Memorex OAB - Rodada 01
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TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
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Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode custar sua aprovação.
Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.
Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com
ÍNDICE
ÉTICA .................................................................................................................................... 4
FILOSOFIA DO DIREITO ........................................................................................... 17
DIREITO CONSTITUCIONAL .................................................................................... 21
DIREITOS HUMANOS .................................................................................................. 34
DIREITO INTERNACIONAL....................................................................................... 37
DIREITO TRIBUTÁRIO ............................................................................................... 40
DIREITO ADMINISTRATIVO .................................................................................... 46
DIREITO AMBIENTAL.................................................................................................. 57
DIREITO CIVIL ............................................................................................................... 60
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ................................................ 69
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ............................................................. 71
PROCESSO CIVIL .......................................................................................................... 75
DIREITO EMPRESARIAL ............................................................................................ 91
DIREITO PENAL ............................................................................................................. 97
PROCESSO PENAL....................................................................................................... 111
DIREITO DO TRABALHO .......................................................................................... 123
PROCESSO DO TRABALHO...................................................................................... 134
DICA 01
DOS DIREITOS DO ADVOGADO
Atenção! Tema de maior incidência.
O advogado é indispensável para administração da justiça.
Os Direitos e prerrogativas dele, estão ligados às vantagens dadas a ele na função em que
exerce; mesmo em seu ministério privado, desempenha função social, múnus
público.
Entre magistrados, membros do Ministério Público e advogados, não há hierarquia e
nem subordinação, devendo o advogado ter tratamento compatível a sua função.
ARQUIVOS E
DADOS
É INVIOLÁVEL
CORRESPONDÊNCIAS
COMUNICAÇÕES
TELEFÔNICAS, ELETRONICA E
TELEMÁTICA
O advogado poderá ter acesso, sem restrições, aos seguintes locais, serviços ou
situações:
Presos;
Detidos;
A prisão mencionada será cautelar, pois se trata de ser anterior a sentença transitada
em julgado.
DICA 09
DO DESAGRAVO PÚBLICO
É um ato formal que objetiva mostrar repúdio a ofensas contra a classe dos
advogados.
Injúria;
Difamação;
DICA 13
DAS INSTALAÇÕES AO ADVOGADO
É direito do advogado ter instalações condignas para exercer sua profissão em:
Fóruns,
Tribunais,
Juizados,
Delegacias de polícia,
Presídios,
Entrada em
tribunais sem ser
submetida a
detector de ------------------- ------------------- -------------------
metal e
aparelho raio x.
Período da
gravidez.
Reserva de vaga
em garagens dos
------------------- ------------------- -------------------
foros.
Período da
gravidez.
Suspensão de Suspensão de
prazos prazos
processuais, processuais,
------------------- ------------------- quando
quando for a única
patrona da causa, for a única
com notificação do patrona da causa,
cliente. com notificação do
cliente.
Por 30 dias.
Por 30 dias.
10
Prisão do advogado.
A infração desses dispositivos, gera detenção de 3 meses a 1 ano mais multa.
DICA 16
DO DIREITO DO USO DO NOME SOCIAL DO ADVOGADO
11
Advogado Estagiário
Art. 8, incisos I ao VII do EAOAB Art. 9, incisos I e II, §§ 1 ao 4º da EAOAB
Advogado Estagiário
Art. 8, incisos I ao VII do EAOAB Art. 9, incisos I e II, §§ 1 ao 4º da EAOAB
Não exercer atividade Incompatível Inciso II, §2º - Vedada Inscrição, o Aluno
que exercer atividade incompatível.
Idoneidade Moral *** (próxima dica) Idoneidade Moral *** (próxima dica)
12
DICA 18
DA IDONEIDADE MORAL
Pode ser suscitada por qualquer pessoa.
Em processo disciplinar, deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo
2/3 dos votos de todos os membros do Conselho competente. (Art. 8º, VII, § 3º EAOAB)
Não ter sido condenado pela prática de crime infamante (honra, dignidade, boa fama),
salvo se reabilitado judicialmente.
DICA 19
DA IDONEIDADE MORAL – SÚMULAS RELEVANTES
SÚMULA 09/2019
Abordou sobre a violência contra as mulheres; que configura ato inidôneo aquele
que a praticar, independente de instancia criminal, cabendo ao Conselho Seccional a
análise do caso.
SÚMULA 10/2019
SÚMULA 11/2019
13
O advogado pode exercer sua profissão em todo território nacional, com liberdade,
tendo sua inscrição:
Inscrição principal: Realizada no
CONSELHO SECCIONAL em cujo território
pretende estabelecer DOMICILIO
PROFISSIONAL (Art. 10 EAOAB).
Inscrição do
Advogado
14
Atividades de consultoria;
Assessoria,
15
O jus postulandi, não alcança: Ação rescisória, MS, Ação Cautelar e recursos referentes
ao TST.
DICA 25
DA IMPETRAÇÃO DO HABEAS CORPUS
A impetração do habeas corpus não é atividade privativa do advogado.
O habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, inclusive, o estudante de
direito.
16
FILOSOFIA DO DIREITO
DICA 26
NORBERTO BOBBIO - ANTINOMIAS
Antinomias: A antinomia representa fenômeno comum que espelha o conflito entre
duas normas, dois princípios, entre uma norma e um princípio geral de direito em sua
aplicação prática a um caso particular. É o fenômeno situado dentro da estrutura do
sistema jurídico que só a terapêutica jurídica pode suprimir a contradição. Para Bobbio,
identificam-se as antinomias em três situações:
Contrariedade: uma norma ordena a fazer algo e outra proíbe;
Critérios:
Critério Hierárquico: Norma constitucional prevalece sobre Lei complementar e lei
ordinária.
Critério cronológico: Lei posterior prevalece sobre lei anterior. Lex posterior derogat
legi priori.
Questão simulada:
A antinomia é uma situação na qual são colocadas em existência duas normas, das
quais uma obriga e a outra proíbe, ou uma obriga e a outra permite, ou uma proíbe e
a outra permite o mesmo comportamento. Um jurista que abordou muito este assunto
foi:
a) Miguel Reale
b) Joaquim Barbosa
c) Norberto Bobbio
d) Santo Agostinho
Resposta: Letra C
DICA 27
ULPIANO
Ulpiano, importante jurista romano, resumiu em três os conceitos pelos quais devia ser
regida a sociedade romana e consequentemente suas leis: Não prejudicar ninguém,
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17
18
Questão simulada:
“A única questão que se nos apresenta para ser decidida consiste em saber se os réus,
dentro do significado do N.C.S.A. (n.s.) § 12-A, privaram intencionalmente da vida a
Roger Whetmore. O texto exato da lei é o seguinte: “Quem quer que intencionalmente
prive a outrem da vida será punido com a morte”. Devo supor que qualquer observador
imparcial, que queira extrair destas palavras o seu significado natural, concederá
imediatamente que os réus privaram “intencionalmente da vida a Roger Whetmore”.
(FULLER, 1976, p.42).
No livro “O caso dos exploradores de caverna”, o ministro Keen profere o seu voto a
favor da execução dos exploradores, levando muito a sério o que a lei fala, não se
afastando do legalismo. Assim, suas falas são carregadas de uma hermenêutica da
legislação de forma literal.
Podemos afirmar que a visão do ministro Keen está alinhada ao:
a) Jusnaturalismo
b) Socialismo
c) Juspositivismo
d) Capitalismo
Resposta: Letra C
DICA 30
JUSNATURALISMO
Fontes do direito natural: Na Grécia, a razão era uma das fontes do direito natural,
sendo assim as leis não poderiam ser diferentes da razão, mas sim em sentido
convergente à razão. Já na Europa medieval, a vontade de Deus era também vista
com uma fonte de direito natural. E mais: Agostinho de Hipona (também chamado de
Santo Agostinho) dizia que a vontade de Deus era igual à razão.
Como isto poderia cair na minha prova?
Questão simulada:
“uma lei injusta simplesmente não é lei”. Agostinho de Hipona
Santo Agostinho, também conhecido como Agostinho de Hipona, era um ferrenho
defensor do direito natural, que tem como uma de suas bases a razão. Na sua visão, a
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19
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DICA 31
HISTÓRIA CONSTITUCIONAL BRASILEIRA
A Constituição de 1824 previa o Poder Moderador, que estava nas mãos do Imperador.
1934 (Estado Novo): Avanço com relação aos direitos sociais, direitos dos
trabalhadores.
1937 (Constituição Polaca): recebeu apelido de Polaca, por ter sido inspirada no
modelo semifascista polonês, era autoritária e concedia ao governo poderes
praticamente ilimitados.
DICA 32
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 - A CONSTITUIÇÃO CIDADÃ
No contexto histórico em que foi elaborada, a Constituição Federal de 1988 precisava
trazer inovações, ampliar direitos e resgatar as garantias individuais asseguradas pela
Carta de 1946 que foram suprimidas durante o Regime Militar. Logo no seu início,
a Constituição conhecida como Cidadã identifica os fundamentos e as bases do Estado
brasileiro que se instaura com ela: a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa
humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político.
A importância dada pelos constituintes foi tão grande aos direitos e garantias
fundamentais que eles foram posicionados antes mesmo da estruturação do Estado,
como ocorria nas constituições anteriores. Os legisladores reservaram o
artigo 5º da Constituição aos direitos e deveres individuais e coletivos e lhes
conferiram o status de cláusulas pétreas, ou seja, não podem ser abolidos por meio de
emenda constitucional.
É o artigo 5º que assegura o direito à propriedade, à liberdade de ir e vir, de se
expressar, de ter a religião que quiser, de ter garantida a inviolabilidade do lar, da
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Mista: Uma classificação ainda polêmica, e não sendo adotada por alguns
doutrinadores. Essa teoria traz que, nos termos do art. 5º, § 3º, da Constituição Federal,
os Tratados e as Convenções de direitos humanos, aprovados em cada casa do Congresso,
em dois turnos, com voto de 3/5 de seus membros equivalerão a uma Emenda
Constitucional, ou seja, um documento de natureza constitucional que está fora da
Constituição, sendo adotado tanto o critério material como o formal. É a Teoria do Bloco
da Constitucionalidade, através da qual não é constitucional apenas o que está na CF, mas
toda e qualquer regra de natureza constitucional. Portanto, para alguns, o sistema que
usamos é o misto.
Portanto, ao analisar a Constituição Federal de 1988 em relação com seu conteúdo,
pode-se dizer que ela é formal ou formalmente. O que seria dizer que a constituição é o
modo de ser do Estado, estabelecido em documento escrito. Não se há de pesquisar qual
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22
DICA 35
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES - ESTABILIDADE
Rígidas: constituições que exigem, para sua alteração, um processo legis mais árduo
do que o processo de alteração das normas não constitucionais.
Fixas: podem ser alteradas por poder igual ao que a criou, poder constituinte
originário.
DICA 36
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES - FORMA
23
DICA 37
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES - ORIGEM
DICA 38
CONSTITUIÇÃO - EXTENSÃO
24
DICA 39
CONSTITUIÇÃO - FINALIDADE
Constituição Dirigente: Além de fixar direitos e garantias, fixa metas estatais, fixa
uma direção para o Estado.
Quanto à Finalidade a Constituição Federal de 1988 é dirigente, pois além de criar
limites para a atuação do Estado com a previsão de direitos e garantias fundamentais, cria
direitos, garantias e metas para o Governo. Dirige programas institucionais para o Estado,
preocupa-se não só com o presente, mas também com o futuro, buscando condicionar os
órgãos estatais à satisfação de objetivos predefinidos. O termo “dirigente” significa que a
Constituição “dirige” a atuação futura do Estado, por meio da previsão de metas. E
caracteriza-se pela presença de normas constitucionais de eficácia limitada definidoras de
princípios programáticos.
DICA 40
CONSTITUIÇÃO - MODO DE ELABORAÇÃO
25
Vale relembrar como a nossa Constituição Federal pode ser classificada hoje:
P Promulgada
E Escrita
D Dogmática
R Rígida
A Analítica
F Formal
26
Comentário:
Art. X. - Trata-se de uma constituição semiflexível, uma vez que possui normas que
podem ser modificadas com procedimento próprio e outras que podem ser modificadas
por lei infraconstitucionais.
Art. Y. - Trata-se de uma constituição cesarista, pois é elaborada unilateralmente e posta
posteriormente a consulta popular.
Art. Z. – trata-se de uma constituição compromissória, uma vez que traça os objetivos a
serem perseguidos pelo Estado.
DICA 42
CONSTITUIÇÃO - OUTRAS CARACTERÍSTICAS DA CF
Não importando aqui se a constituição corresponde ou não aos fatores reais de poder
que imperam na sociedade. O que interessa é que ela seja um produto da vontade do
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27
A primeira, segundo ele, dispõe apenas sobre matérias de grande relevância jurídica
(decisões políticas fundamentais), como é o caso da organização do Estado, por exemplo.
A segunda, por sua vez, seriam normas que fazem parte formalmente do texto
constitucional, mas que tratam de assuntos de menor importância.
A concepção política de Constituição guarda correlação com a classificação das normas
em materialmente constitucionais e formalmente constitucionais. As normas
materialmente constitucionais correspondem àquilo que Carl Schmitt denominou
“Constituição”. Normas formalmente constitucionais são o que o autor chamou de “leis
constitucionais”.
DICA 44
CONSTITUIÇÃO - TEORIA DA CONSTITUIÇÃO - CONCEPÇÕES OU SENTIDOS
Sentido sociológico: Segundo Lassale, a Constituição seria a soma dos fatores reais
de poder dentro de uma sociedade. Uma constituição só seria legítima se representasse o
efetivo poder social, refletindo as forças sociais que constituem o poder, caso não
ocorresse, ela seria ilegítima, seria uma mera folha de papel.
28
DICA 46
CONSTITUIÇÃO - PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
Os princípios constitucionais são aqueles que guardam os valores fundamentais da
ordem jurídica e servem como limite de atuação para o agente público. São
nos princípios constitucionais que se condensa bens e valores considerados fundamentos
de validade de todo sistema jurídico. Vejamos o que diz texto constitucional:
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:
A soberania;
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29
O pluralismo político.”
O Texto constitucional também traz no parágrafo único que, todo o poder emana do povo,
que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição.
DICA 47
CONSTITUIÇÃO - PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS - PRINCÍPIO DO ESTADO
DEMOCRÁTICO DE DIREITO
A República Federativa do Brasil é um Estado Democrático, e isso significa que o
poder político é legitimado pelas escolhas tomadas pelo povo e não há autoridade que
esteja acima dele. Dizer que um Estado é democrático compreende a elevação da
igualdade entre os cidadãos e o repúdio aos status sociais. Em uma democracia, todos os
cidadãos têm igual valor para influenciar seus governantes.
Mas não é só, a República Federativa do Brasil também é um Estado de Direito.
Resumindo, no Brasil há a primazia da lei. Ninguém está acima da ordem jurídica, e
também não está abaixo dela. Perante à lei, todos são iguais. O chamado rule of law (ou
império da Lei) se opõe ao antigo rule of men (império dos homens), no qual a posição
social ocupada pelo sujeito (nobre ou não) determinava quais eram seus privilégios. Nesse
sentido, o Estado de Direito surge justamente para frear e controlar os arbítrios,
juntamente com a sociedade.
DICA 48
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS - PRINCÍPIO DA SOBERANIA POPULAR
É como Estado Democrático deve ser efetivado. Assim, o exercício do poder do povo se dá
através dos representantes eleitos – em voto universal, secreto e periódico – mas também
diretamente. Diz-se que no Brasil há uma democracia semi-direta, pois em algumas
funções são exercidas pelos representantes eleitos. A própria constituição trouxe uma
série de instituições participativas por meio das quais o cidadão toma as decisões políticas
por si próprio.
Tem-se como exemplos; o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular, que são
ferramentas positivadas na Constituição Federal para intervenção direta no processo
legislativo.
30
ATENÇÃO!
DICA 52
PODER CONSTITUINTE: EVOLUÇÃO DO PODER CONSTITUINTE
31
DICA 53
TEORIAS DO PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO
DICA 54
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO
Características:
Inicial;
Autônomo;
Permanente;
Incondicionado;
Ilimitado.
Para a doutrina mais adequada, o Poder Constituinte Originário não pode ser
compreendido como absoluto, sendo limitado por aspectos espaciais, culturais e pelos
direitos humanos (direitos suprapositivos).
DICA 55
PODER CONSTITUINTE DERIVADOR REFORMADOR
32
Reforma global do texto (art. 3º, ADCT) Alteração do texto da CF/88 (art. 60, CF)
Realizada após 5 anos da promulgação da Legitimidade: Presidente da
CF/88, em sessão unicameral (Congresso República; um terço da Câmara dos
Nacional), com quórum de maioria absoluta Deputados ou do Senado federal; mais
para aprovação das emendas de revisão. da metade das Assembleias Legislativas
Ocorreu em 1994, aprovando 6 emendas. da federação, com votação de maioria
simples em cada uma delas.
DICA BÔNUS
PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE
33
DICA 56
CONCEITO DE DIREITOS HUMANOS
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), “os direitos humanos são direitos
inerentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo,
nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição”.
Para André Ramos, “consiste na qualidade intrínseca e distintiva de cada ser
humano, que o protege contra todo tratamento degradante e discriminação odiosa, bem
como assegura condições matérias mínimas de sobrevivência. Consiste em atributo que
todo indivíduo possui, inerente à sua condição humana”.
DICA 57
FUNDAMENTOS DOS DIREITOS HUMANOS
Importante pontuar que não existe uma lista fechada de direitos humanos e o
reconhecimento de tais direitos, passam por uma constante evolução histórica.
Teoria positivista: Fundamentados nos textos legais dos Estados, encontram seu
preceito de validade forma na Constituição.
34
35
36
DICA 61
CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
O Direito Internacional Público é um conjunto de preceitos que regem as relações
internacionais.
São regidos por princípios, a saber: soberania, autonomia (não ingerência), respeito
aos direitos humanos, interdição do uso da força e cooperação internacional.
Os sujeitos do Direito Internacional para a doutrina clássica são apenas os Estados
(países) e Organizações Internacionais, para a doutrina contemporânea, são
considerados sujeitos também, os indivíduos.
Indivíduos
DICA 62
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL
Servem para a solução de casos concretos.
37
Ex.: A ONU que tem uma missão de manutenção da paz e segurança internacional.
Temos diversas OIs constituídas, com as mais variadas finalidades, como a saúde, o
comércio.
38
A naturalização ordinária está prevista no art. 12, II, alínea a, da CF: adquiram a
nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas
residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral. Para os não originários de países
de língua portuguesa, os critérios estão previstos no art.65 da Lei 13445/2017.
Situação especial dos portugueses, previsão no art. 12, II, § 1º CF, cabível apenas
para os portugueses com residência permanente no Brasil, existe um Tratado de
Amizade, cooperação e consulta garantindo a reciprocidade e são atribuídos os direitos
inerentes ao brasileiro naturalizado.
39
Isenção: Possui previsão legal. Lei de competência do ente tributante poderá prever
hipóteses em que se impede o lançamento do crédito tributário. Neste caso, o ente já
exerceu sua competência ao instituir o tributo, porém o lançamento (constituição do
crédito tributário) será impedido por previsão em lei. Exemplo: Lei Municipal que prevê a
isenção de IPTU a imóveis com área inferior ao módulo urbano.
Não incidência: Hipótese em que não há o dever de pagar tributos, pois não há
subsunção do fato ocorrido no mundo real e aquele previsto abstratamente na norma. Ou
seja, a norma descreve uma hipótese de incidência que não se verifica no mundo
fático. Exemplo: não é possível cobrança de IPVA sobre embarcações e aeronaves, pois o
imposto somente incide sobre a propriedade de veículos automotores. Como embarcações
e aeronaves não são veículos automotores não é possível a cobrança de IPVA.
Alíquota zero: Hipótese em que não há o dever de pagar tributos porque, em razão de
política fiscal, um dos elementos de quantificação do tributo – qual seja a alíquota
– é zerada. Exemplo: O governo visando incentivar a compra de produtos sustentáveis
zera a alíquota do ICMS incidente nas operações com mercadorias de origem sustentável.
DICA 68
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
40
Fato decorrente de conluio doloso entre pessoas físicas ou jurídicas. ATENÇÃO: nessa
hipótese a lei do ente tributante pode permitir a concessão de anistia.
CUIDADO
DICA 69
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
Toda obrigação é relação jurídica transitória entre credor e devedor.
A relação jurídico-tributária, ou obrigação tributária, é sempre composta por um ente
da administração pública (União, Estado, Município e DF) OU outro a quem tenha sido
delegada essa função (sendo credor), e no polo passivo por um particular obrigado ao
cumprimento da obrigação (devedor).
DICA 70
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
41
Estão sujeitas a reserva legal absoluta, dependendo de lei em sentido estrito que
defina seus aspectos.
Art. 150 CR/88. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado
à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo
sem lei que o estabeleça; Art. 97 CTN. Somente a lei pode estabelecer: V - a cominação
de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras
infrações nela definidas.
OBS.: a multa não é tributo, mas a obrigação de pagar multa possui natureza
tributária.
DICA 73
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
A obrigação de pagar a multa é uma obrigação principal!
Legislador fez a opção por enquadrar a multa como obrigação principal para submetê-la
ao mesmo regime de cobrança que os tributos. A multa tem como fato gerador a
ocorrência de ato ilícito (ato contrário à legislação tributária), gerando dever de pagar
essa prestação pecuniária, podendo ser tanto um descumprimento de obrigação
instrumental, quanto um descumprimento de obrigação de pagar tributo.
CUIDADO
DICA 74
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
As obrigações acessórias são deveres instrumentais consistentes em obrigações de
fazer, não fazer ou tolerar, instituídas no interesse de fiscalização e arrecadação do
ente.
Art.113 § 2º CTN A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto
as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
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42
Fique atento!
Diferente das obrigações principais: devem estar previstas em lei em sentido estrito.
DICA 76
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
O não cumprimento de uma obrigação acessória converte-se em obrigação
principal, consistente na multa.
Art. 113 § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-
se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
Ex.: sempre que possível os impostos terão caráter pessoal e serão graduados de
acordo com a capacidade econômica do contribuinte. Pagamento do imposto deve
expressar sua capacidade econômica. Porém, há pessoas que fraudam/erram isso na hora
de comunicar suas expressões de riqueza. É facultado, a administração tributária
(administração pública no exercício das funções de constituição, fiscalização e arrecadação
de tributos – secretaria da receita federal) identificar os patrimônios, rendimentos e
atividades econômicas do contribuinte. A secretaria da receita federal identifica essas
manifestações de riqueza por meio das obrigações acessórias.
DICA 77
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
43
Fato gerador/fato imponível/ fato jurígeno: fato ocorrido no mundo concreto que
enseja a incidência de tributo.
DICA 79
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
44
Art. 114 CTN. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como
necessária e suficiente à sua ocorrência.
45
DICA 81
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Administração Pública é o conjunto de órgãos e entidades que integram a estrutura
administrativa do Estado, com o objetivo de efetivar a vontade política para cumprimento
do interesse público.
DICA 83
PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS
L egalidade
I mpessoalidade
M oralidade “L I M P E”
P ublicidade
E ficiência
46
DICA 84
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
O princípio da legalidade possui dupla acepção, uma que diz respeito à Administração
Pública e outra aos particulares, vejamos:
Administração pública: pode fazer apenas o que a lei determina (ato vinculado) ou
autoriza (ato discricionário).
DICA 85
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
47
DICA 86
PRINCÍPIO DA MORALIDADE
Impõe aos agentes públicos o dever de atuar de forma honesta. Sua atuação dever
pautar-se pelos princípios da boa-fé e probidade.
Caso o agente público não atue com a probidade prevista, o parágrafo 4º, do artigo 37,
prevê que os atos de improbidade acarretarão em suspensão dos direitos políticos;
perda da função pública; indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário.
DICA 87
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
DICA 88
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
Foi introduzido na CF/88 a partir da EC nº. 19/98. Com o advento da emenda citada,
passou-se do modelo de administração burocrática para o de administração gerencial.
O agente público deve conjugar a busca da melhoria da qualidade dos serviços públicos
com a racionalidade dos gastos públicos.
DICA 89
48
Quanto à criação das entidades da Administração Indireta, a CF/88, nos incisos XIX e XX,
do artigo 37, dispõe que somente por lei (ordinária) poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, no caso da fundação, definir as áreas de sua
atuação.
Nota-se que a lei ordinária cria (direto) a autarquia e autoriza a criação dos demais
entes administrativos.
DICA 90
CENTRALIZAÇÃO, DESCONCENTRAÇÃO, CONCENTRAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
Na administração direta, os entes praticam as atividades através de órgãos, de forma
centralizada, desconcentrada, concentrada e descentralizada.
Quanto à posição estatal - cai bastante nas provas - os órgãos podem ser:
independentes, autônomos, superiores e subalternos.
- Independentes
- Autônomos
Os órgãos podem ser: - Superiores
- Subalternos
49
DICA 93
ÓRGÃOS AUTÔNOMOS
Os órgãos autônomos são aqueles que estão na cúpula da administração.
Encontram-se localizados imediatamente abaixo dos órgãos independentes e estão
diretamente subordinados aos seus chefes.
Tem ampla autonomia administrativa e financeira.
Exercem funções de planejamento, supervisão, coordenação e controle das
atividades que estão dentro de sua esfera de competência.
Ex.: Ministérios e secretarias de Estado.
DICA 94
ÓRGÃOS SUPERIORES
DICA 95
ÓRGÃOS SUBALTERNOS
Os órgãos subalternos são todos aqueles subordinados a órgãos mais elevados, com
reduzido poder de decisão e predominância de atribuições de execução.
Ex.: Delegacia
50
Compostos: em sua estrutura, reúnem outros órgãos menores, com função idêntica ou
funções auxiliares.
DICA 97
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - CARACTERÍSTICAS DOS ÓRGÃOS
- Personalidade jurídica
Órgãos não possuem - Patrimônio próprio
- Capacidade processual
Personalidade jurídica: Quem terá capacidade jurídica para responder pelos atos
praticados pelos órgãos será a pessoa jurídica que realizou a desconcentração.
DICA 98
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
A administração indireta é composta por pessoas jurídicas, com personalidade
jurídica:
Autarquias;
Fundações;
Empresas Públicas;
Sociedades de Economia Mista;
As pessoas jurídicas que se enquadram na administração indireta necessitam de lei para
sua existência.
51
Fundação Pública - são autorizadas por lei e lei complementar deverá definir suas
áreas de atuação.
Fundação – personalidade jurídica pode ser de direito público ou de direito privado.
Se público é criada por lei como a autarquia; Se privado, é autorizada por lei como
EP/SEM, devendo ser registrada para ganhar vida.
DICA 99
DIFERENÇAS: EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
DIFERENÇAS
52
DICA 100
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA
AUTARQUIA
Características da autarquia:
DICA 101
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS
FUNDAÇÕES
Características das fundações:
Natureza:
53
Somente por lei específica poderá ser criada = autarquia – Obs.: fundação pública
possui natureza jurídica de autarquia.
DICA 102
TERCEIRO SETOR: ENTIDADES PARAESTATAIS
54
DICA BÔNUS
OS OSCIPS
Fique atento!
Questão OAB,2017:
A Associação Delta se dedica à promoção do voluntariado e foi qualificada como
Organização da Sociedade Civil sem fins lucrativos – OSCIP, após o que formalizou termo
de parceria com a União, por meio do qual recebeu recursos que aplicou integralmente na
realização de suas atividades, inclusive na aquisição de um imóvel, que passou a ser a
sede da entidade. Com base nessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
(a) A Associação não poderia ter sido qualificada como OSCIP, considerando que o seu
objeto é a promoção do voluntariado.
(b) A qualificação como OSCIP é ato discricionário da Administração Pública, que poderia
indeferi-lo, mesmo que preenchidos os requisitos legais.
55
56
DICA 103
DO MEIO AMBIENTE E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL – ART. 225.
A CF/88 possui vários dispositivos protetivos ao meio ambiente, motivo pelo qual já foi
cunhada pelo STF como Constituição Ecológica e Constituição Verde.
O art. 225 da CF/88 é a chamada norma matriz e prevê que todos têm direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, sendo classificado como bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, cabendo ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.
DICA 104
DAS ATRIBUIÇÕES DO PODER PÚBLICO À GARANTIA DE EFETIVIDADE
ATENÇÃO!
Para José Afonso da Silva processos ecológicos essenciais são aqueles governados,
sustentados ou intensamente afetados pelos ecossistemas, sendo indispensáveis à
produção de alimentos, à saúde e a outros aspectos da sobrevivência humana e
do desenvolvimento sustentado.
57
DICA 105
A Mata Atlântica.
A Serra do Mar.
A Zona Costeira.
A utilização destes biomas será feita na forma da lei, dentro de condições que assegurem
a preservação do meio ambiente, inclusive quanto aos recursos naturais.
DICA 107
DAS COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA AMBIENTAL
O art. 23 da Constituição prevê como competência comum (administrativa):
58
59
DICA 108
LINDB: VIGÊNCIA DAS NORMAS
Após cumprida a vacatio legis e entrando em vigor, a lei continuará vigendo até que
venha outra e, expressa ou tacitamente, a revogue (princípio da continuidade das
normas). A revogação de uma lei, no sistema brasileiro, só é admitida por outra lei
que a revogue (art. 2º LINDB).
Pegadinha de prova:
DICA 110
PESSOA NATURAL
De acordo com o art. 1º do CC, toda pessoa é capaz de direitos e deveres na vida
civil.
A capacidade civil pode ser dividida de três formas: capacidade de fato, capacidade de
direito e capacidade plena.
60
61
Voluntária – realizada com a concessão dos pais, por meio de escritura pública,
tendo o menor 16 anos completos.
62
TOME NOTA:
A pessoa jurídica de direito privado tem existência a partir dos atos constitutivos no
respectivo registro.
DICA 117
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
Em regra, a pessoa jurídica não se confunde com seus sócios, associados,
instituidores ou administradores. Contudo, em casos de abusos praticados por
membros das pessoas jurídicas existe a possibilidade de quebrar essa autonomia por meio
da desconsideração da personalidade jurídica.
TOME NOTA:
63
Bem de família voluntário – instituído por ato de vontade da entidade familiar, por
meio da formalização do registro de imóveis, gerando dois efeitos: impenhorabilidade
limitada e inalienabilidade relativa (arts. 1711 a 1717 do CC).
Bem de família legal – refere-se à impenhorabilidade legal do bem de família
independentemente de inscrição voluntária em cartório (Lei nº 8.009/90).
DICA 120
FATO JURÍDICO
Fato jurídico é todo evento natural ou humano que possui repercussão na esfera
jurídica.
O fato jurídico em sentido estrito é aquele que ocorre sem vontade humana e
pode ser subdividido em:
64
DICA 122
NEGÓCIO JURÍDICO
OBS: Caso haja algum vício nos requisitos de validade, o negócio jurídico será
inválido.
DICA 123
REQUISITOS DE EFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO
Ex.: João irá ganhar um Ex.: Joana dará à Lúcia Ex.: Pedro doa sua
carro de Pedro quando for um carro no Natal desse casa para Joaquim para
aprovado no vestibular. ano. que ele construa uma
creche.
65
Ex.: João compra um faqueiro e se dispôs a pagar a quantia de 1 mil reais, acreditando
que o objeto era de prata. O vendedor, por sua vez, aceita o valor sem hesitar. Passado
algum tempo, João descobre que o faqueiro não era de prata.
DICA 125
DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO: DOLO
No dolo o sujeito é colocado em erro intencionalmente pela outra parte e, por isso,
pode haver indenizações de prejuízos oriundos do comportamento astucioso. Desse modo,
configura-se o dolo por meio de expediente astucioso empregado para conduzir
alguém à prática de um ato que o prejudique e aproveite ao autor do dolo ou a
terceiro.
DICA 126
DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO: LESÃO E ESTADO DE PERIGO
A lesão é o prejuízo resultante da enorme desproporção existente entre as
prestações de um contrato no momento de sua celebração, determinada pela
inexperiência de uma das partes. O objetivo da lei é evitar a exploração usurária de
um dos contratantes com o outro, que não precisa ter conhecimento da parte contrária
(art. 157, CC).
Já o estado de perigo é uma situação de extrema necessidade (conhecida pela
parte contrária) que conduz uma pessoa a celebrar um negócio jurídico em que se
assume uma obrigação desproporcional e excessivamente onerosa (art. 156, CC).
DICA 127
DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO: COAÇÃO MORAL
Coação moral é toda ameaça ou pressão injusta exercida sobre uma pessoa para
obrigá-la, contra sua vontade, a praticar um ato ou realizar um negócio. O que a
caracteriza é o emprego da violência psicológica para viciar a vontade. Para a coação ser
configurada, ela deve ser grave, causar temor à vítima e constituir ameaça de prejuízo à
pessoa, seus bens ou à sua família (art. 151, CC).
Ex.: Joana vai fazer uma doação para Luiz porque foi ameaçada de morte caso não o
faça.
DICA 128
DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO: FRAUDE CONTRA CREDORES
A fraude contra credores diz respeito à hipótese de um devedor que possui o débito e a
responsabilidade, mas que pratica atos de dilação patrimonial, com a nítida
intenção, de que no futuro, não tenha bens para pagamento da dívida. Em razão
disso, resta ao credor ajuizar uma ação pauliana ou revocatória para anular os atos
praticados pelo devedor.
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Pensar Concursos.
66
PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA
Pode ser reconhecida de ofício pelo juiz. Pode ser reconhecida de ofício pelo
juiz.
A Responsabilidade Civil é definida como toda ação ou omissão que causa a violação
de uma norma, seja ela legal ou contratual.
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DIREITO CIVIL
DICA 132
CAUSAS EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL
68
DICA 133
HISTÓRICO
Por muitos anos, a criança e o adolescente não tiveram seus direitos resguardados em
nenhuma legislação brasileira, a nível mundial também não existia.
Apenas em 1830 foi criada uma norma referente à criança no Brasil, já no ano de
1890, o Código Penal legislou sobre os adolescentes em conflito com a lei, seguindo o
mesmo entendimento do Código de menos de 1919, uma visão marginalizada e
assistencialista em relação à criança e ao adolescente, sem qualquer interesse no
reconhecimento em sujeito de direitos.
A nível mundial (direito internacional) algumas declarações tiveram grande relevância
para a proteção dos direitos existentes hoje, podendo ser destacada a Declaração de
Genebra, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Declaração dos Direitos
da criança (passou a considerar a criança e o adolescente como sujeito de direito).
69
70
DICA 138
INICIAÇÃO AO DIREITO DO CONSUMIDOR - CONCEITOS INICIAIS
Deve-se entender que o CDC é uma lei principiológica, ou seja, é uma lei que serve
de norma geral para outras normas que cuidem de relações de consumo. Dessa forma,
por exemplo, uma lei que trate dos planos de saúde individuais está sujeita à incidência
concomitante do CDC, como norma geral.
Para Luiz Antônio Rizzato Nunes, o CDC é norma de ordem pública e de interesse
social, geral e principiológica, quer dizer, é uma norma que prevalece sobre as demais
normas especiais anteriores que com ele colidirem. Sendo assim, como o CDC é regido por
normas de ordem pública O juiz pode conhecer de ofício de toda a matéria nele
disciplinada.
DICA 139
CONSUMIDOR
Mas, afinal, o que a lei considera como consumidor? O CDC traz a seguinte
previsão:
Art. 2°. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza
produto ou serviço como destinatário final.
O conceito acima previsto na lei, que é o conceito stricto sensu ou standard, traz então a
possibilidade de ser considerado consumidor tanto a pessoa física, como a pessoa jurídica,
e revela de extrema importância atentar para o conceito geral de destinatário
final. Somente os destinatários finais, de acordo com a legislação, é que serão
considerados consumidores.
A doutrina, por sua vez, traz a seguinte interpretação sobre quem seria o destinatário
final:
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Teoria Maximalista – consumidor seria qualquer pessoa física ou jurídica que retira
do mercado de consumo um bem ou serviço. Para essa teoria, não importa se o
bem/serviço adquirido servirá para atendimento pessoal ou profissional, como no caso
em que uma indústria adquire matéria-prima (também chamado insumo) para produzir
um bem e o revende.
Teoria Finalista ou Subjetiva – consumidor seria aquele que retira o bem ou serviço
para necessidades próprias, é o destinatário fático e econômico, isto é, exclui do
conceito de consumidor a figura do consumidor intermediário, que adquiriria o produto
apenas como insumo.
Ex.: empresa que adquire obra de arte apenas para enfeitar a sala de recepções, mas
cujo objeto social seja a comercialização de veículos.
DICA 140
JURISPRUDÊNCIAS ATUALIZADAS SOBRE CONCEITO DE CONSUMIDOR:
APLICAÇÃO DO CDC
Em maio de 2021, o STJ aplicou, mais uma vez a teoria mitigada do conceito de
consumidor para considerar o adquirente de unidade imobiliária, mesmo não sendo o
destinatário final do bem, entendendo que o referido adquirente, ainda que tenha
comprado o imóvel apenas para investimento, como estava de boa-fé e não se tratava de
especialista em investimentos imobiliários, estava presente a vulnerabilidade e, portanto,
foi considerado consumidor. (STJ, 4ª T. AgInt no AREsp 1786252/RJ, Min. Antonio Carlos
Ferreira).
Súmula 608, STJ: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano
de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão.
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Em julho de 2020, o STJ entendeu pela não aplicabilidade do CDC ao produtor rural
que adquire insumos agrícolas, pois não considerado destinatário final nos termos do
art. 2º do CDC. Nesse sentido:
JURISPRUDÊNCIA
Em outra decisão recente de 2020, também constatou-se que não incide o código de
defesa do consumidor na relação entre acionistas investidores e a sociedade anônima
de capital aberto com ações negociadas no mercado de valores mobiliários.
Outras situações de não reconhecimento de relação de consumo:
73
74
DICA 144
DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO
Interesse processual e legitimidade ad causam são as chamadas condições da ação.
75
ATENÇÃO!!
DICA 145
DOS ELEMENTOS DA AÇÃO
Os elementos são a verdadeira marca da ação, a partir deles é que se poderá analisar a
existência de ações idênticas, distintas ou semelhantes.
ATENÇÃO!!
Causa de Pedir: essa por sua vez se subdivide em causa de pedir próxima que são os
fundamentos jurídicos e causa de pedir remota que são os fatos.
Quanto a causa de pedir, o CPC adota a chamada teoria da substanciação, segundo a
qual é necessário explicitar os fundamentos jurídicos e os fatos, ou seja, a causa de
pedir próxima e remota.
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Pedido: em regra deve ser certo (expresso), salvo em alguns casos em que o pedido é
implícito: juros, correção monetária, verbas de sucumbência (incluídos os honorários
advocatícios) e prestações vincendas. O pedido também deve ser, em regra,
determinado. Quando se fala em determinação do pedido, está-se falando em liquidez,
ou seja, no aspecto quantitativo da petição.
Ex.: pedido para que o réu entregue uma biblioteca, com todos os livros contidos
nesta;
Ex.: ação que pleiteia perdas e danos por atropelamento, na qual não é possível
quantificar inicialmente os lucros cessantes por estar a vítima hospitalizada.
Ex.: muito utilizado é a ação de exigir contas. Somente sendo possível definir o valor
que o autor faz jus após a prestação de contas do réu.
DICA 146
DA CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
O CPC traz a possibilidade de cumulação de pedidos contra um mesmo réu, ainda que não
haja conexão entre esses pedidos, não precisando os pedidos decorrerem de um
mesmo fato.
Cumulação imprópria subsidiária: juiz conhece o segundo pedido após não conhecer
o primeiro.
Ex.: pede-se a anulação do casamento, subsidiariamente (se não der) pede o divórcio.
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Cumulação imprópria alternativa: autor formula mais de um pedido para que o juiz
acolha qualquer deles. É como se o autor dissesse que tanto faz qual o juiz acolher,
sem que exista uma ordem de preferência.
DICA 147
DA POSSIBILIDADE DE MODIFICAÇÃO DO PEDIDO
O CPC, também trouxe tal princípio em seu art. 7º, afirmando que cabe ao juiz zelar
pelo efetivo contraditório. Esse contraditório efetivo (também chamado de dinâmico),
é diferente do chamado contraditório estático e se firma em três pilares:
Poder de influência: não basta a ação e reação, as partes devem ter o poder de
influenciar o ato decisório.
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Entretanto, o próprio dispositivo legal traz situações que excepcionam esta regra:
Contraditório inútil: ocorre quando a decisão é proferida sem a oitiva da parte, mas
é favorável a ela.
ATENÇÃO!
Ex.: expresso no CPC é o art. 1000, que prevê que a parte que aceitar expressa ou
tacitamente a decisão não poderá recorrer.
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DICA 152
CAPACIDADE POSTULATÓRIA
80
Existem situações em que pessoas sem formação jurídica poderão postular, como
por exemplo nos juizados especiais ou no caso de habeas corpus.
DICA 153
DO INSTRUMENTO DE MANDATO
Nos termos do art. 104 do CPC, o advogado não é admitido a postular em juízo sem
procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato
considerado urgente.
Nestas hipóteses, o advogado deverá, independente de caução, apresentar a
procuração no prazo de 15 dias, prorrogável por igual período.
Caso o mandato não seja juntado dentro do prazo legal, os atos praticados pelo
advogado serão considerados ineficazes, ficando o advogado responsável pelas
despesas e por perdas e danos.
Conforme previsto no art. 105 do CPC, a procuração geral para o foro, outorgada por
instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos
os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do
pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar
quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência.
DICA 154
CONEXÃO E CONTINÊNCIA
Para que haja a conexão, conforme previsto no art. 55 do CPC, é preciso que haja
identidade da causa de pedir ou pedido.
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SÚMULAS DO STJ
Súmula 515 do STJ: A reunião de execuções fiscais contra o mesmo devedor constitui
faculdade do Juiz.
Súmula 235 do STJ: A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já
foi julgado.
Caso a ação contida tenha sido proposta primeiro haverá a reunião das ações. Ao
contrário, se a ação continente tiver sido proposta antes, a ação contida será
extinta sem resolução do mérito.
DICA 155
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
A denunciação da lide pode ser feita tanto pelo autor como pelo réu.
Conforme art. 127 do CPC, feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá
assumir a posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à
petição inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu.
CUIDADO! O CPC/73 previa a possibilidade de o denunciado até aditar a inicial.
Atualmente só é possível apresentar novos argumentos.
Havendo uma ação contra dois réus, é possível um dos réus denunciar da lide
contra o outro.
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82
O prazo de 30 dias se aplica para chamados que residem na mesma Comarca, pois
caso os terceiros chamados residam em outra Comarca, Seção ou Subseção Judiciária
esse prazo é de 2 meses.
83
Em caso de ação contra pessoa jurídica é possível atingir o patrimônio dos sócios.
O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da
parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo.
Para que o amicus curiae seja admitido, o juiz analisará a relevância da matéria, a
especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da
controvérsia. Poderá admitir, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das
partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa
84
Poderá ocorrer a participação do amicus curiae tanto nas causas de 1º grau como
nos Tribunais.
Relevância da matéria;
Repercussão social.
São irrecorríveis as decisões que solicitam (juiz age de ofício) ou admitem (há
requerimento para intervenção) a participação de amicus curiae.
Apesar de certa polêmica, o STF, no Informativo 920 decidiu ser também irrecorrível
a decisão denegatória de ingresso, no feito, como amicus curiae.
A intervenção do amicus curiae não implica alteração de competência. Dessa forma,
se intervém uma autarquia federal em uma ação que tramita na justiça estadual, não
haverá deslocamento para justiça federal.
Embargos de Declaração; e
Conforme o art. 218 do CPC, os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos
em lei.
Em caso de ser a lei omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à
complexidade do ato.
Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a
comparecimento após decorridas 48 horas.
Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 dias o prazo
para a prática de ato processual a cargo da parte.
Prazo legal: é aquele em que a lei fixa o prazo. Ex.: Prazo de interposição de recurso.
Prazo judicial: é o estipulado pelo juiz, tomando como base a complexidade do caso
concreto.
Com o advento do CPC/2015 acabou a chamada intempestividade por prematuridade,
que é aquela em que o ato é praticado antes do termo inicial do prazo.
85
Trata-se de uma cláusula aberta, um conceito vago, sendo que em caso de o juiz
entender que uma parte opôs obstáculo injustificado poderá reconhecer a suspensão.
86
DICA 161
PRECLUSÃO TEMPORAL
Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe
assinar.
Em regra, os prazos são contados com exclusão do dia de início e inclusão do dia
de vencimento, salvo disposição em sentido contrário.
Assim, não conta o dia da intimação, mas apenas o seguinte.
Caso o dia do começo ou do vencimento do prazo coincidir com dia em que o
expediente forense for encerrado antes ou iniciado após o horário normal, esse dia será
protraído para o primeiro dia útil seguinte. Trata-se de novidade uma vez que a
previsão do Código anterior era somente para o dia do vencimento.
87
Não se conta em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos litisconsortes haja
sucumbido.
88
Caso a citação seja realizada durante esses impedimentos temporários será anulável.
Há ainda outra previsão no art. 245: quando se verificar que o citando é mentalmente
incapaz ou está impossibilitado de receber a citação.
Essa impossibilidade é entendida pela doutrina como deficiência permanente
(ex.: réu surdo mudo).
Nesse caso, o oficial de justiça descreve o ocorrido, sem cumprimento.
O juiz determina o exame do citando, que será feito por um médico e apresentará laudo
em 5 dias, esse laudo será dispensado se pessoa da família apresentar declaração
médica, atestando a incapacidade.
Reconhecida a impossibilidade, o juiz nomeará curador ao citando, observando,
quanto à sua escolha, a preferência estabelecida em lei e restringindo a nomeação à
causa. A citação então será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa
dos interesses do citando.
DICA 166
MODALIDADES DE CITAÇÃO
Correio;
Oficial de Justiça;
Edital; e
89
Com exceção das MEs e EPPs, as empresas públicas e privadas devem manter cadastro
no PJe, para que possam ser preferencialmente citadas eletronicamente. Essa regra
também se aplica à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às
entidades da administração indireta.
DICA 167
CITAÇÃO POSTAL
A citação será feita por meio eletrônico ou pelo correio para qualquer
comarca do País – novidade legislativa acrescida pela Lei 14.195/2021.
Exceto:
Citando incapaz;
90
DICA 168
TEORIA GERAL DA EMPRESA: CONCEITOS INICIAIS DE EMPRESA E EMPRESÁRIO
O atual Código Civil de 2002 adotou a teoria da empresa para conceituação de empresa e
empresário, em contraposição às antigas teorias do direito comercial – teoria subjetiva e
teoria dos atos de comércio.
91
92
Cooperativas:
Por fim, a terceira situação em que atividade econômica civil não será considerada
empresarial, conforme previsão expressa da lei:
Cooperativa nunca será considerada atividade empresária, ainda que tenha elemento
empresa.
Destaca-se: a cooperativa poderá obter lucro, mas esse não poderá ser o
principal fim da mesma. Ainda que a cooperativa se inscrevesse como empresa na Junta
comercial, nunca poderá ser considerada empresária. De acordo com a lei civil (artigo
muito cobrado em provas!):
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por
objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e,
simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a
sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.
DICA 172
SOCIEDADE DE ADVOGADOS
Lei 8.906/1994 (Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil) versa, em
seus arts. 15 a 17, sobre a sociedade de advogados, dispondo que ela é uma “(...)
sociedade simples de prestação de serviço de advocacia (...)” submetida à
regulação específica prevista na referida lei.
Dessa forma, ainda que haja o elemento empresa (se pensarmos em grandes
escritórios de advocacia, que a pessoalidade do serviço se dilui, parecendo-se mais com
uma verdadeira empresa), a sociedade de advogados não é considerada como
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
93
EXCEÇÃO - art. 974, CC: o incapaz pode ser autorizado a continuar empresa
individual quando:
a) a incapacidade for superveniente ou
b) houver titularidade adquirida por sucessão causa mortis.
DICA 174
TEORIA GERAL DA EMPRESA: IMPEDIMENTOS PARA O EXERCÍCIO DE EMPRESA
Apenas os capazes civilmente poderão exercer a empresa, salvo o incapaz autorizado
pelo Juiz excepcionalmente. Assim, os incapazes são, em regra, impedidos de
exercer empresa. Não se confunda o exercício de empresa, ou seja, de abrir uma
empresa como empresário individual ou ser sócio administrador de uma sociedade
empresarial, da própria condição de sócio, situação diversa.
São impedidos de exercer empresa:
Pessoas condenadas pela pratica de determinados crimes – art. 1011, §1º, CC.
94
95
96
DICA 178
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL: PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Nullum crimen sine praevia lege (não há crime sem lei anterior que o defina)
Não há:
Crime sem lei anterior que o defina;
Decretos;
97
Imprecisas.
Podem ser:
Proibido:
O Direito Penal só deve ser aplicado quando estritamente necessário, de modo que
a sua intervenção fica condicionada ao fracasso das demais esferas de controle (caráter
subsidiário), observando somente os casos de relevante lesão ou perigo de lesão ao bem
jurídico tutelado (caráter fragmentário).
Intervenção do DP fica
condicionada ao fracasso
Subsidiariedade
das demais esferas de
controle
Princípio da intervenção
mínima
Apenas tutela os bens
Fragmentariedade jurídicos mais relevantes
DICA 183
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE
98
99
Não tem previsão legal no direito brasileiro Está previsto no artigo 59 do CP.
DICA 185
APLICAÇÃO DA LEI PENAL: PRINCÍPIOS APLICADOS
Isso significa que só será crime se a previsão em lei estiver sido criada antes do fato
praticado;
Quando a lei retroage, ela se aplica aos fatos praticados antes de sua criação.
DICA 186
LEI PENAL NO TEMPO
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Fique atento!
A abolitio criminis não cessa os efeitos extrapenais: art. 91, 91-A e 92 do CP - reparação
de dano, perda do mandato, perda do poder familiar, etc.
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Licensed to Deborah Marinho - deborahmarinhobraga@hotmail.com - 154.300.057-62
Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 01
DICA 187
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL
Art. 2º, Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente,
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada
em julgado.
Cláusula pétrea, uma vez que também está previsto no art. 5º da CF/88;
Entendimento jurisprudencial
STF/STJ: não é possível combinação de leis. Analisa-se a nova lei no todo, pois senão o
juiz estaria aplicando uma terceira lei que resultaria na junção de duas leis, atuando como
legislador positivo.
Súmula 611-STF: Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das
execuções a aplicação de lei mais benigna.
Súmula 471-STJ: Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos
antes da vigência da Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n.
7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisional.
Súmula 501-STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o
resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do
que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.
DICA 188
LEI EXCEPCIONAL E LEI TEMPORÁRIA
→ Lei temporária: prazo determinado para sua vigência. Ex.: Lei Geral da Copa.
Características: auto revogabilidade, ultratividade (aplica a lei mesmo depois da lei não
estiver mais em vigor)
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→ Retroatividade: possibilidade conferida à lei penal de retroagir no tempo, a fim de
regular os fatos ocorridos anteriormente à sua entrada em vigor.
Memorize!
Extra-ativas (extra-atividade)
Aplicação da lei fora do seu
Ultra-atividade: quando a lei penal,
período de vigência
depois de revogada, avança no tempo
de modo a continuar a regular os fatos
ocorridos durante a vigência. Ex,: Leis
excepcionais, temporárias, crimes
continuados.
L Lugar
U Ubiquidade
T Tempo
A Atividade
CPP: teoria do resultado (art. 70). Aplicado nas hipóteses de crimes plurilocais.
Abrangem lugares distintos, mas todos dentro do mesmo país.
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Crimes conexos: crimes conexos são crimes que estão relacionados entre si. Não
aceitam a ubiquidade uma vez que não constituem unidade jurídica.
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O delito de tráfico de drogas está elencado no art. 33, caput, da Lei 11.343/06 e assim
dispõe:
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor
à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar (...)
O delito de tráfico de drogas é um crime que se protrai no tempo, sendo considerado um
crime permanente. Diante disso, afasta-se a teoria da atividade, adotada pelo CP, pois o
crime continua em atividade até que seja encerrado. Logo, no momento em que os
policiais compareceram à residência do autor, onde encontraram e apreenderam a droga
que era por ele armazenada, no dia 23/11/2019 – André já era maior de idade e, por isso,
imputável.
Fique atento, pois nem todos os núcleos do tipo são considerados permanentes, a
exemplo da conduta de adquirir (doutrina entende que seria crime formal).
DICA 190
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO
Em regra, a lei penal brasileira se aplica aos fatos praticados no território nacional;
Princípio de proteção / real / da defesa: aplica-se a lei penal brasileira aos crimes
praticados no exterior quando o bem jurídico violado for brasileiro. O que importa nesse
caso é a função pública exercida pelo Presidente.
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Crimes contra ao
patrimônio ou a fé P. de proteção / real
Extraterritorialidade pública da adm / da defesa
incondicionada direta e indireta
DICA 192
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA
Crimes ocorridos fora do Brasil e que o Brasil irá pretender aplicar a sua lei penal
brasileira desde que estejam implementadas algumas condições previstas no art. 7º, II do
CP.
a) Crimes que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir:
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Crimes praticados em
aeronaves ou
P. da bandeira /
embarcações
pavilhão /
brasileiras, mercantes
representação /
ou de propriedade
subsidiário /
privada, quando em
substituição
território estrangeiro e
aí não sejam julgados
DICA 193
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA: CONDIÇÕES CUMULATIVAS
Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
Não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
Não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta
a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
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funcionários do hotel que ouviram os gritos da vítima, Paulo acabou encaminhado para
Delegacia, sendo liberado mediante o pagamento de fiança e autorizado seu retorno ao
Brasil.
Paulo, na semana seguinte, retornou para o Brasil, sem que houvesse qualquer ação penal
em seu desfavor em Portugal, enquanto Júlia permaneceu em Lisboa. Ciente de que o fato
já era do conhecimento das autoridades brasileiras e preocupado com sua situação
jurídica no país, Paulo procura você, na condição de advogado(a), para obter sua
orientação.
Considerando apenas as informações narradas, você, como advogado(a), deve esclarecer
que a lei brasileira
(a) não poderá ser aplicada, tendo em vista que houve prisão em flagrante em Portugal e
em razão da vedação do bis in idem.
(b) poderá ser aplicada diante do retorno de Paulo ao Brasil, independentemente do
retorno de Júlia e de sua manifestação de vontade sobre o interesse de ver o autor
responsabilizado criminalmente.
(c) poderá ser aplicada, desde que Júlia retorne ao país e ofereça representação no prazo
decadencial de seis meses.
(d) poderá ser aplicada, ainda que Paulo venha a ser denunciado e absolvido pela justiça
de Portugal.
Resposta: Letra B
Comentário: De início, destaca-se que a questão narra um crime de violência doméstica
e familiar praticar por Paulo contra sua mulher Júlia. O fato ocorreu durante um passeio
do casal na cidade de Lisboa, Portugal.
Segundo consta, a vítima, em razão das agressões do marido, sofreu lesões corporais
leves (artigo 129, § 9º, do Código Penal). A propósito, a conduta praticada constitui-se
em crime de ação penal pública incondicionada, conforme entendimento adotado pelo
Supremo Tribunal Federal (ADI 4424 DF) e pelo Superior Tribunal de Justiça (súmula
542).
Súmula 542 do STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de
violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada.
Ademais, por se tratar de hipótese de extraterritorialidade condicionada (crime praticado
por brasileiro – art. 7º, §2º, CP), um dos requisitos para a instauração de processo
criminal no Brasil seria o retorno de Paulo ao país. Vale dizer, a manifestação de Júlia é
desnecessária, uma vez que se trata de violência doméstica e familiar contra a mulher
(crime de ação pública incondicionada).
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DICA 194
EXTRATERRITORIALIDADE
INCONDICIONADA
P Presidente
A Administração
G Genocídio
CONDICIONADA
B Brasileiro
T Tratado ou Convenção
DICA 195
PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO
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MS: inimputabilidade por doença mental – (i) internação ou (ii) tratamento
ambulatorial.
RECLUSÃO
CRIMES
DETENÇÃO
INFRAÇÕES
PENAIS
CONTRAVENÇÕES
PRISÃO SIMPLES
("crime anão")
CRIME CONTRAVENÇÃO
DICA BÔNUS
CRIME
Infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou detenção;
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Previsto no código penal e legislação extravagante;
É possível a tentativa;
CONTRAVENÇÃO:
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PROCESSO PENAL
DICA 198
GARANTIAS DO INVESTIGADO NO INQUÉRITO POLICIAL - COMUNICAÇÃO DA
PRISÃO
De acordo com o art. 5º, inciso LXII, da Constituição de 1988 [...] "a prisão de qualquer
pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada".
O referido inciso define que a prisão deverá ser publicizada, no sentido de se tornar
pública ao juiz competente e à família do preso, ou à pessoa por ele indicada.
Trata-se de um direito de extrema relevância para o Estado Democrático de Direito.
DICA 199
DAS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PENAL - DIREITO AO
SILÊNCIO
Segundo o artigo 5º, inciso LXIII, da Constituição de 1988 [...] "o preso será informado de
seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a
assistência da família e de advogado".
Verifica-se que o referido dispositivo constitucional consagra o direito fundamental ao
silêncio, uma das implicações do princípio nemo tenetur detegere, segundo o qual
ninguém será obrigado a produzir provas contra si, modalidade da autodefesa
passiva.
DICA 200
DAS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PENAL - IDENTIFICAÇÃO
DOS RESPONSÁVEIS PELA PRISÃO
Um dos direitos constitucionais garantidos ao preso, considerado inclusive uma garantia
fundamental, é o de ter a identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial. Veja só, na íntegra:
Artigo 5º, inciso LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua
prisão ou por seu interrogatório policial;
Assim, quando da sua prisão, é seu direito saber quem o prendeu ou quem o interrogou e,
inclusive, a não observância desse direito no primeiro caso, pode ensejar ao
relaxamento da prisão, ao passo que no segundo, na nulidade do procedimento.
Resumindo:
Fui preso? Tenho direito de ser informado sobre quem me prendeu ou interrogou.
DICA 201
DA INCOMUNICABILIDADE
Conceito: era a possibilidade de que o preso no IP não tivesse contato com terceiros,
em favor da eficiência da investigação.
Requisitos:
Prazo de 3 dias;
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Acesso do advogado.
Filtro constitucional: com o advento do art. 136, § 3º, IV, CF que inadmite a
incomunicabilidade mesmo no Estado de Defesa, conclui-se que o art. 21 do CPP não foi
recepcionado (interpretação lógica).
DICA 202
DO INQUÉRITO POLICIAL - CONCEITO DO INQUÉRITO POLICIAL
Condução do inquérito: Vejam o art. 2º §1º da Lei 12.830/2013, que prevê que cabe
ao delegado de polícia a condução do inquérito policial, o que reforça a sua natureza
administrativa, e não jurisdicional.
DICA 203
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL
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DICA 204
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO INQUISITIVO
No inquérito policial há concentração de poder em autoridade única. Logo, há o
afastamento do contraditório e da ampla defesa. (NESTOR TÁVORA)
Fique atento!
A título de conhecimento, ressalte-se que é possível que o inquérito tenha contraditório e
ampla defesa. Havendo desejo político, é possível a regulação de inquéritos com
contraditório e ampla defesa, a exemplo do inquérito para a expulsão do estrangeiro
regulado na Lei de Migração (Art. 58, Lei 13.445/2017).
DICA 205
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO DISCRICIONÁRIO
O Delegado preside a investigação da forma que entender mais estratégico, adequando o
Inquérito Policial a realidade do crime apurado.
Tome nota!
As diligências requeridas pela vítima ou pelo suspeito podem ser negadas, salvo
o exame de corpo de delito quando a infração deixar vestígios (arts. 14, 158 e 184 do
CPP).
DICA 206
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO SIGILOSO
Cabe ao delegado de polícia velar pelo sigilo em favor da eficiência da investigação (art.
20, CPP).
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DICA 208
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO INDISPONÍVEL
O delegado NUNCA poderá arquivar o inquérito policial.
Toda investigação iniciada deve ser concluída e encaminhada a autoridade competente.
Memorize!
DICA 209
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO DISPENSÁVEL
A deflagração do processo independe da prévia elaboração do Inquérito Policial
(posição majoritária)
Fique atento! Inquérito indispensável (posição minoritária).
Para Henrique Hoffmann, em posição minoritária, o inquérito é indispensável para a
deflagração do processo; afinal, é possível que o inquérito seja a fonte de fornecimento de
justa causa para o ajuizamento da ação penal.
DICA 210
CONTRADITÓRIO DURANTE O INQUÉRITO POLICIAL
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sua estrutura inquisitorial e sigilosa. Mas os advogados possuem acesso às diligências que
já tiverem sido documentadas, conforme súmula vinculante n. 14.
Uma novidade trazida pelo Pacote Anticrime e que de certa forma excepciona essa
restrição ao contraditório no âmbito do inquérito policial está prevista no art. 14-A do
CPP.
No caso em que os policiais forem investigados por algum fato relacionado ao uso da
força letal (ex.: arma de fogo), praticados no exercício profissional. O policial investigado
deverá ser citado sobre a instauração do inquérito, podendo constituir defensor no
prazo de 48 horas, contados do recebimento da citação.
Se o prazo de 48 horas acabar sem que o policial tenha constituído advogado, deverá ser
intimado a instituição a que estava vinculado na época dos fatos para que, no
prazo de 48 horas, indique algum defensor para a representação do investigado.
A previsão de citação do investigado acerca da instauração do inquérito é uma novidade, e
que só existe nos crimes em que os policiais forem investigados pelo uso das forças letais.
É uma novidade que de certa forma “fortalece” o contraditório, mesmo em sede de
investigação criminal!
DICA 212
VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL
Não deixe de fazer a redação LITERAL do art. 155 do CPP!!
DICA 213
VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL
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previamente, participando ativamente da sua colheita.
No âmbito do inquérito policial, isso não ocorre. O Inquérito Policial é um
procedimento sigiloso, em que NÃO se observa o contraditório prévio. A parte
investigada não participa das investigações, não participa da colheita da prova.
Quando o juiz for analisar se condena ou não o acusado, ele deverá observar as PROVAS
produzidas em contraditório judicial. Ele NÃO poderá, como regra, fundamentar a sua
condenação exclusivamente nos elementos informativos colhidos durante a investigação.
Na verdade, esses elementos colhidos pela entidade responsável, durante o inquérito
policial, tecnicamente sequer são chamados de provas, mas sim ELEMENTOS DE
INFORMAÇÃO. Isso porque tais elementos não se prestam como provas, mas sim como
elemento para que o Ministério Público faça a acusação, bem como para direcionar os
rumos da instrução criminal, na fase processual.
Certo? Espero que sim! Mas, existem algumas exceções… Isso porque muitas vezes os
elementos de informação colhidos na delegacia NÃO poderão ser repetidos durante a
instrução criminal, seja porque às vezes os vestígios desaparecem, ou ainda porque a
testemunha que prestou o depoimento morreu, etc.
É por isso que a lei ressalva as provas cautelares, não repetíveis e as antecipadas.
Essas provas cautelares, não repetíveis e antecipadas são chamadas de elementos
migratórios. Recebem esse nome porque, embora colhidas durante o inquérito policial,
elas podem, sozinhas, embasar a condenação do juiz.
Prova irrepetível, por exemplo, é aquela que simplesmente desapareceu, como a
constatação da embriaguez, a constatação dos hematomas de uma mulher agredida, etc.
Já Prova cautelar são aquelas pautadas pela necessidade e urgência, como o caso de
uma interceptação telefônica. Não há como o juiz repetir essa prova, concordam?
DICA 214
DURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
Importante!!!!
A duração do inquérito variará de acordo com o réu estar preso ou não. Além disso, há
uma regra específica na Lei de Drogas que é importante vocês saberem!
Duração do inquérito para réu preso
Primeiramente, em se tratando de réu preso, o CPP prevê o prazo de 10 dias, contados
do dia em que se executar a ordem de prisão.
Porém, o Pacote Anticrime passou a prever a possibilidade de o juiz prorrogar o
inquérito em se tratando de réu preso, por uma única vez, por mais 15 dias. Se, após
essa prorrogação, ainda não houver concluído as investigações, a prisão deverá ser
imediatamente relaxada.
Portanto, para RÉU PRESO = 10 dias, prorrogáveis por mais 15 dias.
Duração do inquérito para réu solto:
Além disso, em se tratando de réu solto, a duração do inquérito é de 30 dias, podendo
haver sucessivas prorrogações na hipótese de o caso ser de difícil elucidação (na prática,
quase todo inquérito com réu solto extrapola esse prazo).
Duração do inquérito na lei de drogas:
Há uma outra regra específica na Lei de Drogas que é importante você memorize.
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Em se tratando de inquérito para apurar os crimes previstos na lei de drogas
(exemplo: tráfico de entorpecentes), a duração do inquérito é de 30 dias para o réu
preso, e de 90 dias para o réu solto, podendo, em ambos os casos, ser duplicados pelo
juiz (ver artigo 51 da Lei de Drogas).
DICA 215
DURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
ATENÇÃO!
DICA 216
FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
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DICA 217
É por isso que, diante de uma denúncia anônima, a autoridade policial não pode, de
pronto, instaurar um inquérito policial.
Portanto, a denúncia anônima, por si só, NÃO serve para fundamentar a instauração de
inquérito policial. Mas, a partir dela, pode a polícia realizar diligências preliminares para
apurar a veracidade das informações obtidas anonimamente e, a partir disso, instaurar o
inquérito.
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de Lauro, sob o ponto de vista técnico, deverá alegar que
(a) o inquérito policial não poderia ser instaurado, de imediato, com base em denúncia
anônima isoladamente, sendo exigida a realização de diligências preliminares para
confirmar as informações iniciais.
(b) o indiciado não poderá ser obrigado a fornecer seu material sanguíneo para a
autoridade policial, ainda que seja possível constrangê-lo a participar da reprodução
simulada dos fatos, independentemente de sua vontade.
(c) o vício do inquérito policial, no que tange ao reconhecimento de pessoa, invalida a
ação penal como um todo, ainda que baseada em outros elementos informativos, e não
somente no ato viciado.
(d) a autoridade policial, como regra, deverá identificar criminalmente o indiciado, ainda
que civilmente identificado, por meio de processo datiloscópico, mas não poderia fazê-lo
por fotografias.
Resposta: Letra A
Comentário: No caso em análise, tem-se que o inquérito policial não poderia ser
instaurado, de imediato, com base em denúncia anônima isoladamente. Na realidade,
seria necessário a realização de diligências preliminares para confirmar as informações
iniciais. Por isso, a alternativa “A” é o gabarito da questão.
DICA 218
REQUISIÇÕES DE INFORMAÇÕES (ARTS. 13-A E 13-B)
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pessoas
DICA 219
INDICIAMENTO
Indiciar significa atribuir a autoria de uma infração penal a uma pessoa. Significa que o
delegado de polícia está afirmando que aquela pessoa é o principal suspeito, o provável
autor daquele crime.
Nos termos do art. 2º, §6º da Lei 12.830/2013, o indiciamento é ato privativo do
Delegado de Polícia, e se dá por ato formal e fundamentado da autoridade policial.
Vejam, portanto, que NÃO cabe ao juiz e nem ao Ministério Público indiciar ninguém,
mas tão somente o delegado!!
DICA BÔNUS
ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL
O pacote anticrime trouxe significativa alterações no que diz respeito à forma de
arquivamento do inquérito policial, com as modificações no art. 28 do CPP.
Por força do caráter indisponível do inquérito, a autoridade policial não pode mandar
arquivar os autos do inquérito. Além disso, o arquivamento também NÃO pode ser
determinado de ofício pelo juiz.
Na verdade, incumbe exclusivamente ao MP avaliar se os elementos de informação
colhidos são ou não suficientes para o oferecimento da denúncia.
O Pacote Anticrime implementou uma mudança na forma de arquivamento do inquérito
policial, implementando o que se chama de arquivamento no âmbito do Ministério
Público.
Agora, caso o MP entenda que é caso de arquivamento do inquérito, deverá realizar a
comunicação à vítima, ao investigado e à autoridade policial. Ainda, deverá
encaminhar os autos para a instância de Revisão Ministerial, para fins de
HOMOLOGAÇÃO.
PRESTEM BEM ATENÇÃO: quem homologa o arquivamento do inquérito é um
“órgão superior” do próprio Ministério Público, chamado de instância de Revisão
Ministerial.
Antes do pacote anticrime, o MP pedia o arquivamento do inquérito ao juiz, que deveria
homologar o arquivamento. No entanto, caso o juiz discordasse do MP e entendesse que
NÃO seria caso de arquivamento, deveria remeter os autos ao Procurador Geral de Justiça.
Veja, portanto, a novidade: agora o arquivamento não passa pelo crivo do juiz. O juiz
não decide mais se vai ou não arquivar. Se o MP entender que é caso de arquivamento,
faz as comunicações e submete à instância de Revisão Ministerial.
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Portanto: se o MP entender que é caso de arquivamento, ele submete à homologação da
instância de Revisão Ministerial. NÃO É MAIS O JUIZ que homologa o arquivamento!!!
Por fim, se a vítima não concordar com o arquivamento do inquérito, poderá recorrer, no
prazo de 30 DIAS, submetendo a matéria à revisão de instância no âmbito do Ministério
Público.
ATENÇÃO!
Por conta da concessão de liminar na ADI 6305/DF, pelo Ministro Luiz Fux, está
suspensa “sine die” a alteração constante da lei nº 13.964/2019, no que tange o
procedimento de arquivamento de inquérito policial. Portanto, até o momento,
prevalece a redação anterior desse artigo, ou seja, MP pede arquivamento e
encaminha para o Magistrado, tendo esse a competência de deferir ou não!
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Coisa julgada Formal, arquivar inquérito por:
Ausência de provas;
DICA BÔNUS
TERMO CIRCUNSTANCIADO
No âmbito dos Juizados Especiais Criminais, NÃO se exige a instauração de inquéritos
policiais. O inquérito é substituído por um procedimento mais simples e mais célere,
chamado de Termo Circunstanciado.
Portanto, o procedimento para investigar crimes de menor potencial ofensivo (pena
máxima menor do que 2 anos) é o Termo Circunstanciado.
Nos termos do art. 69 da Lei 9.099/95, “a autoridade policial que tomar conhecimento da
ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com
o autor do fato e a vítima”.
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DIREITO DO TRABALHO
DICA 220
CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
É uma das fontes autônomas do Direito do Trabalho, o sindicato que representa os
empregados negocia com o sindicato que representa os empregadores. Logo, de uma
forma mais resumida, a Convenção Coletiva de Trabalho é uma forma de solução de
conflitos entre categorias profissional e econômica.
Como isto pode cair na minha prova?
QUESTÃO SIMULADA:
O sindicato dos bancários faz uma negociação com o sindicato dos banqueiros. Logo,
estamos diante de uma Convenção Coletiva de Trabalho, que é uma:
a) Jurisprudência
b) Fonte heterônoma
c) Fonte autônoma
d) Sentença normativa
Resposta: Letra C
DICA 221
PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO
Constante no art. 764 da CLT, este princípio visa evitar o litigio. Havendo, portanto,
sucesso na conciliação, dali nascerá um termo de conciliação, que posteriormente será
lavrado. E é importante que você saiba que A Lei 9.958/2000 normatiza a existência das
chamadas Comissões de Conciliação Prévia, que tem como base este princípio. Um
ponto de extrema importância também é necessário, na conciliação, que as partes
estejam representadas por advogados diferentes. Veja o que a CLT diz sobre isto:
“Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição
conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado.
§ 1º As partes não poderão ser representadas por advogado comum.
§ 2º Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua
categoria.”
E não esqueça: Ao ser concluída a conciliação, esta vai se tornar irrecorrível, exceto em
casos onde há prestações devidas à Previdência Social, conforme traz o artigo 831 da CLT.
DICA 222
OIT – ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO
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decisão. De uma forma mais resumida e simplificada: Ela é uma pessoa jurídica de
direito público internacional e de caráter permanente.
É entidade paraestatal? Não, pois não tem características de entidade supraestatal.
Importante: é necessário que você saiba que a OIT realiza suas atividades por
intermédio de 3 órgãos, que são:
Conselho de Administração.
ATENÇÃO!
A Reforma Trabalhista trouxe uma certa flexibilização deste princípio, como pode
ser visto, por exemplo, extinção do contrato de trabalho por meio do chamado
comum acordo entre as partes (art. 484-A, CLT). Outro exemplo é a prevalência
do negociado sobre o legislado, ou seja, a negociação coletiva tem prevalência em
algumas situações sobre a lei. Você pode ver isto no art. 611 A da CLT.
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Ocorre que na unidade da Federação na qual Letícia trabalhava foi fixado piso regional
estadual de R$ 1.700,00 (um mil e setecentos reais) para a função de operador de
empilhadeira.
Em razão disso, após ter trabalhado o ano de 2018 e ser dispensada sem justa causa,
Letícia ajuizou reclamação trabalhista postulando a diferença salarial entre aquilo que
ela recebia mensalmente e o piso regional estadual.
Considerando a situação posta, os termos da CLT e o entendimento consolidado do
TST, responda às indagações a seguir.
a) Em relação ao pedido de diferença salarial, como advogado(a) do ex-empregador,
que tese jurídica você apresentaria? Justifique.
Resposta: Uma das teses que o examinando poderia trazer é justamente que o
negociado prevalece sobre o legislado, conforme o Art. 611-A, inciso IX, da CLT.
Comentário: Mas o que diz este artigo?
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência
sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
IX - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado,
e remuneração por desempenho individual.
DICA 225
TRABALHO VOLUNTÁRIO
O trabalho voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação trabalhista ou
previdenciária entre as partes nele envolvidas. Logo, não a de se falar na aplicação da CLT
neste trabalho. E mais: Por mais que não gere vínculo laboral, o trabalhador voluntário
pode ser ressarcido pelas despesas que realizar no desempenho das atividades
voluntárias, desde que comprove tais despesas e que elas estejam autorizadas de forma
expressa pela entidade a que for prestado este serviço voluntário. Você encontrará esta
disposição no artigo 3º da Lei n. 9.608/98.
A lei acima citada ainda traz um formalismo para o trabalho voluntário, requerendo
celebração de termo de adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do
serviço, devendo neste termo haver o objeto e as condições do trabalho.
DICA 226
RELAÇÃO DE EMPREGO
Os sujeitos da relação de emprego são o empregado e o empregador.
Pessoalidade;
Subordinação; e
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DICA 227
TRABALHO AUTÔNOMO
Aqui, não temos a subordinação, ou seja, o trabalhador autônomo labora com
independência, sem prestar contas a um empregador. Para deixar mais fácil o
entendimento: O autônomo é uma pessoa física que exerce, de forma habitual, uma
atividade profissional devidamente remunerada. A independência e a habitualidade são,
portanto, as notas características deste tipo de trabalho.
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trabalhador Tomador do
avulso serviço
DICA 229
ESTAGIÁRIO
O estágio é normatizado pela Lei 11.788/2008, sendo classificado da seguinte forma: “ato
educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino
regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio,
da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional
da educação de jovens e adultos” (art. 1º).
Sendo assim, o estágio não cria qualquer vínculo de cunho empregatício, mas é
necessário que sejam preenchidos os seguintes requisitos:
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40 horas semanais: Esta jornada se aplica no caso de estudantes de cursos que
alternem teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais,
desde que exista uma previsão neste campo no projeto pedagógico do curso e da
instituição de ensino em que estuda.
DICA 230
EMPREGADO DOMÉSTICO
Regulados pela Lei Complementar n. 150/2015, segundo a qual é empregado doméstico
“aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e
de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por
mais de 2 (dois) dias por semana”. E mais: É proibida a contratação da pessoa menor de
18 anos para desempenho de trabalho doméstico conforme traz o artigo 1º, parágrafo
único da Lei Complementar n. 150/2015.
ATENÇÃO!
O empregador doméstico NÃO pode ser pessoa jurídica, mas somente pode ser pessoa
física.
Eu tenho uma dúvida: O zelador pode ser considerado como empregado doméstico?
Não. A Lei 2.757/1956 excluiu porteiros, faxineiros, zeladores e serventes de prédios de
apartamentos residenciais desta classificação, todavia desde que laborem a serviço da
administração do edifício, das regras específicas do trabalho doméstico, e por isto são
considerados como trabalhadores urbanos, sendo aplicáveis a eles todos os direitos que
estão descritos no art. 7º da CF/88.
DICA 231
EMPREGADO RURAL
Empregado rural é o trabalhador que labora, em uma propriedade rural ou prédio
rústico, de forma contínua e mediante o pagamento de remuneração, conforme
pode ser devidamente constatado no art. 2º da Lei n. 5.889/73. Lembrando sempre que
os direitos do trabalhador rural são iguais aos do trabalhador urbano, segundo a CF/88.
Apesar de serem regidos por uma legislação própria, é necessário que você saiba que
limitações temporais imposta pela legislação, que são:
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Dica: voo noturno = voo feito entre o pôr do sol e o nascer do sol.
Importante: O exercício da profissão de aeronauta um exercício laboral privativo de
brasileiros, mas há as exceções previstas no Código Brasileiro de Aeronáutica.
DICA 233
PRONTIDÃO
O conceito de prontidão muitas vezes acaba por passar batido na hora dos estudos. A
prontidão nada mais é que o tempo em que o empregado fica nas dependências do
local de trabalho, aguardando ordens. Está previsão pode ser vista no artigo 244,
parágrafo 3º da CLT.
Ah, e não esqueça: A remuneração do período de prontidão é de 2/3 do salário-hora
normal e a escala de prontidão será de, 12 horas, no máximo.
Cuidado: Não confunda prontidão com sobreaviso. Na prontidão, temos a situação do
empregado permanece nas dependências do seu local de trabalho, esperando ordens. Já
no sobreaviso o empregado fica na sua residência, entretanto fica esperando a qualquer
tempo o chamado para o serviço, conforme o disposto no art. 244, § 2º da CLT.
DICA 234
EMPREGADO “HIPERSUFICIENTE”
Questão simulada:
Suzano é empregado da empresa Abobrinha S. A, e tem diploma de curso superior na
área de contabilidade. Além disto, Suzano também recebe um salário superior a duas
vezes o limite dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Ele deseja
acordar diretamente com seu empregador sobre o banco de horas anual. Mas antes,
ele procura você, um famoso advogado, para saber sobre o assunto. Você esclarece
que:
a) Não é possível, pois todo trabalhador é hipossuficiente, pelo disposto no art. 444
da CLT
b) Não é possível, pois todo trabalhador da área da contabilidade é hipossuficiente,
conforme disposto no artigo 444 da CLT
c) É possível, pois o trabalhador com nível superior (diploma) e que perceba salário
mensal igual ou superior a duas vezes o limite dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social é hipersuficiente e pode negociar diretamente com o empregador
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sobre as hipóteses previstas no art. 611-A da CLT
d) É possível, pois a Reforma Trabalhista aboliu a hipossuficiência da figura de todo
empregado, inclusive do trabalhador com nível superior (diploma) e que perceba
salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite dos benefícios do Regime Geral
de Previdência Social é hipersuficiente e pode negociar diretamente com o
empregador sobre as hipóteses previstas no art. 611-A da CLT
Resposta: Letra C
Comentário: Cuidado com a letra D. A Reforma não aboliu a hipossuficiência de todos
os empregados.
DICA 235
CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO
É a exceção à regra, pois a regra é que o contrato seja por tempo indeterminado.
Logo, o contrato por prazo determinado só pode ser devidamente pactuado de forma
excepcional, sendo válido apenas nas hipóteses seguintes:
a) serviços cuja natureza ou transitoriedade justifiquem a predeterminação de
prazo, ou seja, as atividades a serem desenvolvidas pelo empregado devem ser
transitórias em relação à atividade preponderante do empregador;
b) atividades empresariais de cunho transitório (exemplo: grupos de teatro).
c) contrato de experiência.
Sobre o contrato por experiência: Sobre a prorrogação do contrato de experiência, é
necessário que você saiba que o TST já tem posicionamento. Veja:
DICA 236
CONTRATO DE TRABALHO INTERMITENTE
É o tipo de contrato aonde há a prestação de serviços, com a devida subordinação, não
contínua, havendo ainda a alternância de períodos de prestação de serviços e de
inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de
atividade do empregado e do empregador (art. 443, § 3º, CLT).
A propósito: Os períodos de inatividade não são considerados tempo à disposição
do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes, conforme
traz o art. 452-A, § 5º da CLT.
Importante: Não se aplicam as regras do contrato de trabalho intermitente aos
aeronautas, regidos por legislação própria.
Certo, mas como funciona a questão da resposta do empregado intermitente?
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Ao receber a devida convocação, o empregado terá o prazo de 24 horas para
responder ao chamado, e assim ocorrer uma das três possibilidades a seguir:
O empregado recusar a oferta, o que não tira a subordinação para fins do contrato de
trabalho intermitente;
OJ 199 do TST
DICA 238
JORNADA DE TRABALHO
Jornada é uma medida de tempo aonde está incluído o tempo diário de trabalho do
empregado. Lembrando sempre que não são considerados como tempo à disposição do
empregador os momentos em que o empregado, por sua escolha própria, busque
proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas,
bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades
particulares como por exemplo práticas religiosas, lazer, estudo, descanso, momentos de
alimentação , atividades de relacionamento social, higiene pessoal e troca de roupa ou
uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. Você
pode ler tudo isto lá no art. 4º, § 2º da CLT.
Ex.: Sua prova pode trazer uma situação aonde o empregado, de livre e espontânea
vontade, realize todas as terças um culto ecumênico nas dependências do trabalho,
durando tais cultos uma hora. Essa hora do culto não pode ser computada como tempo à
disposição do empregador.
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A propósito, a seguinte súmula é muito importante para quem vai fazer o Exame da OAB.
Veja:
DICA 239
JORNADAS ESPECIAIS DE TRABALHO – BANCÁRIO
Algumas categorias possuem jornadas de trabalho especiais. Uma destas categorias é
a dos bancários. O artigo 224 da CLT afirma que a jornada de trabalho destes profissionais
(empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal) será de 6 (seis)
horas contínuas nos dias úteis, com exceção dos sábados. Logo, totalizando 30 horas
de trabalho por semana. Em outras palavras: Os bancários obtiveram a redução de
jornada para seis horas, ante oito horas dos demais trabalhadores.
Sendo assim, o período de desenvolvimento da jornada do bancário é das 7h às 22h,
de 2ª a 6ª feiras. E atenção: Como o assunto é sobre bancários, um tema já trabalhado
em uma prova da OAB é referente à equiparação dos trabalhadores de lotéricas à
categoria dos bancários. E o TRT da 4ª Região já se posicionou no sentido de não
equiparação, ou seja, o empregado de casa lotérica não estaria equiparado ao bancário,
mesmo que lide em seu trabalho com dinheiro. A não equiparação também não enseja o
pagamento de adicional de periculosidade. O assunto foi tema da segunda fase do Exame
de OAB, em uma contestação aonde o espelho do gabarito mostrava que o reclamante
não tinha direito à equiparação com a categoria dos bancários, tendo como base o artigo
511 da CLT.
“O sábado do bancário é dia útil não trabalhado, não dia de repouso remunerado. Não
cabe repercussão do pagamento de horas extras habituais em sua remuneração.”
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PROCESSO DO TRABALHO
DICA 240
IRRECORRIBILIDADE IMEDIATA DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
O artigo 893, § 1º traz esta disposição, dizendo que são incabíveis recursos de
decisões proferidas no decurso do processo, devendo a parte prejudicada esperar
que seja devidamente proferida a decisão final para somente aí dela recorrer. Este artigo
afirma o seguinte:
“Art. 893, § 1º Os incidentes do processo serão resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal,
admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em
recursos da decisão definitiva.”
Em outras palavras: Se faz necessário que haja uma decisão definitiva para que assim se
interponha um recurso, não cabendo interposição de recursos diante de uma decisão
interlocutória.
Mas cuidado, o TST entende que a decisão pode ser impugnada de forma imediata
quando esta afrontar súmula ou orientação jurisprudencial do TST. Vejamos a
seguir:
DICA 241
PREPOSTO
O preposto é uma pessoa que irá representar outrem na audiência, e ele não precisa
ser empregado do empregador, necessitando ter conhecimento dos fatos ali
trabalhados. É preciso também que o preposto apresente uma carta devidamente
assinada pelo representante legal da reclamada ou pelo empregador pessoa física.
Em outras palavras: O preposto não precisa ser empregado, mas precisa ter uma carta
assinada pelo que ele vai representar e também conhecer o caso ali tratado.
Sobre a não necessidade do preposto ser empregado: O TST já se posicionou neste ponto.
Tal determinação acaba por deixar a Sumula 377 do TST desatualizada.
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DICA 242
PRINCÍPIO DA ORALIDADE
Um dos principais princípios ligados à audiência, sendo assim de suma importância. O
princípio da oralidade pode ser visto no artigo 847 da CLT, por exemplo. Mas atenção:
PRINCÍPIO DA ORALIDADE
Defesa do reclamado- verbal-
Deve ser apresentada em
audiência, em até 20 minutos
DICA 243
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Faz parte da organização da Justiça do Trabalho. O TST (Tribunal Superior do Trabalho),
tem 27 ministros, a sua nomeação é feita pelo Presidente da República e necessário
que haja a devida aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, por meio de
uma sabatina. Esses ministros devem ter mais de 35 e menos de 65 anos.
Escola Nacional de
Formação e Conselho Superior da
Aperfeiçoamento de Justiça do Trabalho
Magistrados do Trabalho
ATENÇÃO!
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DICA 244
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
Também faz parte da Justiça do Trabalho, deve ter no mínimo de 7 juízes, estes juízes
devem ser nomeados, devendo ainda estes possuir mais de 30 anos e menos de 65
anos. Assim como os ministros do TST, a sua nomeação deverá ser feita pelo
Presidente da República e por fim, não há necessidade de sabatina para a
aprovação, diferente neste ponto dos Ministros do TST.
Há TRT em todos os Estado brasileiros? Não, não há TRT no Tocantins, Amapá, Acre e
Roraima. E há dois em São Paulo.
DICA 245
JUÍZES DO TRABALHO
O juiz do trabalho deve ser aprovado em concurso de provas e títulos, ingressando
como juiz substituto, designado pelo Presidente do TRT para auxiliar ou substituir nas
Varas do Trabalho. Passados 2 anos no exercício, ele irá tornar-se vitalício no cargo.
Art. 112 da CF/88: a Lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não
abrangidas por sua jurisdição, atribuí-La aos juízes de direito, com recurso para o
respectivo Tribunal Regional do Trabalho".
Ótimo, mas o que acontece nas comarcas onde não tiver juiz do trabalho? Nas
comarcas onde não houver juiz do trabalho, por Lei, os Juízes de Direito poderão ser
investidos da jurisdição trabalhista. Das sentenças que proferirem caberá recurso
ordinário para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho (art. 112 da CF/1988 e art. 668
da CLT).
E como surge uma nova vara trabalhista? Há requisitos? Há o requisito da
frequência de reclamações trabalhistas em cada órgão já existente exceda, seguidamente,
a 1.500 reclamações trabalhistas por ano.
DICA 246
HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL
Faz parte das competências da Justiça do Trabalho. Apenas o juiz poderá fazê-lo.
Lembrando sempre que o juiz poderá indeferir a homologação, caso veja nela alguma
nulidade ou irregularidade. Ocorrendo isto, volta a correr o prazo prescricional que foi
suspenso, tendo em mente o ajuizamento da ação.
"Art. 652, CLT. Compete às Varas do Trabalho: (...) f) decidir quanto à homologação de
acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça do Trabalho."
O juiz indeferiu a homologação do meu acordo trabalhista extrajudicial. Cabe interposição
de algum recurso? Sim, cabe interposição de recurso ordinário.
DICA 247
CONSELHO SUPERIOR DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Seu papel é exercer, na forma normatizada da Lei, a vigilância de cunho
administrativo, orçamentário, patrimonial e financeiro da Justiça do Trabalho, tanto
de primeiro quanto de segundo grau, como órgão central do sistema, tendo suas
deliberações efeito vinculante.
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São seus valores a ética; acessibilidade; agilidade; eficiência; transparência; inovação;
valorização das pessoas; sustentabilidade; efetividade; comprometimento; segurança
jurídica; respeito à diversidade; imparcialidade; responsabilização.
Como este órgão foi criado? O Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) foi
criado pela Emenda Constitucional nº 45, de 30 de dezembro de 2004, com o
acréscimo do art. 111-A da CF/88.
DICA 248
PARTES E PROCURADORES
No Processo do Trabalho o autor é denominado de reclamante e o réu, reclamado. É
importante que você se acostume com estas nomenclaturas.
E mais: No Processo do Trabalho, é necessário haver a capacidade das partes. Esta
capacidade ocorre aos 18 anos (art. 792 da CLT), e quando a parte não tem esta idade,
tem que estar em juízo com a assistência ou representação.
Institucionais:
a) sentar-se no mesmo plano e imediatamente à direita dos juízes singulares ou
presidentes dos órgãos judiciários perante os quais oficiem;
b) usar vestes talares;
e) ter ingresso e trânsitos livres, em razão de serviço, em qualquer recinto público ou
privado, respeitada a garantia constitucional da inviolabilidade do domicílio;
d) a prioridade em qualquer serviço de transporte ou comunicação, público ou privado, no
território nacional, quando em serviço de caráter urgente;
e) o porte de arma, independentemente de autorização;
f) carteira de identidade especial, de acordo com modelo aprovado pelo Procurador-Geral
da República e por ele expedida, nela se consignando as prerrogativas constantes do
inciso I, alíneas 'c', 'd' e 'e' do inciso II, alíneas 'd', 'e' e 'f', deste artigo;
Processuais:
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a) do Procurador-Geral da República, ser processado e julgado, nos crimes comuns, pelo
Supremo Tribunal Federal e pelo Senado Federal, nos crimes de responsabilidade;
b) do membro do Ministério Público da União que oficie perante tribunais, ser processado
e julgado, nos crimes comuns e de responsabilidade, pelo Superior Tribunal de Justiça;
e) do membro do Ministério Público da União que oficie perante juízos de primeira
instância, ser processado e julgado, nos crimes comuns e de responsabilidade, pelos
Tribunais Regionais Federais, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
d) ser preso ou detido somente por ordem escrita do tribunal competente ou em razão de
flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade fará imediata comunicação
àquele tribunal e ao Procurador-Geral da República, sob pena de responsabilidade;
e) ser recolhido à prisão especial ou à sala especial de Estado-Maior, com direito à
privacidade e à disposição do tribunal competente para o julgamento, quando sujeito a
prisão antes da decisão final; e a dependência separada no estabelecimento em que tiver
de ser cumprida a pena;
f) não ser indiciado em inquérito policial, observado o disposto no parágrafo único deste
artigo;
g) ser ouvido, como testemunhas, em dia, hora e Local previamente ajustados com o
magistrado ou a autoridade competente;
h) receber intimação pessoalmente nos autos em qualquer processo e grau de jurisdição
nos feitos em que tiver que oficiar.
Parágrafo único. Quando, no curso de investigação, houver indício de prática de infração
penal por membro do Ministério Público da União, a autoridade policial, civil ou militar,
remeterá imediatamente os autos ao Procurador-Geral da República, que designará
membro do Ministério Público para prosseguimento da apuração do fato".
DICA 250
VEDAÇÕES AOS AGENTES DO MINISTÉRIO PÚBLICO
as seguintes vedações:
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou
custas processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério;
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e) exercer atividade político-partidária;
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.
Importante: Lembre-se que o Ministério Público do Trabalho (MPT) integra o
Ministério Público da União (MPU), possuindo todas as garantias e prerrogativas e estando
submetido às vedações que disciplinam a instituição Ministério Público. Em outras
palavras: O Ministério Público da União alcança o Ministério Público Federal, o Ministério
Público Militar, o Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios.
o Procurador-Geral do Trabalho
os Subprocuradores--Gerais do Trabalho
os Procuradores do Trabalho.
DICA 251
COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
QUESTÃO, 2020.
As comissões de conciliação prévia:
a) podem solucionar conflitos individuais e coletivos de trabalho por meio da
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
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arbitragem.
b) podem solucionar conflitos individuais de trabalho por meio da arbitragem.
c) podem solucionar conflitos coletivos de trabalho por meio da arbitragem.
d) podem solucionar conflitos individuais de trabalho por meio da arbitragem, desde
que empregado e empregador estejam de acordo.
e) não podem solucionar conflitos de trabalho por meio da arbitragem.
Resposta: Letra E
O Ministério Público do Trabalho pode sim intervir, como um fiscal da lei, tendo assim
uma função importante nas sessões realizadas nos Tribunais Regionais do Trabalho e
Tribunal Superior do Trabalho, como também produzindo os pareceres, desde que haja o
interesse público evidente na situação.
Uma informação importante para quem estuda este assunto é que o instrumento de
atuação judicial do Ministério Público do Trabalho de maior importância é a ação
civil pública, usada na proteção dos interesses metaindividuais no campo trabalhista.
Veja: Não é que as outros instrumentos não são importantes, mas a Ação Civil
Pública é a mais comum e que na hora do estudo não pode ser deixada de lado. Há
também outras formas de participação do MPT, como por exemplo a ação rescisória, o
dissídio coletivo de greve, a ação anulatória de cláusula convencional, o mandado de
segurança (remédio constitucional a ser melhor trabalhado em dicas posteriores) entre
outros.
DICA 253
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
QUESTÃO, 2021.
Considerando a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal
Federal, julgue o item quanto aos reflexos processuais da natureza jurídica dos
conselhos profissionais.
Os conselhos profissionais ostentam legitimidade ampla e irrestrita para a propositura
de ação civil pública.
Resposta: Errado
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Veja: O erro da assertiva está na expressão “ampla e irrestrita”. É preciso que o
conselho tenha a chamada pertinência temática, logo tal legitimidade tem sim restrição: A
pertinência temática.
Ex.: O conselho profissional dos farmacêuticos não pode ingressar com a Ação civil
pública em um assunto que seja da categoria dos engenheiros.
DICA 254
DESPACHOS
Posto isto, nos termos do art. 1°, § 2°, da Lei 11.419/2006, considera-se:
a) Meio Eletrônico;
b) Transmissão Eletrônica;
c) Assinatura Eletrônica.
DICA 256
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
O benefício da justiça gratuita está previsto no art. 790, §§ 3° e 4°, da CLT. Observe:
"Art. 790, CLT. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal
Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às
instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. ( ... )
§ 3° É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de
qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita,
inclusive quanto a trasladas e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou
inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.
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§ 4° O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de
recursos para o pagamento das custas do processo."
QUESTÃO, 2021.
Nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, o beneficiário da justiça gratuita
a) continua responsável pelo pagamento dos honorários periciais quando sucumbente
na pretensão objeto da perícia.
Resposta: Letra A
Uma vez deferido o pedido da justiça gratuita, a parte contrária pode fornecer a
impugnação na contestação (se a justiça gratuita for requerida na petição inicial), na
réplica (se a justiça gratuita for requerida na contestação), nas contrarrazões (se a justiça
gratuita for requerida no recurso) e no prazo de 15 dias (se a justiça gratuita for
requerida em petição avulsa). A impugnação será feita nos próprios autos, sem que haja a
suspensão do processo em si.
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DICA 258
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Os honorários serão devidos ao advogado, mesmo que atue em causa própria, por
ter representado o processo a parte vencedora. Tenha cuidado com um ponto: Com a
Reforma Trabalhista, os chamados honorários sucumbenciais não são devidos somente
aos sindicatos, mas também aos advogados particulares.
Informação importante: O Supremo Tribunal Federal já firmou entendimento, por
intermédio da Súmula 512, de que NÃO há cabimento da condenação em honorários
advocatícios na ação de mandado de segurança.
Há 3 tipos de honorários:
Contratuais,
Sucumbenciais.
o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço (art. 791, §
2°, CLT).
Veja como a banca já cobrou este assunto:
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Memorex OAB – Exame XXXIV – Rodada 01
Em relação à verba honorária, de acordo com a CLT, sabendo-se que o patrocínio de
Paulo foi feito por advogado particular por ele contratado, assinale a afirmativa
correta.
a) Não haverá condenação em honorários advocatícios, porque o autor não está
assistido pelo sindicato de classe.
Resposta: Letra C
CLT Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos
honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da
sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o
valor atualizado da causa.
DICA 259
EXCEÇÕES À JUSTIÇA GRATUITA
O beneficiário da Justiça Gratuita tem suas prerrogativas. Mas há situações que a justiça
gratuita não tem alcance.
As multas processuais são um exemplo clássico deste não alcance, o que pode ser
visto no art. 98, § 4° do CPC.
E atente-se para uma questão importante: Na Justiça gratuita, o beneficiário tem o direito
de precisar adiantar as despesas, todavia se no final o beneficiário for vencido será
responsável por elas. Logo, não pense na justiça gratuita como uma isenção total.
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