Metabolismo Do Millho
Metabolismo Do Millho
Metabolismo Do Millho
Universidade Unirovuma
Montepuez
2020
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Universidade Unirovuma
iii
Montepuez
2020
Índice…………………………………………………………………………………………..iii
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Introdução...................................................................................................................................4
1. Conceitos básicos.....................................................................................................................5
1.1. Metabolismo..........................................................................................................................5
1.2. Anabolismo............................................................................................................................5
1.3. Catabolismo...........................................................................................................................6
2. Metabolismo na planta do milho..............................................................................................6
2.1. O milho..................................................................................................................................7
2.3. Fisiologia do Milho...............................................................................................................8
2.4. Fases Fenológicas do Milho..................................................................................................9
2.5. Nutrientes Vegetais...............................................................................................................9
2.6. Fotossíntese.........................................................................................................................11
3. Assimilação de carbono em plantas C4 como a do milho......................................................12
3.1. Reações luminosas...............................................................................................................12
3.2. Reações ditas escuras..........................................................................................................13
Conclusão...................................................................................................................................15
Bibliografia.................................................................................................................................16
Introdução
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O presente trabalho tem como tema: Metabolismo na planta do milho, inserida na cadeira
de Fisiologia Vegetal, a necessidade de compreender no que realmente acontece no processo
metabólico em planta de milho, é essencial uma vez que o metabolismo constitui o cúmulo de
reacções bioquímicas que controla a síntese e a degradação de substâncias no nosso organismo.
Os principais objectivos do metabolismo em qualquer organismo são obter energia
química, que é armazenada nas ligações fosfato do ATP, Transforme substâncias químicas do
exterior da célula em moléculas que podem ser usadas pela célula, Construção de matéria
orgânica própria a partir de energia e moléculas obtidas do meio ambiente.
A planta do milho possui a enzima PEPCase que apresenta afinidade apenas com o CO 2,
assim não perde energia com a fotorrespiração. A PEPCase e PEP são as principais responsáveis
por manter a concentração elevada de CO 2 no sítio activo da RUBISCO, com isso o ciclo de
Calvin sempre possuirá CO2, assim poderá manter seus estômatos fechados por um período maior
e suportar temperaturas mais altas e níveis elevados de radiação.
Para a sua elaboração recorreu-se a consulta de algumas obras e recurso à fontes
electrónicas que consistiu na leitura, analise e finalmente a compilação das informações cujos
autores estão devidamente citados na referencia bibliográfica como maneira de permitir uma
consistência do mesmo e que também foi delimitado certos objectivos:
Objectivo geral:
Compreender e analisar de forma exaustivas os aspectos relacionados com os ciclos
biogeoquímicos.
Objectivos específicos:
Conceituar o processo do metabolismo e seus componentes;
Caracterizar processo metabólico em planta do milho;
Descrever os factores fisiológicos em planta do milho e assimilação de carbono em
plantas C4 como a do milho.
1. Conceitos básicos
1.1. Metabolismo
Metabolismo (do grego metábole – mudança, troca mais sufixo ismo-qualidade de).
Conjunto de reacções químicas que se processam no organismo visando o armazenamento e o
consumo de energia para as actividades biológicas. (Dicionário etimológico e circunstanciado de
Biologia, 2005).
Para Júnior, (2005), o metabolismo é o conjunto de processos bioquímicos e físico-
químicas que ocorrem na reacção de célula e do organismo, em que a matéria e energia são
trocadas com o seu ambiente.
Os principais objectivos do metabolismo são:
Obter energia química , que é armazenada nas ligações fosfato do ATP .
Transforme substâncias químicas do exterior da célula em moléculas que podem ser usadas
pela célula.
Construção de matéria orgânica própria a partir de energia e moléculas obtidas do meio
ambiente. Essa matéria orgânica armazena uma grande quantidade de energia nos títulos.
Destruição dessas moléculas para obter a energia que elas contêm.
Este processo metabólico se divide em dois grupos denominados anabolismo (reacções de
síntese) e catabolismo (reacções de degradação).
1.2. Anabolismo
O anabolismo é o conjunto de reações metabólicas de síntese em que a energia libertada pelo
catabolismo é utilizada para construir moléculas complexas. O anabolismo divide-se em três
etapas fundamentais:
A síntese de precursores como aminoácidos, monossacarídeos, isoprenoides e
nucleótidos;
A activação destes precursores a formas reactivas usando energia proveniente do ATP;
E finalmente a construção de moléculas complexas, tais como proteínas, polissacarídeos,
lípidos e ácidos nucleicos, a partir destes precursores activados.
Os organismos diferem entre si na quantidade de diferentes moléculas que conseguem sintetizar.
Os seres autotróficos, como as plantas, podem construir moléculas complexas (polissacarídeos e
proteínas) a partir de moléculas muito simples como o dióxido de carbono e a água.
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1.3. Catabolismo
O catabolismo é o conjunto das reacções metabólicas que libertam energia. Tais reacções
incluem a degradação e oxidação de moléculas encontradas em alimentos, assim como reacções
que captam a energia luminosa da luz solar. As reacções catabólicas providenciam energia e
componentes necessários às reacções anabólicas. A natureza exacta destas reacções catabólicas
difere de organismo para organismo: organismos organotróficos usam moléculas orgânicas como
fonte de energia, enquanto litotróficos usam substratos inorgânicos e fototróficos captam energia
solar, transformando-a em energia química.
2.1. O milho
O milho (Zea mays L.) é uma planta da família Poaceae, originária da América Central,
sendo cultivado em praticamente todas as regiões do mundo, nos hemisféricos norte e sul, em
climas úmidos e regiões secas. Apresenta uma qualidade nutricional alta, rico em carboidratos,
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considerado como energético; é também fonte de óleo, fibras, vitaminas E, B1, B2 e além de
alguns minerais, como fósforo e potássio (ALVES et al., 2015).
O milho possui alto potencial produtivo e é bastante responsivo à tecnologia, se
beneficiando de técnicas modernas de plantio a colheita. Estudos realizados sugerem que práticas
culturais, como seleção de híbridos e um controle fitossanitário são primordiais para um aumento
da produtividade da cultura em questão (FARINELLI e JÚNIOR, 2014). Os manejos adequados
da fertilidade do solo e da nutrição mineral da planta são, também, considerados de grande
importância, pois os macronutrientes e os micronutrientes necessários devem ser supridos.
2.6. Fotossíntese
De acordo com Dwyer et al. (1991), Fotossíntese é o processo através do qual organismos
vivos clorofilados convertem a energia da luz em energia química de moléculas orgânicas. O
entendimento dos fluxos de CO2 na fotossíntese tem permitido desvendar as três etapas básicas
acopladas ao processo fotossintético. Os aspectos fotoquímicos, fotofísicos (de transferência
eletrônica com a formação de ATP e NADPH) e bioquímicos da fixação de carbono em
compostos da fotossíntese.
O milho é uma planta de metabolismo C4, que apresenta alta eficiência na utilização de
luz e CO2. Portanto, uma das causas da queda de produtividade do milho é a deficiência de luz
em períodos críticos do desenvolvimento, como, por exemplo, enchimento de grãos.
Deve-se ressaltar, no entanto, que, apesar da eficiência das plantas C4, existem duas
características da planta de milho que diminuem o potencial de eficiência das folhas. A mais
limitante é o hábito de crescimento, que proporciona um autosombreamento
das folhas inferiores. A outra é a presença do pendão, o qual fica inativo
logo após a fertilização, mas que chega a sombrear as plantas em até 19%, dependendo da
cultivar.
A fotossíntese C4 é uma via fotossintética adaptativa que evoluiu para diminuir os efeitos
prejudiciais do declínio gradual de CO2 atmosférico, como a fotorrespiração, sendo conhecida
também como via de Hatch-Slack. É comum que em plantas C4, dois tipos de células cooperem
no processo de fixação de carbono: da bainha e do mesofilo. Embora grande parte da bioquímica
está bem caracterizada, pouco se sabe sobre o mecanismos genéticos subjacentes à especificidade
de células do tipo de condução C4. No entanto vários estudos têm mostrado que age na regulação
em múltiplos níveis, incluindo transcricional, pós-transcricional, pós-traducionais e epigenéticos
(MARENCO & LOPES, 2009).
Para Dwyer et al. (1991), Tanto C3 quanto C4 utilizam a rota C3. O importante é que,
nas plantas C4, a rota C3 é precedida por passos adicionais, no quais há uma fixação preliminar
de CO2 através da enzima PEP-case (fosfoenolpiruvato carboxilase). Essa enzima, responsável
pela fixação do CO2 em plantas C4, é cerca de 100 vezes mais eficiente que a Rubisco.
Nas plantas C4, a parede celular, entre as células externas da bainha perivascular e as
células mais internas do mesofilo, possui um número de plasmosdemos muito superior às outras
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paredes celulares, permitindo assim o trânsito dos ácidos orgânicos para o metabolismo C4, e
também o trânsito de trioses-P, que transportarão energia e poder redutor.
Na via C4, o CO2 atmosférico é fixado em um ácido orgânico com 3C, o fosfoenolpiruvato
(PEP) nas células do mesófilo (onde há a atuação da enzima PEP carboxilase- PEPcase),
produzindo ácidos orgânicos de 4C. Tais ácidos orgânicos de 4C migram para a bainha
perivascular (onde haverá a atuação da enzima Rubisco), onde são descarboxilados, liberando
CO2, e um ácido orgânico de 3C, que retorna ao mesófilo para regeneração do substrato de 3C,
visando a carboxilação primária. Portanto, na via C4 não ocorre produção de carboidratos, e ela
servirá somente para aumentar a concentração do CO2 na bainha perivascular, favorecendo a ação
carboxilase da rubisco (PEISKER & HENDERSON, 1992).
Esse fenômeno de excitação de elétrons nos átomos dos pigmentos é de curta duração,
sendo que a quantidade de energia absorvida tem de equivaler à diferença de energia entre os
orbitais basal e excitado. Os comprimentos de onda capazes de excitar estes elétrons variam
dentro do espectro de luz visível, segundo os pigmentos: a clorofila a absorve radiação luminosa
a 420 e 660nm; a clorofila b a 435 e 625nm; a clorofila c a 445 e 625nm; a clorofila d a 450 e
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690nm; os carotenóides de 420 até 480nm, e as ficobilinas de 490 a 650nm. A luz azul, com
menor comprimento de onda e maior energia, é porém menos eficiente fotossinteticamente.
A rubisco, que é uma enzima bifuncional, apresenta uma interação competitiva entre os
substratos CO2, para a função carboxilase (fotossíntese, pelo ciclo de Benson-Calvin) e o O 2, para
a função oxigenase (fotorrespiração, pelo ciclo do glicolato-glicerato). Essas duas funções são
indissociáveis para o funcionamento dessa enzima.
Para Mitchell P (1979), o metabolismo envolve um vasto conjunto de reações químicas,
mas a maioria cai dentro de alguns tipos básicos de transferências de grupos funcionais. Esta
química comum permite às células usarem um conjunto relativamente pequeno de intermediários
metabólicos no transporte de grupos químicos de uma reação para a seguinte. Estes
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Conclusão
O milho é uma das mais eficientes plantas armazenadoras de energia existentes na
natureza. A planta do milho possui metabolismo C4, isto é, a planta possui a enzima PEPCase
(fosfoenolpiruvatocaborxilase) que apresenta afinidade apenas com o CO 2, assim não perde
energia com a fotorrespiração. A PEPCase e PEP (fosfoenolpiruvato) são as principais
responsáveis por manter a concentração elevada de CO2 no sítio activo da RUBISCO (ribose-1,5-
bifosfato carboxilase/oxidade), com isso o ciclo de Calvin sempre possuirá CO 2, assim poderá
manter seus estômatos fechados por um período maior e suportar temperaturas mais altas e níveis
elevados de radiação. Isso garante que o milho sintetize fotoassimilados com baixa quantidade de
água e temperaturas mais elevadas.
O milho sendo uma planta C4 possui a anatomia do tipo “Kranz”, com células distintas no
mesófilo e na bainha perivascular. Entretanto, durante esse processo evolutivo pode-se observar
estágios intermediários em que as células não possuem uma caracterização completa, nem da via
C3, nem da via C4. Essas espécies são chamadas de intermediárias C3-C4. Nesse processo pode-
se observar modificações graduais tanto anatómicas, quanto bioquímicas, até o total
estabelecimento do ciclo C4.
A absorção, o transporte e a consequente transpiração de água pelas plantas são
consequência da demanda evaporativa da atmosfera (evapotranspiração potencial), resistência
estomática e difusão de vapor, água disponível no solo e densidade de raízes. A planta absorve
água do solo para atender às suas necessidades fisiológicas e, com isto, suprir a sua necessidade
em nutrientes, que são transportados junto com a água, sob a forma de fluxo de massa.
As demandas metabólicas dos diferentes órgãos determinam suas actividades como sítios
de exportação ou importação de fotoassimilados. Durante o crescimento da folha ocorrem
alterações nas funções fisiológicas que levam este órgão a desempenhar, inicialmente, actividades
de dreno. A partir de seu completo desenvolvimento, as folhas passam a actuar como fonte.
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Bibliografia
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