Madeiras Brasileiras
Madeiras Brasileiras
Madeiras Brasileiras
MADEIRAS
amplo das diversas espécies de madeira,
seja em combinações de cores e texturas,
seja na substituição daquelas espécies
BRASILEIRAS
menos abundantes, circunstância esta que
MADEIRAS BRASILEIRAS
O Guia apresenta dados de 90 espécies, ordenadas a partir pode ocorrer em razão de fatores sazonais
do degradê de suas cores, um dos aspectos sensoriais mais ou ameaças de extinção de espécies.
importantes da madeira para uso em design, decoração,
Cada ficha do mostruário apresenta dados
C
arquitetura de interiores e marcenaria. Guia de combinação e substituição relativos às características e propriedades
Andréa Franco Pereira
M
MY
É graduada em design de produto e possui to de 10 vezes da fase transversal, permi-
2009, e na disponibilidade de imagens e de dados técnicos,
PhD em Sciences Mécaniques pour tindo que as espécies possam ser compara-
l’Ingénieur pela Université de Technologie das entre si. Esse aumento da fase trans-
serem exploradas ou produzidas em plantios florestais.
K
de Compiègne, França. Atua na área do versal é uma técnica usada para a identifi-
ecodesign como pesquisadora de produti- cação das espécies. Já as imagens em
O livro é acompanhado de um mostruário que apresenta cada
vidade do CNPq – Conselho Nacional de tamanho real permitem o reconhecimento
uma das madeiras a partir de imagens em tamanho real das
Desenvolvimento Científico e Tecnológico. da madeira para seu uso, combinação ou
fases tangencial ou radial e em aumento de 10 vezes da fase
É professora do Departamento de Tecnolo- substituição.
transversal, permitindo que todas as espécies possam ser
gia da Arquitetura e do Urbanismo, Escola A intenção foi a de apresentar uma amostra
comparadas entre si.
de Arquitetura (e Design) da UFMG – de cada madeira da forma mais fiel possí-
Universidade Federal de Minas Gerais. vel. Por vezes, foi difícil decidir sobre qual
melhor imagem e, eventualmente, algumas
delas poderão não representar fidedigna-
www.blucher.com.br mente uma madeira, tendo em vista as
diferenças que se apresentam de amostra
para amostra, bem como a imprecisão
cromática da impressão.
Madeiras Brasileiras
Guia de combinação e substituição
Andréa Franco Pereira
Lançamento 2013
ISBN: 9788521207351 Formato: 17x24 cm
Páginas: 130
capa_madeiras brasileiras_lombada 6mm.pdf 1 20/08/2013 16:04:30
MADEIRAS
amplo das diversas espécies de madeira,
seja em combinações de cores e texturas,
seja na substituição daquelas espécies
BRASILEIRAS
menos abundantes, circunstância esta que
MADEIRAS BRASILEIRAS
O Guia apresenta dados de 90 espécies, ordenadas a partir pode ocorrer em razão de fatores sazonais
do degradê de suas cores, um dos aspectos sensoriais mais ou ameaças de extinção de espécies.
importantes da madeira para uso em design, decoração,
Cada ficha do mostruário apresenta dados
C
arquitetura de interiores e marcenaria. Guia de combinação e substituição relativos às características e propriedades
Andréa Franco Pereira
M
MY
É graduada em design de produto e possui to de 10 vezes da fase transversal, permi-
2009, e na disponibilidade de imagens e de dados técnicos,
PhD em Sciences Mécaniques pour tindo que as espécies possam ser compara-
l’Ingénieur pela Université de Technologie das entre si. Esse aumento da fase trans-
serem exploradas ou produzidas em plantios florestais.
K
de Compiègne, França. Atua na área do versal é uma técnica usada para a identifi-
ecodesign como pesquisadora de produti- cação das espécies. Já as imagens em
O livro é acompanhado de um mostruário que apresenta cada
vidade do CNPq – Conselho Nacional de tamanho real permitem o reconhecimento
uma das madeiras a partir de imagens em tamanho real das
Desenvolvimento Científico e Tecnológico. da madeira para seu uso, combinação ou
fases tangencial ou radial e em aumento de 10 vezes da fase
É professora do Departamento de Tecnolo- substituição.
transversal, permitindo que todas as espécies possam ser
gia da Arquitetura e do Urbanismo, Escola A intenção foi a de apresentar uma amostra
comparadas entre si.
de Arquitetura (e Design) da UFMG – de cada madeira da forma mais fiel possí-
Universidade Federal de Minas Gerais. vel. Por vezes, foi difícil decidir sobre qual
melhor imagem e, eventualmente, algumas
delas poderão não representar fidedigna-
www.blucher.com.br mente uma madeira, tendo em vista as
diferenças que se apresentam de amostra
para amostra, bem como a imprecisão
cromática da impressão.
Sumário
Índice de Siglas 13
Índice de Figuras, Tabelas e Quadros 15
Apresentação 17
1. Introdução 21
1.1 Exploração legal e sustentável 25
1.2 Certificação e design 27
2. Limites de uso e ciclo de vida 31
2.1 Limites de aquisição da madeira 32
2.1.1 Preço e volume disponível 32
2.1.2 Facilidade e riscos de secagem 49
2.2 Limites de produção e trabalhabilidade 51
2.2.1 Propriedades físicas e mecânicas 51
2.2.2 Durabilidade natural 56
2.2.3 Processos de fabricação 61
2.2.4 Estabilidade 62
2.3 Limites de mercado 63
2.3.1 Aceitabilidade da diversidade de espécies 63
2.3.2 Fatores econômicos globais 64
2.4 Limites de uso 66
2.4.1 Nomes comuns e nomes científicos 66
2.4.2 Elementos celulares 68
2.4.3 Características sensoriais 71
2.4.4 Usos mais comuns 74
Madeira é um bem que tem sido usado há tempos como matéria-prima bá-
sica para as nossas edificações e para a produção de objetos, o que certamente
se deve às suas características físicas e mecânicas. Os variados níveis de dureza
e densidade permitem que sejam trabalhadas conforme a necessidade dos fa-
bricantes e artesãos, em face de sua constituição fibrosa, que proporciona boa
resistência estrutural.
Entretanto, não são apenas essas as razões do uso da madeira como ma-
téria-prima. Ela mantém com o ser humano uma relação biofísica, catalisadora
de sensações prazerosas. Seus cheiros, cores, brilhos, reflexos e temperaturas
e, ainda, o desenho de suas fibras, formando composições visuais e asperezas
diferenciadas, aguçam nossos sentidos e desejos.
O aspecto agradável dos diferentes tipos de madeira resulta da vasta com-
binação das propriedades físicas e sensoriais, características da exuberância
florestal, visto que são geradas por uma rica variedade de árvores, cuja composi-
ção é determinante das formas e propriedades do tecido lenhoso.
As árvores são classificadas em dois grandes grupos, assim denominados
gimnospermas e angiospermas. As primeiras, com nome tomado do grego
gumnos (nu) e sperma (semente), são plantas cujos óvulos (e, posteriormente,
as sementes) são carregados por um casco resistente sem a proteção de flores
ou frutos. Por essa razão, tais árvores não têm frutos e apresentam sementes de
forma aparente. Por outro lado, as gimnospermas se subdividem em tipos,
destacando-se as coníferas, aquelas que produzem madeira. No Brasil há duas
espécies principais de árvores coníferas, o pinus (Pinus elliottii) e a araucária
ou pinho-do-paraná (Araucaria angustifolia), esta nativa do país. Seu tronco
(caule ou fuste) e a copa (galhos e folhas) se apresentam na forma de cone, por
isso o nome conífera. Essas árvores compõem um dos recursos renováveis mais
importantes do mundo, em virtude de seu rápido crescimento.
Figura 1 – Camadas do tronco de uma árvore. Imagem IPT (ZENID, 2002); Ilustração da autora
INSTITUIÇÕES NACIONAIS
TOCANTINS
16 Baseado nos valores apresentados em: MAINERI, C.; CHIMELO, J. P. 1989, Op. cit.
17 Informações mais detalhadas sobre insetos xilófagos podem ser obtidos em IPT. Biodete-
rioração de madeiras em edificações. Instituto de Pesquisas Tecnológicas, São Paulo,
2001.
Atingindo a fase adulta, elas perfuram a madeira e saem para o mundo externo,
por isso o ataque é geralmente percebido como pequenos orifícios espalhados
na superfície da madeira.
As brocas não são insetos sociais, mas fazem parte de um grupo formado
por milhares de espécies. Diferentes grupos de brocas atacam a madeira tam-
bém em diferentes fases de seu beneficiamento, desde a árvore viva, sendo clas-
sificadas como “brocas que atacam a árvore viva”, “brocas que atacam a árvore
recém-abatida”, “brocas que atacam a madeira durante a secagem” e “brocas
que atacam a madeira seca”.
b) Fungos são organismos que necessitam de compostos orgânicos como
fonte de alimento, compostos esses muito presentes na madeira. Os fungos que
utilizam os componentes da madeira como alimento são chamados fungos xiló-
fagos. São classificados em “fungos emboloradores e manchadores” e “fungos
apodrecedores” (podridão branca, podridão parda e podridão mole)18 (Figura 9).
Figura 10: Planos radial, tangencial e transversal das árvores coníferas (gimnospermas).
Imagens: IPT (ZENID, 2002).
Figura 11: Planos radial, tangencial e transversal das árvores folhosas (angiospermas)
Imagens: IPT (ZENID, 2002)
d) Figura é uma característica global da madeira que pode ser vista na su-
perfície plana. Ela pode ser avaliada pelos aspectos de diferença de cor provo-
cada pelos anéis ou camadas de crescimento, diferenças de grã ou de brilho ou,
ainda, pelo destaque das linhas vasculares, parênquima axial e raios.
e) Brilho, assim como a figura, é uma característica que pode ser vista na
superfície plana. Ele é classificado em: “brilho irregular”, “brilho ausente”, “bri-
lho moderado”, “brilho acentuado”.
Usos Descrição
Estruturas:
– tesouras, vigas, pilares, caibros, ripas
– pontes, cruzetas, estacas
Canteiros de obra:
– andaimes, formas de concreto
Assoalhos:
– rodapés, tacos, tábuas, parquets, escadas
Revestimentos:
– lambris, painéis, molduras, forros
Esquadrias:
– portas, janelas, caixilhos, venezianas
Móveis:
– móveis normais, finos, decorativos, folheados
Ferramentas:
– cabo de ferramentas
Instrumentos musicais
Embalagens:
– caixas, engradados, paletes, embalagens leves
Embarcações:
– construção naval, assoalhos e revestimento de barcos, cais para embarcações
Brinquedos e jogos
Quadro 1 – Pictogramas referentes aos usos das madeiras e descrição. Ilustração da autora.
Madeira
Ficha
Espécie Outros nomes
n.
açacu-branco, açacu-preto, açacu-vermelho,
Açacu 2
areeiro, assacú
seru, abacaíba, castanha-da-serra, castanheiro-da-
Allantoma lineata -serra, ceru, cheru, churu, jequitibá, ripeiro-cheru, 49
tauari
4 Morototó
Madeira Branca
Schefflera morototoni
Trattinnickia
11 Amesclão
burserifolia
Brosimum
12 Amapá
parinarioides
Eriotheca
13 Munguba-grande
longipedicellata
Aspidosperma
16 Peroba-rosa
polyneuron
Cedrelinga
18 Cedrorana
cateniformis
Madeira Cinza
Balfourodendron
21 Pau-marfim
riedelianum
Euxylophora
22 Pau-amarelo
paraensis
Tachigali
23 Taxi
myrmecophila
Symphonia
25 Anani
globulifera
Aspidosperma
27 Araracanga
desmanthum
Perpendicular
Paralela às Perpendicular
Módulo às fibras
Módulo de fibras às fibras Máxima
de (esforço Paralela Transversal
Espécie Condição elasticidade (máxima (máxima resistência
ruptura no limite
resistência) resistência)
proporcional)
1000
Kgf/cm² Kgf/cm² Kgf/cm² Kgf/cm² Kgf/cm² Kgf Kgf
Kgf/cm²
01/08/2013 16:50:45
Amoreira**** saturada 899 113 531 151 52 110 716 779
120
Maclura tinctoria
Ficha n. 31 12% 1565 129 878 228 54 159 1164 1082
01/08/2013 16:50:45
INOVAÇÃO E
EXCELÊNCIA EM
BIOLOGIA