Resumos Economia
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Mecanismo de Mercado
A formação do preço pela interação da procura e da oferta
O preço de um bem ou serviço resulta do confronto, no mercado, de utilizadores e produtores,
dependendo a interação entre uns e outros de um mecanismo de regulação automática – o
mecanismo de mercado.
Mecanismo de mercado (“mão invisível) - São os sucessivos ajustamentos proporcionados pelas
variações dos preços, ate se encontrar o ponto de equilíbrio – ponto em que os interesses dos
diferentes agentes (oferta / procura) se encontram.
É um mecanismo autorregulador – concilia os interesses opostos de consumidores /
compradores e produtores / vendedores.
É no mercado de concorrência perfeita que, segundo a teoria económica clássica
/neoclássica, o ponto de equilíbrio satisfaz “melhor” ambas as partes – A esta situação chama-
se eficiência.
O elemento central do mercado é o Preço.
Funciona em qualquer tipo de mercado.
Os consumidores e produtores vão-se ajustando ás diferentes situações, procurando, com
racionalidade, obter o maior benefício das suas situações opostas.
Liberdade de entrada no mercado – qualquer empresa poderá produzir um bem sem que as
empresas já produtoras desse bem se possam opor.
Atomismo – existência de muitos produtores a oferecer o produto e muitos compradores a
procurá-lo, havendo assim vários agentes económicos causando pressões no mercado.
Transparência do mercado – todos os produtores deverão dar a informação sobre os ramos e
setores da atividade económicas lucrativas, e ter conhecimento dessa informação, para
poderem mobilizar os fatores de produção para essas atividades.
Mobilidade dos fatores de produção – o mecanismo de mercado pressupõe a fácil reconversão
e deslocalização dos fatores produtivos, capital e força de trabalho, para os setores que mais
oportunidade lucrativa ofereçam aos produtores.
Homogeneidade – os bens produzidos apresentam características semelhantes, pelo que serão
perfeitamente substituíveis.
Moeda
É um bem de aceitação generalizada que se utiliza como intermediário de trocas.
A introdução da moeda no ato da troca veio permitir, logicamente, o incremento da atividade
comercial, pois qualquer indivíduo que pretenda trocar um bem encontrará, com facilidade, um
outro individuo que lhe entregará, em moeda, o valor correspondente ao bem que ele deseja
trocar.
Formas de moeda
moeda-mercadoria; moeda-papel;
moeda metálica;
moeda escritural;
Moeda-mercadoria (trocas por gado, cereais…)
A moeda adotada estava relacionada com principal atividade a que cada comunidade se dedicava.
Assim, os pescadores utilizavam, como moeda, conchas, peixe ou sal; os pastores, o gado; os
agricultores, os cereais; etc. – era a moeda-mercadoria.
Moeda fiduciária
Visto que os depositantes não levavam o dinheiro dos bancos todos em simultâneo, os
bancos começaram a emitir mais notas do que a quantidade de moeda que tinham
armazenadas.
Chama-se moeda fiduciária porque os clientes tinham de confiar nos bancos, pois estes
estavam incapacitados de reembolsar em ouro, em simultâneo todos os depositantes. Ou
seja: é uma moeda que só tem valor porque o governo, a economia e as pessoas em geral lhe
atribuem valor.
Papel-moeda – Moeda divisionária ou de trocos e as Notas - utilizada hoje em dia
O papel moeda existe ainda nos nossos dias e apresenta como principais vantagens a facilidade de
transportem manuseamento e guarda. As notas não têm valor intrínseco, ou seja, o valor do
material em que são feitas não corresponde ao valor nelas inscrito.
Os governos vão intervir no mecanismo de emissão de moeda, confiando esta função a
instituições bancária por si controladas – os bancos emissores.
Papel representativo de determinado valor, emitido por um banco do Estado e com a mesma
função da moeda metálica.
Moeda inconvertível
A moeda é inconvertível e o Estado impõe a sua aceitação.
A inconvertibilidade das notas de banco em ouro, cabe aos governos estabelecerem o valor do
ouro depositado no banco emissor.
Curso Forçado
O Estado impôs o curso forçado às notas, dispensando o banco da sua conversão. As notas
circulam, não porque o banco disponha de uma reserva em ouro equivalente, nem por uma
questão de confiança, mas por imposição da sua aceitação por parte do Estado. É o
aparecimento do papel-moeda, que é atualmente o tipo de moeda de papel em circulação.
Funções da moeda
Meio de pagamento ou instrumento geral de trocas
Determina o valor do produto transacionado
Reserva de valor - poupança
A desmaterialização da moeda
Ao longo da história, a moeda foi perdendo o seu conteúdo material.
Com as novas tecnologias, a moeda escritural passou a ser muito recorrente entre os meios de
pagamento, pois a sua utilização é mais fácil e rápida.
As novas formas de pagamento/ Evolução Tecnológica
Instrumentos de movimentação da Moeda
- Cheques, transferências bancárias, cartões de débito e crédito
- Caixas Self-Service, Paypal e MB Net
- Telemóvel (app), serviço MB Way, Cartão Contactless, pagamentos online
A Inflação
Noção e causas da inflação
Inflação - É a subida contínua e generalizada dos preços.
Fatores:
Variação sazonal do preço – o preço da fruta oscila de acordo com a época do ano, são mais
baratos na época da colheita do que no resto do ano.
Excesso de procura
O excesso de procura origina um aumento dos preços.
Aumento dos custos de produção
O aumento dos salários, dos preços das matérias-primas e outros encargos associados à
atividade produtiva levarão as empresas a fazer repercutir a alta dos custos nos preços, de
forma a manterem as margens de lucro.
Inflação Esperada
Os agentes económicos esperam um aumento da inflação no futuro, o seu comportamento
poderá dar origem à subida dos preços no curto prazo.
Por exemplo se um trabalhador esperar um aumento da inflação, irão exigir um aumento dos
salários, o que vai aumentar os custos de produção, levando ao aumento do preço dos bens.
O mesmo acontece com as empresas, que se esperarem uma subida dos preços da matéria-
prima ou dos salários, vão de imediato aumentar os preços dos seus produtos.
Espiral Inflacionista
Consequências da inflação
Depreciação do valor da moeda
A moeda perde poder aquisitivo, ou seja, a mesma quantidade de moeda permite adquirir menos
bens e serviços.
Poder de Compra
É a quantidade de bens e serviços que é possível adquirir com o salário.
O poder de compra diminui sempre que a inflação é superior ao aumento dos salários.
Sempre que o aumento do Custo de Vida (inflação) é superior ao aumento dos rendimentos, o
Nível de Vida diminui.
Salário Real (Poder de Compra) = Salário Nominal (Rendimentos Disponível) – Inflação (IPC)
Se o IPC registar
valores superiores a 100 houve inflação se registar valores inferiores a 100 registasse uma
Se não temos o ano base para os cálculos consideramos o ano anterior, o seu valor e sempre 100.
Rendimentos Primários
Fatores de Produção
Capital Trabalho
Juros – os juros são pagos pelas “pessoas” que “utilizam” o dinheiro que depositamos no
banco.
Capital
Produção – Rendimentos Primários
Trabalho
Proprietários – Rendas
Capital Capitalistas – Juros Função
Empresários – Lucro
Salário Real
Quantidade de bens e serviços que o trabalhador pode adquirir com o seu salário nominal.
Salário Nominal (ano n)
Salário real (ano n) = × 100
IPC( ano n)
Se a inflação aumenta mais do que o Salário Nominal o Salário Real (poder de comprar)
diminui.
Se a inflação aumenta menos do que o Salário Nominal o Salário Real (poder de
compra) aumenta.
Se a inflação aumenta tanto como o Salário Nominal o Salário Real (poder de compra)
mantém-se.
Receitas públicas
As receitas públicas são arrecadadas pelo Estado para financiar as suas despesas. As
receitas públicas são constituídas pelas receitas patrimoniais ou voluntárias, pelas receitas
coativas, obrigatórias, e pelas receitas creditícias.
Receitas patrimoniais ou voluntárias
As receitas patrimoniais correspondem ao valor da venda pelo Estado de parte do seu
património, como a venda de material de guerra para sucata, da vende ou aluguer de
edifícios ou terrenos.
Receitas coativas – obrigatórias
Corresponde às receitas decorrentes dos impostos. São sempre fixadas por Lei, tendo os
particulares de se submeter às condições impostas. Ex. taxas, impostos, etc.
As taxas são diferentes dos impostos pois correspondem ao pagamento de um serviço
prestado pelo Estado, enquanto os impostos não têm qualquer prestação de serviço por
pare do Estado aos particulares
Receitas creditícias
Quando o Estado não consegue obter todos os rendimentos de que necessita para fazer
face às despesas pública, o Estado e forçado a recorrer a empréstimos originando a dívida
pública, interna ou externa.
Empréstimos Públicos: É um empréstimo em que o Estado toma dinheiro com a obrigação
de restituí-lo no futuro, normalmente com o pagamento de juros.
Dívida Pública: Tomando o dinheiro no mercado financeiro, o Estado faz surgir a figura da
dívida pública. A dívida pública poderá ser interna ou externa, conforme os empréstimos
terem sido tomados dentro ou fora do País.
Princípio da solidariedade
Políticas Fiscais – Criação de impostos sobre bens e serviços e rendimentos. Impostos
Políticas Sociais - Ação de agências governamentais ou institucionais que visam melhorar
ou reformar a sociedade. Subsídios
Políticas de Redistribuição dos Rendimentos – tem como finalidade a promoção da
equidade, ou seja, a re3dução das desigualdades sociais originadas na repartição primaria
dos rendimentos, através das políticas fiscais e sociais.
Taxas progressivas – quem têm rendimentos mais elevados estão sujeitos a taxas mais
altas.
Aplicações da Poupança
Entesouramento – quando guardamos o dinheiro
Rendimento Entesourado:
Retirado do circuito económico
Não financia a atividade económica
Improdutivo – não produz rendimentos
Perde valor com a inflação
Investidores
Público (estado)
Privado (empresa ou individuo)
Tipos de investimento:
Material (bens tangíveis) ex: máquinas
Imaterial (bens intangíveis) ex: formação e estágios para os empregados
Financeiro (aplicações financeiras) ex: compra de ações, parte de uma empresa
Investimento Indireto
Investimento através da conceção de financiamento/ empréstimos de longo prazo
Investimento Indireto do Exterior em Portugal
(financiamento concedido por não residentes)
Investimento Interno de Portugal no Exterior
(financiamento concedido por residentes)
Desvantagens:
Dependência da economia as estrangeiras
Fuga de lucros
Diminuição da receita pública – incentivos fiscais e anulação de barreiras aduaneiras –
não pagam impostos
Falta de garantia de continuidade
Financiamento
Financiamento Interno ou Autofinanciamento
Capacidade de Financiamento
Autofinanciamento (capital próprio)
Lucro não distribuído
Financiamento Externo
Necessidade de Financiamento
Recorre-se a terceiros (capital alheio)
Financiamento externo direto
Mercado de Títulos – Bolsa
(Emissão de ações ou obrigações)
Financiamento externo indireto
Instituições Financeiras
Crédito
Financiamento Externo Indireto
Instituições bancárias juro ativo ˃ juro passivo
Operações passivas – Depósitos – taxa de juro passivas
Captam poupanças – de quem tem poupanças
Constituem depósitos (à ordem, a prazo);
a conta à ordem não dá rendimento, mas a prazo dá rendimento
Pagam o juro passivo aos depositantes – por terem lá poupança
Constituem reservas mínimas obrigatórias impostos pelo BCE de 1% dos valores
depositados – devolvem o dinheiro se o banco falir, recorre-se ao fundo de garantia