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Enfermagem Do Trabalho

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Enfermagem do Trabalho

SUMÁRIO

HISTÓRIA DA ENFERMAGEM DO TRABALHO ....................................................... 3


NO BRASIL ............................................................................................................ 3
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES ..................................................................................... 4
ASPECTOS POLÍTICOS............................................................................................ 7
LEGISLAÇÃO BÁSICA EM SAÚDE DO TRABALHADOR ......................................... 9
ASPECTOS LEGAIS ............................................................................................ 11
NR 1 – DISPOSIÇÕES GERAIS ........................................................................... 12
NR 4 – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E
EM MEDICINA DO TRABALHO (SESMT) ............................................................ 15
NR 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES ....................... 22
NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI ................................ 23
QUAIS EQUIPAMENTOS? ................................................................................... 24
TIPOS DE EPI ...................................................................................................... 24
MANUTENÇÃO E TROCA.................................................................................... 25
NR 7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL ...... 26
EXAMES MÉDICOS .......................................................................................... 26
ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL – ASO .............................................. 27
EXAMES ADMISSIONAIS E DEMISSIONAL ........................................................... 28
NR 8 - EDIFICAÇÕES .......................................................................................... 30
NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS ...................... 32
NR 17 – ERGONOMIA ......................................................................................... 34
NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE... 37
DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO ....................................................................... 39
PERFUROCORTANTES ................................................................................... 40
DA VACINAÇÃO DOS TRABALHADORES....................................................... 41
DOS RISCOS QUÍMICOS ................................................................................. 41
LOCAIS PARA REFEIÇÃO ............................................................................... 43
DA LIMPEZA E CONSERVAÇÃO ..................................................................... 43
AGENTES BIOLÓGICOS .................................................................................. 44
MATERIAIS PERFUROCORTANTES ............................................................... 45
RISCOS AMBIENTAIS / OCUPACIONAIS ............................................................... 45
MAPA DE RISCOS .................................................................................................. 49

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NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DOS ACIDENTES E DOENÇAS RELACIONADOS


AO TRABALHO ....................................................................................................... 53
ACIDENTES (TÍPICO/TRAJETO) E DOENÇAS DE TRABALHO............................. 58
ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO .............................................................. 59
FLUXO DO ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO PARA SERVIDORES DA
SMS ......................................................................................................................... 59
ERGONOMIA........................................................................................................... 66
A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA PARA A SAÚDE DO TRABALHADOR ........ 68
ERGONOMIA X SOLUÇÕES CRIATIVAS ............................................................... 68
ORIENTAÇÃO ERGONÔMICA NA POSIÇÃO SENTADA: ................................... 71
ATENDIMENTO AS DOENÇAS OCUPACIONAIS ................................................... 72
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL.............................................................................. 79
SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO ............................................................. 84
PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL ................................................................. 91
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 99

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HISTÓRIA DA ENFERMAGEM DO TRABALHO

A enfermagem do trabalho surge


quando as primeiras leis de acidente do
trabalho se originaram na Alemanha, em
1884, estendendo-se logo a vários países
da Europa, até chegar ao Brasil por meio do
Decreto legislativo nº.3.724 de 15 de janeiro
de 1919, a fim de dar parâmetros legais
para os trabalhadores que estão expostos aos riscos do dia a dia.
O cuidado de enfermagem profissionalizado veio à tona para ser dirigido aos
trabalhadores desde uma simples palestra de educação em saúde, primeiros
socorros, e até a reduzir o consumo de mão de obra desampara por aspectos ético-
legais, fazendo com que surja a enfermagem do trabalho.
A enfermagem do trabalho é um ramo da enfermagem de saúde pública e,
como tal utiliza os mesmos métodos e técnicas empregadas na saúde pública visando
à promoção da saúde do trabalhador; proteção contra os riscos decorrentes de suas
atividades labora; proteção contra agentes químicos, físicos e biológicos e
psicossociais; manutenção de sua saúde no mais alto grau de bem-estar físico e
mental e recuperações de lesões, doenças ocupacionais ou não-ocupacionais e sua
reabilitação para o trabalho.

No Brasil

No Brasil a primeira escola de enfermagem foi criada e 1890 no hospício de


Pedro 2º, atualmente o UNI-RIO. O exercício de enfermagem no Brasil foi
regulamentado em 1931. Em 1955 foi aprovada a Lei do exercício Profissional de
Enfermagem no Brasil. Em 1959 aconteceu uma Conferência Internacional do
Trabalho e, nesta, houve a recomendação de número 112 da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) que conceituou a Medicina do Trabalho, mas
limitando-se a intervenção médica.

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Em 1963 foi incluído nos cursos médicos o ensino de medicina do trabalho.


Com a OIT as normas sobre a proteção a saúde e integridade física do trabalhador
ganharam forças, contribuindo bastante na prevenção de acidentes e doenças do
trabalho. Logo em seguida, em 1964, (UERJ) incluiu a disciplina de saúde ocupacional
no curso de graduação.
O auxiliar de enfermagem do trabalho foi incluído na equipe de saúde
ocupacional em 1972 pela portaria n.º 3.237 do ministério do Trabalho. Empresas com
mais de 100 empregados, centralizada ou não num mesmo local, a existência de um
Serviço de Saúde Ocupacional, composto, pelos seguintes profissionais;
Médico do Trabalho;
Engenheiro de Segurança;
Técnicos em Segurança;
Auxiliar de Enfermagem do Trabalho.
A enfermagem do trabalho tem, nesta área, um vasto campo para
desempenhar suas funções, quer na prestação de assistência de enfermagem
trabalhadores da empresa e aos seus dependentes, quer assumindo funções
administrativas, educativas, de integração e de pesquisa. Em 1973 criou-se o COFEN
e COREN.
A inclusão do enfermeiro do trabalho na equipe de saúde ocupacional
aconteceu por meio da portaria n.º 3 460 do ministério do trabalho, em 1975. Neste
mesmo ano criou-se no Rio Grande do Sul o primeiro sindicato de enfermagem.
A história da enfermagem do trabalho no Brasil é bastante recente. Inicialmente
a assistência de enfermagem do trabalho era vista mais como atendimento
emergencial na empresa, o que não valoriza muito. Contudo, o espaço para o
desempenho profissional, principalmente do enfermeiro do trabalho está se ampliando
a cada dia, seja na assistência direta aos trabalhadores e familiares ou no
desempenho de funções administrativa, educacionais, de integração ou de pesquisa.

PRINCÍPIOS E DIRETRIZES

A Saúde do Trabalhador se destaca por ser uma área em construção na Saúde


Pública. Sendo assim, estabelece-se como um campo que estuda e intervêm nas

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relações entre saúde-trabalho-doença na sua complexidade, por meio de atuação


interdisciplinar, intersetorial e multiprofissional.
Tem como objetivos a promoção e a proteção da saúde através da realização
de ações de vigilância, assim como, visa à recuperação e reabilitação da saúde dos
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.
Considerando as particularidades da saúde do trabalhador e os marcos
orientadores do SUS, os princípios e diretrizes propostas são:
Universalidade;
Integralidade;
Participação social;
Equidade;
Ética;
Humanização do trabalho;
Direito à informação;
Articulação intra e intersetorial.

Universalidade: contemplar todos os trabalhadores da SMS, independentemente


de sua forma de contratação respeitando as especificidades de cada vínculo;

Integralidade da atenção: articular ações individuais e coletivas de promoção e


proteção da saúde, prevenção de riscos e agravos relacionados ao trabalho, com
recuperação e atenção à saúde dos trabalhadores na rede do SUS;

Participação social: instituição e manutenção de instâncias legítimas e representativas


do conjunto de trabalhadores, compreendendo sua participação na identificação das
demandas, no planejamento, na execução, acompanhamento e avaliação das ações
relacionadas à saúde do trabalhador;

Equidade: reconhecer o direito de cada trabalhador da SMS em suas especificidades


e necessidades, levando-se em consideração o senso de justiça social;

Ética: na atenção à saúde do trabalhador, respeitando o sigilo das informações


relativas ao estado de saúde e a sua individualidade, bem como em relação a seus

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resultados, entendendo que o objetivo e justificativa da intervenção é a melhoria das


condições de trabalho e saúde;

Humanização do trabalho: pressupõe construir um novo tipo de interação entre os


atores envolvidos na produção de saúde, favorecendo a autonomia dos sujeitos, a
gestão participativa, a reflexão-ação dos trabalhadores sobre seus processos de
trabalho, a construção de laços solidários, sentimentos de pertença e consolidação de
cultura de equipe, bem como a valorização do trabalho e do trabalhador;

Direito à informação: acesso a informações sobre os riscos nos ambientes e


processos de trabalho, suas consequências na saúde e os resultados das
intervenções;

Articulação intra e intersetorial: compreende a interação com outras áreas, setores e


atores sociais para articulação, formulação, implementação e acompanhamento das
ações que tem impacto sobre os determinantes da saúde dos trabalhadores.

No Brasil, o sistema público de saúde vem atendendo os trabalhadores ao


longo de toda sua existência. Porém, uma prática diferenciada do setor, que considere
os impactos do trabalho sobre o processo saúde/doença, surgiu apenas no decorrer
dos anos 80, passando a ser ação do Sistema Único de Saúde quando a Constituição
Brasileira de 1988, na seção que regula o Direito à Saúde, a incluiu no seu artigo 200.
“Artigo 200 – Ao Sistema Único de Saúde
compete, além de outras atribuições, nos termos
da lei: (...) II- executar as ações de vigilância
sanitária e epidemiológica, bem como as de
saúde do trabalhador; (...).
A Lei Orgânica da Saúde – LOS (Lei n.º 8.080/90), que regulamentou o SUS e
suas competências no campo da Saúde do Trabalhador, considerou o trabalho como
importante fator determinante/condicionante da saúde.
O artigo 6º da LOS determina que a realização das ações de saúde do
trabalhador siga os princípios gerais do SUS e recomenda, especificamente:

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a assistência ao trabalhador vítima de acidente de trabalho ou portador de


doença profissional ou do trabalho;
a realização de estudos, pesquisa, avaliação e controle dos riscos e agravos
existentes no processo de trabalho;
a informação ao trabalhador, sindicatos e empresas sobre riscos de acidentes
bem como resultados de fiscalizações, avaliações ambientais, exames
admissionais, periódicos e demissionais, respeitada a ética.
Nesse mesmo artigo, a Saúde do Trabalhador encontra-se definida como:
“Um conjunto de atividades que se
destina, através de ações de vigilância
epidemiológica e sanitária, à promoção e
proteção da saúde dos trabalhadores, assim
como visa à recuperação e reabilitação da
saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos
e agravos advindos das condições de trabalho.”
No seu conjunto (serviços básicos, rede de referência secundária, terciária e os
serviços contratados/conveniados), a rede assistencial, se organizada para a Saúde
do Trabalhador, a exemplo do que já acontece com outras modalidades assistenciais
como a Saúde da Criança, da Mulher, etc., por meio da capacitação de recursos
humanos e da definição das atribuições das diversas instâncias prestadoras de
serviços, poderá reverter sua histórica omissão neste campo.
Os últimos anos foram férteis na produção de experiências – centros de
referências, programas municipais, programas em hospitais universitários e ações
sindicais – em diversos pontos do país, e em encontros de profissionais/trabalhadores
ou técnicos para a produção das normas necessárias à operacionalização das ações
de saúde do trabalhador pela rede de serviços em ambulatórios e/ou vigilância.

ASPECTOS POLÍTICOS

O termo Saúde do Trabalhador refere-se a um campo do saber que visa


compreender as relações entre o trabalho e o processo saúde/doença. Nesta
acepção, considera a saúde e a doença como processos dinâmicos, estreitamente
articulados com os modos de desenvolvimento produtivo da humanidade em

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determinado momento histórico. Parte do princípio de que a forma de inserção dos


homens e mulheres nos espaços de trabalho contribui decisivamente para formas
específicas de adoecer e morrer. O fundamento de suas ações é a articulação
multiprofissional, interdisciplinar e intersetorial.
Em relação aos trabalhadores, há que se considerar os diversos riscos
ambientais e organizacionais aos quais estão expostos, em função de sua inserção
nos processos de trabalho. Assim, as ações de saúde do trabalhador devem ser
incluídas formalmente na agenda da rede de atenção municipal à saúde. Dessa forma,
amplia-se a assistência já ofertada aos trabalhadores, na medida em que passa a
olhá-los como sujeitos a um adoecimento específico que exige estratégias, também
específicas, de promoção, proteção e recuperação da saúde.
A incorporação das boas práticas de gestão de saúde e segurança no trabalho
contribui para a proteção contra os riscos presentes no ambiente de trabalho,
prevenindo e reduzindo acidentes e doenças e diminuindo, consideravelmente, os
custos e prejuízos aos trabalhadores e instituição.
A análise preliminar das condições de trabalho permite a elaboração de
estratégias que vão subsidiar as etapas de implantação do programa de gestão de
saúde e segurança no trabalho, e é estabelecida com algumas indagações bem
simples:
1. O trabalhador está exposto a riscos no ambiente de trabalho?
2. A quais tipos de riscos o trabalhador está exposto?
3. Qual o tempo e a frequência do contato com esses riscos?
Um modelo de segurança e saúde do trabalho deve contemplar uma
metodologia voltada para a antecipação e a prevenção de acidentes e doenças
relacionadas ao trabalho que alia a simplicidade da intervenção, e a profundidade das
ações técnicas necessárias para sua efetividade, eficiência e eficácia:
Redução dos riscos de acidentes de trabalho;
Promoção em saúde do trabalhador;
Prevenção de doenças crônicas não transmissíveis (diabetes, hipertensão,
etc);
Participação dos trabalhadores na construção de políticas internas em Saúde
do Trabalhador.
Vantagens:

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Previne e reduz os acidentes e doenças;


Protege a integridade física e mental dos trabalhadores;
Educa para adoção de práticas preventivas;
Evita gastos e prejuízos (trabalhadores e instituição);
Diminui o absenteísmo;
Melhora, continuamente, os ambientes de trabalho;
Potencializa as relações interpessoais;
Otimiza o clima organizacional;
Atende aos requisitos da legislação;
Aumenta a produtividade.

LEGISLAÇÃO BÁSICA EM SAÚDE DO TRABALHADOR

Constituição da República Federativa do Brasil


Art. 200 - Ao Sistema Único de Saúde, compete, além de outras atribuições, nos
termos da lei... II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem
como as de saúde do trabalhador; ... VIII - colaborar na proteção do meio ambiente,
nele compreendido o do trabalho.

Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990


Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras
providências. No seu artigo 6º, parágrafo 3º, regulamenta os dispositivos
constitucionais sobre Saúde do Trabalhador.

Portaria Nº 1.271, DE 6 de junho de 2014


Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos
de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território
nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências.

Portaria Nº 1.984, DE 12 de setembro de 2014

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Define a lista nacional de doenças e agravos de notificação compulsória, na forma do


Anexo, a serem monitorados por meio da estratégia de vigilância em unidades
sentinelas e suas diretrizes.

Portaria Nº 1.206, de 24 de outubro de 2013


Altera o cadastramento dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador no
Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES).

Portaria Nº 1.378, de 9 de julho de 2013 - Sistema Nacional de Vigilância em


Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
Regulamenta as responsabilidades e define diretrizes para execução e financiamento
das ações de Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
relativos ao Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de
Vigilância Sanitária.

Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012


Institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.

Portaria nº 3.120, de 1º de julho de 1998


Aprovar a Instrução Normativa de Vigilância em Saúde do Trabalhador no SUS, na
forma do Anexo a esta Portaria, com a finalidade de definir procedimentos básicos
para o desenvolvimento das ações correspondentes.

Portaria nº 1.339/GM, de 18 de novembro de 1999


Institui a Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho, a ser adotada como referência
dos agravos originados no processo de trabalho no Sistema Único de Saúde, para
uso clínico e epidemiológico, constante no Anexo I desta Portaria.

Portaria nº 1.679/GM de 19 de setembro de 2002


Dispõe sobre a estruturação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do
Trabalhador no SUS e dá outras providências.

Portaria nº 2.728/GM de 11 de novembro de 2009

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Dispõe sobre a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST)


e dá outras providências.

Lei nº 8.142 de 28 de dezembro de 1990


Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde
(SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área
da saúde e dá outras providências.

Lei nº 6.437 de 20 de agosto de 1977


Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas
e dá outras providências.

Decreto nº 680, de 23 de novembro de 1998


Institui o Código de Saúde do estado do Tocantins. Encaminhado para aprovação de
revisão pelo Gabinete da Casa Civil desde 2012.

Portaria Nº 248/ 2016.


Dispõe sobre a designação dos servidores da Diretoria de Vigilância em Saúde
Ambiental e Saúde do Trabalhador, para desenvolverem ações de Vigilância em
Saúde do Trabalhador e Ambiental.

Aspectos Legais

A legislação brasileira que rege a área de Saúde e Segurança no Trabalho é


regulamentada através da Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978, que aprova as
Normas Regulamentadoras - NR, do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis
do Trabalho - CLT, porém esta portaria é aplicada aos trabalhadores que têm contrato
de trabalho em regime da CLT.
As normas regulamentadoras (NR) são disposições complementares ao
Capítulo V (Da Segurança e da Medicina do Trabalho) do Título II da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro
de 1977. Consistem em obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por

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empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir trabalho seguro e sadio,


prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho.
As primeiras normas regulamentadoras foram publicadas pela Portaria MTb nº
3.214, de 8 de junho de 1978. As demais normas foram criadas ao longo do tempo,
visando assegurar a prevenção da segurança e saúde de trabalhadores em serviços
laborais e segmentos econômicos específicos.
A elaboração e a revisão das normas regulamentadoras são realizadas,
atualmente, pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, adotando o sistema
tripartite paritário, preconizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), por
meio de grupos e comissões compostas por representantes do governo, de
empregadores e de trabalhadores.
Nesse contexto, a Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP) é a
instância de discussão para construção e atualização das normas regulamentadoras,
com vistas a melhorar as condições e o meio ambiente do trabalho.
As principais NRs que devem ser observadas são:
NR-1 - DISPOSIÇÕES GERAIS;
NR-4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA
E EM MEDICINA DO TRABALHO;
NR-5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES;
NR-6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI;
NR-7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL;
NR-8 - EDIFICAÇÕES;
NR-9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS;
NR-17 – ERGONOMIA;
NR-32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE.

NR 1 – Disposições Gerais

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A NR 1 determina que as normas


regulamentadoras, relativas à segurança e
medicina do trabalho, torna-se obrigatória
para todas as empresas privadas e públicas,
além dos órgãos públicos da administração
direta e indireta, desde que possuam
empregados regidos de acordo com a CLT.
O objetivo desta Norma é estabelecer as disposições gerais, o campo de
aplicação, os termos e as definições comuns às Normas Regulamentadoras – NR
relativas a segurança e saúde no trabalho e as diretrizes e os requisitos para o
gerenciamento de riscos ocupacionais e as medidas de prevenção em Segurança e
Saúde no Trabalho – SST
Este processo é muito importante e todas as disposições que estão inseridas
dentro da NR 1 são aplicadas de acordo com o possível, aos trabalhadores avulsos
(São aqueles que prestam serviços com a intermediação da entidade de classe, que
tem o seu pagamento feito sob a forma de rateio), às entidades ou empresas que lhe
tomem o serviço e aos sindicatos que representam tais categorias profissionais.

Funções da empresa e empregador referente NR1 – Segurança e Medicina do


Trabalho

Mediante a NR 1 o empregador tem como função:


a) Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre
segurança e saúde no trabalho;
b) Informar aos trabalhadores:
o I. os riscos ocupacionais existentes nos locais de trabalho;
o II. as medidas de prevenção adotadas pela empresa para eliminar ou
reduzir taisriscos;
o III. os resultados dos exames médicos e de exames complementares de
diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos; e
o IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de
trabalho.

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c) Elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando


ciência aos trabalhadores;
d) Permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização
dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho;
e) Determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou
doença relacionada ao trabalho, incluindo a análise de suas causas;
f) Disponibilizar à Inspeção do Trabalho todas as informações relativas à
segurança e saúde no trabalho;
g) Implementar medidas de prevenção, ouvidos os trabalhadores, de acordo
com a seguinte ordem de prioridade:
I. eliminação dos fatores de risco;
II. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas
de proteção coletiva;
III. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de
medidas administrativas ou de organização do trabalho; e
IV. adoção de medidas de proteção individual.

Já ao empregado cabe:
a) Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde
no trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;
b) Submeter-se aos exames médicos previstos nas NR;
c) Colaborar com a organização na aplicação das NR; e
d) Usar o equipamento de proteção individual fornecido pelo empregador.
É considerado ato faltoso a recusa injustificada do empregado caso as normas
citadas não sejam cumpridas e acarretará ao empregador a aplicação das devidas
penalidades pela legislação pertinente.
Todas as empresas têm a obrigação do cumprimento das normas, com relação
à matéria, que sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos
Estados ou Municípios.
Outra finalidade da NR 1 é determinar que a Secretaria de Segurança e Saúde
no Trabalho (SSST) é órgão que tem como objetivo coordenar, orientar, controlar e
supervisionar atividades relacionadas à segurança e medicina do trabalho.

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Um setor importante é a Delegacia Regional do Trabalho (DRT), é responsável


por executar as atividades relacionadas à segurança e medicina do trabalho:
• Incluindo a Campanha Nacional de Prevenção dos Acidentes do Trabalho
(CANPAT);
• Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT);
• Fiscalizar o cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre a
segurança e medicina do trabalho;
• Outras competências previstas na NR 1, por este órgão.

Outras aplicações e observações da NR1


Quando uma ou mais empresas estiverem sob direção, controle ou
administração de outra, serão responsáveis à empresa principal e cada uma das
subordinadas.
Outra aplicação da NR é referente à obra de engenharia, que será considerada
como um estabelecimento, compreendendo ou não canteiro de obra ou frentes de
trabalho, a menos que se disponha de forma diferente em NR específica.
Não cumprindo a regra o empregador terá que aplicar as penalidades previstas
na legislação.

NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de


Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT)

A Norma Regulamentadora número 4, ou


simplesmente NR 4, do Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE) estabelece critérios para organização dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT).
A exigência dos SESMT, por sua vez, está na CLT.
Assim, a NR 4 tem a finalidade de reduzir os acidentes de trabalho e as
doenças ocupacionais, exigindo que os SESMT sejam compostos pelos seguintes
profissionais:
• Médico do trabalho
• Engenheiro de segurança do trabalho
• Enfermeiro do trabalho

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• Técnico de segurança do trabalho


• Auxiliar de enfermagem do trabalho.

A quantidade de profissionais exigida pela NR 4 para fazer parte dos SESMT


muda de acordo com o número de trabalhadores da empresa e o risco da atividade.
A NR 4 diz que o trabalho do SESMT é preventivo e de competência dos
profissionais exigidos. Estes profissionais devem garantir a aplicação de
conhecimentos técnicos de engenharia de segurança e de medicina ocupacional no
ambiente de trabalho para reduzir ou eliminar os riscos à saúde dos trabalhadores.
Faz parte das atividades dos SESMT, definidas pela NR 4, a análise de riscos
e a orientação dos trabalhadores quanto ao uso dos equipamentos de proteção
individual, assim como o registro adequado de eventuais acidentes de trabalho.
Para empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços, a NR 4 determina que
o SESMT seja configurado de acordo com as características do estabelecimento onde
ocorre a prestação de serviços, ou seja, no local onde efetivamente os seus
empregados estiverem exercendo suas atividades.

SESMT - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho

O SESMT tem como principal função proteger a integridade física dos


trabalhadores. E assim evitar acidentes de trabalho por meio de alertas e instruções
para os funcionários sobre o aparecimento de novas doenças ocupacionais e riscos
relacionados à sua atividade de trabalho.
A atuação do SESMT na prevenção de acidentes pode ser feita através de
palestras em que sejam abordadas todas as maneiras de evitar desde pequenos
acidentes até aqueles de grandes proporções.
Além disso, é o SESMT que presta assistência aos trabalhadores vítimas de
acidentes de trabalho ou com sintomas das doenças do trabalho.
Entretanto, a criação do SESMT deve ser resultado de uma política de
prevenção a acidentes que faça parte da cultura da empresa e não visar apenas ao
atendimento da legislação, sem efeitos práticos.

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Atribuições do SESMT de acordo com a NR 4


Conforme a NR 4, dentre as atribuições do SESMT, destacam-se:
• Aplicar os conhecimentos de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
ao ambiente do Trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas
e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde
do trabalhador;
• Promover a realização de atividades de conscientização, educação e
orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e
doenças ocupacionais, tanto por meio de campanhas quanto de programas de
duração permanente;
• Esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e
doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção.
Os SESMT devem ser dimensionados de acordo com o risco da atividade principal da
empresa, bem como do número total de colaboradores que ela possui.

Classificação Nacional de Atividades Econômicas

Confira como a NR 4 classifica o grau risco para cada uma das atividades
realizadas em um canteiro de obras. Essa tabela organiza as atividades de acordo
com os respectivos CNAEs (Códigos Nacionais de Atividade Econômica).
Há um CNAE geral para a construção, que é o 45. Em seguida, há CNAEs para
os grupos de concentração de atividades, como por exemplo Preparação de terreno,
que é 45.1. Daí, para classificar corretamente o risco de cada atividade realizada no
canteiro é preciso verificar o CNAE específico, que é indicado da seguinte maneira:
45.11-0 – Demolição e preparação do terreno.

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Quadro I – Classificação Nacional de Atividades Econômicas

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Dimensionamento do SESMT

Dimensionar o SESMT de uma empresa significa definir quais profissionais das 5


categorias abaixo elencadas e em que quantidades comporão o grupo especializado
em segurança do trabalho, responsável por promover a segurança e a saúde dos
trabalhadores da empresa.
• Técnico de Segurança do Trabalho
• Engenheiro de Segurança do Trabalho
• Auxiliar de Enfermagem do Trabalho
• Enfermagem do Trabalho
• Médico do trabalho
Este dimensionamento do SESMT deve ser feito em apenas 05 passos:

Passo 1 - Identificar quantos e quais estabelecimentos há em sua empresa


O dimensionamento do SESMT deve ser feito por estabelecimento de
trabalho e a norma regulamentadora n°1 (NR-1), em seu item 1.6.d, define
“estabelecimento” da seguinte maneira:
1.6 - Para fins de aplicação das Normas
Regulamentadoras - NR, considera-se:
d) estabelecimento, cada uma das unidades da
empresa, funcionando em lugares diferentes,
tais como: fábrica, refinaria, usina, escritório,
loja, oficina, depósito, laboratório.
Desta forma, é necessário que você identifique todos os
estabelecimentos onde haja atividades em sua empresa.

Passo 2 - Calcular quantos funcionários trabalham em cada estabelecimento,


identificados os estabelecimentos, o próximo passo é calcular quantos
funcionários trabalham em cada estabelecimento.

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Passo 3 - Identificar qual a atividade principal desempenhada naquele


estabelecimento.
É muito comum que em um mesmo estabelecimento existam atividades
diversas. É necessário que se defina qual a atividade principal do
estabelecimento.

Passo 4 - Deve-se identificar o Grau de Risco da atividade principal do


estabelecimento
Para identificar o Grau de Risco da atividade principal do
estabelecimento deve-se verificar a Relação da Classificação Nacional de Atividades
Econômicas (CNAE) e seu respectivo Grau de Risco.
A relação está dividida em 20 grupos de diversas atividades econômicas, a
saber:
• Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura;
• Indústrias Extrativas;
• Indústrias de Transformação
• Eletricidade e Gás
• Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
• Construção
• Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas
• Transporte, Armazenagem e Correio
• Alojamento e Alimentação
• Informação e Comunicação
• Atividades Financeiras. de Seguros e Serviços Relacionados;
• Atividades Imobiliárias
• Atividades Profissionais, Científicas e Técnicas
• Atividades Administrativas e Serviços Complementares;
• Administração Pública. Defesa e Serviço Social
• Educação
• Saúde Humana e Serviços Sociais
• Artes, Cultura, Esportes e Recreação
• Outras Atividades de Serviços
• Serviços Domésticos

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• Organismos Internacionais e outras Instituições Extraterritoriais


Você deve reconhecer o grupo no qual a atividade principal de seu
estabelecimento melhor se encaixa, e buscá-la dentre as atividades elencadas. Na
mesma tabela, você terá a indicação do Grau de Risco da atividade, o qual poderá
variar entre valores de 1 a 4. O valor 4 indica o maior Grau de Risco.

Passo 5 - Dimensionamento do SESMT


Com os dados de Grau de Risco e número de funcionários no
estabelecimento, você é capaz de fazer o dimensionamento do SESMT consultando
o Quadro II da NR-4.

Quadro II - SESMT - Dimensionamento de SESMT

Diante do passo a passo apresentado acima, você deve ter percebido que,
quando se dimensiona o SESMT, não se faz para empresa toda, e sim, para seus
estabelecimentos. Desta forma, é importantíssimo que você conheça quais os

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estabelecimentos que compõem sua empresa, quais as atividades neles


desempenhadas e quantos funcionários trabalham em cada um deles.
A partir destas informações você será capaz de dimensionar corretamente o
SESMT.

NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

Em toda empresa que houver mais de 100


funcionários, é obrigatória a criação de
uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes,
ou simplesmente CIPA. A presença desta comissão
é obrigatória nas empresas brasileiras deste tipo
desde 1944, mas sua denominação e conceito
surgiram em 1921 como uma opção para que as
empresas tivessem pessoas dentro dela engajadas
em desenvolver táticas para evitar acidentes
internos na operação.
As CIPAs devem ser formadas e mantidas de acordo com o artigo 163 da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Norma Regulamentadora 5, aprovada
pela Portaria nº 08/99.
Art. 163 ”Será obrigatória a constituição
de Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA), de conformidade com
instruções expedidas pelo Ministério do
TrabaIho, nos estabelecimentos ou locais de
obra nelas especificadas.”

É a CIPA quem organiza a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes


de Trabalho) dentro das empresas. A SIPAT é uma semana separada pela empresa
em que a CIPA desenvolve atividades diferentes para que os funcionários possam
aprender mais sobre a prevenção de acidentes dentro da empresa. Aliás, este é o
foco principal da CIPA, que deve buscar o máximo de excelência naquilo que é sua
atribuição.
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A CIPA age por meio de palestras, fiscalizações e incentivo à utilização de


equipamentos de proteção individual (EPI) pelos funcionários. Isso porque
a CIPA também é responsável por criar mecanismos que evitem a aparição de
doenças provenientes do trabalho entre os funcionários.
Por ser uma comissão com o objetivo de fiscalizar as operações a fim de
encontrar problemas para a segurança dos funcionários e da empresa, a CIPA é
comumente ligada a algo negativo pelos próprios funcionários. É fato que muitas
pessoas não gostam de seguir regras de segurança, mas a CIPA age para o próprio
bem dos funcionários. Para isso, conta com uma equipe com diversos membros
escolhidos tanto pela empresa, quanto pelos funcionários. Tudo para que os dois
lados da relação sejam representados e ouvidos. Desta forma, a sinergia permite que
ações sejam tomadas de acordo com a vontade de todos e a empresa siga as normas
de segurança ditadas pelo Ministério do Trabalho e pela CLT.
É importante frisar que a CIPA deve estar presente em qualquer instituição,
seja ela filantrópica, com fins lucrativos ou não, enfim, em qualquer instituição que
houver mais de 100 pessoas trabalhando, é necessário ter uma CIPA formada. A
segurança no trabalho é importante para manter a saúde de todos os envolvidos na
operação e é dever da CIPA, atuar como agente de fiscalização e como
desenvolvedora de métodos para evitar os acidentes.

NR 6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI

A NR-06 ou norma regulamentadora 6 é uma


norma criada para regulamentar o uso
de Equipamentos de Proteção Individuais os
famosos EPI de modo que todas as empresas sejam
obrigadas a adotar as mesmas medidas de proteção
do funcionário em cenários semelhantes, isso
significa que todas às pessoas exercendo as
mesmas funções devem ter um mesmo
equipamento de proteção padronizado que leve em
consideração às normas legais exigidas para essa função em específico.

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Quais Equipamentos?

Cada função vai exigir equipamentos específicos apropriados para sua


execução, é verdade, no entanto que diferentes funções podem acabar demandando
o uso de equipamentos similares, entre os EPI mais comuns temos o capacete que é
utilizado praticamente em qualquer ambiente de produção ou obras de construção.
É obrigação da empresa fornece os equipamentos de proteção de forma
gratuita para todos os funcionários, além disso é esperado que cada equipamento
passe por uma inspeção de segurança de modo a garantir a qualidade do mesmo, em
caso do não fornecimento deste equipamento ou de fornecimento de um equipamento
defeituoso a empresa estará sujeita a repercussões legais que podem incluir multa ou
dependendo do caso até mesmo a paralisação do funcionamento da empresa.
Por sua vez o funcionário é responsável pelo uso em tempo integral dos EPI
enquanto em exercício da função cabendo à empresa uma fiscalização constante para
evitar que acidentes ou lesões possam acontecer pela falta do uso deste equipamento
por parte do funcionário.

Tipos de EPI

Existem diferentes tipos de EPI com funções de proteção específicas a serem


aplicadas em determinados tipos de trabalho que podem ou não se complementar,
em alguns casos equipamentos específicos da profissão são necessários enquanto
que em outros casos o uso de EPI se limita aos mais comuns como o capacete ou o
Cinto de Segurança, de maneira geral os equipamentos de proteção podem ser
divididos em categorias de acordo com aquilo que eles se propõem a evitar.

Danos físicos - os equipamentos que protegem contra danos causados por


ferimentos físicos são aqueles que protegem o funcionário de sofrer um ferimento ou
trauma em decorrência da ação de algo no ambiente ou do ambiente em si, como é o
exemplo dos capacetes que protegem a região da cabeça contra impactos em várias
profissões ou cintos de segurança em profissões como às de um pintor de altitude
como os que trabalham diariamente em monumentos, nesse caso o cinto é para

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proteger o funcionário de um dano físico que pode vir a ser causado pelo simples fato
de estar naquele ambiente de risco.

Químicos e biológicos - os equipamentos utilizados nessa categoria são aqueles em


que o funcionário precisa para o exercício da função se expor a um ambiente em que
existe a presença de um componente biológico como um vírus ou risco químico como
um veneno, esses equipamentos estão normalmente ligados a funções onde o
manuseio do risco seja um objetivo direto do trabalho, como no caso de um
pesquisador de energia nuclear através dos trajes protegidos ou um médico com suas
luvas e filtros do ar.

Longo prazo - existem ainda os equipamentos que servem para amenizar os danos
causados por uma exposição contínua a um ambiente em que seja inevitável os danos
a longo prazo, nesse caso o equipamento serve para fornecer ao funcionário um
ambiente menos nocivo e melhor a qualidade de vida a longo prazo, um exemplo
bastante prático são os funcionários de aeroporto que precisam lidar com a
manutenção de aviões e usam potentes protetores de ouvido para diminuir os danos
auditivos.

Manutenção e Troca

Cada equipamento de proteção individual têm uma regra diferente referente a


sua manutenção e/ou troca obrigatória, essa medida vai depender do uso do
equipamento e também da função exercida pelo funcionário, no caso dos capacetes
sua utilização é bastante duradoura uma vez que em teoria ele envelhece bem
devagar se você não sofrer batidas na cabeça, por outro lado equipamentos mais
sensíveis como as luvas de um médico podem chegar a ser classificados como
descartáveis podendo ser utilizados apenas uma vez devido ao risco de contágio,
assim é importante que tanto a empresa quanto o funcionário tenha um controle
preciso sobre a validade de cada equipamento para evitar falhas no momento de
realizar manutenção ou troca do equipamento.

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NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde


Ocupacional

A NR7 estabelece a obrigatoriedade de


elaboração e implementação, por parte de todos os
empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados,
do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, com
o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
É um programa que em conjunto com os demais somará forças em prol da
saúde dos trabalhadores.
Tem caráter de prevenção, mapeamento precoce e diagnóstico dos agravos a
saúde dos trabalhadores, além da constatação dos casos de doenças profissionais ou
danos irreversíveis causados por riscos do trabalho ou quaisquer situações ligadas ao
ambiente de trabalho.
O PCMSO também serve para que a empresa acompanhe através de exames,
as ações de segurança têm sido eficientes ou não.
PCMSO é obrigatório para toda e qualquer organização, independentemente
do número de funcionários e do grau de risco do seu setor econômico.
O programa tem caráter preventivo e deve ser implementado pelos
empregadores sem nenhum ônus para os trabalhadores.
Ele precisa conter um planejamento onde estejam previstas as ações de saúde
a serem executadas na organização durante o ano todo, devendo constar num
relatório anual.
Esse relatório vai discriminar o número e a natureza dos exames médicos a
serem realizados pelos funcionários, bem como avaliações clínicas e exames
complementares solicitados. Também deve apontar os resultados considerados
anormais, assim como o planejamento para o próximo ano.

Exames Médicos

O PCMSO prevê a realização obrigatória de exames médicos, que são os seguintes:

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• Exame de admissão: ao ingressar na empresa, antes da contratação se


efetivar, o trabalhador deve fazer um exame de avaliação do seu estado de
saúde e da sua condição para exercer a função para a qual está sendo
admitido.
• Exame periódico: será feita uma revisão do exame com a periodicidade
definida no PCMSO, com os intervalos mínimos de tempo abaixo
discriminados:
– Anual, para trabalhadores expostos a riscos que impliquem o desencadeamento ou
agravamento de doença ocupacional e para os portadores de doenças crônicas.
– Para os demais trabalhadores: anual, quando forem menores de 18 e maiores de
45 anos de idade; a cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 e 45 anos de
idade.
• Exame de retorno ao trabalho: quando o funcionário se manteve afastado por
mais de 30 dias, devido a doença ou acidente ou em razão de parto, deverá
ser realizado novo exame, logo no primeiro dia de trabalho, que avalie suas
condições para retomada normal de suas atividades funcionais.
• Exame de mudança de função: se o trabalhador for transferido de setor,
assumindo uma função diferente, deverá fazer novo exame antes da mudança
se efetivar. Principalmente, quando houver riscos à saúde diferentes do setor
onde trabalhava inicialmente.
• Exame para demissão: será feito antes do desligamento do funcionário, para
homologação da demissão. O exame, deve atestar que está saindo em boas
condições de saúde, apto a buscar um novo trabalho, se assim quiser.

Atestado de Saúde Ocupacional – ASO

Após os exames, o médico deve emitir Atestado de Saúde Ocupacional – ASO,


em duas vias. A primeira via do ASO fica arquivada no local de trabalho do funcionário,
inclusive canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho.
A segunda via do ASO é entregue ao trabalhador, com seus dados pessoais,
riscos ocupacionais, se existirem, e os procedimentos médicos realizados, incluindo
os exames.

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Por fim, deve constar a definição de apto ou inapto para a função específica do
trabalhador na empresa, isto é, se está em condições de trabalhar ou não.
A NR 7 determina que estes documentos referentes aos trabalhadores sejam
mantidos em arquivo por pelo menos 20 anos, contados a partir do desligamento do
trabalhador dos quadros da empresa.

EXAMES ADMISSIONAIS E DEMISSIONAL

Os exames admissionais e demissional são exames que devem ser solicitados


pela empresa para avaliar a condição geral de saúde e verificar se a pessoa está apta
para realizar determinada função ou se adquiriu alguma condição devido ao trabalho.
Esses exames são realizados por um médico especializado em medicina do trabalho.
Esses exames são previstos por lei e os custos são de responsabilidade do
empregador, bem como o agendamento dos exames. Caso não sejam realizados, a
empresa fica sujeita ao pagamento de multa.
Além dos exames admissionais e demissionais, devem ser realizados exames
periódicos para que seja avaliada a condição de saúde da pessoa durante o período
trabalhado, havendo a possibilidade de correção de situações que possam ter surgido
nesse período. Os exames periódicos devem ser realizados durante o período de
trabalho, quando há mudança de função e quando o funcionário retorna ao trabalho,
devido a férias ou afastamento.
Os exames admissionais e demissionais devem ser realizados antes da
admissão e antes da efetivação da demissão para que tanto o empregado quanto o
empregador estejam seguros.

Exame Admissional
O exame admissional deve ser solicitado pela empresa antes da contratação
ou assinatura da carteira de trabalho e tem como objetivo verificar as condições gerais
de saúde do trabalhados e verificar se está apto para realizar determinadas atividades.
Assim, o médico deve realizar os seguintes procedimentos:
Entrevista, em que é avaliado história familiar de doenças ocupacionais e
condições que a pessoa já foi exposta em empregos anteriores;
Medição da pressão arterial;

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Verificação da frequência cardíaca;


Avaliação da postura;
Avaliação psicológica;
Exames complementares, que variam de acordo com a atividade que será
exercida, como por exemplo exames de visão, audição, força e
condicionamento físico.
É ilegal a realização de teste de HIV, esterilidade e de gravidez no exame
admissional, assim como no exame demissional, pois a realização desses exames é
considerada uma prática discriminatória e não deve ser utilizado como critério para
admitir ou demitir uma pessoa.
Após a realização desses exames, o médico emite um Atestado Médico de
Capacidade Funcional, em que constam informações sobre o funcionário e o resultado
dos exames, indicando se a pessoa está apta ou não para realizar as atividades
relacionadas ao emprego. Esse atestado deve ser arquivado pela empresa junto com
os outros documentos do funcionário.

Exame Demissional
O exame demissional deve ser realizado antes da demissão do funcionário com
o objetivo de verificar se houve o surgimento de qualquer condição relacionada ao
trabalho e, assim, determinar se a pessoa está apta para ser demitida.
Os exames demissionais são os mesmos que os admissionais e, após a
realização do exame, o médico emite o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), em
que constam todos os dados do trabalhador, cargo ocupado na empresa e estado de
saúde do trabalhador depois da realização das atividades na empresa. Assim é
possível verificar se houve o desenvolvimento de alguma doença ou o
comprometimento da audição, por exemplo, devido ao cargo ocupado.
Caso seja verificado alguma condição relacionada ao trabalho, no ASO consta
que a pessoa está inapta para demissão, devendo permanecer na empresa até que a
condição seja solucionada e novo exame demissional seja realizado.
O exame demissional deve ser realizado quando último exame médico
periódico tiver sido realizado há mais de 90 ou 135 dias, dependendo do grau de risco
da atividade exercida. Esse exame, no entanto, não é obrigatório em casos de
demissão por justa causa, ficando a critério da empresa a realização ou não do exame.

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NR 8 - Edificações

A Norma Regulamentadora – NR 8 é composta por requisitos técnicos mínimos


que devem ser rigidamente obedecidos para garantir a total segurança aos que
trabalham em uma edificação.
Quando o assunto é segurança do trabalho o momento da execução da obra é
o que mais deve ser levado em consideração. É no canteiro o local onde há a maior
quantidade de sujeira, máquinas armazenadas, materiais e diversos funcionários
circulando no ambiente. É onde a atenção deve prevalecer para riscos e perigos.
O objetivo de toda NR é sempre precaver os funcionários de qualquer risco
iminente, garantindo a qualidade da segurança durante o desempenhar das
atividades.
Conheça a seguir os pontos principais da NR 8, como são dispostos na norma,
e assegure a saúde e conforto dos trabalhadores em sua organização:
1 – Circulação
• Chão de canteiro de obra: não deve apresentar saliências nem depressões
que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais.
• Aberturas estruturais (chão e parede): devem ser protegidas de forma que
impeçam a queda de pessoas ou objetos.
• Pisos, Escadas e Rampas: devem oferecer resistência suficiente para
suportar as cargas móveis e fixas, para as quais a edificação se destina. As
rampas e as escadas fixas de qualquer tipo devem ser construídas de acordo
com as normas técnicas oficiais e mantidas em perfeito estado de
conservação. Nos pisos, escadas, rampas, corredores e passagens dos locais
de trabalho, onde houver perigo de escorregamento, serão empregados
materiais ou processos antiderrapantes.
• Andares acima do solo: devem dispor de proteção adequada contra quedas.
De acordo com as normas técnicas e legislações municipais, atendidas as
condições de segurança e conforto, conforme item 8.3 da norma.
“ 8.3. Circulação.
8.3.1. Os pisos dos locais de trabalho não devem
apresentar saliências nem depressões
que prejudiquem a circulação de pessoas ou a
movimentação de materiais.
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8.3.2. As aberturas nos pisos e nas paredes devem ser


protegidas de forma que impeçam a queda de pessoas ou
objetos.
8.3.3. Os pisos, as escadas e rampas devem oferecer
resistência suficiente para suportar as cargas móveis e
fixas, para as quais a edificação se destina.
8.3.4. As rampas e as escadas fixas de qualquer tipo
devem ser construídas de acordo com as normas técnicas
oficiais e mantidas em perfeito estado de conservação.
8.3.5. Nos pisos, escadas, rampas, corredores e
passagens dos locais de trabalho, onde houver perigo de
escorregamento, serão empregados materiais ou
processos antiderrapantes.
8.3.6. Os andares acima do solo, tais como terraços,
balcões, compartimentos para garagens e outros que não
forem vedados por paredes externas, devem dispor de
guarda-corpo de proteção contra quedas, de acordo com
os seguintes requisitos:
a) ter altura de 0,90m (noventa centímetros), no mínimo,
a contar do nível do pavimento;
b) quando for vazado, os vãos do guarda-corpo devem ter,
pelo menos, uma das dimensões igual ou inferior a 0,12m
(doze centímetros)
c) ser de material rígido e capaz de resistir ao esforço
horizontal de 80kgf/m2 (oitenta quilogramas-força por
metro quadrado) aplicado no seu ponto mais
desfavorável.”

2 – Proteção Contra Intempéries


• Partes externas: A parte
externa deve estar de acordo
com as normas vigentes
relativas à resistência ao fogo,
isolamento térmico, isolamento
acústico, resistência estrutural e
impermeabilidade. Durante o
projeto da edificação evitar chuvas e insolação, deve ser prioridade durante o
curso da obra, conforme o item 8.4.
“ 8.4. Proteção contra intempéries.
8.4.1. As partes externas, bem como todas as que
separem unidades autônomas de uma edificação, ainda
que não acompanhem sua estrutura, devem,
obrigatoriamente, observar as normas técnicas oficiais
relativas à resistência ao fogo, isolamento térmico,
isolamento e condicionamento acústico, resistência
estrutural e impermeabilidade. (108.012-1 / I1)
8.4.2. Os pisos e as paredes dos locais de trabalho devem
ser, sempre que necessário, impermeabilizados e
protegidos contra a umidade. (108.013-0 /I1)
8.4.3. As coberturas dos locais de trabalho devem
assegurar proteção contra as chuvas. (108.014-8 / I1)
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8.4.4. As edificações dos locais de trabalho devem ser


projetadas e construídas de modo a evitar insolação
excessiva ou falta de insolação.”

É de extrema importância ficar atento às leis municipais que regem todas as


etapas da obra, além disso, dar preferência a profissionais qualificados no time de
operários. Tudo isso, para evitar acidentes, o que acontece muito por empresas não
disponibilizarem de treinamentos nos locais de trabalho.

NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

A Norma Regulamentadora 9, da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT)


relaciona-se diretamente ao Programa de Prevenção de Riscos ambientais (PPRA).
Visto que a NR-09 estabelece a obrigatoriedade do PPRA às empresas que exercem
atividades consideradas de risco à saúde do trabalhador.
Para que uma empresa se enquadre nas diretrizes da NR-09, ela deve
antecipar, reconhecer e também adequar todos os riscos ambientais possíveis que
houver no espaço de trabalho.
A Norma Regulamentadora 9 é bem abrangente, ela estabelece que o PPRA
compreenda todos os riscos relacionados aos agentes físicos, químicos e biológicos
que constam no ambiente de trabalho.
o PPRA significa Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, através
da Norma Regulamentadora 9 da Portaria 3.214/78 foi implantado pela Secretaria de
Segurança do Trabalho.

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais


O programa tem como objetivo principal a tomada de ações para garantir a
saúde, segurança e integridade dos trabalhadores no ambiente de trabalho nos locais
em que haja a presença de riscos ambientais.
Segundo a NR-09, estes riscos ambientais englobam:
• Agentes químicos: Como gases e poeira diversos.
• Agentes biológicos: Como os vírus e bactérias, os bacilos e parasitas, além dos
fungos e outros.
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• Agentes físicos: Como as radiações ionizantes e não ionizantes, o infrassom e


ultrassom, as altas e baixas temperaturas, o ruído, vibrações e pressões
anormais.
Conforme o item 9.1.5 a NR-09 para ser considerado um risco ambiental, deve-
se ainda levar em conta qual a natureza do risco, além da intensidade e tempo de
exposição em que o trabalhador ficará exposto.
Vale ressaltar ainda, que o PPRA, segundo consta no item 9.1.2 da Norma
Regulamentadora 9, deve ser desenvolvido em cada setor da empresa, atentando-
se a antecipação dos riscos, reconhecimento da existência dos riscos, a avaliação por
meio de medições de concentração e exposição além do controle constante de sua
ocorrência.
De acordo com o item 9.1.3, o PPRA deve obrigatoriamente estar vinculado
sempre ao PCMSO, que é o Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional.
O PPRA trata-se de um programa obrigatório à todas as instituições e
empresas, independente do número de trabalhadores, grau de risco ou área de
atuação.
Isso consta no item 9.1.1 da NR-09 em que diz:
‘9.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a
obrigatoriedade da elaboração e implementação, por
parte de todos os empregadores e instituições que
admitam trabalhadores como empregados, do Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores,
através da antecipação, reconhecimento, avaliação e
consequente controle da ocorrência de riscos ambientais
existentes ou que venham a existir no ambiente de
trabalho, tendo em consideração a proteção do meio
ambiente e dos recursos naturais.’

O empregador é quem deve se responsabilizar do desenvolvimento do PPRA,


entretanto sua implantação, controle e avaliação precisa ter a participação dos
colaboradores da empresa, como indica no item 9.1.2 na NR-09.
Mas é preciso lembrar também que é dever dos trabalhadores colaborar e
participar da implantação e também do desenvolvimento do PPRA e seguir as
instruções recebidas ao longo do programa. O trabalhador deve também, informar
seus superiores de forma imediata, os possíveis riscos que observar em seu ambiente
de trabalho.

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A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação, são


normalmente realizados pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e
em Medicina do Trabalho (SESMT).
No entanto, podemos observar através do item 9.3.1.1 que além do SESMT, o
PPRA pode ser elaborado por ‘pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do
empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto nesta NR.’.
Entretanto, por se tratar de um programa sério que trata da saúde dos
trabalhadores, vale a pena investir numa consultoria responsável e especializada para
evitar erros ou trabalho mal feito que podem gerar prejuízos maiores.
Podemos concluir, portanto, que é primordial que o profissional responsável
pela elaboração do PPRA tenha amplo conhecimento a respeito de SST.
O PPRA pode ainda ser cobrado pelos órgãos fiscais, então o mesmo deve
sempre estar atualizado e também disponível às autoridades competentes.

NR 17 – Ergonomia

A norma regulamentadora nº 17 (Ergonomia) do Ministério do Trabalho e


Emprego é regulamentada pela Portaria Nº 3.214, de 08 de Junho de 1978, que
aprova as normas regulamentadoras do Capítulo V, Título II, da Consolidação das
Leis do Trabalho – CLT, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.
A NR17 trata de forma específica das questões ergonômicas no ambiente de
trabalho. É importante frisar que a ergonomia é uma área que estuda as interações
entre os seres humanos e outros elementos de um sistema, tendo como objetivo
otimizar o bem-estar humano e o desempenho geral de um determinado sistema.
Os itens abordados nessa norma regulamentadora são:
• Levantamento, transporte e descarga individual de materiais;
• Mobiliário dos postos de trabalho;
• Equipamentos dos postos de trabalho;
• Condições ambientais de trabalho;
• Organização do trabalho.
O objetivo central da NR17 é definir parâmetros e procedimentos que
assegurem as melhores condições de ambiente aos trabalhadores, preservando a

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segurança, conforto e favorecendo os melhores níveis de desempenho nas tarefas


cotidianas. Em suma, a ergonomia visa melhorar as condições de trabalho e fazer
com que todas as atividades da empresa sejam desempenhadas com maior
qualidade.

6 principais regras da NR17

Norma 1
De acordo com as regras básicas da NR17, as condições de trabalho nas
empresas abrangem aspectos associados ao levantamento, transporte e descarga de
materiais, ao mobiliário, aos equipamentos utilizados, às condições no ambiente no
trabalho e aos métodos e formas de organização do trabalho.
Conforme estabelecido por essa norma, as empresas são responsáveis por
analisar as questões ergonômicas do trabalho considerando as características do
ambiente, o tipo de função exercida e as características psicofisiológicas dos
trabalhadores, tornando possível a plena adaptação do trabalhador ao ambiente no
qual ele está inserido.

Norma 2

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Na NR17 estão contidas as seguintes diretrizes básicas quanto ao transporte de


cargas:
• O transporte manual de cargas é definido como todo tipo de transporte em que
o peso da carga é suportado totalmente por apenas um trabalhador, o que
abrange também o levantamento e a deposição da carga;
• O que define um transporte manual de cargas é toda atividade ou operação
que é feita de forma contínua, ou que inclua (mesmo que de maneira não
frequente), o transporte manual de cargas;
• O trabalhador definido como jovem é aquele com idade menor que 18 anos e
igual ou superior a 14 anos;
• A atividade de transporte manual de cargas não deve ser exercida por pessoas
nas quais o peso comprometa a segurança ou saúde do trabalhador;
• Os trabalhadores responsáveis pelo transporte contínuo de cargas devem
receber todo treinamento necessário para execução da tarefa de forma
totalmente segura (de acordo com as regras definidas pela equipe de saúde e
segurança do trabalho);
• No caso de trabalhadores jovens e mulheres designados para fazer o
transporte manual de cargas, o peso máximo das cargas sempre precisa ser
menor que o peso aplicado às atividades de transporte manual de cargas
exercidas por homens.

Norma 3
A NR17 determina que, toda vez que um trabalho pode ser realizado na
posição sentada, o local de trabalho precisa ser adaptado ou planejado para que o
trabalhador possa desempenhar suas atividades nessa posição.

Norma 4
Todos os trabalhos manuais que são realizados em pé ou sentado devem ser
planejados com o uso de mesas, bancadas, painéis e escrivaninhas que favoreçam
uma boa postura, operação e visualização por parte dos trabalhadores. Além disso,
de acordo com essa norma é preciso observar algumas regras básicas, que são:
• A altura e tipo de superfície dos móveis deve ser compatível com o tipo de
atividade realizada;

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• Deve ser observada uma distância adequada entre os olhos e o campo de


trabalho;
• A altura do assento deve estar adequada conforme altura do móvel e distância
necessária para preservar os olhos;
• A área de trabalho deve ser facilmente visualizada e alcançada pelo
trabalhador;
• As características dimensionais dos móveis devem possibilitar uma
movimentação e posicionamento adequados do corpo (braços, pernas etc.).

Norma 5
Conforme estabelece a NR17, todos os assentos usados no ambiente de
trabalho precisam atender a esses requisitos:
• A altura deve estar ajustada à estatura do trabalhador e precisa ser
observado o tipo de atividade exercida;
• O encosto deve ser adaptado para proteger a região lombar;
• A borda frontal do assento deve ser arredondada.

Norma 6 da NR17
A NR17 determina que a organização do trabalho leve em consideração os
seguintes aspectos:
• Normas específicas de produção;
• Operações a serem realizadas;
• Exigência de tempo;
• Determinação do conteúdo de tempo;
• Ritmo de trabalho;
• Conteúdo das tarefas.

NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde

Instituída em 2005, por meio da Portaria 485 do Ministério do Trabalho e


Emprego (MTE), a norma regulamentadora NR 32 estabelece medidas protetivas para

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promover a saúde e a segurança de todas as pessoas que se encontram em um


ambiente clínico ou hospitalar — colaboradores, pacientes, familiares, entre outras.
Desde então, qualquer estabelecimento que promova a assistência, a
recuperação, a pesquisa e o ensino em saúde — não importa o grau de complexidade
— deve seguir com rigor as diretrizes descritas na NR 32. Ao cumprir as
determinações, os hospitais e as clínicas garantem a integridade dos funcionários e
evitam os acidentes e as doenças ocupacionais.
No entanto, é importante ressaltar que essa norma regulamentadora não
desobriga as instituições clínicas e hospitalares de atenderem às demais medidas de
segurança em seus ambientes, como as previstas no Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais (PPRA) e no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO).
As complexidades que fazem parte da rotina de quem trabalha na área da
saúde não são poucas. Justamente por isso que a criação da NR 32 é um marco
importante, pois as ações previstas nela têm como objetivo diminuir os riscos nesse
cenário que envolve a manipulação de material biológico, agentes químicos,
exposição a uma alta carga viral, entre outras particularidades.
Contudo, para que a norma seja eficiente e cumpra o seu papel de diminuição
e prevenção de riscos, as instituições de saúde precisam estar comprometidas com
todas as ações necessárias e previstas pela NR 32. Gestores e colaboradores
precisam trabalhar em conjunto para que regras sejam entendidas e seguidas todos
os dias.
Esta Norma Regulamentadora – NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes
básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos
trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de
promoção e assistência à saúde em geral.
Para fins de aplicação desta NR entende-se por serviços de saúde qualquer
edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as
ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde
em qualquer nível de complexidade.
Consideram-se agentes biológicos os microrganismos, geneticamente
modificados ou não; as culturas de células; os parasitas; as toxinas e os príons.

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O PPRA deve ser reavaliado 1 vez ao ano e:


a) sempre que se produza uma mudança nas condições de trabalho, que possa
alterar a exposição aos agentes biológicos;
b) quando a análise dos acidentes e incidentes assim o determinar.

Das medidas de proteção

Em caso de exposição acidental ou incidental, medidas de proteção devem ser


adotadas imediatamente, mesmo que não previstas no PPRA.
A manipulação em ambiente laboratorial deve seguir as orientações contidas
na publicação do Ministério da Saúde – Diretrizes Gerais para o Trabalho em
Contenção com Material Biológico, correspondentes aos respectivos microrganismos.
Em toda ocorrência de acidente envolvendo riscos biológicos, com ou sem
afastamento do trabalhador, deve ser emitida a Comunicação de Acidente de
Trabalho – CAT.
Todo local onde exista possibilidade de exposição ao agente biológico deve ter
lavatório exclusivo para higiene das mãos provido de água corrente, sabonete líquido,
toalha descartável e lixeira provida de sistema de abertura sem contato manual.
Os quartos ou enfermarias destinados ao isolamento de pacientes portadores
de doenças infectocontagiosas devem conter lavatório em seu interior.
O uso de luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o que deve
ocorrer, no mínimo, antes e depois do uso das mesmas.
Os trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem
iniciar suas atividades após avaliação médica obrigatória com emissão de documento
de liberação para o trabalho.
O empregador deve vedar:
a) a utilização de pias de trabalho para fins diversos dos previstos;
b) o ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos de
trabalho;
c) o consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho;
d) a guarda de alimentos em locais não destinados para este fim;
e) o uso de calçados abertos.
A vestimenta deve ser fornecida sem ônus para o empregado.

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Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os


equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades
laborais.
Os Equipamentos de Proteção Individual – EPI, descartáveis ou não, deverão
estar à disposição em número suficiente nos postos de trabalho, de forma que seja
garantido o imediato fornecimento ou reposição.
O empregador deve assegurar capacitação aos trabalhadores, antes do início
das atividades e de forma continuada, devendo ser ministrada:
a) sempre que ocorra uma mudança das condições de exposição dos trabalhadores
aos agentes biológicos;
b) durante a jornada de trabalho;
c) por profissionais de saúde familiarizados com os riscos inerentes aos agentes
biológicos.
Os trabalhadores devem comunicar imediatamente todo acidente ou incidente,
com possível exposição a agentes biológicos, ao responsável pelo local de trabalho
e, quando houver, ao serviço de segurança e saúde do trabalho e à CIPA.
O empregador deve informar, imediatamente, aos trabalhadores e aos seus
representantes qualquer acidente ou incidente grave que possa provocar a
disseminação de um agente biológico suscetível de causar doenças graves nos seres
humanos, as suas causas e as medidas adotadas ou a serem adotadas para corrigir
a situação.
Os colchões, colchonetes e demais almofadados devem ser revestidos de
material lavável e impermeável, permitindo desinfecção e fácil higienização.

Perfurocortantes

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Os trabalhadores que utilizarem objetos perfurocortantes devem ser os


responsáveis pelo seu descarte.
As empresas que produzem ou comercializam materiais
perfurocortantes devem disponibilizar, para os trabalhadores dos serviços de
saúde, capacitação sobre a correta utilização do dispositivo de segurança.

Da vacinação dos trabalhadores

A todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser


fornecido, gratuitamente, programa de imunização ativa
contra tétano, difteria, hepatite B e os estabelecidos no PCMSO.
Sempre que houver vacinas eficazes contra outros agentes biológicos a que os
trabalhadores estão, ou poderão estar, expostos, o empregador deve fornecê-las
gratuitamente.

Dos riscos químicos

Deve ser mantida a rotulagem do fabricante na embalagem original dos


produtos químicos utilizados em serviços de saúde.
Todo recipiente contendo produto químico manipulado ou fracionado deve ser
identificado, de forma legível, por etiqueta com o nome do produto, composição
química, sua concentração, data de envase e de validade, e nome do responsável
pela manipulação ou fracionamento.
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É VEDADO o procedimento de reutilização das embalagens de produtos


químicos.
O local deve dispor, no mínimo, de:
a) sinalização gráfica de fácil visualização para identificação do ambiente, respeitando
o disposto na NR-26;
b) equipamentos que garantam a concentração dos produtos químicos no ar abaixo
dos limites de tolerância estabelecidos nas NR-09 e NR-15 e observando-se os níveis
de ação previstos na NR-09;
c) equipamentos que garantam a exaustão dos produtos químicos de forma a não
potencializar a exposição de qualquer trabalhador, envolvido ou não, no processo de
trabalho, não devendo ser utilizado o equipamento tipo coifa;
d) chuveiro e lava-olhos, os quais deverão ser acionados e higienizados
semanalmente;
e) equipamentos de proteção individual, adequados aos riscos, à disposição dos
trabalhadores;
f) sistema adequado de descarte.
Os cilindros contendo gases inflamáveis, tais como hidrogênio e
acetileno, devem ser armazenados a uma distância mínima de 8 metros daqueles
contendo gases oxidantes, tais como oxigênio e óxido nitroso, ou através de barreiras
vedadas e resistentes ao fogo.
Para efeito desta NR, consideram-se medicamentos e drogas de risco aquelas
que possam causar genotoxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e toxicidade
séria e seletiva sobre órgãos e sistemas.
Toda trabalhadora gestante só será liberada para o trabalho em áreas com
possibilidade de exposição a gases ou vapores anestésicos após autorização por
escrito do médico responsável pelo PCMSO, considerando as informações contidas
no PPRA.
Toda trabalhadora com gravidez confirmada deve ser afastada das atividades
com radiações ionizantes, devendo ser remanejada para atividade compatível com
seu nível de formação.
Os trabalhadores envolvidos na manipulação de materiais radioativos e
marcação de fármacos devem usar os equipamentos de proteção recomendados no
PPRA e PPR.

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Para os recipientes destinados a coleta de material perfurocortante, o limite


máximo de enchimento deve estar localizado 5 cm abaixo do bocal.
Os recipientes de transporte com mais de 400 litros de capacidade devem
possuir válvula de dreno no fundo.
Em todos os serviços de saúde deve existir local apropriado para
o armazenamento externo dos resíduos, até que sejam recolhidos pelo sistema de
coleta externa.

Locais Para Refeição

Os

estabelecimentos com até 300 trabalhadores devem ser dotados de locais para
refeição, que atendam aos seguintes requisitos mínimos:
a) localização fora da área do posto de trabalho;
b) piso lavável;
c) limpeza, arejamento e boa iluminação;
d) mesas e assentos dimensionados de acordo com o número de trabalhadores por
intervalo de descanso e refeição;
e) lavatórios instalados nas proximidades ou no próprio local;
f) fornecimento de água potável;
g) possuir equipamento apropriado e seguro para aquecimento de refeições.

Da Limpeza e Conservação

Os trabalhadores que realizam a limpeza dos serviços de saúde devem ser


capacitados, inicialmente e de forma continuada, quanto aos princípios de higiene

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pessoal, risco biológico, risco químico, sinalização, rotulagem, EPI, EPC e


procedimentos em situações de emergência.
Para as atividades de limpeza e conservação, cabe ao empregador, no mínimo:
a) providenciar carro funcional destinado à guarda e transporte dos materiais e
produtos indispensáveis à realização das atividades;
b) providenciar materiais e utensílios de limpeza que preservem a integridade física
do trabalhador;
c) proibir a varrição seca nas áreas internas;
d) proibir o uso de adornos.
Os serviços de saúde devem:
a) atender as condições de conforto relativas aos níveis de ruído previstas na NB 95
da ABNT;
b) atender as condições de iluminação conforme NB 57 da ABNT;
c) atender as condições de conforto térmico previstas na RDC 50/02 da ANVISA;
d) manter os ambientes de trabalho em condições de limpeza e conservação.

Agentes biológicos

Os agentes biológicos são classificados em 4 classes de riscos:

Classe de risco 1: baixo risco individual para o trabalhador e para a


coletividade, com baixa probabilidade de causar doença ao ser humano.

Classe de risco 2: risco individual moderado para o trabalhador e com baixa


probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças ao ser
humano, para as quais existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento.

Classe de risco 3: risco individual ELEVADO para o trabalhador e


com probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças e
infecções graves ao ser humano, para as quais NEM sempre existem meios
eficazes de profilaxia ou tratamento.

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Classe de risco 4: risco individual elevado para o trabalhador e


com probabilidade elevada de disseminação para a coletividade. Apresenta grande
poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro. Podem causar doenças graves
ao ser humano, para as quais NÃO existem meios eficazes de profilaxia ou
tratamento.

Materiais perfurocortantes

Materiais perfurocortantes são aqueles utilizados na assistência à saúde


que têm ponta ou gume, ou que possam perfurar ou cortar.
O dispositivo de segurança é um item integrado a um conjunto do qual faça
parte o elemento perfurocortante ou uma tecnologia capaz de reduzir o risco de
acidente, seja qual for o mecanismo de ativação do mesmo.
A adoção das medidas de controle deve obedecer à seguinte hierarquia:
a) substituir o uso de agulhas e outros perfurocortantes quando for tecnicamente
possível;
b) adotar controles de engenharia no ambiente (por exemplo, coletores de descarte);
c) adotar o uso de material perfurocortante com dispositivo de segurança, quando
existente, disponível e tecnicamente possível; e
d) mudanças na organização e nas práticas de trabalho.

RISCOS AMBIENTAIS / OCUPACIONAIS

Tem por base a frequência, o grau de probabilidade e as consequências da


ocorrência de um determinado evento, por meio da ação de fatores de risco, isolados
ou simultâneos, geradores de dano futuro imediato ou remoto à saúde do servidor,
classificados, em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de
exposição como: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos, mecânicos, de acidentes,
psicológicos e sociais.

Tipos de Risco:

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- Riscos Físicos: são representados por fatores ou agentes existentes no ambiente de


trabalho que podem afetar a saúde dos trabalhadores, como:
Ruídos;
Vibrações;
Radiações (ionizantes e não ionizantes);
Frio;
Calor;
Pressões anormais;
Umidade;

- Riscos Químicos: são identificados pelo grande número de substâncias que podem
contaminar o ambiente de trabalho e provocar danos à integridade física e mental dos
trabalhadores, a exemplo:
Poeiras;
Fumos;
Névoas;
Neblinas;
Gases;
Vapores;
Substâncias;
Compostos ou outros produtos químicos;

- Riscos Ergonômicos: estão ligados à execução de tarefas, como:


Organização e às relações de trabalho;
Esforço físico intenso;
Levantamento e transporte manual de peso;
Mobiliário inadequado;
Posturas incorretas;
Controle rígido de tempo para produtividade;
Imposição de ritmos excessivos;
Trabalho em turno e noturno;
Jornadas de trabalho prolongadas;
Monotonia;

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Repetitividade;
Situações causadoras de estresse.

- Riscos de Acidentes (MECÂNICO): são muito diversificados e estão presentes no:


Arranjo físico inadequado;
Pisos pouco resistentes ou irregulares;
Material ou matéria-prima fora de especificação;
Máquina e equipamentos sem proteção;
Ferramentas impróprias ou defeituosas;
Iluminação excessiva ou insuficiente;
Instalações elétricas defeituosas;
Probabilidade de incêndio ou explosão;
Armazenamento inadequado;
Animais peçonhentos e outras situações de risco que poderão contribuir para
a ocorrência de acidentes.

- Riscos biológicos: assim como os agentes químicos, os agentes biológicos


também penetram no organismo. A diferença é que o segundo é composto por
seres vivos, ou seja, são outros organismos vivos:
Bactérias;
Protozoários;
Vírus;
Fungos;
Parasitas.

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Análise dos Riscos nos Ambientes de Trabalho

Os locais de trabalho, pela própria natureza da atividade desenvolvida e pelas


características de organização, relações interpessoais, manipulação ou exposição a
agentes físicos, químicos, biológicos, psicossociais, situações de deficiência
ergonômica ou riscos de acidentes, podem comprometer a saúde e segurança do
trabalhador em curto, médio e longo prazo, provocando lesões imediatas, doenças ou
a morte, além de prejuízos de ordem legal e patrimonial para a instituição.
É importante salientar que a presença de produtos ou agentes nocivos nos
locais de trabalho não quer dizer que, obrigatoriamente, existe perigo para a saúde.
Isso vai depender da combinação ou interrelação de diversos fatores, como a
concentração e a forma do contaminante no ambiente de trabalho, o nível de
toxicidade e o tempo de exposição da pessoa.
Desta forma, em qualquer tipo de atividade laboral, torna-se imprescindível a
necessidade de investigar o ambiente de trabalho para conhecer os riscos a que estão
expostos os trabalhadores.

Avaliação de riscos.

É o processo de estimar a magnitude dos riscos existentes no ambiente e


decidir se um risco é ou não tolerável.

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Formas de avaliar os riscos

Para investigar os locais de trabalho na busca de eliminar ou neutralizar os


riscos ambientais, existem duas modalidades básicas de avaliação. A avaliação
qualitativa, conhecida como preliminar, e a avaliação quantitativa, para medir,
comparar e estabelecer medidas de eliminação, neutralização ou controle dos riscos.
A forma mais simples forma de avaliação ambiental é a qualitativa. Na
avaliação qualitativa, utiliza-se apenas a sensibilidade do trabalhador/avaliador para
identificar o risco existente no local de trabalho.
Na avaliação quantitativa, é necessário o uso de um método científico e a
utilização de instrumentos e equipamentos destinados à quantificação do risco.

MAPA DE RISCOS

É uma das modalidades mais simples de avaliação qualitativa dos riscos


existentes nos locais de trabalho. É a representação gráfica dos riscos por meio de
círculos de diferentes cores e tamanhos, permitindo facilmente elaboração e
visualização.
É um instrumento participativo, elaborado pelos próprios trabalhadores e de
conformidade com as suas sensibilidades. O Mapa de Riscos está baseado no
conceito filosófico de que quem faz o trabalho é quem conhece o trabalho. Ninguém
conhece melhor a máquina do que o seu operador.
As informações e queixas partem dos trabalhadores, que deverão opinar
discutir e elaborar o Mapa de Riscos e divulgá-lo ao conjunto dos trabalhadores,
através da fixação e exposição em local visível. Serve como um instrumento de
levantamento preliminar de riscos, de informação para os demais trabalhadores e
visitantes, e de planejamento para as ações preventivas que serão adotadas pela
instituição.

Objetivo do Mapa de Riscos

Reunir as informações básicas necessárias para estabelecer o diagnóstico da


situação da segurança e saúde no local de trabalho, e possibilitar, durante a sua

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elaboração, a troca e a divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como


estimular sua participação nas atividades de prevenção.
Benefícios da adoção do Mapa de Riscos

Identificação prévia dos riscos existentes nos locais de trabalho aos quais os
trabalhadores poderão estar expostos; conscientização quanto ao uso adequado das
medidas e dos equipamentos de proteção coletiva e individual; redução de gastos com
acidentes e doenças, medicação, indenização, substituição de trabalhadores e danos
patrimoniais; facilitação da gestão de saúde e segurança no trabalho com aumento da
segurança interna e externa; e melhoria do clima organizacional, maior produtividade
e qualidade de vida no trabalho.

Elaboração do Mapa de Riscos

São utilizadas cores para identificar o tipo de risco, conforme a tabela de


classificação dos riscos ambientais. A gravidade é representada pelo tamanho dos
círculos.

Tabela de classificação de riscos

GRUPO RISCO AGENTE


Ruído, vibração, radiação ionizante e não ionizante,
I FÍSICO temperaturas extremas (frio e calor), pressões
anormais, umidade.
Poeiras, fumos, neblinas, gases, vapores,
II QUÍMICO substâncias compostas ou produtos químicos em
geral.
Vírus, bactérias, fungos, parasitas, bacilos,
II BIOLÓGICOS protozoários, insetos, cobras, aranhas.

Esforço físico intenso, levantamento e transporte


manual de peso, postura incorreta, controle rígido de
produtividade, imposição de ritmos excessivos,
trabalho em turno e noturno, jornada de trabalho
IV ERGONÔMICOS prolongada, monotonia e repetitividade, treinamento
inadequado ou inexistente, responsabilidade,
conflito, tensões emocionais, outras situações
causadoras de estresse físico e/ou emocional.

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Arranjo físico inadequado, máquinas e


equipamentos sem proteção, inadequados ou
deficientes, ferramentas defeituosas, inadequadas
V ACIDENTES ou inexistentes, eletricidade e iluminação deficiente,
(MECÂNICO) probabilidade de incêndio ou explosão,
armazenamento inadequado, animais peçonhentos,
outras situações de risco que poderão contribuir
para a ocorrência de acidentes.

Tabela de cores

Etapas de elaboração
Conhecer o processo de trabalho do local avaliado:
- Os trabalhadores - número, sexo, idade, queixas de saúde, jornada, treinamento
recebido;
Os equipamentos, instrumentos e materiais de trabalho;
- Atividades exercidas;
- O ambiente.
Identificar os agentes de riscos existentes no local avaliado, conforme a tabela
de classificação dos riscos ambientais.
Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia referente a:
- Proteção coletiva;
- Organização do trabalho;
- Proteção individual;
- Higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouros,
refeitórios,

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- Área de lazer
Identificar os indicadores de saúde:
- Queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos
mesmos riscos;
- Acidentes de trabalho ocorridos;
- Doenças profissionais diagnosticadas;
- Causas mais frequentes de ausência ao trabalho.
Elaborar o Mapa de Riscos, sobre uma planta ou desenho do local de trabalho,
indicando através do círculo:
- O grupo a que pertence o risco, conforme as cores classificadas;
- O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro
do círculo;
- A especificação do agente (por exemplo: amônia, ácido clorídrico, repetitividade,
ritmo excessivo) que deve ser anotado também dentro do círculo;
- Intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve
ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes dos círculos.
- A Comissão de Saúde e Segurança dos Trabalhadores da SMS (CSST-SMS)
deverá auxiliar os trabalhadores na elaboração do Mapa de Riscos.

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OBS: A elaboração do Mapa de Riscos será feita pelos trabalhadores, subsidiada pela
CSST-SMS.

NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DOS ACIDENTES E DOENÇAS RELACIONADOS


AO TRABALHO

O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) foi implantado de


forma gradual em nosso país, a partir de 1993, como parte do conjunto de Sistemas
de Informação em Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele é alimentado por
meio da notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da
lista nacional de doenças de notificação compulsória, sendo facultado aos estados e
municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região.
A partir de 1998, o uso do SINAN foi regulamentado, tornando obrigatória a
alimentação regular da base de dados nacional pelos municípios, estados e Distrito
Federal.
Somente onze anos depois do início de sua implantação, em 28/04/04, com a
edição da Portaria MS.GM 777, os acidentes de trabalho e outros agravos
ocupacionais passaram a ser de notificação compulsória em rede de serviços
sentinela específica, e atualmente constam na Portaria MS.GM 104 01/11.
De acordo com os princípios de integralidade e universalidade do SUS, todo
trabalhador, de qualquer Município do Estado, com diagnóstico ou suspeita
diagnóstica de um ou mais agravos ocupacionais de notificação compulsória, deverá
ter garantido o atendimento no seu próprio Município ou nos recursos de saúde de
referência, conforme acordado nos Colegiados Gestores Regionais.
A definição dos serviços de saúde de referência e de unidades sentinela aos
agravos relacionados ao trabalho de notificação compulsória será realizada pelo
gestor municipal, em conjunto com o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador
(CEREST) Regional e pactuada nos Colegiados de Gestão Regional, em cumprimento
às normas vigentes, respeitados os princípios de integralidade e universalidade do
SUS, em cada território.
Ainda segundo a Resolução, a Rede Sentinela para notificação compulsória de
acidentes e doenças relacionados ao trabalho, no Estado de São Paulo, passa a ser
constituída por serviços de referência diagnóstica, conforme segue:

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Para todos os agravos ocupacionais de notificação: CEREST e outros serviços


especializados em saúde do trabalhador, medicina do trabalho, saúde
ocupacional, ou de denominação equivalente, da rede pública ou privada,
inclusive os Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho
(SESMT);
Para os acidentes de trabalho (fatais, graves e ocorridos em pessoas com
menos de 18 anos de idade), as intoxicações exógenas agudas e os acidentes
com exposição a material biológico: hospitais, pronto-socorros e outros
serviços de atendimento de urgência e emergência, da rede pública ou privada;
Agravos específicos estabelecidos a critério dos gestores locais e pactuados
nos Colegiados de Gestão Regional: outros serviços de saúde,
independentemente de sua complexidade.

A legislação sanitária, referindo-se à obrigatoriedade da notificação para


qualquer agravo constante da relação, também determina que dentre outros, os
responsáveis por estabelecimentos de assistência à saúde e instituições médico
sociais de qualquer natureza, por laboratórios que executem exames, por locais de
trabalho e por habitações coletivas onde se encontre o doente devem realizar a
notificação, mesmo à simples suspeita e o mais precocemente possível.
O preenchimento da ficha de investigação do SINAN, específica para cada
agravo relacionado ao trabalho, pode ser efetuado por qualquer profissional de saúde
do serviço de atendimento, com acesso ao diagnóstico clínico.
Os médicos e demais profissionais de saúde que deixarem de notificar esses
agravos à autoridade sanitária local incorrerão em crime doloso, segundo o Código
Penal Brasileiro.
A notificação e análise desses agravos são fundamentais para que se tenha
um diagnóstico fidedigno da realidade e se possa planejar e executar de maneira
eficiente as ações de vigilância em saúde do trabalhador e de assistência àqueles
vitimados por acidentes e doenças relacionados ao trabalho.

Comunicação Interna de Acidente de Trabalho – CIAT e Declaração de


Acidente/PMF
Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT/INSS

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Os acidentes de trabalho e as doenças relacionadas ao trabalho também


devem ser notificadas pelos profissionais de saúde através do Sistema de Informação
de Agravos de Notificação – SINAN conforme estabelece as Portarias GM/MS nº
1.271/2014 e nº 1.984/2014.
A Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT é um documento emitido para
reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto bem como uma doença
ocupacional, a CAT é um instrumento da Previdência Social que protege os
trabalhadores com contrato de trabalho regidos pela Consolidação das Leis
Trabalhistas – CLT. A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os
acidentes de trabalho ocorridos com seus empregados, mesmo que não haja
afastamento das atividades, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e em
caso de morte, a comunicação deverá ser imediata.
Os servidores estatutários da PMF tem como instrumento de informação do
acidente a Comunicação Interna de Acidente no Trabalho – CIAT (Decreto nº 4811, e
18 de abril de 2007), que denomina como acidente em serviço o dano físico ou mental
sofrido pelo servidor que se relacione, mediata ou imediatamente, com o exercício das
funções, atividades e atribuições do cargo por ele ocupado.
Equiparam-se ao acidente em serviço:

1. A Doença Profissional: assim entendida a inerente ou peculiar a determinado ramo


de atividade e constante de legislação específica de qualquer esfera.

2. As Doenças do Trabalho: que, mesmo não constando de legislação específica,


guarde perfeita relação de nexo causal com as atividades efetivamente
desempenhadas ou com as condições ambientais ergonômicas inerentes ao exercício
dessas atividades.

3. A Doença do Trabalho Proveniente de Contaminação Acidental: no exercício de


atividade ligada a agente biológico, com perfeita relação de nexo causal.

4. O acidente sofrido pelo servidor, ainda que fora do local e do horário de trabalho,
devidamente comprovado, nas seguintes condições:

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Na execução de ordem ou realização de serviço por determinação de


autoridade superior;
Na prestação espontânea de qualquer serviço à entidade, para lhe evitar
prejuízo ou proporcionar proveito;
No percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela.

5. O acidente sofrido pelo servidor no local de trabalho em consequência de:


Ato de sabotagem, ofensa física, inclusive de terceiro, por qualquer motivo;
Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro, inclusive de
companheiro de trabalho;
Desabamento, inundação, incêndio ou outra eventualidade fortuita ou
decorrente de força maior;
Ato de pessoa privada do uso da razão.

Parágrafo Único - Considera-se ainda acidente em serviço o período legalmente


definido como descanso ou para refeição no próprio local de trabalho.

Na ocorrência de acidente em serviço deverá a chefia imediata do servidor


preencher o formulário Comunicação Interna de Acidente no Trabalho - CIAT e anexar
laudos médicos ou qualquer outro documento que comprove o ocorrido,
encaminhando-o posteriormente à Gerência de Perícia Médica e Saúde Ocupacional.

FLUXOS:
COMUNICAÇÃO INTERNA DE ACIDENTE DE TRABALHO – CIAT/PMF
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO - CAT/INSS

1. Servidores Municipais Estatutários – CIAT


Comunicar o acidente à chefia imediata;
A chefia imediata preenche “todos os campos” da CIAT e Declaração de
Acidente, com exceção da parte relativa ao atendimento médico;
O médico que atendeu o caso deverá preencher “todos os campos” da parte
relativa ao atendimento médico;

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Em casos de acidente com ou sem necessidade de afastamento do


trabalhador, o servidor ou familiar deverá levar a CIAT e Declaração de
Acidente, devidamente preenchidas, ao protocolo da Secretaria Municipal de
Administração – SMA, para abertura de processo;
A chefia imediata deverá encaminhar cópia da mesma por malote ou fax, ao
setor de Saúde do Trabalhador da Assessoria em Gestão de Pessoas da SMS,
para ser arquivada na pasta do servidor;
Em caso de doença do trabalho, deverá ser agendada a Perícia Médica para
confirmação do diagnóstico, enviando posteriormente, cópia da mesma por
malote ou fax, ao setor de Saúde do Trabalhador da Assessoria em Gestão de
Pessoas da SMS, para ser arquivada na pasta do servidor;

2. Trabalhadores em Regime CLT /CTD – CAT/INSS:


Comunicar o acidente à chefia imediata;
A chefia Imediata imprime a CAT no site INSS e preenche todos os campos,
com exceção da parte relativa ao atendimento médico;
O médico que atendeu o caso deverá preencher todos os campos da parte
relativa ao atendimento médico;
A chefia imediata encaminha a CAT, devidamente preenchida, por malote ou
fax, ao setor de Saúde do Trabalhador da Assessoria em Gestão de Pessoas
da SMS.
O setor de Saúde do Trabalhador da SMS repassará os dados para a CAT (on
line) no site do INSS e, posteriormente, enviará cópias ao trabalhador, chefia
imediata, Gerência de Perícia Médica e sindicato (SINTRASEM);

3. Deverão preencher o formulário CIAT/PMF e CAT/INSS as seguintes ocorrências:


3.1. CAT inicial - acidente do trabalho, típico ou de trajeto, ou doença profissional ou
do trabalho;
3.2. CAT reabertura - reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão
de acidente do trabalho ou doença profissional ou do trabalho, já comunicado
anteriormente à Gerência de Perícia Médica ou INSS;
3.3. CAT comunicação de óbito - falecimento decorrente de acidente ou doença
profissional ou do trabalho, ocorrido após a emissão da CAT inicial.

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ACIDENTES (TÍPICO/TRAJETO) E DOENÇAS DE TRABALHO

1. Acidente do Trabalho
É aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da instituição, e
também no trajeto usual de ida e volta da residência para o trabalho, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou a redução
permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.

2. Doença do Trabalho
É a doença produzida, desencadeada ou agravada pelo exercício do trabalho
peculiar a determinada atividade ou adquirida em função de condições especiais em
que o trabalho é realizado. A análise do caso pelo médico perito é que irá determinar
o Nexo Causal da doença com o trabalho.

3. Doença Profissional
É a doença produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a
determinada atividade.

4. Principais causas dos acidentes e doenças do trabalho


Inúmeros são os fatores que contribuem para a ocorrência de acidentes e
doenças nos locais de trabalho. Geralmente, adotam-se concepções simples e
erradas para aquilo que causou os acidentes ou doenças, buscando-se, muitas vezes,
o consolo para os infortúnios através da alegação de que foi coisa do destino, má
sorte, obra do acaso, castigo de Deus. Na verdade, todos os acidentes podem ser
evitados se providências forem adotadas com antecedência e de maneira
compromissada e responsável.

5. Equipara-se ao acidente de trabalho


5.1. O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do trabalhador, para a redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para sua
recuperação;

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5.2. O acidente sofrido pelo trabalhador no local e no horário do trabalho, em


consequência de:
Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou
companheiro de trabalho;
Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa
relacionada ao trabalho;
Ato de imprudência (excesso de confiança), de negligência (falta de atenção)
ou de imperícia (inabilitação) de terceiro ou de companheiro de trabalho;
Ato de pessoa privada do uso da razão, por exemplo, o louco;
Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos (quedas de raios)
ou decorrentes de força maior (enchentes);
5.3. A doença proveniente de contaminação acidental do trabalhador no exercício de
sua atividade.
5.4. O acidente sofrido pelo trabalhador, ainda que fora do local e horário de trabalho:
Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da
instituição;
Na prestação espontânea de qualquer serviço à instituição para lhe evitar
prejuízo ou proporcionar proveito;
Em viagem ou saída a serviço da instituição, inclusive para estudo quando
financiada por esta, dentro de seus planos para melhorar qualificação,
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de
propriedade do trabalhador;
No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela,
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do
trabalhador;
Nos períodos destinados à refeição ou ao descanso, ou por ocasião da
satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante
este, o trabalhador é considerado no exercício do trabalho.

ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO

FLUXO DO ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO PARA SERVIDORES DA


SMS

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Os acidentes de trabalho com exposição a material biológico são aqueles nos


quais o indivíduo, durante seu trabalho, foi exposto a materiais biológicos
potencialmente contaminados (sangue e/ou outros fluidos orgânicos). (Guia de
Vigilância em Saúde, 2014)
Todos os estabelecimentos de saúde devem buscar a prevenção deste tipo de
acidente, através de adequado treinamento dos profissionais e instituição de rotinas
de trabalho que minimizem o risco de sua ocorrência. Também é importante, para
diminuir seu impacto, que os trabalhadores em estabelecimentos de saúde estejam
adequadamente vacinados contra a hepatite B.
Quando ocorrem, esses eventos devem ser tratados como emergências
médicas, uma vez que, para se obter maior eficácia, as intervenções para profilaxia
da infecção pelo HIV e Hepatite B (profilaxias pós-exposição - PEP) necessitam ser
iniciadas logo após a ocorrência do acidente. (NT nº 01/2015/DIVE/SUV/SES)
“A avaliação do status sorológico da pessoa exposta deve sempre ser realizada
em situações de exposições consideradas de risco. Além disso, o status da pessoa
fonte, sempre que possível, deve ser conhecido. A PEP não está indicada quando a
pessoa exposta já se encontra infectada pelo HIV (infecção prévia à exposição) ou
quando a infecção pelo HIV pode ser descartada na pessoa fonte. (...) entretanto uma
vez que a PEP, seja indicada, deve ser iniciada preferencialmente nas primeiras duas
horas após a exposição, para que a eficácia seja maior. Nesse sentido, o uso de testes
rápidos para o diagnóstico da infecção pelo HIV na avaliação da indicação de PEP é
fundamental. O Teste Rápido (TR) é um dispositivo de teste de uso único, que não
depende de infraestrutura laboratorial e que produz resultado em tempo igual ou
inferior a 30 minutos (Protocolo PEP 2015).

1. Condutas Após o Acidente


1.1. Na Unidade de Origem do Acidentado
O servidor vítima de acidente de trabalho com exposição a material biológico
deve ser avaliado imediatamente após a ocorrência do acidente. A avaliação deve
basear-se em uma adequada anamnese, caracterização do paciente fonte, análise do
risco, notificação do acidente (SINAN e, se indicado, CAT1), e orientação de manejo
e medidas de cuidado com o local exposto.

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OBS: Realizar o teste rápido no Centro de Saúde onde houve o acidente e, quando
não estiver disponível, encaminhar o acidentado para realizar o teste no CS mais
próximo.
Acolhimento do acidentado
Orientações e aconselhamento ao acidentado:
Com relação ao risco do acidente
Possível uso de quimioprofilaxia.
Suporte emocional devido ao estresse pós-acidente.
Consentimento para realização de exames sorológicos.
Comprometer o acidentado com seu acompanhamento durante seis meses.
Orientar o acidentado a relatar de imediato os seguintes sintomas:
linfoadenopatia, rash, dor de garganta, sintomas de gripe (sugestivos de soro-
conversão aguda).
Reforçar a prática de biossegurança e precauções básicas em serviço.
Cuidados com a área exposta:
No caso de contato do material potencialmente contaminado com a pele ou
exposição percutânea, lavar o local imediatamente com água e sabão.
Se o contato foi com mucosas, lavar exaustivamente com água ou solução
salina fisiológica.
Embora não seja contra-indicado, não há evidência de que o uso de anti-
sépticos reduza o risco de transmissão. A expressão do local do ferimento
também não parece ter utilidade.
Por outro lado, estão contra-indicados procedimentos que aumentem a área
exposta, tais como cortes e injeções locais ou utilização de soluções irritantes
(éter, glutaraldeído, hipoclorito de sódio).

1.2. Avaliação do risco de contaminação


Para avaliar o potencial risco de infecção relacionado ao acidente, é
necessário:
Estabelecer o material biológico envolvido:
São considerados de maior risco os acidentes que envolvem contato com
sangue e/ou fluidos orgânicos potencialmente infectantes (sêmen, secreção

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vaginal, liquor, líquido sinovial, líquido pleural, peritoneal, pericárdico e


amniótico).
São considerados de baixo risco os acidentes que envolvem contato com
fluidos orgânicos potencialmente não infectantes, como suor, lágrima, fezes,
urina e saliva. Se algum destes materiais estiver contaminado com sangue,
passa a ser considerado de maior risco.
Estabelecer o tipo de acidente:
São considerados de risco os acidentes perfurocortantes (lesões provocadas
por instrumentos perfurantes e/ou cortantes como agulhas, bisturis ou vidrarias,
por exemplo), aqueles nos quais há contato com mucosa (respingos em olhos,
nariz e boca) ou contato com pele com solução de continuidade (presença de
dermatite, feridas abertas, mordeduras humanas com a presença de sangue).
As exposições de maior gravidade envolvem maior volume de sangue, lesões
profundas provocadas por material cortante, presença de sangue visível no
instrumento, acidentes com agulhas previamente utilizadas em veia ou artéria
de paciente-fonte, acidentes com agulhas de grosso calibre ou agulhas com
lúmen.
Identificar o paciente-fonte:
Sempre que possível, deve ser buscado identificar o paciente que deu origem
ao material contaminado. Quando a identificação é possível, devem ser
anotados os dados de identificação do mesmo para que possa ser contatado,
caso não esteja mais no serviço de saúde onde ocorreu o acidente.

1.3. Notificação do acidente no Infosaúde


O acidente de trabalho com exposição a material biológico é de notificação
obrigatória. A notificação deve ser feita no Infosaúde e encaminhada conforme
fluxo estabelecido entre a Unidade e seu Distrito Sanitário.
Lembrar que, se durante a investigação do acidentado ou paciente fonte for
diagnosticado algum agravo de notificação compulsória (HIV, Hepatites) estes
também devem ser notificados.

1.4. Avaliação do paciente fonte

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O paciente-fonte deverá ser avaliado quanto à infecção pelo HIV, hepatite B e


hepatite C no momento da ocorrência do acidente. Quanto à sua identificação, podem
ser encontradas as seguintes situações:
Paciente-fonte conhecido, disponível para avaliação (paciente internado ou
presente no serviço de saúde no momento do acidente). Nestes casos, os
testes rápidos devem ser utilizados para identificação da sua situação
sorológica. Na ausência de testes para Hepatites virais, solicitar sorologias e
encaminhar o paciente para coleta no LAMUF ou postos de coleta
descentralizados. Alternativamente, a coleta pode ser acordada com a equipe
de Vigilância Epidemiológica do Distrito correspondente ou com a Gerência de
Vigilância em Saúde (GVE). Lembrar que o mesmo deve ser orientado sobre o
procedimento, razão da testagem, e deve concordar com a realização dos
testes (consentimento informado).
Paciente-fonte conhecido, comprovadamente infectado (registro de prontuário
ou resultado de exame disponível): Se o paciente já é sabidamente infectado,
o acidentado deve ser encaminhado o mais rapidamente possível à Unidade
de Referência para as medidas de prevenção cabíveis;
Paciente-fonte conhecido, mas não disponível para avaliação (não se encontra
na unidade de saúde). Considerando que a PEP deve ser iniciada o mais
rapidamente possível, não é justificável tentar localizar o paciente em seu
domicílio ou outra medida semelhante. Se não há registro de infecção por HIV
ou Hepatites B ou C no prontuário ou exames que atestem a infecção,
considerar como “fonte desconhecida”. Registros de resultados de sorologias
negativas para estas doenças podem ser considerados apenas quando for
possível descartar janela imunológica em pacientes com baixo risco de
infecção.
Paciente-fonte desconhecido. Ocorre quando o material biológico não tem
origem estabelecida.

1.5. Avaliação do acidentado


Visando preservar a privacidade dos servidores, a avaliação sorológica do
acidentado deverá ser feita na Unidade de Referência.

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Investigar a situação vacinal para Hepatite B (aproveitar a oportunidade para


avaliar a caderneta de vacinas do adulto)
Em nenhuma das situações acima exames de detecção viral são recomendados
como testes de triagem.

1.6. Definição da Necessidade de Encaminhamento para a Unidade de Referência


De posse dos dados acima, o profissional que atende o acidentado deve avaliar
a indicação de PEP para o HIV e\ou Hepatites Virais conforme as figuras 1 e 2.
Se necessário o encaminhamento, orientar o acidentado sobre as possíveis
medidas adotadas, e encaminhá-lo com cópia da ficha de investigação
preenchida com todos os dados disponíveis no momento do atendimento.

2. Unidade de Referência
Receberá o acidentado encaminhado pela Unidade de Saúde na qual ocorreu
o acidente, após avaliação do mesmo, conforme consta deste documento.
Nos casos em que o paciente-fonte for positivo ou desconhecido para Hep B,
será realizada avaliação para administração da imunoglobulina para Hep B
e/ou vacina (figura 1).
Nos casos em que o paciente-fonte for desconhecido ou apresentar teste
rápido para HIV positivo, será realizada avaliação para dispensação de
antirretroviral (figura 2).
Também será realizado na Unidade Referência o seguimento ambulatorial do
acidentado durante a quimioprofilaxia para HIV (primeiros 30 dias).
Após o termino da quimioprofilaxia, o acidentado será reencaminhado à
unidade de origem para seguimento sorológico e acompanhamento.

3. Acompanhamento
O acompanhamento será de responsabilidade da unidade de origem ou do
serviço médico de escolha do servidor. Neste caso, deve ser informado à GVE qual o
serviço de saúde que se responsabilizará pelo acompanhamento do servidor.
Nos casos de paciente-fonte positivo ou desconhecido, a reavaliação
sorológica do acidentado deverá ser realizada em 6, 12 e 24 semanas após o

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acidente, conforme NT nº 01/2015/DIVE/SUV/SES e anexos (quadrinho hep b e c e


HIV).
Figura 1:

* Profissionais que já tiveram hepatite B estão imunes à reinfecção e não necessitam de profilaxia pós-exposição.
Tanto a vacina quanto a imunoglobulina devem ser aplicadas dentro do período de 7 dias após o acidente,
idealmente na primeiras 24h após o acidente.
** Uso associado de imunoglobulina hiperimune contra hepatite B está indicado se o paciente-fonte tiver alto risco
para infecção pelo HBV, como: usuários de drogas injetáveis, pacientes em programas de diálise, contatos
domiciliares e sexuais de portadores de HBsAg positivo, homens que fazem sexo com homens, heterossexuais
com vários parceiros e relações sexuais desprotegidas, história prévia de doenças sexualmente transmissíveis,
pacientes provenientes de áreas geográficas de alta endemicidade para hepatite B, pacientes provenientes de
prisões e de instituições de atendimento a pacientes com deficiência mental.
*** IGHAHB (2x) = 2 doses de imunoglobulina hiperimune para hepatite B com intervalo de mês entre as doses.
Esta opção deve ser indicada para aqueles que já fizeram 2 séries de 3 doses de vacina, mas não apresentaram
resposta vacinal, ou apresentem alergia grave à vacina.

Figura 2. Avaliação para indicação de PEP em casos de acidente com material


biológico com risco de exposição ao HIV.

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ERGONOMIA

Um ambiente de trabalho desorganizado, com problemas de iluminação,


ventilação, sinalização, ruído, máquinas quebradas, com trabalhadores insatisfeitos e
sem treinamento pode causar uma infinidade de doenças ocupacionais e/ou
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provocar acidentes de trabalho, influenciando diretamente a capacidade produtiva e a


saúde do trabalhador, é por isso que a Ergonomia no trabalho é importante.
Com base em todos estes aspectos presentes nos ambientes de trabalho e em
como eles podem afetar a saúde e a produtividade do colaborador, a Norma
Regulamentadora – NR 17 é proposta com o objetivo de “estabelecer parâmetros que
permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas
dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente”.
Ergonomia é o conjunto de disciplinas que estudam a organização do ambiente
de trabalho e as interações entre o homem e as máquinas ou equipamentos, com o
intuito de trazer conforto ao trabalhador, prevenir as doenças ocupacionais e realizar
uma boa interação entre o ambiente de trabalho, as capacidades físicas e psicológicas
do empregado e a eficiência do sistema.

Origem e História

A primeira vez em que foram documentadas as doenças e lesões relacionadas


ao trabalho, foi no ano de 1700, quando o médico italiano, Bernardino
Ramazzini, publicou o livro De Morbis Artificum, que relatava os riscos que produtos
químicos, poeira, metais e mais alguns materiais encontrados em trabalhos da época,
traziam à saúde do trabalhador.
Após anos de descrições sobre doenças relacionadas ao trabalho, em
1911, Frederick Taylor, publicou o livro Princípios da Administração Científica, onde
ele procurava pela melhor maneira de executar um trabalho e as tarefas relacionadas
à ele.
Nesta época, Taylor reduziu o peso e o tamanho de pás de carvão e triplicou a
quantidade de carvão que os trabalhadores carregavam num dia.
Nessa mesma época, Frank Gilbreth e sua esposa Lilian, expandiam o que
Taylor havia publicado e começavam a desenvolver o Estudo de Tempos e
Movimentos, na intenção de eliminar ações desnecessárias para certa atividade no
trabalho, aumentando a eficiência do trabalhador.
Gilbreth foi o primeiro à observar que melhorias nas condições de trabalho
preveniam lesões por esforço repetitivo e à longo prazo reduzia prejuízos.

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Com base nos primeiros estudos de Taylor e do casal Gilbreth, com o avanço
da tecnologia e as mudanças que passavam a ocorrer nos ambientes de trabalho,
a ergonomia começou à se desenvolver, até que em 1959, em Oxford, foi fundada
a Associação Internacional de Ergonomia e partir disso a ergonomia foi se ampliando
e se tornando uma área de estudos.

A Importância da Ergonomia para a Saúde do Trabalhador

A ergonomia se preocupa com as condições do ambiente de trabalho. Afinal,


uma das principais causas da baixa produtividade é o desconforto consequente da má
adequação do corpo a um determinado equipamento de trabalho.
São objetos de estudo da ergonomia fatores que podem causar problemas à
saúde física e mental dos trabalhadores, bem como formas de minimizar seus efeitos.
Entre esses fatores podemos citar a iluminação, o ruído e a temperatura.
Um investimento em melhorias no ambiente de trabalho e nos instrumentos
utilizados é indispensável para uma boa qualidade de vida do trabalhador, pois o uso
da ergonomia contribui para uma diminuição do cansaço e tornam eficientes os
procedimentos que tem como objetivo evitar lesões ao trabalhador.
Assim, se por um lado, a ergonomia pode insinuar maiores gastos, por outro
representa uma economia para empresa, ao resultar em uma melhoria significativa da
saúde e da eficiência do trabalhador.

ERGONOMIA X SOLUÇÕES CRIATIVAS

A ergonomia é a adequação dos elementos do ambiente produtivo às características


da pessoa com a finalidade de proporcionar uma interação confortável e segura, sem danos
à sua saúde.
De acordo com Associação Internacional de Ergonomia – IEA (2000) a Ergonomia (ou
Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações
entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios,
dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do
sistema. A palavra Ergonomia deriva do grego Ergon (trabalho) e nomos (normas, regras,
leis). Trata-se de uma disciplina orientada para uma abordagem sistêmica de todos os
aspectos da atividade humana.
Os distúrbios e problemas músculo-esqueléticos encontram-se, atualmente, no topo
dos indicadores de doenças ocupacionais, quando se enfocam as perturbações na saúde dos
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trabalhadores.
A maioria dos distúrbios ocupacionais pode ser solucionada com medidas simples
como a adaptação do posto de trabalho e a adoção de posicionamentos mais funcionais e
menos agressivos. No entanto, as estratégias preventivas passam pela educação em saúde
que tem o foco centrado na reeducação postural e gestual no trabalho – sendo imprescindível
a compreensão e a assimilação individual a respeito desses cuidados no dia a dia.
De forma sistemática podemos descrever os fatores participantes dos distúrbios
músculo- esqueléticos ocupacionais conforme o quadro abaixo:
- Levantamento de
carga, realização de
força, movimentos
repetitivos

- Posturas excêntricas
Carga Física
(dinâmicas ou
estáticas)
TAREFA
Compressão mecânica,
vibração, etc.

- Concentração,
Carga Mental responsabilidade,
monotonia, estresse

- Iluminação,
temperatura,
qualidade do ar
AMBIENTE Físico
Configuração espacial
do posto de trabalho

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- Ritmo acelerado,
ausência de pausas,
jornada prolongada,
trabalho em turno

-Exigência de
Sócio-organizacional produção, pagamento
por produção,
estímulo à
competitividade

Motivação, participação

Gênero, idade,
obesidade,
condicionamento físico,
Físicos características
antropométricas, saúde
geral
INDIVÍDUO
- Estrutura familiar,
conflitos, equilíbrio
Psicossociais emocional, auto-estima,
psicopatias

- Lazer, hábitos,
Não ocupacionais diversão, etc.

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Orientação Ergonômica na Posição Sentada:

CERTO ERRADO

Mantenha os ombros relaxados e alinhe os cotovelos à 90º, apoie os braços


no apoio de braço da cadeira, ou na mesa se for no formato de “U”;
Mantenha o olhar no terço superior do monitor;
Os punhos devem permanecer retos, e nunca deixe o punho apoiado na
borda da mesa;
Ajuste o encosto da cadeira para acomodar a curva normal da coluna lombar,
se a cadeira não tiver ajuste próprio, use um apoio lombar e mantenha seu
quadril bem para trás, encostado na cadeira;
O teclado e o mouse devem estar bem próximos ao seu corpo;
Joelhos posicionados à 90 – 100º, assegure-se de que os joelhos estejam
livres e não pressionados pela borda do assento;
Os pés devem descansar firmemente no chão; use um apoio para os pés se
necessário.

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ATENDIMENTO AS DOENÇAS OCUPACIONAIS

As doenças ocupacionais – ou profissionais – são as complicações


desencadeadas pelos exercícios do trabalhador em uma determinada função que
esteja diretamente ligada à profissão. Elas são responsáveis pelo afastamento de
milhares de trabalhadores de suas funções. Só em 2014, segundo o Ministério do
Trabalho e Previdência Social registrou 251,5 mil afastamentos, todas por ordens
médicas.
A dorsalgia, popularmente conhecida como dor nas costas, é uma das doenças
ocupacionais que mais afasta trabalhadores no Brasil. Só em 2016, 116 mil pessoas
tiveram que se ausentar, no mínimo, por 15 dias por conta desse problema.

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Atualmente, um profissional que desenvolve uma doença ocupacional tem,


dentro da lei, os mesmos direitos do que os envolvidos em acidentes de trabalho.
Trabalhadores e empresas devem ficar de olhos abertos para essa situação e saber
como podem evitar esse tipo de doença. Sinais de desconforto físico ou mental podem
ser indicio de alguma das doenças ocupacionais.
A maioria delas não é reconhecida pelas empresas, mas sim pela perícia
médica do INSS, ou seja, são registros sem emissão da CAT, documento utilizado
para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto, quanto as doenças
ocupacionais.
Ainda há uma dificuldade em reconhecer a ligação da doença com trabalho,
diferentemente dos acidentes, onde a lesão fica evidente. O diagnóstico é mais
subjetivo, pois é preciso ter a certeza que foi o exercício da função profissional a causa
da doença ocupacional.
Aqui estão as principais doenças ocupacionais, suas causas e a melhor
maneira de preveni-las:

✓ Ler/Dort – Lesões por esforços repetitivo/Distúrbios Osteomusculares


relacionados ao Trabalho
LER (Lesão por Esforço Repetitivo) não é propriamente uma doença. É uma
síndrome constituída por um grupo de doenças – tendinite, tenossinovite, bursite,
epicondilite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro
torácico, síndrome do pronador redondo, mialgias –, que afeta músculos, nervos e
tendões dos membros superiores principalmente, e sobrecarrega o sistema
musculoesquelético. Esse distúrbio provoca dor e inflamação e pode alterar a
capacidade funcional da região comprometida. A prevalência é maior no sexo
feminino.
Também chamada de DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho),
LTC (Lesão por Trauma Cumulativo), AMERT (Afecções Musculares Relacionadas ao
Trabalho) ou síndrome dos movimentos repetitivos, LER é causada por mecanismos
de agressão, que vão desde esforços repetidos continuadamente ou que exigem
muita força na sua execução, até vibração, postura inadequada e estresse.

Principais causas:

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Movimentos Repetitivos
Posturas Inadequadas
Pressão Psicológica

Os principais sintomas de LER são:


Dor nos membros superiores e nos dedos;
Dificuldade para movimentá-los;
Formigamento;
Fadiga muscular;
Alteração da temperatura e da sensibilidade;
Redução na amplitude do movimento;
Inflamação.
É importante destacar que, na maioria das vezes, esses sintomas estão
relacionados com uma atividade inadequada não só dos membros superiores, mas de
todo o corpo, que se ressente, por exemplo, se houver compressão mecânica de uma
estrutura anatômica, ou se a pessoa ficar sentada diante do computador ou tocando
piano por oito, dez horas seguidas.

Prevenção:
Adequação do mobiliário, redução da necessidade do número de repetições;
pausas e exercícios preparatórios e compensatórios.
Definição de metas adequadas; boas relações interpessoais, clareza sobre o
que é esperado de cada profissional.
Programas de incentivo à prática regular de atividades físicas e ingestão
frequente de líquidos.

✓ Dorsalgias

A dorsalgia é a síndrome clínica caracterizada por dor na região torácica


posterior. A dor nessa região pode estar relacionada às estruturas ósseas (12
vértebras torácicas), à musculatura, aos tecidos adjacentes e às vísceras
intratorácicas ou intra-abdominais.

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A dorsalgia é mais frequentemente decorrente de alterações


musculoesqueléticas, que podem estar relacionadas a alterações posturais para
atividades da vida diária e do trabalho.
Podem ainda ser decorrentes de lesões traumáticas (fraturas de vértebras,
costelas ou luxações), inflamatórias, osteoporose e alterações degenerativas.

Principais causas:
Movimentos repetitivos e força com uso do tronco
Levantamento e transportes de pesos
Posturas inadequadas
Obesidade e sedentarismo (fatores não necessariamente ocupacionais, porém
muito significativos)
Outras causas de dor podem estar relacionadas a osteomielite vertebral,
anormalidades congênitas da coluna ou do tórax (escoliose, hipercifose), artrite
infecciosa, doença de Paget, epifisite vertebral infecciosa, lesões vertebrais por
tumores e herniação discal torácica.

Prevenção:
Adequação do mobiliário e equipamentos, fracionamento das cargas e do
número de repetições (redução da velocidade de execução das tarefas).
Pausas e exercícios preparatórios e compensatórios.
Programas de incentivo à educação alimentar e à prática regular de atividades
físicas.

✓ Transtornos mentais (depressão/ansiedade/stress pós-traumático)

Os transtornos mentais estão cada vez mais presentes no mundo do trabalho


nos tempos atuais, os quais são provocados, como atestam médicos e psicólogos,
pelo assédio moral e sexual, pelas jornadas exaustivas, exigência de metas abusivas,
eventos traumáticos, perseguições aos trabalhadores por chefes despreparados e
isolamento dos trabalhadores, entre outras formas engendradas com o objetivo de
obtenção de mais lucro.

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O meio ambiente do trabalho adequado é uma forma de prevenir a saúde


mental do trabalhador. É preciso que se busque um meio ambiente do trabalho
psicologicamente hígido a partir da relação entre os riscos psicossociais laborais e os
transtornos mentais ocupacionais, cujo tema é de extrema atualidade e importância
no campo das relações de trabalho, especialmente no momento em que vive o Brasil,
diante de verdadeira epidemia de doenças ocupacionais, com destaque para o
aumento das doenças mentais que atingem os trabalhadores.
Evitar transtornos mentais relacionados ao trabalho é desafio a ser enfrentado
nas novas formas de organização do trabalho não apenas para garantir o direito dos
trabalhadores à saúde, mas também como forma de diminuir os custos do trabalho e
da Previdência Social, pois, no final das contas, trata-se de questão de ordem pública
e de relevante interesse social.
Entre os transtornos mentais mais comuns dos trabalhadores estão a
demência, o delirium, o transtorno cognitivo leve, o transtorno orgânico de
personalidade, o alcoolismo crônico, o episódio depressivo, o transtorno de estresse
pós-traumático, a síndrome da fadiga, a neurose profissional, a síndrome do
esgotamento profissional (burnout) e o suicídio.

Principais causas:
Alta demanda, imprecisão quanto às expectativas
Metas inalcançáveis
Trabalho extremamente monótono
Percepção de trabalho “sem importância”
Violência no trabalho
Situações momentâneas e súbitas de alto nível de estresse
Testemunha constante de sofrimento humano de terceiros (profissionais de
saúde, assistentes sociais)
Prevenção:
Definição de metas adequadas; boas relações interpessoais; melhora da
comunicação, reconhecimento do valor do trabalho realizado.
Programas de prevenção da violência nas atividades com risco elevado de
assaltos/envolvimento ou repressão de atos violentos.

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Programa de apoio e acompanhamento de profissionais vítimas de violência no


trabalho ou submetidos a situações de estresse agudo de alta intensidade e de
profissionais que lidam constantemente com o sofrimento humano de terceiros.

✓ Transtornos das articulações


A dor limitada a apenas uma articulação é chamada dor monoarticular. A
articulação pode estar apenas dolorida (artralgia) ou também pode estar inflamada
(artrite). Geralmente, a artrite causa uma sensação de queimação, inchaço e,
raramente, vermelhidão da pele. A dor pode ocorrer apenas quando a articulação é
movimentada ou também em repouso. Pode-se acumular líquido dentro da articulação
(derrame).
Uma dor que parece vir da articulação, às vezes, origina-se em uma estrutura
fora da articulação, como um ligamento, tendão ou músculo (consulte Introdução à
biologia do sistema musculoesquelético). Exemplos de tais quadros clínicos são a
bursite, tendinite, entorses e distensões. A dor causada por esses problemas
geralmente não é tida como uma dor articular real.

Principais causas:
Posturas inadequadas
Movimentos repetitivos associados a cargas (membros inferiores)
Obesidade e sedentarismo (fatores não necessariamente ocupacionais, porém
muito significativos)

Prevenção:
Adequação do mobiliário, redução da necessidade de uso da força e do número
de repetições; pausas e exercícios preparatórios e compensatórios.
Definição de metas adequadas; boas relações interpessoais, clareza sobre o
que é esperado de cada um.
Programas de incentivo à prática regular de atividades físicas e ingestão
frequente de líquidos.

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✓ Varizes nos membros inferiores


Sabe-se que o trabalho possui uma dupla característica paradoxal ao ser
humano: por um ângulo, é fonte de realização, de prazer, de satisfação, sendo uma
das bases para o processo de identidade dos sujeitos; por outro, transforma-se em
elemento patogênico ou nocivo à saúde. Assim, as atividades laborais cotidianas
podem conter processos capazes de desgastar o corpo determinando, em boa parte,
o tipo de trabalho e a forma como é organizado.
No que tange às patologias relacionadas ao trabalho, a insuficiência venosa
crônica (IVC) de membros inferiores, principal distúrbio responsável pelo
aparecimento dos sinais varicosos, acomete até 80% da população mundial nos casos
de grau mais leve, de 20 a 64% em grau intermediário e até 9% nos casos mais
graves2. Geralmente, suas causas relacionam-se com alguns hábitos de vida, como a
postura e o tempo que as pessoas permanecem em pé (ortostase) no ambiente
laboral.
Explica-se que, para a sustentação da postura estática em pé, ocorrem níveis
baixos e constantes de tensão muscular e, em estado prolongado de contração, há
compressão de vasos sanguíneos, prejudicando a circulação sanguínea e linfática.
Em decorrência disso, observa-se o surgimento de algumas perturbações nos
membros inferiores, destacando-se as varizes.

Principais causas:
Trabalho em pé ou sentado com pouca movimentação
Obesidade e sedentarismo (fatores não necessariamente ocupacionais, porém
muito significativos)

Prevenção:
Análise ergonômica das tarefas para adequação do mobiliário e equipamentos,
permitindo a alternância de posturas e mobilidade no posto de trabalho;
exercícios preparatórios e compensatórios.
Programas de incentivo à educação alimentar e à prática regular de atividades
físicas de intensidade moderada.

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✓ Transtornos auditivos
Perda auditiva induzida por ruído é uma perda auditiva causada por exposição
prolongada a níveis altos de ruídos. E isso ocorre porque a audição é lesada,
gradualmente, devido à exposição a ruídos.
Perda auditiva induzida por ruídos e conhecida também como PAIR. E a
exposição a ruídos, em excesso, é uma das causas mais comuns de perda auditiva.
A pessoa tem perda auditiva induzida por ruídos porque a célula ciliada no
ouvido interno foi lesada ao ser exposta a ruídos. E isso ocorre devido a redução da
capacidade da célula de captar e transmitir sons para o cérebro. A perda auditiva
induzida por ruídos é, portanto, um tipo de perda auditiva sensórioneural.

Principais causas:
Exposição a ruídos
Trabalho com produtos químicos, principalmente solventes (tinner, tolueno,
xileno e similares)

Prevenção:
Proteção coletiva com isolamento das fontes de ruído (medida mais
importante).
Uso de protetor auditivo (medida complementar – não deve ser a única
proteção).
Ventilação exaustora e/ou isolamento dos processos com uso de solventes.
Uso de máscaras de proteção: protetores respiratórios específicos para
produtos químicos (medida complementar: não deve ser a única proteção).

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

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A Toxicologia Ocupacional é
eminentemente preventiva, sendo-
lhe fundamental a correta avaliação
do risco a que o trabalhador está
exposto. Para isso, o primeiro passo
é a informação qualitativa: qual(is)
substância(s) está(ão) sendo
utilizada(s) ou gerada(s) no processo.
Este dado, todavia, é apenas um ponto de partida e não tem muito valor em
Toxicologia, que é uma ciência essencialmente quantitativa, razão pela qual também
é fundamental o detalhamento das características físico-químico da(s) substância(s)
às quais há exposição.
Para um bom trabalho nesta área, no entanto, é essencial que, a essas
informações, some-se a observação atenta do cenário da exposição em termos de:
geração de poeira, vapores, névoas, fumos, gases; capacidade do composto gerado
ser absorvido pelo organismo e por quais vias isso pode ocorrer.
É indispensável ao profissional de saúde e segurança do trabalho, em especial
ao médico do trabalho e ao higienista, conhecer um pouco de química para abordar
corretamente os riscos químicos nos ambientes de trabalho. A importância deste fato
pode ser exemplificada pela necessidade de diferenciar a exposição a compostos de
cromo hexavalente, carcinogênico, da exposição a compostos de cromo trivalente,
não carcinogênicos, ou aos sais de chumbo muito hidrossolúveis mais facilmente
absorvidos dos insolúveis e pouco absorvidos, ou a necessidade de se atentar para a
pressão de vapor de solventes orgânicos para estabelecer o seu potencial de
volatilidade em conjunto com a toxicidade.

Termos relacionados com a Toxicidade:

AGUDA: este termo será empregado no senso médico para significar “de curta
duração”. Quando aplicado para materiais que podem ser inalados ou absorvidos
através da pele, será referido como uma simples exposição de duração medida em
segundos, minutos ou horas. Quando aplicado a materiais que são ingeridos, será
referido comumente como uma pequena quantidade ou dose.

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CRÔNICA: este termo será usado em contraste com aguda, e significa de longa
duração. Quando aplicado a materiais que podem ser inalados ou absorvidos através
da pele, será referido como períodos prolongados ou repetitivos de exposição de
duração medida em dias, meses ou anos. Quando aplicado a materiais que são
ingeridos, será referido como doses repetitivas com períodos de dias, meses ou anos.
O termo “crônico” não se refere ao grau (mais severo) dos sintomas, mas se importará
com a implicação de exposições ou doses que podem ser relativamente perigosas, a
não ser quando estendidas ou repetidas após longos períodos de tempo (dias, meses
ou anos). Neste curso, o termo “crônico” inclui exposições que podem também ser
chamadas de “subagudas”, como por exemplo algum ponto entre aguda e crônica.

LOCAL: este termo se refere ao ponto de ação de um agente e significa que a ação
ocorre no ponto ou área de contato. O ponto pode ser pele, membranas mucosas,
membranas dos olhos, nariz, boca, traqueia, ou qualquer parte ao longo dos sistemas
respiratório ou gastrintestinal. A absorção não ocorre necessariamente.

SISTÊMICO: este termo se refere a um ponto de ação diferente do ponto de contato


e pressupõe que ocorreu absorção. É possível, entretanto, que agentes tóxicos
possam ser absorvidos através de canal (pele, pulmões ou canal gastrintestinal) e
produzirem manifestações posteriores em um daqueles canais que não são um
resultado do contato direto original. Desta maneira é possível para alguns agentes
produzir efeitos perigosos em um simples órgão ou tecido como o resultado de ambas
as ações “local e sistêmica”.

ABSORÇÃO: diz-se que um material foi absorvido somente quando tenha alcançado
entrada no fluxo sanguíneo e consequentemente poder ser carregado para todas as
partes do corpo. A absorção necessita que a substância passe através da pele,
membrana mucosa, ou através dos alvéolos pulmonares (sáculos de ar dos pulmões).
Também pode ser se dar através de uma agulha (subcutânea, intravenosa, etc...),
mas esta via não é de muita importância em Higiene Industrial.

Uma explanação das classificações de toxicidade é dada nos seguintes parágrafos:

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U (UNKNOWN - Desconhecida): esta designação se refere a substâncias que se


enquadram numa das seguintes categorias:
Informações toxicológicas não puderam ser encontradas na literatura e em
outras fontes.
Informações limitadas baseadas em experimentos com animais estavam
disponíveis, mas, na opinião de peritos, estas informações não podem ser
aplicadas para exposição humana. Em alguns casos, estas informações são
mencionadas com que frequência que o leitor poderá saber que algum trabalho
experimental foi desenvolvido.
0 NÃO TÓXICO: esta designação se refere a materiais que se enquadram numa das
seguintes categorias:
Materiais que não causam risco algum sob qualquer condição de uso.
Materiais que produzem efeitos tóxicos em humanos somente sob condições
muito fora do comum ou através de dosagem excessivamente alta.

1 LEVEMENTE TÓXICO: Aguda local. Materiais que, numa única exposição durante
segundos, minutos ou horas causam apenas efeitos brandos na pele ou membranas
mucosas indiferente da extensão da exposição.
AGUDA SISTÊMICA: Materiais que podem ser absorvidos pelo corpo por
inalação, ingestão ou através da pele e que produzem somente efeitos brandos
seguidos de uma única exposição durante segundos, minutos ou horas; ou
seguidos de ingestão de uma única dose, indiferente da quantidade absorvida
ou da extensão de exposição.
CRÔNICA LOCAL.: Materiais que, em exposições contínuas ou repetitivas,
estendendo-se durante períodos de dias, meses ou anos, causam apenas
danos leves para a pele ou membrana mucosa. A extensão de exposição pode
ser grande ou pequena.
CRÔNICA SISTÊMICA: Materiais que podem ser absorvidos pelo corpo por
inalação, ingestão ou através da pele e que produzem somente efeitos brandos
seguidos de exposições contínuas ou repetitivas durante dias, meses ou anos.
A extensão da exposição pode ser grande ou pequena. Em geral aquelas
substâncias classificadas como sendo levemente tóxicas, produzem mudanças

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no corpo humano que são prontamente reversíveis e que desaparecerão ao


término da exposição, com ou sem tratamento médico.

2 MODERADAMENTE TÓXICO: Aguda local. Materiais que podem em simples


exposição durante segundos, minutos ou horas, causar efeitos moderados na pele ou
membranas mucosas. Estes efeitos podem ser o resultado de segundos de exposição
intensa ou exposição moderada durante horas.
AGUDA SISTÊMICA: Materiais que podem ser absorvidos pelo corpo por
inalação, ingestão ou através da pele e que produzem efeitos moderados
seguidos de simples exposição durante segundos, minutos ou horas, ou
seguidos de ingestão de uma única dose.
CRÔNICA LOCAL: Materiais que, em exposições repetitivas ou contínuas,
estendendo-se a períodos de dias, meses ou anos, causam danos moderados
para a pele ou membranas mucosas. Crônica sistêmica. Materiais que podem
ser absorvidos pelo corpo por inalação, ingestão ou através da pele e que
produzem efeitos moderados seguidos de exposição contínua ou repetitiva,
estendendo-se por períodos de dias, meses ou anos.
Aquelas substâncias classificadas como sendo moderadamente tóxicas, podem
produzir mudanças irreversíveis, bem como reversíveis no corpo humano. Estas
mudanças não são tão severas para ameaçarem a vida ou produzirem sérias
incapacidades físicas permanentes.

3 SEVERAMENTE TÓXICO:
AGUDA LOCAL: Materiais que, em uma simples exposição durante segundos
ou minutos, causam danos à pele ou membranas mucosas de severidade
suficiente para ameaçarem a vida ou para causarem danos físicos
permanentes ou até desfiguração.
AGUDA SISTÊMICA: Materiais que podem ser absorvidos pelo corpo por
inalação, ingestão ou através da pele e que podem causar danos de severidade
suficiente para ameaçarem a vida, seguido de uma simples exposição durante
segundos, minutos ou horas, ou seguido de ingestão de uma simples dose.
CRÔNICA LOCAL: Materiais que, em exposições contínuas ou repetitivas,
estendendo-se por períodos de dias, meses ou anos, podem causar danos à

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pele ou membranas mucosas de severidade suficiente para ameaçarem a vida


ou para causarem danos físicos permanentes ou até desfiguração (mudanças
irreversíveis).
CRÔNICA SISTÊMICA: Materiais que podem ser absorvidos pelo corpo
através de inalação, ingestão ou através da pele e que podem causar morte ou
sérios danos físicos, seguido de exposições contínuas ou repetitivas a
pequenas quantidades durante períodos de dias, meses ou anos.

SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO

De modo genérico, Higiene e


Segurança do Trabalho compõem duas
atividades intimamente relacionadas,
no sentido de garantir condições
pessoais e materiais de trabalho
capazes de manter certo nível de
saúde dos empregados.
Do ponto de vista da Administração de Recursos Humanos, a saúde e a
segurança dos empregados constituem uma das principais bases para a preservação
da força de trabalho adequada através da Higiene e Segurança do trabalho.
Segundo o conceito emitido pela Organização Mundial de Saúde, a saúde é um
estado completo de bem-estar físico, mental e social e que não consiste somente na
ausência de doença ou de enfermidade.
A higiene do trabalho refere-se ao conjunto de normas e procedimentos que
visa à proteção da integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos
riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são
executadas.
Segurança e higiene do trabalho são atividades interligadas que repercutem
diretamente sobre a continuidade da produção e sobre a moral dos empregados.
Segurança do trabalho é o conjunto de medidas técnicas, educacionais,
médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, quer eliminando as
condições inseguras do ambiente, quer instruindo ou convencendo as pessoas da
implantação de práticas preventivas.

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A atividade de Higiene do Trabalho no contexto da gestão de RH inclui uma


série de normas e procedimentos, visando essencialmente, à proteção da saúde física
e mental do empregado.
Procurando também resguardá-lo dos riscos de saúde relacionados com o
exercício de suas funções e com o ambiente físico onde o trabalho é executado.
Hoje a Higiene do Trabalho é vista como uma ciência do reconhecimento,
avaliação e controle dos riscos à saúde, na empresa, visando à prevenção de doenças
ocupacionais.
A higiene do trabalho compreende normas e procedimentos adequados para
proteger a integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de
saúde inerente às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas.
A higiene do trabalho está ligada ao diagnóstico e à prevenção das doenças
ocupacionais, a partir do estudo e do controle do homem e seu ambiente de trabalho.
Ela tem caráter preventivo por promover a saúde e o conforto do funcionário,
evitando que ele adoeça e se ausente do trabalho.
Envolve, também, estudo e controle das condições de trabalho.
A iluminação, a temperatura e o ruído fazem parte das condições ambientais
de trabalho.
Uma má iluminação, por exemplo, causa fadiga à visão, afeta o sistema
nervoso, contribui para a má qualidade do trabalho podendo, inclusive, prejudicar o
desempenho dos funcionários.
A falta de uma boa iluminação também pode ser considerada responsável por
uma razoável parcela dos acidentes que ocorrem nas organizações.
Envolvem riscos os trabalhos noturnos ou turnos, temperaturas extremas – que
geram desde fadiga crônica até incapacidade laboral.
Um ambiente de trabalho com temperatura e umidade inadequadas é
considerado doentio.
Por isso, o funcionário deve usar roupas adequadas para se proteger do que
“enfrenta” no dia-a-dia corporativo.
O mesmo ocorre com a umidade. Já o ruído provoca perca da audição e quanto
maior o tempo de exposição a ele maior o grau da perda da capacidade auditiva.
A segurança do trabalho implica no uso de equipamentos adequados para
evitar lesões ou possíveis perdas.

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É preciso, conscientizar os funcionários da importância do uso dos EPIs, luvas,


máscaras e roupas adequadas para o ambiente em que eles atuam.
Fazendo essa ação específica, a organização está mostrando reconhecimento
ao trabalho do funcionário e contribuindo para sua melhoria da qualidade de vida.
Ao invés de obrigar os funcionários a usarem, é melhor realizar esse tipo de
trabalho de conscientização, pois o retorno será bem mais positivo.
Já ouvi muitos colaboradores falarem, por exemplo, que os EPIs e as máscaras
incomodam e, algumas vezes, chagaram a pedir aos gestores que usassem os
equipamentos para ver se era bom.
Ora, na verdade os equipamentos incomodam, mas o trabalhador deve pensar
o uso desses que é algo válido, pois o ajuda a prevenir problemas futuros.
Na segurança do trabalho também é importante que a empresa forneça
máquinas adequadas, em perfeito estado de uso e de preferência com um sistema de
travas de segurança.
É fundamental que as empresas treinem os funcionários e os alertem em
relação aos riscos que máquinas podem significar no dia-a-dia.
Caso algum funcionário apresente algum problema de saúde mais tarde ou
sofra algum acidente, a responsabilidade será toda da empresa por não ter obrigado
o funcionário a seguir os procedimentos adequados de segurança.
Caso o funcionário se recuse a usar os equipamentos que o protegerão de
possíveis acidentes, a organização poderá demiti-lo por justa causa.
As prevenções dessas lesões/acidentes podem ser feitas através de:
Estudos e modificações ergonômicas dos postos de trabalho.
Uso de ferramentas e equipamentos ergonomicamente adaptados ao
trabalhador.
Diminuição do ritmo do trabalho.
Estabelecimento de pausas para descanso.
Redução da jornada de trabalho.
Diversificação de tarefas.
Eliminação do clima autoritário no ambiente de trabalho.
Maior participação e autonomia dos trabalhadores nas decisões do seu
trabalho.
Reconhecimento e valorização do trabalho.

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Valorização das queixas dos trabalhadores.


É preciso mudar os hábitos e as condições de trabalho para que a higiene e a
segurança no ambiente de trabalho se tornem satisfatórios. Nessas mudanças se faz
necessário resgatar o valor humano.
Qualquer empresa de hoje em dia conhece bem as implicações e requisitos
legais quando se fala em HSST- Higiene, Segurança e Saúde no trabalho, tendo
consciência de que uma falha neste âmbito dentro da empresa, pode gerar
automaticamente o pagamento de uma multa por incumprimento legal.
A Higiene, Segurança e Saúde no trabalho é um conjunto de ações que nasceu
das preocupações dos trabalhadores da indústria em meados do século 20, pois as
condições de trabalho nunca eram levadas em conta, mesmo que tal implicasse riscos
de doença ou mesmo de morte dos trabalhadores.
Numa época em que a indústria era a principal atividade económica em
Portugal, os trabalhadores morriam ou tinham acidentes onde cavam impossibilitados
para toda a vida por não terem os devidos processos de Higiene e Segurança do
trabalho.
Simplesmente porque a mentalidade corrente era a de que o valor da vida
humana era para apenas útil para trabalhar e porque não existia qualquer legislação
que protegesse o trabalhador.
O cenário demorou tempo a mudar e apenas a partir da década de 50/60,
surgiram as primeiras tentativas sérias de integrar os trabalhadores em atividades
devidamente adequadas às suas capacidades, e dar-lhes conhecimento dos riscos a
que estariam expostos aquando do seu desempenhar de funções.
Atualmente a dimensão que encontramos neste âmbito é muito diferente,
sobretudo porque a Lei-Quadro de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho faz
impender sobre as entidades empregadoras a obrigatoriedade de organizarem os
serviços de Segurança e Saúde no Trabalho.
Desta forma, para além de análises minuciosas aos postos de trabalho a
empresa tem que garantir também as condições de saúde dos trabalhadores (como a
existência de um posto médico dentro de cada empresa)
E ainda garantir que são objeto de estudo as investigações de quaisquer tipos
de incidentes ocorridos, sendo sempre analisada a utilização ou não de equipamentos
de proteção individual (vulgo EPI).

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Em resumo, todas as atividades de HSST se constituem como as atividades


cujo objetivo é o de garantir condições de trabalho em qualquer empresa “num estado
de bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doença e
enfermidade” (de acordo com a Organização Mundial de Saúde.)

Analisando parcelarmente este tipo de atividades temos que:

A higiene e saúde no trabalho


procura combater de um ponto de
vista não médico, as doenças
profissionais, identificando os fatores
que podem afetar o ambiente do
trabalho e o trabalhador, procurando
eliminar ou reduzir os riscos profissionais.
A segurança do trabalho por outro lado, propõe-se combater, também dum
ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho, eliminando para isso não
só as condições inseguras do ambiente, como sensibilizando também os
trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.
Dadas as características específicas de algumas atividades profissionais,
nomeadamente as que acarretam algum índice de perigosidade, é necessário
estabelecer procedimentos de segurança, para que estas sejam desempenhadas
dentro de parâmetros de segurança para o trabalhador.
Nesse sentido, é necessário fazer desde logo um levantamento dos fatores que
podem contribuir para ocorrências de acidentes, como sejam:

Acidentes devido a ações perigosas;


Falta de cumprimento de ordens (não usar E.P.I.)
Ligado à natureza do trabalho (erros na armazenagem)
Nos métodos de trabalho (trabalhar a ritmo anormal, manobrar empilhadores
inadequadamente, distrações).
Acidentes devido a Condições perigosas:
Máquinas e ferramentas;
Condições de ambiente físico, (iluminação, calor, frio, poeiras, ruído)

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Condições de organização (Layout mal feito, armazenamento perigoso, falta de


Equipamento de Proteção Individual – E.P.I.)

Legislação aplicada a higiene e segurança do trabalho


A legislação da higiene e segurança do
trabalho é bem específica e grande, sabendo
disso iremos mostrar abaixo apenas os artigos
e incisos principais.
Acidentes (CIPA), de conformidade com
instruções expedidas pelo Ministério do
Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de
obra nelas especificadas.
As instruções do Ministério do Trabalho e Emprego correspondem à NR5, que
trata especificamente das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes – CIPA.
O item 5.1, da NR 5, estabelece que o objetivo da CIPA é a prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do
trabalhador.
O emprego da palavra “permanentemente”, traz a ideia de “sem interrupção”.
O item 5.2, da NR 5, dispõe que devem constituir CIPA, por estabelecimento, e
mantê-la em regular funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de
economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes,
associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam
trabalhadores como empregados.
O item 5.3 dispõe que as normas da NR5 se aplicam, no que couber, aos
trabalhadores avulsos e às entidades que lhes tomem serviços, observadas as
disposições estabelecidas em Normas Regulamentadoras de setores econômicos
específicos.
Sabemos que não existe vínculo empregatício, celetista, na relação de trabalho
avulso. Sabemos, também, que as normas de SST, em regra, só se aplicam aos
trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho.
Entretanto, no caso específico da NR5, suas disposições, quando não forem
incompatíveis com as características do trabalho avulso, são plenamente aplicáveis

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Parágrafo único – O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a


composição e o funcionamento das CIPA (s).
Art. 164 – Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos
empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na
regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior.
1º – Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles
designados.
2º – Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em
escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical,
exclusivamente os empregados interessados.
Escrutínio secreto significa votação secreta, sigilosa.

Fatores que afetam a higiene e segurança do trabalho


Dadas as especificidades
de algumas atividades
profissionais através da Higiene e
Segurança do trabalho., as quais
acarretam algum índice de
perigosidade, é necessário que
sobre as mesmas incidam procedimentos de segurança para que as mesmas sejam
desempenhadas dentro de parâmetros de segurança para o trabalhador.
Nesse sentido, é necessário fazer desde logo um levantamento dos fatores que
podem contribuir para ocorrências de acidentes, como sejam:
Máquinas e ferramentas;
Condições de organização;
Condições de ambiente físico, (iluminação, calor, frio, poeiras, ruído).

Acidentes devido a Afecções perigosas:

Falta de cumprimento de ordens (não usar E.P.I);


Ligado à natureza do trabalho (Erros na armazenagem);
Nos métodos de trabalho (trabalhar a ritmo anormal, manobrar empilhadores
inadequadamente, distrações, brincadeiras).

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Fundamentos de higiene e segurança do trabalho

É preciso mudar os hábitos e as


condições de trabalho para que a higiene
e a segurança no ambiente de trabalho se
tornem satisfatórios.
Nessas mudanças se faz
necessário resgatar o valor humano
através dos processos de higiene e
segurança do trabalho.
Nesse contexto, a necessidade de reconhecimento pode ser frustrada pela
organização quando ela não valoriza o desempenho.
Por exemplo, quando a política de promoção é baseada nos anos de serviço e
não no mérito ou, então, quando a estrutura salarial não oferece qualquer
possibilidade de recompensa financeira por realização como os aumentos por mérito.
Se o ambiente enfatizar as relações distantes e impessoais entre os
funcionários e se o contato social entre os mesmos for desestimulado, existirão menos
chances de reconhecimento.
Conforme Arroba e James (1988) uma maneira de reconhecer os funcionários
é admitir que eles têm outras preocupações além do desempenho imediato de seu
serviço.
Uma outra causa da falta de reconhecimento dos funcionários na organização
são os estereótipos, pois seus julgamentos não são baseados em evidências ou
informações sobre a pessoa.
A partir do momento que as pessoas fazem parte de uma organização podem
obter reconhecimento positivo ou negativo.

PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL

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É inegável a
importância do
desenvolvimento
de exercícios no
ambiente de
trabalho, assim
como em nossa
vida, mas não da
maneira como se
colocam nos dias
de hoje, devemos refletir sobre os resultados atribuídos somente a Ginástica Laboral.
Para a eficácia dos programas de Ginástica Laboral, devemos separar seus
objetivos e metas, bem como a forma com que o programa será aplicado e se existe
a necessidade de outras ferramentas ergonômicas associadas.
A ergonomia é uma ciência multidisciplinar que estuda a relação do homem
com o seu trabalho, seu objetivo básico é a humanização e a melhoria da
produtividade do sistema de trabalho. Desta forma seu objetivo principal é fornecer
meios para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, adaptando o trabalho
às características anatômicas, fisiológicas e psicológicas dos mesmos. As
intervenções ergonômicas tem se mostrado bastante efetivas no que se diz respeito
a redução da incidência e recidiva das DORT’s.
A ginástica laboral quando bem orientada, pode contribuir com a ergonomia
reduzindo as dores, fadiga, monotonia, estresse, acidentes e doenças ocupacionais
dos trabalhadores.
A literatura sobre a medicina do esporte, indica que esportes que envolvem
atividades de natureza repetitiva ou que envolvem esforço (tais como o tênis e o
baseball) estão relacionados ao aparecimento de afecções no sistema músculo-
esquelético, ao invés de sua prevenção. É interessante notar que nas atividades
esportivas profissionais os jogadores fazem um número maior de pausas para
recuperação e a duração das tarefas intensas é bem menor do que ocorre nos locais
de trabalho tradicionais, onde os trabalhadores devem realizar trabalhos repetitivos e
cansativos por períodos de 8 horas durante 5 ou 6 dias na semana. Isso nos faz
acreditar ainda mais que se faz necessário uma intervenção no trabalho desses

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empregados e que os benefícios por mais que não sejam estatisticamente


contabilizados existem.
Segundo Pegado, algumas empresas experimentam resultados frustrantes em
seus programas de exercícios porque os orientadores do programa não estavam
preparados para conduzir e administrar adequadamente a ginástica laboral, porém,
não faz distinção entre o uso de facilitador ou professor de educação física.
A ginástica laboral adaptada para as necessidades impostas pelo tipo de
trabalho, realizada sem sair do posto, em breves períodos de tempo, ao longo de todo
o dia de trabalho, pode produzir resultados positivos para o empregado e o
empregador.
Esforços e posturas contraídas estáticas têm sido associados as algias, fadiga
e distúrbios musculares. Mesmo em situações de baixas cargas, como aquelas sobre
os ombros, na atividade em frente a um terminal de vídeo, a postura estática pode
levar à dor e lesão.
Podemos pensar então que momentos de pausas deverão ocorrer durante o
período de trabalho, no intuito de uma recuperação da fadiga em que o organismo
está sendo submetido.
O ambiente de trabalho a pausa passiva é caracterizado quando o trabalhador
interrompe suas atividades laborais e simplesmente descansa, sem acelerar a
metabolização ou a excreção dos resíduos metabólicos. Já a pausa ativa representa
um “repouso ativo” que ocorre com a utilização de exercícios físicos ativando a
circulação sanguínea, diminuindo a concentração do ácido lático, promovendo
reequilíbrio metabólico, na melhoria da oxigenação dos tecidos, na eliminação de
substratos, na ativação de outras estruturas osteomusculoligamentares (alongamento
e relaxamento das fibras musculares, melhora da viscosidade e lubrificação dos
tendões) dentre outros aspectos importantes para a compensação psicofisiológica,
como o relaxamento psicológico, diminuição da tensão/estresse, melhora do inter-
relacionamento pessoal .
O fato do insucesso da GL, em algumas empresas talvez não esteja somente
ligada ao despreparo dos orientadores ou a incapacidade da própria atividade de
chegar ao objetivo desejado, mas sim a falta de um olhar adequado a real necessidade
do trabalhador e de seu posto de trabalho.

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GINÁSTICA LABORAL UMA FERRAMENTA DE PESO PARA A MELHORIA DA


QUALIDADE DE VIDA

O corpo humano precisa estar em total equilíbrio para que o indivíduo


desenvolva suas atividades diárias de forma adequada. Para isso se faz necessário
estar gozando de saúde física, mental, psíquica e emocional. Não só no trabalho como
em casa, devemos buscar estar bem com o nosso corpo e mente, procurando realizar
atividades físicas, ter boas noites de sono além de uma alimentação saudável e
balanceada.
Havendo excesso ou carência de alguns fatores que influenciam os sistemas
físicos, mentais e emocional, vão acarretar em um desequilíbrio da máquina humana.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a saúde pode ser
comprometida por alguns fatores dentre eles; agentes agressivos também chamados
de fatores de risco como ruídos, temperatura, mobiliário, iluminação não adequada;
deficiência de fatores ambientais, falta de atividade muscular, falta de comunicação
com outras pessoas, falta de diversificação em tarefas de trabalho e principalmente
ausência de desafios intelectuais.
Durante uma jornada de trabalho o corpo humano é submetido a uma
diversidade de influenciadores como, pesos, posicionamentos, calor, frio, mudanças
de altitudes, atenção, monotonia, estresse entre outros, que levam a uma desarmonia
tanto do corpo quanto da mente.
Os músculos são nutridos principalmente durante seu relaxamento, sendo que
na contração muscular dinâmica deixa momentaneamente de receber aporte

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sanguíneo, mas a partir do momento que relaxa e se alonga recebe o afluxo de sangue
novamente. Já na contração isométrica ou estática na qual o músculo permanece
contraído deixando de receber seu aporte sanguíneo onde os processos metabólicos
passam a ocorrer por via anaeróbica tendo a produção e acúmulo de ácido lático que
leva a irritação e dor nas terminações nervosas.
Quando impomos ao organismo situações que fogem do equilíbrio ou quando
sobrecarregamos de certa forma as estruturas do corpo, criamos consequências a
máquina humana. No processo de trabalho podemos encontrar diversas situações
que interferem na fisiologia da máquina humana, dentre elas, fadiga, monotonia,
perturbações climáticas, iluminação inadequada, estresse e ruído.
Todas as situações de esforço estático ou isométrico, tem como consequência
primária a fadiga muscular, onde ocorre dor no segmento afetado devido ao acúmulo
do ácido lático, essa fadiga pode ainda acarretar em aparecimento de tremores que
podem contribuir para a ocorrência de erros na execução das atividades.
Além da pura fadiga muscular existem sete outras formas, fadiga gerada pela
exigência visual, fadiga provocada pela exigência física de todo o organismo (fadiga
corporal geral), fadiga do trabalho mental, fadiga produzida pela exigência exclusiva
das funções psicomotoras (fadiga da destreza ou nervosa), fadiga gerada pela
monotonia do trabalho ou do ambiente, fadiga por somatório da influencias fadigantes
prolongadas (fadiga crônica), fadiga circadiana ou nictemérica, gerada pelo ritmo
biológico do ciclo de dia e noite, que se instala periodicamente e conduz o sono. Uma
vez instalada alguma destas fadigas o indivíduo pode apresentar, sonolência, lassidão
e falta de disposição para o trabalho, dificuldades para pensar, diminuição da atenção,
lentidão e amortecimento das percepções, diminuição da força de vontade, perdas de
produtividade em atividades físicas e mentais.
Tarefas repetitivas e
monótonas estão
relacionadas com a baixa
satisfação com o trabalho do
que com trabalhos com um
espaço de atividades mais
amplo. O limitado espaço de
manobra das operações

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repetitivas pode levar o indivíduo a atrofia mental e física dos órgãos, monotonia, risco
de falhas e acidentes, diminuição da satisfação no trabalho, prejuízo no
desdobramento das capacidades humanas e absenteísmo elevado, crescentes
dificuldades para preenchimento de vagas.
Todas as situações de esforço estático ou isométrico, tem como consequência
primária a fadiga muscular, onde ocorre dor no segmento afetado devido ao acúmulo
do ácido lático, essa fadiga pode ainda acarretar em aparecimento de tremores que
podem contribuir para a ocorrência de erros na execução das atividades.
Esses fatores fisiológicos sobre o corpo, são os que mais contribuem para as
DORT’s, por esta razão exercícios de alongamentos direcionados durante 15 minutos
realizados duas vezes para cada turno se tornam grandes aliados ao combate das
doenças mais comuns do trabalho, pelo fato de melhorar a nutrição e oxigenação dos
tecidos, reposicionar as estruturas do corpo, sair da monotonia, tirar o foco do estresse
momentaneamente, diminui a exaustão causada pelo estresse e pelo trabalho
contínuo, diminui o sedentarismo e estimula a procura por atividades físicas, melhora
a atenção no trabalho, diminui o nível de acidentes melhorando o estado geral.
Importante dar uma pausa para o organismo humano. Dentre os mecanismos
que previnem as lesões, através da realização de pausas em atividades repetitivas,
podemos destacar que:
O fluxo de sangue normal retira as concentrações acumuladas de ácido lático
muscular, evitando assim possíveis irritações nas terminações nervosas livres;
Os tendões retornam às suas estruturas normais, voltando a sua formação
normal (viscoelasticidade e conformação);
A lubrificação dos tendões pelo líquido sinovial, evitando atrito Inter estrutural.
A influência benéfica da atividade física sobre a dimensão emocional da
qualidade de vida, se dá sob múltiplos aspectos, especialmente os efeitos nocivos do
estresse e o melhor gerenciamento das tensões próprias do viver.
A população brasileira de um modo geral, por falta de estímulos, crescem
adquirindo vícios dos mais diversos e deixando de lado a preocupação com a saúde,
pois na maioria das vezes os efeitos não são sentidos imediatamente, só retornam a
preocupação em relação a saúde e qualidade de vida na terceira idade, onde os
problemas já se instalaram no decorrer dos anos, nossa intenção enquanto

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promotores de qualidade de vida é mudar essa percepção em relação a nós mesmos


e contribuir para o estado de saúde geral do trabalhador.
Segundo os conhecimentos relacionados a fisiologia humana, quando um
indivíduo é imposto a trabalhos de grande estresse e atenção, ou pouco raciocínio e
mais mecanização levando a um trabalho monótono, ou imposto a grandes esforços
físicos, calor excessivo, frio excessivo, luminosidade alta ou baixa demais, posturas
inadequadas, vai levar a um desgaste da máquina humana o que provavelmente irá
gerar em desequilíbrio e futuros problemas tanto físicos quanto psicológicos.

Deve-se entender portanto que a Ginástica laboral, quanto a seus objetivos de


melhorar a nutrição e oxigenação dos tecidos, reposicionar as estruturas do corpo,
sair da monotonia, tirar o foco do estresse momentaneamente, diminui a exaustão
causada pelo estresse e pelo trabalho contínuo, diminui o sedentarismo e estimula a
procura por atividades físicas, melhora a atenção no trabalho, diminui o nível de
acidentes melhorando o estado geral do trabalhador atende as situações impostas
durante a jornada de trabalho, quando realizado da forma adequada, respeitando os
momentos de pausa para a reconstituição dos tecidos. Além do fato de ser realizada
adequadamente, não podemos esquecer que estamos lidando com pessoas que
pensam e sentem e que para ser benéfica ao homem deve ser levado em
consideração a sua vontade, sem situações que imponham ou causem
constrangimentos.

EFEITOS SOBRE AS EMPRESAS

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A mudança dos
fatores de mudança social
no Brasil em relação as
condições ergonômicas
acabam caindo sobre os
empresários e com isso a
dificuldade e o ônus com
administração das
DORT’s, a implantação da
ginástica laboral acaba
sendo o meio mais rápido, prático e menos custoso de dar início a solução dos
problemas relacionados as lesões osteomusculares relacionadas ao trabalho.
Através da implantação da Ginástica Laboral, a empresa se beneficia em
alguns fatores já comprovados, entre eles a diminuição dos problemas de saúde do
trabalhador e com isso um aumento na produtividade da empresa. Isso se dá em razão
de uma diminuição das faltas por motivos médicos e também a redução dos acidentes
de trabalho.
O trabalhador também recebe benefícios, pois grande parte dos exercícios que
são executados durante a terapia, visam reduzir o impacto e o estresse muscular que
o indivíduo sofre durante sua jornada de trabalho. Isto significa que não só
trabalhadores “braçais” ou funcionários da linha de produção necessitam da Ginástica
Laboral, mas também trabalhadores administrativos (digitadores, secretárias, etc.) E
externos (motorista, vendedores, entregadores, etc.). Estes tipos de trabalho
(administrativo, produção e/ou externo) trazem sérios problemas posturais,
musculares, mentais e visuais. Um programa de Ginástica Laboral visa minimizar as
lesões osteomusculares e ergonômicas causadas por estas atividades.
Na prática podemos observar a melhor integração entre os funcionários, na
maioria das vezes melhor disposição para desenvolver as atividades laborais e um
melhor clima organizacional no ambiente de trabalho, além da satisfação do
funcionário em relação à empresa.
A ginástica laboral assumiu definitivamente o papel de ferramenta contra ações
cíveis (trabalhistas) para os empresários, retirando o dolo e culpa da empresa nessas
reclamações. A implantação do programa prova perante à lei que a empresa se

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preocupa com a saúde e qualidade de vida do seu colaborador. Porém, não há até o
momento nada que se refira a ginástica laboral como uma exigência legal na
prevenção das DORT’s, portanto como ela está inserida dentro de uma medida
ergonômica, e a ergonomia está inserida como exigência legal, podemos levar em
consideração que seja uma medida paliativa. Por esta razão talvez a relação da GL
como ferramenta contra as ações cíveis.

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