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Procedimento arbitral
Poderá o árbitro ou o tribunal arbitral tomar o depoimento das partes, ouvir testemunhas e
determinar a realização de perícias ou outras provas que julgar necessárias, mediante
requerimento das partes ou de ofício.
Sentença arbitral
Ela pode ser completa ou parcial e será proferida no prazo estipulado pelas partes. Nada tendo
sido convencionado, o prazo é de seis meses, contado da instituição da arbitragem ou da
substituição do árbitro.
As partes e os árbitros, de comum acordo, poderão prorrogar o prazo para proferir a sentença.
Quando forem vários os árbitros, a decisão será tomada por maioria. Se não houver acordo
majoritário, prevalecerá o voto do presidente do tribunal arbitral.
Requisitos:
III – o dispositivo, em que os árbitros resolverão as questões que lhes forem submetidas e
estabelecerão o prazo para o cumprimento da decisão, se for o caso; e
VII – custas e despesas com a arbitragem, bem como sobre verba decorrente de litigância de má-
fé, respeitadas as disposições da convenção de arbitragem.
Pedido de esclarecimentos
O árbitro ou o tribunal arbitral decidirá no prazo de 10 dias ou em prazo acordado com as partes,
aditará a sentença arbitral e notificará as partes.
A parte interessada poderá ingressar em juízo para requerer a prolação de sentença arbitral
complementar, se o árbitro não decidir todos os pedidos submetidos à arbitragem. O Poder
Judiciário deverá determinar que o árbitro (ou tribunal) arbitral profira a decisão complementar.
Tutelas provisórias
Em 2015, a Lei de Arbitragem foi alterada para inserir a possibilidade de o Poder Judiciário
prolatar decisões referentes à concessão de medida cautelar ou de urgência, desde que antes de
instaurado o procedimento arbitral.
A lei ainda previu que, concedida a tutela provisória pelo juízo estatal, a parte tem 30 dias para
requerer a instituição do procedimento arbitral, sob pena de cessar a eficácia da medida.
Ademais, instituído o tribunal arbitral, este deverá proceder com a reapreciação da decisão
concessiva, resolvendo por sua manutenção, revogação ou modificação.
As sentenças prolatadas pelo juízo arbitral produzem os mesmos efeitos da sentença proferida
pelos órgãos do Poder Judiciário entre as partes e seus sucessores e constituem títulos
executivos judiciais, não havendo necessidade de sua homologação.
Ela enseja coisa julgada material, autorizando a revisão judicial apenas quanto a vícios formais e
nunca quanto ao seu conteúdo.
Carta arbitral
O árbitro pode decidir, mas não tem poder para tomar nenhuma providência executiva, inclusive
em relação às medidas provisórias. Para tanto, ele solicitará cooperação do Poder Judiciário, via
carta arbitral. Não é possível que o Poder Judiciário reveja o mérito da decisão, devendo apenas
cumpri-la.
De acordo com o Código de Processo Civil, o pedido de cooperação jurisdicional deve ser
prontamente atendido, prescinde de forma específica e pode ser processado no foro onde se dará
a efetivação da medida ou decisão, ressalvadas as hipóteses de cláusulas de eleição de foro
subsidiário.
Caso tenha sido estipulada confidencialidade na arbitragem, será observado o segredo de justiça,
no cumprimento da carta arbitral.
Não fixado no compromisso arbitral: o árbitro requererá ao órgão do Poder Judiciário que seria
competente para julgar, originariamente, a causa que os fixe por sentença.
Para ser reconhecida ou executada no Brasil, a sentença arbitral estrangeira está sujeita,
unicamente, à homologação do Superior Tribunal de Justiça, devendo a petição inicial conter:
Conflito de competência
Em 2015, a Lei 13.129 alterou a Lei da Arbitragem, passando a dispor expressamente acerca da
possibilidade de a administração pública direta e indireta utilizar-se da arbitragem desde que haja
a arbitrabilidade objetiva e subjetiva.
Nesse ponto, é importante fazer a distinção entre atos de império e atos de gestão.
Atos de império: são praticados pelo poder público como autoridade, como ente que atua em
nome do Estado. As decisões sobre desapropriação, por exemplo, não podem ser objeto de
apreciação por árbitro, mas os efeitos patrimoniais dessas decisões podem, porque são passíveis
de valoração econômica.
Atos de gestão: são praticados pelo poder público sem as prerrogativas próprias de autoridade,
tal como ocorre com os contratos de direito privado, como compra e venda. Os conflitos surgidos
podem ser decididos pela via da arbitragem.
A sentença arbitral proferida em face da Fazenda Pública não está sujeita à remessa necessária;
Caso não haja estipulação pelas partes, não se aplicam à arbitragem as prerrogativas da
Fazenda Pública em juízo (intimação pessoal, nem prazos em dobro, etc.).
Enunciado 11: Nas arbitragens envolvendo a Administração Pública, é permitida a adoção das
regras internacionais de comércio e/ou usos e costumes aplicáveis às respectivas áreas técnicas.
Enunciado 13: Podem ser objeto de arbitragem relacionada à Administração Pública, dentre
outros, litígios relativos:
Enunciado 18: Os conflitos entre a administração pública federal direta e indireta e/ou entes da
federação poderão ser solucionados pela Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração
Pública Federal – CCAF – órgão integrante
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CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
Trata-se de uma medida judicial adotada pelo devedor que queira desonerar-se e que esteja em dificuldades para o
fazer porque o credor recusa-se a receber ou dar quitação, porque está em local inacessível ou ignorado ou porque
existem dúvidas a respeito de quem deve legitimamente receber o pagamento.
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso
perigoso ou difícil;
• Um para as hipóteses em que se sabe quem é o credor, mas não se consegue fazer o pagamento, porque ele
não aceita receber ou dar quitação; ou não vai buscar o pagamento, embora seja sua tarefa; ou está em
local inacessível ou desconhecido.
• Outro, quando houver dúvida sobre a quem deve ser feito o pagamento.
• Ambos exigem que o autor deposite o valor oferecido.
• Mas, no primeiro, não existe litígio senão entre o devedor e o credor enquanto no segundo pode surgir
disputa entre os dois ou mais credores potenciais
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APOSTILA
O árbitro deverá, no início do procedimento, tentar a conciliação das partes.
2 Poderá o árbitro ou o tribunal arbitral tomar o depoimento das partes, ouvir testemunhas e determinar a
realização de perícias ou outras provas que julgar necessárias, mediante requerimento das partes ou de ofício.
As partes poderão postular por intermédio de advogado ou designar quem as represente ou assista no
procedimento arbitral.
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Justiça Federal
Tem competência para processar e julgar, entre outras, as causas em que a União, entidade autárquica ou
empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras; os crimes políticos e as infrações penais
praticadas contra a União, causas relativas a direitos humanos, previdência social. Cada Estado, bem como o
Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária que terá por sede a respectiva Capital, e varas localizadas
segundo o estabelecido em lei. Já os Tribunais Regionais Federais representam a Segunda Instância da Justiça
Federal compondo-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados
pelo presidente da República.
Justiça do Trabalho
Julga ações entre trabalhadores e empregadores e outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho. São
órgãos da Justiça do Trabalho: Tribunal Superior do Trabalho (instância mais alta, com sede em Brasília); os
Tribunais Regionais do Trabalho; e as varas do Trabalho.
Justiça Eleitoral
Cuida da organização do processo eleitoral, alistamento eleitoral, votação, apuração dos votos e diplomação dos
eleitos. São órgãos da Justiça Eleitoral: o Tribunal Superior Eleitoral (com sede em Brasília); os Tribunais
Regionais Eleitorais (na Capital de cada Estado e no Distrito Federal); os juízes eleitorais; e as juntas eleitorais.
Justiça Militar
Processa e julga crimes militares definidos em lei. A Justiça Militar no Brasil compõe-se do Superior Tribunal
Militar (STM), com sede em Brasília, e jurisdição em todo o território nacional, e dos tribunais e juízes Militares.
Justiça Estadual
Julga todas as demais causas que não são de competência da Justiça especializada (Justiças Federal, do Trabalho,
Eleitoral e Militar). Entre elas estão a maioria dos crimes comuns, ações da área de família, execuções fiscais dos
estados e municípios, ações cíveis etc. Dessa forma, é o ramo do Judiciário que mais recebe ações. É composta
por juízes de Direito (primeira instância) e desembargadores (segunda instância). A organização final é
competência de cada Estado e do Distrito Federal.
Nesse contexto, está inserido o Tribunal de Justiça de São Paulo, considerado o maior tribunal do mundo em
volume de ações.
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na
Capital Federal.
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional.