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Arte Colonial - Barroco No Brasil

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ARTE COLONIAL

BARROCO NO BRASIL

Disciplina: Artes | Professora: Rhachel Martins


REVISANDO

A arte no Brasil colonial

Como parte da ação colonizadora, os portugueses procuraram impor sua

cultura aos habitantes das terras que conquistaram e aos povos trazidos

escravizados da África. O primeiro modelo artístico imposto pelo

processo colonizador foi a estética Barroca.


REVISANDO
Barroco | contexto histórico
Com origem no fim do século XVI, em Roma, atual capital da Itália, um estilo artístico se

difundiu por vários países da Europa no século seguinte; em cada lugar, os artistas fizeram

adaptações de acordo com seus contextos e, assim, esse estilo foi ganhando características

particulares. A partir do século XVIII, os historiadores o nomearam de Arte Barroca.

O significado da palavra “barroco” abrange definições como estranho, extravagante, confuso,

irregular, grotesco; isto é, algo diferente da ordem e da simetria renascentistas praticadas até

então.
REVISANDO
Barroco | contexto histórico

A estética Barroca foi amplamente utilizada em um período histórico em

que a Contrarreforma tentava renovar a fé católica, os artistas,

patrocinados pela Igreja, tinham a missão ou o objetivo de enaltecer o

catolicismo, a fim de manter os fiéis, bem como promover sua expansão e

frear o avanço da Reforma Protestante.


REVISANDO
Barroco | contexto histórico
Nesse processo de reafirmação, a arte é usada como uma potente ferramenta de transmissão

dos valores católicos, papel desempenhado pelo Barroco. Diferentemente do aspecto mais

racional das obras renascentistas, a arte barroca atingiria o espectador por seu aspecto mais

emocional e com ênfase na fé. Contudo, a arte barroca não atende apenas aos interesses da

Igreja Católica – ou mesmo das protestantes –, já que ela também é patrocinada tanto por

monarquias absolutistas europeias quanto pela crescente burguesia.


REVISANDO
Barroco | características

O Barroco é muito diverso, tanto nas características de estilo, como na

variedade de técnicas. A estética é representada em diversas linguagens

artísticas: músicas, esculturas, pinturas e construções arquitetônicas.

São características do Barroco: arte rebuscada e exagerada; valorização

do detalhe; dualismo e contradições; obscuridade.


BARROCO NO BRASIL
BARROCO NO BRASIL

Assim como em outras colônias da América do Sul, o Barroco também se desenvolveu

no Brasil, ainda que mais tardiamente, e, como em outros países, o movimento resultou

em um estilo próprio. Somaram-se ao estilo europeu características africanas e

indígenas, além de adaptações às condições técnicas e de materiais locais.

Por exemplo: o mármore, utilizado na Itália, foi em grande parte substituído por pedra-

sabão; na produção de esculturas, predominou o uso da madeira. No período mais

próspero da mineração, observou-se grande uso do ouro no douramento de peças.


BARROCO NO BRASIL

No Brasil, eram os escravos que, na maioria das vezes, executavam as tarefas mais

pesadas nas oficinas de trabalho. Sem conhecimentos sobre os padrões artísticos

eruditos, eles trabalhavam sob a coordenação dos chamados Mestres de Ofício, alguns

vindos de Portugal e outros já formados no Brasil, que projetavam e planejavam as

construções. Foi nesse contexto de combinação de diferentes padrões culturais e,

consequentemente, artísticos que surgiu o Barroco brasileiro.


BARROCO NO BRASIL ARQUITETURA
IGREJA DA ORDEM TERCEIRA DE SÃO FRANCISCO DA PENITÊNCIA - RIO DE JANEIRO (RJ)
IGREJA DA ORDEM TERCEIRA DE SÃO FRANCISCO DA PENITÊNCIA - RIO DE JANEIRO (RJ)
IGREJA DA ORDEM TERCEIRA DE SÃO FRANCISCO DA PENITÊNCIA - RIO DE JANEIRO (RJ)
IGREJA E CONVENTO DE SÃO FRANCISCO - SALVADOR (BA)
IGREJA E CONVENTO DE SÃO FRANCISCO - SALVADOR (BA)
IGREJA E CONVENTO DE SÃO FRANCISCO - SALVADOR (BA)
SANTUÁRIO DO BOM JESUS DE MATOSINHOS - CONGONHAS (MG)
SANTUÁRIO DO BOM JESUS DE MATOSINHOS - CONGONHAS (MG)
BARROCO MINEIRO | ALEIJADINHO

A história do Barroco mineiro teve algumas


particularidades, em virtude de seu contexto
socioeconômico. No auge da exploração do ouro na
região, as cidades cresceram rapidamente e a sociedade
foi se organizando e sendo moldada por esse mercado.
BARROCO MINEIRO | ALEIJADINHO

Neste contexto, alguns negros conseguiam comprar a


liberdade e iam trabalhar nas oficinas como artesãos.
Essas oficinas funcionavam de forma parecida às antigas
corporações de ofícios medievais, onde um mestre
(português ou branco nascido no Brasil, ou até mesmo
mestiço) tinha a função de coordenar todo o trabalho e
ensinava as suas técnicas aos aprendizes.
BARROCO MINEIRO | ALEIJADINHO

Integrante destas oficinas, destaca-se o mineiro Antônio


Francisco Lisboa (c. 1730-1814), chamado de
Aleijadinho.
Filho de um mestre de obras português e de uma
africana, esse artista autodidata talvez nunca tenha
viajado para além das cidades mineiras.
BARROCO MINEIRO | ALEIJADINHO

Pouco se sabe de sua vida, mas há registros de que em torno


dos 40 anos de idade ele foi afetado por uma doença
degenerativa que lhe causava dores e deformações, o que
explica o apelido pelo qual se tornou conhecido.
Aleijadinho não se limitou a repetir os modelos europeus.
Em suas obras, observam-se formas expressivas cheias de
espontaneidade e autenticidade.
BARROCO MINEIRO | ALEIJADINHO
Aleijadinho e seus auxiliares foram
responsáveis pelos conjuntos de
esculturas em madeira expostos no
interior das pequenas capelas que
marcam os passos da Paixão de Cristo
no Santuário do Bom Jesus de
Matosinhos. Ao todo são 66 figuras
que compõem sete cenas: Última Ceia,
Horto das Oliveiras, Prisão de Cristo,
Flagelação, Coroação de Espinhos,
Subida para o Calvário (ou Cruz às
Costas) e Crucificação.
BARROCO MINEIRO | ALEIJADINHO
BARROCO MINEIRO | ALEIJADINHO
OBRIGADA POR SUA PRESENÇA!

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