Nov 2021
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ATOS DO GOVERNADOR
EDUARDO LEITE
Praça Marechal Deodoro, s/nº - Palácio Piratini
Porto Alegre / RS / 90010282
Decretos
Protocolo: 2021000637423
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso das atribuições que lhe
confere o art. 82, incisos, II, V e VII, da Constituição do Estado,
DECRETA:
Art. 1º No Decreto nº 55.882, de 15 de maio de 2021, que institui o Sistema de Avisos, Alertas
e Ações para fins de monitoramento, prevenção e enfrentamento à pandemia de COVID-19 no âmbito do
Estado do Rio Grande do Sul, reitera a declaração de estado de calamidade pública em todo o território
estadual e dá outras providências, ficam introduzidas as seguintes alterações:
Art. 8º…
I - protocolos gerais obrigatórios: estabelecidos no art. 12 deste Decreto e de aplicação
obrigatória em todo o território estadual;
Art. 10. Fica recomendada a adoção por todas as pessoas das seguintes medidas de
prevenção e enfrentamento à pandemia de COVID-19:
I - a observância do distanciamento social, restringindo a circulação, as visitas e as reuniões
presenciais;
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§ 1º Fica facultada a substituição das medidas de que tratam os incisos do caput deste artigo
pela solicitação de testagem para o ingresso em eventos, estabelecimentos ou locais de uso coletivo,
observadas as orientações médicas e sanitárias.
Art. 12. São protocolos gerais obrigatórios para fins de prevenção e de enfrentamento à
pandemia de COVID-19, dentre outros expressamente previstos:
I - a disponibilização, por todo e qualquer estabelecimento, de produtos assépticos para
lavagem das mãos, como sabão ou álcool 70% (setenta por cento), a seus empregados e clientes;
II - a utilização, mantendo-se boca e nariz cobertos, de máscara de proteção individual para
circulação em espaços públicos, na forma e nos locais definidos no art. 3º-A da Lei Federal nº 13.979, de 06
de fevereiro de 2020, ressalvada a hipótese de que trata o § 15 do art. 34 deste Decreto; e
III - a determinação, pelo encarregado, de encaminhamento imediato para atendimento médico
e o afastamento do trabalho, conforme determinação médica, dos empregados dos estabelecimentos
destinados à utilização simultânea por várias pessoas, de natureza pública ou privada, comercial ou
industrial, fechado ou aberto, com atendimento a público amplo ou restrito, quando verificada a presença de
sintomas de contaminação pelo novo Coronavírus (COVID-19).
§ 15. Não se aplicam a multa nem a advertência de que trata o inciso VII do “caput”,
combinado com o § 13 deste artigo, quando se tratar do descumprimento do disposto no caput do art. 3º-A da
Lei Federal nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, por crianças ou adolescentes menores de 12 (doze) anos
de idade, vedada a responsabilização de seus pais, curadores, tutores, educadores ou dos estabelecimentos
comerciais, de ensino ou templos religiosos.
Art. 3º Ficam revogados o parágrafo único do art. 8º, o art. 9º, o inciso III do art. 13 e o Anexo
Único do Decreto nº 55.882, de 15 de maio de 2021.
EDUARDO LEITE,
Governador do Estado.
Registre-se e publique-se.
ARITA BERGMANN,
Secretária de Estado da Saúde.
CLAUDIO GASTAL,
Secretário de Estado do Planejamento, Governança e Gestão.
ANEXO ÚNICO
Figura 1. Número de internados confirmados e suspeitos com Covid-19 em leitos clínicos no Rio Grande do Sul - abr/.2020-
nov./2021
Fonte: Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (RIO GRANDE DO SUL, 2021a).
Departamento de Economia e Estatística da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (RIO
GRANDE DO SUL, 2021b, 2021c).
Figura 2. Número de internados confirmados e suspeitos com Covid-19 em UTI e taxa de ocupação dos leitos de UTI no
Rio Grande do Sul — abr./2020-nov./2021
Fonte: Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (RIO GRANDE DO SUL, 2021a).
Departamento de Economia e Estatística da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (RIO
GRANDE DO SUL, 2021b, 2021c).
1
Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG)/ Subsecretaria de Planejamento/
Departamento de Economia e Estatística (DEE)
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Figura 3. Número de leitos de UTI livres e razão entre leitos livres e ocupados por Covid-19 no Rio Grande do Sul —
abr./2020-nov./2021
Fonte: Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (RIO GRANDE DO SUL, 2021a).
Departamento de Economia e Estatística da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (RIO
GRANDE DO SUL, 2021b, 2021c).
Figura 4. Número de casos confirmados e óbitos acumulados em sete dias no Rio Grande do Sul — fev./2020-out./2021
Fonte: Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (RIO GRANDE DO SUL, 2021a)
Departamento de Economia e Estatística da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (RIO
GRANDE DO SUL, 2021b, 2021c).
Nota: Os dados dos últimos 14 dias foram suprimidos devido ao subregistro decorrente do tempo
necessário para inclusão dos casos e óbitos nos sistemas oficiais.
Figura 5. População vacinada, por faixa etária e esquema vacinal, no Rio Grande do Sul — nov./2021
Fonte: Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (Rio Grande do Sul, 2021ª).
Departamento de Economia e Estatística da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (RIO
GRANDE DO SUL, 2021b, 2021c).
O comportamento descrito pode ser associado ao avanço da vacinação no Estado, que sempre
esteve entre os 3 primeiros que mais vacinaram no país.
Neste momento, inclusive, mais de 95% da população adulta recebeu a primeira dose da
vacina, conforme demonstra o quadro abaixo (https://vacina.saude.rs.gov.br/):
Neste aspecto, verifica-se que 83,5% da população adulta (18 anos ou mais) e 65,7% da população
residente (total) já recebeu o esquema básico completo de vacinação (D1 + D2 ou DU).
Contudo, 938,5 mil pessoas estão com segunda dose em atraso, sendo 471 mil na faixa até os 39
anos. Ainda, constata-se que 50,2% da população com mais de 70 anos recebeu a dose de reforço. Em
estudo do CEVS, verificou-se que 9 em cada 10 óbitos por covid-19 em adultos jovens (18 a 39 anos)
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registrados entre a semana 35 e a semana 45 de 2021 são de pessoas não vacinadas ou sem vacinação
completa, o que demonstra a importância da vacinação.
Importante destacar que, neste momento, o RS apresenta a menor média diária de óbitos por data
de confirmação desde junho/2020 (cerca de 20 por dia), o menor número de internados em leitos clínicos
desde maio/2020 (512 confirmados e suspeitos), o menor número de internações em UTI desde junho/2020
(506 confirmados e suspeitos) e a média diária de casos registrados estável desde julho/2021 (menos de mil
casos).
O monitoramento das regiões pelo Estado através do Sistema 3As utiliza dados epidemiológicos e
de acompanhamento do sistema de saúde para subsidiar o processo de tomada de decisão dos gestores.
Esse sistema de monitoramento utiliza três indicadores de decisão, os “3 As”: Aviso, Alerta e Ação.
Os municípios são agrupados em 30 Regiões de Saúde, com base nos hospitais de referência para
leitos de UTI, totalizando 21 Regiões Covid e 7 Macrorregiões.
Ao tempo que se mantém na íntegra este sistema, poderá haver restrições específicas em regiões
que, eventualmente, apresentem piora, recebam AVISOS ou ALERTAS e tenham, portanto, a necessidade
de medidas sanitária mais rígidas.
Nesse sentido, é essencial que a população adote e mantenha hábitos que minimizem o risco de
transmissão da Covid-19, o que pode ser obtido por métodos amplamente explorados na literatura da área de
ciências comportamentais (como o estímulo, indução a determinado tipo de comportamento).
Após mais de um ano e meio de enfrentamento à pandemia de coronavírus no Estado, com rígidos
protocolos sanitários, monitoramento diário dos indicadores, diálogos com o Conselho de Crise (composto
pelos chefes dos Poderes, entidades comerciais, dirigentes de hospitais e representantes de universidades),
Grupos de Trabalho intersetoriais, Comitê Científico e Conselho de Especialistas constituídos pelo Estado,
com a sociedade civil e os Comitês Técnicos Regionais, a atualização dos protocolos de enfrentamento à
Pandemia, inclusive alterações a respeito de quais protocolos devem ser adotados como obrigatórios ou
recomendados, mostra-se adequada a definição, pelo Gabinete de Crise, de nova abordagem no combate à
pandemia, priorizando a responsabilidade de cada pessoa pela proteção individual e coletiva, com orientação
e informação, garantindo que haja flexibilidade com responsabilidade, para não haver retrocessos, mantendo
as atividades econômicas, com cuidados, sem colocar em risco uma nova onda (aumento nos indicadores
epidemiológicos de monitoramento da pandemia) e novas restrições.