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Resumo Psicoacustica

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RESUMO PSICOACUSTICA

AULA 1

Conceitos

Acústica: Parte da física que estuda o SOM (produção e meios de propagação)

Psicoacústica: Área multidisciplinar que estuda o SOM e seus efeitos no ser humano (como, o
que e por que ouvimos)

Percepção: Identificar acontecimentos externos – interiorizar – e perceber os efeitos; Esses


processos são realizados individualmente

Som: É uma variação da pressão ambiente – É necessário que haja um deslocamento mínimo
da pressão atmosférica para um som ser audível e isso gera força e energia

Propriedades do som

*Faixa de frequência audível

Ser-humano: 20 a 20.000 Hz

Morcego: 10.000 a 120.000 Hz

Gatos e Cachorros: 15.000 a 50.000 Hz – 10.000 a 65.000 Hz

Golfinhos: 10.000 a 240.000 Hz

A baixo de 20 Hz – Infra sons

Acima de 20.00 Hz- Supra sons

Intensidade: Para torna um som audível depende da frequência

Frequência: São percebidas de uma maneira não linear

 1000 Hz – frequência referência – a partir dela são definidas as oitavas

Frequências audíveis – Divididas em 3 partes

 BAIXAS FREQUÊNCIAS: Sons graves – 4 oitavas de menor frequência: 31,25, 62,50, 125
e 250 Hz
 MÉDIAS FREQUÊNCIAS: Sons médios – 3 oitavas centrais: 500, 1000 e 2000 Hz
 ALTAS FREQUÊNCIAS: Sons agudos – 3 oitavas de maior frequência: 4000, 8000, 16000

Há também as meias oitavas: 187, 375, 750, 1500, 3000, 6000, 12000

Lei de Weber: As diferenças perceptíveis são constantemente proporcionais às magnitudes


do estímulo. A diferença perceptiva não depende da magnitude absoluta da diferença, mas,
sim da razão entre a diferença e o estímulo tomado como padrão.

Ela busca explicar a relação entre a magnitude da resposta subjetiva e a magnitude física do
estímulo.
Na lei de Weber e Fechner o sujeito julga diretamente sobre os estímulos, dizendo se os
mesmos são: igual ou diferente, ou então, maior ou menor, não possuindo métodos
escalonares.

A pressão/energia gerada por uma onda não é igual para todas frequências

Curva isossônica: Intensidade vs pressão sonora

A sensibilidade do ouvido diminui com as baixas frequências, e é maior entre 1000 e 5000 Hz

Loudness: Criação de novas unidades apenas para o estudo da psicoacústica/audiologia

 PERCEPÇÃO DA INTESIDEDA PELO SISTEMA AUDITIVO NÃO É LINEAR + A PRESSÃO OU


POTENCIA LIBERADA PELA ONDA SONORA É DEPENDENTE DA FREQUÊNCIA

Limiar Absoluto: Menor intensidade sonora capaz de provocar a sensação auditiva

Diferença de limiar: Menor intensidade capaz de provocar a percepção da magnitude do


estimulo sonoro.

Escala de sensação – Limiar auditivo – como medir esses limiares?

 Método dos limites: O avaliador controla a intensidade e a apresentação dos


estímulos – O ouvinte tem papel de agente passivo: diz sim ou não para os estímulos
apresentados – O limiar é onde o paciente responde a 50% dos estímulos
apresentados
 Método dos estímulos constantes: A intensidade é escolhida ao acaso, utiliza-se 10
intensidades, cada intensidade é apresentada 10 vezes. Se registra o número de vezes
que o indivíduo responde sim em cada intensidade. O avaliador tem papel de agente
ativo – O ouvinte tem papel de agente passivo - O limiar é onde o paciente responde a
50% dos estímulos apresentados
 Método dos ajustes: O avaliador determina a intensidade inicial do teste – O ouvinte
tem papel de agente passivo: pois ele aumenta e diminui o estimulo buscando a
sensação testada - O limiar é onde o paciente responde a 50% dos estímulos
apresentados

Limiar de desconforto: Menor limiar capaz de provocar a sensação de desconforto

Limiar de dor: Menor limiar capaz de provocar a sensação de dor

dBNPS: dB nível de pressão sonora

dBNA: dB nível de audição

dBNS: dB nível de sensação

Nível de sensação: É aquele que dependente da audição do indivíduo – Se é apresentado


um estimulo da mesma intensidade a dois indivíduos com limiares de audição diferente,
estes terão níveis de sensação diferentes

80 dBNA

INDIVIDUO 1:

Limiar: 0

dBNS (nível de sensação): 80

INDIVIDUO 2:

Limiar: 10

dBNS: 70

INDIVIDUO 3:

Limiar: 20

dBNS: 60

Em virtude na não linearidade do sistema auditivo a menor variação de pressão sonora


para tornar um som audível não é a mesma para todas as frequências.

Criação do dBNA

Esse estudo de mensuração da audição humana permite:

- Conhecer a fisiologia da audição

- Diagnosticar e intervir nas perdas de audição – surdez

- Propor estratégias de prevenção a surdez


Criação de um equipamento que - Audiômetro:

- Avaliasse as duas orelhas separadamente

- Mensurasse a extensão da cóclea – tonotópica

- Tivesse uma padronização universal

AUDIÔMETRO: Determinam os limiares auditivos em dBNA

 Coordenada Cartesiana:
Abcissa – coordenada horizontal = frequência
Perpendicular – Intensidade

Como padronizar o equipamento?

CALIBRAÇÃO:

Visa controlar as características de frequência e intensidade e tempo dos equipamentos


utilizados em audiologia

DUAS FORMAS DE REALIZAR CALIBRAÇÃO: Biológica e Eletroacústica

Eletroacústica: Visa da confiabilidade, reprodutibilidade a mensuração – É realizada por


técnicos

DOIS MECANISMOS DE CONDUÇÃO SONORA:

 Aérea: Condução por via aérea


A onda percorre o caminho:
Orelha Externa – orelha média – orelha interna – nervo auditivo – TE – córtex
- Como ouvimos nossa voz quando ouvimos em gravação

 Óssea: Condução por via óssea


Onda percorre o caminho:
Orelha interna – nervo auditivo – TE – córtex
Como ouvimos nossa voz quando falamos

Os dois mecanismos ocorrem simultaneamente, havendo variação da participação


dependendo da intensidade e frequência

A perda auditiva ocasionada pelo uso inadequado de aparelhos amplificadores, como


smartphones e tocadores de MP3/ MP4, vem crescendo rapidamente entre jovens e
adolescentes. Esses equipamentos podem atingir até 130 decibéis (dB) de intensidade sonora.

Dependendo da intensidade e da duração da exposição, sons intensos podem levar a um


aumento temporário ou permanente dos limiares auditivos, principalmente nas frequências
de 3000 Hz, 4000 Hz e 6000 Hz.

MUDANÇA TEMPORÁRIA DO LIMIAR – pressupõe uma exposição esporádica a som ou sons de


intensidade elevada. Está implícito neste fenômeno a eventualidade da exposição e o
“repouso” auditivo.
Como a instalação da perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados
(PAINPSE) é gradativa, estima-se que uma perda auditiva de grau leve em um adolescente
pode chegar a graus debilitantes na velhice.

ANATOMIA DA COCLEA

COCHLEAR NERVE – NERVO COCLEAR


STAPES IN OVAL WINDOW – ESTRIBO NA JANELA OVAL
ROUND WINDOW – JANELA OVAL

Ruído: Uma das características desse fenômeno sonoro é ausência de periodicidade


(regularidade) das ondas

Barulho: Qualquer som indesejável


Ruídos naturais: Existentes na natureza, inerentes a presença do homem
Ruídos artificiais: Gerados, provocados por ações humanas

 QUALQUER TIPO DE RUÍDO PODE SER PREJUDICIAL DE HOMEM

As ações prejudiciais do ruído ao homem estão relacionados à saúde

1ª: sobre a audição, morte das células sensoriais auditivas e efeitos prejudiciais ao Sistema
nervosa auditivo central

Esta ação é dependente da relação intensidade x tempo de exposição

2ª: sobre a saúde, afeta nocivamente o sono, o desempenho de tarefas psicomotoras,


aumento do hormônio da tireóide, contração de vasos sanguíneos, irritabilidade, ansiedade
etc….

Esta ação também é dependente da relação intensidade x tempo de exposição

OUVIDO

Externo – Composto pelo pavilhão auditivo (aumenta o som)


Médio – Composto pela membrana timpânica (3 ossículos) (levam o som)
Interno – Composto pelo nervo, labirinto e a cóclea (traduz o som) – transforma o sinal
mecânico em elétrico
Cóclea: Abriga o órgão de corti (onde ficam as células ciliadas) – composta pela rampa
vestibular e timpânica

Mecanismo de transdução: Deslocamento do cílio maior para o menor - Estimulo mecânico


abre o canal de potássio – potássio entra na célula – despolariza a célula – libera o canal de
cálcio – cálcio envia a mensagem para o neurônio

Tonotopia: Cada região da cóclea é mais sensível em determina frequência – quanto mais
perto da base mais grave é.

Células ciliadas externas que contraem para estimular as internas

Audição Binaural:
- É responsável pelo efeito da somação Binaural
- É imprescindível para a localização sonora

Localização sonora: Esquema da movimentação do sistema tímpano-ossicular que conduz e


amplifica som, aqui como condução mecânica.

Esquema da movimentação do sistema de alavanca dos ossículos que conduz e amplifica o


som.

A velocidade do som é dependente da densidade e pressão do ar

Som ao se propagar, independente do meio, perde intensidade. Isso ocorre por meio de 2
mecanismos:
DISPERSÃO DAS ONDAS – ocorre ao ar livre (ondas esféricas), a área de propagação aumenta
por causa das esferas da onda, assim a energia diminui. Cada vez que dobramos a distância da
fonte, a esfera aumenta 4 vezes perdendo 6dB.

PERDAS ENTRÓPICAS: Quando a onda se propaga ocorre uma variação da temperatura, pela
2ª Lei da Termodinâmica, sempre que ocorrer uma transformação de energia, ocorrerá uma
perda (é preciso ter perda de energia para gerar calor).

A ATENUAÇÃO
 A perda de intensidade é dependente da frequência da onda (o som grave pode e é
percebido mesmo a uma grande distância da fonte sonora, por sua vez os sons agudos
não)
 É inversamente proporcional a temperatura e a umidade, POR QUE O aumento da
temperatura diminui a viscosidade e densidade, o meio “ar” sendo menos denso
causa menor perda.

A VELOCIDADE DO SOM
 Não é dependente da frequência
 É dependente do meio
 Diretamente proporcional a temperatura e umidade

Esta habilidade é baseada na diferença de tempo de chegada e de intensidade do som que


chega nas duas orelhas. Quando vem de outra direção, alcança cada orelha em tempos
diferentes, devido à diferença da distância de cada orelha e a fonte. Os neurônios do complexo
olivar superior respondem especificamente à diferença temporal entre as estimulações e sua
presença é fundamental para a audição binaural. A intensidade sonora depende da onda
sonora e do tamanho da cabeça (efeito sombra) e a diferença de intensidade tem uma relação
complexa com a distância angular e é altamente dependente do espectro sonoro.

LOCALIZAÇÃO SONORA:

a) Diferença de tempo interaural – DTI


O Som alcança cada orelha em tempos diferentes, devido à diferença da distância de cada
orelha e a fonte.
b) Diferença de intensidade interaural – DII
A intensidade sonora depende da onda sonora e do tamanho da cabeça (efeito sombra) e a
diferença de intensidade tem uma relação complexa com a distância angular e é altamente
dependente do espectro sonoro.

Nosso sistema auditivo não percebe as diferenças de Magnitude de frequência e intensidade


de forma linear

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