Processo de Enfermagem: Guia de Bolso para Técnicos de Enfermagem
Processo de Enfermagem: Guia de Bolso para Técnicos de Enfermagem
Processo de Enfermagem: Guia de Bolso para Técnicos de Enfermagem
UDESC
GUIA DE
BOLSO
Processo de Enfermagem:
Guia de Bolso para Técnicos
de Enfermagem
PROGRAMA DE EXTENSÃO:
CONSULTORIA , ASSESSORIA E
AUDITORIA PARA IMPLANTAÇÃO E
IMPLEMENTAÇÃO DO PROCESSO
DE ENFERMAGEM NO HOSPITAL
REGIONAL DO OESTE
Autores/Corientadores:
Academica Débora Althaus Bonet
Profª Drª Edlamar Kátia Adamy
Prof° Dr° William Campo Meschial
Profª Drª Carla Argenta
Entidades envolvidas:
Universidade do Estado de Santa Catarina-UDESC
Universidade Federal da Fronteira Sul-UFFS
Universidade Comunitária da Região de Chapecó-UNOChapecó
COMPEnf- Comissão do Processo de Enfermagem
Hospital Regional do Oeste-HRO
Hospital da Criança-HC
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Marilene dos Santos Franceschi CRB-14/812
Biblioteca UDESC/OESTE
Sumário
PE é considerado um modelo de
instrumento metodológico e
sistemático do cuidado,
6
No HRO e HC, a implantação do PE iniciou-se em 2014,
tendo como movimento inicial a criação da Comissão do Processo
de Enfermagem (COMPEnf) que possui como representantes:
docentes das três Instituições de Ensino Superior (IES) de
Chapecó , sendo elas Universidade do Estado de Santa Catarina
(UDESC),Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e
Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOChapecó),
com expertise relacionado ao tema PE, Enfermeiros gerentes e de
educação permanente representando a gestão e Enfermeiros
colaboradores de unidades, representando a assistência. A
COMPEnf foi implantada com a finalidade de estudar, discutir,
qualificar e analisar a assistência ofertada aos usuários do HRO e
10
HC .
Após consolidar parceria entre ensino e serviço, mediante a
criação da COMPEnf deu-se início ao processo de implantação e
implementação do PE, começando pelas unidades: ambulatório
de radioterapia, seguido da unidade de terapia intensiva e dando
seguimento nas demais unidades hospitalares ¹¹ .
No HRO e HC iniciaram-se as
Comissão do Processo de
Enfermagem (COMPEnf).
7
As discussões acerca do PE tiveram início na década de 50,
com o surgimento das teorias de enfermagem. Entretanto,
algumas literaturas mais antigas já apontam que nos anos de
1920 e 1930 já existiam publicações sobre o tema, em formato
de estudos de casos, em que eram desenvolvidos a análise e
avaliação de forma sistemática referente a certo grupo de
6
paciente .
A primeira Enfermeira a
8
Resolução
358/2009 do COFEN
enfermagem.
9
ETAPAS DO
PROCESSO DE
ENFERMAGEM
Coleta de dados ou
1 Histórico de
enfermagem
Diagnóstico de
2 Enfermagem (DE)
Planejamento de
3 Enfermagem
Implementação do
4 cuidado
Avaliação de
5 Enfermagem
10
Coleta de dados ou Histórico
1
de Enfermagem
O técnico de enfermagem
participa da coleta de
físico é exclusivo do
enfermeiro.
11
2 Diagnóstico de Enfermagem
Planejamento de
3 Enfermagem
A terceira etapa é denominada Planejamento
de Enfermagem, momento que são orientações
de como os cuidados devem ser
implementados. Essa etapa determina os
resultados que se espera alcançar com as ações
e intervenções que serão realizadas frente às
respostas da pessoa, família e coletividade ³.
Envolve o Planejamento de todos os cuidados
que serão prestados e procedimentos
necessários com vistas a restaurar, melhorar,
cuidar e promover a saúde, sendo utilizado para
estabelecer resultados esperados de acordo
com os diagnósticos elencados anteriormente¹².
Nesta etapa o técnico participa, mas a
responsabilidade de prescrever o cuidado é do
enfermeiro.
12
4 Implementação do Cuidado
5 Avaliação de Enfermagem
A quinta etapa é denominada Avaliação de
Enfermagem e consiste num processo deliberado,
sistemático e contínuo de verificação das
intervenções feitas frente a pessoa, família ou
comunidade com vistas ao resultado esperado,
verificação de mudanças ou adaptações nas
etapas do PE ³.
apresentar rasuras.
14
As anotações devem ser feitas imediatamente após a prestação do cuidado,
devem conter data, hora, assinatura e identificação do profissional com número
do COREN, sem rasuras, entrelinhas, linhas em branco, preenchidas a caneta,
priorizar a descrição detalhada de características como tamanho mensurado
(centímetros, milímetros ou metros), quantidade (mililitros, litros, etc.), forma e
coloração. Não devem conter abreviaturas (exceto aquelas previstas em
literaturas) e termos que deem conotação de valor como por exemplo bem, mal,
muito, pouco14 .
Em suma são dados brutos, pontuais que devem relatar momentos,
observações, sendo estes objetivos e claramente discriminados, de forma a
fornecer informações reais e concisas, eficazes para o planejamento do cuidado,
e de atualização constante, de forma ordenada cronologicamente e organizada.
É de competência de toda equipe de Enfermagem realizar as Anotações de
Enfermagem 14.
A evolução é a última etapa do PE, contendo dados devidamente analisados e
contextualizados, sendo assim uma atividade privativa do Enfermeiro. Para
realizar esta prática o Enfermeiro deve reunir dados sobre as condições atuais
e pregressas do paciente, família e coletividade, com o intuito de analisar e
emitir julgamento clínico, deve ser baseada nas respostas emitidas através das
intervenções realizadas, deve conter os protocolos que foram inseridos,
mantidos ou excluídos, identificando problemas de saúde, novos ou
subsequentes14 .
Evolução
Dados analisados
Anotação Privativo do Enfermeiro
Referente ao perído de
Dados pontuais
24 horas
Elaborado por toda Dados processados e
equipe de Enfermagem contextualizados
Referente a um Registra a reflexão e
momento análise de dados
Registra uma observação
15
Participação do Técnico em
etapas do Processo de
Enfermagem
ENFERMEIRO Técnico
Coleta de dados
Coleta de dados
Diagnóstico de Enfermagem
Implementação dos
Prescrições das ações e
cuidados
intervenções de enfermagem
Anotações de
Evolução de Enfermagem. Enfermagem.
16
Aspectos legais do registro
de Enfermagem
02
01 Resolução do Conselho Federal
Constituição Federal de de Medicina (CFM)
1988 artigo 5° N° 1.638 de 10 de julho de 2002
03
Código de Processo
Civil Art. 368
05
N°429/2012 art. 1°
18
Mediante informações vale ressaltar a importância dos dados
descritos no prontuário do paciente, uma vez que serve de
evidência legal, cabendo a cada profissional que registra no
prontuário do paciente a responsabilidade pela informação ali
14
anotada .
Vale frisar a responsabilidade dos profissionais de Enfermagem
sobre seus registros, sendo que todos têm o mesmo valor legal,
desta forma cabe a mesma atenção e cuidado que é dispensada
ao checar uma medicação, também ao checar os cuidados de
enfermagem, uma vez que são dados importantes e presentes no
prontuário do paciente14 .
19
Impactos do Processo de
Enfermagem para o cuidado
20
SAE
Resolução Cofen
358/2009
Dimensionamento
Instrumentos Instrumento de pessoal
Metodológico Resolução Cofen
543/2017
Protocolos
Processo de Enfermagem
Manuais
Resolução Cofen 358/2009
1.Coleta de dados
2.Diagnóstico de Enfermagem
3.Planejamento de Enfermagem
4.Implementação de Enfermagem
5.Avaliação de Enfermagem
21
REFERÊNCIAS
1.Costa, Ana Caroline da; SILVA, José Vitor da. Representação sociais da sistematização da assistência de enfermagem sob a ótica de enfermeiros. Revista de
Enfermagem Referência, on line Coimbra 2018 JAN;4.(16) 139-146
2.Truppel, Thiago Cristel et al. Sistematização da Assistência de Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva. Revista Brasileira de Enfermagem REBEN on line
Brasília 2009. MAR; 62 (2).22- 27
3.CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN Nº 358 de 15 de outubro de 2009. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de
Enfermagem e a implantação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá
outras providências. Disponível para consulta no sítio eletrônico do Conselho Federal de Enfermagem. Diário Oficial da União. 23 de Outubro de 2009
4.Somariva, Vanessa Cristina Alves et al. Percepção das equipes de enfermagem na atenção básica frente à sistematização da assistência de enfermagem.
Revista Enfermagem em Foco on line 2019 JAN; 10. (4);142-147
5.CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM BAIA. SAE um guia para a prática on line Baía 2016 MAR;1. 11-29
6.Garcia, Telma Ribeiro. Sistematização da assistência de enfermagem: aspecto substantivo da prática profissional. Escola de Enfermagem Anna Nery on line Rio
de Janeiro 2016, JAN; 20. (1), 5-10,
7. Chaves, Rodson Ribeiro Glauber et al. Sistematização da assistência de enfermagem: visão geral dos enfermeiros. Revista de Enfermagem UFPE On line
Recife 2016, FEV.10, (4),1280-1285
8..Hermida, Patrícia Madalena Viera. Desvelando a implementação da sistematização da assistência de Enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem on line
Brasília 2021, JAN; 57, N. 6, p. 733-737
9.Hermida, Patrícia Madalena Viera. Sistematização da Assistência de Enfermagem: subsídios para implantação. Revista Brasileira de Enfermagem on line
11.Argenta, Carla; Adamy, Edlamar Katia; Bitencourt, Julia Valeria de Oliveira. Processo de Enfermagem da Teoria à Prática. Editora UFFS Coleções. Santa Catarina
2020, 1.(1);47-69
12.Silva, Rudval Souza da et al.Elaboração de um instrumento para coleta de dados de paciente crítico: Histórico de Enfermagem. Revista Enfermagem UERJ on
line,Rio de Janeiro 2012.FEV;20. (2);267-273
13.Gonzaga, Márcia Féldreman Nunes; JOICE, da Silva; SILVA, Julia Janaina. Etapas do processo de Enfermagem. Revista saúde em foco on line Piauí, 2017,
FEV; 9, 594-603
14.CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN Nº 0514/2016 de 06 de Junho de 2016. Guia de Recomendação para registros de
Enfermagem no prontuário do paciente, disponível para consulta no sítio eletrônico do Conselho Federal de Enfermagem. COFEN 05 de Maio de 2016.
15.CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN Nº94.406 de Junho de 1987. Dispõe sobre o exercício da Enfermagem, e dá outras providências.
Disponível para consulta no sítio eletrônico do Conselho Federal de Enfermagem. Diário Oficial da União. 09 de junho de 1987.
16.Ferreira, Tânia S. et al. O impacto das anotações de enfermagem no contexto das glosas hospitalares. Aquichán On line Colômbia 2009. v. 9, n. 1, p. 38-49.
17.Brasil. Código de Processo Civil. Disponível para consulta no sítio eletrônico do Planalto. Gov. Diário Oficial da União. 11 de Janeiro de 1973.
18.CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM N °1.638, de 10 de julho de 2002. Define prontuário médico e torna obrigatória a criação da Comissão de
Revisão de Prontuários nas instituições de saúde. Disponível para consulta no sítio eletrônico do Conselho Federal de Medicina. Diário Oficial da União. 09 de Agosto
de 2002.
19.Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil de 19988. Disponível para consulta no sítio eletrônico do Planalto. Gov. Diário Oficial da União. 05 de
Outubro de 1988.
20.CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN Nº 429/2012 de 11 de junho de 2012. Dispõe sobre o registro das ações profissionais no
prontuário do paciente, e em outros documentos próprios da enfermagem, independente do meio de suporte-tradicional ou eletrônico. Disponível para consulta no
sítio eletrônico do Conselho Federal de Enfermagem. Diário Oficial da União.08 de junho de 2012.
21.CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN Nº 564/2017 de 06 de Dezembro de 2017. Código de ética dos profissionais de Enfermagem.
Disponível para consulta no sítio eletrônico do Conselho Federal de Enfermagem. Diário Oficial da União. 06 de dezembro de 2017.
22.Abreu, Rita Neuma Dantas Cavalcante et al. Utilização do processo de enfermagem e as dificuldades encontradas por enfermeiros. Revista Cogitare Enfermagem
on line Paraná 2013, 12; FEV.18, (2); 351-357.
23.NETA, Akie Fujii et al. Processo de Enfermagem; Vantagens e desvantagens para a prática clínica do enfermeiro. Revista Nursing on line São Paulo,2019 FEV 22.
(1); 257-262.
23. Santos, Maria Izelta da Silva; Santos, Walquiria Lene dos. Uso da sistematização da assistência de enfermagem (SAE): uma ferramenta para realização da
auditoria de qualidade. Revista de Divulgação Científica Sena Aires, on line Goiás 2013.JAN;1, (2) 179-182.
24.Sousa, Maria das Graças de Mello et al. A sistematização da assistência de Enfermagem no contexto da auditoria hospitalar. Revista Uningá Review on line
Paraná 2016.JAN;25(3).1-4.
22
ISBN-e:978-65-00-45326-3