Teologia Sobre Ecumenismo
Teologia Sobre Ecumenismo
Teologia Sobre Ecumenismo
Ecumenismo Religioso
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Ecumenismo Cristão
Este tipo de ecumenismo tenta a aproximação entre os grandes ramos da
cristandade, ou seja, a Igreja Católica, a Igreja protestante, e a Ortodoxa, e entre
os diversos ramos protestantes entre si. Algum progresso existe. A liderança da
Igreja Episcopal e da Igreja luterana Evangélica na América concordou, depois de
duas décadas de negociar, darem comunhão entre si, reconhecer os cleros e
ordenar bispos em conjunto. Cada grupo retém sua autonomia. A liderança de oito
denominações protestantes alcançaram acordo preliminar sobre as suas igrejas,
formando uma "comunhão de convenção" na qual cada denominação iria, embora
ainda autônoma, aceitar os ministros e sacramentos dos outros.
Ecumenismo Evangélico
Parte II
O ECUMENISMO E O SANGUE DOS MÁRTIRES - VIII
Todos os não católicos do planeta foram representados pelos Sérvios Ortodoxos
da Croácia, cujos nomes estão escritos com letras maiúsculas na história da
Iugoslávia. Incluem-se também nessa avaliação os mártires do Tribunal do Santo
Ofício (Inquisição). Entre eles e os protestantes de hoje e de ontem há algo em
comum: rejeitamos a Igreja Católica como único caminho de salvação, como
detentora do monopólio da salvação, única e verdadeira Igreja de Cristo. Não se
trata de algum tipo de agressão, mas de um direito que temos de escolher. A
ICAR exerce o mesmo direito quando rejeita as comunidades protestantes,
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alegando que estas não são guardiãs da verdade cristã e que estão alijadas do
Corpo de Cristo. Esta formal e indisfarçável agressão aos “irmãos separados”
constitui um obstáculo insuperável à plena realização do ecumenismo cristão. O
esforço ecumênico poderá continuar por muitas décadas, apesar da Dominus
Iesus, apesar dos mártires. Porém, por unanimidade de opinião, os passos serão
sempre lentos, cautelosos e difíceis. (13.05.2003)
Parte III
O ECUMENISMO E O SANGUE DOS MÁRTIRES - VII
INQUISIÇÃO NA CROÁCIA
É muito comum referirmo-nos aos dez séculos de Inquisição – a Idade das Trevas
- como a única e mais cruel máquina de extermínio de não católicos e de
conversão forçada, em que acatólicos foram perseguidos, torturados e mortos.
Recordemos que passados mais de duzentos anos do famigerado Santo Ofício
milhares de não católicos foram dizimados na Croácia – os Sérvios Ortodoxos –
sob a aquiescência e omissão da Hierarquia Católica. Ali esteve em operação o
espírito da Inquisição. “A magnitude da carnificina pode ser melhor avaliada pelo
fato de que dentro dos primeiros meses, de abril a junho de 1941, 120.000
pessoas pereceram. Proporcionalmente, à sua duração e a pequenez do território,
foi este o maior massacre já acontecido em qualquer lugar no ocidente,
antes, durante e após o maior cataclisma do século – a II Guerra Mundial (The
Vatican´s Holocaust – Avro Manhattan (1914-1990), 1986.
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O Vaticano ficou mais vinculado ainda ao Novo Estado Fascista quando membros
da Hierarquia Católica foram eleitos para o SABOR (parlamento totalitarista),
dentre eles o Arcebispo Stepinac. Avro Manhattan revela que “todos os oponentes
em potencial – comunistas, socialistas, liberais - foram banidos ou aprisionados.
Uniões comerciais foram abolidas, a imprensa foi paralisada, a liberdade da fala,
de expressão e pensamento tornaram-se coisa do passado. Todo esforço foi feito
no sentido de forçar a juventude a se filiar às formações para-militares, enquanto
as crianças eram moldadas pelos padres e freiras. O ensino católico, os objetivos
católicos, e os dogmas católicos tornaram-se compulsórios em todas as escolas.
O Catolicismo foi proclamado como religião oficial do Estado”.
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Não é válido defender Stepinac com a alegação de que ele pretendia defender a
Iugoslávia do comunismo, a julgar que o nazismo seria algo um pouco melhor.
Nada justifica o apoio irrestrito ao sanguinário governo de Pavelic.
CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO
Leiam o que está escrito em “O Holocausto do Vaticano”:
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BEATIFICAÇÃO
“Há dois anos [1998] João Paulo II beatificou o Arcebispo de Zagreb, Cardeal
Alojzije Stepinac, defensor da "limpeza étnica" implementada pelos católicos
croatas nos anos 40, e prepara-se para fazer o mesmo em relação a Pio XII, o
papa que pecou por omissão. Com a palavra Settimia Spizzichino, a única judia
romana que sobreviveu a Auschwitz, depois de ser cobaia de Joseph Mengele:
Com a derrocada de Hitler, caiu por terra o sonhado Estado Católico da Croácia.
Em 11 de outubro de 1946, a Suprema Corte em Zagreb condenou o Arcebispo
Stepinac a 16 anos prisão em trabalhos forçados. As principais acusações,
conforme consta do processo, foram: 1) colaboração política com o inimigo e seus
agentes; 2) convocação dos sacerdotes católicos para colaborarem com os
traidores, conforme circular distribuída em 28.04.1941; 3) como presidente da
Ação Católica e do congresso dos bispos influenciou a imprensa católica, que fez
propaganda do fascismo, elogiou Hitler e Pavelic, e deu cobertura a todo o
processo. Stepinac saiu da prisão antes do tempo previsto.
Não iremos descer aos detalhes das conversões forçadas de ortodoxos, que,
diante do poder da espada, temendo por sua vida e de seus familiares,
submetiam-se aos humilhantes ritos de iniciação ao catolicismo; também não
faremos referência às crianças órfãs, aos milhares, que foram expatriadas,
raptadas e levadas para outros países; colocadas em orfanatos dirigidos por
padres e freiras, rebatizadas com nomes católicos, crescendo sem o contato com
seu grupo étnico e religioso original; não falaremos do modo sanguinário, feroz e
cruel como muitos Sérvios foram torturados e mortos, enterrados vivos,
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Parte IV
O ECUMENISMO E O SANGUE DOS MÁRTIRES - VI
NOTA DA CNBB
“A Presidência e a Comissão Episcopal de Pastoral da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil, em comunhão com o Papa João Paulo II que, no dia 18 de
setembro de 2000, reiterou "ser irrevogável o empenho da Igreja Católica para
com o diálogo ecumênico", por motivo da recente Declaração Dominus Iesus da
Congregação para a Doutrina da Fé, deseja reafirmar o seu compromisso
ecumênico”.
A CNBB, que tem compromissos assumidos com a liderança das demais igrejas,
com vistas a um diálogo fraterno, manifestou-se favorável à continuidade desse
entendimento. Destoando das afirmações exclusivistas da Dominus Iesus, trata os
fiéis das outras igrejas como “irmãos no Senhor”. Trata-se de um paradoxo: a
CNBB faz parte da Hierarquia Católica; representa, por dever, o pensamento do
Papa e segue as suas diretrizes. Consideremos, porém, que a CNBB ficou numa
situação desconfortável.
Mais uma nota fora do tom está na palavra ameaçadora do bispo Sinésio Bohn,
conforme notícia publicada no início dos anos 90:
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os protestantes, a não ser que eles parem de tirar o povo do domínio católico...Na
31a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil...o bispo Sinésio Bohn disse que
os evangélicos são uma séria ameaça à influência do Vaticano neste país.
`Declaramos uma guerra santa, não duvidem´, anunciou ele. `A Igreja Católica –
disse o bispo – dispõe de uma poderosa estrutura e quando nos mexermos
esmagaremos qualquer um que se colocar em nossa frente...´ Conforme Bohn –
diz a nota – tal guerra santa pode ser evitada, desde que 13 grandes
denominações protestantes assinem um acordo...[o qual] requereria que os
protestantes cessassem com todos os esforços evangelísticos no Brasil. Ele disse
ainda que, em troca, os católicos concordariam em parar com todo tipo de
perseguição aos protestantes” (Revista Charisma, maio de 1994, citação de Dave
Hunt, A Mulher Montada na Besta (A Woman Rides the Beast) vol 1, 2001, p. 10,
tradução de Mary Schultze e Jarbas Aragão).
O mínimo que podemos dizer dessas palavras é que são arrogantes. Evangelizar,
para os evangélicos, é o mesmo que respirar. São trinta milhões de pregadores da
Palavra, noite e dia, por todo esse Brasil. Convidamos as pessoas para aceitarem
a Cristo Jesus como Senhor e suficiente Salvador. “As armas da nossa milícia não
são carnais, mas sim poderosas em Deus, para destruição das fortalezas” (2 Co
10.4).
O romanismo precisa entender que o tempo das conversões forçadas ficou para
trás. Esse tipo de conversão à força da espada só funciona nos governos
fascistas, quando clero e Estado entram em acordo para oprimir, exterminar, coagir
e impedir o livre exercício da liberdade religiosa. Essa força-tarefa
funcionou durante mais de mil anos com a famigerada Inquisição; funcionou nos
500 anos de perseguição sistemática aos judeus; obteve “êxito” na Iugoslávia
(Croácia), durante a Segunda Guerra Mundial, para deter o avanço da Igreja
Ortodoxa; neste massacre colossal, 400 sacerdotes ortodoxos foram enviados a
campos de concentração e 700 foram mortos; vinte e cinco por cento dos
mosteiros e igrejas ortodoxas foram destruídos; em quatro anos (1941/1945) de
massacre, 850.000 membros da Igreja Ortodoxa pereceram, além de 30.000
judeus e 40.000 ciganos; a mesma força-tarefa funcionou no esforço de catolizar o
Vietnã do Sul, quando da perseguição de milhares de budistas, a partir de 1963;
funcionou bem no Equador, em razão da Concordata de 1862, pela qual o
catolicismo romano se estabeleceu como religião estatal, proibido qualquer outro
tipo de crença; a força-tarefa funcionou em 1948 na Colômbia, tempo em que
muitos não católicos foram assassinados, centenas de igrejas evangélicas
queimadas e escolas protestantes fechadas.
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Ocorre que o sangue os mártires produziu uma nódoa indelével na memória dos
povos. Embora haja perdão nos corações, a História não pode ser apagada.
Centenas de livros e artigos na internet e nas livrarias expõem a maldita chaga
das Cruzadas, da Inquisição na idade das trevas; da Inquisição na Croácia e no
Vietnã do Sul; dos acordos com governos fascistas. A Igreja Católica já foi julgada
pela História. O derradeiro julgamento, impossível de ser evitado, porque diante
dele todo joelho se dobrará, será o do Tribunal do Grande Trono Branco.
Parte V
O ECUMENISMO E O SANGUE DOS MÁRTIRES - V
Há apenas nove anos, no dia 29 de março de 1994, após exaustivo planejamento
e cuidadoso exame, líderes católicos e evangélicos americanos assinaram uma
declaração conjunta intitulada “Evangélicos e Católicos Unidos - A Missão Cristã
no Terceiro Milênio”. Foi um evento significativo na história da cristandade. Dave
Hunt, em “A Mulher Montada na Besta” , ressalta com propriedade que, apesar de
a declaração coletiva ter levado em conta algumas diferenças básicas entre
católicos e evangélicos, a mais importante não mereceu qualquer atenção, ou
seja, o que significa ser cristão nas duas crenças.
Bastaria colocar em pauta o conceito de cristão para que não houvesse qualquer
acordo. Como vimos nos pronunciamentos oficiais do catolicismo, cristão é o que
está filiado à Igreja Católica. Basta preencher a ficha de inscrição, ser batizado e
participar dos sacramentos. Agora, depois de quase uma década, o Vaticano
declara que esses irmãos separados, signatários da Declaração, não são igreja no
sentido próprio, e estão em situação de penúria diante de Deus. Ou seja, estão
desgraçados, sem a graça divina. Diz Dave Hunt:
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Detectamos uma tremenda inversão de valores no trato de tais questões. Nós, que
primamos pela verdade bíblica, e que vemos unicamente em Jesus a possibilidade
de salvação, nós é que devemos refletir se podemos considerar como cristã uma
religião que se desfigurou ao longo do tempo como cristianismo autêntico.
Parte VI
ECUMENISMO E O SANGUE DOS MÁRTIRES - IV
"DOMINUS IESUS"
Vejamos fragmentos dessa Declaração assinada pelo Cardeal Joseph Ratzinger,
e referendada pelo Papa João Paulo II em 6.08.2000, que causou surpresa e
consternação a muitos. Abaixo dos tópicos fazemos alguns comentários. Os grifos
são nossos:
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“Este diálogo, que faz parte da missão evangelizadora da Igreja, comporta uma
atitude de compreensão e uma relação de recíproco conhecimento e de mútuo
enriquecimento, na obediência à verdade e no respeito da liberdade”.
São declarações que mais adiante ficam anuladas. Como a Igreja Católica poderia
se enriquecer num relacionamento com apóstatas, excomungados hereges,
alijados do Corpo de Cristo? “Respeito à liberdade” soa muito mal diante dos
fatos.
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À medida que a Declaração avança para o final, as palavras vão se tornando mais
duras, diretas e específicas. Se no começo foram ambíguas, certamente para não
causar constrangimentos imediatos, agora elas se revelam sem nenhum receio de
declarar o que a Igreja Católica pensa dos não católicos.
“Os fiéis são obrigados a professar que existe uma continuidade histórica —
radicada na sucessão apostólica — entre a Igreja fundada por Cristo e a Igreja
Católica: Esta é a única Igreja de Cristo”.
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“Existe portanto uma única Igreja de Cristo, que subsiste na Igreja Católica,
governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele. As
Igrejas que, embora não estando em perfeita comunhão com a Igreja Católica, se
mantêm unidas a esta por vínculos estreitíssimos, como são a sucessão
apostólica e uma válida Eucaristia, são verdadeiras Igrejas particulares... Por isso,
também nestas Igrejas está presente e actua a Igreja de Cristo, embora lhes falte
a plena comunhão com a Igreja católica, enquanto não aceitam a doutrina católica
do Primado que, por vontade de Deus, o Bispo de Roma objectivamente tem e
exerce sobre toda a Igreja”.
As demais igrejas possuem elementos de santificação, mas não plena, pois lhes
falta o vínculo à Igreja-Mãe, diz a Declaração. Dizer que existem elementos de
santificação e de verdade nas demais igrejas, deixa margem a dúvidas. É uma
ambigüidade. O que significa mesmo possuir elementos de santificação e verdade
e não ser Igreja de Cristo, não ser santa nem verdadeira? As igrejas que mantém
estreitíssimos laços com a “Depositária da Verdade” podem usufruir das benesses
da graça divina, porém derivada da graça revelada à Igreja de Roma. Os
acatólicos, diz o Documento, não podem obter graça sem a intermediação da
Igreja tronco, única e verdadeira.
“Os fiéis não podem, por conseguinte, imaginar a Igreja de Cristo como se fosse
a soma — diferenciada e, de certo modo, também unitária — das Igrejas e
Comunidades eclesiais; a Eucaristia e da plena comunhão na Igreja”. Daí a
necessidade de manter unidas estas duas verdades: a real possibilidade de
salvação em Cristo para todos os homens, e a necessidade da Igreja para essa
salvação...”.
“Para aqueles que não são formal e visivelmente membros da Igreja, a salvação
de Cristo torna-se acessível em virtude de uma graça que, embora dotada de uma
misteriosa relação com a Igreja, todavia não os introduz formalmente nela, mas
ilumina convenientemente a sua situação interior...”
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"Com efeito, algumas orações e ritos das outras religiões podem assumir um papel
de preparação ao Evangelho... Não se lhes pode porém atribuir a origem
divina nem a eficácia salvífica ex opere operato, própria dos sacramentos
cristãos. Se é verdade que os adeptos das outras religiões podem receber a graça
divina, também é verdade que objectivamente se encontram numa situação
gravemente deficitária, se comparada com a daqueles que na Igreja têm a
plenitude dos meios de salvação”.
“A Igreja, com efeito, movida pela caridade e pelo respeito da liberdade, deve
empenhar-se, antes de mais, em anunciar a todos os homens a verdade,
definitivamente revelada pelo Senhor, e em proclamar a necessidade da
conversão a Jesus Cristo e da adesão à Igreja através do Baptismo e dos
outros sacramentos, para participar de modo pleno na comunhão com Deus
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Parte VII
ECUMENISMO E O SANGUE DOS MÁRTIRES - III
PALAVRA DA DIOCESE
A Diocese de Pelotas (RS) divulgou em sua Home Page algumas considerações
sobre o Ecumenismo.
Destacamos:
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diferentes são irreconciliáveis com a unidade”. E a Dominus Iesus declara que “os
fiéis não podem, por conseguinte, imaginar a Igreja de Cristo como se fosse a
soma das Igrejas e Comunidades eclesiais”.
COMENTÁRIOS DE UM PASTOR
Do pastor Addson Araújo Costa:
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caso esta não ocorra eis a rejeição, o escrutínio pessoal dos líderes, depreciação
daquelas igrejas, a exclusão mental dos crentes e todo tipo de prejulgamentos”.
“Cabe agora aos evangélicos se irão querer uma nova inquisição travestida
de comunhão, ou seja estar dentro da barriga do leão. Ou se continuarão
avante, lutando teológica e biblicamente, por um evangelho autêntico que
transforma vidas; se continuarão afirmando que o único Cabeça da Igreja é
Cristo, e não um Papa, sabendo portanto que as igrejas e pastores são
independentes e autônomos diante de Deus, de conselhos e hierarquias
inventadas e portanto contrárias à Bíblia... A Igreja do Senhor Jesus não é
uma instituição em que se nasce nela, mas que se entra nela por meio da fé
em Cristo Jesus; ademais a verdadeira Igreja Universal de Cristo não é uma
instituição visível e humana e sim composta por todos os salvos desde o
Pentecostes até a vinda do Senhor.
CONSELHO DE IGREJAS
“Aliás, não é nem tanto na classificação das igrejas protestantes como “não-
igrejas” em sentido verdadeiro que reside a maior causa para o desapontamento
suscitado pela Declaração, mas sim em suas preocupantes omissões”.
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PALAVRA DA MÍDIA
Notícia do Jornal da Tarde, em 6.9.2000, sob o título “O mais duro golpe no
ecumenismo”:
“A divulgação de trechos do documento Dominus Jesus (Senhor Jesus, em latim)
provocou reações negativas entre líderes de outras igrejas cristãs. Em Paris, o
presidente da Federação Protestante da França, pastor Jean Arnold de Clermont,
disse que o documento era uma "triste surpresa". Para o presidente do Conselho
da Igreja Evangélica Alemã, reverendo Manfred Kock, foi um "revés". Na
Inglaterra, o chefe da Igreja Anglicana, George Carey, disse que o texto parece
ignorar 30 anos de diálogo ecumênico”.
Situação esta que agora incorre no risco de ser comprometida, caso seja mesmo
alçado a posição oficial do Vaticano o resultado das elucubrações orientadas e
dirigidas pelo cardeal Joseph Ratzinger, o principal guardião da doutrina católica.
O referido prelado é o tradicionalista prefeito da antiga Sagrada Congregação do
Santo-Ofício, que, se hoje ostenta outra denominação, mais consentânea com a
atualidade, ainda não logrou libertar-se do espírito do passado, que gerenciou a
Inquisição, perseguiu heréticos e fez perecer na fogueira milhares de inocentes
[grifo nosso], vítimas de superstições, da ignorância e maldade humanas, ou, mais
simplesmente, apenas fiéis de outras confissões, algumas tão respeitáveis quanto
aquela que tem sua sede política, administrativa e doutrinária em Roma. Significa
ela um verdadeiro salto para trás, ensaiado - o que para alguns se afigura
inquietante - no mesmo contexto temporal que trouxe a canonização de Pio IX
(Giovanni Maria Mastai-Ferretti). Esse papa do século 19, hoje mais conhecido
como o autor intelectual do Syllabus, foi também o formulador do dogma da
infalibilidade pontifícia.
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Parte VIII
ECUMENISMO E O SANGUE DOS MÁRTIRES - II
Em 1 de novembro de 1215 iniciou-se o IV Concílio de Latrão convocado pelo
papa Inocêncio III através da Bula Vineam Domini Sabaoth, de 10 de abril de
1213. Nele, os hereges são apresentados como os que devem ser combatidos por
suas “doutrinas insensatas, fruto de uma cegueira provocada pelo pai da mentira.
Suas heresias estão dirigidas contra a fé santa, católica e ortodoxa, sendo um
perigo para a unidade da fé da cristandade” [grifo nosso]. Diz mais:
“Assim como o diabo e os demônios, criados por Deus naturalmente bons, pela
vaidade foram expulsos do paraíso, também por causa da vaidade os hereges
devem ser expulsos do convívio social [grifo nosso]. Os condenados por heresia
devem ser entregues às autoridades seculares para serem castigados. No caso de
clérigos, deverão ser desligados de suas Ordens. Quanto aos bens, serão
confiscados [grifo nosso]”.
“Os que se armarem para dar caça aos hereges, gozarão da indulgência e do
santo privilégio concedidos aos que vão, em ajuda, à Terra Santa ".
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CONCÍLIO DE TRENTO
Convocado pelo papa Paulo III, o Concílio de Trento (1545-1563) condenou com
anátemas todas as teses reformistas dos protestantes acerca da Fé Católica e dos
Sacramentos. Vejamos alguns dos cânones.
“Cân. 13. Se alguém disser que para conseguir a remissão dos pecados é
necessário a todo homem crer certamente e sem hesitação alguma, mesmo em
vista da fraqueza e falta de preparação próprias, que os pecados lhe foram
perdoados — seja excomungado”.
Antes de prosseguirmos, convém esclarecer que tais decisões estão plenamente
em vigor. O Código de Direito Canônico, cânon 333, parágrafo 3, declara: “Não há
apelação ou recurso contra uma sentença ou decreto do pontífice romano”. A
desobediência ao Papa, “Vigário de Cristo”, continua sendo a maior das heresias.
O dogma da infalibilidade papal também impede sejam revogadas quaisquer
decisões anteriores.
“Cân. 1. Se alguém disser que os sacramentos da Nova Lei não foram todos
instituídos por Jesus Cristo Nosso Senhor, ou que são mais ou menos que sete, a
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“Cân. 4. Se alguém disser que os sacramentos da Nova Lei não são necessários
para a salvação, mas supérfluos; e que sem eles ou sem o desejo deles, só pela
fé os homens alcançam de Deus a graça de justificação — ainda que nem todos
[os sacramentos], seja excomungado”.
“Cân. 6. Se alguém disser que os sacramentos da Nova Lei não encerram a graça
que significam; ou que não conferem a graça aos que lhes não opõem óbice,
como se fossem apenas sinais externos da graça ou justiça recebida pela fé, e
certos sinais da Religião cristã, com que entre os homens se distinguem os fiéis
dos infiéis — seja excomungado”.
“Cân. 8. Se alguém disser que pelos mesmos sacramentos da Nova Lei não se
confere a graça só pela sua recepção (ex opere operato), mas que para receber a
graça basta só a fé na promessa divina — seja excomungado”.
Cân. 10. Se alguém disser que todos os cristãos têm o poder de administrar a
palavra de Deus e todos os sacramentos — seja excomungado.
“Cân. 3. Se alguém disser que na Igreja Romana, Mãe e Mestra de todas as Igrejas, não
reside a verdadeira doutrina acerca do sacramento do Batismo — seja excomungado”.
“Cân. 12. Se alguém disser que ninguém deve ser batizado senão na idade em que Cristo se
deixou batizar, ou na hora da morte - seja excomungado”.
Como os “irmãos separados”, fiéis às doutrinas bíblicas, continuam pensando do mesmo
modo, ou seja, continuam desobedientes ao papa, estamos todos excomungados. Aqui
começam os primeiros óbices à pretensão ecumênica. Que conciliação pode haver entre
excomungantes e excomungados? Entre a “única Igreja verdadeira” e um bando de
“hereges” que resolveu aceitar Jesus como Senhor e Salvador pessoal?
DOCUMENTO EPISCOPAL
Extraímos algumas passagens das explicações do Revmo. Antonio, Bispo de Campos, de
19.03.1966, ao comentar as decisões do Concílio Ecumênico Vaticano II:
“Eis que, como a propósito da adaptação, também sobre a falsa aplicação do ecumenismo
advertiu Papa os fiéis. Segundo despachos das agências telegráficas, teria o Santo Padre
observado, em uma de suas Alocuções nas audiências gerais, que o apostolado junto aos
irmãos separados não está isento de ilusões e perigos [grifo nosso]. Ilusões, por uma
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esperança sem fundamento, perigo pela possibilidade de, no desejo ardente de obter a
conversão do herege ou apóstata, falsear o sentido da verdade revelada, ou não expô-la na
sua integridade. O texto transmitido pelas agências telegráficas é o seguinte: “Há uma
tomada de posição, também por parte daqueles que demonstram demasiado entusiasmo,
como se os contactos com irmãos separados fossem fáceis e sem perigo....”[grifo nosso].
Os milhões que tiveram um encontro com a verdade ficaram muito felizes por saberem que
a salvação não é conseguida por pertencer a esta ou àquela denominação, mas por
consagrar suas vidas a Cristo Jesus.
“A primeira condição para um apostolado frutuoso junto aos nossos irmãos separados é
fugir a todos e quaisquer irenismo doutrinário [atitude conciliadora], ainda que implícito”.
“Entre os preceitos divinos, está a obrigação de ingressar na Igreja Católica [grifo nosso],
instituída por Jesus Cristo como meio único de salvação para todos os homens. Como
conseqüência, a condição do católico é essencialmente diferente da condição do não
católico. O católico, pelo fato de pertencer à Igreja verdadeira, não tem motivo algum para
duvidar de que esteja na posse da verdade. O não católico está em condição perfeitamente
inversa. Ele não está de posse da verdade [grifo nosso], de maneira que tem todo motivo
para duvidar de sua posição religiosa. E se estiver de boa fé, mais facilmente será levado a
perceber a falta de fundamento para suas convicções”.
“Estes pontos são pacíficos na teologia católica, e foram objeto de ensino autêntico do
Magistério Eclesiástico. A excelência da condição do católico com relação ao não católico,
com a conseqüente obrigação, foi definida pelo Concílio Vaticano I (cf. sess. III, cap. III e
can. 6).
“Dentro desses princípios, devemos levar o mais longe possível a nossa caridade com os
irmãos separados. Sem esquecer a condição de “separados”, isto é afastados da verdadeira
Igreja de Cristo [grifo nosso], devemos ter presente a todo momento sua prerrogativa de
“irmãos”, e esforçarmo-nos por utilizar os pontos que justificam o apelativo de “irmãos”,
para levá-los a uma reflexão mais profunda sobre as realidades cristãs que ainda possuem, a
fim de que as compreendam melhor, e percebam que elas só adquirem sua verdadeira
autenticidade na Igreja Católica”.
“Isso numa ação direta que a Providência poderá de nós exigir com nossos irmãos
separados, onde haja um desejo sincero de amar a verdade. Porquanto, com aqueles que se
fixaram na heresia, e a abraçam conscientemente, um diálogo frutuoso é praticamente
impossível [grifo nosso]. Podemos ainda e devemos nos compadecer deles, e com nossas
orações, penitências e outras boas obras, empenhar a misericórdia divina, que os ilumine e
lhes conceda a retidão de vontade, de que hão mister, para chegarem à unidade autêntica do
Cristianismo na Igreja Romana” [grifo nosso].
“O que devemos evitar – salvas as necessidades de uma justa e nobre polêmica imposta pelo
interesse das almas – são as expressões que possam, de qualquer forma, magoar a nossos
irmãos separados; isso ainda quando devamos suportar com paciência as
conseqüências de uma vontade que a heresia ou o cisma tornaram mais especialmente
ríspida conosco. Vale neste ponto o conselho de São Paulo: procura vencer o mal com o
bem (cf. Rom. 12, 21). Mesmo, porém, com os que estão de boa fé, convém evitar a
familiaridade [grifo nosso] consoante o prudente e hoje sobremodo oportuno conselho de S.
Tomás: “para que nossa familiaridade não dê aos outros ocasião de errar” (Quodlibetum 10,
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q. 7, a. 1 c).
Essas regras estão totalmente em conformidade com a Dominus Iesus editada no ano 2000.
Os princípios são os mesmos. Como já dissemos, a Igreja de Roma não muda e não pode
mudar. Os pronunciamentos de hoje devem guardar coerência com as práxis anteriores, por
força da infalibilidade que os papas atribuíram a si mesmos. Se constituímos uma ameaça e
perigo; se os católicos são orientados a não ter conosco qualquer tipo de familiaridade; se o
diálogo com os protestantes não os removerá de suas “heresias”; se não aceitamos o
reingresso na “Igreja Verdadeira”, então não há porque falar em ecumenismo.
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