Acao Civil Publica - Concursos Docentes - Decisão
Acao Civil Publica - Concursos Docentes - Decisão
Acao Civil Publica - Concursos Docentes - Decisão
7100/RS
AUTOR : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
RÉU : LUIS DA CUNHA LAMB
ADVOGADO : FRANCIS CAMPOS BORDAS
RÉU : RENATO MARCHIORI BAKOS
ADVOGADO : FELIPE CHEMALE PREIS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL -
RÉU :
UFRGS
12. Apresentação das etapas do concurso público, com indicação das respectivas fases
(escrita/didática, prática, títulos e/ou oral), indicando as de caráter eliminatório ou
classificatório;
16. Informação sobre a ordem de realização das provas (escritas/didáticas, práticas e orais) e
ordem de participação dos candidatos nas provas;
19. Previsão de período de vista das provas após a divulgação do resultado final do concurso,
para apresentação de recursos de revisão;
23. Indicação do órgão recursal para análise dos recursos a serem interpostos;
25. Previsão de critérios objetivos para a escolha e formação das Comissões Examinadoras dos
concursos, tanto no que diz respeito a professores vinculados à Universidade Federal, quanto a
professores vinculados a outras Instituições de Ensino;
Relatei. Decido.
1. Carência de ação
3. Antecipação de tutela
Passo a abordar cada um dos itens que o autor entende que carecem
de regulamentação:
6.2 As Provas Escritas destes concursos terão a duração de 04 (quatro) horas, com consulta a
material bibliográfico durante a primeira hora de prova, e serão redigidas manuscritas e a
tinta.
(...)
CAPÍTULO IV
I - Primeira Fase, composta por duas Modalidades de Avaliação, ambas eliminatórias: Prova
Escrita e Exame de Títulos e Trabalhos, às quais poderão se submeter todos os candidatos com
inscrição homologada, resguardado o que determina o Artigo 16;
§2º - As avaliações de que trata o inciso II deste Artigo serão realizadas na ordem estabelecida
pelo Departamento.
CAPÍTULO V
Art. 16 - O Ato de Instalação do Concurso será presidido pelo Diretor da Unidade, seu
substituto legal ou pessoa designada pela Direção, na presença da Comissão Examinadora e
dos candidatos presentes, e constituir-se-á em:
III - organização das relações de pontos para a Prova Escrita e para a Prova Prática, se
houver, desmembrados dos Programas referidos no Art. 4º, inciso I, e não podendo ser
idênticos a esses, e sua apresentação aos candidatos;
§1º - Não será permitida a participação, em quaisquer das fases do Concurso, de candidato que
não esteja presente no início do Ato de Instalação do Concurso.
§2º - O candidato que não entregar o curriculum vitae documentado, o título e resumo da
Prova Didática, bem como o Projeto de Pesquisa ou de Extensão (quando for o caso), no Ato
de Instalação do Concurso será excluído do certame; não será aceita complementação de
curriculum vitae ou anexação posterior de documentos comprobatórios.
Art. 17 - A Prova Escrita será iniciada assim que for encerrado o Ato de Instalação ao qual
alude o Art. 16.
I - da relação de pontos organizada pela Comissão Examinadora será sorteado um ponto único
para todos os candidatos, devendo o sorteio ser realizado de maneira pública;
II - a prova deverá ter início em um prazo não superior a 15 (quinze) minutos após o sorteio do
ponto e terá a duração de 4 (quatro) horas;
III - durante a primeira hora após o início da prova, será permitida a consulta a material
bibliográfico de domínio público, em papel, previamente aprovado pela Comissão
Examinadora;
VII - as provas entregues pelos candidatos dentro do prazo estabelecido no inciso II serão
colocadas em envelopes individuais, lacrados e rubricados por todos os membros da Comissão
Examinadora e pelo respectivo candidato, permanecendo guardados sob a responsabilidade da
Direção da Unidade ou do Departamento que realiza o Concurso.
Parágrafo único - O horário de início e término da realização da Prova Escrita de cada
candidato deverá ser consignado em Ata.
Art. 20 - A leitura da prova Escrita será feita de forma sequencial pelos candidatos, um após o
outro, seguindo a ordem resultante do sorteio realizado no Ato de Instalação do Concurso,
conforme Art. 16, inciso VI.
§1º - A leitura da prova Escrita poderá ser organizada em turnos, sem prejuízo do disposto no
caput deste Artigo.
§2º - Os candidatos deverão estar presentes no início da sessão de leitura da Prova Escrita, ou
de seu respectivo turno de leitura se for o caso, conforme o cronograma estabelecido pela
Comissão Examinadora no Ato de Instalação do Concurso, conforme Art. 16, inciso VII; o
candidato deverá estar presente igualmente no momento de seu chamamento para proceder à
leitura de sua Prova Escrita.
§3º - Será atribuída a nota 0 (zero), na escala de 0 (zero) a 10 (dez), ao candidato ausente no
início da sessão de leitura da Prova Escrita, ou de seu respectivo turno de leitura se for o caso,
e ao candidato ausente no momento de seu chamamento para proceder à leitura de sua Prova
Escrita.
Art. 22 - O horário de início e término da leitura da Prova Escrita de cada candidato deverá
ser consignado em Ata, mesmo que a leitura seja feita de forma silenciosa pela Comissão
Examinadora.
Parágrafo único - O horário de início e término da Prova Escrita deverá ser consignado em
Ata.
Art. 23 - Após a leitura da Prova Escrita de cada candidato, conforme estabelecido nos Artigos
19, 20, 21 e 22, cada examinador atribuirá o seu grau ao respectivo candidato, na escala de 0
(zero) a 10 (dez), na planilha Modelo A (Anexo I desta Decisão), datando-a, assinando-a e
colocando-a no envelope opaco previamente identificado com o nome do candidato e com a
modalidade de avaliação a que se refere; uma vez colocadas todas as planilhas no envelope,
este será lacrado e assinado pelos membros da Comissão Examinadora e pelo respectivo
candidato, de modo a assegurar o sigilo e a imutabilidade do grau atribuído.
§2º - Os graus serão imediatamente lançados na planilha Modelo B (Anexo II desta Decisão),
para imediata realização dos cálculos pertinentes à nota final obtida pelo candidato.
§3º - A nota final de cada candidato será calculada pela média aritmética dos graus conferidos
pelos examinadores, calculada até a segunda decimal sem arredondamento.
§4º - A planilha Modelo B, previamente rubricada pelo Chefe do Departamento, deverá ser
assinada, após o cálculo da nota final, por todos os membros da Comissão Examinadora.
§5º - Os candidatos que não obtiverem nota igual ou superior a 7 (sete) serão eliminados do
certame e não participarão das demais modalidades de avaliação do concurso.
§6º - O Resultado da Prova Escrita será publicado no Mural de Avisos do Departamento logo
após o Ato de Proclamação do Resultado da Prova Escrita, para ciência dos candidatos.
Art. 25 - Será lavrada ata pormenorizada após o Ato de Proclamação do Resultado da Prova
Escrita, a qual especificará as horas de início e término do referido Ato.
Parágrafo único. O cronograma do Exame de Títulos e Trabalhos poderá ser readequado com
base na lista dos candidatos aprovados na Prova Escrita.
Art. 27 - Admitir-se-ão como Títulos, conforme valores e indicadores listados no Anexo VII
destas Normas, o conjunto de documentos que demonstrem:
II - produção de conhecimento;
§3º - Após a conclusão do Exame de Títulos e Trabalhos, cada examinador atribuirá o seu grau
a cada um dos candidatos, na escala de 0 (zero) a 10 (dez), na planilha Modelo C (Anexo III
desta Decisão), assinando-a e datando-a.
§4º - Após a atribuição dos graus, cada examinador colocará a planilha Modelo C, assinada e
datada, bem como as tabelas de Pontuação do Exame de Títulos e Trabalhos (Anexo VII desta
Decisão), assinadas e datadas, em envelope opaco a ser imediatamente identificado com o
nome do candidato e com a modalidade de avaliação a que se refere; uma vez colocadas todas
as planilhas no envelope, este será lacrado e assinado pelos membros da Comissão
Examinadora, de modo a assegurar o sigilo e a imutabilidade do grau atribuído.
Art. 28 - Será lavrada ata pormenorizada após o Exame de Títulos e Trabalhos, a qual
especificará as horas de início e término do referido Exame.
§2º - Os graus serão imediatamente lançados na planilha Modelo D (Anexo IV desta Decisão),
para imediata realização dos cálculos pertinentes à nota final obtida pelo candidato.
§3º - A nota final de cada candidato será calculada pela média aritmética dos graus conferidos
pelos examinadores, calculada até a segunda decimal sem arredondamento.
§4º - A planilha Modelo D, previamente rubricada pelo Chefe do Departamento, deverá ser
assinada, após o cálculo da nota final, por todos os membros da Comissão Examinadora.
§1º - Estarão eliminados do Concurso os candidatos que tenham obtido nota final menor do
que 7 (sete), na escala de 0 (zero) a 10 (dez) em qualquer uma das avaliações da Primeira Fase
(Prova Escrita e Exame de Títulos e Trabalhos).
§2º - A lista dos candidatos aptos a progredirem à Segunda Fase do Concurso será proclamada
pelo Presidente da Comissão Examinadora.
§3º - O cronograma da Segunda Fase do Concurso será imediatamente reformulado com base
na lista dos candidatos aptos a progredirem a esta Fase.
Parágrafo único. A lista dos candidatos aptos e o cronograma da Segunda Fase do Concurso,
ambos assinados por todos os membros da Comissão Examinadora, serão afixados no Mural de
Avisos do Departamento tão logo seja encerrado o Ato de Proclamação dos Resultados da
Primeira Fase do Concurso.
CAPÍTULO VI
§1º - A inobservância do tempo previsto no inciso I, para mais, afetará o grau a ser atribuído
ao candidato à razão de 0,10 (um décimo) ponto por minuto.
§1º - A inobservância do tempo previsto no caput deste Artigo, para mais ou para menos,
afetará o grau a ser atribuído ao candidato à razão de 0,10 (um décimo) ponto por minuto.
§2º - O horário de início e de término da Prova Didática de cada candidato deverá ser
consignado em ata.
Art. 35 - A Prova Prática, quando houver, terá natureza, forma e duração estabelecidas pelo
Departamento e obedecerá ao disposto a seguir:
II - o tempo decorrido entre o sorteio do ponto e o início da prova deverá ser igual para todos
os candidatos;
III - se o Departamento assim o decidir, será dado um prazo de 30 (trinta) minutos para que
cada candidato redija um relatório escrito sobre o trabalho realizado;
IV - se a Prova Prática envolver apresentação oral, esta deverá ser gravada para efeito de
registro e avaliação.
Art. 36 - Após a conclusão de cada uma das Provas de Conhecimento e da Defesa de Produção
Intelectual de cada candidato, cada examinador atribuirá o seu grau ao respectivo candidato,
na escala de 0 (zero) a 10 (dez), na planilha Modelo E (Anexo V desta Decisão), datando-a,
assinando-a e colocando-a em envelope opaco a ser imediatamente identificado com o nome do
candidato e com a modalidade de avaliação a que se refere; uma vez colocadas todas as
planilhas no envelope, este será, lacrado e assinado pelos membros da Comissão Examinadora
e pelo respectivo candidato, de modo a assegurar o sigilo e a imutabilidade do grau atribuído.
CAPÍTULO VII
DA HABILITAÇÃO
§1º - Os graus da Segunda Fase serão lançados na planilha Modelo F (Anexo VI desta
Decisão), previamente rubricada pelo Chefe do Departamento, para imediata realização dos
cálculos pertinentes às notas finais obtidas pelos candidatos em cada uma das avaliações da
Segunda Fase.
§2º - Serão lançadas na planilha Modelo F (Anexo VI desta Decisão) também as notas finais
obtidas pelo candidato na Prova Escrita e no Exame de Títulos e Trabalhos (Primeira Fase).
§3º - Para cada uma das modalidades de avaliação abaixo especificadas, cada candidato terá
uma nota final, a qual será a média aritmética simples dos graus atribuídos pelos três
examinadores, calculada até a segunda decimal sem arredondamento:
I - Prova Escrita;
IV - Prova Didática;
§4º - A média final de cada candidato será calculada pela média aritmética das notas finais do
Exame de Títulos e Trabalhos, da Defesa da Produção Intelectual e das Provas referidas nos
incisos I, IV e V do §3º, calculada até a segunda decimal sem arredondamento.
§5º - Após o cálculo da média final, a planilha Modelo F (Anexo VI desta Decisão) deverá ser
assinada por todos os membros da Comissão Examinadora.
Art. 39 - Considerar-se-ão habilitados os candidatos que alcançarem média final mínima 7
(sete), na escala de 0 (zero) a 10 (dez), e não tiverem nota final 0 (zero) em nenhuma das
modalidades de avaliação realizadas.
Parágrafo único. Os candidatos que não comparecerem a uma ou mais das modalidades de
avaliação estarão automaticamente desclassificados, não sendo calculadas suas médias finais.
Art. 40 - Os candidatos habilitados serão classificados pela média final, em ordem decrescente,
de modo que o candidato com maior média ocupará o primeiro lugar.
Quanto aos títulos que podem ser pontuados, o artigo 27, caput, faz
referência ao Anexo VII da decisão, que lista diversos títulos admitidos, sem,
todavia, especificar quantos pontos vale cada um. Segundo se lê no anexo VII, 'O
peso da tabela abaixo é atribuído pelo Departamento que está organizando o
Concurso Público'.
Em resposta (evento 22), o autor disse que 'A prova escrita visa a
obter informações sobre a capacidade técnica do candidato em preencher os
requisitos necessários para o provimento da vaga de professor universitário, ou
seja, acessar seu conhecimento e, para tanto, não é necessária a exposição e
identificação dos titulares das provas escritas. A capacidade de falar em público,
em mostrar desenvoltura para dar aulas, por outro lado, pode ser aferida no
âmbito de uma prova oral, em uma prova de didática de aula, tornando, assim,
desnecessária a identificação do candidato que realiza a prova escrita. E, frise-
se, a garantia, o benefício será da própria Universidade Federal, dos
professores e alunos que estarão submetidos a um processo mais objetivo, mais
meritório, condizente com a envergadura da Instituição de Ensino'.
A ré, por sua vez, defende a utilização do prazo de cinco dias úteis,
previsto no artigo 44 da Decisão CONSUN º 164/13 para o já mencionado
'recurso de nulidade'. Sustenta, ao tratar de concurso regido pela Decisão
CONSUN nº 439/09 (anterior à Decisão nº 164/13), que, 'no caso em comento, a
teor do contido no art. 19, XXI, do Decreto nº 6944/092, é remetido ao edital o
regramento de julgamento, decisão e recursos, havendo normatização do tema
pela então vigente Decisão CONSUN nº 439/2009, que tratava especificamente
dos concursos para provimento dos cargos de professor Auxiliar, Assistente e
Adjunto, na Universidade'.
Diante desse quadro, concluo que, embora talvez o ideal fosse que a
composição das bancas constasse do próprio edital do certame, é certo que foi
dada a devida publicidade à informação, antes da realização das provas, com a
possibilidade de impugnação da banca pelos candidatos.
§1º - No caso de haver impossibilidade de ser indicado pelo Departamento professor doutor em
exercício no Magistério Superior não vinculado à UFRGS, admitir-se-á sua substituição, desde
que fundamentada junto ao Conselho da Unidade e atendidas as demais exigências, por
professor doutor aposentado no Magistério Superior, não vinculado à UFRGS.
4. Conclusão
Documento eletrônico assinado por Francisco Donizete Gomes, Juiz Federal Titular,
na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução
TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do
documento está disponível no endereço eletrônico
http://www.jfrs.jus.br/processos/verifica.php, mediante o preenchimento do código
verificador 11301649v14 e, se solicitado, do código CRC 451D07D1.
Informações adicionais da assinatura:
Signatário (a): Francisco Donizete Gomes
Data e Hora: 21/07/2014 15:38