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Patrística IRENEU DE LYON

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FACULDADE CATÓLICA DE FORTALEZA


DISCIPLINA: PATRÍSTICA I
PROFESSOR: PE. EVARISTO
ALUNO: RÔMULO BEZERRA DE CASTRO

IRENEU DE LYON

FORTALEZA, 2010.
1

IRENEU DE LYON

1. A história de Ireneu

O que nos é conhecido acerca dos dados biográficos de Ireneu provém de um


testemunho que ele mesmo fez e que nos foi por Eusébio de Cesaréia no livro História
Eclesiástica.
Ireneu nasceu em Esmirna, na Ásia Menor, provavelmente entre os anos 140 e
160. Passou sua juventude junto a Policarpo, bispo de Esmirna e discípulo do apóstolo
João, e também na convivência de outros anciãos que testemunharam os tempos
apostólicos. Através de Policarpo, Ireneu recebeu uma segura transmissão da doutrina
apostólica. Na sua Carta a Fiorino ele mesmo narra essa proximidade com Policarpo:

Sou capaz de dizer em que lugar o bem-aventurado Policarpo se sentava para falar, suas
entradas e saídas, sua maneira de viver, seu aspecto físico, as conversas que mantinha
com a comunidade, como falava de seu relacionamento com João em com os outros que
tinham visto o Senhor; como lembrava suas palavras e que coisas os ouvira dizer a
respeito do Senhor, dos milagres que fez e de seu ensinamento; como Policarpo havia
recebido tudo isso das testemunhas oculares do Verbo da vida e as transmitia em
conformidade com as Escrituras. 1

Não se sabe o motivo pelo qual Ireneu deixou a Ásia Menor. Porém, parece que
no seu translado à Lyon ele tenha permanecido certo tempo em Roma. Isso devido ao
fato de serem tão familiares a ele as tradições da Igreja (provém dele a lista que temos
dos primeiros papas) e também os detalhes da viagem de Policarpo a Roma, quando foi
tratar com o papa Aniceto sobre as controvérsias entre a Igreja de Roma e as Igrejas da
Ásia Menor acerca da data da páscoa. 2
No ano de 177, Ireneu, já como presbítero na comunidade de Lyon, é enviado a
Roma como portador de uma carta dos fiéis de Lyon ao papa Eleutério. No período
dessa viagem a comunidade de Lyon sofreu com a perseguição de Marco Aurélio, que
resultou no martírio de pelo menos quarenta e oito cristãos, entre eles Potino, bispo de
Lyon, aos seus 90 anos de idades. Estes são conhecidos como Os mártires de Lyon. Ao
retornar de Roma, Ireneu é eleito bispo de Lyon no lugar de Potino.

1
Carta de Ireneu a Florino, in Eusébio de Cesaréia, História Eclesiástica, V, 20, 4-8. in LIÉBAERT,
Jacques. Os padres da Igreja – séculos I-IV. Vol. 1. Loyola: São Paulo, 2000. (p. 54).
2
Cf. LIÉBAERT, Jacques. Os padres da Igreja – séculos I-IV. Vol. 1. (p. 54).
2

Ireneu, enquanto bispo, fez intervenções junto a outras igrejas em diversos debates
por meio de cartas. A que mais se destaca foi a carta ao papa Vítor (189-199) com o
intuito de pacificar um conflito surgido entre a Igreja de Roma e as Igrejas da Ásia
acerca da celebração da Páscoa.
Liderados por Policrates (Éfeso), os bispos da Ásia queriam conservar a data que
foi adotada por João, que era a data da festa da páscoa hebraica. Já as Igrejas ocidentais
e algumas orientais queriam outra data. Isso levou o papa Vítor a ameaçar com a
excomunhão os que fossem contra o que seria a sua orientação. Isso poderia ter graves
consequências, como uma possível cisão na Igreja. 3
Ireneu, com o intuito de pacificar a situação, escreveu ao papa exortando
respeitosamente a não tomar medidas tão radicais para que não haja uma quebra na
unidade cristã por essas razões. Para Ireneu, “a diversidade dos usos litúrgicos não
compromete a unidade; faz, ao contrário, sobressair mais a comunhão fundamental da
fé; o bispo de Lião lembra a Vítor o exemplo de tolerância dado por Policarpo a
Aniceto. A catolicidade não é a uniformidade.”4
Segundo Eusébio de Cesaréia, Ireneu, pela sua conduta, fez jus ao seu nome:

O nome Ireneu era-lhe bem adequado (Ireneu em grego significa ‘pacífico’) e, por sua
conduta, era pacificador; de modo semelhante, ele aconselhava e intervinha em favor da
paz das Igrejas. Não apenas junto a Vítor, mas também de muitos outros chefes de
Igrejas, mantinha, por meio de cartas, considerações análogas a respeito da questão
discutida.5

Não se sabe ao certo a causa da sua morte. São Jerônimo afirmava que Ireneu foi
martirizado por heréticos com aproximadamente 70 anos de idade. Há outros que
afirmam que ele tenha morrido por volta de 202 em um massacre de cristãos em Lyon,
liderado por Sétimo Severo. Pela Igreja ele é considerado mártir e sua memória é
celebrada no dia 28 de Junho.

3
Cf. RIBEIRO, Helcion. Introdução. in Ireneu de Lyon. Adversus Haereses. Patrística. Trad. Lourenço
Costa. São Paulo: Paulus, 1995. (p.15).
4
LIÉBAERT, Jacques. Os padres da Igreja – séculos I-IV. Vol. 1. (p.56).
5
Eusébio de Cesaréia. História Eclesiástica. V, 24, 18. in LIÉBAERT, Jacques. Os padres da Igreja –
séculos I-IV. Vol. 1. (p.55)
3

2. Obras

Ireneu tomou para si a missão de combater com os seus escritos as heresias


gnósticas. Suas obras possuem uma “dupla finalidade: defender a verdadeira doutrina
contra os ataques heréticos, e expor com clareza a verdade da fé”. 6 Com esse intuito,
escreveu a Exposição da pregação apostólica e a Adversus Haereses, cujo título
original acredita-se que seja Pesquisa sobre a pretensão e a queda da falsa gnose. Desta
obra, escrita provavelmente em grego, só nos chegou uma tradução latina. Muitos
fragmentos de suas cartas também nos foram conservados por Eusébio de Cesaréia.
Suas obras são uma das poucas fontes que temos da época que explica o
gnosticismo do século II. Nela se tem uma ampla visão do que é o gnosticismo. Para ser
mais preciso, Ireneu combateu o gnosticismo valentiano.
Para o gnosticismo, a salvação está no conhecimento, pois nele o homem toma
consciência de sua natureza de ser espiritual, se libertando da matéria. A salvação está,
pois, nesse conhecimento libertador. Os que não estão nesta condição são os
“materiais”: possuem apenas elementos carnais e estão destinados à perdição.
Ireneu, perscrutando os mistérios divinos, desmascara o caráter pseudocrístão da
gnose, defendendo eficazmente os artigos da fé.
Ele é considerado o “pai da teologia”, pois começa a desenvolver o que seria uma
teologia especulativa. Ele é o primeiro autor que, partindo das Escrituras, expressa de
certa forma em conceitos dogmáticos os conteúdos da doutrina cristã.

3. Influências

No que se refere à formação teológica, Ireneu recebeu forte influência da teologia


apostólica, principalmente de S. João, por intermédio de S. Policarpo. Existem também
outros personagens que tiveram certa influência teológica sobre Ireneu, como Clemente
Romano, Barnabé, Hermas, o autor da Didaqué, Teófilo de Antioquia, Melitão de
Sardes, Artistão de Pella, Taciano e, possivelmente, Clemente Alexandrino e
Atenágoras.
De maneira sistemática Ireneu recorre às epístolas paulinas. Sua ligação próxima
com os apóstolos fez de Ireneu o “teólogo da tradição eclesial”, visto que foi um grande

6
Bento XVI. Catequese sobre Santo Ireneu em 28 de Março de 2007.
4

transmissor da fé recebida pela tradição apostólica. A ligação com os apóstolos é sentida


como uma realidade próxima e viva.
Na formação clássica de Ireneu, podemos citar Homero e Hesíodo, Píndaro e
Estesicoro. Conheceu as fábulas de Esopo e os dramas de Édipo. Nos seus escritos sobre
as teorias gnósticas, encontrou paralelos na doutrina de Tales, Anaximandro,
Anaxágoras, Platão e Aristóteles. Teve um profundo conhecimento de Justino. Para
desenvolver suas teses contra os gnósticos, teve que estudar os escritos de Valentim,
Ptolomeu, Marcos, Marcião, Simão, o Mago, Menandro, Saturnino, Basílides,
Carpocrates, Cerinto, os ebionitas, os nicolaítas, Cerdão, Taciano, os ofitas, os setitas,
os cainitas.7

4. Pontos principais de sua teologia

As obras de Ireneu ultrapassam uma simples refutação das heresias. Elas trazem
riquíssima densidade teológica, possuindo profunda coerência com a fé. A Regula fidei
está no centro de todo o seu discurso. “Pode-se dizer que de fato ele se apresenta como
o primeiro grande teólogo da Igreja, que criou a teologia sistemática.” 8
A seguir, serão abordados alguns dos principais pontos de sua teologia.

a) Unidade e unicidade de Deus

Ireneu não se utilizou do termo “Trindade” para definir o Deus Uno e Trino. Nem
tampouco discute a relação das três pessoas em Deus. Ele deu preferência em sublinhar
o aspecto da unidade e unicidade de Deus.
Antes da criação do mundo já existiam as três pessoas. A criação é, pois, uma
ação única conjunta de Deus. As palavras “façamos o homem à nossa imagem e
semelhança” foram pronunciadas pelo Pai ao Filho e ao Espírito. “A comunicação que
Deus faz de si mesmo implica sempre a relação entre o Filho e o Espírito Santo, a Quem
Ireneu de Lião realmente chama ‘as duas mãos do Pai’”.9
Contrário aos gnósticos, para Ireneu Deus é o mesmo criador revelado em Jesus
Cristo, seu Verbo. O Deus que cria o mundo é o Pai do Logos. Jesus é o Verbo feito
carne, a Palavra de Deus, o Verbum Domini.
7
Cf. RIBEIRO, Helcion. Introdução. in Ireneu de Lyon. Adversus Haereses. Patrística. (p.17).
8
Bento XVI. Catequese sobre Santo Ireneu em 28 de Março de 2007.
9
Bento XVI. Exort. Ap. pós-sinodal Verbum Domini, 15.
5

Somente o Verbo conhece Deus ab initio e somente através dele Deus se torna
conhecido. “De fato, o Filho – afirma Santo Ireneu de Lião – ‘é o Revelador do Pai’”. 10
Por meio de Deus feito homem é aberta a possibilidade ao homem de conhecer Deus,
pois o homem, por si mesmo, é incapaz de conhecer plenamente a Deus.

O pai, por invisível que seja para nós, é conhecido por seu próprio Verbo e, embora
inexprimível, é expresso por ele; reciprocamente, o Verbo não é conhecido senão pelo
Pai: tal é a dupla verdade que o Senhor nos deu a conhecer. E assim o Filho revela o
conhecimento do Pai por sua própria manifestação: o conhecimento do Pai é
manifestação do Filho, pois todas as coisas são manifestas pela mediação do Verbo. 11

Nas pessoas da trindade existe uma unidade na essência, mas uma diferença na
missão. Somente o Pai é o Principium Totius Deitatis. Apesar de um estar no outro, ele
não deixa de ser outro. Ele é o mesmo na sua essência, mas outro enquanto pessoa. Essa
unidade na diversidade rejeita todas as rupturas que o gnosticismo estabeleceu.
Há também uma profunda unidade entre Deus e a sua obra. Nos planos de Deus, o
universo foi criado para o homem, e o homem para a comunhão com Deus. Cristo, pela
encarnação, assumindo a criação para levá-la ao fim visado inicialmente por Deus,
realiza no próprio ser a comunhão de Deus e do homem. Ele é, pois, o mediador da
comunhão entre Deus e o homem.

b) A economia realizada pela recapitulação

Um tema que, de certa maneira, foi privilegiado por Ireneu é a recapitulação de


todas as coisas em Cristo. Para ele, recapitulação é a reconstituição originária do
homem através de Cristo.
O homem foi criado por Deus no estado de perfeição. Pelo pecado do primeiro
Adão houve um rompimento deste estado. A queda do homem provocou, de certa
forma, a destruição da raça humana.
Pela sua obra salvífica, Cristo, o novo Adão, restaura a unidade do plano de Deus.
Ele faz uma recriação da humanidade. Em si, Ele recapitula a condição humana original.
Em Cristo a humanidade encontra sua verdadeira imagem, sua originalidade.
Deus recria mediante sua Palavra. Somente a Palavra, o Verbum Domini é capaz
de recapitular tudo. Porém, a recapitulação não depende só dele, mas do querer do
10
Bento XVI. Exort. Ap. pós-sinodal Verbum Domini, 90.
11
Ireneu. Adversus Haereses, IV, 6,1. In GOMES, C. Folch. Antologia dos Santos Padres. São Paulo,
Paulinas, 1979.
6

homem. Deus não impõe sua vontade ao homem. Sua auto-oferta é sempre um dom de
amor. Essa recapitulação do homem só é possível porque o homem é capaz de Deus,
pois foi criado a sua imagem e semelhança.

c) A educação progressiva do homem

O homem, enquanto criatura, é um ser inacabado, pois difere de Deus. Ele é um


ser em devir, ou seja, está em constante desenvolvimento em vista da sua maturidade.
Acontece essa maturação na medida em que vai assemelhando-se a Deus pela ação do
Espírito Santo nele. Assim, o homem vai progredindo e se aproximando da perfeição,
do Perfeito, Deus.
Essa perfeição não poderia ser dada ao homem no ato da sua criação, pois ele não
era capaz de recebê-la. O tempo e a história será o lugar de maturação onde se
completará o plano divino.

Esses são [...] o movimento pelos quais o homem criado e modelado se torna imagem e
semelhança do Deus incriado: o Pai decide e comanda, o Filho executa e modela, o
Espírito alimenta e desenvolve, e o homem progride pouco a pouco e eleva-se a
perfeição, isto é, do Incriado; pois não há perfeito a não ser o Incriado, e este é Deus. 12

Para Ireneu, o que constitui o aspecto da imagem de Deus no homem é o fato de


ele ser um ser livre e responsável. Como Deus é livre, assim também é o homem. A
perfeição do homem estará ligada à sua adesão ao plano salvífico de Deus. De um lado
há a iniciativa divina que reabre ao homem o acesso a Deus; do outro lado está o
homem no exercício da sua liberdade.
A alma não é imortal por natureza. É Deus quem a faz imortal. Na medida em que
a alma está ligada ao seu criador, ela se torna imortal. A imortalidade da alma está
ligada à vida moral reta e perfeita.

d) Eclesiologia

A eclesiologia de Ireneu vai está ligada diretamente a sua teologia da


recapitulação. Deus faz de Cristo Cabeça da Igreja para que, através dela, aconteça até o
fim do mundo sua obra de recapitulação.

12
Ireneu. Adv. Haer., IV, 38, 1 e 3. in RIBEIRO, Helcion. Introdução. (p.67).
7

O ensinamento dos apóstolos é o cânon da verdade, a norma de fé que, pela Igreja


continua sendo ensinado sem alteração. Por isso, somente as Igrejas fundadas pelos
apóstolos são testemunhas da verdade. A sucessão ininterrupta dos bispos é que garante
a verdade de sua doutrina.
Ireneu fará, então, uma dura crítica aos heréticos. Por lhes faltar a tradição
apostólica, eles não estão destro dessa Igreja. Por não ensinarem a doutrina dos
apóstolos, não possuem o carisma da verdade.

e) Mariologia

Em Ireneu, a ideia de mariologia será diretamente influenciada pela ideia da


recapitulação. Assim como Ireneu faz um paralelo entre Adão e Cristo, ele também o
faz entre Eva e Maria. Se a primeira foi desobediente, a segunda foi obediente. Assim, a
desobediência de uma foi compensada pela obediência de outra.

Da mesma forma que aquela fora seduzida para desobedecer a Deus, esta se deixou
persuadir a obedecer a Deus, para ser – ela, a Virgem Maria – a advogada de Eva, de
sorte que o gênero humano, submetido à morte por uma virgem, fosse dela libertado por
uma Virgem.13

f) Tradição apostólica

Combatendo as ideias gnósticas que afirmava que a fé era somente um símbolo


para os simples, e que somente os intelectuais tinham acesso ao que estava por detrás
dos símbolos, ou seja, que eles possuíam uma verdade que era superior à fé comum,
Ireneu irá apresentar um conceito genuíno da tradição apostólica.
Para ele, a tradição apostólica não é privada ou secreta, mas é pública. Quem
quiser conhecer a fé deve conhecer a tradição dos apóstolos, pois terá nela a segurança
dos ensinamentos de Cristo.
Enquanto é possível encontrar várias seitas no gnosticismo, a tradição apostólica é
única nos seus conteúdos. Isso gera uma unidade na Igreja espalhada em todos os povos,
pois nela é conservada com solicitude a fé dos apóstolos.

13
Adv. Haer., V,19,1. in GOMES, C. Folch. Antologia dos Santos Padres. (p.134).
8

Por fim, Ireneu vai dizer que a tradição apostólica é pneumatológica. “Não se trata
de uma transmissão confiada à habilidade de homens mais ou menos doutos, mas ao
Espírito de Deus, que garante a fidelidade da transmissão da fé”.14

5. Sua atualidade para a teologia

É inegável a atualidade da teologia de Ireneu de Lyon. Não obstante desenvolvida


nos primeiros séculos da era cristã, ela possui fortíssima atualidade.
Ireneu, considerado como o primeiro teólogo, desenvolveu sua teologia com bases
sólidas, tanto pelo fato de ser desenvolvida em um momento da história onde a
proximidade com os apóstolos era vivida como uma realidade viva, como pelo fato dela
estar totalmente fundamentada nas Sagradas Escrituras. O conteúdo de sua doutrina trás
segurança para enriquecer e, de certa forma, fundamentar muitas teologias atuais.
Sua carta ao papa Vítor, quando tratou dos problemas acerca das datas da
comemoração da páscoa, possui sabedoria para um atual diálogo tanto entre a Igreja de
Roma e as igrejas orientais. E, de certa forma, poderia iluminar para um sadio diálogo
ecumênico.
Sua doutrina sobre a unidade e unicidade de Deus apresenta forte iluminação para
os tempos atuais, onde se distorce a imagem de Deus. Ireneu nos dá luzes para um
seguro conhecimento de Deus.
A recapitulação, enquanto reconstrução do ser humano por Cristo, alcança todo
homem, inclusive do tempo atual.
Sua antropologia mostra ao homem de hoje sua altíssima vocação à comunhão
com Deus.
Seriam inúmeros pontos a serem expostos acerca do grande contributo que Ireneu
tem para a teologia atual. Verifica-se, dessa forma, sua constatável atualidade.

14
Bento XVI. Catequese sobre Santo Ireneu em 28 de Março de 2007.

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