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DUDH

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DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS ( 1948 ) 1° PARTE

Contexto histórico:

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), que delineia os direitos humanos básicos,
foi adotada pela Organização das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948. Foi esboçada
principalmente pelo canadense John Peters Humphrey, contando também, com a ajuda de várias
pessoas de todo o mundo.
Abalados pela recente barbárie da Segunda Guerra Mundial, e com o intuito de construir um
mundo sob novos alicerces ideológicos, os dirigentes das nações que emergiram
como potências no período pós-guerra, liderados por Estados Unidos e União Soviética,
estabeleceram, na Conferência de Yalta, na Rússia, em 1945, as bases de uma futura paz
mundial, definindo áreas de influência das potências e acertando a criação de uma organização
multilateral que promovesse negociações sobre conflitos internacionais, para evitar guerras e
promover a paz e a democracia, e fortalecer os Direitos Humanos.
Embora não seja um documento com obrigatoriedade legal, serviu como base para os
dois tratados sobre direitos humanos da ONU de força legal: o Pacto Internacional dos Direitos
Civis e Políticos e o Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
Continua a ser amplamente citado por acadêmicos, advogados e cortes constitucionais.
Especialistas em direito internacional discutem, com frequência, quais de seus artigos
representam o direito internacional usual.

Características:
1) Principal documento do Sistema Global de Direitos Humanos da ONU ( Organização das
Nações Unidas )
2) Contribui para a universalização dos direitos humanos ( estabelecer direitos humanos mais
importantes para TODOS ) .
3) Influenciou para a criação de outras convenções internacionais.
4) Natureza dos direitos: Direitos de Dignidade
Exemplo: Direito a vida, direitos penais para quem comete um crime, direitos políticos, direitos
relacionado a nacionalidade, a educação, etc.
5) Dimensões de direitos
1° DIMENSÃO: Proteção dos direitos de liberdade ( CIVIS E POLÍTICOS ), impõe limite aos
Estados.
2° DIMENSÃO: Estado deve agir de forma prestacional ( SOCIAIS , ECONÔMICOS E
CULTURAIS ) .
3° DIMENSÃO: DIFUSOS E COLETIVOS ( ligados ao ideal de fraternidade )

Natureza Jurídica
Ela foi aprovada como uma RESOLUÇÃO da Assembléia Geral da ONU, mas tem força
VINCULANTE.
Transformou-se ao longo dos anos em norma internacional costumeira ou princípio geral do
direito internacional.
Exerce impacto nas Constituições dos Estados ( exemplo: Artigo 5° da CF/55 Brasileira )
PRÊAMBULO ( CARTA DE INTENÇÕES )
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família
humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da
justiça e da paz no mundo;
Considerando que o desconhecimento e o desprezo dos direitos do Homem conduziram a
atos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade e que o advento de um
mundo em que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da
miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração do Homem;
Considerando que é essencial a proteção dos direitos do Homem através de um regime de
direito, para que o Homem não seja compelido, em supremo recurso, à revolta contra a
tirania e a opressão; Considerando que é essencial encorajar o desenvolvimento de
relações amistosas entre as nações;
Considerando que, na Carta, os povos das Nações Unidas proclamam, de novo, a sua fé
nos direitos fundamentais do Homem, na dignidade e no valor da pessoa humana, na
igualdade de direitos dos homens e das mulheres e se declaram resolvidos a favorecer o
progresso social e a instaurar melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais
ampla;
Considerando que os Estados membros se comprometeram a promover, em cooperação
com a Organização das Nações Unidas, o respeito universal e efetivo dos direitos do
Homem e das liberdades fundamentais; Considerando que uma concepção comum destes
direitos e liberdades é da mais alta importância para dar plena satisfação a tal
compromisso:
A Assembléia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos
como ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os
indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se
esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e
liberdades e por promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o
seu reconhecimento e a sua aplicação universais e efetivos tanto entre as populações dos
próprios Estados membros como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição.

NÚCLEO DO PRÊAMBULO:
Dignidade da pessoa humana assegurada a TODOS, costuma cair em prova o preâmbulo.
Artigo 1
Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São
dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com
espírito de fraternidade.
Enunciados acima o direito a liberdade e a igualdade, expressando também o espírito de
fraternidade.

Artigo 2
I) Todo o homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades
estabelecidos nesta Declaração sem distinção de qualquer espécie, seja de
raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem
nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
II) Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política,
jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa,
quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio,
quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.
Todos irão gozar dos direitos e liberdades enunciados nesta declaração sem nenhuma
discriminação.

Artigo 3
Todo o homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Chamado de direitos humanos clássicos e básicos, previsto também no artigo 5° da
Constituição Federal Brasileira.
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade” VILPS

Artigo 4
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de
escravos estão proibidos em todas as suas formas.
Artigo 5
Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel,
desumano ou degradante.
O artigo 4 e 5 enuncia os chamados DIREITOS HUMANOS ABSOLUTOS, sabemos que
não existe direitos absolutos, más o tratamento a tortura e a escravidão ou servidão serão
absolutamente proibidos e sem nenhuma exceção.Também previsto na CF/88
“Artigo 5° III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou
degradante”
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática
da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos
como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,
podendo evitá-los, se omitirem;
Artigo 6
Todo homem tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como
pessoa perante a lei.
Você é reconhecido como pessoa em todos os lugares e desde o seu nascimento, chama-
se reconhecimento da personalidade jurídica.
Artigo 7 Igualdade
Todos são iguais perante a lei e tem direito, sem qualquer distinção, a igual
proteção da lei. Todos tem direito a igual proteção contra qualquer
discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento
a tal discriminação.

Artigo 8
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
Todo o homem tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes
remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe
sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.
Habeas Corpus – Liberdade de locomoção
Habeas Data – Buscar informação
Mandado de injunção – Suprir a falta de norma regulamentadora
Mandado de segurança – Garantir direito líquido e certo não amparado por Habeas data ou
Habeas Corpus

Artigo 9
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Repare que temos a presença do termo ARBITRÁRIO, ou seja, impositiva e sem motivo.
A prisão, detenção ou o exilo de maneira arbitrária é uma vedação absoluta, ninguém será
submetido a isso.
Mas você pode sim, ser preso detido ou exilado com a devida fundamentação legal.

Artigo 10
Garantias processuais penais
Todo o homem tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública
audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de
seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal
contra ele.
Direito a igualdade em um processo, tanto réu, testemunha, o que for.
A audiência tem o caráter de ser JUSTA E PÚBLICA. A publicidade dos atos processuais
penais e civis gera uma transparência e controle da legalidade do Poder Judiciário.
Tribunal deve ser independente e imparcial , ou seja, não pode ter vínculo ou interesse
com alguma das partes envolvidas.
Artigo 11
Presunção da inocência e o devido processo legal
I) Todo o homem acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido
inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei,
em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as
garantias necessárias a sua defesa.

Princípio da Anterioridade Penal e Vedação a lei penal mais grave


II) Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no
momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional.
Também não será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da
prática, era aplicável ao ato delituoso.
Primeira parte do artigo: Abrange o princípio da ANTERIORIDADE PENAL, ou seja, para
configurar um delito, a sua ação ou omissão deve estar tipificada e prevista em lei.
Segunda parte do artigo: Princípio da Vedação a lei penal mais grave, ou seja, se você
cometeu um fato X no dia X, a penalização que será imposta a você é justamente a do dia
X, caso um dia posterior este delito aumente a pena, não será aplicado a você.
Será aplicado a pena prevista na hora da sua ação/omissão.

Artigo 12
Inviolabilidades
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no
seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques a sua honra e reputação.
Todo o homem tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou
ataques.
De acordo com o artigo 5° da CF/88
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e
das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e
na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual
penal;
Artigo 13
Direito a liberdade de locomoção
I) Todo homem tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das
fronteiras de cada Estado.
II) Todo o homem tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e
a este regressar.
O artigo enunciado acima diz respeito a liberdade de locomoção, no qual diz que todo
homem pode se locomover dentro das fronteiras do seu Estado como também pode deixar
o mesmo.
Diz o artigo 5° da CF
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa,
nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
Exceções: Estado de Defesa, estado de sítio, intervenção federal e guerra declarada,
podemos ter esse direito ser limitado.
Artigo 14
I) Todo o homem, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar
asilo em outros países.
II) Este direito não pode ser invocado em casos de perseguição legitimamente
motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e
princípios das Nações Unidas.
Asilo Político está previsto no artigo 4° da nossa CF/88.
Artigo 4°- X - concessão de asilo político.
IMPORTANTE! Caso esta perseguição seja legitimada e fundamentada por crimes de
direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios da ONU não será
CONCEDIDO O ASILO POLÍTICO.
Exemplo: Indivíduo está sendo perseguido por sua convicção religiosa, terá o direito ao
asilo político.
Agora, está sendo perseguido por um crime de homicídio, não gozará do direito.

Artigo 15
I) Todo homem tem direito a uma nacionalidade.
II) Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito
de mudar de nacionalidade.
Mais uma vedação absoluta! Nós temos algumas ocasiões que um indivíduo pode perder a
sua nacionalidade, mas na modalidade ARBITRÁRIA E IMPOSITIVA ninguém poderá se
submeter a isso. VIDE ARTIGO 12 CF/88
Artigo 16
Relações conjugais
I) Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça,
nacionalidade ou religião, tem o direito de contrair matrimônio e fundar uma
família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua
dissolução.
Homens e mulheres tem a opção de casar ou não, dentro deste casamento irão gozar dos
mesmos direitos.
Para aqueles que são maiores de 16 e menores de 18 anos, entende-se que podem se
casar, desde que com a autorização de seus pais (artigo 1517 do Código Civil Brasileiro).

II) O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos
nubentes.
Precisamos do consentimento do homem e da mulher para casarem.

III) A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à


proteção da sociedade e do Estado.
VIDE ARTIGO 226 CF/88 – Base constitucional para a Lei Maria da Penha

Artigo 17
Direito a propriedade
I) Todo o homem tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.
II) Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.
Previsto no CAPUT do artigo 5°, todo homem tem direito á propriedade, tanto sozinho
como em sociedade com outros.
Mais uma vedação absoluta! Ninguém pode ser privado da sua propriedade de maneira
arbitrária, no próprio artigo 5° da CF/88 evidencia as ocasiões que alguém pode ser
privado dela, por exemplo:
Caso não atenda a sua função social
Caso você dê a sua propriedade o uso para o cultivo de plantas psicotrópicas ou trabalho
escravo.

Artigo 18
Liberdade de expressão ( pensamento, consciência e religião )
Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião;
este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de
manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela
observâcia, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.
Lembrando que o artigo 5° da CF/88 veda o ANONIMATO, também está expresso a
liberdade de crença;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício
dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas
liturgias;
Artigo 19
Todo o homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito
inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e
transmitir informações e idéias por quaisquer meios, independentemente de
fronteiras.

Artigo 20
I) Todo o homem tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.
II) Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
Também expressamente previsto no artigo 5° da CF/88, todo homem tem direito á
liberdade de reunião mas com algumas condições:
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade
competente;
Artigo 21
I) Todo o homem tem o direito de tomar parte no governo de seu país
diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.
Todo poder emana do povo e a democracia deste povo será exercida na modalidade direta
ou indireta:
Direta: Plebiscito / Referendo / Iniciativa Popular
Indireta: Por meio do VOTO.

II) Todo o homem tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.
III) A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade
será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por
voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.

Artigo 22
Todo o homem, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e
à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo
com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos,
sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento
de sua personalidade.
Segurança Social = Exemplo: INSS / Direitos Previdenciários
Artigo 23
I) Todo o homem tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a
condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
Por exemplo FGTS e aviso prévio, são exemplos de proteção contra o desemprego.

Equiparação salarial
II) Todo o homem, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração
por igual trabalho.

III) Todo o homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa e
satisfatória, que lhe assegure, assim como a sua família, uma existência
compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se
necessário, outros meios de proteção social.

IV) Todo o homem tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para
proteção de seus interesses.
Artigo 8° CF/88
“É livre a associação profissional ou sindical...”

Artigo 24
Normas de saúde e segurança do trabalho
Todo o homem tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável
das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas.
Lembrando que está previsto no artigo 7° da CF/88
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho;

Artigo 25
I) Todo o homem tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a
sua família saúde e bem
estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os
serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de
desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda de
meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.
II) A maternidade e a infância tem direito a cuidados e assistência especiais.
Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma
proteção social.

Artigo 26
Direito á educação
I) Todo o homem tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo
menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será
obrigatória. A instrução técnica profissional será acessível a todos, bem
como a instrução superior, esta baseada no mérito.
II) A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da
personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do
homem e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a
compreensão, a tolerância e amizade entre todas as nações e grupos raciais
ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da
manutenção da paz.
III) Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que
será ministrada a seus filhos.

Artigo 27
I) Todo o homem tem o direito de participar livremente da vida cultural da
comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de fruir
de seus benefícios.
II) Todo o homem tem direito à proteção dos interesses morais e materiais
decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja
autor.
Artigo 5°

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:

a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz


humanas, inclusive nas atividades desportivas;
Artigo 28
Todo o homem tem direito a uma ordem social e internacional em que os
direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser
plenamente realizados.

Artigo 29
I) Todo o homem tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno
desenvolvimento de sua personalidade é possível.
II) No exercício de seus direitos e liberdades, todo o homem estará sujeito
apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de
assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de
outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do
bem-estar de uma sociedade democrática.
III) Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos
contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas.

Artigo 30
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o
reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer
qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de
quaisquer direitos e liberdades aqui estabelecidos.

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