL com tabela regressiva de IR.
39. Um cliente contratou um plano PGBL com tabela regressiva. Após 1 ano esse cliente veio a falecer.
Qual será a % de IR que será cobrado?
a) 35% sobre a rentabilidade.
b) 25% sobre a rentabilidade.
c) 35% sobre o valor total.
d) 25% sobre o valor total.
41. (33162) O Sr. Parisenti no decorrer de 2020 aplicou 12% dos seus rendimentos brutos tributáveis
em seu plano VGBL. Mas recebeu um dinheiro extra e deseja aportar em um plano de previdência
pensando na aposentadoria e nos benefícios fiscais. Você indica:
a) Aplicar em um VGBL.
b) Aplicar em um PGBL.
c) É indiferente a modalidade.
d) Aplicar em um fundo multimercado.
288
SIMULADO 01
42. (36088) Marcos tem R$ 200.000,00 e deseja aportar em um plano de previdência para resgatar ao
se aposentar, daqui a 8 anos. Ele não fará novos aportes e recebeu algumas possibilidades. Consi-
derando que todos os planos apresentem uma rentabilidade bruta anual de 7%, qual seria, respec-
tivamente, a melhor e a pior opção de escolha?
a) Plano A e Plano C.
b) Plano B e Plano C.
c) Plano C e Plano A.
d) Plano A e Plano B.
43. Ao contratar o plano de previdência e convertê-lo em renda mensal vitalícia será feito o cálculo com
base em alguns fatores, um deles é a tabua atuarial. Hoje a atual tábua do brasil é a BR – EMS e ela
é atualizada a cada:
a) 5 anos.
b) 2 anos.
c) 8 anos.
d) 10 anos.
44. Henrique aplicou R$ 60.000,00 em um Plano de Previdência PGBL, cuja taxa de administração fi-
nanceira anual é de 1%. A taxa de carregamento é de 2% na entrada, o regime tributário escolhido
foi o definitivo e o retorno esperado anual é de 7%, já descontada a TAF.
Qual será o valor líquido a resgatar depois de exatos 10 anos?
a) R$ 98.318,21
b) R$ 104.101,64
c) R$ 108.462,13
d) R$ 115.668,49
45. Um investidor que adquire ações com Beta próximo de 1, em relação ao Ibovespa, tenderá a ter:
a) Retornos próximos ao Ibovespa.
b) Retornos superiores ao Ibovespa.
c) Retornos inferiores ao Ibovespa.
d) Retornos próximos ao Indv.
289
CEA
47. Um determinado investidor procura seu gerente de relacionamento para aplicar R$ 500.000,00
pensando em um horizonte de longo prazo. Neste caso quando maior for o prazo do investimento:
a) Maior será a disposição do investidor para aplicar no mercado de renda variável.
b) Maior será a taxa de retorno exigida pelo investidor.
c) Maior será o retorno do investimento, sempre.
d) Maior será a necessidade de liquidez do investidor.
48. Um ano após adquirir uma debênture com cláusula de repactuação, o rating da debênture foi alte-
rado de AAA para AA. Neste caso, na repactuação, é de se esperar que:
a) Não ocorra nenhuma alteração.
b) O título sofra um aumento na taxa de juros.
c) O título sofra uma redução na taxa de juros.
d) O investidor sofrerá uma cobrança de IR.
49. O fator risco x retorno é decisório para análise de qualquer investimento, nesta relação quanto
maior a volatilidade:
a) Maior o risco e menor a expectativa de retorno.
b) Menor o risco e maior a expectativa de retorno.
c) Menor o risco e menor a expectativa de retorno.
d) Maior o risco e maior a expectativa de retorno.
290
SIMULADO 01
51. Qual o risco é mitigado quando a CVM limita o percentual de investimentos em ativos de uma única
Instituição Financeira?
a) Risco Sistêmico.
b) Risco Legal.
c) Risco de Liquidez.
d) Risco de Imagem.
52. Quando uma debênture tem sua avaliação de risco piorada, o que se espera desta debênture:
a) Redução do seu risco e redução na sua remuneração.
b) Aumento do seu risco e aumento na remuneração.
c) Nada acontecerá com esta debênture.
d) Aumento do seu risco e diminuição na sua remuneração.
53. Um título, no valor de R$ 30,00, possui um desvio padrão de 5 reais. A amostra possui 95% de pro-
babilidade, quais são os valores máximos e mínimos para o título?
a) R$ 50 e R$ 35.
b) R$ 20 e R$ 35.
c) R$ 30 e R$ 40.
d) R$ 20 e R$ 40.
55. Dentre as afirmativas abaixo, qual indica a forma forte de um mercado eficiente:
a) Retornos reais são iguais aos retornos esperados.
b) Apenas algumas informações públicas estão refletidas nos preços atuais.
c) Todas as informações públicas e privadas estão refletidas nos preços atuais.
d) Os preços passados estão refletidos totalmente nos preços atuais.
56. Um investidor que não consegue se desfazer de uma ação pelo seu valor justo está com risco de
_____. E o risco associado a oscilação diária do preço do ativo referente as expectativas da empresa
é o risco de _____.
a) Liquidez e Mercado.
b) Mercado, Liquidez.
c) Liquidez e Empresarial.
d) Crédito e Mercado.
291
CEA
57. Ao observar os dados de 2 fundos que possuem gestão ativa, carteiras e objetivos semelhantes e
mesmo benchmark, o investidor racional deverá optar por:
58. Você está analisando o perfil de investidor do seu cliente. Dentre as opções abaixo, não é um fator
a ser considerado:
a) Situação financeira do investidor.
b) Prazo do investimento.
c) Conhecimento do investidor em relação ao mercado e produtos de investimentos.
d) Cenário econômico e previsão para taxa de juros (Selic).
59. Ao conversar com um investidor, ele te conta que está montando uma grande posição em ações de
uma empresa específica. Você percebe que ele está muito confiante na valorização das ações e che-
ga a subestimar os riscos de eventos adversos. Seu comportamento pode estar sendo influenciado
pelo viés:
a) Do otimismo.
b) Da ancoragem.
c) Da armadilha da confirmação.
d) Do enquadramento.
292
SIMULADO 01
62. Taxa média calculada a partir das operações compromissadas de um dia lastreadas em títulos públi-
cos federais.
a) TBF.
b) TR.
c) Selic Over.
d) DI.
63. José deseja acumular para sua aposentadoria o montante de R$ 650.000,00. Sabendo que ele tem
hoje R$ 130.000,00 em um investimentos com rendimento de 0,7% ao mês, em quantos meses ele
atingirá o objetivo?
a) 199 meses.
b) 231 meses.
c) 238 meses.
d) 300 meses.
64. Considerando que um cliente adquiriu uma LFT com ágio, o que acontecerá com o retorno do títu-
lo:
a) Será maior que a taxa SELIC.
b) Será menor que a taxa SELIC.
c) Terá cupom semestral maior.
d) Terá cupom semestral menor.
65. O Índice P/L de uma ação (preço sobre o lucro) tem como objetivo informar ao investidor:
a) A liquidez de uma ação.
b) Quantos anos são necessários para recuperar o dinheiro investido.
c) O valor justo da ação.
d) O risco de mercado de uma determinada ação.
293
CEA
66. Sobre a cessão de cotas de fundos de investimentos, pode-se afirmar que as cotas de um fundo:
a) Aberto podem ser transferidas, mediante termo de cessão e transferência, assinado pelo ce-
dente e pelo cessionário.
b) Aberto podem ser transferidas através de bolsa de valores ou entidade de balcão organizado
em que as cotas do fundo sejam negociadas.
c) Aberto não podem ser objeto de cessão ou transferência, salvo por decisão judicial, execução
de garantia ou sucessão universal.
d) Fechado não podem ser objeto de cessão ou transferência, em hipótese alguma.
67. Sobre os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), julgue as seguintes afirmações:
I – Serão constituídos na forma de condomínio aberto ou fechado.
II – Somente poderão receber aplicações quando o subscritor das cotas for investidor qualificado.
III – Terão valor mínimo para realização de aplicações de
R$ 25.000,00.
Está (ão) correta (s):
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) I, II e III.
68. José, seu cliente, possui um plano de previdência do tipo PGBL progressivo e quer migrar para um
plano VGBL com alíquota regressiva através de uma portabilidade. Nesse caso:
a) A portabilidade pode ser realizada, porém terá cobrança de Imposto de Renda no momento da
realização da transferência.
b) A portabilidade pode ser realizada e não haverá cobrança de Imposto de Renda, pois não se
configura como um resgate.
c) A portabilidade não pode ser realizada.
d) A portabilidade apenas poderia ser realizada se o plano atual fosse com o regime de tributação
regressivo.
69. A ação da empresa XYZ possui um retorno requerido de 15% segundo o modelo CAPM, mas segun-
do o modelo APT, seu retorno exigido é de 12%. Sabendo que o mercado estima que o valor desta
ação para um ano será de R$ 22,00 e que a taxa livre de risco (TLR) está 8% ao ano, qual deverá ser
o valor desta empresa hoje, para que esteja na reta SML:
a) R$ 18,53.
b) R$ 18,89.
c) R$ 19,05.
d) R$ 19,13.
294
SIMULADO 01
70. Pedro pretende fazer um investimento em um fundo de Renda Fixa que seja composto por títulos
com baixo risco de crédito e de mercado. Ele ainda não passou pelo processo de Análise do Perfil
do Investidor (API) e não possui outros investimentos no mercado de capitais. O fundo que permite
que esse investidor realize essa aplicação mesmo sem preencher o API é o:
a) Renda Fixa Referenciado DI.
b) Renda Fixa Soberano.
c) Renda Fixa Pós-fixado.
d) Renda Fixa Simples.
GABARITO
1. A 2. D 3. D 4. D 5. C 6. A 7. C 8. A 9. B 10. A 11. C 12. B 13. C 14. D 15. D 16. D 17. A 18. D 19. A
20. C 21. C 22. C 23. C 24. A 25. B 26. D 27. C 28. D 29. C 30. D 31. D 32. B 33. B 34. D 35. D 36. C 37. A
38. D 39. D 40. C 41. B 42. A 43. A 44. B 45. A 46. A 47. B 48. B 49. D 50. C 51. C 52. B 53. D 54. D
55. C 56. A 57. C 58. D 59. A 60. C 61. B 62. C 63. B 64. B 65. B 66. C 67. B 68. C 69. D 70. D
295
SIMUL ADO 02
297
CEA
6. Em média, qual o intervalo de tempo entre reuniões ordinárias do COPOM e quantas são feitas no
ano aqui no Brasil, respectivamente:
a) 40 dias; 9 reuniões.
b) 35 dias; 10 reuniões.
c) 45 dias; 8 reuniões.
d) 30 dias; 12 reuniões.
7. A definição de Montante é:
a) Soma dos juros produzidos em um determinado período.
b) Juros mais amortização.
c) Soma do capital inicial com os juros produzidos em um determinado período.
d) Capital inicial multiplicado pelo prazo.
8. São exemplos de impactos causados na economia diante de uma desvalorização do real frente ao
dólar:
I – Superávit na conta turismo.
II – Aumento na margem de exportação.
III – Aumento na margem de importação.
IV – Aumento do saldo da balança comercial.
a) I apenas.
b) I e III.
c) II, III e IV.
d) I, II e IV.
298
SIMULADO 02
9. Levando em consideração a taxa PTAX, quando aumenta a entrada de dólar no Brasil, pode-se afir-
mar que:
a) A PTAX suba.
b) A PTAX não se altere.
c) Nada se conclui com as informações prestadas.
d) A PTAX caia.
10. Para reduzir o risco sistêmico, é realizado a transferência de fundos próprios e de terceiros em tem-
po real, entre bancos. Este é a definição de:
a) Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB.
b) Banco Central do Brasil – BACEN.
c) Taxa de Depósito Interbancário – Taxa DI.
d) Sistema de liquidação e custódia – SELIC.
13. Em um cenário em que a taxa Selic esteja em 9% ao ano, a Caderneta de Poupança ira render TR +
0,5% ao mês. Como regime de capitalização é composta, podemos dizer que a rentabilidade acu-
mulada em 12 meses será:
a) Menor que TR + 6% ao ano.
b) Maior que TR + 6% ao ano.
c) Igual a TR + 6% ao ano.
d) Não é possível afirmar qual será a rentabilidade, pois depende da TR acumulada no perío-
do.
299
CEA
14. O Sr. Parisenti durante o mês de novembro alienou algumas ações que comprou em 03/2020, rea-
lizando o lucro. Quando adquiriu as ações pagou R$ 15.000,00 e vendeu por R$ 21.000,00. Qual o
valor do imposto de renda retido na fonte?
a) R$ 1,05
b) R$ 210,00
c) R$ 60,00
d) R$ 0,30
15. Os CDBs quando indexados, possuem prazo mínimo de permanência. Qual indexador está com pra-
zo correto:
a) Indexado a TJLP – Prazo de 1 ano.
b) Indexado a TBF – Prazo de 3 meses.
c) Indexado a TR – Prazo de 1 mês.
d) Prefixados – Prazo de 30 dias .
300
SIMULADO 02
21. Uma característica da bonificação paga por empresas com ações negociadas em bolsa aos seus
acionistas é:
a) Operação onerosa para o acionista.
b) O acionista tem um aumento de riqueza.
c) O acionista recebe gratuitamente as ações, com reajuste no valor da ação.
d) O acionista é obrigado a vender ações para receber a bonificação
301
CEA
a) Todas.
b) I, III, IV.
c) I, IV.
d) II, III.
24. Um fundo de investimento, tem que divulgar informações sobre o patrimônio líquido e o valor da
cota, com a periodicidade:
a) Diária.
b) Mensal.
c) Semestral.
d) Anual.
25. Qual outro fator além da taxa de administração é responsável de um fundo de investimento cam-
bial não obter a mesma rentabilidade que se acompanha no mercado:
a) A existência de fusos horários diferentes.
b) O spread existente entre as cotações de compra e venda de moeda estrangeira não afeta essa
diferença de rentabilidade.
c) As restrições impostas pela CVM na composição das carteiras de fundos cambiais.
d) A elevação do cupom Cambial não impacta na rentabilidade do fundo.
26. É comum no mercado vermos administradores de carteiras que exercem outras atividades, sobre
este assunto julgue as alternativas e marque a correta:
a) Apesar de acontecer muito, é uma prática vedada.
b) É uma hipótese que pode acontecer e o gestor não precisa informar isto aos seus clientes.
c) É uma prática que pode acontecer, desde que ele informe os seus clientes, afinal, pode haver
conflito de interesse.
d) É uma prática que pode acontecer, e ele não precisa segregar as atividades nem informar isto
aos seus clientes.
302
SIMULADO 02
27. Um investidor que aplicou em um fundo de ações em Janeiro de 2016 e resgatou com lucro em Ju-
lho de 2016 deseja saber a tributação cobrada.
Seu gerente informa que houve tributação em Maio e poderá haver complementação em Julho no
resgate.
Essa informação está:
a) Incorreta, pois em fundo de ações a tributação é de 20% sobre o lucro no resgate.
b) Correta, pois Maio é o mês que há come cotas.
c) Incorreta, pois em fundo de ações há come cotas, porém não há complementação do imposto
devido no resgate.
d) Incorreta, pois não há come cotas em fundo de ações e a alíquota de IR será de 15% sobre o
lucro no resgate.
29. Quanto à tributação de IR de um fundo de renda fixa temos a classificação em Longo Prazo e Curto
Prazo. Sobre isso, assinale a alternativa correta:
a) Para ser considerado Longo Prazo a média do prazo dos ativos do fundo deve ser superior a 180
dias.
b) Um fundo de curto prazo tem prazo médio dos ativos até 365 dias, podendo chegar a uma alí-
quota de 15% após 2 anos.
c) Um fundo de longo prazo tem prazo médio dos ativos superior a 365 dias, podendo chegar a
uma alíquota de 15% após 2 anos.
d) Tanto os fundos de curto e longo prazo possuem alíquota mínima de 15%.
30. Assinale a alternativa correta sobre os fundos de Renda Fixa de Curto prazo:
a) Não podem se utilizar de estratégias com derivativos.
b) Não podem investir em ativos no exterior.
c) Podem fazer uso de derivativos para proteção.
d) Podem fazer uso livre de derivativos.
303
CEA
a) Elevação da Selic.
b) Alta de 8% no dólar.
c) Queda de 5% do ibovespa.
d) Elevação da inflação em 1%.
33. O Sr. Parisenti, contratou a 17 anos atrás um VGBL aportando R$ 5.000,00 mensais. A rentabilidade
mensal durante todo o período foi constante em 0,8%. E resolveu solicitar o resgate hoje, qual a
base de cálculo para o IR?
a) R$ 1.020.000,00
b) R$ 2.550.620,29
c) R$ 1.530.620,29
d) R$ 1.520.000,00
304
SIMULADO 02
34. Qual das formas de renda na fase de benefício da previdência privada pagará o menor valor men-
salmente?
a) Vitalícia.
b) Temporária 10 anos.
c) Temporária 5 anos.
d) É indiferente, pois depende exclusivamente de quanto capital o cliente tinha quando resolveu
transformar em renda.
35. Alíquota de imposto de renda incidente no resgate de um plano de previdência com regime tributá-
rio progressivo, após 12 anos:
a) 15%
b) 10%
c) 35%
d) 22,50%
36. Marcos tem R$ 200.000,00 e deseja aportar em um plano de previdência para resgatar ao se apo-
sentar, daqui a 8 anos. Ele não fará novos aportes e recebeu algumas possibilidades. Considerando
que todos os planos apresentem uma rentabilidade bruta anual de 7%, qual seria, respectivamente,
a melhor e a pior opção de escolha?
a) Plano A e Plano C.
b) Plano B e Plano C.
c) Plano C e Plano A.
d) Plano A e Plano B.
37. Carlos tem uma renda anual de R$ 90.000,00 e ouviu falar sobre os benefícios fiscais de um plano
de previdência. Ele faz a sua declaração de imposto de renda pelo modelo simplificado e deseja
aportar todos os anos 20% da sua renda em previdência privada, pensando também na sua aposen-
tadoria. Neste caso a forma mais adequada de fazer as aplicações é:
a) 12% da renda bruta em PGBL e 8% em VGBL.
b) 12% da renda bruta em VGBL e 8% em PGBL.
c) Tudo em PGBL.
d) Tudo em VGBL.
305
CEA
38. É uma das atividades dos agentes autônomos de investimento, a recepção e registro das ordens dos
seus clientes, e a transmissão dessas ordens para:
a) O Sistema de negociação ou de registro cabíveis, conforme a legislação em vigor.
b) Os controles internos da CVM.
c) O controle e registro do próprio assessor.
d) Gestor de fundos de renda variável.
39. Certo investidor aplicou em 02/01/2019 R$ 200.000,00, em um fundo de previdência para o longo
prazo. No último dia útil de maio/2020 o saldo da aplicação era R$ 240.000,00. Qual o valor da apli-
cação em 01/06/2020?
a) BR – EMS.
b) AT – 83.
c) AT – 2000.
d) É indiferente a tábua.
40. Órgão criado a partir da Lei 9.613/98, sendo o principal órgão de combate à lavagem de dinheiro:
a) R$ 240.000,00
b) R$ 234.000,00
c) R$ 232.000.00
d) R$ 233.000,00
41. Seu cliente converteu a previdência que acumulou durante a vida toda em renda vitalícia com prazo
mínimo garantido de 05 anos. Dois anos depois de começar a receber a renda, ele faleceu. Nesse
caso, o beneficiário indicado por ele:
a) Receberá a renda mensal por mais 3 anos.
b) Receberá a mesma renda mensal até falecer.
c) Receberá a renda mensal por mais 5 anos.
d) Não é devido ao benefício nada pois o cliente transformou em renda vitalícia.
42. Quando um investidor monta uma operação na bolsa e quer limitar suas perdas, ele se utilizara de
qual mecanismo?
a) Trava de baixa.
b) Trava de Alta.
c) Stop Loss.
d) Back Test.
306
SIMULADO 02
43. Para uma empresa tentar quantificar a capacidade e intenção em honrar suas dívidas, ela deve:
a) Contratar uma agência de publicidade.
b) Solicitar um certificado de bom pagador junto à instituição Financeira na qual mantém suas
operações.
c) Contratar uma agência de Rating de Crédito.
d) Solicitar selo de bom pagador junto ao BACEN.
44. Um ativo cotado a R$ 100,00 que tem desvio padrão de R$ 10,00. Pode-se afirmar que a cotação
estará entre R$ 70,00 e R$ 130,00 com:
a) 100% de confiança.
b) 99% de confiança.
c) 95% de confiança.
d) 67% de confiança.
45. Um investimento possui um VaR (Value At Risk) de R$ 1000,00 para 30 dias, com um intervalo de
confiança de 95%. Assinale a alternativa correta.
a) O investimento tem 95% de chance de perder mais de R$1000,00 em 30 dias.
b) O investimento não terá perda superior a R$ 1000,00 no prazo de 30 dias.
c) Existe a probabilidade de 5% de o investimento ter uma perda maior do que R$ 1000,00 em 30
dias.
d) O investimento perderá mais que R$ 1000,00 em 30 dias.
307
CEA
a) Todas.
b) II, III, IV.
c) II, III, V.
d) I, , III, IV.
50. Qual o risco presente em venda de imóveis, principalmente quando o vendedor não consegue rece-
ber uma oferta no valor de mercado desse bem?
a) Liquidez.
b) Crédito.
c) Câmbio.
d) Legal.
51. Quais riscos um investidor está sujeito ao investir recursos superiores a R$ 250.000,00, em ações e
CDB respectivamente.
a) Ações: Risco de crédito apenas. CDB: Risco de liquidez apenas.
b) Ações: Risco de liquidez e risco de mercado. CDB: Risco de mercado apenas.
c) Ações: Risco de liquidez e risco de mercado. CDB: Risco de liquidez, risco de crédito e risco de
mercado.
d) Ações: Risco de mercado apenas. CDB: Risco de crédito apenas.
53. O risco que o título de uma empresa apresenta, com relação a todos os riscos que podem afetar
suas aplicações financeiras, pode ser denominado como:
a) Risco diversificável, ou seja, sistemático, que depende dos fatores específicos de cada empresa.
b) Risco não sistemático, que é um risco inerente a todas as empresas.
c) Risco não sistemático, que representa os riscos específicos da área da empresa.
d) Risco não diversificável, que depende dos fatores específicos da empresa.
308
SIMULADO 02
54. Ao observar determinado cliente, o gerente de contas percebeu que as ações que o cliente havia
comprado por R$ 10,00 foram rapidamente vendidas quando subiram para R$ 11,00. E as ações
que foram compradas por R$ 15,00 apesar de terem caído 50% o investidor não se desfez dos pa-
peis. Esse comportamento é conhecido como:
a) Ancoragem.
b) Aversão a perda.
c) Excesso de Confiança.
d) Efeito de estruturação.
56. Qual heurística que o investidor se considera melhor que a média de mercado considerando ser
capaz de prever o futuro. Realizando muitas movimentações de compra e venda de ativos?
a) Excesso de confiança.
b) Ilusão de controle.
c) Armadilha da confirmação.
d) Aversão a perda.
58. Um investidor leu a lâmina de um fundo de investimentos e ficou muito interessado por ele, tendo
se decidido a comprar cotas deste fundo. Ele foi influenciado pelo(a):
a) Heurística da seletividade.
b) Heurística da Representatividade.
c) Excesso de confiança.
d) Ancoragem.
309
CEA
60. Um investidor comenta com você que não fará investimentos em ações pois na sua infância viu tio
seu ter grandes perdas na bolsa. Este comportamento é justificado pelo(a):
a) Ancoragem.
b) Da Heurística da Representatividade.
c) Aversão à perda.
d) Efeito da estruturação (framing).
61. Pedro, um investidor pessoa física, que acaba de receber um valor considerável de herança de heran-
ça e deseja investir em ações e também comprar um imóvel para viver de renda, lhe procura na corre-
tora de títulos e valores mobiliários. Desta forma, você:
I – Compra as ações para o cliente pela corretora na qual trabalha.
II – Passa o contato do cliente para um amigo corretor de imóveis.
Dentre as alternativas, você pode realizar:
a) I, somente.
b) II, somente.
c) I e II.
d) Não pode realizar nenhuma.
62. Pedro, um cliente pessoa física, aplicou por 185 dias úteis em um título com rendimento de 14% ao
ano. Considerando juros compostos, a rentabilidade de Pedro foi de:
a) 5,48%.
b) 6,97%.
c) 7,19%.
d) 10,10%.
310
SIMULADO 02
63. Pedro investiu hoje R$ 1 milhão em um projeto com o seguinte fluxo de caixa projetado:
64. Dentre as alternativas abaixo, os títulos negociados no mercado norte-americano o que expõe o
investidor ao risco de reinvestimento são os:
a) Treasury Bill.
b) Commercial Papers.
c) Certificate of Deposits.
d) TIPS (Treasury Inflation Protection Securities).
65. Em relação Certificado de Operações Estruturadas (COE), que mescla elementos de renda fixa e
renda variável, o “Termo de Adesão” e o “Documento de Informações Essenciais (DIE)” são, respec-
tivamente:
a) Obrigatório e não obrigatório.
b) Obrigatório e obrigatório.
c) Não obrigatório e obrigatório.
d) Não obrigatório e não obrigatório.
311
CEA
67. Um fundo multimercado visa um retorno de 150% do CDI, podendo se alavancar em até 200% do seu
patrimônio. Considerando que em determinado dia, o fundo estava utilizando todo o seu limite de
alavancagem e os preços dos ativos de sua carteira desvalorizem 15%, qual será o percentual de perda
do valor da sua cota:
a) 15%.
b) 30%.
c) 45%.
d) 60%.
68. O Código ANBIMA de Administração de Recursos de Terceiros objetiva estabelecer princípios e re-
gras para a administração de terceiros. As instituições participantes estão dispensadas de observar
o disposto no Código para:
a) Fundos de Ações.
b) Clube de Investimento e FIP.
c) FIDC.
d) Fundos Multimercado e FII.
312
SIMULADO 02
GABARITO
1. A 2. C 3. B 4. B 5. C 6. C 7. C 8. D 9. D 10. A 11.C 12. C 13. B 14. A 15. C 16. D 17. D 18. B 19. B
20. B 21. C 22. B 23. A 24. A 25. C 26. C 27. D 28. A 29. C 30. C 31. B 32. B 33. C 34. A 35. A 36. A 37. D
38. A 39. A 40. A 41. A 42. C 43. C 44. B 45. A 46. C 47. A 48. C 49. A 50. A 51. C 52. C 53. C 54. B
55. B 56. A 57. C 58. B 59. B 60. B 61. A 62. D 63. B 64. D 65. B 66. D 67. C 68. B 69. D 70. B
313
SIMUL ADO 03
3. Gustavo, um cliente pessoa física, procura uma agência bancária de uma banco múltiplo com o ob-
jetivo de comprar ações na bolsa de valores. Caso o banco ofereça esse serviço, a ordem do cliente
deverá ser repassada à bolsa de valores por intermédio:
a) De um banco comercial.
b) De um banco de investimento.
c) De uma distribuidora de títulos e valores mobiliários.
d) Da tesouraria do banco.
4. São atividades que não estão sujeitas as atividades de “Conheça o seu cliente” (Know Your Costu-
mer):
a) Distribuição de Valores Mobiliários.
b) Análise e classificação de risco de uma empresa por meio de uma agência de classificação de
risco.
c) Aplicações financeiras.
d) Comercialização de joias e metais preciosos.
315
CEA
5. Dentre os índices de preços abaixo qual é o mais afetado pela variação cambial:
a) IPCA.
b) INPC.
c) IPC-Fipe.
d) IGP-M.
7. Eduardo avalia adquirir um automóvel no valor de R$ 72 mil, em 36 parcelas de R$ 2 mil. Dado que
ele possui os R$ 72 mil aplicados em um CDB que rende 9% ao ano, o valor máximo que Eduardo
poderia pagar à vista pelo carro, desconsiderando impostos e quaisquer outros custos de transa-
ção, é de aproximadamente:
a) R$ 21.224.
b) R$ 63.218.
c) R$ 65.420.
d) R$ 67.380.
316
SIMULADO 03
10. Considerando que um cliente adquiriu uma LFT com deságio, o que acontecerá com o retorno do
título:
a) Será maior que a taxa SELIC.
b) Será menor que a taxa SELIC.
c) Terá cupom semestral maior.
d) Terá cupom semestral menor.
317
CEA
13. Dentre os principais benchmarks dos fundos de renda fixa destaca-se o Índice de Mercado ANBIMA
(IMA-Geral), que é uma média ponderada dos retornos diários do IMA-B, do IMA-C, do IMA-S e do
IRF-M. Especificamente, sobre o IMA-M é correto afirmar que ele é:
a) Atrelado ao CDI e composto apenas por títulos privados.
b) Atrelado a Selic e composto apenas por títulos públicos.
c) Atrelado ao IGP-M e composto apenas por títulos privados.
d) Atrelado ao IPCA e composto apenas por títulos públicos.
14. O tesouro americano está realizando leilão de títulos públicos. Um investidor interessado em apli-
car num título zero cupom e num título que o proteja da inflação deve aplicar, respectivamente,
em:
a) T-bills e T-bonds.
b) T-bills e T-notes.
c) T-bons e T-notes.
d) T-bills e TIPS.
15. A bonificação em uma sociedade por ações ocorre mediante a incorporação de reservas e lucros,
sendo:
a) Distribuídas gratuitamente debêntures aos seus acionistas.
b) Oferecidas a um preço de mercado novas ações aos seus acionistas.
c) Distribuídas gratuitamente novas ações aos seus acionistas.
d) Oferecidas a um preço abaixo do valor de mercado novas ações aos seus acionistas.
16. Na tabela abaixo estão listados dos indicadores das empresas A e B, que possuem características
semelhantes e atuam no mesmo segmento de mercado.
318
SIMULADO 03
17. Carlos assumiu uma posição vendida em ações. Desta forma, com ele faz para reverter essa posi-
ção:
a) Ele deve comprar o mesmo valor financeiro que vendeu inicialmente.
b) Ele deve comprar a mesma quantidade de ações que vendeu inicialmente.
c) Ele deve vender o mesmo valor financeiro que vendeu inicialmente.
d) Ele deve vender a mesma quantidade de ações que vendeu inicialmente.
18. Um exportador, com o intuito de proteção (hedge), contratou uma operação de swap com os se-
guinte indexadores: cupom cambial e prefixado. Desta forma, podemos afirmar que o exportador
ficará:
a) Passivo em dólar.
b) Passivo em prefixado.
c) Ativo em dólar.
d) Ativo em cupom cambial.
19. Em um contrato de mercado futuro o preço de ajuste em D + 1 é maior que o preço de ajuste em D
+ 0. Com base nessa informação, podemos concluir que:
a) Quem estiver comprado receberá em crédito.
b) Quem estiver vendido receberá um crédito.
c) Não possui ajuste diário.
d) Quem estiver vendido e quem estiver comprado receberão um crédito.
20. Pedro, um investidor qualificado pessoa física, quer investir em um produto de renda fixa que não
tenha imposto de renda, desta forma, ele deve aplicar em:
a) FIDC.
b) FIP.
c) CRI.
d) LF.
21. Pedro, investidor brasileiro residente no Brasil comprou ações de uma empresa brasileira e também
ADRs de uma empresa de Londres. Caso ele receba dividendos em ambas as posições, qual o im-
posto que será recolhido, respectivamente, pelo investidor:
a) Isento e isento.
b) Isento e 15%.
c) Isento e carne leão até 27,5%.
d) Carne leão até 27,5% e isento.
319
CEA
22. Pedro aplicou em um fundo de renda fixa não classificado como longo prazo. Ao fazer o resgate,
Pedro ficou apreensivo porque não consegue saber o montante que será creditado em sua conta. O
seu gerente lhe informa que, por se tratar de cota de fechamento, o valor do resgate será conheci-
do somente amanhã. Nesse caso:
a) Houve falha do administrador, pois não poderia ter usado a metodologia da cota de fechamen-
to para um fundo não classificado como longo prazo.
b) Houve falha do gerente, pois mesmo com a adoção da cota de fechamento seria possível saber
o valor exato do resgate no mesmo dia do resgate.
c) Não houve falha do administrador, pois um fundo de renda fixa não classificado como longo
prazo deve, necessariamente, usar a cota de fechamento.
d) Não houve falha do gerente, pois a adoção da cota de fechamento necessariamente leva à di-
vulgação da cota apenas no dia seguinte.
23. Segundo a Instrução CVM nº 555, com exceção dos fundos destinados a investidores qualificados, a
cobrança de taxa de performance é vedada nos fundos classificados como:
a) Renda fixa curto prazo e Multimercado.
b) Renda fixa curto prazo e Renda fixa referenciado.
c) Renda fixa Simples e Renda fixa referenciado longo prazo.
d) Renda fixa simples, Renda fixa curto prazo e Ações.
24. Fundos de investimento que realizam operações em diversas classes de ativos (renda fixa, renda
variável, câmbio etc), explorando oportunidades de ganhos a partir de movimentos de curto prazo
nos preços dos ativos:
a) Multimercado marco.
b) Multimercado long and short – direcional.
c) Multimercado trading.
d) Multimercado capital protegido.
25. Fundo de investimento ativo cuja carteira é composta por, no mínimo, 85% em ações de empresas
que não estejam incluídas entre as 25 maiores participações do IBrX – Índice Brasil, ou seja, ações
de empresas com relativamente baixa capitalização de mercado:
a) Fundo de Ações Setoriais.
b) Fundo de Ações Dividendos.
c) Fundo de Ações Small Caps.
d) Fundo de Ações Sustentabilidade.
26. Um fundo de investimento classificado pela CVM como “Renda Fixa” com sufixo “Investimentos no
Exterior”, deve manter uma percentual mínimo do seu patrimônio líquido aplicado em ativos emiti-
dos fora do país. Esse percentual será de:
a) 20%.
b) 40%.
c) 67%.
d) 80%.
320
SIMULADO 03
27. Um investidor que busque aproveitar as flutuações macroeconômicas e seus impactos em todos os
mercados tem como fundo mais indicado para aplicação um fundo:
a) Ações indexadas ao Ibovespa.
b) Referenciado ao DI.
c) Multimercado Macro.
d) Multimercado Capital Protegido.
28. Você é consultor de investimento e o seu cliente pede uma indicação de aplicação para fundo de
investimento. Ele deseja em um prazo longo e deseja correr risco de títulos públicos e privados de
renda fixa. Além disso, não quer pagar I.R semestralmente (Come-cotas). Você indica:
a) Multimercado aberto longo prazo.
b) Renda Fixa fechado de longo prazo.
c) Renda Fixa de longo prazo.
d) Fundo de Ações.
29. Dentre os ativos disponíveis no mercado financeiro brasileiro, aquele que pode ser considerado
livre é risco é:
a) LFT.
b) Ações.
c) CDB.
d) Debêntures.
31. Fornece a perda potencial de uma carteira de investimentos em cenários extremos, tais como cri-
ses financeiras:
a) VaR.
b) Stress Test
c) Back Test.
d) Tracking Error.
32. De acordo com o Código ANBIMA de Administração de Recursos de Terceiros a gestão de risco de
liquidez dos fundos 555 é responsabilidade do:
a) Administrador Fiduciário, somente.
b) Gestor de Recursos, somente.
c) Gestor de Recursos, em conjunto com o Administrador Fiduciário.
d) Administrador Fiduciários, em com o custodiante.
321
CEA
33. Segundo o Código ANBIMA de Administração de Recursos de Terceiros são considerados veículos
de investimento constituídos localmente com o objetivo de investir recursos obtidos junto a um ou
mais investidores:
a) Fundo de investimento, somente.
b) Fundo de investimento e carteira administradas.
c) Carteiras administradas, somente.
d) Fundo de investimento e Clube de investimento.
34. Um investidor que não deseja correr risco de crédito e ainda por cima, deseja o menor risco possí-
vel, deveria investir em:
a) LFT.
b) CDB.
c) NTN-F.
d) LTN.
35. Considerando que a LTN está sendo negociada no mercado a uma taxa de 11% ao ano e que uma
NTN-B Principal, de mesmo vencimento, está sendo negociada a IPCA + 6,2% ao ano, qual é o IPCA
projetado para o período é de aproximadamente:
a) 4,52%.
b) 5,31%.
c) 4,82%.
d) 4,95%.
37. Os segmentos de listagem da B3 foram criados para desenvolver o mercado de capitais brasileiro e
prezam por regras de governança corporativa diferenciadas. Em qual nível de governança corpora-
tiva as empresas devem divulgar as Demonstrações Financeiras traduzidas para o inglês:
a) Novo Mercado.
b) Novo Mercado e Nível 2.
c) Nível 2.
d) Bovespa Mais e Novo Mercado.
322
SIMULADO 03
a) Long Straddle.
b) Long Strangle.
c) Butterfly
d) Box de 4 pontos.
323
CEA
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, II e III.
42. José tem 60 anos e quer contratar um Plano complementar de previdência, realizando um aporte
único desejando obter uma renda vitalícia. Esse plano de previdência:
a) pode contratar indiferente do plano de previdência escolhido, pois os mesmos não possuem
limite de idades.
b) não pode ser contratado, pois a idade do investidor ultrapassa a idade máxima para tal investi-
mento.
c) pode contratar, tendo em vista que é renda vitalícia.
d) depende do tipo de plano contratado.
43. Pedro possui três planos de previdência provada VGBL, com as seguintes tábuas atuariais:
I – BR-EMS
II – AT-83
III – AT-2000
Caso ele decida por converter em renda vitalícia os recursos acumulados nos devidos planos, orde-
ne do maior para o menor, a renda que Pedro receberá nos Planos I, II e III, respectivamente. Consi-
dere que o valor acumulado é o mesmo em cada plano:
a) I, II e III.
b) I, III e II.
c) III, II e I.
d) Para uma renda vitalícia, as tábuas atuariais não são relevantes no VGBL. Importa apenas o va-
lor acumulado.
44. José, seu cliente, possui um plano VGBL com tabela regressiva e está estudando a possibilidade de
fazer uma portabilidade para um outro plano VGBL com tabela progressiva e deseja a sua opinião,
pois tem o intuito de converter em renda no futuro. Dentre as suas possibilidades, ele lhe comenta
que há um plano que mantém os mesmos benefícios, mas possui uma taxa de administração me-
nor. Com isso, você diz ao cliente que:
a) Ele não pode fazer a portabilidade desta forma, pois uma vez escolhida a tabela progressiva,
não é mais possível alterar.
b) Deveria fazer a portabilidade, desde que a tábua atuarial se mantenha ou seja mais antiga.
c) Deveria fazer a portabilidade, desde que a tábua atuarial seja mais antiga obrigatoriamente.
d) Deveria fazer a portabilidade indiferentemente da tábua atuarial, pois o que importa é apenas
a rentabilidade do plano.
324
SIMULADO 03
45. Considere o seguinte conjunto de dados: {0, 1, 2, 3, 3, 4, 5}. A mediana e a moda são respectiva-
mente:
a) 1 e 5.
b) 2 e 3.
c) 3 e 3.
d) 3 e 5.
46. Pedro, um investidor, pretende realizar uma aplicação de uma carteira composta pelas ações A e B,
cujos dados encontram-se na tabela abaixo:
Ação Retorno Esperado (ao ano) Risco (ao ano) Correlação Entre A e B
A 15% 10%
0,30
B 20% 12%
Caso a carteira seja composta por 20% do ativo A e 80% do ativo B, o retorno esperado será:
a) 16% ao ano.
b) 17,50% ao ano.
c) 19% ao ano.
d) 35% ao ano.
47. Pedro, um investidor, pretende realizar uma aplicação de uma carteira composta pelas ações A e B,
cujos dados encontram-se na tabela abaixo:
Ação Retorno Esperado (ao ano) Risco (ao ano) Correlação Entre A e B
A 15% 10%
0,30
B 20% 12%
Caso a carteira seja composta por 20% do ativo A e 80% do ativo B, o risco da carteira será:
a) 9,53%.
b) 10,15%.
c) 10,38%.
d) 11,21%.
325
CEA
Com base nestes dados, o par de ações com o menor risco total são:
a) A e B.
b) B e C.
c) A e C.
d) C e D.
50. A ação da empresa XPTO possui um retorno requerido de 10% segundo o modelo CAPM, mas se-
gundo o modelo APT, seu retorno exigido é de 14%. Sabendo que o mercado estima que o valor
desta ação para um ano será de R$ 18,00 e que a taxa livre de risco (TLR) está 6% ao ano, qual deve-
rá ser o valor desta empresa hoje, para que esteja na reta SML:
a) R$ 14,12.
b) R$ 15,26.
c) R$ 15,89.
d) R$ 16,36.
52. Pedro, um investir com perfil arrojado, em uma reunião com seu consultor de investimentos, infor-
ma que sua carteira de investimentos em renda fixa está distribuída da seguinte forma:
ATIVO VALOR
LTN R$ 500 mil
LFN R$ 150 mil
CDB Pós-Fixado R$ 80 mil
326
SIMULADO 03
Estimando um cenário de redução da taxa Selic e sabendo que a reserva de emergência de Pedro já
está constituída, dentre as alternativas abaixo, qual a melhor recomendação que o consultor pode
fazer para ele:
a) Vender R$ 500 mil de LTN e comprar 50% em LFT e 50% em CDB Pós-Fixado.
b) Vender R$ 500 mil de LTN e comprar R$ 500 mil em LFT.
c) Vender R$ 500 mil de LTN e R$ 80 mil de CDB Pós e comprar 100% em LFT.
d) Vender R$ 150 mil de LFT e R$ 80 mil de CDB Pós e comprar 100% em LTN.
53. Na verificação da adequação de produtos e serviços ao perfil do cliente, o profissional deve checar
se:
I – O produto, serviço ou operação se enquadra aos objetivos do cliente.
II – A situação financeira do cliente é compatível com o produto, serviço ou operação.
III – O cenário econômico é condizente com a operação proposta.
Está correto o que se afirma apenas em:
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) I, II e III.
55. Pedro diz ao seu assessor que gostaria de investir exclusivamente em ações de empresas que ti-
veram altos lucros nos últimos anos. O viés comportamental que melhor caracteriza a atitude de
Pedro é:
a) Ancoragem.
b) Representatividade.
c) Excesso de confiança.
d) Ilusão do controle.
327
CEA
a) I, II e IV.
b) I e III.
c) I, II, III e IV.
d) II e IV.
57. Um investidor opera muito comprando e vendendo ativos, o que gera custos altos que afetam ne-
gativamente a carteira. Pode-se dizer que este investidor apresenta o viés denominado:
a) Ancoragem.
b) Arrependimento.
c) Excesso de confiança.
d) Aversão à perda.
59. Um casal adquire um imóvel por R$ 500.000,00, pagando uma entrada de R$ 50.000,00 e
financiando o restante em 240 prestações mensais iguais e consecutivas e com juros de 1% ao mês.
Considerando os dados, o valor da prestação mensal é de:
a) R$ 3.488,89.
b) R$ 4.523,75.
c) R$ 4.954,89.
d) R$ 7.588,77.
60. De acordo com a Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), a elaboração da Polí-
tica de Investimentos no Processo de Planejamento Financeiro, é definida no momento de:
a) Implementar as recomendações de planejamento financeiro.
b) Analisar e avaliar a situação financeira do cliente.
c) Desenvolver as recomendações de planejamento financeiro.
d) Monitor a carteira de investimentos do cliente.
61. Eduardo e Mônica adquirem um imóvel por R$ 480.000,00 em 240 prestações mensais pela Tabela
SAC com juros de 1% ao mês, sendo o primeiro pagamento ocorrendo 30 dias após a liberação dos
recursos. Qual o valor da primeira prestação:
328
SIMULADO 03
a) R$ 4.800,00.
b) R$ 6.800,00.
c) R$ 2.000,00.
d) R$ 7.588,77.
a) 23,46%.
b) 24,15%.
c) 26,16.
d) 27,13%.
64. Um investimento com o fluxo de caixa apresentado abaixo e com uma taxa mínima de atratividade
de 10% gera uma VPL de:
329
CEA
a) – R$ 165.025.
b) R$ 165.025.
c) – R$ 180.059.
d) R$ 180.059.
65. Uma ação está cotada no mercado a R$ 18,00, um investidor estima um lucro por ação igual a R$
2,00 no atual exercício. Nesse caso, o índice P/L estimado índice que:
a) Retorno esperado da ações será de 11,11% para um período de 9 anos.
b) Anualmente, o lucro deverá se elevar em 11%.
c) A taxa de retorno da ação será de 1,80% ao ano.
d) O capital investido será recuperado em 9 anos.
CONTAS VALOR
Receita R$ 150.000,00
Despesas com fornecedores R$ 100.000,00
Despesas financeiras R$ 15.000,00
Despesas operacionais R$ 20.000,00
Impostos (IRPJ e CSLL) R$ 4.000,00
Depreciação R$ 3.000,00
Amortização R$ 2.000,00
Lucro Líquido R$ 6.000,00
a) R$ 12.000,00.
b) R$ 24.000,00.
c) R$ 30.000,00.
d) R$ 45.000,00.
67. Um fundo de investimento possui seu patrimônio aplicado com a seguinte distribuição:
330
SIMULADO 03
68. José é titular de uma opção de venda de ações da empresa XPTO. Desta forma, ele somente exerce-
rá seu direito, caso:
a) O valor da ação estiver acima do preço de exercício mais o prêmio pago
b) O valor da ação estiver acima do preço de exercício.
c) O valor da ação estiver abaixo do preço de exercício.
d) Ele sempre exercerá seu direito.
69. Um fundo de investimento para o varejo compra CDBs da instituição financeira que também é o
administrador desse fundo. Essa instituição financeira, que é autorizada a funcionar pelo Banco
Central do Brasil, passa por problemas de solvência e acaba sendo liquidada. O percentual máximo
do patrimônio líquido que esse fundo perderá aplicar em um CDB de emissão da instituição que o
administra será de:
a) 10%.
b) 20%.
c) 50%.
d) 100%.
331
CEA
GABARITO
1. C 2. B 3. C 4. B 5. D 6. C 7. B 8. D 9. C 10. A 11.B 12. C 13. D 14. D 15. C 16. A 17. B 18. A 19. A
20. C 21. C 22. D 23. B 24. A 25. C 26. C 27. C 28. B 29. A 30. C 31. B 32. C 33. B 34. A 35. A 36. B 37. C
38. B 39. C 40. B 41. D 42. A 43. C 44. A 45. C 46. C 47. C 48. B 49. B 50. D 51. D 52. D 53. B 54. C
55. B 56. A 57. C 58. D 59. C 60. C 61. B 62. B 63. B 64. D 65. D 66. C 67. D 68. C 69. B 70. C
332
SIMUL ADO 04
1. A Lei Complementar 179 definiu os objetivos do Banco Central do Brasil e dispôs sobre sua auto-
nomia e sobre a nomeação e a exoneração de seu Presidente e de seus Diretores. Como desdobra-
mento da referida Lei, o Banco Central do Brasil passou a ser _______________ e, semestralmente,
o presidente do Banco Central do Brasil deve apresentar no ____________________ o relatório de
inflação e o relatório de estabilidade financeira.
Completa corretamente e respectivamente as lacunas:
a) Autarquia vinculada ao Ministério da Economia e CMN.
b) Empresa estatal e CVM.
c) Autarquia de natureza especial e Ministério da Economia.
d) Autarquia de natureza especial e Senado Federal.
2. Em sua última reunião, o Conselho de Segurança das Nações Unidas – CSNU emitiu uma ordem de
bloqueio de bens para um cliente suspeito de financiamento do terrorismo. Tal cliente possui conta
em 4 bancos que tomaram as seguintes decisões como resposta ao comunicado do CSNU.
• Banco 1: Executou imediatamente a ordem e depois avisou o Ministério da Justiça, BCB e COAF.
• Banco 2: Executou imediatamente e depois avisou somente o COAF.
• Banco 3: Solicitou autorização do Ministério da Justiça para cumprir a ordem.
• Banco 4: Solicitou autorização do COAF para cumprir a ordem.
Qual (is) instituição (õe) agiram corretamente:
a) 1, apenas.
b) 1 e 2, apenas.
c) 1 e 3, apenas.
d) Todas.
333
CEA
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) I, II e III.
7. O diretor de uma grande empresa ao fechar um contrato de aquisição de sua concorrente liga para
seu corretor e pede que compre ações da empresa sabendo que ela se valorizará no dia seguinte
quando divulgará a informação da aquisição ao mercado. Ele será julgado por:
a) Insider Trader
b) Front Runner
c) Conflito de Interesse
d) Chinese Wall
334
SIMULADO 04
8. Uma marcenaria comprou um insumo para sua produção no valor de R$ 800,00, transformou esse
insumo e vendeu por R$ 2.000, da ótica do valor agregado. Quanto esta marcenaria acrescentou no
PIB do País?
a) R$ 800,00.
b) R$ 1.200,00.
c) R$ 2.000,00.
d) R$ 2.800,00.
10. Caso o governo necessite financiamento do seu déficit fiscal, ele poderá:
I – Vender Títulos Públicos.
II – Reduzir tarifas e barreiras para a importação.
III – Aumentar o depósito compulsório.
IV – Elevar impostos.
Está correto o que se afirma apenas em:
a) I, II e IV.
b) I e IV.
c) II e IV.
d) I e III.
11. Qual é o Valor Presente Líquido (VPL) do seguinte investimento, considerando um custo de
oportunidade de 10% a.a.:
• Investimento: R$ 1.000.000,00
• Caixa gerado no 1º ano: R$ 1.300.000,00
• Caixa gerado no 2º ano: R$ 500.000,00
• Caixa gerado no 3º ano: R$ 500.000,00
335
CEA
a) R$ 920.654,36
b) R$ 970.698,72
c) R$ 871.562,25
d) R$ 910.542,23
a) 38,52%
b) 41,04%
c) 28,52%
d) 44,10%
13. Uma empresa possui R$ 80.000,00 de capital de terceiros e R$ 27.000,00 de capital próprio.
Supondo que o custo do capital próprio é de 17% ao ano e o de capital de terceiros de 10,50% ao
ano, e que a empresa esteja enquadrada na alíquota de Imposto de Renda de 25%, o Custo Médio
Ponderado de Capital (WACC) ao ano desta empresa será de:
a) 9,72%.
b) 10,18%.
c) 12,14%.
d) 13,75%
14. Pedro deseja uma renda perpétua anual de R$ 150.000,00 a valores de hoje. Sabendo que ele tem
para investir R$ 10 milhões em fundos de investimentos e que a inflação brasileira esperada é de
4% ao ano, qual a rentabilidade anual que ele precisa ter para atingir seu objetivo?
a) 5,38%.
b) 5,50%.
c) 5,56%.
d) 6,00%.
336
SIMULADO 04
15. Uma debênture emitida por uma empresa brasileira tem as seguintes características: prazo de 10
anos, cupom de juros anual de 12% a.a e é vendido a R$1.197,93, tem um YTM de aproximadamente:
a) 4,00%.
b) 6,45%.
c) 7,58%.
d) 8,93%.
16. Júlio comprou um título por R$ 952,36 com o pagamento de um cupom anual de 5%. O título
vencerá em 2 anos. O current yield é de:
a) 10,50%
b) 5,25%
c) 5,00%
d) 10,00%
18. Pedro procurando diversificar seus investimentos tanto em ativos brasileiros quanto estrangeiros,
precisa alocar R$ 50.000,00 em títulos de curto prazo pois precisará dos recursos em menos de 1
ano. Considerando os seguintes ativos:
I – T-Bill.
II – Commercial Paper – CP
III – Letras Financeiras
Você, como especialista em investimento, poderia indicar:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.
337
CEA
19. Pedro possui valores investidos no Banco XPTO conforme tabela abaixo:
Ativos Valor
Caderneta de Poupança R$ 100 mil
Operações compromissadas lastreadas em debêntures
R$ 30 mil
emitidas por empresa ligada em março de 2016
Certificado de Recebíveis Imobiliários – CRI R$ 70 mil
Letras de Crédito do Agronegócio – LCA R$ 30 mil
Em caso de falência do banco, quanto Pedro irá receber do Fundo Garantidor de Crédito (FGC):
a) R$ 130 mil.
b) R$ 160 mil.
c) R$ 170 mil.
d) R$ 230 mil.
21. A B3 mantém um conjunto de índices de sustentabilidade, que além de servirem como instrumentos
atrativos para os investidores comprometidos com esta temática, ajudam a estimular companhias
a incorporarem questões ESG (Ambientais, Sociais e de Governança Corporativa, na sigla em inglês)
em suas estratégias de negócio. São índices de sustentabilidade, exceto:
a) ISE.
b) IGC.
c) IDIV.
d) ICO2.
22. Para as empresas estar no Índice de Governança Corporativo da B3 (IGC) precisa estar listadas
em:
a) Novo Mercado, Bovespa Mais e Tradicional.
b) Nível 2, Bovespa Mais e Tradicional.
c) Nível 1, Nível 2 e Novo Mercado.
d) Small Caps, S&P500 e Índice BOVESPA.
338
SIMULADO 04
23. A empresa XPTO faz um aporte de capital de 30%. A ação custa hoje R$ 2,50 e o valor da subscrição
é de R$ 2,40. Após o aporte, o valor da ação será aproximadamente:
a) R$ 2,40.
b) R$ 2,48.
c) R$ 2,50.
d) R$ 2,52.
24. Uma ação está cotada no mercado a R$ 18,00, um investidor estima um lucro por ação igual a
R$ 2,00 no atual exercício. Nesse caso, o P/L estimado indica que:
a) A taxa de retorno da ação será de 1,80% a.a.
b) O lucro deverá se elevar, anualmente em 11%.
c) O capital investido será recuperado em 9 anos.
d) Retorno esperado da ação será de 11,11% para um período de 9 anos.
a) Long Straddle.
b) Long Strangle.
c) Butterfly
d) Box de 4 pontos.
339
CEA
27. Pedro realizou uma operação cambial no qual teve um resultado lucro de R$ 45.000,00 no SWAP e
um lucro também de R$ 45.000,00 em um NDF (Non Deliverable Forward) no período de 200
dias. Desta forma, respectivamente, qual o IR que ele pagou em cada uma das operações?
a) R$ 6.750,00 e R$ 6.750,00.
b) R$ 9.000,00 e R$ 6.750,00.
c) R$ 9.000,00 e R$ 9.000,00.
d) R$ 10.125,00 e R$ 6.750,00.
30. De acordo com a Instrução CVM nº 555, em casos excepcionais de iliquidez dos ativos financeiros
componentes da carteira do fundo, inclusive em decorrência de pedidos de resgates incompatíveis
com a liquidez existente, ou que possam implicar alteração do tratamento tributário do fundo ou
do conjunto dos cotistas em prejuízos destes últimos, o administrador poderá declarar:
a) a falência do fundo.
b) a substituição do gestor.
c) a transformação de um fundo aberto para fechado.
d) o fechamento do fundo para realização de resgates.
340
SIMULADO 04
32. Um cliente está interessado em adquirir um fundo com o objetivo de retorno no longo prazo e
uma política em investimento em ativos de renda fixa que permita assumir riscos de taxas de juros,
índice preço e de moeda estrangeira. Nesse caso, seguindo a classificação Anbima, o especialista
em investimento deverá indicar um fundo de:
a) Renda Fixa.
b) Multimercado Juros e Moedas.
c) Renda Fixa Índice.
d) Multimercado Long&Short neutro.
33. Uma das principais diferenças entre os fundos de investimento fechado e os fundos de investimento
aberto é que:
a) O fundo fechado permite resgate das cotas apenas no encerramento do fundo.
b) O fundo aberto permite resgate das cotas apenas no encerramento do fundo.
c) Tanto o fundo aberto quanto o fundo fechado permitem resgate das cotas a qualquer momento,
desde que observado o prazo de carência, quando houver.
d) O fundo fechado é destinado exclusivamente a Investidores Qualificados.
35. Qual percentual máximo um Fundo de Renda Fixa de Dívida Externa deve possuir em títulos
representativos da dívida externa de responsabilidade da União:
a) 50%
b) 80%
c) 95%
d) 100%
341
CEA
37. Segundo a Instrução CVM nº 555, com exceção dos fundos destinados a investidores qualificados, a
cobrança de taxa de performance é vedada nos fundos classificados como:
a) Renda fixa curto prazo e Multimercado.
b) Renda fixa curto prazo e Renda fixa referenciado.
c) Renda fixa Simples e Renda fixa referenciado longo prazo.
d) Renda fixa simples, Renda fixa curto prazo e Ações.
38. Pedro aplicou em fundo de renda fixa não classificado como Longo Prazo. Ao fazer o resgate, Pedro
ficou nervoso, pois não consegue saber o montante que será creditado em sua conta. O seu gerente
lhe informa que, por se tratar de cota de fechamento, o valor do resgate será conhecido somente
amanhã. Nesse caso:
a) Houve falha do administrador, pois não poderia ter usado a metodologia da cota de fechamento
para um fundo não classificado como Longo Prazo.
b) Houve falha do gerente, pois mesmo com a adoção da cota de fechamento seria possível saber
o valor exato do resgate no mesmo dia do resgate.
c) Não houve falha do administrador, pois um fundo de renda fixa não classificado como Longo
Prazo deve, necessariamente, usar a cota de fechamento.
d) Não houve falha do gerente, pois a adoção da cota de fechamento necessariamente leva à
divulgação da cota apenas no dia seguinte.
39. O valor da cota de fundos de renda fixa é impactado pelos seguintes fatores:
I – O IR semestral (“come-cotas”).
II – O pagamento de juros de títulos de renda fixa.
III – Provisionamento das taxas de administração, Taxa de Performance e Outras Despesas.
IV – Alteração da metodologia adotada para a contabilização dos ativos.
Está correto o que se afirma apenas em:
342
SIMULADO 04
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) III e IV.
40. Carlos aplicou em um Fundo de Curto Prazo e resgatou após 380 dias. Qual a alíquota incidente de
IR incidente sobre os rendimentos:
a) 15%.
b) 17,5%.
c) 20%.
d) 22,5%.
41. O Código ANBIMA de Melhores Práticas para Administração de Recursos de Terceiros dispõe sobre
as obrigações dos seguintes agentes participantes da indústria de fundos de investimentos:
I – Investidor.
II – Gestor de Recursos.
III – Administrador Fiduciário.
IV – CVM.
Estão corretas as afirmações dos itens:
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e IV.
42. Um profissional liberal que contribui para o Regime Geral da Previdência Social possui direito aos
benefícios:
a) Auxílio Acidente; Auxílio Desemprego; e Aposentadoria pela Regra Geral.
b) Aposentadoria pela Regra Geral; Aposentadoria por Invalidez; e Auxílio Acidente.
c) Pensão por morte; Seguro de Vida; e Aposentadoria por Idade.
d) Auxílio Doença; Aposentadoria pela Regra Geral; e Aposentadoria por Invalidez.
43. Pedro possui uma renda bruta anual de R$ 204.000,00. Sua declaração de ajuste anual do imposto
de renda é feita pelo modelo completo e ele é um contribuinte do INSS. Ele decide efetuar
contribuições em um PGBL para usufruir do incentivo fiscal. Qual é o valor de postergação máxima
de IR que ele conseguirá obter em um ano?
a) R$ 56.109,00.
b) R$ 24.480,00.
c) R$ 9.504,00.
d) R$ 6.732,00.
343
CEA
44. Pedro possui uma renda bruta anual de R$ 204.000,00. Sua declaração de ajuste anual do imposto
de renda é feita pelo modelo completo e ele é um contribuinte do INSS. Ele decide efetuar
contribuições em um PGBL para usufruir do incentivo fiscal. Qual é o valor de postergação máxima
de IR que ele conseguirá obter em um ano?
a) R$ 56.109,00.
b) R$ 24.480,00.
c) R$ 9.504,00.
d) R$ 6.732,00.
45. Um cliente tem 58 anos e deseja contribuir para uma previdência que irá lhe render R$ 1.350,00
mensais quando se aposentar aos 65 anos. Também terá renda do INSS no valor de R$ 1.350,00
(também aos 65 anos). Atualmente ele declara o seu Imposto de Renda pelo modelo simplificado.
Nesse caso, você deveria indicar:
a) PGBL com regime tributário progressivo.
b) PGBL com regime tributário regressivo.
c) VGBL com regime tributário regressivo.
d) VGBL com regime tributário progressivo.
36. Pedro, 35 anos, executivo com uma renda alta, possui elevado conhecimento em mercado
financeiro e com isso, realiza contribuições no plano de previdência fechado da sua empresa, no
limite máximo para ter benefício fiscal, já que a mesma, permite isso. Ele pensa se aposentar aos 55
anos e aceita risco nas suas aplicações. Caso ele deseje realizar contribuições extras por 90 meses,
você, como consultor financeiro, recomendaria um:
a) PGBL Composto.
b) PGBL Renda fixa.
c) VGBL Composto.
d) VGBL Renda Fixa.
47. Durante 20 anos, Pedro contribuiu para um plano de previdência privada do tipo VGBL Regressivo.
Após esse período, o saldo acumulado do seu plano está em R$ 190.000,00, sendo que R$
138.700,00 de contribuições. Com isso, ele decide solicitar a conversão do seu plano em uma renda
vitalícia no valor de R$ 5.000,00 por mês. Diante destas informações, o valor líquido mensal que
Pedro irá receber será de:
a) R$ 4.500,00
b) R$ 4.797,50
c) R$ 4.865,00
d) R$ 5.000,00
344
SIMULADO 04
48. Pedro possui um plano de previdência do tipo PGBL com tributação progressiva há mais de 20 anos.
Conversando com seu gerente, ele decide fazer uma portabilidade, modificando a tributação para
regressiva e incluindo sua esposa Maria como beneficiária do plano. Passados 30 meses, Pedro
vem a falecer quando o seu plano PGBL estava com saldo de R$ 2.000.000,00. Desta forma, o valor
líquido que Maria irá receber será:
a) R$ 1.800.000,00.
b) R$ 1.700.000,00.
c) R$ 1.500.000,00.
d) R$ 1.400.000,00.
49. Em relação as contribuições em PGBL e VGBL, elas são declaradas no Imposto de Renda,
respectivamente, como:
a) Bens e direitos / Rendimento.
b) Pagamentos Efetuados / Bens e direitos.
c) Rendimentos / Bens e direitos.
d) Pagamentos Efetuados / Rendimentos.
50. Um cliente deseja fazer uma aplicação em previdência de R$ 100.000,00 em aporte único e pretende
mantê-lo por 10 anos. Ele consulta um consultor sobre os melhores planos do mercado em taxa
de carregamento na saída e taxa de administração financeira (TAF). Considerando um rendimento
bruto anual de 8%, qual dos planos abaixo, representa a melhor opção para investimento?
a) Plano A.
b) Plano B.
c) Plano C.
d) Plano D.
51. Pedro possui uma renda tributável de R$ 150.000,00 por ano e lhe diz que deseja fazer um uma
previdência para o filho ter uma renda mensal de R$ 1.000,00 para custear a faculdade daqui 5
anos. Sabendo que ele já contribuiu R$ 15.000,00 no ano em um PGBL em seu nome, qual das
seguintes alternativas é a mais recomendada?
a) VGBL tabela progressiva.
b) VGBL tabela regressiva.
c) PGBL tabela progressiva.
d) PGBL tabela regressiva.
345
CEA
52. Ricardo quer começar a contribuir para uma previdência complementar e transformar o benefício
em renda vitalícia em um plano com tábua atuarial BR-EMS. No período de diferimento do plano,
Ricardo deveria escolher um plano que cobre _________ taxa de administração, ________
rentabilidade do fundo e que tenha um ________ excedente financeiro.
Preencha as lacunas, respectivamente:
a) menor; maior; menor.
b) menor; maior; maior.
c) maior; menor; maior.
d) menor; menor; maior.
53. Numa distribuição normal, a probabilidade de que o valor observado da variável aleatória esteja
no intervalo compreendido entre (M – 1,96 x DP) e (M + 1,96 x DP), onde M = média e DP = desvio
padrão, é aproximadamente:
a) 50%
b) 68%
c) 95%
d) 99%
54. A perda do VaR (Value at Risk) da carteira de investimentos de um cliente, já superou em 8%. Qual o
procedimento correto que o gestor contratado deve tomar:
a) Solicitar novos aportes ao cliente, para se valer da estratégia de preço médio.
b) Acionar o stop loss.
c) Recalcular o back test da carteira de investimentos.
d) Utilizar derivativos para aumentar a posição direcional da carteira de investimentos.
56. Um título de renda fixa possui duration de 3,5. Caso o COPOM aumente a taxa de juros em 50 basis
points, o preço do título terá uma mudança de:
a) 1,75%.
b) – 1,75%.
c) 0,5%.
d) – 0,5%
346
SIMULADO 04
347
CEA
Dado que a taxa livre de risco é de 5%, o Índice de Sharpe dos fundos A, B e C são, respectivamente:
a) 1,30; 0,75; 1,17.
b) 1,17; 0,85; 1,20.
c) 13,00; 12,85; 5,83.
d) 12,85; 13,00; 5,83.
61. A teoria da precificação do APT (Arbitrage Pricing Theory) difere do modelo CAPM (Capital Asset
Pricing Model), porque a APT:
a) Enfatiza mais o risco de mercado.
b) Minimiza a importância da diversificação.
c) Reconhece múltiplos fatores de risco não sistemático.
d) Reconhece múltiplos fatores de risco sistemático.
63. Um investidor deseja realizar uma diversificação na sua carteira de investimentos e busca um
profissional do mercado financeiro. Diante disso, o profissional identifica que este cliente está
comprado em índice futuro de ibovespa e tem aplicações em um fundo multimercado estratégia
livre. Com estas informações, o profissional deveria recomendar uma compra de:
a) LFT.
b) Fundo de Investimentos em Ações (FIA).
c) Opção de Compra de Índice Bovespa.
d) Índice Futuro de Dólar.
348
SIMULADO 04
66. Seis meses atrás, você ligou para seu cliente lhe informando que o fundo de ações no qual ele
investe subiu 15% no período e percebeu que ele ficou indiferente com a informação. No entanto,
após esse período, este mesmo fundo de ações apresentou 15% de prejuízo. Quando você telefonou
para o cliente para lhe informar o resultado deste trimestre, o cliente ficou extremamente triste e
decepcionado. Desta forma, as finanças comportamentais definem esse tipo de comportamento
como:
a) Movimento de Manada.
b) Disponibilidade.
c) Teoria da Perspectiva.
d) Desconto Hiperbólico.
67. Pedro possui muita confiança na sua habilidade em escolher as suas próprias ações. Por isso, ele
decide fazer os investimentos sozinho, sem a ajuda de outros especialistas, pois acredita que desta
forma, conseguirá ter o retorno desejado, superando o benchmark das ações. Assim sendo, as
finanças comportamentais definem este comportamento como sendo o viés:
a) Ancoragem.
b) Disponibilidade.
c) Ilusão de Controle.
d) Efeito Manada
349
CEA
69. Em um processo de API qual dos fatores abaixo não é levado em consideração:
a) Cenário macroeconômico
b) experiência em investimentos
c) Situação financeira
d) Objetivo de investimento
70. Um investidor deseja auferir renda anual perpétua de R$ 50.400 a partir exclusivamente de uma
carteira de investimentos, avaliada em R$ 2.000.000. Se ele tem a opção aplicar em ativos livres de
risco, com rentabilidade esperada de 1% ao ano, e ativos com risco, que embutem prêmio de risco
de 2%, dentre as opções abaixo, a carteira mais adequada a esse investidor, para atingir o objetivo
de rentabilidade seria composta por:
a) 25% com risco e 75% livre de risco.
b) 50% com risco e 50% livre de risco.
c) 60% com risco e 40% livre de risco.
d) 75% com risco e 25% livre de risco.
GABARITO
1. D 2. A 3. A 4. C 5. D 6. C 7. A 8. B 9. D 10. B 11. B 12. B 13. B 14. C 15. D 16. B 17. A 18. B
19. B 20. B 21. C 22. C 23. B 24. C 25. B 26. C 27. B 28. A 29. D 30. D 31. B 32. B 33. A 34. A
35. D 36. C 37. B 38. D 39. D 40. C 41. B 42. D 43. D 44. D 45. D 46. C 47. C 48. C 49. B 50. D
51. C 52. B 53. C 54. B 55. C 56. B 57. C 58. C 59. A 60. A 61. D 62. C 63. A 64. D 65. D 66. C
67. C 68. C 69. A 70. D
350