Tecnologia Dos Alimentos
Tecnologia Dos Alimentos
Tecnologia Dos Alimentos
Material Teórico
Introdução a Tecnologia de Alimentos
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Introdução a Tecnologia de Alimentos
• Introdução;
• Causas, Objetivos e Consequências da Industrialização de Alimentos;
• Importância da Tecnologia de Alimentos;
• Classificação dos Alimentos;
• Tipos de Indústrias Alimentícias;
• Princípios Básicos das Tecnologias de Conservação de Alimentos.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Apresentar a disciplina de tecnologia de alimentos bem como mostrar a importância
de conhecê-la;
• Aplicar o conhecimento no que tange a produção de alimentos.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Introdução a Tecnologia de Alimentos
Introdução
Gostaria de convidá-los a ler parábola escrita pelo Professor Doutor Mauro Fisberg, que é
Explor
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Relata-se que a necessidade de correr à procura de caça tenha possibilitado ao
homem ficar na posição ereta e, ainda, que a cocção de alimentos, antes mesmo
do surgimento do fogo (fontes termais e gêiseres) e, mais facilmente depois da des-
coberta do fogo, tenha contribuído para a definição da atual aparência do homem
moderno. A cocção dos alimentos possibilitou o menor desenvolvimento dos mús-
culos faciais e o maior crescimento da cavidade craniana e do cérebro pelo menor
esforço na mastigação (ARAÚJO, 2004).
Acesse: https://goo.gl/Pge6Uq.
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Conceitos Básicos
Matéria-prima
Todo insumo de origem animal, vegetal ou mineral, em estado bruto, que, para
ser utilizada como alimento, precisa ser transformado ou tratado química, física
ou biologicamente, pois a qualidade do produto dependerá de adequação da sua
origem, podendo ser classificada como:
• Perecível: é aquela que, em condições ambientes, tende a se alterar rapida-
mente, a menos que seja submetida a processos de conservação; na maioria
das vezes, é associada à alta atividade da água (Aw);
• Semiperecível: a que apresenta a estabilidade aumentada em decorrência de
técnicas aplicadas em seu processamento, que a leva a adquirir maior resistên-
cia às alterações por possuir menor Aw;
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• Não perecível: aquelas que, por apresentar grande resistência ao ataque de
microrganismos, por possuir baixo teor de umidade e baixa Aw, pode ser es-
tocada à temperatura ambiente por um período mais prolongado.
Alimentos
A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) define Alimento “como
toda substância ou mistura de substâncias, no estado sólido, líquido, pastoso ou
qualquer outra forma adequada, destinada a fornecer ao organismo humano os
elementos normais, essenciais a sua formação, manutenção e desenvolvimento.”
Cabe aqui ressaltar a definição de nutrientes: são substâncias contidas nos ali-
mentos e utilizadas pelo organismo com as finalidades de:
• Fornecer aporte de energia necessária para manter a integridade e o perfeito
funcionamento das estruturas corporais;
• A provisão dos materiais necessários para a formação dessas estruturas;
• O suprimento das substâncias necessárias para a regulação do metabolismo.
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Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images
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Classificação quanto à função
Os alimentos podem ser divididos em grupos, de acordo com as funções que
desempenham na dieta.
Figura 2
Fonte: iStock/Getty Images
Alimentos energéticos
Principais responsáveis em fornecer a energia que o nosso corpo necessita para
realizar suas atividades.
Os alimentos que fazem parte desse grupo são as raízes (aipim, inhame), batata,
macarrão, arroz e pão. Esses últimos devem ser consumidos preferencialmente na
versão integral, pois tem maior teor de fibras. Também estão incluídos nesse grupo
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Alimentos construtores
A principal função é atuar na construção de novos tecidos (além de formarem
enzimas, anticorpos e hormônios). Por isso, são especialmente importantes para
crianças e adolescentes, que estão em fase de crescimento; além de auxiliar nos
processos de cicatrização.
Fazem parte desse grupo os alimentos de origem animal, como carne, peixe,
ovos, leite, queijos e iogurte.
Devemos dar preferência às carnes com baixo teor de gordura e optarmos por
preparações assadas, grelhadas ou cozidas, evitando a fritura.
Alimentos reguladores
Garantem o bom funcionamento do corpo e atuam na proteção do nosso or-
ganismo contra doenças, pois auxiliam na manutenção da integridade das células.
Boas dicas são incluí-las em sucos naturais, vitaminas, como sobremesas, sandu-
íches, sopas, bolos, suflês, ensopados e molhos naturais, entre outros.
Explor
O Guia Alimentar da População Brasileira tem dentre seus objetivos informar as reco-
mendações nutricionais para alcançar uma alimentação saudável, equilibrada e palatável.
Em sua edição mais atual (2014) apresenta de forma prática a estrutura dessa
alimentação (BRASIL, 2014).
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Figura 3 – Exemplo de transformação de um alimento in natura até ultraprocessado
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
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Alimentos processados
Os alimentos processados são produzidos pela indústria com a adição de sal, açúcar
ou outra substância de uso culinário a alimentos in natura, para que o tempo de prate-
leira seja aumentado e os alimentos se tornem também mais seguros e mais palatáveis.
Alimentos ultraprocessados
São os alimentos com maior teor de alte-
ração de suas características naturais. Suas
formulações industriais são feitas inteira-
mente ou em sua maioria de substâncias ex-
traídas de alimentos (óleos, gorduras, açúcar,
amido, proteínas), derivadas de constituintes
de alimentos (gorduras hidrogenadas, amido
modificado) ou sintetizadas em laboratório
(corantes, aromatizantes, realçadores de sa-
bor e vários tipos de aditivos usados para do-
tar os produtos de propriedades sensoriais
atraentes). Por exemplo, suco em pó, sal-
Figura 6 – Alimentos ultraprocessados
gadinhos em pacote, refrigerantes balas etc. Fonte: iStock/Getty Images
Explor
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Tipos de Indústrias Alimentícias
Você Sabia? Importante!
Você sabia que a Indústria de Alimentos se desenvolveu em sua fase inicial para resolver
o problema do armazenamento de excedentes e da comercialização de alimento?
Hoje, ela confere ao produto maior durabilidade e aproveitamento. O processamento é
dividido em quatro fases: beneficiamento, elaboração, preservação e conservação
e armazenamento, sendo que os métodos de conservação de alimentos são bastante
empregados para aumentar a vida útil do produto.
• Vinagres;
• Sopas e caldos;
• Café;
• Sorvetes;
• Chá;
• Supergelados;
• Cereais;
» Aromatizantes.
• Condimentos;
• Matéria-prima para alimentos;
• Desidratados e liofilizados;
• Diversos.
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Para que o alimento possa ser conservado por mais tempo, é necessário destruir
total ou parcialmente os microrganismos capazes de crescer no alimento, modificar
ou eliminar uma ou mais das condições favoráveis ao desenvolvimento dos micror-
ganismos e ou adicionar aos alimentos substâncias que impeçam sua multiplicação
(CARELLE; CÂNDIDO, 2015).
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• Refrigeração: esse método reduz a multiplicação dos microrganismos pre-
sentes nos alimentos, sendo utilizado como meio de armazenamento e con-
servação básica, inclusive em nossos lares. As temperaturas aqui utilizadas são
superiores a 0°C;
• Salga: o princípio desse método baseia-se na retirada da água dos alimentos
utilizando-se o sal, diminuindo a atividade de água e aumentando assim sua
conservação. Por exemplo, carnes salgadas, bacalhau etc.;
• Secagem: usa o calor para remover a água dos alimentos, produzindo alimen-
tos como vegetais e carnes desidratadas, massas alimentícias, leite em pó, café
em pó etc.;
• Secagem supercrítica: usa o calor para remover a água dos alimentos, mas
com temperaturas mais baixas que a secagem convencional, gerando produtos
de melhor qualidade;
• Tratamento térmico: no tratamento térmico são aplicadas temperaturas que
destroem totalmente os patógenos e que destroem parcialmente (pasteurização)
ou totalmente (esterilização – enlatamento) os microrganismos deterioradores;
• Ultrassom: redução de microrganismos patogênicos em temperaturas mais
baixas. inativação enzimática; inativação microbiana (preservação);
• Uso de aditivos: esse método consiste na adição de substâncias químicas devi-
damente aprovadas pelas autoridades competentes (aditivos) ao alimento com o
propósito de melhorar sua coloração, textura, aroma, consistência, sabor e tam-
bém de conservá-los por mais tempo. Alguns exemplos desse último grupo são:
benzoatos, sorbatos, bissulfito, nitrito e peptídeos antimicrobianos como a nisina.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Pronatec - IFPR
https://goo.gl/d2VTcF
Vídeos
Indústria 4.0 - Alimentos e Bebidas - Fispal Tecnologia
https://youtu.be/kFQkA9mSYgY
Leitura
A química dos alimentos: carboidratos, lipídeos, proteínas, vitaminas e minerais
https://goo.gl/I2jItv
Comida e Sociedade: uma história da alimentação
https://goo.gl/Z2S9A4
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Referências
ANVISA. Guia de procedimentos para pedidos de inclusão e extensão de
uso de aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia de fabricação na
Legislação brasileira. 2015. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/docu-
ments/33916/389979/Guia+de+Procedimentos+para+Pedidos+de+Inclus%C3
%A3o+e+Extens%C3%A3o+de+Uso+de+Aditivos+Alimentares+e+Coadjuvante
s+de+Tecnologia+de+Fabrica%C3%A7%C3%A3o+na+Legisla%C3%A7%C3%A
3o+Brasileira.pdf/ad2f1a36-276c-4115-ba6b-62ccf3305400>. Acesso em: 23
ago. 2018.
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