Clonagem de Dna (3760)
Clonagem de Dna (3760)
Clonagem de Dna (3760)
No entanto, muitas outras enzimas classificadas como tipo II podem ser multiméricas e apresentar outros tipos de
corte (ex: a curta distância da sequência reconhecida).
*Ex de enzima tipo II muito comum: EcoRI -> corta ligações fosfodiéster em sítios de reconhecimento
COSTURA -> DNA ligase - faz ligações covalentes, a mais conhecida é a T4 DNA ligase
E. coli contém a enzima EcoRI -> produz a enzima EcoRI metilase -> metila adeninas que seriam reconhecidas pela
EcoRI (enzima sensível à metilação)
que catalisa a transferência de um grupo metilo sobre adeninas da sequência reconhecida pela respetiva enzima de
restrição, assegurando a sua proteção.
Tipos de corte:
Extremidades co-adesivas já cortadas por enzimas de DNAs diferentes são ligadas por complementaridade e as
cadeias fosfodiéster vão ser reconstruídas pela DNA ligase
Vetores:
Vetores Shuttle
o Multiplicam-se em dois ou mais tipos de células
o Tem mais do que uma origem de replicação
Os plasmídeos têm uma zona chamada de Poly Linker ou Multiple Cloning Site (MCS) => região reconhecida por
várias enzimas onde pode ser inserido um fragmento de DNA
o MCS -> o DNA exógeno pode ser inserido sem perturbar a capacidade de
replicação do plasmídeo ou a expressão do gene ampr
o ORI: origem de replicação
o Ampr: genes que permitem seleção, conferindo resistência -> resistente a
ampicilina, contem a enzima β-lactamase que inativa a ampicilina
o pBR322
Permite a seleção azul e branca das células que contêm o insert
o pUCI9
Quando a replicação do DNA se inicia na origem (ORI), continua nas duas direções em volta da molécula de DNA
circular até os garfos de replicação se fundirem e formarem duas moléculas. A região de origem é uma sequência
especifica necessária para a replicação da molécula de DNA circular inteira
A enzima de restrição é utilizada para cortar o plasmídeo e para gerar o fragmento com
extremidades coesivas complementares, assim, faz com que o DNA genómico seja inserido na
região do polylinker.
Ou seja:
MCS -> no plasmídeo vai ser cortado por alguma enzima de restrição (EcoRI) -> pela ação da DNA
ligase vai se ligar ao DNA genómico que foi previamente tratado com EcoRI (inserido no MCS) ->
Forma plasmídeo recombinante
5 passos de clonagem:
Processo:
NaOH (desnatura DNA) + SDS (lise) Acetato de potássio Sobrenadante com plasmídeos
Detergente Precipita SDS irreversivelmente Extrai-se com: F: C: A
aniónico (-),
remove Neutraliza NaOH - Fenol- clorofórmio
membrana
Precipita proteinas - Cromatografia de baixa
F: fenol é básico (pH 8), tem de ser saturado com Tris HCL até chegar no pH certo. pH 5 (baixo) do fenol é utilizado para extrair RNA
C: clorofórmio precisa ser utilizado pelo menos 2x para ficar bem limpo, é muito volátil
GENES DE SELEÇÃO
Para identificação de bactérias (colónias) transformadas com plasmídeos, normalmente utiliza-se antibióticos
(inibem ribossomas e a tradução em geral).
Operão Lac
o Tem um promotor e 3 genes. Um destes genes é para a β-galactosidase
o O gene do operão Lac não vai funcionar quando estiver na presença do repressor, este impede
que a RNA polimerase se ligue -> não ocorre a expressão génica
Quando se adiciona a lactose no meio esta liga-se ao repressor e este vai embora
O plasmídeo deve ter um gene de resistência a outro antibiótico de maneira que possamos ter um antibiótico para
selecionar as células
As subunidades da enzima β-galactosidase (e o respetivo gene) podem ser divididos em dois polipéptidos: LacZα e
LacZΩ (individualmente não funcionais), que se ligam espontaneamente originando numa enzima funcional.
A bactéria produz o polipéptido da enzima, o LacZΩ, e o plasmídeo traz o LacZα, originando β-galactosidase.
Quando esta enzima é funcional e plasmídeo é transcrito na célula de interesse e expressado com IPTG, o LacZα
transcrito irá formar uma enzima funcional com o LacZΩ, e na presença de X-Gal a enzima β-galactosidase vai clivar
o X-Gal, formando colónias azuis
*IPTG
É possível adicionar o insert no MCS do gene LacZα. Após a expressão com IPTG não haverá produção de LacZα,
apenas a produção de LacZΩ, ficando assim com uma enzima não funcional, que não vai clivar o X-Gal, dando
origem a colónias brancas com insert funcional.
É necessário adicionar IPTG para bloquear o repressor e permitir a síntese da β-galactosidase que irá cortar o X-gal.
*X-Gal
Clonagem + : células brancas, insert (DNA de clonagem) impede a transcrição dos genes no operão Lac não há
formação da β-galactosidase
OBS: Às vezes, mesmo estando branca a cultura de bactérias podemos não ter a certeza que o insert que queremos
está lá (pode ser outro insert). Para saber que é o insert correto é preciso sequenciar
NOTA:
o O Mg2+ é necessário para fazer PCR porque é um cofator das polimerase e DNAses
o O EDTA protege o DNA para retirar o Mg2+ da solução que deixa de ser o cofator de DNAses
Clonagem Direcional: importante quando se trata de uma sequência que se pretende expressar. Tem de ser
inserida na direção correta.
A sequência CACC necessita ser adicionada no início (5´) do primer foward de forma a garantir que a clonagem
direcional ocorra na direção pretendida do produto PCR. Ou seja, para se utilizar este vetor, é necessário adicionar o
primer da esquerda (foward) à sequência CACC na extremidade 5´ que irá ser complementar à sequência GTGG (co-
adesiva - usa Topoisomerase I) do plasmídeo
Primer foward -> Vai conter a seq CACC -> CACC complementar a GTGG no plasmídeo
Extra na seq do
produto de PCR que
vamos inserir
Placa - : os fagos multiplicam-se e lisam as células das bactérias. A placa fica com buracos cheios de fagos (onde era
suposto ter bactérias) -> ciclo lítico
O fago λ no genoma bacteriano insere-se sempre no mesmo sítio: entre os genes gal e bio e liga-se sempre na
região att. O fago insere-se no genoma de E.coli por recombinação entre a região att do fago e da bactéria. As
sequências att podem ser inseridas no plasmídeo criando regiões para
BIBLIOTECAS DE EXPRESSÃO
Preparação:
Síntese de cDNA
Método 1
cDNA sintetizado (por transcriptase reversa) Looping (síntese complementar do cDNA - incubado com DNA
polimerase para sintetizar a segunda cadeia) cDNA de cadeia dupla (S1 nuclease corta o looping)
Método 2
cDNA é sintetizado (enzima transcriptase reversa liga ao primer oligo dT e sintetiza cDNA, adiciona dNTPs) RNAse
H degrada o mRNA RNA polimerase I sintetiza a cadeia reversa a partir de fragmentos restantes do mRNA T4
DNA ligase liga tudo que tiver solto
Vetores
Necessários para a inserção do cDNA ou outros DNAs para formar a biblioteca genómica
Fago Lambda
Podem distinguir-se dois tipos de fagos de clonagem: os de inserção e os de substituição. Nos fagos de inserção
podem se clonar fragmentos de DNA com um máximo de 1-5 kb. Nos de substituição podem se clonar até
fragmentos com 10-20 kb. Nos de substituição é removida uma parte do genoma do fago que não é essencial à sua
viabilidade e pode ser substituída com DNA exógeno. Apresentam algumas vantagens em relação aos plasmídeos,
nomeadamente como vetores para construir bibliotecas de genes. Podem ser plaqueados em alta densidade e do
DNA nas placas fágicas está mais prontamente acessível ao rastreio de genes do que DNA de plasmídeos no interior
de células bacterianas.
Se uma bactéria tiver um fago lisógenico vai ter moléculas repressoras cI, o que impede que a bactéria seja infetada
de novo.
Inserção no interior do gene cI pode ser identificada como mutantes de estirpes “hfla” - alta frequência de lisogenia
de E.coli
A interpretação da seq do gene cI impede a formação do seu produto correto, o que abre caminho à lise celular e à
formação de placas fágicas “claras” que podem ser selecionadas com pouca probabilidade de erros -> SELEÇÃO
Ou seja:
Fragmento de DNA inserido no interior do gene cI do fago (expressão do gene cI leva à presença de um repressor
que inibe o ciclo lítico) Falta de repressor do ciclo lítico Permissão da ocorrência de ciclo lítico Lise celular,
formação de placas fágicas Seleção (mutante de estirpe de E.coli - hfla)
Clonagem por substituição: + usado para clonar DNA genómico -> fragmentos 10-20 Kb
A substituição do DNA contendo os genes red e gam no vetor λEMBL3, entre dois pontos de restrição BamHI por
inserts de ~10-20 kb, permite o crescimento lítico em estirpes de E.coli que contem o bacteriófago lisógenico P2. P2
interfere com a infeção de fagos que contenham os genes red/gam Funciona como AGENTE DE SELEÇÃO
OU SEJA:
Fago λEMBL3 contendo genes red/gam (com pontos de restrição BamHI) + Fragmento de DNA criado pelo corte
com BamHI Substituição do gene red/gam pelo fragmento de DNA Crescimento lítico do fago λ em E.coli
OBS: AGENTE DE SELEÇÃO bacteriófago lisógenico P2 -> interfere a infeção dos fagos que têm o gene red/gam
Plasmídeos que têm os locais cos das extremidades do fago λ -> sequencias cos que lhes permite serem
empacotados em capsidas (extratos de empacotamento. São utilizados como veículos de clonagem molecular
Quando linearizados (cortados em enzimas de restrição nos MCS) Ligam-se a fragmentos de DNA e formam
largos tandems Inserção em fagos λ (Fago λ + (DNA + cosmideo)) Infeção em E.coli (fago não insere no seu
genoma) BIBLIOTECA GENÓMICA (fragmentos de DNA diferentes para cada bactéria)
Os cosmideo são introduzidos em E.coli via infeção e replicam-se como plasmídeos resistentes a antibiótico
específico.
Fago P1 (inserts até 100 Kb) bacteriófago que infeta E.coli e outras bactérias
1. O vetor plasmidico P1 contém vários elementos do genoma do fago original: pac e 2 loxP sites.
2. É digerido por BamH1 + ScaI gerando dois braços entre os quais se podem ligar 85–100 Kb fragmentos de
DNA -> Empacotamento com extrato de extrato de empacotamento (partículas fágicas produzidas aos
pedaços)
3. Utiliza-se a pacase para quebrar o DNA na sequência pac por onde começa o empacotamento (até ao
máximo de 115 Kb) nas cabeças do fago.
4. Inserção em E.coli -> molécula circular: produto do gene cre (existe na bactéria) liga sequências loxP
5. Induz o ciclo lítico em P1
Vetor plasmidico P1 contem pac e 2x loxP Digerido por BamHI + ScaI, formando dois braços Liga-se a
fragmentos de DNA (85–100 Kb) Empacotamento com extrato de empacotamento (usa-se a Pacase para quebrar
o DNA na seq, por onde se inicia o empacotamento) Inserção em E.coli Indução do ciclo litico em P1
o Consiste em uma única enzima, cre recombinase, que recombina um par de sequências alvo- lox
o Enzima cre e o local lox são derivados do P1. Colocar sequência lox de forma adequada permite que os
genes sejam ativados, reprimidos ou trocados por outros genes.
o Cre - bactéria ; lox - cosmideo
PAC Vector
o Podem albergar fragmentos de DNA de 600 – 1400 Kb (permite clonagem de moléculas grandes)
o Afeta a instabilidade e rearranjo dos inserts
Vetor YACs cortado com EcoRI e BamH1 (separa-se em dois braços) Recombinação com fragmentos
cromossomais grandes (DNA ligase) Clonagem em um YAC
Os marcados de seleção, utilizados em leveduras não são com base em antibióticos, mas sim a utilização de
mutantes auxotróficos (tornam as células deficientes).
Ex: YAC tem um gene que participa na formação de uracilo e um gene que participa na formação de triptofano.
Tendo estas mutações as células não conseguem sobreviver em meio mínimo que não seja suplementado por
uracilo e triptofano. Assim se for inserido nas células este YAC vai fornecer-lhes esta enzima funcional sabemos
assim quais as células transformadas quando crescem sem adição de triptofano e uracilo
Ori: permite a replicação do YAC em células bacterianas (E. coli) desde que estejam sob a forma circular e
sem ”inserts” (pelo menos demasiado grandes)
ARS1: permite a replicação em levedura.
CEN4: centrómero. Necessário para replicação assegurando que o cromossoma artificial possa ser
duplicado e sujeito ao processo normal da mitose.
TEL: necessários para a replicação estável e completa dos cromossomas
AmpR: gene de resistência à ampicilina
URA3, TRP1 e HIS3: podem complementar mutações auxotróficas (genes de seleção) específicas em
leveduras e em E. coli
PERGUNTA: Em que tipos de estirpes o YAC4 deve ser usado? R: bactérias (Ori) ou leveduras (ARS1)
Descobrindo a presença de TRP1 e URA3, assegura que os transformantes terão de ter os dois braços do
cromossoma. Meio com uracilo e triptofano -> sobrevivem estirpes que contenham TRP1 e URA3
Para saber se tem o inoculo ou não, poe-se uracilo e triptofano no meio. As que sobreviverem têm TRP1 e URA3
(enzima e marcador - marca cromossomas e plasmídeos)
o Potencial limitado
o Pedaços de cromossomas ou cromossomas inteiros
o Se transformarmos células com construções lineares as células que sobrevivem têm de sofrer uma
recombinação e ter o DNA inserido no seu genoma
o Se transformarmos com material cíclico/ circular (ex: plasmídeos) este também vai entrar na célula
mesmo que o DNA fique fora dos cromossomas.
o Não é necessário integração, o cromossoma vai ter centrómero e assim sempre que a célula se divide
passamos a ter as duas células com esse cromossoma (funciona como um cromossoma à parte
independente)
o Não se multiplica muito no interior da célula
o Não silencia os genes; podem ser utilizados fragmentos de DNA muito grandes
Genes repórter
Tipos:
Glucoronidase (GUS)
o Isolado de E.coli.
o Pode ser determinado por fluorescência
Luciferase
o Retirado dos pirilampos, na presença de ATP
o A reação produz luz amarelo - esverdeada (luminescência) com um pico de emissão a 560 nm.
o Quando catalisada pela Luciferase codificada pelo gene isolado de Renilla a reação liberta luz
com um pico de emissão a 475 nm.
o O uso simultâneo do sistema luciferase/luciferin e luciferase/coelenterazine (Renilla) permite
criar um sistema repórter duplo
o Possui grande afinidade ao seu substrato (luciferina)
EXPRESSÃO DE TRANSGENES
Transgenes necessitam sempre de uma região promotora e de uma região terminadora para poderem ser
expressos.
Se for um gene eucariota ou um gene para expressar em eucariota é necessária também uma zona de
poliadenilação (necessária para exportar o mRNA do núcleo para o citoplasma).
Para serem expressos corretamente os transgenes terão de se enquadrar no “ambiente” genómico geral do
organismo hospedeiro:
1) Promotor: tem de ser reconhecível por uma RNA polimerase expressa no hospedeiro (normalmente a
RNA polimerase do próprio hospedeiro)
2) Estrutura do gene: (presença de intrões) deverá estar de acordo com o tipo de hospedeiro utilizado (ex:
não é expectável que células procariotas procedam à maturação do transcrito primário de um gene
eucariótico) -> proteína vai ser lida de uma ponta a outra e gerar codões stop
*Um gene eucariota só vai ser expresso numa célula procariota se lá não houver intrões. Isto acontece porque uma
bactéria não tem a capacidade de realizar o splicing do RNA (retirar intrões e colocar exões). Ou seja, só podem ter
lá exões
3) Codões do gene: poderão ter de ser adaptados ao uso de codões do hospedeiro. Como o código genético
é degenerado existem vários codões diferentes para o mesmo aa
Para serem corretamente expressos, isto é, serem corretamente transcritos e traduzidos os transgenes devem
conter: uma seq. promotora, uma seq. codificante e uma seq. terminadora (nos eucarióticos esta última região deve
conter regiões de poliadenilação) -> poliA importante para a terminação da transcrição
*Usar codões para alterar os aminoácidos, fazendo a enzima ser alterada ou para mais ativa ou para menor ativa
o Pode se substituir especificamente um nucleótido de um gene por outro com a consequência de mudar
um aminoácido dessa proteína
o Muito utilizado para aumentar a expressão proteica em sistemas heterólogos em que certos codões são
pouco utilizados, por substituição desses codões pelos codões equivalentes.
o São utilizados dois oligonucleotidos mutagénicos (complementares entre si) que hibridam em duas
cadeias opostas dos plasmídeos recombinantes, ambos contendo a alteração desejada
o Ferramenta para a introdução de mutações pontuais, inserções ou deleções em qualquer tipo de DNA
plasmidico
o O plasmideo completo é amplificado com primers fosforilados que vão introduzir as mudanças desejadas´
o O produto linear de PCR vai conter as mutações. Volta para a sua forma circular com a ajuda da T4 DNA
ligase, podendo ser transformado em células competentes de E.coli
Ou seja:
Plasmídeo amplificado com PRIMERS FOSFORILADOS que induzem a mutação Produto de PCR com mutações
Circularização do plasmídeo com T4 DNA ligase Transformação em E.coli
Mutações = afeta só um nucleótido, primer vem com o nucleótido que se quer trocar
Inserções = seq de nucleótidos a mais que vai ser inserido quando se realizar PCR (na ponta ou no meio). OBS: os
nucleótidos adicionais não se ligam ao DNA por completo, só se ligam em algumas partes
Deleções = primer começa em outro lugar, excluindo a parte que não queremos
O produto do transgenes:
1) Promotor: regulável (ser expresso quando necessário, ou manter-se inativado quando necessário) e ter
um nível de expressão adequado
3) Produto de expressão do transgenes: localizado nas zonas celulares que melhor correspondam aos
objetivos pretendidos (ex: extração e purificação mais fácil)
O promotor Trp
o Para a regulação deste promotor, utiliza-se o análogo do triptofano: 3-β-ácido indoliacrílico
(IAA)
o Funciona por feedback -> quem vai reprimir o sistema é o próprio produto do gene. Quando o
triptofano está em excesso, liga-se ao repressor que sem o triptofano não é repressor
o Operão repressivel (repressão negativa) -> repressor inativo
o Repressor inativo na ausência do produto a ser sintetizado não se pode ligar ao operador,
havendo transcrição
o Quando existe a substância, ela própria se liga ao repressor inativo fazendo com que ele se ligue
ao operador impedindo a RNA polimerase e assim a transcrição
Logo, o promotor induzido com a falta de triptofano (ou seu análogo IAA) no meio
Altos níveis de triptofano, ativa o repressor (liga-se a este) e a transcrição não ocorre
Vetor de expressão de duas etapas é um sistema baseado no bacteriófago T7 RNA polimerase e no promotor tardia
T7 de uma E.coli que contem a copia do gene T7 RNA polimerase no seu cromossoma.
Quando a transcrição a partir do promotor lac é induzida por IPTG, o T7 RNA polimerase é transcrito
e o mRNA é traduzido em uma enzima. As moléculas de T7 RNA polimerase produzidas inicia a
transcrição em altos níveis a partir do T7 promotor no vetor expressão. A larga quantidade de mRNA
produzido a partir do cDNA clonado, é traduzido em abundantes produtos de proteínas.
Coloca-se as bactérias a crescer e adiciona-se IPTG ao meio, o sistema inicia e começa a sintetizar
RNA polimerase T7 que vai reconhecer o promotor do plasmídeo dando início à transcrição.
T7 RNA polimerase é uma RNA poli que depende de DNA (enzima do bacteriófago T7 E.coli vai estar clonada com
genes que produz T7 RNA poli) Sintetiza mRNA a partir da seq promotor T7 Transcrição eficiência de uma
molde de DNA contendo promotor T7 mRNA produzido - produção de altos níveis de proteínas recombinantes
OBS: para inserir em leveduras, retira parte que replica em E.coli (Ampr + ColE1) e insere eletroporação => Antes
disso “cassete de DNA” é preparado e multiplicado em E.coli (para serem expressos)
A estirpe utilizada deve ter uma mutação auxotrófica para a histidina e o plasmídeo vai ter um gene da histidinol
desidrogenase funcional para que só sobrevivam as bactérias/ leveduras que tiverem o plasmídeo
Desvantagem: estando inserida dentro da levedura se multiplica vai lá estar o gene e não ocorrem perdas de
plasmídeo.
Inserção por recombinação de um gene de interesse (sob controlo do promotor AOX1) no genoma da levedura da
levedura Pichia
Fragmento do plasmídeo linearizado (Ampr + colE1) + Região do gene AOX1 no cromossoma da levedura =>
Inserção do gene de interesse sob controlo do promotor AOX1 no genoma da levedura
O plasmídeo Ti (tumor inducing plasmid) tem genes que são transferidos pela bactéria para dentro das células
vegetais -> o DNA transferido dos plasmídeos das bactérias chama-se T-DNA.
O T-DNA sob a forma de DNA monocaternário, pode ser transferido para as células vegetais onde os genes nela
compreendidos podem ser expressos, em particular pelos seus promotores serem eucariotas e, por conseguinte,
reconhecidos pela RNA polimerase II eucariota e não pela bacteriana.
Os mRNA transcritos destes genes são poliadenilados e têm presença de CAAT- e TATA-BOX características dos
genes eucariotas.
O plasmídeo Ti é uma molécula circular de DNA de cadeia dupla que além do T-DNA possui ainda um grupo de
genes VIR. Durante o processo infecioso, os genes VIR são ativados por sinais químicos provenientes de um
ferimento nos tecidos vegetais e os seus produtos de expressão vão medir a transferência e integração do T-DNA no
genoma de uma célula vegetal.
O Agrobacterium de maneira constitutiva tem sempre algumas moléculas do produto da zona de virulência (genes
VIR A e VIR G que produzem proteínas que estão sempre dentre da bactéria. Quando aparecem açucares e
Acetoseringonas (produzidos pelas plantas) a bactéria dirige-se para a fonte desses exudados e cria canais).
Quando Acetoseringonas e açucares entram dentro da bactéria ligam-se à proteína VIR A que então se liga à
proteína VIR G, e este complexo liga-se a vários promotores aliviando o sistema de virulência (induz)-> os genes VIR
começam-se a produzir. VIR B participa na formação dos canais de ligação à célula vegetal
Os produtos dos genes VIR D1 e VIR D2 vão reconhecer a Left-border e a Right-Border ligando-se a essas regiões e
cortam o plasmídeo e é essa copia monocatendária que vai ser inserida dentro da célula vegetal -> o resto do
plasmídeo depois volta a se ligar. VIR E participa no transporte porque vai para dentro da célula vegetal.
Plasmideo TiC58 => contem região T-DNA que é transferido para as células vegetais sob a forma de DNA
monocaternário para os seus genes serem expressos pela planta
Genes do T-DNA
1. Que promovem a biossíntese de auxinas e citoquinas => estimulam a proliferação celular e formam
tumores (galhas)
2. Promovem síntese de opsinas (plantas produzem para as bactérias usarem )
VirA + VirG => região de virulência (acetoseringona ajuda) -> são proteínas que se encaixam
VirD2: formam um complexo com T-DNA, transportando-o para dentro da célula vegetal VirB facilita entrada
VirE2: proteínas que vão proteger o T-DNA (suscetível a DNAses) T-DNA vai se introduzir no genoma da planta
(transformação genética)
Para que a transferência genética tenha lugar não é necessário que o T-DNA e a região VIR se encontrem na mesma
molécula de DNA (plasmídeo Ti).
o Isso permitiu criar vetores (shuttle) menores que contenham o T-DNA criado em laboratório enquanto os
genes VIR são mantidos num segundo plasmídeo (Ti)
1. Gene de interesse e
2. Gene de seleção (e gene repórter)
Em certas descendências existe a possibilidade de selecionar plantas contendo unicamente o gene de interesse ->
gene de seleção tem de ser eliminado depois
A transformação por biolística é uma alternativa à transformação das plantas por Agrobacterium tumefaciens, de
células de levedura, fungos, insetos e em particular na transfecção de células de mamíferos, já que não requer
sequências exógenas para permitir a integração do fragmento de DNA.
a) Resistentes a Herbicidas: permite à empresa dar a possibilidade aos produtores para aplicarem o
herbicida sem danificarem a cultura -> permite diminuir tratamentos fitosanitários
b) Resistentes a Pragas (insetos).
*RESISTÊNCIA A HERBICIDAS
Ambos PPT e bialafos Inibem a enzima Glutamina Sintetase (GS) -> leva à acumulação de amónio nos tecidos
vegetais e à morte das plantas. => Herbicida bom contra ervas daninhas
Planta transformada possui genes de resistência bar e pat codificam para a enzima Fosfinotricina
acetiltransferase (PAT), prevenindo a morte das plantas
Gene mutado aroA - isolado de Salmonella typhimurium, codifica para uma isoforma da enzima EPSP não
reconhecida pelo glifosato. (plantas transgénicas de tomate, tabaco e milho).
Planta transformada possui genes de resistência aroA transforma a EPSPS para uma isoforma EPSP que o
glifosato não reconhece
B) Milho : contém um gene da EPSP de milho resistente ao glifosato (obtido por mutagénese e seleção in
vitro) com um promotor isolado do arroz.
*A MONSANTO foi adquirida pela BAYER que continua a produzir várias variedades resistentes ao Glifosato
*RESISTÊNCIA A INSETOS
Inseticida biológico pulverizados sobre as plantas as larvas dos insetos ingerem e morrem
*RESISTÊNCIA a Vírus
o Planta vai ter genes que codificam para a proteína da capsida do vírus, interfere com as funções virais
Problema: possibilidade dos novos genes poderem recombinar com genes de outras estirpes de vírus (ou de outros
vírus), complementar deficiências de outras estirpes
o Primeira variedade transgénica homologada para consumo humano (depois foi retirada)
o Tem um gene que inibe a poligalacturonase -> é o próprio gene da poligalacturonase só que sob a forma
invertida
Tomate que dura mais tempo Atrasa maturação Inibição da enzima poligalacturonase (leva à maturação dos
frutos) => TÉCNICA DE “ANTI-SENSE”
Objetivo específico: Inibir a enzima poligalacturonase que ao degradar a pectina presente nas paredes celulares
leva ao amolecimento dos tecidos.
1. Insere-se na planta a seq reversa do mRNA da PoliG que já é produzida nos tecidos dos frutos
2. RNA anti-sense emparelha com o mRNA da PoliG
3. Formação do RNA híbrido (dupla cadeia)
4. RNA híbrido não é reconhecido e traduzido pelos ribossomas
5. É degradado pela RNase H.
É uma variedade geneticamente modificado através da engenharia genética para sintetizar o β-caroteno, um
precursor da vitamina A . A falta da vitamina A nos países menos desenvolvidos tem provocado cegueira infantil, ou
até morte precoce por doenças infeciosas.
Proteínas recombinantes são menos alergogénicas e funcionalmente mais similares às proteínas nativas dos
mamíferos do que quando expressas em leveduras e outras células eucariotas
Baculovirus (AcMNPV):
Vírus infeta célula Formação de corpos de oclusão (polihidrina que forma) Proteção das partículas virais do
stress ambiental
O genoma do vírus AcMNPV 130 kb o que torna difícil a sua manipulação. A preparação da cassete de DNA e a sua
amplificação fazem-se em células de E.coli
Um plasmídeo contendo uma cassete de DNA formada pelo gene de interesse flaqueado por sequencias iniciais e
terminais do gene da polihidrina e sob o controlo do promotor deste gene é transfectado para as células de inseto
em simultâneo com DNA linearizado do vírus. No interior das células o gene da polihidrina existente no genoma do
vírus é substituído por recombinação homologa pela cassete de DNA. O vetor vai ser o próprio vírus que vai ficar
sem o gene da polihidrina, não tendo a possibilidade de se replicar sob a forma infeciosa.
Produto PCR com GOI Clonado em BacPAK (vetor de transferência - contem forte promotor da polihidrina)
Transformação em E.coli Co-transfeção em sf9 e sf21 (células de insetos) => BacPAK6 genoma viral modificado e
linearizado do AcMNPV com seq lacZ
OBS: GOI vai ser transferido para o AcMNPV por recombinação homologa quando ambos tiverem co transfectados
nas células do inseto
CLONTECH System
Na utilização de AcMNPV para produção de proteínas em células de inseto, o gene de interesse é co-transfetado
para as células de inseto juntamente com o DNA linearizado do BacPAK6. O plasmídeo já traz sequências de
polihidrina e o promotor contém um tag terminal com 6 histidinas vão ter como função purificar o produto do gene.
Sistema da Invitrogene
Baculovirus recombinates Possuem seq att do transposão tm7 da bactéria (“SITE-SPECIFIC TRANSPOSITION”)
Ligação da zona att do plasmideo com a zona att do Bacimid recombinate
ANIMAIS TRANSGÉNICOS
Um animal transgénico é um animal que tem um DNA exógeno nas suas moléculas de DNA que foram introduzidas
no seu genoma. A transferência do DNA exógeno pode ser feito através da microinjeção pronuclear. A microinjeção
pronucelar consiste na injeção de uma solução de DNA contendo o transgenes de interesse, no pronúcelo de um
ovulo recém fertilizado.
Abordagens e Técnicas:
1. Microinjeção
2. Injeção intracitoplasmática de esperma (ICSI)
3. Transfeção de células-tronco embrionárias (ES).
4. Transferência nuclear de células somáticas (SCNT)
5. Transfecção
6. Eletroporação
Microinjeção
RATO 1: coleta-se células estaminais embrionárias DNA exógeno é introduzido nestas células
Embrião rato 2
+ Animal transgénico
OBS: DNA exógeno pode se integrar em qualquer lugar do genoma, seja aleatório ou específico por:
RECOMBINAÇÃO HOMOLOGA => O DNA exógeno pode passar para as gerações seguintes se as células
desenvolvidas passarem a ser órgãos germinativos
*Celulas estaminais embrionárias precisam de um embrião hospedeiro, estas vão colonizar o seu hospedeiro,
surgindo um rato transgénico. As células estaminais vão contribuir para a linha germinativa, produzindo
espermatozoides que carregam DNA extra
o Seleção positiva: vai ter uma resistência a um antibiótico que vai fazer com que as células que são
transformadas possam ser selecionadas -> quando cultivadas com o antibiótico só vão sobreviver as
transformadas/ resistentes
O DNA exógeno inserido em qualquer lugar do genoma pela presença de um gene seletivo
o Seleção negativa: serve para as células positivas eliminar aquelas cuja inserção não está no sítio correto.
Para isto vão ser usadas duas cinases (enzimas) da timidina (tk1 e tk2) -> enzimas que transferem fosforo
para outra molécula que vêm do herpes simplex vírus (HSV)
As cinases transformam o Ganciclovir em produtos (trifosfatos) altamente tóxicos.
Este tipo de construção de DNA pode ser utilizada no knockout de genes alvo. Para esse objetivo não é necessário a
presença de um transgenes de interesse.
1. SELEÇÃO NEGATIVA: para saber se a contrução transgénica está inserida em qualquer lugar do genoma
(células que vão sobreviver em meio com o antibiótico de resistência)
2. SELEÇÃO POSITIVA: contra as células que não vão ter a construção transgénica no local de interesse
(negativa porque não vai ter os genes tk - as células de interesse)
*Pegar num núcleo de uma célula somática de um individuo qualquer e colocar dentro de um ovulo de outro
individuo
Produtos biotecnológicos mais fácil de purificar (menos proteínas no leite) melhoramento do leite e aumenta
a resistência do leite a contaminações
AquAdvantage salmon
Ovelha Dolly
Ovulo de outro animal sem núcleo para onde é transferido um núcleo somático de outro animal
Obtém-se um quase clone -> não é clone devido ao citoplasma do ovulo: muitas mitocôndrias provém do
dador de ovulo
A transferência de genes pode ser feita para um conjunto de células do paciente sob duas formas:
a) In vivo: injetando o vetor (contendo a construção transgénica) diretamente no paciente tentando atingir
células alvo afetadas
b) Ex vivo: introduzindo o gene em células removidas do paciente (entretanto cultivadas em laboratório)
seguindo-se a re- introdução das células no paciente
Retirar células do organismo Transformá-las (vetor DNA + células em cultura) Injetar no órgão do qual a célula
foi retirada
MÉTODOS DE TRANSFERÊNCIA DE GENES PARA CULTURAS DE CÉLULAS ANIMAIS
Métodos de transferência:
Só as cápsides dos vírus, porque os genes são essenciais para o vírus. Vão ser removidos e os genes pertencentes à
construção de DNA vão ser co-transfectados
Transfecção:
o Fosfato de Cálcio: neutraliza cargas negativas de DNA e precipita o DNA -> liga-se à superfície da
célula -> DNA entra por endocitose
o Vesiculas lipídicas artificiais (lipossomas): o DNA liga-se a estas vesiculas que se fudem com a
membrana plasmática o que facilita o seu acesso ao interior
Lipossomas atraem e envolvem o DNA (ligam-se) Formação do complexo lípido catiónico- DNA Interação do
complexo com a membrana Endocitose (DNA ENTRA)
o Polímeros catiónicos: formam complexos com o DNA com carga positiva que o protegem da
degradação e facilitam a sua penetração nas células
DNA
Vetores virais
o Estes vetores são normalmente modificados sendo-lhes retirados múltiplos genes essenciais e
assegurando a separação de vários dos seus componentes, sem anular totalmente o seu poder de infetar
as células do hospedeiro.
o Não é utilizado o vírus completo, mas sim como vetor. A vantagem é que o vetor procura sozinho a célula
hospedeira sem ser necessário eletroporação
Retrovírus
o Possuem a habilidade de integrar o seu DNA dentro dos cromossomas da célula infetada. Então, o gene
será inserido no genoma das células hospedeiras e, podem assim ser transmitidos a todas as células-filhas
das infetadas. Eles infetam somente as células que estão proliferando.
o γ-Retrovirus, vírus de RNA, usa transcripatse reversa para produzir um pró-virus que vai integrar no
genoma do hospedeiro e expressar o transgene
Lentivírus
o Um tipo de retrovírus, derivado do HIV, permitem também transferir material genético para células que
não proliferam ou para células refratárias para o retrovírus
o Sistema de replicação = retrovirus
o Muito eficiente em conduzir a entrega do material genómico a uma grande variedade de células
o Após se ligar a recetores na superfície a membrana da cápside viral vai para dentro da célula e usa uma
maquinaria da célula para libertar um pedaço de DNA monocatenário para o núcleo
o A recombinação homologa nativa da célula (mecanismo de reparo) introduz a mudança desejada dentro
do genoma -> pode causar mudanças de nucleótidos (inserções e deleções)
o Virus de ssDNA, precisam do adenovírus para se multiplicarem
Vantagem: o reconhecimento é direto entre as proteínas da cápside do vírus e a superfície da membrana celular. O
reconhecimento interno é simplesmente por recombinação homologa entre sequencias do próprio DNA e da
própria célula
OBS: Para a produção de partículas virais contendo o DNA transgénico de interesse, 3 plasmídeos são transfectados
para a linha celular especifica
Com a inserção destes 3 plasmídeos juntos numa linha celular, vai formar o vetor viral contendo o DNA transgénico
lá dentro e este vai Transfetar as células
IDEIA: passar da produção em reatores (mais cara) para a produção em campo (mais barato, larga escala)
Gene de interesse -> vetor de expressão vegetal -> Introdução em planta -> Planta transgénica -> Plantação
( produção) -> Colheita -> Extração e purificação -> Metabolitos (produto)
Desvantagens:
Forma recombinante de β-glucocerebrosidase -> 1º produto de planta aprovado (FDA) -> Tratamento da
doença de Gaucher
Sistema de Expressão Transiente
Vetores baseados em vírus de planta -> Expressão rápida e elevada quantidade de proteínas recombinantes ->
gene de interesse e nº de plantas hospedeiras
Sistema de expressão transiente com vetores baseados em vírus, tem a vantagem de rápida expressão e de alto
nível de proteínas recombinantes
Exemplo:
TMV (tobamovirus) -> vírus produz proteínas recombinantes nas folhas do tabaco
Ou seja, TMV é um sistema viral desconstruído que foi projetado para atingir altos níveis de acumulação de
proteinas recombinantes nas folhas de tabaco (ex: ZMapp usado para infeções com ébola virus )
*Expressão:
Vantagens: Desvantagens:
o Baixo custo de produção o Pode se desenvolver alguma
o Produção em larga escala alergia com algum alimento
o Uso eficiente de energia
o Sistema de produção ecológico
o Menor risco de exposição a patógenos humanos / animais
Genoma Bacteriano
O lócus do CRISPR é onde se encontra o material genético das bactérias, que contem fragementos de DNA de vírus que
infetaram as bactérias no passado, servindo como mecanismo de defesa contra invasores.
O locus do CRISPR contem uma proteína, a Cas9, que tem como propósito cortar o DNA num local específico. Para que
isto seja possível, a Cas9 produz um RNA guia que é feito a partir de uma sequência de DNA viral, indicando a
sequência que é preciso que seja cortada
1. DNA exógeno é clivado em pequenos fragmentos e estes vão ser inseridos no locus CRISPR (entre os
crRNAs)
2. Durante uma nova invasão, o locus CRISPR é transmitido e é maturado em pequenos crRNAs
3. A endonuclease Cas9 liga-se ao RNA maturado e quando este complexo se encontra com o DNA exógeno
por complementaridade do crRNA, e cas9 cliva este DNA
Direcionar Cas9 para uma seq especifica do genoma usando RNA sintético (gRNA) => RNA guia, substitui
crRNA+tracrRNA que é feito para encontrar uma seq especifica de DNA para a Cas9 clivar
NOTA: para a Cas9 ser ativada, tem que ter a presença do RNA guia
O sistema é baseado no uso da nuclease Cas 9 direcionada para uma sequência específica no genoma por um RNA
sintético (que substitui o crRNA + tracrRNA original) denominado RNA guia (gRNA).
Alta fidelidade gRNA liga-se ao sítio correto para assim adicionar ou retirar genes
dCas9: cas “morta” quando ambos os domínios da nuclease são inativados por mutação. Só se liga a seq guiadas
pelo gRNA, mas tem a capacidade de cortar o DNA
OBS: knock down: genes vão ser reduzidos. dCas9 vai se ligar no início da transcrição e na enzima vai ser adicionado
genes ativadores, repressores ou localizadores (GFP)
O sistema CRISPR/dCas9 é uma ferramenta de regulação transcricional de genes codificantes e não codificantes de
proteínas. Pode ser usada tanto para a ativação, como para a repressão da transcrição, porque não modifica o
genoma, e com capacidade de regulação
Promotores Cas 9
Interferência de RNA (RNAi) é um meio de silenciar genes por meio da degradação do mRNA. O knockdown do gene
por esse método é obtido pela introdução de siRNAs no citoplasma. Uma vez introduzidos na célula, os siRNAs
exógenos são processados pelo complexo de silenciamento induzido por RNA (RISC ). O complexo RISC usa os siRNA
como forma de procurar o mRNA, sendo depois clivado por uma ribonuclease
RNAi: processo celular que permite silenciar genes específicos para a produção de proteínas especificas.
NOTA: O RNAi pode ser usado para identificação de potenciais alvos terapêuticos, desenvolvimento de
medicamentos ou outros propósitos.
Exógeno (citoplasma)
dsRNA exógeno dicer degrada a cadeia sense siRNA RISC (complexo proteico): siRNA + proteína argo
Pode-se inserir siRNA exógeno para se ligar a um mRNA em que se pretende silenciar o gene que ele produz =>
degrada mRNA
Endógeno (núcleo)
pré miRNA shRNA/miRNA sai do núcleo e vai para o citoplasma Dicer degrada a cadeia sense RISC: shRNA +
proteína argo Cliva mRNA complementar da seq shRNA (ago cliva atividade endonucleotidica )
Pode-se inserir o gene shRNA (entregue por vetor) para este se inserir no genoma da célula e fazer o processo de
degradar um mRNA
a) miRNA endógeno: Expressão de genes específicos; transcritos gerados a partir de sequências tandem
A principal diferença entre o gene knockout e knockdown é que o gene knockout envolve a eliminação total de
certos genes alvo, ou a inativação destes genes alvo através de mutações nonsense pela introdução de codões de
stop na sequência, enquanto o knockdown leva à anulação de uma proteína de tradução e à degradação do mRNA .
Além disso, o gene knockout é aplicável em nível de DNA, enquanto gene knockdown é aplicável em nível de RNA.
Gene knockout e gene knockdown são dois mecanismos de silenciar a expressão de genes dentro de organismos.
O sistema CRISPR/Cas9 é um método de edição do genoma que pode ser utilizado para o gene-knockout
Gene knockdown é outro método de silenciamento de genes responsáveis pela inativação de um gene em
particular. É direcionada ao RNA, em particular ao mRNA produzido pela transcrição do gene alvo. Portanto, o gene
knockdown é uma forma de pós-transcricional regulação da expressão gênica. O RNA de interferência (RNAi),
permite a degradação do mRNA.
miRNA , siRNA , e shRNA desempenham um papel fundamental através da ligação ao mRNA alvo. O RNA resultante
é degradados pela ação da Dicer e do complexo RISC. Eles vão desligar a expressão do gene de interesse
materialmente.