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O Pirata

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O pirata Calisto Read

Um pirata valente e caolho chamado Capitão Calisto Read navega pelos


mares em seu navio sombrio. Ele usa um chapéu em formato triangular, típico
de piratas onde há bordado uma caveira, tem os cabelos, barba e bigodes
compridos, a pele ressecada. E como todo bom pirata, quer dizer mal pirata, ele
também possui um papagaio de estimação que fala mais que o homem da
cobra.

O pirata tem uma espada muito afiada, uma meia dúzia de canhões,
pode-se dizer que ele já enfrentou muitos perigos na sua vida em terra e em
alto mar. Quando chega a alguma cidade portuária, de longe os moradores
podem ver seu navio e temer. Pois o pior está prestes a acontecer.

Ele é violento, tem má fama, sequestra pessoas, rouba tudo o que elas
possuem de valor ou o que lhe convier, desde comidas, vestimentas a moedas
de ouro. Todos os que o conhecem chegam a tremer de medo.

Em um pequeno espaço no porão do navio Calisto Read guarda seus


tesouros e ninguém tem a autorização para entrar lá. Quem se atreve a
desobedecer a suas ordens é logo punido, sendo jogado vivo, do navio em alto
mar.

Esse homem esperto, hábil, bravo, ganancioso, que usa sua força para
saquear os tesouros das outras pessoas está à procura da ilha perdida, onde
existe muito ouro, muito mais ouro do que ele já conseguira saquear em sua
vida.

Nas tabernas que os corsários costumavam frequentar, podiam-se ouvir


histórias dessa ilha, para onde muitos iam, mas não voltavam. Um lugar
perdido no mapa, cheio de perigos e feras selvagens mutantes. Com uma
caverna grande no centro, rodeada por plantas trepadeiras cheias de espinhos.
Poucos se aventuravam a procura-la devido aos perigos que comentavam
existir.

Calisto Read um homem destemido vai à procura, deste lugar exótico e


perigoso, ele quer mais do que tudo encontrar esse lugar e ser o pirata mais
rico e temido de todos os tempos, de todos os mares.

Vários dias se passam em alto mar seguindo na direção norte, ele


juntamente com a sua tripulação, passam por dificuldades e perigos. Apesar de
esta ser composta de vários homens fortes que sabem desempenhar muito
bem suas funções dentro do navio.
O mar não só oferece riscos, perigos, mas também muita beleza. Ao
observar as grandes baleias, cardumes inteiros de peixes, golfinhos e tantos
outros animais marinhos.

O sol vai se pondo, o mar está agitado, o céu começa a nublar, em


algum lugar está chovendo. Calisto Read está preocupado conduzindo seu
grandioso navio. O pirata segura sua bussola e confere se está no caminho
certo.

Por sorte usando uma luneta ele vê ao longe a suposta ilha perdida. O
pirata caolho consegue vencer as grandes ondas do mar e ancorar próximo da
praia. Seu coração se agita de alegria. É noite de festa, todos os marinheiros
comem, bebem, cantam e dançam praticamente a noite inteira.

Ao amanhecer a tripulação está cheia de alegria ainda da noite anterior,


jogam os botes ao mar e remando com força eles chegam à praia.

Quando chega à praia sabe que tem que caminhar para dentro da mata.
A primeira atividade é encontrar água potável. Depois os marinheiros e
escravos têm que encontrarem papagaios e outros animais na mata e
aprisioná-los em gaiolas para depois vendê-los, nas cidades em que a pirataria
domina.

Enquanto a tripulação caminha pela mata encontram uma caverna, que


reflete um brilho intenso. A caverna está cheia de ouro, jóias e diamantes por
todos os lados.

Um, dois, três marujos correm na frente com a intenção de encher os bolsos,
mas assim que põem as mãos no tesouro viram estátua, brilhante de puro
ouro. Ao verem o acontecido os outros tripulantes ficam assustados e preferem
observar o local antes de tocar em mais alguma coisa.

É então que eles veem em uma das paredes da caverna algo escrito.
“Aquele que for ganancioso e tocar no tesouro morrerá.” A inscrição na parede,
aquele lugar, tudo passou a ter algo de terrível e assustador. Assim a maioria
da tripulação foge deixando apenas o capitão com seus marujos em forma de
estátua de ouro na caverna.

Calisto Read não consegue acreditar no que está vendo. No que acabara
de acontecer com seus marinheiros. Havia muitos outros piratas também
transformados em estátua. Sentiu um frio percorrer a extensão de sua coluna,
um calafrio medonho, como nunca havia sentido, que ele acabou dando no pé.

De volta no navio como os demais, acaba arrependendo-se de tudo o


que fez de mal aos outros em sua vida e caba jurando para si mesmo que iria
escolher uma linda cidade para atracar, venderia seu navio e seria um novo
homem, libertaria seus escravos e dividiria sua fortuna com os marinheiros, que
andaria no caminho certo, trabalharia para o seu sustento e não mais roubaria
dos outros.

Em terra firme, em Portugal o pirata vendeu seu navio, dividiu sua


fortuna como havia decido anteriormente, passou por uma transformação
completa, cortou os cabelos, jogou fora as velhas roupas de pirata e seu
horrendo chapéu, foi morar em uma casinha simples que tinha vista para o
mar, parou de beber e fazer mal para as outras pessoas. Foi trabalhar como
artista plástico, pintando as aventuras que viveu.

Suas pinturas se tornaram obras primas, ele as vendia nas ruas da


cidade. Muitas pessoas de posses compravam suas pinturas, que valiam muito
dinheiro. Pela beleza de suas obras ficou muito conhecido no mundo inteiro.

Calisto Read ficava com metade do dinheiro das obras que vendia e a
outra parte ele doava para pessoas pobres e necessitadas da região em que
vivia.

Alta Floresta, 26 de novembro de 2017

Por: Cyntia Beatriz Magalhães Farias

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