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Fl. Esperanca 2022

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Esperança Jerónimo

Faruque Arijabo

ESTRUTURALISMO (Ferdinand De Saussure A Semântica E A Semiologia )

Universidade Rovuma
Extensão de cabo delgado
2022
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Esperança Jerónimo

Faruque Arijabo

ESTRUTURALISMO (Ferdinand De Saussurre, A Semântica E A Semiologia )


Licenciatura Em Ensino De Filosofia Com Habilitação Em Ética

Trabalho de carácter avaliativo há ser entregue


e apresentado na cadeira de filosofia de
linguagem no departamento de ciências
sociais e filosófica sob orientação do docente.

MCS. Ricardo Afonso

Universidade Rovuma
Extensão de cabo delgado
2022
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Índice
Introdução..........................................................................................................................4
1. ESTRUTURALISMO...................................................................................................5
1.2. Origem do estruturalismo (Saussurre)........................................................................6
1.3. Contribuição do estruturalismo na filosofia...............................................................7
2. Semântica e semiológia.................................................................................................8
2.1. A semântica nos estudos da linguagem......................................................................8
2.2. A Semântica e a Teoria do Significado......................................................................8
2.3. Semiologia..................................................................................................................9
2.4. Semiologia em Ferdinand de Saussurre...................................................................10
3. Conclusão....................................................................................................................11
4. Referências bibliográficas...........................................................................................12
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Introdução
Trata-se de um trabalho investigativo, intitulado Estruturalismo em Saussurre. Assim,
Estruturalismo Doutrina filosófica que considera a noção de estrutura fundamental
como conceito teórico e metodológico. Concepção metodológica cm diversas ciências
(linguística, antropologia, psicologia etc.) que tem como procedimento a determinação e
a análise de estruturas. Pode-se considerar o estruturalismo como uma das principais
correntes de pensamento, sobretudo nas ciências humanas, em nosso século.

Objectivos

Gerais

 Compreender o estruturalismo

Específicos

 Explicar em torno do estruturalismo segundo Saussurre


 Apresentar os pontos fulcrais do estruturalismo
 Ilustrar a essência e natureza do Estruturalismo.

Sob ponto de vista metodológico, para elaboração deste nosso trabalho científico
recorremos ao método hermenêutico de consulta e análise bibliográfica. E em termos de
estrutura temos os elementos pré-textauis e introdução, desenvolvimento e conclusão.
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1. ESTRUTURALISMO

De acordo com Japiassú e Marcondes (2001, Pp 62) Estruturalismo ê doutrina


filosófica que considera a noção de estrutura fundamental como conceito teórico e
metodológico. Concepção metodológica com diversas ciências (lingüística,
antropologia, psicologia etc.) que tem como procedimento a determinação e a análise de
estruturas.

Tal como afirmam Japiassú e Marcondes (2001, Pp 62):

Pode-se considerar o estruturalismo como uma das principais correntes de


pensamento, sobretudo nas ciências humanas, em nosso século. O método
estruturalista de investigação científica foi estabelecido pelo linguista suíço
Ferdinand de Saussurre (1857-1913), que afirma ver na linguagem a
predominância do sistema sobre os elementos, visando extrair a estrutura do
sistema através da análise das relações entre os elementos" (E. Benveniste). A
linguística, desse modo teria por objecto não a descrição empírica das línguas.
Mas a análise do sistema abstracto que constitui as relações linguísticas.

Levi-strauss aplicou o método estruturalista no estudo dos mitos e das relações de


parentesco nas sociedades primitivas, tornando as estruturas sociais como modelos a
serem descritos, estabelecendo assim o sentido da cultura em questão.

Segundo Abbagnano (2007, Pp 388) ESTRUTURALISMO (in. Structuralism; fr.


Structuralisme, ai. Struktumlismus; it. Strutturalismo). Entende-se por este termo todo
método ou processo de pesquisa que, em qualquer campo, faça uso do conceito de
Estrutura em um dos sentidos esclarecidos. Esse termo nasceu na Gestalt e na
lingüística, em que o E. foi defendido pelos russos R. Jakobson, N. Trubetzkoy e
inúmeros outros.

Em antropologia, o ponto de vista estruturalista foi introduzido por Radcliffe-Brown, no


prefácio à obra African Systems ofKinship and Mariage (1950), tendo sido difundido na
antropologia moderna por Lévi-Strauss (Anthropologie Structurale, 1958, espec. cap.
XV).

O estruturalismo é uma abordagem de pensamento compartilhada pela psicologia,


filosofia, antropologia, sociologia e linguística que vê a sociedade e sua cultura
formadas por estruturas sob as quais baseamos nossos costumes, língua,
comportamento, economia, entre outros factores.
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O método estruturalista é a análise da realidade social baseado na construção de


modelos que expliquem como se dão as relações a partir do que chamam de estruturas.
A estrutura é um sistema abstrato em que os fatos não são isolados e dependem entre si
para determinar o todo. As trocas econômicas dependem dos laços sociais, que por sua
vez são determinados por sistemas de distinção, e assim por diante.

1.2. Origem do estruturalismo (Saussure)

De acordo com malta (2020, Pp 4) A origem do estruturalismo foi na linguística geral


de Ferdinand Saussurre e com o passar do tempo este modelo estrutural serviu como
base para outras ciências, principalmente as ciências humanas.

O estruturalismo de Saussurre possui uma visão dicotómica, pois ao definir a língua


como objecto de estudo, ele se deparou com duas bifurcações na delimitação da matéria.
A primeira diz respeito a um paralelo entre língua/fala e a segunda a
diacronia/sincronia.

Da primeira, Saussurre argumenta que para se realizar um estudo da linguística,


enquanto área da ciência, a língua deve ser privilegiada, deixando a fala para um estudo
posterior.

De acordo com malta (2020, Pp 4) Diacronia/sincronia são dois pontos de vista


diferentes e completamente na análise linguística. Diacronia é a discrição de uma
língua. Na segunda bifurcação, nos deparamos com a opção pelo estudo diacrónico ou
sincrónico da língua (já que na primeira a língua foi privilegiada), optando Saussurre
pelo estudo sincrónico, definido que a diacronia esta mais associada a fala.

Ao deixar de focar no processo pelo qual as línguas se transformam, para tentar saber
unicamente como elas funcionam, Saussurre com seu estudo sincrónico, foi o ponto de
partida para a linguística geral e o chamado método estruturalista de analise da língua.

Alem dessas duas bifurcações Saussurre se depara com mais duas dicotomias
significante/significado e paradigma versus sintagma. Através da junção do
significante e significado que se forma o signo. Pois há uma relação do que se houve e
do que ele representa. Um signo ganha ou perde peso quando se relaciona a outros
signos.
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De acordo com malta (2020, Pp 4-5) Sintagma é para Saussurre a combinação de


formas mínimas nua linguística superior ou seja, um alinhamento de signos em fila.
Paradigma é um banco de reservas segundo autor. Ela representa a relação dos
elementos que serão combinados. Esta dicotomia esta na esfera da língua e não apenas
da fala.

Saussurre não utiliza a palavra estrutura em sua obra, porem ela desta presente no
conceito do sistema, que quer dizer uma análise estrutural que inclui o estudo da língua
em suas relações internas. Por isso podemos afirmar que, o estruturalismo é mais o que
uma escola filosófica, ela é uma corrente do pensamento que se preocupa com os
princípios lógicos das estruturas do sentido. Malta (2020, Pp 5).

1.3. Contribuição do estruturalismo na filosofia

Estruturalismo e Filosofia – Essa corrente de pensamento foi uma das grandes


influenciadoras para as discussões filosóficas do século XX. Seus principais
representantes foram Thomas Althusser e Roland Barthes. Além de ter grande adesão
no meio filosófico, o estruturalismo passou por uma fase de esgotamento e renovação,
resultando no movimento pós-estruturalista. Dosse, (1993).

O pós-estruturalismo foi uma tendência que tinha como objetivo superar a perspectiva
anterior. Esse novo método de análise foi amplamente difundido entre os intelectuais
franceses e aderido por um dos filósofos mais conhecidos mundialmente, Michel
Foucault. Além de Foucault, outros nomes despontaram como difusores da era pós-
estruturalista, a exemplo de Jean-Fraçois Lyotard, Gilles Deleuze, Felix Guattari, e
Jacques Derrida.

Estruturalismo e Linguística – O método também foi utilizado como uma ferramenta


para estudar os fenómenos da linguagem. Um dos maiores linguistas do mundo, o suíço
Ferdinand de Saussurre, foi um dos primeiros estruturalistas da história e também foi o
responsável por implementar o método de análise na linguística.  Dosse, (1993).

A tese defendida por Saussurre é que a linguagem não tinha uma formação
unicamente história, mas era preciso estudar, cientificamente, a possibilidade de
haver uma estrutura comum da linguagem, independente do idioma em que ela
se apresente. Foi Saussurre o responsável por estruturar a semiótica ou
Semiologia, um estudo capaz de demonstrar que a linguagem,
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independentemente do idioma, tinha uma estrutura central básica formada por


três elementos: signo, significante e significado. Dosse, (1993).

O autor explica que o signo é a unidade simbólica da linguagem, ele é formado pela
junção dos outros dois elementos. O significante é o elemento material do signo, e o
significado é o conceito, a parte abstracta. Embora tenha apresentado esse conceito,
Saussurre não utilizava o termo “estrutura” mas “sistema”.

2. Semântica e semiológia

2.1. A semântica nos estudos da linguagem

A semântica é considerada como um dos ramos da linguística, jovem ciência que se


preocupa com as questões da linguagem sob vários aspectos, inclusive com os
processos de produção dos sentidos, presentificados pelos estudos semânticos.

2.2. A Semântica e a Teoria do Significado

A Semântica é a área do conhecimento linguístico-filosófico responsável pelo estudo


dos significados; e estes, por sua vez, geram inúmeros conflitos ideológicos entre
filósofos e estudiosos da linguagem acerca de sua real definição. A discussão acerca do
"significado de significado", segundo Lyons (1987) já perdura desde a época de Cristo,
mas até agora não se chega ao consenso de uma resposta conclusiva a esta intrigante
questão. A visão tradicional que se tem acerca dos significados é bastante controversa,
visto que esta não possui argumentos suficientemente plausíveis para sustentar a ideia
de que os significados são apenas "conceitos".

Miguel Duclós (2009) afirma que o termo Semântica foi criado pelo francês Michael
Bréal, em 1883, em um artigo intitulado As Leis Intelectuais da Linguagem; e, após a
sua publicação, percebeu-se o surgimento tardio de uma disciplina que pudesse auxiliar
de fato os estudos do significado dentro da história da Filosofia, pois a linguagem é o
principal instrumento de um filósofo.

Desde a Antiguidade Clássica, a natureza do significado, por ser amplo e de difícil


conceituação, é o objeto crucial de estudo filosófico, sobre o qual Duclós (idem, p. 1)
elucida que:
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"Sócrates, por meio de indagações constantes e analogias, obrigava seus interlocutores a


admitirem a falha de suas definições de conceitos (como, por exemplo, a virtude ou a
sabedoria) e a partir disto, a investigação partia rumo à busca do significado do conceito
em si, de forma a abranger todos seus exemplos. Os velhos gregos costumavam se
utilizar das palavras sem saberem ao certo a que elas se referiam, como mostram as
diferentes acepções que os convivas de O Banquete tinham do deus Eros e da deusa
Afrodite".

Tal como afirma Saussurre (2002):

O significado é definido como sinonimo de ideia ou conceito. No entanto, verificaremos


que, há uma distinção entre significado, sentido e conceito.

Conceito pode ser definido como definição, concepção, caracterização.


Entretanto, o conceito é aquilo que se concebe no pensamento sobre algo ou
alguém. Exemplo: as palavras, casa, house e maison expressam o mesmo
conceito, i é, o conceito de casa pode ser expresso por house (em inglês),
maison (em francês), e casa (em português). Para perceber ou alcancar o
significado das palavras que ouvimos, estabelecemos uma relacao entre o
conceito, já dominado, e a imagem que os sons ou letras criam em nosso
cérebro.

Significado é também entendido como sentido como pode ser visto nas definições
fretiradas dos dicionários. Sentido esta associado a significação. Do latim, significatio,
significado quer dizer o sentido das palavras. No entanto há autores que tratam sentido
e significado como coisas diferentes.

2.3. Semiologia

A semiótica, de maneira geral, é uma doutrina ou um modo de reflexão sistemática


sobre os signos (aqui, naturalmente, não no sentido astrológico, popularmente adoptado,
mas no sentido em que aponta ou dá significado a algo), sua classificação, as leis que os
regem e seus usos no âmbito da comunicação e seus significados.

O estudo da semiótica está inserido no interior da chamada teoria dos signos, uma teoria
filosófica e científica que se ocupa de tudo o que carrega consigo algum sentido, que
comunica algo e que transmite alguma informação. Uma semiótica pode ser,
primeiramente, dividida em dois âmbitos: um específico e um geral. No âmbito
específico, a semiótica tem um caráter gramático, dedicando-se a estudos linguísticos,
de sistemas de sinalização (como no trânsito, por exemplo), de gestos, de notação
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musical, etc. No âmbito geral, por sua vez, a semiótica assume um carácter mais
propriamente filosófico, não se dedicando à análise dos sinais já dados, mas
construindo-os de modo teórico, a fim de explicar fenómenos que, por si, aparentam ser
desiguais. Nesse sentido, alguns estudiosos compreendem um signo como algo que
define um termo linguístico, uma imagem, um gesto, um sintoma físico.

2.4. Semiologia em Ferdinand de Saussurre

A Semiologia de Saussurre foi construída com base na língua. A língua é o sistema


linguístico que é somente uma parte da faculdade linguística. Para isolar a língua,
remove-se cada um dos pares hierárquicos que constituem a linguagem. O primeiro par
da linguagem a ser retirado é a linguagem enquanto diacrónica, e assim fica a dimensão
sincrónica da linguagem, que consiste na fala e na língua: entre a fala e a língua,
remove-se a fala, que é idiossincrática, contingente e pragmática; a língua é a
construção analítica, o sistema abstracto da língua que poderá explicar as regularidades
e padrões típicos da língua normalmente omitidos da consciência dos indivíduos
falantes, pelo que não é uma realidade ontológica. Saussurre (2002)

É na língua que se encontra a pedra de toque do sistema linguístico, e o fundamento do


signo. Um signo linguístico, segundo Saussurre, consiste numa relação que liga a
imagem acústica ao conceito, ou o significante ao significado: a ligação não é entre uma
coisa e o nome, mas entre o conceito e o som, e esta relação é interna à linguagem, à
mente, e independente da realidade exterior. Assim, o signo linguístico não representa
um mundo exterior, pois que o signo linguístico constrói esse mesmo mundo: por
exemplo, a palavra cão não significa um cão (o animal), mas o conceito de cão.
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3. Conclusão

Consumado o trabalho é de salientar que o mesmo decorreu de boa feição e os temas


foram claramente abordados, fez perceber que, Entende-se por estruturalismo todo
método ou processo de pesquisa que, em qualquer campo, faça uso do conceito de
Estrutura em um dos sentidos esclarecidos. Assim, percebeu-se que, O estruturalismo é
uma abordagem de pensamento compartilhada pela psicologia, filosofia, antropologia,
sociologia e linguística que vê a sociedade e sua cultura formadas por estruturas sob
as quais baseamos nossos costumes, língua, comportamento, economia, entre outros
factores.

Não obstante, A Semântica é a área do conhecimento linguístico-filosófico responsável


pelo estudo dos significados; e estes, por sua vez, geram inúmeros conflitos ideológicos
entre filósofos e estudiosos da linguagem acerca de sua real definição. Assim, A
semiótica, de maneira geral, é uma doutrina ou um modo de reflexão sistemática sobre
os signos (aqui, naturalmente, não no sentido astrológico, popularmente adoptado, mas
no sentido em que aponta ou dá significado a algo), sua classificação, as leis que os
regem e seus usos no âmbito da comunicação e seus significados.
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4. Referências bibliográficas

Abbagnano Nicola (2007, Pp 388). Dicionário de filosofia. Tradução da 1ª edição.


Martins fontes. São Paulo.

Borba, Francisco da Silva (2003). Introdução aos estudos linguísticos / Francisco da


Silva Borba. 13. Ed. ? Campinas, SP: Pontes Editora.

Dosse, F. (1993). História do estruturalismo (vol. 2). São Paulo: Ensaio/Universidade


Estadual de Campinas.

Duclós, Miguel (2009). As teorias da significação segundo Alston e a crítica de


Hacking. Artigo disponível em <http://www.consciencia.org/alsthacki.shtml>, acessado
em 30/08/2022.

Japiassú Hilton & Marcondes Danilo (2001, Pp 62). Dicionário básico de filosofia.3ª
edição. Rio de Janeiro.

Lyons, John (1987). Lingua(gem) e Linguística: uma introdução ? Traduzido para o


Português do original em Inglês: Language and Linguistics, por Marilda Winkler
Averburg e Clarisse Sieckenius de Souza. Rio de Janeiro: LTC.

Malta T.A Marques (2020:4-5). A origem do estruturalismo. Rio de Janeiro.

Saussurre, F de (2002). Curso de linguística geral. 24ª ed. São Paulo.

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