Manual Tco PMMT
Manual Tco PMMT
Manual Tco PMMT
2021
O TCO NA PMMT
Um dos aspectos que fora suscitado desde o princípio pela regência da nova norma, foi a
possibilidade de a expressão “autoridade policial” abranger todo agente que na função
policial tomar conhecimento da ocorrência, o qual ficará responsável pela lavratura do
TCO.
ADI 2862/2003 – ajuizada pelo Partido da República contra o Prov. nº 758/01 (TJ/SP).
Não foi conhecida… “não se trata de ato de Polícia Judiciária, mas ato típico da chamada
polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, de que trata o art. 144, § 5º da CF/88
[…] são atos típicos da competência própria da PM.
ADI 3724 de 2006 – CONAMP contra a LC nº 114 de Mato Grosso do Sul que dá
“exclusividade” das funções de polícia judiciária à Polícia Civil – em 2014 O PGR emitiu
parecer pela procedência – conclusa ao relator Ministro Nunes Marques ADI 3954/2007
– Associação dos Delegados de Polícia do Brasil – questionando o art. 68 da LC 339/2006
que Dispõe sobre a divisão e organização judiciárias de Santa Catarina bem como, por
arrastamento, o Prov. 04/99 (do TJSC). Ação não conhecida, respaldando-se, inclusive,
no julgamento da ADI 2862 (que tratou dos provimentos nº 758/2001 e nº 806/2003 do
Conselho Superior da Magistratura do TJ/SP e inúmeras resoluções da Secretaria de
Segurança Pública).
ADI 5637 DE 2016 - associação dos delegados de polícia do Brasil contra o art. 191 da
Lei 22.257/2016 do Estado de Minas Gerais, que autoriza a lavratura de tco por todos os
integrantes dos órgãos a que se referem os incs. IV E V do caput do art. 144 da CF/88.
Conclusa ao relator – o parecer da PGR é pela improcedência.
Fonte: FENEME
MÓDULO I
A Constituição Federal de 1988 trouxe uma nova leitura no que se refere às infrações de
menor potencial. Em seu art. 98 previu que os entes federados (União, Distrito Federal,
Territórios e os Estados) teriam de criar seus juizados especiais competentes para
conciliar, julgar e executar causas cíveis de menor complexidade e infrações de menor
potencial ofensivo.
Nesse cenário, a Lei 9.099, de 26 de setembro de 1995 atribuiu aos Juizados Especiais a
competência para apreciar matérias relacionadas ao direito penal. Mais precisamente o
art. 60 dispôs que o Juizado Especial Criminal, promovido por juízes togados e leigos,
têm a competência para a conciliação, julgamento e execução de infrações penais de
menor potencial ofensivo.
Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, informalidade,
economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela
vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade. (BRASIL, 1995).
1.1.1 Oralidade
Não significa dizer que todos os atos do processo serão produzidos oralmente, mas sim
que a predominância se dará desta forma, alcançando assim a agilidade pretendida pela
lei. Tal princípio se comunica diretamente com diversos outros, como o da identidade
física do juiz, o princípio da concentração, do imediatismo e da irrecorribilidade.
1.1.2 Simplicidade
Consiste em admitir eventuais supressões de atos que não gerem prejuízo às partes
envolvidas, concentrando os esforços naquilo que for essencial à prestação jurisdicional.
1.1.3 Informalidade
Por este princípio, que em nada se assemelha a ilegalidade e nem minimiza a importância
da ação do Poder Judiciário, os atos processuais não carecem de um formato pré-
estabelecido, “engessado”, o que possibilita às partes uma adequada discussão sobre a
lide, e consequente facilidade na decisão da demanda.
1.1.5 Celeridade
Essa hipótese exige uma discussão mais ampla, devido à previsão existente no artigo 94
da Lei 10.741/03 (Estatuto do Idoso), assim transcrito:
Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse 4 (quatro)
anos, aplica-se o procedimento previsto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, e, subsidiariamente,
no que couber, as disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal. (BRASIL, 2003).
Concluindo, o TCO será lavrado nas infrações penais praticadas contra idosos apenas
quando a pena máxima não ultrapassar os 2 anos.
Existe nas hipóteses que em virtude da função exercida pelo agente exista uma
prerrogativa de julgamento distinta do habitual, como no caso de Presidente da República,
governadores, deputados, senadores, magistrados, membros do Ministério Público, dentre
outros.
Nesses casos, o Policial Militar deverá se valer do mandamento do POP 304 (Ocorrência
envolvendo Autoridades), onde deverá ser lavrado BO/PM, juntamente com um relatório
circunstanciado, conforme descrito no item 12 da Sequência de Ações, e encaminhado ao
seu superior imediato para providências.
Vale ressaltar que essas autoridades possuem foro por prerrogativa de função, cabendo
ao órgão competente, em cada caso, adotar as providências cabíveis.
É válido ressaltar que a lavratura de TCO no caso de crimes eleitorais prescinde de ajuste
a ser acordado junto à Justiça Eleitoral, que dependerá ainda do entendimento dos juízes
eleitorais quanto à recepção de tais termos.
“Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher,
independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099, de 26 de setembro de
1995”. O referido artigo foi levado à apreciação do STF por meio do julgamento de um
habeas corpus em 2011, sendo pacificado o entendimento de que a Lei 9.099/95 não
incide sobre a Lei 11.340/06.
O artigo 90-A da Lei 9.099/95 estabelece que: “Art. 90-A. As disposições desta Lei não
se aplicam no âmbito da Justiça Militar”. Embora haja clareza evidente no artigo citado,
existem divergências doutrinárias e jurisprudenciais sobre o tema, tendo o próprio STF
reconhecido a possibilidade de aplicação da Lei 9.099/95 apenas aos civis que estejam
sendo processados por crime militar.
Enquanto não pacificado o tema, não se aplica a referida norma (Lei 9.099/95) aos
militares, sendo impossível a lavratura do TCO.
No que diz respeito aos atos infracionais cometidos por adolescentes e que se sujeitem à
Lei 9.099/95, a Lei 8.069, de 13 de julho de 1990 - Dispõe sobre o Estatuto da Criança e
do Adolescente e dá outras providências - traz a previsão de confecção de um termo
semelhante ao TCO, denominado de Boletim de Ocorrência Circunstanciado – BOC, que
só é lavrado nos casos de flagrante de ato infracional, nos termos do Art. 173, parágrafo
único, em substituição ao auto de apreensão em flagrante, desde que tenha sido cometido
sem emprego de violência ou grave ameaça a pessoa.
Dessa maneira, quando o Policial Militar se deparar com uma situação em que houve o
cometimento de uma infração penal em conjunto com uma infração de menor potencial
ofensivo, orienta-se os policiais militares a deslocarem com todos os envolvidos para a
Delegacia de Polícia competente.
Nos casos de lavratura de TCO de crimes federais, prescinde de ajuste a ser acordado
junto à Justiça Federal para a recepção dos termos bem como a definição de agenda.
Pertinente ao TCO necessário se faz contextualizar a distinção das espécies das ações
penais para compreensão da legitimidade de propositura da ação e consequentemente os
procedimentos a serem adotados na prática durante o atendimento de ocorrência. A Ação
Penal doutrinariamente divide-se em:
d) privada personalíssima
Somente a vítima tem legitimidade para propô-la. Exemplo: crime de induzimento a erro
essencial e ocultação de impedimento ao casamento (Artigo 236 do Código Penal, com
pena prevista de detenção de seis meses a dois anos).
Na hipótese suscitada, é lavrado o TCO pela Polícia Militar, com a ressalva de que apenas
a vítima pode requerer a lavratura, vez que nesse caso a legitimidade para propositura é
um direito indisponível.
Concurso de crimes é o nome que se dá quando a mesma pessoa pratica mais de um crime,
seja com uma só ou com várias ações/omissões.
O nosso Código Penal estabelece 03 (três) formas de concurso de crimes, mas falaremos
somente sobre os concursos material e formal:
Esclarecido o que é concurso e quais são as suas hipóteses, passamos agora a transcrever
os conceitos legais das modalidades que serão abordadas.
Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-
se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso,
de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa
e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
O resultado dessa pena pode inviabilizar a lavratura do BO-TC tendo em vista que pode
ultrapassar os 02 (dois) anos de pena (O TCO deverá ser lavrado para os crimes cuja pena
máxima não ultrapasse os 02 anos) e, nesse caso, o autor deverá ser conduzido à Delegacia
de Polícia para abertura de Inquérito policial.
MÓDULO II
2 DOCUMENTOS OPERACIONAIS E ASPECTOS REFERENTES A SUA
CONFECÇÃO
É o meio pelo qual a vítima registra o seu interesse em representar ou não contra o autor.
Nos crimes de ação penal privada ou pública condicionada à representação, esse termo é
indispensável. Contudo, a manifestação da parte deve ocorrer mesmo quando recusar o
prosseguimento da ação penal, vez que assim fazendo, os policiais que atenderam a
ocorrência estarão se salvaguardando de qualquer questionamento posterior quanto à
omissão. Nesse caso, havendo recusa de assinatura por razões diversas (como
embriaguez), poderá ser suprida por testemunha ou vídeo anexado ao TCO.
2.3.1 Infrações penais de ação penal privada ou condicionada, sendo a vítima menor
de 18 anos.
Sendo a vítima, ao tempo da prática infração penal, menor de 18 anos de idade, o exercício
do direito de representação ou a manifestação do interesse de queixa caberá ao
responsável legal. Nestas ocorrências, o policial militar atendente deverá colher no Termo
de Manifestação da vítima a assinatura do responsável legal pela vítima (pais, tutor ou
curador), notificando-o de que deve acompanhar o menor nas audiências judiciais.
(a) Registrar o número do Termo Circunstanciado ao qual está atrelado este documento;
(b) Colher a manifestação de vontade da vítima no sentido de que seja dado
prosseguimento aos atos processuais ou policiais aplicáveis ao caso;
(c) Identificar o titular da representação;
(d) Colher assinatura da(s) vítima(s);
(e) A manifestação da vítima sobre interesse na representação ou queixa, somente
constará dos documentos produzidos em caso de crime de ação penal pública
condicionada e ação penal privada, respectivamente, não sendo cabível quando o crime
for de ação penal pública incondicionada.
Dentre os formulários citados, este talvez seja o de maior relevância, tendo em vista ser
através dele que a ocorrência é sanada no local, resultando, dentre outras questões, na já
discutida celeridade.
O termo atende o estabelecido pela Lei 9.099/95 no parágrafo único do artigo 69,
afirmando que ao autor do fato que for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir
o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá
fiança.
Cumpre destacar que, identificado como autor de infração penal, a situação preliminar do
autor é a de preso, assim devendo ser considerado pelo policial. Portanto, deve ser
devidamente identificado e revistado, ficando sob custódia do policial, cabível inclusive
o uso de algemas, se necessário, para segurança das partes ou manutenção da custódia.
Assentindo em comparecer ao juizado, mediante assinatura do Termo de Compromisso
de Comparecimento, não será lavrado o Boletim de Ocorrência na modalidade de Prisão
em Flagrante, desconstituindo-se a prisão e sendo liberado o autor após a finalização do
BO-TC. Caso contrário, não concordando, será conduzido diante do Delegado de Polícia
para a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante. Havendo mais de um autor, conduz todos
a delegacia mesmo que um ou mais assuma o compromisso de comparecimento.
Ressalta-se que o autor(es) de lesões corporais culposas decorrentes de acidentes de
trânsito, que não se omitiram na prestação de socorro e negam a assinar o Termo de
Compromisso do Autor, não se imporá a condução em flagrante delito à Delegacia de
Polícia, observando-se o que determina o art. 301 da Lei nº 9.503/97 (Código de Trânsito
Brasileiro). De igual forma, na conduta previsto do art. 28 da lei de drogas, caberá a
mesma situação que tratada no parágrafo anterior, conforme disposto no art. 48 da lei
11.343 de 23 de agosto de 2006 (Lei de Drogas). Portanto, nestes casos mencionados
acima, quando da negativa do compromisso, o autor será notificado da audiência na
presença de duas testemunhas que assinarão o termo de compromisso, confirmando a
ciência do autor da sua notificação pelo policial atendente da ocorrência.
A prova pericial é aquela que se realiza com a intervenção dos peritos, através de exames
e avaliações, isto é, a função estatal que fornece dados instrutórios de ordem técnica. São
os peritos que procedendo aos exames com o auxílio da ciência e da arte, transmitem,
através dos laudos periciais, os resultados à Justiça.
A principal prova pericial é o exame de corpo delito, pois é o conjunto de elementos que
materializam o crime, podendo ser direto (quando a ação criminosa deixa vestígios) ou
indireto (quando não os deixa e deve ser suprida por outra prova, normalmente a
testemunhal).
No caso de lesões corporais, o laudo pericial deverá definir o tipo de lesão, o instrumento
que a produziu e o tempo em que a vítima ficará incapacitado para as suas ocupações
habituais. Para efeitos da Lei 9.099/95, na falta do Exame de Corpo de Delito, este
pode ser suprido pelo boletim de atendimento médico ou mesmo o prontuário de
atendimento hospitalar.
Referente ao instrumento que produziu a lesão, esse deve ser apreendido e encaminhado
até a OPM para que sirva como elemento da materialidade do crime. Ressalvando-se os
casos decorrentes de acidente de trânsito, quando os veículos somente serão
apreendidos criminalmente estando manifesta a necessidade de perícia, diante de
contradições ou de alegações dos condutores da ocorrência de falhas mecânicas no
veículo que deu causa ao acidente. Não obstante, ressalta-se que eventuais retenções
administrativas dos veículos devem ocorrer, havendo motivo determinante nos termos do
Código de Trânsito Brasileiro.
De acordo com o Art. 158 do CPP, nos crimes em que restam vestígios deve ser realizada
a perícia, mas a lei admite que, em desaparecendo os vestígios supra-se a falta da prova
técnica (material) pela testemunhal (Art. 167 do CPP).
● FATO:
(a) Descrição do Fato: Apontar o tipo penal da situação responsável pela presença da
Polícia Militar no local.
(b) Enquadramento Legal: registrar o dispositivo legal (artigo e lei) em que está sendo
enquadrada a conduta apontada na descrição do fato.
(c) CEP: Anotar o CEP relativo ao endereço do local do fato.
● ENVOLVIDOS:
(1) Envolvido: assinalar a qualidade da participação (testemunha, vítima ou autor do
fato).
(2) Nome: Informar o nome do autor do delito, da vítima, da testemunha. Pode ser
anotado nome de Pessoa Jurídica como autora de infrações ambientais ou como vítima de
infrações em geral.
(3) Nome social/apelido: anotar o nome que a pessoa deseja ser chamada ou alcunha.
(4) Data de Nascimento: informar a data de nascimento do envolvido.
(5) RG/CNH: Anotar o número da Carteira de identificação ou Carteira Nacional de
Habilitação do envolvido, indicar o órgão expedidor do documento e a data de expedição.
(6) CPF: Anotar o número do CPF do envolvido
(7) Filiação: Informar nome de Pai e Mãe do envolvido.
(8) Sexo: Assinalar o sexo do envolvido.
(9) Naturalidade: indicar o nome do município e Estado da União de onde é natural o
envolvido.
(10) Estado Civil: assinalar o Estado Civil do envolvido.
(11) Endereço (Tipo de Logradouro): Indicar o endereço residencial do envolvido,
apontando o número.
(12) Bairro: Indicar o bairro do endereço do envolvido.
(13) Município: Indicar o município do envolvido.
(14) UF: Sigla da Unidade da Federação.
(15) CEP: Anotar o CEP relativo ao endereço informado.
(16) Ponto de Referência: Indicar um ponto de referência que seja significativo junto ao
logradouro ou comunidade.
(17) Profissão: Informar a profissão do envolvido.
(18) Local de trabalho: informar o nome do empregador (empresa, etc.).
(19) Endereço Trabalho: informar o logradouro, o nº e demais campos relacionados ao
endereço profissional.
(20) Ponto de Referência: Indicar um ponto de referência do local de trabalho.
(21) Telefones: Indicar os números de telefone para contato (residencial, do local de
trabalho ou de recados ou celular).
(22) E-mail: indicar um e-mail atualizado do envolvido.
(23) Condições físicas: Apontar a existência de lesões corporais ou sem lesão aparente.
Sempre que houver lesões, indicar o local delas, exemplo: corte de aproximadamente 10
cm na parte da frente da coxa direita, etc. se possível também descrever outros sinais e
sintomas (equimose, hematoma, etc.).
● HISTÓRICO:
O Relatório lavrado pelo policial militar que atender a ocorrência, em que deverão ser
observados os seguintes princípios:
(1) Ser claro e completo o suficiente para oportunizar ao Ministério Público subsídios
para oferecimento ou não da transação penal, além de permitir a elaboração da denúncia;
(2) Fornecer ao Ministério Público e ao magistrado os elementos para instrução do feito
e para sentença;
(3) Ser objetivo e descritivo, indicando todas as circunstâncias consideradas relevantes;
(4) Conter relato das partes envolvidas, mesmo sobre fatos não presenciados pelo policial,
que destacará serem tais informações produzidas pela parte, sob sua responsabilidade.
Não havendo tais declarações, deve o agente registrar que não houve declarações das
partes;
(5) As versões, de forma breve e clara, serão consignadas na seguinte ordem: Relato do
Policial, Vítima, Testemunhas, Autor do fato e conclusão do Policial;
(6) Pode conter, desde que assinaladas, como tais, opiniões e impressões do próprio
agente policial sobre o fato (indicação de que as partes demonstravam exaltação ou medo,
por exemplo, podem ser exploradas na audiência de instrução e julgamento, desde que tal
fato chegue ao conhecimento da autoridade judicial);
(7) Os policiais militares responsáveis pela lavratura do Termo Circunstanciado de
Ocorrência não devem constar como “envolvidos” na ocorrência;
(8) As testemunhas, quando da lavratura do BO-TC, não serão intimadas; a presença ou
não de outras testemunhas do fato deverá constar como observação neste campo, visando
evitar que, na fase judicial, ocorra o arrolamento de testemunhas não-presenciais do fato.
As testemunhas devem ser compromissadas e assinar logo após o término do parágrafo
destinado à sua versão dos fatos;
(9) Nos delitos formais ou de mera conduta (aqueles em que a ação do autor é a própria
consumação do delito, não exigindo resultado material, tais como, violação de domicílio,
porte entorpecentes, ameaça, calúnia, difamação, etc.), é necessário que o atendente, ao
relatar o fato, descreva, pormenorizadamente, a conduta praticada, inclusive referindo
gestos, palavras, sinais e ações realizadas, pois a essência do delito é a ação do autor;
(10) O relatório deve ser impessoal, completo e autônomo. É a primeira manifestação de
autoridade pública sobre o fato e assim deve ser valorizado por quem o elabora;
(11) O relatório será lavrado consignando-se a versão dos envolvidos do fato, uma em
cada parágrafo, seguida da assinatura do envolvido: Ex.: - A vítima, Beltrano, relata
que(...); - A testemunha, compromissada, Ciclano, informa que (...); - O autor, Fulano,
afirma que (...);
(12) Presume-se fidedignidade de todas as afirmações da autoridade que relata os fatos,
salvo quando antecipadamente ressalve que decorre de informação das partes;
(13) O relatório tem vital importância na apreciação do fato, eis que o procedimento é,
essencialmente, informal e oral. Muitas vezes, este será o único documento produzido na
instrução do feito. Deverá primar pelo conteúdo.
● PROVIDÊNCIAS ADOTADAS:
● DOCUMENTOS/ANEXOS:
Apreensões de Veículos:
Relacionar os dados de veículos envolvidos na ocorrência.
(a) Número: Anotar o número do objeto coletado ou apreendido quando este o apresentar.
(b) Tipo: Anotar o nome do tipo do objeto: carteira de identidade, CNH, etc.
(c) Descrição: Descrever o objeto coletado ou apreendido com suas características,
forma, conteúdo, peso, etc.
3.1) Da Gestão
As UPM’s deverão fazer o encaminhamento dos TCO’s para o Oficial Gestor, para os
encaminhamentos dentro da plataforma do Processo Judicial Eletrônico – PJe, do
Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso.
Em todas as OPM’s poderão ser designadas Praças para auxiliar o Oficial Gestor no
exercício de suas atividades, recebendo estas a denominação de Praça auxiliar do Oficial
Gestor.
O Comandante Regional poderá nomear um Oficial Gestor por Comarca desde que ele
tenha acesso ao sistema PJe.
3.2.3 Assuntos
3.2.6 Partes
Com relação às "PARTES", insira ao escolher o polo ativo a Polícia Militar do Estado de
Mato Grosso, selecionando “AUTORIDADE”; “Tipo de pessoa > Jurídica”; “Órgão
público>Sim”; no campo “nome” digite o objeto da pesquisa:
Escolha a opção com o CNPJ nº 24.672.842/0001-58.
No campo indiciamento é atribuída a lei que prevê o ilícito, bem como o seu artigo:
3.2.8 Características
Para adicionar à mídia dos autos é necessário que o operador do PJe salve algum texto de
descrição do documento antes de adicionar o arquivo no sistema.
Natureza:
Autor (a) do fato:
Vítima:
AUTUAÇÃO
Aos ________ dias do mês de ________ do ano de ______, nesta cidade de _________, Estado
de Mato Grosso, no Quartel do ___________(onde funciona o Quartel), autuo as peças que
adiante se seguem, do que para constar, lavrei este Termo. Eu, ______________(Grad/Nº Nome
completo), escrevente, que o lavrei e assino.
Nome – Posto/Grad PM
RG nº PMMT _____
Comandante de GUPM
Nº ______/UPM/ANO
1. DADOS GERAIS
NATUREZA DA OCORRÊNCIA:
TIPIFICAÇÃO LEGAL:
DATA DO FATO: DATA DO REGISTRO:
HORA DO FATO:
ENDEREÇO: CEP:
MUNICÍPIO: PONTO DE REFERÊNCIA:
COMUNICANTE:
2. ENVOLVIDOS
a) VÍTIMA
NOME:
NOME SOCIAL/APELIDO:
CPF:
RG/CNH Nº: ÓRGÃO EXPEDIDOR:
DATA DE EXPEDIÇÃO: UF:
FILIAÇÃO:
ENDEREÇO:
MUNICÍPIO: UF: CEP:
PONTO DE REFERÊNCIA:
TELEFONE (S) PESSOAL (IS):
E-MAIL PESSOAL:
ESTADO CIVIL:
NATURALIDADE: UF:
DATA NASCIMENTO: SEXO:
ATIVIDADE (PROFISSÃO):
LOCAL TRABALHO:
ENDEREÇO TRABALHO:
MUNICÍPIO: UF: CEP:
PONTO DE REFERÊNCIA:
TELEFONE (S) COMERCIAL:
CONDIÇÕES FÍSICAS: (descrever se há lesões aparentes/hematomas etc..- conforme manual do TCO)
b) TESTEMUNHA
NOME:
NOME SOCIAL/APELIDO:
c) AUTOR DO FATO
NOME:
NOME SOCIAL/APELIDO:
CPF:
RG/CNH: ÓRGÃO EXPEDIDOR:
DATA DE EXPEDIÇÃO: UF:
FILIAÇÃO:
ENDEREÇO:
MUNICÍPIO: UF: CEP:
PONTO DE REFERÊNCIA:
TELEFONE (S) PESSOAL (IS):
E-MAIL PESSOAL:
ESTADO CIVIL:
NATURALIDADE: UF:
DATA NASCIMENTO: SEXO:
ATIVIDADE (PROFISSÃO):
LOCAL TRABALHO:
ENDEREÇO TRABALHO:
MUNICÍPIO: UF: CEP:
PONTO DE REFERÊNCIA:
TELEFONE (S) COMERCIAL:
CONDIÇÕES FÍSICAS: (descrever se há lesões aparentes/hematomas etc..- conforme manual do TCO)
3. HISTÓRICO
RELATO DO POLICIAL
RELATO DA VÍTIMA
Assinatura da vítima
Nome da vítima
RELATO DA TESTEMUNHA
Assinatura da testemunha
Nome da testemunha
CONCLUSÃO DO POLICIAL
Diante das circunstâncias e de tudo o que foi relatado, resta acrescentar que o autor infringiu o
artigo n.º _______da Lei _____, de _______ – Lei/Código/Estatuto ___________, Nada mais
havendo a tratar, deu-se por findo o presente termo circunstanciado de ocorrência que vai
devidamente assinado por uma testemunha (se houver), pelo autor e por mim, condutor da
ocorrência, que o digitei.
E pelo fato do autor ter se comprometido a comparecer ao Juizado Especial Criminal da
Comarca de ______/MT, este foi liberado (sem/com lesões) corporais, após a assinatura do
termo de compromisso.
4. PROVIDÊNCIAS ADOTADAS
5. IDENTIFICAÇÃO DA GUARNIÇÃO
Posto/Graduação Nome RG PMMT
(COMPLETO)
ANEXOS
(Anexar, se houver, as imagens colhidas durante o fato que possam contribuir para elucidação dos fatos,
cópias dos documentos pessoais dos envolvidos, comprovante de endereço, auto de infrações, remoções etc.
Notifico Vossa Senhoria para que compareça no Fórum da Comarca de ______________, sito a
________________(rua,avenida) na Secretaria do Juizado Especial Criminal:
POLICIAL MILITAR
Notifico Vossa Senhoria para que compareça no Fórum da Comarca de ______________, sito a
________________(rua,avenida) na Secretaria do Juizado Especial Criminal:
Assinatura da vítima
Nome da vítima
Após ciência das implicações legais do encargo assumido, firmou-se o compromisso legal de proceder
à análise dos seguintes materiais:
______ (porção/ões) de substância vegetal, cor, odor típico, semelhante ao entorpecente conhecido
como _____________________________;
______ (porção/ões) de substância vegetal, cor, odor típico, semelhante ao entorpecente conhecido
como _____________________________;
O presente relatório tem por objetivo avaliar se a(s) substância(s) em questão se trata(m) de
entorpecente(s), psicotrópica(s), precursora(s) ou outras sob controle especial da Portaria 344/1998
SVS/MS.
Para verificação do exposto acima, foi realizada inspeção visual e olfativa do material.
Vila Rica/MT, ________________________ (data) de 2021.
TESTEMUNHA
NOME: ASSINATURA:
POLICIAL MILITAR
TERMO DE APREENSÃO
FILIAÇÃO PAI:
FILIAÇÃO MÃE:
NATURALIDADE: RG: CPF/CNPJ:
ENDEREÇO: BAIRRO:
MUNICÍPIO: UF: CEP.: TELEFONE:
FICA APREENDIDO O ABAIXO DESCRITO:
O presente Termo de Apreensão foi lavrado com base no art. 6º, II, DO CPP, E art. 92 da Lei 9.099/1995.
OBS: Se for realizar apreensão prevista na lei de crimes ambientais favor substituir logo acima a
previsão legal “O presente Termo de Apreensão foi lavrado com base no art. 25, caput da lei 9.605/98,
c/c Artigo 101, I do Decreto nº 6514/08.”
POLICIAL MILITAR
TERMO DE DEPÓSITO
Nomeio como fiel depositário, ficando ciente de que não poderá vender, usufruir, emprestar os
bens mencionados, conforme os artigos 647 e 648 do CC.
NOME OU RAZÃO SOCIAL:
CPF/CNPJ:
FILIAÇÃO PAI:
FILIAÇÃO MÃE:
ENDEREÇO: BAIRRO:
MUNICÍPIO: UF: CEP: TELEFONE:
LOCAL DO DEPÓSITO: DATA: HORA:
DESCRIÇÃO DO BEM:
TESTEMUNHA
NOME: ASSINATURA:
POLICIAL MILITAR
Requisito a POLITEC - Perícia Oficial e Identificação Técnica, nos termos dos artigos
158 e seguintes do Código de Processo Penal e artigo 69 Caput da Lei n.º 9.099/1995, a
realização de exame de corpo de delito no (a) Sr. (a) ___________________________, -
vítima/autor do fato – qualificado no Termo Circunstanciado de Ocorrência nº
______/UPM/ANO, de natureza ______________, ocorrido na data
_________________ , respondendo para tal os seguintes quesitos:
Para tanto, solicito que Vossa Senhoria responda aos quesitos oficiais, conforme abaixo:
Requisito a POLITEC - Perícia Oficial e Identificação Técnica, nos termos dos artigos
159 e seguintes do Código de Processo Penal combinado com o Artigo 69, Caput da Lei
9.099/95, combinado com Artigo 48, § 2º e Artigo 50, § 1º da Lei 11343/06, solicito a
realização de exame químico na substância análoga a entorpecente apensada, encontrada
em posse do (a) Sr. (a) ___________________________, - autor do fato – qualificado no
Termo Circunstanciado de Ocorrência nº ______/UPM/ANO, de natureza Porte Ilegal de
Drogas, ocorrido na data _________________ .
Para tanto, solicito a Vossa senhoria, que seja confeccionado o respectivo Laudo
definitivo, devendo os peritos responderem aos quesitos oficiais, conforme abaixo:
Nome – Posto/Grad PM
RG nº PMMT _____
Comandante de GUPM
Com a finalidade de facilitar a consulta e o entendimento, segue abaixo uma relação das
principais infrações penais de menor potencial ofensivo, separadas conforme a legislação
pertinente:
Requisição
ou Obs: Pericial
Termo de compromisso de comparecimento
Crime de Ação do autor do fato
Penal Pública
Anexar
Condicionada ou
Ação Privada Termo de manifestação da vítima
Fotos/Vídeos
Deixar sob
Entregar uma via do responsabilidade
Entregar uma via do termo de Encaminhar a via
termo de compromisso de original e guardar da Guarda do
manifestação e comparecimento, em local próprio os Quartel
requisição pericial requisição pericial e materiais
se houver apreensão se apreendidos
houver