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Caderno de Exercicios Tec Mat 1

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CADERNO DE EXERCÍCIOS

TECNOLOGIA DE MATERIAIS
AULAS 1-6

Prof. Dr. Marcos Baroncini Proença


EXERCÍCIOS AULAS 1-6 DE TECNOLOGIA DE MATERIAIS

CONVERSA INICIAL
Neste caderno de exercícios serão apresentados exercícios resolvidos e postados exercícios
propostos, visando uma maior sedimentação dos conteúdos abordados nas Aulas 1 a 6 da Rota
de Estudos.

Trataremos tanto dos conceitos da Disciplina de forma aplicada, quanto de conhecimentos


básicos necessários as resoluções dos exercícios, conceitos esses que, embora não façam parte
da disciplina, já forma vistos nas disciplinas anteriores do Curso.

A proposta será sempre de apresentar exercícios resolvidos passo a passo e depois propor a
resolução de exercícios de sedimentação de conhecimento.

Com isso acreditamos estar complementando o Material da Rota de Estudo, visando melhorar
o desempenho do discente no que concerne ao aprendizado do conteúdo e a aplicação de
conceitos.
TEMA 1 – MATERIAIS METÁLICOS
Aula 1. LIGAS FERROSAS
Exercícios resolvidos:
1) Determinar a composição de fases para um aço do tipo ASTM 1070, tomando como
referência o diagrama de fases abaixo, sabendo que o limite mínimo de dissolução de
carbono no ferro é de 0,005%C.

Resolução comentada: esse exercício trata de uma aplicação direta da Regra da


Alavanca. Para resolver este exercício deve primeiro delimitar a região do diagrama de
fases que irá trabalhar. Depois é sempre importante verificar os limites de porcentagem
de carbono inferior e superior, que usará na regra. Depois definir qual é a regra da
alavanca que irá usar, em função da região do diagrama de fases e dos limites superior
e inferior do teor de carbono. Aplica a regra para determinar uma das fases e depois faz
1(corresponde a 100%) menos a porcentagem achada e determina a outra fase.

Portanto:
- Como é um aço do tipo ASTM 1070, o teor de carbono é de 0,70%C. Assim, a região
do diagrama de fases é a hipoeutetóide, ou seja, de 0,005%C até 0,77%C.
- Para esta região, o teor mínimo de carbono é de 0,005%C e o teor máximo de carbono
é de 0,75%C.
- Para esta região, a regra da alavanca é a dos aços hipoeutetóides, pela qual são
determinadas as fases α (ferrita) e P (perlita):
%α = 0,09 = 9%

%P = 1- 0,09 = 0,91 = 91%

Repare que o resultado nos indica que será um aço composto com apenas 9% de
ferrita e, portanto, majoritariamente com 91% de Perlita. Isto confere a este aço as
propriedades da perlita, que são uma rigidez com alguma maleabilidade.
2) Determinar a composição de fases para um aço do tipo ASTM 1080, tomando como
referência o diagrama de fases abaixo.

Resolução comentada: esse exercício trata de uma aplicação direta da Regra da


Alavanca. Para resolver este exercício deve primeiro delimitar a região do diagrama de
fases que irá trabalhar. Depois é sempre importante verificar os limites de porcentagem
de carbono inferior e superior, que usará na regra. Depois definir qual é a regra da
alavanca que irá usar, em função da região do diagrama de fases e dos limites superior
e inferior do teor de carbono. Aplica a regra para determinar uma das fases e depois faz
1(corresponde a 100%) menos a porcentagem achada e determina a outra fase.

Portanto:
- Como é um aço do tipo ASTM 1080, o teor de carbono é de 0,80%C. Assim, a região
do diagrama de fases é a hipereutetóide, ou seja, de 0,77%C até 2,11%C.
- Para esta região, o teor mínimo de carbono é de 0,77%C e o teor máximo de carbono
é de 2,11%C.
- Para esta região, a regra da alavanca é a dos aços hipereutetóides, pela qual são
determinadas as fases P (perlita) e Cementita (Fe3C):
%P = 0,98 = 98%P
%Fe3C = 1 – 0,98 = 0,02 = 2%Fe3C

Repare que o resultado nos indica que será um aço composto com majoritariamente
com 98% de Perlita. Isto confere a este aço as propriedades da perlita, que são uma
rigidez com alguma maleabilidade.
3) Com base nas curvas TTT e CCT apresentadas abaixo, qual a velocidade que a liga
eutetóide deverá ser resfriada de 730°C até a temperatura ambiente, para garantir que
tenha apenas martensita na estrutura final?

Resolução comentada: esse exercício trata de uma aplicação direta da leitura do diagrama
TTT e CCT. Basta identificar a região onde se encontra a fase ou as fases desejadas e
verificar no gráfico a velocidade que leva a esta ou estas fases.
Portanto;
- como no caso é pedida a velocidade de resfriamento para que se tenha apenas a fase
Martensita, a região do gráfico é a compreendida entre 10-1s e aproximadamente 10s.
- Do gráfico, a velocidade de resfriamento para esta região será maior ou igual a 140°C/s.
4) Tendo como referência as tabelas abaixo, selecionar o tipo de aços inox que pode atender
a necessidade de ter uma maior resistência à corrosão.
Resolução comentada: esse exercício trata de uma aplicação direta da leitura dos dados
das tabelas de relação entre os elementos químicos e propriedades das ligas, e das ligas de
aços com suas composições químicas.
Para resolver este exercício primeiro se faz a análise da influência dos elementos de liga na
ou nas propriedades desejadas no projeto. Com isso é possível selecionar os elementos
que comporão a liga. Atendem ao quesito de seleção os elementos que aumentam e que
são inertes as propriedades desejadas.
Depois é feita a seleção da liga em função dos elementos que a comporão.
Portanto:
- como no caso é desejado que a liga tenha uma maior resistência à corrosão. Assim,
primeiro serão selecionados os elementos que aumentam e que são inertes ao aumento
da resistência à corrosão. Depois é selecionada a liga que seja composta pelos elementos
selecionados.
- Da tabela de propriedades verificamos que, com relação a Resistência a Corrosão, o
Alumínio (Al) é inerte, o Cobalto (Co)é inerte, o Cromo (Cr) aumenta, o Cobre (Cu) aumenta,
o Manganês (Mn) é inerte, o Níquel (Ni) aumenta, o Silício (Si) é inerte e o Vanádio (V)
aumenta. Apenas o Enxofre (S) diminui. Desta forma o aço pode ter todos os elementos de
liga menos o S. Mas deve ter em sua composição os elementos que aumentam a
resistência, que são o Cr, o Cu,o Ni e o V.
- Da tabela dos aços vemos que a liga 17-4PHd possui o Cr, o Cu e o Ni, o que a seleciona.
É interessante observar que, referente aos elementos que compõem as ligas dos aços
inox, o V não está presente nas ligas da tabela dos aços, sendo, portanto, descartado da
análise, e que o Carbono (C) não está na tabela dos elementos de liga, o que o descarta
também. Além disso, na composição da liga 17-4 PHd, o Si e o Mn são inertes com relação
a Resistência à Corrosão, ou seja, não interferem nesta propriedade, o que os qualifica.
Exercícios propostos:
1) Determinar a composição de fases para um aço do tipo ASTM 1050, tomando como
referência o diagrama de fases abaixo, sabendo que o limite mínimo de dissolução
de carbono no ferro é de 0,005%C.

Resposta: %α = 0,35 e %P = 0,65

2) Determinar a composição de fases para um aço do tipo ASTM 1015, tomando como
referência o diagrama de fases abaixo, sabendo que o limite mínimo de dissolução
de carbono no ferro é de 0,005%C.

Resposta: %α = 0,81 e %P = 0,19


3) Determinar a composição de fases para um aço do tipo ASTM 1085, tomando como
referência o diagrama de fases abaixo.

Resposta: %P= -0,94 e %Fe3C = 0,06

4) Determinar a composição de fases para um aço comum com 1,95%C, tomando como
referência o diagrama de fases abaixo.

Resposta: %P = 0,12 e %Fe3C = 0,88


5) Com base nas curvas TTT e CCT apresentadas abaixo, qual a velocidade que a liga
eutetóide deverá ser resfriada de 730°C até a temperatura ambiente, para garantir que
tenha apenas perlita na estrutura final?

Resposta: Velocidade menor ou igual a 35°C/s.

6) Com base nas curvas TTT e CCT apresentadas abaixo, qual ou quais as fases que estarão
presentes no aço, resfriando em uma velocidade entre 35°C/s e 140/C/s, para um tempo
de resfriamento de 102s?

Resposta: Martensita + Perlita.


7) Tendo como referência as tabelas abaixo, selecionar o tipo de aços estrutural que pode
atender a necessidade de ter um maior Limite de Elasticidade e uma maior Resistência
ao Impacto.

Resposta: ASTM A529


8) Tendo como referência as tabelas abaixo, os aços carbono com elevado teor de manganês
atendem a qual processo de fabricação?

Resposta: Soldagem
Aula 2. LIGAS NÃO FERROSAS.
Exercícios resolvidos:
1) Usando o Diagrama de fases abaixo, e sabendo que a fase alfa é de estrutura cristalina
CFC e que a fase beta é de estrutura CCC, selecionar entre uma liga Zn/Cu com 33%Zn
e uma com 40%Zn, qual é mais adequada para ser usada em uma aplicação que
necessita de maior rigidez.

Resolução comentada: esse exercício trata de uma aplicação direta da regra da alavanca
para a Liga Cu-Zn, lembrando que deve ser aplicada para as duas ligas, uma com 33%Zn e
uma com 40%Zn. Para esta aplicação também deve lembrar que, para a região do diagrama
delimitada pelos teores de Zn, o teor máximo do Zn será de 45,5% Zn e o teor mínimo será
28,5% Zn.
Portanto:
%α = %Znmáx - %Zn
%Znmáx - %Znmín
%α = 45,5 – 40 %α = 0,32 = 32%
45,5 – 28,5

%β = 1 - %α %β = 1 – 0,33 = 0,67 = 67%

%α = 45,5 – 33 %α = 0,73 = 73%


45,5 – 28,5

%β = 1 - %α %β = 1 – 0,73 = 0,27 = 27%

Assim:
- A liga Cu/Zn com 40% Zn terá 32%α e 67%β e a liga Cu/Zn com 33%Zn terá 73%α e
27%β.
- Como a fase α é mais rígida que a fase β, pelo fato de a estrutura CFC ser mais rígida
que a estrutura CCC, a liga Cu/Zn com 33%Zn será a mais adequada para uma aplicação
com maior rigidez, pois terá maior teor da fase α.

2) O melhor tratamento térmico para ligas de alumínio - cobre é o envelhecimento por


precipitação. Neste tratamento se faz primeiro uma solubilização do cobre no
alumínio, depois se resfria bruscamente, de forma que o cobre não consegue se
precipitar, formando um complexo de CuAl2. Usando o diagrama de fases abaixo,
determinar a temperatura de solubilização mais adequada para uma fração de cobre
de 2,5%Cu.
Resolução comentada: esse exercício trata de leitura direta do diagrama de fases a liga, onde se
leva a porcentagem de Cobre (Cu) até a linha limite de precipitação de K’ e depois rebate para o
eixo das temperaturas, onde será lida a temperatura para a precipitação.

Portanto:

Assim, do gráfico podemos afirmar que a temperatura será próxima de 400oC.


3) Com relação ao diagrama de fases da liga Pb Sn abaixo, sabendo que a liga tem um teor de
30%Sn, se for necessário obter uma liga mais rígida, para ser usada em soldas de tubos, esta
liga será recomendada?

Resolução comentada: esse exercício trata de uma aplicação direta da regra da alavanca
para a Liga Pb-Sn. Para esta aplicação deve lembrar que, para a região do diagrama
delimitada pelo teor de Sn, o teor máximo do Sn será de 100% Sn e o teor mínimo será 1%
Sn.

Portanto:

%α = 100 – 30 %α = 0,71 = 71%


100 – 1

%β = 1 - %α %β = 1 – 0,71= 0,29 = 29%

Neste caso a liga não será recomendada, pelo baixo teor de Sn presente. É mais
recomendada para soldas de lâmpadas.
4) Com relação ao diagrama de fases da liga Zn Cu abaixo, sabendo que a liga tem um
teor de 76%Zn, se for necessário usar esta liga para uma aplicação que exija mais
maleabilidade, ela atenderia?

Resolução comentada: esse exercício trata de uma aplicação direta da regra da alavanca
para a Liga Zn-Cu, lembrando que deve ser aplicada para uma liga com 76%Zn. Para esta
aplicação também deve lembrar que, para a região do diagrama delimitada pelo teor de
Zn, o teor máximo do Zn será de 80% Zn e o teor mínimo será 67,5% Zn.
Portanto:
%α = %Znmáx - %Zn
%Znmáx - %Znmín

%γ = 80 – 76 %γ = 0,32 = 32%
80 – 67,5
%ε = 1 - %γ %ε = 1 – 0,33 = 0,67 = 67%

Assim: A liga tem uma porcentagem maior da fase ε e, como a fase ε é mais maleável que
a fase γ, será recomendada.

Exercícios propostos:
1) Usando o Diagrama de fases abaixo, e sabendo que a fase alfa é de estrutura cristalina
CFC e que a fase beta é de estrutura CCC, determinar a composição de fases e, em
função dela, verificar se uma liga Cu/Zn com 30%Zn pode ser usada em uma aplicação
que necessita de maior rigidez.

Resposta: terá 91%α e 9%β, e, assim, poderá ser usada.


2) Usando o Diagrama de fases abaixo, e sabendo que a fase alfa é de estrutura cristalina
CFC e que a fase beta é de estrutura CCC, determinar a composição de fases e, em
função dela, verificar se uma liga Cu/Zn com 40%Zn pode ser usada em uma aplicação
que necessita de maior maleabilidade.

Resposta: terá 32%α e 68%β e, assim, poderá ser usada.


3) O melhor tratamento térmico para ligas de alumínio - cobre é o envelhecimento por
precipitação. Neste tratamento se faz primeiro uma solubilização do cobre no
alumínio, depois se resfria bruscamente, de forma que o cobre não consegue se
precipitar, formando um complexo de CuAl2. Usando o diagrama de fases abaixo,
determinar a temperatura de solubilização mais adequada para uma fração de cobre
de 1,0%Cu.

Resposta: T = 300oC
4) O melhor tratamento térmico para ligas de alumínio - cobre é o
envelhecimento por precipitação. Neste tratamento se faz primeiro uma
solubilização do cobre no alumínio, depois se resfria bruscamente, de forma
que o cobre não consegue se precipitar, formando um complexo de CuAl2.
Usando o diagrama de fases abaixo, determinar a porcentagem de cobre
mais adequada para uma temperatura de solubilização de 548oC.

Resposta: 5,65 %Cu.


5) Com relação ao diagrama de fases da liga Pb Sn abaixo, sabendo que a
liga tem um teor de 45%Sn, determinar a porcentagem de fases e analisar
se esta liga será recomendada para soldas em lâmpadas.

Resposta: 55,5%α e 44,5%β. Mesmo tendo um ligeiramente maior teor de α que β,


em função do maior teor de Sn, próximo a 50%Sn, não pode ser usada em solda para
lâmpadas.

6) Com relação ao diagrama de fases da liga Pb Sn abaixo, sabendo que a liga tem um
teor de 25%Sn, determinar a porcentagem de fases e analisar se esta liga será
recomendada para soldas em lâmpadas.

Resposta: 76%α e 24%β. Além de ter um maior teor de α que β, em função do baixo
teor de Sn, pode ser usada em solda para lâmpadas.
7) Com relação ao diagrama de fases da liga Zn Cu abaixo, sabendo que a liga tem um
teor de 70%Zn, determinar a porcentagem de fases e verificar, para o caso de ser
necessário usar esta liga para uma aplicação que exija mais maleabilidade, se ela
atenderia.

Resposta: 80%γ e 20%ε . Não poderá ser usada pois o teor de fase γ é elevado.

8) Com relação ao diagrama de fases da liga Zn Cu abaixo, sabendo que a liga tem um teor de
77%Zn, determinar a porcentagem de fases e verificar, para o caso de ser necessário usar esta
liga para uma aplicação que exija mais maleabilidade, se ela atenderia.

Resposta: 24%γ e 76%ε. Atenderia em função do maior teor da fase ε.


Aula 3. Polímeros
Exercícios resolvidos:

1) Em função do diagrama tensão vs deformação do polietileno, determinar seu módulo


de elasticidade e verificar se pode resistir a uma tensão de tração de 35 MPa.

Resolução comentada: esse exercício trata de leitura direta do diagrama tensão vs deformação,
primeiro para obter os valores para se determinar o módulo de elasticidade e depois para
verificar se suporta a tensão proposta.
Portanto:
Para determinação do E, lemos a tensão e a deformação no limite elástico, ou seja, aquele no
qual, retirando a tensão, a deformação some e a peça volta ao comprimento inicial. É o trecho
de reta do gráfico tensão vs deformação. No caso do polietileno, esta reta vai até 14 MPa e,
consequentemente, a uma deformação de 0,004mm/mm.
Assim:
E = σ / ε = 14000000 Pa / 0,004
E = 3500000000 Pa = 3,5 x 109 Pa = 3,5 GPa

Para verificar se resiste a uma tensão de 35 MPa, basta ler os valores de tensão máxima e tensão
limite de ruptura. Se a tensão aplicada for menor que estas tensões, então o plástico resistirá.
Caso contrário não resistirá.
Assim:
Temos no gráfico que a tensão máxima suportada pelo polietileno possui um valor próximo a
28MPa, que podemos estimar como sendo aproximadamente 26MPa, e a tensão de ruptura
possui um valor intermediário a 28MPa e 35MPa, que podemos estimar como sendo
aproximadamente de 31MPa. Ambos valores são menores que 35MPa e assim verificamos que
não suportará esta tensão aplicada.

2) Comparando as propriedades dos polipropilenos dos tipos não reforçado, reforçado


com fibra de vidro e de impacto, apresentadas na tabela abaixo, qual é o mais indicado para
uma aplicação que exija uma maior resistência à flexão junto com uma maior rigidez
estrutural?

Resolução comentada: esse exercício trata de leitura direta da tabela, onde se buscará o tipo de
polipropileno que apresente os maiores valores das propriedades que confiram uma maior
resistência à flexão aliada a uma maior rigidez estrutural.
Portanto:
Será identificado na tabela o tipo de polipropileno que tenha os maiores valores de Módulo
de flexão, bem como de Dureza.

Assim: analisando a tabela abaixo:

O polipropileno reforçado com fibra de vidro é o mais indicado.


3) Com base nos diagramas tensão deformação para o PEBD e PEAD abaixo, determinar
os módulos de Young de ambos e comparar os resultados com foco na deformação
plástica.

Resolução comentada: esse exercício trata da determinação do módulo de Young com base nos
valores de tensão e deformação no limite de elasticidade para o PEAD e para o PEBD.
Portanto: para esta determinação torna-se necessário primeiro identificar os pontos limites de
elasticidade para ambos, lembrando que no diagrama Tensão vs Deformação é o ponto limite da
reta que parte da origem. Após isso obtém do gráfico as tensões e deformações neste ponto e,
pela divisão da tensão pela deformação, se obtêm os módulos de Young dos polietilenos.
Assim:

Para o Limite de Elasticidade: σPEAD = 20MPa; εPEAD = 0,2; σPEBD = 7,5MPa; εPEBD = 0,15.
Módulos de Young:
EPEAD = 100MPa e EPEBD = 50 MPa

Análise comparativa: Como o Módulo de Young estabelece a relação da tensão pela deformação
máxima para se atingir o limite de elasticidade do material, valores maiores que este módulo
obtido para um material levarão a deformações plásticas, ou seja, permanentes. Como o valor
do Módulo de Young obtido para o PEAD é o dobro do valor obtido para o PEBD, será necessário
um esforço bem maior para deformar plasticamente o PEAD, comparativamente ao PEBD.

4) Determinar as tensões limites de ruptura na tração e na compressão do poliéster e


analisar comparativamente os resultados obtidos.

Resolução comentada: esse exercício trata da obtenção das tensões limites de ruptura
diretamente do gráfico Tensão vs Deformação para o poliéster, na tração e na compressão.
Portanto: basta rebater no eixo das ordenadas o ponto limite de ruptura do gráfico, ou seja, o
ponto onde o gráfico termina.
Assim:

Valores de Tensão Limite de Ruptura: σlimcompressão = 95MPa; σlimtração = 50MPa.


Análise: dos valores obtidos pode-se concluir que a resistência e esforços de compressão do
poliéster é quase que duas vezes maior que sua resistência à tração.
Exercícios propostos:
1) Em função do diagrama tensão vs deformação do polietileno, determinar sua
tensão máxima e verificar se pode resistir a uma tensão de tração de 28 MPa.

Resposta: σmáx = 25MPa; resistirá, muito embora seja uma tensão próxima ao
limite de ruptura.

2) Em função do diagrama tensão vs deformação do polietileno, determinar a tensão


máxima que pode ser aplicada para uma deformação máxima de 0,008mm/mm.

Resposta: σ0,008mm/mm = 22MPa


3) Comparando as propriedades dos polipropilenos dos tipos não reforçado,
reforçado com fibra de vidro e de impacto, apresentadas na tabela abaixo, qual é
o mais indicado para uma aplicação que exija uma maior resistividade
volumétrica?

Resposta: PP de resina não reforçada.


4) Comparando as propriedades dos polipropilenos dos tipos não reforçado,
reforçado com fibra de vidro e de impacto, apresentadas na tabela abaixo, qual é
o mais indicado para uma aplicação que exija uma maior condutividade térmica?

Resposta: PP do tipo de impacto.


5) Com base nos diagramas tensão deformação para o PEBD e PEAD abaixo,
determinar a tensão máxima que cada um suporta e definir qual é o mais indicado
para um esforço de tração de 20MPa.

Resposta: σmáxPEAD = 25MPa; σmáxPEBD = 12MPa; o PEAD é o mais indicado


para um esforço de tração de 20MPa.

6) Com base nos diagramas tensão deformação para o PEBD e PEAD abaixo, até qual
tensão é possível aplicar a ambos sem haver uma deformação definitiva?

Resposta: para não haver deformação plástica em ambos a máxima tensão


que pode ser aplicada é de 7,5MPa.
7) Em função do gráfico de Tensão vs Deformação para o poliéster, na tração e na
compressão, quais os valores limites de deformação antes da ruptura?

Resposta: εcompressão = 0,037mm/mm; εtração = 0,029mm/mm

8) Em função do gráfico de Tensão vs Deformação para o poliéster, na tração e na


compressão, o que acontecerá com relação à deformação, aplicando uma tensão
de 45MPa na tração e na compressão?

Resposta: Na tração provocará deformação permanente e na compressão


não provocará esta deformação.
Aula 4. Cerâmicos
Exercícios resolvidos:
1) A tabela apesenta a composição de alguns tijolos refratários sílico-aluminosos.
Sabendo que o refratário deverá ser aplicado na região de alimentação do forno que
é caraterizada por ter alta abrasividade e, consequentemente, que deve resistir ao
desgaste, determinar aquele que melhor atende à solicitação de projeto.

Elemento E
Si 1,9
O 3,4
Al 1,6
Mg 1,3
Fe 1.8
Ca 1,0
Ti 1,5

𝑪𝑰𝑨 . %𝑨 + 𝑪𝑰𝑩 . %𝑩 + 𝑪𝑰𝑪 . %𝑪 + 𝑪𝑰𝑫 . %𝑫 + 𝑪𝑰𝑬 . %𝑬 + 𝑪𝑰𝑭 . %𝑭


𝑪𝑰𝒎é𝒅𝒊𝒐 =
%𝑨 + %𝑩 + %𝑪 + %𝑫 + %𝑬 + %𝑭

∆𝑬𝟐
−( )
𝟒
𝑪𝑰 = 𝟏 − 𝒆
Resolução comentada: esse exercício trata de uma aplicação direta da determinação do Caráter
Iônico do cerâmico para definir seu comportamento e aplicação.
Portanto:
Primeiro é determinado o Caráter Iônico para cada componente de liga dos refratários.
Depois, por média ponderal, se determina o Caráter Iônico de cada tipo de refratário. Aquele
que tiver maior valor de Caráter Iônico terá maior quantidade de ligações iônicas, com
consequente maior dureza e resistência ao desgaste por abrasão, sendo que o ideal é estar
acima de 0,50.
Assim:

(𝟏,𝟔−𝟑,𝟒)𝟐 (−𝟏,𝟖)𝟐
−( ) −( )
𝟒 𝟒
𝑪𝑰𝑨𝒍𝟐𝑶𝟑 = 𝟏 − 𝒆 ∴ 𝑪𝑰𝑨𝒍𝟐𝑶𝟑 = 𝟏 − 𝒆

𝟑,𝟐𝟒
−( )
𝑪𝑰𝑨𝒍𝟐 𝑶𝟑 = 𝟏 − 𝒆 𝟒 ∴ 𝑪𝑰𝑨𝒍𝟐𝑶𝟑 = 𝟏 − 𝒆−(𝟎,𝟖𝟏)

𝑪𝑰𝑨𝒍𝟐𝑶𝟑 = 𝟏 − 𝟎, 𝟒𝟒 ∴ 𝑪𝑰𝑨𝒍𝟐𝑶𝟑 = 𝟎, 𝟓𝟔

(𝟏,𝟗−𝟑,𝟒)𝟐 (−𝟏,𝟓)𝟐
−( ) −( )
𝟒 𝟒
𝑪𝑰𝑺𝒊𝑶𝟐 = 𝟏 − 𝒆 ∴ 𝑪𝑰𝑺𝒊𝑶𝟐 = 𝟏 − 𝒆

𝟐,𝟐𝟓
−( )
𝑪𝑰𝑺𝒊𝑶𝟐 = 𝟏 − 𝒆 𝟒 ∴ 𝑪𝑰𝑺𝒊𝑶𝟐 = 𝟏 − 𝒆−(𝟎,𝟓𝟔)

𝑪𝑰𝑺𝒊𝑶𝟐 = 𝟏 − 𝟎, 𝟓𝟕 ∴ 𝑪𝑰𝑺𝒊𝑶𝟐 = 𝟎, 𝟒𝟑

(𝟏,𝟖−𝟑,𝟒)𝟐 (−𝟏,𝟔)𝟐
−( ) −( )
𝟒 𝟒
𝑪𝑰𝑭𝒆𝟐𝑶𝟑 = 𝟏 − 𝒆 ∴ 𝑪𝑰𝑭𝒆𝟐𝑶𝟑 = 𝟏 − 𝒆

𝟐,𝟓𝟔
−( )
𝑪𝑰𝑭𝒆𝟐 𝑶𝟑 = 𝟏 − 𝒆 𝟒 ∴ 𝑪𝑰𝑭𝒆𝟐𝑶𝟑 = 𝟏 − 𝒆−(𝟎,𝟔𝟒)
𝑪𝑰𝑭𝒆𝟐𝑶𝟑 = 𝟏 − 𝟎, 𝟓𝟑 ∴ 𝑪𝑰𝑭𝒆𝟐𝑶𝟑 = 𝟎, 𝟒𝟕

(𝟏,𝟓−𝟑,𝟒)𝟐 (−𝟏,𝟗)𝟐
−( ) −( )
𝟒 𝟒
𝑪𝑰𝑻𝒊𝑶𝟐 = 𝟏 − 𝒆 ∴ 𝑪𝑰𝑻𝒊𝑶𝟐 = 𝟏 − 𝒆

𝟑,𝟔𝟏
−( )
𝑪𝑰𝑻𝒊𝑶𝟐 = 𝟏 − 𝒆 𝟒 ∴ 𝑪𝑰𝑻𝒊𝑶𝟐 = 𝟏 − 𝒆−(𝟎,𝟗𝟎)

𝑪𝑰𝑻𝒊𝑶𝟐 = 𝟏 − 𝟎, 𝟒𝟏 ∴ 𝑪𝑰𝑻𝒊𝑶𝟐 = 𝟎, 𝟓𝟗

(𝟏,𝟎−𝟑,𝟒)𝟐 (−𝟐,𝟒)𝟐
−( ) −( )
𝟒 𝟒
𝑪𝑰𝑪𝒂𝑶 = 𝟏 − 𝒆 ∴ 𝑪𝑰𝑪𝒂𝑶 = 𝟏 − 𝒆

𝟓,𝟕𝟔
−( )
𝑪𝑰𝑪𝒂𝑶 = 𝟏 − 𝒆 𝟒 ∴ 𝑪𝑰𝑪𝒂𝑶 = 𝟏 − 𝒆−(𝟏,𝟒𝟒)

𝑪𝑰𝑪𝒂𝑶 = 𝟏 − 𝟎, 𝟐𝟒 ∴ 𝑪𝑰𝑪𝒂𝑶 = 𝟎, 𝟕𝟔

(𝟏,𝟑−𝟑,𝟒)𝟐 (−𝟐,𝟏)𝟐
−( ) −( )
𝟒 𝟒
𝑪𝑰𝑴𝒈𝑶 = 𝟏 − 𝒆 ∴ 𝑪𝑰𝑴𝒈𝑶 = 𝟏 − 𝒆

𝟒,𝟒𝟏
−( )
𝑪𝑰𝑴𝒈𝑶 = 𝟏 − 𝒆 𝟒 ∴ 𝑪𝑰𝑴𝒈𝑶 = 𝟏 − 𝒆−(𝟏,𝟏𝟎)

𝑪𝑰𝑴𝒈𝑶 = 𝟏 − 𝟎, 𝟑𝟑 ∴ 𝑪𝑰𝑴𝒈𝑶 = 𝟎, 𝟔𝟕
𝟎, 𝟓𝟔 . 𝟐𝟒, 𝟑 + 𝟎, 𝟒𝟑 . 𝟔𝟗, 𝟑 + 𝟎, 𝟒𝟕 . 𝟏, 𝟏𝟑 + 𝟎, 𝟓𝟗 . 𝟎, 𝟗𝟓 + 𝟎, 𝟕𝟔 . 𝟎, 𝟗𝟓 + 𝟎, 𝟔𝟕 . 𝟎, 𝟑𝟏
𝑪𝑰𝒎é𝒅𝒊𝒐𝑨 =
𝟐𝟒, 𝟑 + 𝟔𝟗, 𝟑 + 𝟏, 𝟏𝟑 + 𝟎, 𝟗𝟓 + 𝟎, 𝟗𝟓 + 𝟎, 𝟑𝟏

𝑪𝑰𝒎é𝒅𝒊𝒐𝑨 = 𝟎, 𝟒𝟕

𝟎, 𝟓𝟔 . 𝟐𝟐, 𝟒 + 𝟎, 𝟒𝟑 . 𝟔𝟖, 𝟒 + 𝟎, 𝟒𝟕 . 𝟏, 𝟓𝟕 + 𝟎, 𝟓𝟗 . 𝟎, 𝟓𝟒 + 𝟎, 𝟕𝟔 . 𝟎, 𝟔𝟐 + 𝟎, 𝟔𝟕 . 𝟎, 𝟑𝟓
𝑪𝑰𝒎é𝒅𝒊𝒐𝑩 =
𝟐𝟐, 𝟒 + 𝟔𝟖, 𝟒 + 𝟏, 𝟓𝟕 + 𝟎, 𝟓𝟒 + 𝟎, 𝟔𝟐 + 𝟎, 𝟑𝟓

𝑪𝑰𝒎é𝒅𝒊𝒐𝑩 = 𝟎, 𝟒𝟔

𝟎, 𝟓𝟔 . 𝟐𝟒, 𝟕 + 𝟎, 𝟒𝟑 . 𝟕𝟎, 𝟓 + 𝟎, 𝟒𝟕 . 𝟎, 𝟔𝟏 + 𝟎, 𝟓𝟗 . 𝟎, 𝟖𝟏 + 𝟎, 𝟕𝟔 . 𝟎, 𝟎𝟎 + 𝟎, 𝟔𝟕 . 𝟎, 𝟎𝟑
𝑪𝑰𝒎é𝒅𝒊𝒐𝑪 =
𝟐𝟒, 𝟕 + 𝟕𝟎, 𝟓 + 𝟎, 𝟔𝟏 + 𝟎, 𝟖𝟏 + 𝟎, 𝟎𝟎 + 𝟎, 𝟎𝟑

𝑪𝑰𝒎é𝒅𝒊𝒐𝑪 = 𝟎, 𝟒𝟔

𝟎, 𝟓𝟔 . 𝟐𝟓, 𝟎 + 𝟎, 𝟒𝟑 . 𝟔𝟖, 𝟗 + 𝟎, 𝟒𝟕 . 𝟏, 𝟏𝟔 + 𝟎, 𝟓𝟗 . 𝟏, 𝟑𝟔 + 𝟎, 𝟕𝟔 . 𝟎, 𝟎𝟎 + 𝟎, 𝟔𝟕 . 𝟎, 𝟏𝟏
𝑪𝑰𝒎é𝒅𝒊𝒐𝑫 =
𝟐𝟓, 𝟎 + 𝟔𝟖, 𝟗 + 𝟏, 𝟏𝟔 + 𝟏, 𝟑𝟔 + 𝟎, 𝟎𝟎 + 𝟎, 𝟏𝟏

𝑪𝑰𝒎é𝒅𝒊𝒐𝑫 = 𝟎, 𝟒𝟕

𝟎, 𝟓𝟔 . 𝟓𝟐, 𝟔 + 𝟎, 𝟒𝟑 . 𝟒𝟎, 𝟔 + 𝟎, 𝟒𝟕 . 𝟐, 𝟏𝟎 + 𝟎, 𝟓𝟗 . 𝟐, 𝟑𝟐 + 𝟎, 𝟕𝟔 . 𝟎, 𝟎𝟎 + 𝟎, 𝟔𝟕 . 𝟎, 𝟐𝟏
𝑪𝑰𝒎é𝒅𝒊𝒐𝑬 =
𝟓𝟐, 𝟔 + 𝟒𝟎, 𝟔 + 𝟐, 𝟏𝟎 + 𝟐, 𝟑𝟐 + 𝟎, 𝟎𝟎 + 𝟎, 𝟐𝟏

𝑪𝑰𝒎é𝒅𝒊𝒐𝑬 = 𝟎, 𝟓𝟏

𝟎, 𝟓𝟔 . 𝟒𝟔 + 𝟎, 𝟒𝟑 . 𝟓𝟔 + 𝟎, 𝟒𝟕 . 𝟐, 𝟓𝟎 + 𝟎, 𝟓𝟗 . 𝟎, 𝟎𝟎 + 𝟎, 𝟕𝟔 . 𝟎, 𝟎𝟎 + 𝟎, 𝟔𝟕 . 𝟎, 𝟎𝟎
𝑪𝑰𝒎é𝒅𝒊𝒐𝑭 =
𝟒𝟔 + 𝟓𝟔 + 𝟐, 𝟓𝟎 + 𝟎, 𝟎𝟎 + 𝟎, 𝟎𝟎 + 𝟎, 𝟎𝟎

𝑪𝑰𝒎é𝒅𝒊𝒐𝑭 = 𝟎, 𝟒𝟗

Resposta: o refratário sílico-aluminoso que melhor atende é o refratário E.


2) Determinar a porcentagem de fases do cerâmico refratário com 90% de Óxido de
Alumínio (Al2O3). Sabendo que a Alumina é melhor condutora de calor que a Mulita,
este refratário conduzirá mais ou menos calor em função de sua composição de
fases?

Resolução comentada: esse exercício trata de uma aplicação direta da regra da alavanca para
verificação da capacidade de condução de calor do refratário.
Portanto:
Primeiro é determinada a porcentagem de fases presente neste refratário. Então, em função
das porcentagens de Alumina e de Mulita presentes, será indicada se sua capacidade de
condução de calor será maior ou menor.
Assim:
100 − 90
%𝑀𝑢𝑙𝑖𝑡𝑎 = ∴ %𝑀𝑢𝑙𝑖𝑡𝑎 = 0,4
100 − 75
%Alumina = 1 – 0,4 = 0,6

Resposta: por ter maior percentual de Alumina, terá maior capacidade de conduzir calor.
3) Usando o diagrama Tensão (MPa) vs Deformação (%) abaixo, determinar o módulo
de elasticidade do cimento CRCO2.

Resolução comentada: esse exercício trata de uma aplicação direta da expressão para
determinação do módulo de Young.
Portanto: basta dividir a tensão no limite de elasticidade pela deformação neste mesmo limite.
Assim: para σ = 0,2 MPa e ε= 0,1:
𝜎 0,2 . 106
𝐸= ∴ 𝐸= ∴ 𝐸 = 2 . 106 𝑃𝑎 = 2 𝑀𝑃𝑎
𝜀 0,1
Exercícios propostos:
1) A tabela apesenta a composição de alguns tijolos refratários. Sabendo que o
refratário deverá ser aplicado na região de queima do forno que é caraterizada
por ter alta reatividade química e, consequentemente, que deve ter resistência
química, determinar os CI de cada refratário e, em função dos resultados,
selecionar aquele que melhor atende à solicitação de projeto.

Elemento E
Si 1,9
O 3,4
Al 1,6
Mg 1,3
Fe 1.8
Ca 1,0
Ti 1,5
Cr 1,6

Resposta: CI1= 0,48; CI2= 0,44; CI3= 0,66. O que melhor atende é o refratário 2.
2) A tabela apesenta a composição do tijolo refratário R1. Sabendo que o
refratário deverá ser aplicado na região de queima do forno que é caraterizada
por ter alta reatividade química e, consequentemente, que deve ter resistência
química, determinar o CI do refratário e, em função do resultado, verificar se
atende à solicitação de projeto.

Refratário MgO Al2O3 SiO2

R1 35% 20% 45%

Resposta: CI = 0,54. Não atende, pois, para atender deveria ter teor maior de
ligação covalente. Pelo valor de CI obtido tem maior teor de ligação iônica.

3) Determinar a porcentagem de fases do cerâmico refratário com 85% de Óxido


de Alumínio (Al2O3). Sabendo que a Alumina é melhor condutora de calor que
a Mulita, este refratário conduzirá mais ou menos calor em função de sua
composição de fases?

Resposta: %Mulita = 60%, %Alumina = 40%. Este refratário conduzirá menos calor.
4) Determinar a porcentagem de fases do cerâmico refratário com 40% de Óxido
de Alumínio (Al2O3). Sabendo que a Cristobalita tem menor coeficiente de
expansão térmica que a Mulita, este refratário poderá ser usado em regiões
de forno com necessidade de estabilidade dimensional? Considerar a região
da composição de fases Mulita + Cristobalita entre 0% e 72% de Al2O3.

Resposta: %Cristobalita = 44%, %Mulita = 56%. Por ter menor porcentagem de


Cristobalita, de menor coeficiente de expansão térmica, não poderá ser usado, pois
apresentará menor estabilidade dimensional.
5) Usando o diagrama Tensão (MPa) vs Deformação (%) abaixo, determinar a
tensão de ruptura e a deformação limite de ruptura do cimento CRCO2.

Resposta: 0,94MPa e 1,4%.

6) Usando o diagrama Tensão (MPa) vs Deformação (%) abaixo, verificar se é possível


ao cimento CRCO2 suportar tensão aplicada de 0,15MPa, sem que haja danos na
estrutura.

Resposta: É possível, pois está abaixo da tensão limite de elasticidade, que é de


0,2MPa.
Aula 5. Compósitos
Exercícios resolvidos:
1) Com relação ao gráfico de força x deformação, indicar os valores de força limite
de ruptura e de deformação limite na ruptura para borracha com 15% e com
30% de reforço com negro de fumo e comparar os resultados.

Resolução comentada: esse exercício trata de uma leitura direta do gráfico de força vs
deformação do compósito.
Portanto: para obter as forças basta rebater o ponto de ruptura no eixo das ordenadas e para
obter as deformações o ponto de ruptura nas abcissas.
Assim:
Podemos apresentar os resultados aproximados na forma de uma tabela:

Porcentagem de adição 15% 30%


Força (N) 300 320
Deformação (%) 590 400

Da tabela podemos concluir que a aumentado a adição de negro de fumo na borracha, de 15%
para 30%, além de não aumentar significativamente a resistência à Força aplicada, que aumenta
aproximadamente 20N apenas, diminui significativamente sua deformação na ruptura.

2) O diagrama tensão vs deformação abaixo apresenta como resultado o perfil


diferenciado de comportamento da curva dos compósitos com 20% (celb20) e
com 30%(celb30) de reforço com fibras de bagaço de cana, em relação ao
comportamento do polipropileno puro. Analisar comparativamente as curvas
obtidas, com relação à tensão máxima e ao módulo de elasticidade, para as
amostras de polipropileno com e sem reforço. Considerar a área de seção
transversal das amostras como sendo de 13mm2 e comprimento inicial de
120mm.

Resolução comentada: esse exercício trata de uma leitura direta do gráfico de força vs
deformação do compósito.
Portanto: para obter a tensão máxima, basta rebater nas ordenadas os valores do ponto máximo
das curvas e depois dividir pela área da seção transversal fornecida. A leitura da deformação é
obtida rebatendo estes pontos na ordenada. Para o módulo de elasticidade basta dividir a tensão
pela deformação no limite de elasticidade. Após a obtenção destes dados é interessante dispor
em tabela para facilitar as análises comparativas.
Assim:

Pode ser observado do gráfico, que os valores das forças máximas para o PP puro, com 20% de
fibras de bagaço de cana e com 30% de bagaço de cana são, aproximadamente de 98kgf, 101kgf
e 95kgf. Suas deformações são, de forma aproximada, respectivamente 8mm, 3,5mm e 2,5mm.
Lembrando que a área da seção transversal é de 13mm2 e que o comprimento inicial é de
120mm, teremos:

𝐹 98 𝑘𝑔𝑓 𝐹 101 𝑘𝑔𝑓


𝜎𝑚á𝑥𝑃𝑃 = 𝐴
= 13
= 7,54 𝑚𝑚2
𝜎𝑚á𝑥20% = 𝐴
= 13
= 7,77 𝑚𝑚2

𝐹 95 𝑘𝑔𝑓
𝜎𝑚á𝑥30% = = = 7,31
𝐴 13 𝑚𝑚2

Lembrando ainda que o módulo de elasticidade é obtido pela relação entre a tensão e a
deformação no limite de elasticidade, teremos:
(𝐿−𝐿0 ) (122−120) (𝐿−𝐿0 ) (121−120)
𝜀𝐸𝑃𝑃 = = = 0,017 𝜀𝐸20% = 𝜀𝐸30% 𝐿0
= 120
= 0,008
𝐿0 120

𝐹 40 𝑘𝑔𝑓 𝐹 60 𝑘𝑔𝑓
𝜎𝐸𝑃𝑃 = = = 3,08 𝜎𝐸20% = 𝜎𝐸30% = = = 4,61
𝐴 13 𝑚𝑚2 𝐴 13 𝑚𝑚2

𝜎𝐸𝑃𝑃 3,08 𝑘𝑔𝑓 𝜎 4,61 𝑘𝑔𝑓


𝐸𝑃𝑃 = 𝜀𝐸𝑃𝑃
= 0,017
= 181,18 𝑚𝑚2
𝐸𝐸20% = 𝐸𝐸30% = 𝜀
= 0,008
= 576,25 𝑚𝑚2

Agora vamos analisar comparativamente os resultados:


Material PP PP + 20% Fibras PP + 30% Fibras
Tensão Máxima 7,54 7,77 7,31
(kgf/mm2)
Módulo de 181,18 576,25 576,25
Elasticidade
(kgf/mm2)

Da tabela pode ser observado que, embora haja pouca variação entre o PP puro ou reforçado
na tensão máxima que pode suportar, sendo maior valor para o PP com reforço de 20% de fibra
de cana de açúcar e o menor para 30% de fibra de cana de açúcar, o Módulo de Elasticidade
aumenta de forma bastante significativa com o reforço. Assim, a melhor opção de reforço seria
com 20%, pois além de aumentar a Tensão Máxima também aumenta, de forma significativa, o
módulo de elasticidade.
3) Abaixo está representada a curva de tensão (MPa) vs deformação, onde estão
fornecidos os valores dos módulos de Young para a matriz de epóxi sem adição
de reforço, para a fibra de vidro e para a matriz epóxi com adição de 70% em
volume de fibra de vidro. Analisar este gráfico com relação e deformação na
ruptura e ao módulo de Young, comparando os resultados da matriz epóxi sem
reforço e reforçada com 70% em volume de fibra de vidro.

Resolução comentada: esse exercício trata de uma leitura direta do gráfico de tensão vs
deformação do compósito, com análise comparativa de propriedades.
Portanto: para obter a deformação na ruptura basta rebater o ponto de ruptura no eixo das
abcissas e dele pegar o valor de ε. Os valores dos módulos de Young para o epóxi sem reforço e
reforçado são fornecidos no gráfico. Novamente a melhor sugestão é elaborar uma tabela com
os resultados, para facilitar a comparação.
Assim:
Do gráfico temos que ε para o epóxi puro é de aproximadamente 0,0193, que pode ser
arredondado para 0,019. Já para o epóxi reforçado o valor de ε é de aproximadamente 0,0198,
que pode ser arredondado para 0,020. Os valores de E são fornecidos diretamente, sendo E para
o epóxi puro de 6,9GPa (6,9x103MPa) e epóxi reforçado de 52,8GPa (52,8x103MPa).

Material E (GPa) ε
Epóxi 6,9 0,20
Epóxi com fibra de vidro 52,8 0,19

Dos resultados podemos observar um grande aumento no módulo de Young, sem variação
significativa na deformação de ruptura, o que permite concluir que esta adição permite uma
superior rigidez com mesmas caraterísticas de deformação.

Exercícios propostos:
1) Com relação ao gráfico de tensão x deformação, indicar os valores de tensão limite de
ruptura para borracha com Grau Internacional de Dureza da Borracha (GIDB): 45 GIDB,
a 75 GIDB. É importante reforçar que valores abaixo de 40 GIBD são para borrachas
muito macias (sem aditivo), valores entre 40-60 GIDB são para borrachas macias (sem
aditivos), valores entre 60-75 GIDB são para borrachas de média dureza (com aditivos),
entre 75-90 GIDB são para borrachas duras (aditivadas) e entre 90-100 GIDB são para
borrachas muito duras. O que se conclui comparando as tensões?

Resposta:
σ45GIDB = 0,45 MPa; σ55GIDB = 0,75 MPa; σ65GIDB = 1,20 MPa; σ75GIDB = 1,70 MPa. Na medida
que aumenta a dureza, devido a aditivação, a tensão limite de ruptura aumenta.
2) Com relação ao gráfico de tensão x deformação, indicar os valores de deformação
limite de ruptura para borracha com Grau Internacional de Dureza da Borracha (GIDB):
45 GIDB, a 75 GIDB. É importante reforçar que valores abaixo de 40 GIBD são para
borrachas muito macias (sem aditivo), valores entre 40-60 GIDB são para borrachas
macias (sem aditivos), valores entre 60-75 GIDB são para borrachas de média dureza
(com aditivos), entre 75-90 GIDB são para borrachas duras (aditivadas) e entre 90-100
GIDB são para borrachas muito duras. O que se conclui comparando as tensões?

Resposta:

ε45GIDB = 100%; ε55GIDB = 100%; ε65GIDB = 90%; ε75GIDB = 75%. Na medida que aumenta a
dureza, devido a aditivação, a deformação limite de ruptura diminui.

3) O diagrama tensão vs deformação abaixo apresenta como resultado o perfil diferenciado


de comportamento da curva, em relação ao comportamento do polietileno verde puro e
reforçado com fibras de sisal. Analisar comparativamente os valores de tensão máxima
e deformação na ruptura, para as amostras de polietileno com e sem reforço.

Resposta: σmáxPEADpuro = 14,5 MPa; σmáxPEADsisal = 17 MPa; εPEADpuro = 10,5%; εPEADsisal = 16%.
A adição de sisal melhora tanto a resistência à tração, com uma tensão máxima maior,
como a deformação, pois permite uma deformação maior antes da ruptura.
4) O diagrama tensão vs deformação abaixo apresenta como resultado o perfil diferenciado
de comportamento da curva, em relação ao comportamento do polietileno verde puro e
reforçado com fibras de sisal. Analisar comparativamente os valores do módulo de
Young, para as amostras de polietileno com e sem reforço.

Resposta: EPEADpuro = 812,5 MPa; EPEADsisal = 750 MPa. A adição de sisal diminui o módulo
de Young, o que faz com que uma menor força de tração gere deformação plástica.

5) Abaixo está representada a curva de tensão (MPa) vs deformação, para a matriz de epóxi
sem adição de reforço e com vários teores de adição de quartzito. Analisar
comparativamente os valores de tensão e deformação na ruptura, sem adição, com 60 e
com 80.

Resposta:
σlimpuro = 225 MPa; σlim60 = 235 MPa; σlim80 = 230 MPa; εpuro = 19%; ε60= 14%; ε80= 13%. A adição
de quartzito de 60 phr gera melhor resultado no aumento da resistência à tração, com menor
diminuição da deformação, se comparada a adição de 80phr.
6) Abaixo está representada a curva de tensão (MPa) vs deformação, para a matriz de epóxi
sem adição de reforço e com vários teores de adição de quartzito. Analisar
comparativamente os valores de tensão e deformação na ruptura, sem adição e com
20phr.

Resposta:
σlimpuro = 225 MPa; σlim20 = 175 MPa; εpuro = 19%; ε20= 17%. A adição de quartzito de 20phr, além
de diminuir a tensão limite de ruptura, diminui também a deformação da ruptura.
Aula 6. Seleção de Materiais
Exercícios resolvidos:
1) Usando o Mapa de Ashby, fazer a seleção inicial dos materiais que devem ser usados
para um projeto que exige que os materiais tenham um módulo de Young entre
100GPa e 200GPa, com densidade variando entre 5,0 Mg/m3 e 10,0 Mg/m3.

Resolução comentada: esse exercício trata de uma leitura direta do gráfico de Ashby
para a seleção inicial dos materiais.
Portanto: para fazer a seleção inicial dos materiais basta traçar linhas perpendiculares aos
valores de projeto tanto para o Módulo de Young quanto para a densidade. Os materiais contidos
na área delimitada por estas retas serão os selecionados.
Assim: serão traçadas linhas perpendiculares aos valores de Módulo de Young de 100GPa e
200GPa. Também serão lançadas linhas perpendiculares aos valores de densidade de 5Mg/m3 e
de 10Mg/m3.
Na área delimitada em vermelho estão inclusos os seguintes materiais, que serão, portanto,
selecionados: Ligas de Cobre (Cu Alloys), Aços (Steels), Ligas de Níquel (Ni Alloys), Ligas de
Zinco (Zn Alloys) e Óxido de Zircônio (ZrO2). Observe que o risco intercepta uma pequena
parte inferior da delimitação para o ZrO2, o que basta para incluir ele na seleção inicial.
Resposta: os materiais selecionados inicialmente são as Ligas de Cobre, os Aços, as Ligas de
Níquel, as Ligas de Zinco e o Óxido de Zircônio.
2) Usando o Mapa de Ashby, para as mesmas condições do exercício anterior, ou seja,
um módulo de Young entre 100GPa e 200GPa, com densidade variando entre 5,0
Mg/m3 e 10,0 Mg/m3, porém agora usando o Índice de Mérito dado pela expressão
E/ρ = C, fazer a pré-seleção dos materiais que devem ser usados no projeto .

Resolução comentada: esse exercício trata de uma leitura direta do gráfico de Ashby
para a pré-seleção dos materiais, porém usando como refinamento o Índice de Mérito.
Portanto: para fazer a pré-seleção inicial dos materiais basta traçar linhas perpendiculares aos
valores de projeto tanto para o Módulo de Young quanto para a densidade. Os materiais contidos
na área delimitada por estas retas serão os selecionados. Após isso traça, nesta área delimitada,
partindo do vértice inferior do retângulo gerado, uma paralela a linha que representa o Índice
de Mérito solicitado.
Assim: o retângulo será gerado como no exercício anterior e depois, partindo de seu vértice
inferior, será traçada uma paralela é linha do Índice de Mérito E/ρ = C. Os materiais que ficarem
na região da linha para cima deverão ser pré-selecionados.
Na área delimitada em vermelho estão inclusos os seguintes materiais, que serão, portanto,
selecionados: Ligas de Cobre (Cu Alloys), Aços (Steels), Ligas de Níquel (Ni Alloys), Ligas de
Zinco (Zn Alloys) e Óxido de Zircônio (ZrO2). Porém, com o Índice de Mérito, haverá uma
restrição da área que deixará de fora da seleção as ligas de Cobre e de Zinco, pois não estão
na região da paralela para cima, que delimita a área de interesse para atender ao projeto.
Resposta: os materiais pré-selecionados são os Aços, as Ligas de Níquel e o Óxido de
Zircônio.
3) Para a seleção final do material a ser usado, dentre os pré-selecionados no exercício
anterior, será usada a técnica da Matriz Decisão. Neste caso, além das propriedades
mecânicas, outras são exigidas para o planejamento do produto. Assim são geradas as
matrizes referentes aos materiais e as prioridades da empresa, com relação ao produto.
Selecionar, usando Matriz Decisão, o material para uso no projeto.

Material E (GPa) ρ (Mg/m3) Custo Fornecedores Processo de


Fabricação
Aços 7 8 9 9 9
Ligas de Ni 9 9 6 6 7
ZrO2 5 5 5 6 4

Item de interesse Peso no produto


E 6
ρ 7
Custo 8
Fornecedores 6
Processo de Fabricação 7

Resolução comentada: esse exercício trata da aplicação da Matriz Decisão para a seleção
final do material a ser usado no produto.
Portanto: para fazer a seleção, devemos cruzar as informações das tabelas, que irão gerar valores
numéricos conforme a expressão:

∑(𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑚𝑎𝑡 𝑥 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜)


𝑀=
∑ 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜
Assim: o peso de cada item para os materiais será multiplicado pelo peso de cada item para o
produto, e a somatória dos resultados destas multiplicações será dividida pela somatória dos
pesos no produto.
(7𝑥6) + (8𝑥7) + (9𝑥8) + (9𝑥6) + (9𝑥7)
𝑀𝐴ç𝑜𝑠 = = 8,44
(6 + 7 + 8 + 6 + 7)

(9𝑥6) + (9𝑥7) + (6𝑥8) + (6𝑥6) + (7𝑥7)


𝑀𝐿𝑖𝑔𝑎𝑠 𝑁𝑖 = = 7,35
(6 + 7 + 8 + 6 + 7)

(5𝑥6) + (5𝑥7) + (5𝑥8) + (6𝑥6) + (4𝑥7)


𝑀𝑍𝑟𝑂2 = = 4,97
(6 + 7 + 8 + 6 + 7)

Resposta: O maior valor da média foi obtido para os Aços. Portanto ele deverá ser o material
selecionado.

Exercícios propostos:
1) Usando o Mapa de Ashby, fazer a seleção inicial dos materiais que devem ser usados
para um projeto que exige que os materiais tenham um módulo de Young (E) entre
20GPa e 80GPa, com resistência mecânica (σf) entre 100MPa e 200MPa.

Resposta: Polímero reforçado com fibra de vidro (GFRP), Ligas de Mg, de Zn e de Al.
2) Usando o Mapa de Ashby, fazer a seleção inicial dos materiais que devem ser usados
para um projeto que exige que os materiais tenham uma tenacidade à fratura (K1c)
entre 2MPa.m1/2 e 4MPa.m1/2, com módulo de Young (E) entre 1GPa e 3GPa.

Resposta: Polipropileno (PP), Acrilonitrila Butadieno Estireno (ABS) e Policarbonato (PC).


3) Usando o Mapa de Ashby, para uma resistência mecânica (σf) entre 100MPa e
1000MPa, com densidade variando entre 4 Mg/m3 e 30 Mg/m3, mas também para o
Índice de Mérito dado pela expressão (σf/ρ)1/2 = C, fazer a pré-seleção dos materiais
que devem ser usados no projeto.

Resposta: Liga de Zn, Aços, Liga de Ni e Liga de Ti.


4) Usando o Mapa de Ashby, para uma resistência mecânica (σf) entre 102 MPa e 103 MPa,
com energia interna (Hp.ρ) variando entre 105 MJ/m3 e 106 MJ/m3, mas também para
o Índice de Mérito dado pela expressão (σf/Hp.ρ)1/2 = C, fazer a pré-seleção dos
materiais que devem ser usados no projeto.

Resposta: Ferro fundidos, Al2O3, Aços carbono e SiC.


5) Partindo dos dados passados pela engenharia e pela gestão de projeto, foram
elaboradas as matrizes de pesos para que se tome a decisão do material mais adequado
para o produto. Partindo destas matrizes, usando a técnica da matriz decisão, selecionar
o material mais adequado ao produto.
Material Módulo de Tenacidade à Custo Fornecedores
Young (GPa) Fratura
(MPa.m1/2)
PS 6 5 7 8
PP 5 9 9 8
PC 9 8 6 6

Item de interesse Peso no Produto


E (GPa) 7
K1C (MPa.m1/2) 8
Custo 8
Fornecedores 7

Resposta: com M = 7,83, o material selecionado foi o PP.


6) A técnica da seleção final do material para uso em um projeto de produto muitas vezes
é a Matriz Decisão. Partindo das tabelas abaixo, usando a técnica da matriz decisão,
selecionar o material mais adequado ao produto.

Material Densidade Tenacidade à Custo


(Mg/m3) Fratura
(MPa.m1/2)
Aço Carbono 8 8 9
Aço Inox 9 8 6
Ferro Fundido 6 6 8

Item de interesse Peso no Produto


ρ (Mg/m3) 8
K1C (MPa.m1/2) 6
Custo 8

Resposta: com M = 8,36, o material selecionado foi o Aço Carbono.

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