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Aula 3 - Fisiologia Respiratória

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UNIVERSO – Campus Belo Horizonte

Disciplina Fisiologia Veterinária II

FISIOLOGIA DO SISTEMA
RESPIRATÓRIO
Profª Drª PRISCILA FANTINI
Introdução

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3
Introdução
Funções Funções NÃO
RESPIRATÓRIAS: RESPIRATÓRIAS
 Regulação térmica e
Ventilação hídrica
pulmonar  Filtração de embolos
trazidos pela circulação
Difusão dos gases venosa
– O2 / CO2  Manutenção do pH
plasmático (eliminação do
ácido carbônico)
 Produção, modificação,
eliminação e metabolismo
de substâncias vasoativas
 Defesa
 Fonação
Fisiologia do Sistema Respiratório
Fisiologia do Sistema Respiratório
Introdução

Os quatro processos respiratórios são:


1. Ventilação pulmonar
2. Respiração externa: difusão alveolocapilar
3. Respiração interna: transporte de O2 e de CO2 pelo sangue.
4. Respiração celular: difusão de O2 para o tecido e de CO2 para o
sangue.

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Introdução

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Introdução
Estrutura do Sistema Respiratório
 Zona condutora
◦ Via que leva o ar para dentro e
para fora dos pulmões
 Zona respiratória
◦ Via onde ocorrem as trocas
gasosas
 Zona de transição
◦ Local onde começa a ocorrer as
trocas gasosas, mas em níveis
não-significantes

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Zona Condutora

 Fossas nasais, faringe,


laringe, traquéia, brônquios,
bronquíolos e bronquíolos
terminais

 Revestida por células


ciliadas e secretoras de
muco

 Aquecimento, filtração e
umidificação do ar

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Zona Condutora
Condicionament
 Nariz
 Narinas
o do ar inalado:
Aberturas externas - Filtragem
 Fossas nasais - Umidificação
Localizadas entre narinas e faringe- Aquecimento
Separadas pelo septo nasal
Revestimento convoluto
Epitélio pseudoestratificado colunar com cílios
Movimento em direção à faringe
Glândulas mucosas e células caliciformes
Complexo abrangente de vasos sanguíneos
Receptores do olfato

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Zona Condutora

Faringe
 Via comum entre sistema respiratório e digestório
 Nasofaringe e orofaringe – separadas pelo palato mole

Abertura dorsal no esôfago – via digestiva


Abertura ventral na laringe – via respiratória

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Zona Condutora

Laringe
 Formada por vários segmentos de cartilagem interligados
 Epiglote

Respiração x deglutição
 Aritenóides

Pregas vocais
 Cricóide

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Zona Condutora

Traqueia

 Tubo em formato de Y
invertido
 Se estende da laringe até o
tórax
 Tecido fibroso e músculo liso
 Anéis de cartilagem hialina
 Epitélio ciliado
 Produção de muco

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Zona Condutora

Árvore brônquica
 Vias aéreas entre brônquios e alvéolos

Brônquios principais
Brônquios menores
Bronquíolos terminais
 Tecido fibroso e músculo liso
 Presença de cartilagem
 Epitélio ciliado
 Produção de muco

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Zona Condutora

Inervação simpática e parassimpática (musc. liso)


 N. adrenérgico simpático R. β2
◦ relaxamento e dilatação dos brônquios
 N. colinérgico parassimpático R. muscarínico
◦ contração e constrição das vias aéreas

A constrição
bronquiolar
também pode ser
ocasionada por
fatores locais,
como a histamina.

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Zona Respiratória

 Bronquíolos respiratórios (transição), condutos alveolares e sacos


alveolares
 Revestimento de alvéolos trocas gasosas

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Zona Respiratória

Alvéolos
 Grande área de superfície
 Recobertos por capilares sanguíneos
 Paredes delgadas revestidas por fibras elásticas e células epiteliais:
 Pneumócitos I – revestimento
 Pneumócitos II – secreção e armazenamento de surfactante;
possui capacidade de regeneração de pneumócitos I e II
 Macrófagos – células de defesa: “limpeza pulmonar”
(expectoração)

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VENTILAÇÃO PULMONAR
Ventilação Pulmonar

 A ventilação pulmonar altera de acordo com as


necessidades metabólicas do organismo.

VE = VC x FR, onde:

VE: ventilação minuto


VC: volume corrente
FR: frequência respiratória

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Volumes Pulmonares
Volume Pulmonar

1. VOLUME RESPIRATÓRIO OU CORRENTE-


volume de ar que entra e sai dos
pulmões durante o ciclo respiratório
normal

2. VOLUME DE RESERVA EXPIRATÓRIO -


volume de ar que pode ser exalado após
a expiração
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Volume Pulmonar

3. VOLUME DE RESERVA INSPIRATÓRIO - volume


de ar que pode ser inalado após a inspiração

4. VOLUME RESIDUAL OU DE RESERVA - volume de


ar que permanece nos pulmões mesmo após
expiração forçada

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Espaço Morto
Volume das vias aéreas e pulmões que não
participa da troca de gases.

 Espaço Morto Anatômico: volume das vias aéreas


de condução.

 Espaço Morto Fisiológico: volume total dos pulmões


que não participa das trocas gasosas. Inclui o
espaço morto anatômico e alveolar.

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Mecânica da Respiração

Músculos usados na
respiração
 Músculos da inspiração
◦ Diafragma
◦ Músculos intercostais
externos
 Músculos da Expiração
◦ Processo passivo
◦ Músculos abdominais e
músculos intercostais
internos
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Quando comparados com os músculos esquelético de periferia, os músculos
respiratórios são caracterizados por apresentarem maior resistência à fadiga,
elevado fluxo sanguíneo, maior capacidade oxidativa e maior densidade capilar.
O mais importante deles é o diafragma.
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Pressão Respiratória

 Pressão alvelolar ou intrapulmonar


 Pressão intrapleural
 Pressão transpulmonar

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Pneumotórax

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Complacência Pulmonar

 Refere-se ao grau de expansão dos pulmões que


ocorre para cada unidade de aumento da pressão
transpulmonar. Portanto, está relacionada com a
pressão e o volume do pulmão.

 Determinada pelas forças elásticas dos pulmões: forças


elásticas do tecido pulmonar e forças elásticas
causadas pela tensão superficial do líquido que reveste
as paredes internas dos alvéolos, que tendem a
colapsar os alvéolos continuamente.

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Complacência Pulmonar

1. A alta pressão é
requerida para
insuflar inicialmente
o pulmão com ar no 2
estado de gás livre. 3
Alta pressão para
abertura inicial dos
bronquíolos.

2. O pulmão atinge 1
seus limites
elásticos. O volume
de ar neste ponto é a
capacidade pulmonar
total.

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Complacência Pulmonar

3. As propriedades
elásticas do pulmão
são diferentes
durante a insuflação 2
e a desinsuflação – 3
menor pressão é
necessária para
manter um
determinado volume
1
durante a
desinsuflação do que
durante a insuflação.

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Complacência Pulmonar

Tensão superficial dos alvéolos:


 Lei de Laplace:
P = 2T/r, onde
P = pressão de retração sobre alvéolos ou pressão necessária para
manter os alvéolos abertos
T = tensão superficial
r = raio do alvéolo

 Surfactante:
◦ Agente tensoativo na água: reduz acentuadamente a tensão superficial da
água.
◦ Constituído por proteínas e fosfolipídeos que revestem os alvéolos e reduz
sua tensão superficial (reduz a pressão de retração).

41
Complacência Pulmonar

42
Complacência Pulmonar

ATELECTASIA!!!

O surfactante aumenta a DPP


complacência pulmonar, o que C
reduz o trabalho dos pulmões
durante a inspiração.
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Complacência Pulmonar

Alterações da complacência pulmonar:

 Enfisema: aumento da complacência pulmonar em decorrência


da perda de fibras elásticas nos pulmões.

 Fibrose: diminuição da complacência pulmonar em função de um


aumento da rigidez dos tecidos pulmonares.

 Edema: diminuição da complacência pulmonar em consequência


de um acúmulo anormal de líquido nos pulmões.

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Complacência Pulmonar
 Síndrome do desconforto respiratório neonatal:
deficiência, ausência ou inativação da produção
de surfactante no feto.

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Frequência respiratória para diversas
espécies animais sob diferentes condições
ANIMAL CONDIÇÃO CICLOS / MINUTO
Variação Média
Equino Em estação (rep.) 10-14 12
Vaca leiteira Em estação (rep.) 26-35 29
Decúbito esternal 24-50 35
Bezerro (leit. – 3 sem.) Em estação (rep.) 18-22 20
Deitado 21-25 22
Suíno Deitado 32-58 40
Canino Dormindo 18-25 21
Em estação (rep.) 20-34 24
Felino Dormindo 16-25 22
Deitado, acordado 20-40 31
Ovino Em estação (rum.) a 20-34 25
18oC
Em estação (rum.) a 16-22 19
10oC 46
FISIOLOGIA DAS TROCAS
GASOSAS
Trocas Gasosas

Trocas gasosas no sistema respiratório


referem-se à difusão de O2 e CO2 nos
pulmões e nos tecidos periféricos.

Os mecanismos das trocas gasosas


baseiam-se nas propriedades fundamentais
dos gases e incluem seu comportamento
em solução.
Pressão Parcial

 A taxa de difusão de um gás é diretamente


proporcional à pressão causada por aquele gás
(pressão parcial).
Difusão
 Fatores que afetam a taxa de difusão gasosa

◦ Solubilidade do gás
Gás Coeficiente de
◦ Área de corte transversal solubilidade
Oxigênio 0,24
◦ Distância da difusão
Dióxido de 0,57
carbono
◦ PM
Monóxido de 0,18
◦ Temperatura carbono
Nitrogênio 0,12
Hélio 0,008
◦ D α ΔP x A x S / d x √PM
Difusão de gases através da
membrana respiratória
Área superficial total da
membrana respiratória: 70m2
+
Volume total de sangue nos
pulmões: 60–140 mm
=
VELOCIDADE TROCA GASOSA
Transporte de gases
Transporte de Oxigênio
Hemoglobina
• Proteína globular, formada por
4 subunidades

• Cerca de 98% do conteúdo


total de O2 no sangue se
ligam de modo reversível
à hemoglobina contida nas
hemácias.

• O O2 combina-se frouxamente
com a porção heme da Hg
Curva de dissociação da Oxiemoglobina
COOPERATIVIDADE POSITIVA

P50: indicador de variação da afinidade da Hg pelo O2.


Difusão de O2 / CO2
Transporte de Dióxido de Carbono
Formas Químicas de CO2 no Sangue

Dissolvido
 5-7% do conteúdo total de CO2 no sangue.

Grupamento Carbamino
 Acoplamento de CO2 aos grupos –NH protéicos (carbaminoemoglobina)
 ~ 20% do conteúdo total de CO2 no sangue
 Responsável por 20-30% das trocas de CO2 que ocorre entre os tecidos e
os pulmões
Formas Químicas de CO2 no Sangue

HCO3-
 Combinação reversível de CO2 com H2O nas hemáceas
sob a influência da anidrase carbônica, responsável por
cerca de 70% do CO2 transportado dos tecidos para os
pulmões.
1
5
2 3
4
CONTROLE DA RESPIRAÇÃO
Introdução

Controle neurogênico
NECESSIDADE
Volume de ar inspirado/expirado
METABÓLICA
Frequência respiratória

 Manutenção da PaO2 e PaCO2 dentro da normalidade


Introdução
GASES AR GÁS GÁS GÁS
ATMOSFÉRICIO INSPIRADO ALVEOLAR EXPIRADO
MISTO

Oxigênio 158 149 93 123


Dióxido de 0 0 45 29
Carbono

Nitrogênio 596 568 570 556


Vapor de 6 52 52 52
água

TOTAL 760 760 760 760


Introdução

Componentes do sistema de controle:

Centros de controle no tronco encefálico


Quimiorreceptores para O2 e CO2
Mecanorreceptores – pulmões e articulações
Músculos respiratórios, comandados por
centros do tronco encefálico
Centro Respiratório
Neurônios bilaterais à medula e no tronco encefálico
(bulbo e ponte)
 Controle da FR involuntária

 Centro respiratório bulbar


 Grupo respiratório dorsal
 Grupo respiratório ventral

 Centro pneumotáxico

 Centro apnêustico
Centro Respiratório Bulbar
Centro respiratório dorsal (inspiratório)
Neurônios situados no núcleo do trato
solitário do bulbo
Corresponde à terminação sensorial dos
nervos vago (NC X) e glossofaríngeo (NC IX)
Quimiorreceptores periféricos,
barorreceptores e mecanorreceptores
pulmonares
Controle do ritmo básico da respiração –
frequência da inspiração
Envio dos impulsos motores ao diafragma
pelo nervo frênico
Centro Respiratório Bulbar

Centro respiratório ventral (expiratório)

 Neurônios localizados no núcleo ambíguo e


retroambínguo

 Neurônio inativos durante o repouso

Expiração = processo passivo

 Atuação como mecanismo supra-regulatório


Controle da Ventilação

Centro Centro
apnêustico pneumotáxico

Porção inferior Porção superior da


da ponte ponte
Estímulo Inibição da
inspiratório inspiração
Inspiração
profunda

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Quimiorreceptores Centrais
 Área quimiosensível - face ventral do bulbo, próximo do centro
respiratório bulbar

 Sensibilidade às alterações no pH do LCR e, de modo indireto, às


variações da PCO2 arterial

pH: hiperventilação

pH: hipoventilação
Quimiorreceptores Centrais
Quimiorreceptores Periféricos

• Corpos carotídeos
e corpos aórticos
• Área respiratória dorsal
• Informações sobre
a PO2, PCO2 e pH
ATUAM DE MODO
A AUMENTAR A
FREQUÊNCIA
RESPIRATÓRIA!!!
Outros receptores

 Estiramento do pulmão
 Músculatura lisa das vias aéreas
 Reflexo de Hering-Breuer - FR
 Músculos e articulações
 Resposta respiratória precoce ao exercício
 Agentes irritantes
 Epitélio de revestimento das vias respiratórias
 Tosse e espirro
 Broncoconstrição e FR
 Justacapilares (J)
 Paredes dos alvéolos, próximos dos capilares
Perguntas?

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