Dissertao Amaral
Dissertao Amaral
Dissertao Amaral
Marabá
Junho de 2017
AMARAL NUNES DE SOUZA
Marabá
Junho/2017
AMARAL NUNES DE SOUZA
Marabá
Junho/2017
FICHA CATALOGRÁFICA
MODERN PHYSICS: UM APLICATIVO PARA O ENSINO DE FÍSICA
MODERNA NO ENSINO MÉDIO
________________________________________________________________
Prof. Dr. Luiz Moreira Gomes - FAFIS/UNIFESSPA - Orientador
________________________________________________________________
Prof. Dr. Rodrigo do Monte Gester - FAFIS/UNIFESSPA – Membro interno
________________________________________________________________
Prof. Dr. Luis Juracy Rangel Lemos – UFT- Membro externo
DEDICATÓRIA
Dedico esta dissertação aos meus pais, Francisco Soares de Souza e Maria Evânia
Nunes, que me incentivaram a prosseguir; aos meus colegas da turma de mestrado; aos
professores do programa de mestrado no ensino de física da UNIFESSPA; ao meu filho,
Augusto Silva de Souza; a amiga Marcela dos Santos Silva e, aos meus irmãos, Edson Nunes e
Luciene Rodrigues.
AGRADECIMENTO
Agradeço a Deus pela vida e pela oportunidade de realizar este trabalho. Sou grato aos
meus pais que incondicionalmente tanto me ajudaram quanto me guiaram. Aos meus irmãos
que contribuíram em muitos momentos da minha jornada.
Aos meus colegas de sala que se tornaram grandes amigos, que tanto me auxiliaram em
muitas tarefas de trabalhos acadêmicos. Aos professores que tive que me deram conselho para
prosseguir nos momentos difíceis.
Enfim, gostaria de agradecer imensamente ao professor Prof. Dr. Luiz Moreira Gomes
pela orientação, incentivo, e acima de tudo, por ter me ajudado em tudo até o último momento,
pois sem ele não teria concluído este trabalho.
Obrigado a todos os colegas e aqueles de alguma forma me ajudaram nessa grande etapa
de minha vida.
RESUMO
Neste trabalho foi desenvolvido o Software Modern Physics com o objetivo de auxiliar
professores na árdua tarefa de ensinar conceitos de Física Moderna para alunos do ensino
médio. O aplicativo foi desenvolvido em linguagem computacional Visual Basic for
Applications (VBA). Esta linguagem é uma implementação do Visual Basic da Microsoft
incorporada em todos os programas do Microsoft Office, o que foi determinante em sua escolha
para o desenvolvimento do aplicativo, uma vez que o Office é utilizado maciçamente na
sociedade. Tal aplicativo tem como foco principal facilitar a compreensão dos temas de Física
Moderna, levando o discente a uma aprendizagem por meio da interação, uma vez que o mesmo
será capaz de simular situações e comparar resultados e, a partir daí, tirar suas próprias
conclusões. Com o uso desta ferramenta, vislumbra-se um grande potencial para ensino e um
facilitador da aprendizagem da Física moderna. Esse software foi utilizado em cinco turmas de
terceiro ano da escola estadual Plinio Pinheiro. Os resultados obtidos mostraram-se bastante
promissores, evidenciando que o aplicativo é uma excelente ferramenta auxiliar no ensino
aprendizagem dos conceitos de Física Moderna.
In this work the modern physics software was developed with the goal of helping teachers in
the arduous task of teaching concepts of modern physics for high school students. The
application was developed in Visual Basic for Applications (VBA) computational language.
This language is an implementation of Microsoft Visual Basic embedded in all Microsoft Office
programs, which was determinant in its choice for application development, since office is
massively utilized in society. This application has the main focus to ease the comprehension of
the themes of modern physics, leading the student to a learning through interaction, since the
same will be able to simulate situations and compare results and, from there, draw their own
conclusions. With the use of this tool, a great potential for teaching and a facilitator of learning
of modern physics is envisaged. This software was used in five third-year classes of the Pine
Fir State school. The results obtained were very promising, demonstrating that the application
is an excellent auxiliary tool in teaching learning the concepts of modern physics.
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
Ao iniciar o ao letivo, os professores encontram vários obstáculos para fazer suas aulas,
pois cada turma tem uma mesclagem de perfil de alunos diferentes, levando a uma dificuldade
no processo de ensino e aprendizagem. Essas dificuldades são de natureza variada, pois cada
ser tem seu modo particular de desenvolvimento.
E com esses obstáculos, é necessário que a escola tenha uma saída em termos de uso da
tecnologia para ensinar, uma vez que o aluo está inserido um meio social que de alguma forma
se fala em tecnologia, talvez sem cunho educativo, mas se ouve falar.
Nessa perspectiva, o uso de tecnologia em sala de aula se torna indispensável, pois além
de facilitar o aprendizado, faz com que as aulas se tornem mais interessantes e prazerosas,
levando os alunos a compreender com mais facilidades os conteúdos e consequentemente, fazer
uma conexão com o mundo em que vivem.
É preciso certo cuidados para aplicação desses recursos. O uso da tecnologia é de suma
importância na formação do pensamento formal, que passa pelo desenvolvimento da
simbologia, com a aprendizagem da escrita e da leitura, função esta que desempenha o papel
de decodificação dos signos, em termos daqueles referentes internos do sujeito que lê
(VIGOTSKY, 1993).
Assim, está dissertação tem como foco a criação de um aplicativo chamado “Modern
Physics”, com o fim de ensinar Física Moderna para alunos do Ensino Médio. O aplicativo
desenvolvido é de fácil utilização e pode ser utilizado nos computadores existentes nos
laboratórios de informática das escolas, pois o pré-requisito para sua utilização é a existência
da Microsoft Office instalada os computadores. Tal aplicativo visa facilitar a compreensão dos
conceitos de física moderna, levando o aluno a uma aprendizagem por meio da interação, uma
vez que o mesmo será capaz de simular situações e comparar resultados, tirando assim, suas
próprias conclusões.
Para verificar a eficiência do software, como uma ferramenta pedagógica auxiliar do
ensino aprendizagem, foi trabalhado em sala de aula o tema Física Moderna utilizando o
aplicativo para auxiliar o aprendizado dos alunos. A escolha deste assunto foi motivada pelo
fato de que a Física Moderna ainda é muito pouco debatida no Ensino Médio, sendo um tema
de difícil assimilação.
A presente dissertação está dividida em seis capítulos. No capítulo introdutório é
apresentado o assunto a ser abordado, o objetivo e a finalidade do trabalho. No capítulo 2 é
direcionado sobre a revisão de literatura, no qual será feita uma análise sobre o ensino de física,
principais dificuldades no ensino de física moderna e contemporânea, os baixos resultados em
física nos indicadores (ENEM) no país, uso de software de ensino, o ensino de física moderna
12
CAPÍTULO 2
REVISÃO DE LITERATURA
Dessa forma, a física deve ser discutida em sala de aula de modo a permite a percepção
da aplicação da tecnologia como fruto do conhecimento científico, e que assim se possa ter uma
visão do mundo em que se vive, fazendo uma relação com o universo como um todo e com
isso, mostrando para o aluno que as leis físicas estão presentes em nosso cotidiano. Assim, para
ensinar física é preciso mostrar que a tecnologia e o conhecimento científico andam juntos e
14
ainda é preciso fazer a interdisciplinaridade. Outro fator preponderante que se deve ter como
parâmetro no que diz respeito ao ensino de física é a interdisciplinaridade, a qual deve ter como
pressuposto a necessidade percebida pelas escolas, pelos docentes e alunos, de explicar e ter
compreensão, assim como fazer a intervenção de algo que se mostra desafiador de disciplina
isolada, fazendo com que se tenha atenção de vários olhares.
Os PCNs fazem algumas afirmações que sugerem suas propostas ao afirmar que:
A correlação entre conteúdos e aquisição e desenvolvimento de competências
manifesta-se quando se relacionam constantemente os saberes e a sua
operacionalização em situações complexas. Isso vale para cada disciplina, para seu
vínculo com a área e para os vínculos entre as áreas. Essa correlação pode ser uma
saída para a aparente falta de pertinência, na vida cotidiana, do saber acumulado na
escola: os saberes em si não carecem de pertinência, mas não se fornecem aos alunos
condições para mobilizá-los e utilizá-los em situações concretas. (PCN, 2002, p. 32,
apud. BRANDÃO, 2005, p. 3).
Portando, se faz necessário discutir de forma mais ampla temas que envolvam o ensino
de física moderna na atualidade nas escolas. Assim como é, também, de igual importância a
formação continuada do docente, sobre temas atuais de física moderna e contemporânea. É
preciso, de forma urgente, que se mude o modo ensinar física. É impreterível que todo o
conhecimento produzido a partir do início do século XX seja ensinado nas escolas.
O ato de ensinar requer muita responsabilidade e planejamento. O docente é um dos
agentes primordiais no que se refere ao processo de ensino-aprendizagem. Outro fator que
contribui também para a dificuldade encontrada para ensina física moderna é tempo
disponibilizado às aulas de Física, pois geralmente a carga horária de cada turma gira em torno
16
de cento e trinta e cinco minutos semanais no período do dia e noventa minutos semanais à
noite. Outra dificuldade encontrada no ensino médio é o discurso de que não é possível trazer
o formalismo matemático da Física Moderna para a sala de aula, pois os alunos iriam encontrar
muitas dificuldades.
A forma da física moderna ser trabalhada pelo professor restringido a uma
matematização, dificulta a construção de um ensino que esteja vinculado a questões sociais
mais amplas.
Sem pretensão de generalizar, questiona-se até que ponto as graduações de licenciatura
em física estão se preocupando com a formação de futuros professores de física que irão fazer
parte da educação básica. É preciso também repensar essa questão da formação docente, pois
uma boa aula tem sempre um bom professor.
A questão que envolve o fator rendimento nos indicadores realizados no Brasil tem
vários fatores que contribui para os baixos rendimentos nessas provas, uma vez que os estados
brasileiros têm realidades diferentes e, consequentemente, níveis de aprendizagem diferentes.
E isso, de uma forma geral contribui para baixo resultados em certas disciplinas, como é o caso
da física.
Historicamente Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) foi criado para fazer uma
avaliação do aluno no fim do ensino médio, com o objetivo de verificar o nível de
aprendizagem. De 1998 a 2008, essa prova era feita como prova única, com 63 questões de
múltipla escolha e uma redação. Com base em parâmetros qualitativos eram construídas as
características do ensino de física no ensino médio. Os dados do exame de 2009 foram
disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(INEP), e analisando esses dados, é possível identificar certas dificuldades encontradas pelos
alunos no que diz respeito à resolução das questões de física. As questões que de física que
exigem um pouco mais do uso da matemática para serem resolvidas, foram as que mais os
estudantes erraram, já as de caráter qualitativas, ou seja, aquelas que exigem pouco uso da
matemática foram as que mais os alunos acertaram.
Hoje o ENEM se tornou a prova de critério de seleção para a maioria das universidades
e faculdades brasileiras. E também se tornou como linha de acesso a benefícios disponibilizados
pelo governo, como o PROUNI e o FIES.
O ENEM, dito como prova de cunho contextualizada, fazendo uma pesquisa, verifica-
se que essa prova, ainda apresenta muitas questões de física de que dá muita ênfase a cálculos,
17
Devido a isso a discussão sobre o uso de computadores para usar aplicativo no ensino é
um dos temas muito debatidos entre professores das diversas disciplinas e nível de ensino,
devido a uma grande quantidade de ferramentas oferecidas pelos computadores e que devem
ser exploradas para que o aluno tenha maior facilidade na aprendizagem.
18
É importante frisar também que uso de novas ferramentas só surte o devido efeito
esperado se as atividades propostas forem interessantes e o uso da tecnologia ter certa
contextualização com o tema da aula, assim como as aulas devem estar bem planejadas para
que os alunos tenham um bom aprendizado.
Mas certo autores afirmam que fatores como o a sala de aula com muitos alunos, escola
em péssimas condições, falta de recursos tecnológicos para realização das tarefas leva em certo
sentido, a uma péssima aula.
Segundo Moreira (1983)
19
Nos últimos anos, a informatização da educação teve grande avanço. Nesse sentido é
importante que aconteçam reflexões em torno das vantagens e as desvantagens de um processo
do uso da informática tão acelerado no mundo moderno.
Como assinala Oppenheimer (1997)
A revolução da Informática Educacional faz parte de uma história mais longa da
Tecnologia da Educação. Desde o início do século XX, várias ondas tecnológicas
inovadoras têm assolado a Educação com promessas e perspectivas mirabolantes
(OPPENHEIMER, 1997, p. 39).
Quando o século vinte chegou, as novas tecnologias haviam alcançado um nível tal que
tornavam os cientistas capazes de projetar experimentos a fim de explorar o comportamento de
partículas muito pequenas. Com a descoberta do elétron em 1897, e com a investigação sobre
a radioatividade pela mesma época, os experimentos começaram a sondar a estrutura atômica
da matéria. Em 1900 o físico Max Planck lançou a hipótese de que os corpos aquecidos emitiam
energia radiante em pacotes discretos. E a partir de então foram descobrindo a aplicabilidade
desses pacotes de energia, como no efeito fotoelétrico nas células fotoelétricas. Nesse contesto
de mais de cem nos de pesquisa, percebe-se que ainda não foi difundido esse conhecimento por
completo nas escolas, levando ainda alunos a se deterem nos estudos da mecânica clássica,
como, a mecânica newtoniana que leva em consideração todas as forças que atuam em um
sistema, ou lagrangiana, que leva em consideração a energia cinética e a potencial.
Esse último século, a ciência deu um salto em direção a novas concepções, como espaço
e tempo que eram considerados absolutos, passaram a ser relativos, assim como o mundo
subatômico se mostrou de forma fantástica levando a compreensão de muitos temas a física.
Diante dessa nova física, começou certo descompasso entre o que está sendo ensina dona escola
e o que de mais novo tem no mundo atual, a escola não acompanhou as novas descobertas,
ainda se ensina como se nada tivesse de novo, continua engessada no mundo clássico, como se
nada tivesse sido descoberto.
A física do século vinte mudou a compreensão de conceitos como energia, massa, tempo
e espaço. Esse desenvolvimento originou à Física Moderna, em que a Relatividade explica os
fenômenos em altas velocidades e a Mecânica Quântica se encarrega do mudo subatômico.
Atualmente, com os avanços científicos, a Física Moderna tem despertado a curiosidade
das. Isto está ligado à melhora no modo de vida das pessoas, após a miniaturização dos
componentes eletrônicos, por exemplo, estar fundamentada na Física do século XX.
(MARTINS, 2004).
Mas, de física moderna no ensino médio não tem acompanhado o desenvolvimento
tecnológico. Segundo Leonel e Souza (2009), essa desconexão entre ensino e o
desenvolvimento da tecnologia é prejudicial no que tange a alfabetização científica e
tecnológica, fazendo com que o aluno não faça uma relação com o mundo que o cerca.
Atualização no currículo é importante para formar um cidadão crítico e consistente, que
compreenda o mundo criado em que vivemos hoje.
21
É preciso rediscutir qual física ensinar para possibilitar uma melhor compreensão do
mundo e uma formação para a cidadania mais adequada. Sabemos todos que, para
tanto, não existem soluções simples ou únicas, nem receitas prontas que garantam o
sucesso. Essa é a questão a ser enfrentada pelos educadores de cada escola, de cada
realidade social, procurando corresponder aos desejos e esperanças de todos os
participantes do processo educativo, reunidos através de uma proposta pedagógica
clara. É sempre possível, no entanto, sinalizar aqueles aspectos que conduzem o
desenvolvimento do ensino na direção desejada (BRASIL, 2000, p. 23).
Com relação ao ensino de física nesse nível de ensino, indicam que a escolha dos temas
a serem abordados deve ser feita de modo que o conhecimento de física deixe de se estruturar
como um objeto em si mesmo, passando a ser entendido como um instrumento para a
compreensão do mundo.
Os textos mostram que os conhecimentos de física são importantes para na formação
científica do ser humano e que o estudo dos temas de física deve ser contextualizado e fazer a
interação com outras disciplinas.
Uma outa dificuldade encontrada para ensinar física moderna no ensino é o fato de os
alunos, na maioria deles, não dominam a matemática elementar que seria um suporte para
resolução de problemas relacionados com o tema. Na maioria das vezes, os alunos citam que
não gostam de física porque essa disciplina exige muito cálculo.
Vale ressaltar que não se pode também alegar que é somente a falta de conhecimento
do aluno em matemática que leva os mesmos a sentirem dificuldades no que refere à
aprendizagem da física moderna. O professor, também tem sua contribuição sobre esse fato,
22
uma vez que ele deverá se utilizar do conhecimento que tem para conseguir mudar tal situação.
E assim fazer com que os alunos tenham menor dificuldade em termos de aprendizagem. É de
suma importância que o professor perceba nos primeiros dias de aula as dificuldades dos alunos
em relação ao uso da matemática, pois esse procedimento lhe dará subsidio para que consiga
planejar a aula de acordo com o que aluno já tem de conhecimento.
O ensino de física há muito tempo é feito de modo a dá prioridade aos temas de física
clássica, como por exemplo, a mecânica newtoniana, a termodinâmica e eletromagnetismo. Mas
não é dado prioridade aos temas de física moderna, como, o efeito fotoelétrico e efeito
Compton, nas escolas de ensino médio. Esse fator é visto como um problema grave no ensino
de física na atualidade, pois a vida moderna está incrementada de tecnologia no cotidiano e isso
faz com que se tenha uma absoluta necessidade de inserção de temas de física moderna no
ensino de física nas escolas de ensino médio. Pois, por exemplo, muitas pessoas já viram uma
porta se abrir com a presença de calor emitido por nossos corpos em um shopping, mas não
sabem que isso se deve a um efeito descrito no século passado, o efeito fotoelétrico.
No contexto que se vive percebe-se que o conhecimento científico é tão presente e ao
passo que se mostra tão desconhecida da maioria das pessoas, no sentido de que as pessoas não
sabem a aplicabilidade da nova física que começou lá no início do século XX.
Dessa forma, se faz necessário a inserção do ensino de física de forma estratégica com
temas que estejam relacionados aos interesses dos alunos para que os mesmos tenham
interesses. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais.
Para Terrazzan,
Ultimamente, os temas referentes à física moderna estão sendo colocados nos livros
didáticos voltados para a educação básica. Porém, grande parte de docentes não dão ênfase
nesses conteúdos, fazendo com que os alunos de ensino médio terminem esse ciclo de estudos
sem ter ao menos ouvido falar, por exemplo, do que se trata o efeito. O ensino escolar tem como
papel fundamental na construção de uma cultura cientifica que venha facilitar a compreensão
do mundo atual.
Para Ausubel (1973), a aprendizagem, que ele chama de aprendizagem significativa, é
aquela na qual o aluno em posse de uma nova informação sobre determinado tema, faz com que
essa informação tenha um significado importante na sua vida cotidiana. E essa informação só
tem sentido real para o aluno se ele conseguir fazer uma relação com ideias que ele tem sobre
determinado assunto, os chamados subsunsores. Assim, ao aprender determinado conteúdo, o
aluno é capaz de explicá-lo com suas próprias palavras.
Se aprendizagem significativa ocorrer, a informação ainda irá sofrer alterações, uma vez
que sempre irá acontecer de o aluno atribuir significados de cunho pessoal. Segundo Ausubel
(1980) o aprendizado significativo é atribuição de significação a temas estudados e relacionar
ao que já se conhece.
A vontade de aprender é considerado como o ponto de partida por parte do aluno, uma
vez que influencia a sua percepção no que diz respeito ao conteúdo de estudo. Nesse sentido,
as aulas introdutórias sobre determinado tema têm que ser precedidas de discussão de temas
relacionados com temas que sejam de conhecimentos do aluno, para que os mesmos consigam
correlacionar com o seu cotidiano e dessa forma compreender o mundo com mais facilidade e,
perceber também que o ensino escolar está diretamente ligado com sua vida. Assim, o aluno
vai construindo seu próprio conhecimento na medida em que consegue fazer o elo entre os
temas tratados na escola e a aplicação da ciência no mundo moderno. Para GARCIA (199)
CAPÍTULO 3
O APLICATIVO EDUCACIONAL “MODERN PHYSICS”
Neste capitulo será apresentado o aplicativo Modern Physics, bem como uma breve
revisão dos conceitos físicos de Física Moderna existentes no referido software.
3.1 O APLICATIVO
O software Modern Physics foi desenvolvido com o fim de ser uma ferramenta auxiliar
ao aprendizado do conteúdo de Eletrodinâmica no Ensino Médio, de fácil manuseio por
professores e alunos. Esse software dá a possibilidade aos alunos a investigação de fenômenos
físicos envolvidos nos tópicos de Física Moderna. O aplicativo auxilia os alunos no
desenvolvimento de sua capacidade de analisar gráficos, principalmente na dependência de suas
variáveis, nas leis que regem suas correlações, e auxilia nos cálculos. A ideia é que o professor
e alunos utilizem o software durante as aulas expositivas, criando assim um ambiente dinâmico
e interativo, propício ao aprendizado efetivo, levando alunos a participarem mais das aulas e
não apenas sendo meros expectadores ou ouvintes.
Após clicar em OK, será carregada a tela inicial do aplicativo (Figura 2).
Nesta tela, o usuário terá acesso aos conteúdos básicos referentes à Física Moderna do
software.
Ao clicar no botão IRRADIAÇÃO (figura 2), será carrega a tela relacionada aos
conceitos e cálculos sobre radiação térmica (Figura 3).
Na tela da figura 3, ao clicar no botão Conceitos, o usuário terá acesso aos conceitos de
irradiação térmica. Clicando no botão Cálculos, será aberta a janela Cálculos, onde o usuário
acessará as seguintes equações: lei de Wien, Lei Planck e a lei de Stefan-Boltzmann (figura 4).
Figura 4 – Janela mostrando os botões de acesso aos cálculos relacionados às leis de
Wien, de Planck e Stefan-Boltzman.
Clicando no botão da Lei de Wien na janela de Cálculos (figura 4), será aberta a janela
mostrada na fig. 5. Nesta janela o usuário tem a opção de calcular o comprimento máximo de
uma radiação em função da temperatura absoluta. Para isso basta inserir o valor da temperatura
absoluta e clicar no botão CALCULAR que o resultado aparecerá.
Ao clicar no botão LEI DE PLANCK (figura 4), será aberta a janela para os cálculos
da lei de Planck (figura 6). Nesta janela é possível calcular a irradiação térmica em função da
28
Ao clicar no botão Stefan-Boltzmann (figura 4), a janela relacionada aos cálculos da lei
de Stefan-Boltzmann será aberta. Nela, será possível calcular a potência irradiada e também
plotar o gráfico correspondente para um intervalo de temperatura absoluta (figura 7).
Nesta tela o aluno terá acesso aos conceitos referentes ao efeito fotoelétrico e como fazer
os cálculos. Ao clicar no botão cálculos, a seguinte tela (fig. 9) será exibida.
Figura 9 – Janela mostrando os botões de acesso aos cálculos das grandezas sobre o
efeito fotoelétrico.
Nesta tela (figura 9), o aluno poderá calcular a frequência mínima que uma radiação
deve ter para que o ocorra o efeito fotoelétrico. Poderá também calcular a energia cinética de
30
Nessa tela há dois botões. Ao clicar no primeiro, os conceitos sobre o Efeito Compton
serão exibidos em um arquivo em formato PDF. Clicando no segundo, será carregada uma nova
janela (fig. 11) para a realização dos cálculos.
Figura 11 – Janela mostrando os botões de acesso aos cálculos do deslocamento
Compton e também à plotagem o gráfico do Espalhamento.
A Figura 6 apresenta a tela do Modern Physics, onde o usuário poderá efetuar o cálculo
da irradiação em função da frequência e da temperatura absoluta, assim como também é
possível plotar o gráfico da irradiação utilizando a temperatura (T) e a frequência (ν). Observa-
se que a partir da análise dos gráficos gerados, o professor pode facilmente instigar os alunos
para que percebam a relação existente entre as variáveis e, a partir desta análise, estabelecer
juntamente com eles a lei física.
b) Efeito Compton
Outro exemplo, usando o software Modern Physics, refere-se ao efeito Compton.
Utilizando a tela do Modern Physics mostrada no gráfico 2 e usando como exemplo os seguintes
ângulos dados para plotar o gráfico: θ1= 10 graus e θ2 = 180 graus.
32
c) Efeito fotoelétrico
Usando a tela do Modern Physics, mostrada na figura 9, pode-se calcular o valor da
energia mínima necessária (chamada também de função trabalho) para retirar um elétron de
uma superfície metálica, assim como é possível também determinar a energia cinética do elétron
ejetado. Para exemplificar, qual seria a energia mínima necessária para que um elétron seja
retirado de um metal onde incide radiação de frequência de corte ν = 1,1342 x 1015 Hz? Ao inserir
esse valor de frequência no local correspondente da figura 9, o aluno irá obterá como resposta
para função trabalho φ = 7,52 x 10-19 J, que corresponde em eletro-volt a 4,7 eV. (Figura 12).
Figura 12 – Tela mostrando o cálculo da função trabalho.
Assim, nesses exemplos, é possível mostrar que fica mais fácil a discussão dos conteúdos em
sala de aula sobre física moderna, levando o aluno a compreender de forma mais rápido os conteúdos
33
ministrados, pois os mesmos poderão sempre que necessitar, fazer outros cálculos e plotar novos
gráficos para fazerem comparações e com isso ter um aprendizado mais eficaz.
Radiação emitida por um corpo devido ao grau de agitação das partículas é conhecida
como radiação térmica ou irradiação térmica. Qualquer corpo emite radiação térmica, pois por
menor que seja o grau de agitação das partículas de um sistema físico, esse movimento sempre
existirá. Se um corpo está inicialmente mais aquecido que o meio onde se encontra, ele irá
esfriar, pois sua emissão de energia é maior que a taxa de absorção. Já ao atingir o chamado
equilíbrio térmico, a taxa de emissão e absorção se tornam iguais.
A matéria no estado liquido ou sólido (estado condensado) emite espectro contínuo de
radiação. O espectro depende diretamente da temperatura da matéria. Em temperaturas usuais,
os corpos são vistos pela radiação que refletem. Assim, nesse caso, se nenhuma luz incidir sobre
eles, não conseguiremos vê-los. Quando a temperatura é elevada, os corpos emitem luz própria
e, assim, poderemos vê-los brilhando, num quarto escuro, por exemplo. Porém, mesmo para
temperaturas da ordem de milhares de Kelvin, em torno de noventa por cento da radiação
emitida é invisível para o olho humano, pois a maioria do espectro está ao nível do espectro do
infravermelho, frequências em que nossos olhos não são sensíveis a elas. Daí percebe-se que
esses corpos que têm luminosidade próprias estão à temperatura muito elevadas, como por
exemplo, o Sol.
A emissão de radiação depende da temperatura do corpo. Os corpos com essa
característica, são chamados de corpos negros. Adotou-se esse nome para esses corpos por eles
absorverem toda a radiação incidente. Vale ressaltar que todos os corpos negros com a mesma
temperatura, irradiam com o mesmo espectro eletromagnético. Isso pode ser entendido com
argumentos termodinâmicos clássicos. Mas a forma específica do espetro não tem explicação
plausíveis em argumentos da termodinâmica somente.
A radiação espectral é determinada pela relação equação (1)
𝑅𝑇 = ∫ 𝑅𝑇 (𝜆)𝑑𝜆 = ∫ 𝑅𝑇 (𝜐)𝑑𝜐 (1)
34
A equação (1) é definida de forma que seja igual a radiância espectral esteja no intervalo
de ν a ν +dν por unidade de área de uma superfície, a uma temperatura absoluta T. Assim, por
exemplo, na figura 13, seria possível calcular a radiação espectral sob as curvas que representam
as temperaturas de 1400 K, 1250 K e 1000 K, bastando para isso resolver a integral de RT da
equação (1). Na figura 13, percebe-se também, que a radiância espectral aumenta com o
aumento da temperatura. Esse resultado é conhecido como lei de Stefan, a qual foi publicada
pela primeira vez no ano de 1979 no formato de uma fórmula empírica, dada por
𝑅𝑇 = 𝜎𝑇 4 (2)
A constante σ = 5,6705 × 10-8 W/m2K4, é chamada constante de Stefan-Boltzmann. Ainda
analisando a figura 13, percebe-se que o espectro se descola para maiores valores em função da
temperatura. Essa característica é conhecida como de lei do deslocamento de Wien, dada por
𝜆𝑚á𝑥 𝑇 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 (3)
Essa constante que aparece na equação (3) é chamada de constante de Wien e foi
determinada experimentalmente sendo 2,898𝑥10−3 𝑚. 𝐾
Figura 13 – Comprimento de onda da radiação emitida.
Para Rayleig e Jeans, a distribuição espectral R(λ) está relacionada com a densidade
de energia das radiações no interior de uma cavidade de um corpo negro. A radiação emitida
para fora de um corpo negro é diretamente proporcional à densidade de energia U no interior
da cavidade. Sabendo que a constante de proporcionalidade (sem a demonstração presente neste
𝑐
trabalho) é igual a 4 ((𝑐 = 3𝑥108 m/s, é a velocidade da luz no espaço livre). Então:
1
𝑅 = 𝑐𝑈 (4)
4
35
A função u(λ) é determinada pela física clássica de forma simples. Bastando determinar
os modos oscilantes do campo eletromagnético dentro da cavidade onde os comprimentos de
onda se encontram entre λ + dλ e fazer o produto com a energia média de cada modo oscilante.
O resultado do primeiro cálculo (não mostrado neste trabalho) informar que o modo de
oscilação é dado por
𝑛(𝜆) = 8𝜋𝜆−4 (6)
A relação expressa pela equação (7), demonstrada pela primeira vez por Lord Rayleig,
é conhecida como a lei de Rayleig-Jeans.
Quando o comprimento de onda é grande, a lei de Rayleig-Jeans satisfaz os resultados
obtidos experimentalmente, porém, para altas frequências, que corresponde a ondas curtas, lei
de Rayleigh-Jeans informa que u(λ) aumentaria indefinidamente (𝑢 → ∞) quando λ→0,
enquanto os resultados experimentais mostram que a função distribuição 𝑢(𝜆) → 0 quando o
comprimento de 𝜆 → 0. Essa incoerência entre o resultado previsto pela lei de Rayleigh-Jeans
e a experiência é denominado de catástrofe do ultravioleta, a qual é mostrada na figura 14.
O uso do termo catástrofe do ultravioleta é justificado analisando a equação (7) e
observando que,
∞
∫0 𝑢(𝜆)𝑑𝜆 → ∞ (8)
8𝜋ℎ𝑐𝜆−5
𝑢(𝜆) = ℎ𝑐 (9)
𝑒 𝜆𝑘𝑇 −1
36
Em meados do século XIX cientistas perceberam que a luz conseguia arrancar elétrons
de certos materiais e esse fenômeno é conhecido como Efeito Fotelétrico.
Hertz, ao fazer experiências para comprovar as previsões de Maxwell sobre as ondas
eletromagnéticas, acabou por descobrir o efeito fotoelétrico. Hertz percebeu que ocorria a
fotocorrente, todas as vezes que a superfície metálica era iluminada. A descoberta inesperada
do efeito fotoelétrico incomodou Hertz, pois interferia nos resultados que ele estava procurando,
que era a comprovação das ondas eletromagnéticas de Maxwell
Um arranjo que pode ser usado para observar o efeito fotoelétrico é mostrado na figura
15. A luz que incide sobre um metal (placa emissora) e negativamente eletrizada, libera
elétrons, estes elétrons são atraídos pela placa positiva (placa coletora) e produzem uma
corrente elétrica mensurável. Se, ao invés disso, eletrizar a segunda placa com uma carga
negativa de valor suficiente para que ela consiga repelir os elétrons ejetados, a corrente pode
ser interrompida. Pode-se, então, calcular a energia dos elétrons ejetados a partir da ddp
(diferença de potencial) existente entre as placas, que é fácil de medir.
1
Para frear um elétron de energia cinética 𝐾 = 4 𝑚𝑒 𝑣 2 , é preciso usar uma diferença de
potencial retardado V tal que 𝑒𝑉 = 𝐾, onde (e) é a carga do elétron. Logo, o potencial de
37
freamento deve estar associado a elétrons com direção de movimento perpendicular ao catodo
12
(placa emissora) e com energia cinética máxima 𝐾𝑚á𝑥 = 2 𝑚𝑒 𝑣𝑚á𝑥 , logo:
1 2
𝑚𝑒 𝑣𝑚á𝑥 = 𝑒𝑉 (10)
2
Pela conservação da energia, essa energia cinética máxima deve corresponder à energia
fornecida pela luz (energia dos fótons), menos o trabalho W necessário para extrair um elétron
da superfície, contra a força atrativa da carga positiva da carga remanescente, logo:
1 2
𝑚𝑒 𝑣𝑚á𝑥 = 𝑒𝑉 = 𝐸 − 𝑊 (11)
2
O que se esperaria então, segundo a teoria eletromagnética clássica? Uma onda
eletromagnética transporta energia, que é diretamente proporcional a intensidade 𝐼0 da onda,
qualquer que seja sua frequência ν. Essa energia pode ser transferida aos elétrons do catodo,
pois eles são colocados em oscilação forçada pelo campo elétrico da onda.
Esperava-se que à medida que 𝐼0 aumenta, deveria aumentar E, na equação (11), por
conseguinte o potencial de fretamento V. Porém não é o que se observa experimentalmente: as
curvas na figura 18 mostram que o aumento de I, intensidade da luz, só aumenta intensidade i
da fotocorrente (número de elétrons ejetados), sem aumentar o potencial de freamento V. No
entanto, a mudança no potencial de freaamento com a frequência ν não tem explicação na física
clássica, figura 16. Num trabalho publicado em 1905, Einstein propôs uma teoria do efeito
fotoelétrico baseada numa extensão muito mais audaciosas das ideias de Planck sobre a
quantização: a de que a radiação eletromagnética de frequência ν consiste de quanta de energia
𝐸 = ℎ𝜈 (12)
Nas palavras de Einstein, “A ideia mais simples é que um quantum de luz transfere a
sua energia a um único elétron: vamos”. Com isso a equação (11) fica então
1 2
𝑚𝑒 𝑣𝑚á𝑥 = ℎ𝜈 − 𝑊 (13)
2
A equação (13) é a equação de Einstein do efeito fotoelétrico. Ela explica imediatamente o
aumento do potencial de fretamento V. E assim fica compreendido o efeito foto elétrico.
Assim, por exemplo, se a função trabalho de um determinado metal é W = 1,82 eV, teria
para a frequência de corte:
ℎ𝑣0 = 𝑊
4,14𝑥10−15 𝜈0 = 1,82
1,82 𝑒𝑉
𝜈0 =
4,14𝑥10−15 𝑒𝑉. 𝑠
𝜈0 = 4,39𝑥1014 𝐻𝑧
Se uma radiação de frequência menor de que essa que foi encontrada no exemplo para
o mesmo metal, o efeito fotoelétrico não ocorrerá.
.
Figura 16 - Variação de i com V.
Conforme o próprio Einstein percebeu ao usar no título de seu artigo a expressão “um
ponto de vista heurístico”, a equação do efeito fotoelétrico (13) não demonstra a existência de
fótons: apenas pode ser interpretada dessa forma. Após a formulação da mecânica quântica, foi
mostrado por Guido Beck, físico austríaco, que a relação de Einstein resultada da quantização
da matéria (átomos), sendo desnecessárias para obtê-la, quantizar a radiação (fótons).
ℎ𝜈 ℎ
𝑝= = (14)
𝑐 𝜆
Dessa forma, quando ocorre uma interação entre um fóton e um alvo, o fóton pode
transferir energia para o elétron do alvo, fazendo o mesmo adquirir uma energia que faz com
que este adquira uma certa velocidade. E pela conservação da energia, essa velocidade
40
adquirida pelo elétron é proveniente do fóton incidente, o seja, a energia do fóton é dividida em
duas partes, uma serve para fazer o elétron se deslocar e a outra serve para fazer a radiação
espalhar
.
41
E
𝑝12 𝑠𝑒𝑛2 𝛷 = 𝑝2 𝑠𝑒𝑛2 𝜃
E somando as duas equações, encontra-se
𝑝02 + 𝑝12 − 2𝑝0 𝑝1 𝑐𝑜𝑠𝛷 = 𝑝2 (15)
A conservação da energia total relativística impõe que
𝐸0 + 𝑚0 𝑐 2 = 𝐸1 + 𝐾 + 𝑚0 𝑐 2
Portanto:
𝐸0 − 𝐸1 = 𝐾
E sabendo que:
𝑐(𝑝0 − 𝑝1 ) = 𝐾 (16)
Fazendo
𝐸 = 𝐾 + 𝑚0 𝑐 2
Obtém-se:
(𝐾 + 𝑚0 𝑐 2 )2 = 𝑐 2 𝑝2 + (𝑚0 𝑐 2 )2
O que pode ser simplificado
𝐾 2 + 2𝐾𝑚0 𝑐 2 = 𝑐 2 𝑝2
Ou ainda
𝐾2
+ 2𝐾𝑚0 = 𝑝2
𝑐2
Substituindo 𝑝2 e K na expressão acima, obtém-se:
(𝑝0 − 𝑝1 )2 + 2𝑚0 𝑐(𝑝0 − 𝑝1 ) = 𝑝02 \+𝑝12 − 2𝑝0 𝑝1 𝑐𝑜𝑠𝛷
Que se reduz a
𝑚0 𝑐(𝑝0 − 𝑝1 ) = 𝑝0 𝑝1 (1 − 𝑐𝑜𝑠𝛷)
Ou
1 1 1
− = (1 − 𝑐𝑜𝑠𝛷)
𝑝1 𝑝0 𝑚0 𝑐
Multiplicando pela constante de Planck (h) e considerando que o momento linear pode
ℎ
ser escrito 𝑝 = , obtém-se a equação de Compton
𝜆
ℎ
𝜆′ − 𝜆 = (1 − 𝑐𝑜𝑠𝛷) (17)
𝑚0 𝑐
43
como comprimento de onda Compton, podendo ser representada apenas por 𝜆𝑐 , dada por
ℎ 6,63𝑥10−34 𝑗𝑠
𝜆𝑐 = = −34 8
= 2,43𝑥10−12 𝑚 = 2,43 𝑝𝑚
𝑚0 𝑐 9,1𝑥10 𝑘𝑔3,0 𝑚/𝑠
44
CAPÍTULO 4
MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 INTRODUÇÃO
4.2 A ESCOLA
A E.E.E.M. Plinio Pinheiro (figura 20) está localizada no bairro Marabá Pioneira,
Travessa Santa Terezinha, número 274 Centro. O trabalho foi feito com três turmas, totalizando
105 alunos. A escola funciona nos três turnos (matutino, vespertino e noturno).
45
4.3.3 Objetivos
4.3.4 Metodologia
Na visão de Einstein, o efeito fotoelétrico acontece quando cada fóton incidente cede
sua energia a um único elétron do metal. Parte dessa energia é usada para arrancar o elétron da
placa de metal. A essa parcela de energia ele denominou Função trabalho do material. O restante
da energia do fóton incidente aparecerá na forma de energia cinética do fotoelétron.
4.3.6 Objetivos
✓ Compreender a relação entre a frequência mínima e a ocorrência do efeito fotoelétrico,
usando o Modern Physics;
✓ Mostrar que a intensidade luminosa não interfere na ocorrência do fenômeno efeito
fotoelétrico, mas apenas aumenta o número de elétrons ejetados, mostrando também
que, se a radiação incidente não tiver uma frequência mínima, o efeito fotoelétrico não
ocorrerá;
✓ Analisar a dependência da energia cinética com a frequência;
47
4.3.7 Metodologia
4.3.9 Objetivos
✓ Mostrar a função das variáveis sobre o efeito Compton no software Modern Physics;
✓ Mostrar a relação do ângulo de incidência da radiação com o elétron e o novo
comprimento de onda;
✓ Analisar graficamente o efeito Compton;
48
✓ Analisar o fenômeno efeito Compton, através de resultados dos cálculos feitos por meio
do Modern Physics, mostrando que a radiação pode se comportar como matéria nas
interações, e consequentemente, mostrar que os fótons da radiação incidente têm
comportamento dual, ou seja, na interação com o elétron, a radiação se comporta como
matéria.
4.3.10 Metodologia
Diante da aplicação dessa metodologia, os alunos se mostraram com mais estimulo para
aprender. Ficou evidenciado que essa ferramenta didática facilita a interação entre professor e
aluno, e auxilia o professor a explanar e dinamizar a aula com mais facilidade em um tempo
reduzido. E o conteúdo de física moderna se torna de fácil compreensão, levando os discentes
a compreenderem temas relacionados a radiação térmica, efeito fotelétrico e efeito Compton e,
mostrando ainda que a tecnologia atual é em grande parte fruto dessa física moderna. Nesse
sentido, os alunos deixam de ser apenas meros ouvintes de conteúdo dado em sala de aula, mas
passam a ser agente construtor do seu conhecimento e compreender muitos fenômenos
relacionados com a física moderna, como por exemplo, conseguem entender o motivo pelo qual
os sensores das lâmpadas dos postes de luz de uma cidade deixam a lâmpada se acender a noite
e apagar durante o dia.
CAPÍTULO 5
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Neste capítulo serão abordados os resultados obtidos através das intervenções realizadas
nas turmas.
5.1.1 Questionário A
(“Sim, pois talvez eu terei disciplinas envolvendo física na universidade”) e foram poucos os
alunos que atribuíram sua importância a compreensão dos fenômenos naturais presentes no dia
a dia (“Sim, porque a física quase sempre está em nosso dia a dia”)
A reposta dos alunos com relação a pergunta se eles gostam da disciplina física, mostrou
que uma grande parte deles não gostam de tal disciplina mostrando-se, portanto desinteressados
por esta disciplina em função da não compreensão dos temas relacionados a ela. Nas respostas
do questionário A, também foi evidente que os alunos não têm interesse em estudar tal
disciplina em casa, pois acham de difícil compreensão, e isso faz com que aumente o número
alunos que terminam o ensino médio sem ter compreendido o básico dos conteúdos de física.
Outra situação identificada nas respostas fornecidas pelos alunos sobre o processo de
ensino é que, os professores na sua grande maioria não utilizam nenhum tipo de ferramenta
tecnológica nas suas aulas de física. Isso é preocupante no que diz respeito ao processo de
ensino-aprendizagens nas escolas de nível médio. Essa falta de uso de software para ensinar
física, como o Modern Physics, pode levar o aluno a um total desinteresse e, consequentemente,
achar que a física é sempre uma disciplina de difícil entendimento.
As respostas dadas no questionário A são de fundamental importância para perceber que
a situação do ensino de física está muito inferior em relação ao que se espera do ensino, pois
vive-se na geração da tecnologia, mas as aulas de física ainda deixam muito a desejar.
5.1.2 Avaliação
16
14 15
12
10
Acertos
10
8
8
6 7 7
4 5 5
2 3 3
2
0
Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Q7 Q8 Q9 Q10
Questões
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
5.2.1 Questionário A
Quanto a disciplina de física, 13% afirmaram não gostar da disciplina (“porque é não
vejo relação com o cotidiano”; “por que não consigo entender”), 30 % afirmaram que gostam
(“pois tem muita tecnologia envolvida”; “ é uma matéria que faz a gente compreender o mundo
que vivemos”) e outros 57% disseram gostam de algumas partes (“porque é muito complexo e
alguns assuntos são chatos de se trabalhar, outros são bem legais”; “pois a parte conceitual da
física é interessante, mas odeio cálculo”).
O fato de gostar ou não da disciplina influencia diretamente nos estudos e na dedicação
a disciplina, por isso, 92% dos alunos afirmaram não estudar em casa ou estudar apenas as vezes
ou ainda só no dia da prova. Isso cabe ao professor procurar meios para que as aulas sejam mais
interativas e interessantes. A esse respeito, 92% dos alunos, o professor ministra as aulas usando
apenas o quadro e talvez por isso os alunos acham as aulas de física “chatas” e de difícil
entendimento.
Quanto ao uso de aplicativos para o ensino de física moderna, 88% dos alunos
afirmaram que nunca tiveram aulas com aplicativos na escola da disciplina de física e apenas
7% disseram que o professor já fez demonstrações de experimentos, os outros 12% falaram que
preferem resolução de exercícios. Em relação a questão obre os simuladores ou uso de
aplicativos, 91% dos alunos disseram que o professor nunca usou um simulador ou aplicativo
em sala de aula e 9% disseram usar apenas simuladores em casa para estudar.
Já em relação da interatividade em sala de aula, 30% dos alunos disseram não participar
das aulas, 54% disseram que participam apenas quando têm dúvidas e apenas 14% afirmaram
que participam das aulas em um diálogo aberto com o professor. Sobre a percepção dos alunos
quanto a importância da disciplina de física, 53% disseram que a mesma é importe para suas
vidas (“sim, pois aprendemos coisas uteis para nossa vida”; “sim, pois estudaremos física
também na universidade”; “sim, porque a física está em quase tudo”) e o restante afirmou que
não (43%) (“sinceramente não, pois o curso que quero não precisa da matéria”; “não, só para
quem for fazer engenharia, se não for o caso, a resposta é não”). Poucos os alunos que disseram
que os conteúdos de física são importantes em todos os aspectos.”)
Nessa segunda turma, a aplicação do questionário A evidenciou que muitos deles não
gostam da disciplina, daí o desinteresse pela física em função da não compreensão dos temas
relacionados. Nas respostas, também foi verificado que os alunos não têm interesse em estudar
tal disciplina em casa, pois acham de difícil entendimento estudar sozinhos, e isso faz com que
54
aumente o número alunos que terminam o ensino médio sem ter compreendido o básico dos
conteúdos de física.
Foi identificado nas respostas fornecidas pelos alunos sobre o processo de ensino que
os professores, na sua grande maioria, não utilizam nenhum tipo de ferramenta tecnológica nas
suas aulas de física. E isso é, no mínimo, preocupante no que diz respeito ao processo de ensino-
aprendizagens nas escolas de nível médio. Essa falta de uso da tecnologia para ensinar física,
leva o aluno a um total desinteresse e, consequentemente, achar que a física é sempre uma
disciplina de difícil compreensão. As respostas dadas no questionário A são de fundamental
importância para perceber que a situação do ensino de física está precisando ser feita com o uso
de aplicativos voltados para o ensinar física, pois vive-se na geração da tecnologia, mas as aulas
de física no ensino médio ainda deixam muito a desejar, no que se refere a utilização da
tecnologia.
5.2.2 Avaliação
Pela análise dos dados coletados da prova aplicada (Apêndice B), esta segunda turma
obteve um resultado melhor do que a primeira turma, mas houve certa dificuldade dos alunos
na resolução das questões que envolviam cálculos, que envolvem a compreensão do tema de
Física Moderna, mais especificamente, sobre os cálculos de efeito fotoelétrico e efeito
Compton. Mas no geral houve uma melhora significativa no rendimento dos alunos. Os alunos
também tiveram um melhor desempenho nas questões que são questões de caráter teórico de
menor complexidade e que depende muito mais da atenção durante a leitura, pois suas respostas
já estão nas entrelinhas da própria pergunta. De acordo com o diagrama a seguir (figura 18),
faz-se uma comparação com os resultados obtidos na turma piloto (turma esta que teve apenas
aulas teóricas e não teve aulas como o aplicativo Modern Physics) e a turma que teve aula com
o uso do aplicativo Modern Physics.
55
5.3.1 Questionário A
sala de aula, 97% disseram que o professor nunca usou esse tipo de recurso e somente 3% disse
usar simuladores em casa para estudar.
Por fim, 83% dos alunos disseram achar importante a disciplina de física para suas vidas
(“sim, por que nos auxilia em várias coisas no nosso dia a dia”; “sim, por que a física faz parte
do nosso dia a dia”; “sim, pois física está relacionada a quase tudo”), enquanto outros 17%
disseram não (“não, pois nunca vou usar física”; “não, pois não é uma disciplina que faz parte
do curso que desejo”).
Na turma, o resultado do questionário mostrou que uma grande parte deles não gostam
de tal disciplina também e com isso revelando a falta de estímulo para compreenderem a física.
Nas respostas, também se verificou que os alunos não têm interesse em estudar tal disciplina
em casa, pois acham de difícil compreensão estudar sozinhos, e isso faz com que aumente o
número alunos que terminam o ensino médio sem ter compreendido o básico dos conteúdos de
física.
Identificou-se nas respostas fornecidas pelos alunos sobre o processo de ensino que os
professores, na sua grande maioria, não utilizam nenhum tipo de ferramenta tecnológica nas
suas aulas de física. E isso é, no mínimo, preocupante no que diz respeito ao processo de ensino-
aprendizagens nas escolas de nível médio. Essa falta de uso da tecnologia para ensinar física,
leva o aluno a um total desinteresse e, consequentemente, achar que a física é sempre uma
disciplina de difícil compreensão. As respostas dadas no questionário A são de fundamental
importância para perceber que a situação do ensino de física está precisando ser feita com o uso
de aplicativos voltados para o ensinar física, pois vive-se na geração da tecnologia, mas as aulas
de física no ensino médio ainda deixam muito a desejar, no que se refere a utilização da
tecnologia.
5.3.2 Avaliação
isso mostra que uma boa parcela da turma não conseguiu acompanhar o conteúdo e que talvez
a metodologia usada não tenha sido a mais adequada.
Os resultados apresentados, mostram que o uso do aplicativo para o ensino de física
moderna, levou os alunos a terem um bom rendimento na prova aplicada para os alunos que
tiveram aulas com o uso do Modern Physics, mostrando dessa forma que se for ministrada aula
tradicional e com o uso do aplicativo Modern Physics, a compreensão dos alunos em relação a
física moderna aumenta bastante, como mostra o diagrama da figura 18. Nesse sentido é
importante perceber que é de suma importância o uso de ferramentas tecnológicas, como
Modern Physics, para o ensino de física moderna no ensino médio.
Percebe-se também que a média da turma foi maior (𝑋̅ = 2,3) em comparação com a
primeira turma (𝑋̅ = 1,78), mostrando de forma clara que uso de outros meios para o ensino,
além das aulas tradicionais, faz com que os alunos compreendam melhor a física moderna.
Portanto, se torna indispensável ensinar física moderna sempre com o uso de tecnologias, como
o produto educacional, que é tema desta dissertação.
Para analisar os resultados desta intervenção foi aplicado o questionário, onde foi
avaliado o ganho teórico obtido pelos alunos. Na tabela 1 é apresentado a porcentagem de
acertos por questão, por ela é possível perceber que o desempenho dos alunos foi bom em todas
as questões, muito embora o resultado mais baixo ainda tenha ficado na 8ª questão.
58
Tabela 1 –Desempenho dos alunos com o uso do aplicativo e sem o uso do aplicativo.
Questão Com o aplicativo (%) Sem o aplicativo (%)
1 84,4 56,6
2 97,1 43,3
3 97,1 73,3
4 100 33,3
5 98,5 40
6 76,8 73,3
7 95,6 40
8 57,9 26,67
9 98,5 30
10 98,5 33,3
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
Uma pesquisa também direcionada aos professores, com o objetivo de conhecer suas
opiniões. Para isso foi aplicado um questionário também aos professores, o qual será discutido
a seguir. Foram ouvidos 3 professores, o professor A que lecionava a disciplina de física a 1ª
turma, o professor B à 2ª e o professor C à 3ª turma. Apenas o professor A não era formado na
área em que lecionava. Todos eles disseram que durante as suas graduações, foram poucas vezes
que tiveram aulas com o uso de aplicativos ou simuladores. Esta realidade existente na
formação docente, em alguns casos, fomenta um ciclo de ensino que presa as aulas teóricas e
as resoluções de exercícios em detrimento das aulas com aplicativos e simuladores.
Muito embora, todos os professores tenham admitido que as aulas com aplicativos e
simuladores contribuem para o processo de ensino-aprendizado (resposta do professor A: “sim,
pois facilita não só a entender, como também a percepção dos conteúdos melhora”; professor
B: “sim, pois a visualização de alguns fenômenos se torna de fácil compreensão com as
simulações”). Todos disseram que não realizam aulas com o uso de aplicativos durante as aulas
de física (professor A: “o laboratório de informática não tem simuladores instalados ou
aplicativos que possam ser usados”; professor B: “não, pois o tempo é muito curto”; professor
B: “não, pois a internet é lenta e o tempo disponível é curto para utilização de simuladores
online”; professor C: “não, pois a ideia é ministrar conteúdo teórico voltado para o ENEM”).
E quando questionados sobre as dificuldades dos alunos, o professor A classificou o
desempenho dos alunos como “regular” e afirmou que os alunos apresentam dificuldades na
disciplina pela falta de aulas com o uso de aplicativos ou simuladores; o professor B classificou
também o desempenho dos alunos como “regular” e disse que o grande problema seria a falta
de modernização; e o professor C classificou o desempenho dos alunos como “bom” e disse
que a principal dificuldade dos alunos está na falta de habilidade com o uso da tecnologia, pois
os alunos não tem um bom conhecimento sobre a aplicação da tecnologia.
descontentamento com a forma como a disciplina de física vem sendo ministrada, e isso se
reflete diretamente na motivação que os alunos têm em estudar a disciplina e se dedicar as aulas.
No que diz respeito das aulas na disciplina, 93% de todos os alunos disseram que o
professor usa apenas o quadro e o livro didáticos como recurso, 78% disseram que nunca viram
qualquer tipo de uso de simuladores ou aplicativos durantes as aulas, 92% afirmaram que o
professor nunca trabalhou a disciplina fazendo uso de simuladores e apenas 16% dos alunos
falaram que se sentem à vontade para participar das aulas em um diálogo aberto com o
professor. Esses números mostram que as aulas de física são caracterizadas por uma
metodologia expositiva, pouco dialogada e com quase nenhum uso de aplicativos e simuladores
que preze a consolidação do conhecimento na estrutura cognitiva do aluno.
O baixo rendimento das turmas no questionário B, indica que o método e os materiais
usados pelos professores durante as aulas sobre Física Moderna, foram pouco eficientes para a
produção de um aprendizado significativo dos alunos e que questões que envolvem um maior
conhecimento sobre efeito fotoelétrico e efeito Compton foram as que obtiveram os menores
números de acertos em todas as turmas, ou seja, a prática de ensino vigente não promove um
conhecimento sólido a respeito destes elementos, por serem abstratos e não contemplados pelo
aluno durante as aulas ou mesmo em seu cotidiano.
É necessário, portanto novas práticas de ensino que enfatizem esses elementos,
sobretudo em aulas de Física Moderna, onde o aluno possa contemplar e estudar por meio de
metodologias que usem aplicativos e simuladores atuais e eficientes.
61
CAPÍTULO 6
CONCLUSÃO
Neste trabalho foi possível observar a dificuldade que os alunos têm em relação ao
ensino de física moderna no ensino médio, pois as aulas ainda são dadas de forma tradicional e
sem o uso da tecnologia para ajudar na compreensão do tema.
Muitos professores, também, que atuam no nível médio da educação básica não tem
habilidades suficiente para desenvolver o conteúdo de forma clara e dinâmica.
A presente dissertação também mostrou o quanto o uso de um aplicativo para ensinar
Física Moderna faz com que o desempenho dos alunos aumente consideravelmente no que diz
respeito aos temas de Física atual. Nesse sentido vale ressaltar que, ainda falta muito para se
chegar a um bom desenvolvimento educacional em ciências, pois ainda existem vários
problemas relacionado com uso da tecnologia em sala de aula, existindo escolas que não tem
laboratório de informática, e quando tem os computadores não servem mais.
Nas aulas que foram dadas com o uso do aplicativo desenvolvido, percebeu-se que os
alunos entenderam com mais facilidades o tema da aula, tendo como consequência imediata, o
interesse do aluno pelas aulas de física, levando-os a uma boa aprendizagem em relação ao
tema.
Assim, chega-se à conclusão que o processo de ensino-aprendizagem ocorreu com mais
facilidade ao usar a tecnologia, mais precisamente, o aplicativo desenvolvido. Nesse sentido
faz-se necessário salientar que é preciso intensificar a utilização de aplicativos para ensinar
física nas escolas de ensino médio, pois isso facilita de forma vertiginosa o ensino e a
compreensão dos temas relacionados.
Portanto, na vida moderna que temos hoje, é necessário que as escolas de ensino médio
se adaptem as novas tendências de ensino, pois os discentes terão acesso a um ensino de melhor
qualidade para se formarem e se tornarem cidadãos dignos.
Como sugestão para futuros trabalhos, sugere-se que o professor do ensino médio, caso
tenha interesse, desenvolver outros aplicativos usando o Excel 16 para ensinar outros temas de
física, como, por exemplo, a termodinâmica, a óptica e a ondulatória. Com isso as aulas se
tornariam bem mais simples e compreensivas, e fazendo com que a o ensino se torne mais
eficiente e compreensivo.
62
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, M.S.T.; ABIB M.L.S. Atividades experimentais no ensino de Física: Diferentes
enfoques, diferentes finalidades. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 25, n.
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GRIFFITS, D. J. Mecânica Quântica. 2. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2011.
Halliday, David. Fundamentos de Física, Vol. 4. LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora
S.A. Rio de Janeiro: 2012.
63
LOPES, R.D. et al. O uso do computador e da internet na escola pública. Disponível em:
<http://www.fvc.org.br/estudos-e-pesquisas/avulsas/estudos1-7-uso-computadores.shtml?
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MENEZES, E.T. Platão e a educação. Educabrasil. São Paulo: Midiamix. Disponível em:
<http//:www.educabrasil.com.br/plataoeaeducacao/>. Acesso em: 10 dez. 2016.
MENEZES, E.T.; SANTOS, T.H. Verbete ensino médio. Dicionário Interativo da Educação
Brasileira. Educabrasil. Disponível em: <http://www.educabrasil.com.br/ensino-medio/>.
Acesso em: 06 jun. 2017.
SANTOS, A.C.B. A utilização das TIC como meio facilitador do processo ensino
aprendizagem nas séries iniciais do ensino fundamental. 2014. 62 f. Monografia (Curso de
Especialização em Gestão Escolar) – Universidade de Brasília, Brasília – DF, 2014. Disponível
em: <http://bdm.unb.br/bitstream/10483/9157/1/2014_AnaClaudiaBatistadosSantos.pdf>.
Acesso
em: 10 fev. 2017.
64
3- Você conseguiu relacionar os conceitos de Física Moderna vistos em sala de aula com o seu
dia a dia?
a) sim
b) não
c) em parte _____________________
a) 3,315 x 10-19 J
b) 2,15 x 10-22 J
c) 4,15 x 10-8 J
d) 5,44 x 10-7 J
e) 2,00 x 10-9 J
3 ) Um fóton de luz vermelha tem comprimento de onda 700 nm (nanômetro). Calcule a energia
desse fóton
a) 4,00 x 10-30 J
b) 2,84 x 10-19 J
c) 8,22 x 10-24 J
d) 1,00 x 10-10 J
e) 2,00 x 10-7 J
4 ) Para que a prata exiba o efeito fotoelétrico é necessária uma frequência mínima 𝑓0 =
1,14𝑥1015 𝐻𝑧 (frequência de corte). Qual a energia mínima (função trabalho) para “arrancar”
um elétron de uma placa de prata;
a) 5,55 x 10−18 J
b) 7,55 x 10−19J
c) 8,45 x 10−12 J
d) 2,55 x 10−13 J
e) 4,00 x 10−20 J
ideia da _____________ da energia, da qual Einstein se valeu para, em 1905, desenvolver sua
teoria sobre o efeito fotoelétrico.
a) Conservação
b) Quantização
c) Transformação
d) Conversão
e) Propagação
7) Fótons com comprimento de onda 2,40×10−12 m incidem sobre elétrons livres. Qual o
comprimento de onda de um fóton que é espalhado de um ângulo de 30° em relação à direção
de incidência, a energia cinética transmitida ao elétron.
a) 2,71 x 10-12 m
b) 1,71 x 10-8 m
c) 3,55 x 10-30 m
d) 4,5 x 10-9 m
70
e) 2,00 x 10-9 m
a) 1,11 x 10-8 m
b) 2,35 x 10-7 m
c) 6,96 x 10-12 m
d) 5,96 x 10-12 m
e) 4,00 x 10-9 m
a) 2,2 pm
b) 3,3 pm
c) 4,3 pm
d) 5,5 pm
e) 8,0 pm
a) 1,21 x 10-12 m
b) 2,21 x 10-12 m
c) 3,21 x 10-12 m
d) 2,50 x 10-12 m
e) 2,00 x 10-12 m