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Como Testar Componentes Eletrônicos

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COMO TESTAR

COMPONENTES ELETRÔNICOS
VOLUME 4

Instituto Newton C. Braga


www.newtoncbraga.com.br
contato@newtoncbraga.com.br
Como testar componentes eletrônicos - Volume 4
Autor: Newton C. Braga
São Paulo - Brasil - 2012

Palavras-chave: Eletrônica - Engenharia Eletrônica


- Componentes - Educação Tecnológica

+ INFORMAÇÕES

INSTITUTO NEWTON C. BRAGA


http://www.newtoncbraga.com.br
Copyright by
INTITUTO NEWTON C BRAGA.
1ª edição

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fotográficos, reprográficos, fonográficos, videográficos, atualmente existentes
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total ou parcial em qualquer parte da obra em qualquer programa jusciber-
nético atualmente em uso ou que venha a ser desenvolvido ou implantado
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da obra e à sua editoração. A violação dos direitos autorais é punível como
crime (art. 184 e parágrafos, do Código Penal, cf. Lei nº 6.895, de 17/12/80)
com pena de prisão e multa, conjuntamente com busca e apreensão e inde-
nização diversas (artigos 122, 123, 124, 126 da Lei nº 5.988, de 14/12/73,
Lei dos Direitos Autorais.

Diretor responsável: Newton C. Braga


Diagramação e Coordenação: Renato Paiotti
ÍNDICE

Introdução ......................................................................... 9
SIDACs ............................................................................. 11
DIACs ................................................................................ 15
SUS ................................................................................... 20
SBS .................................................................................... 25
PUT ................................................................................... 30
SCRs .................................................................................. 36
Triacs ................................................................................. 46
Circuitos integrados comuns ............................................. 54
Amplificadores operacionais ............................................. 68
Comparadores de Tensão ................................................... 75
Reguladores de tensão ....................................................... 77
Circuitos digitais ............................................................... 89
Circuitos híbridos .............................................................. 104
Reatores de Lâmpadas Fluorescentes ................................ 115
Elementos de aquecimento de chuveiros e torneiras ......... 120
Campainhas e cigarras ....................................................... 123
Bombas de ar de aquários .................................................. 127
Bobinas de ignição ............................................................ 129
Fusíveis – Lâmpadas – Chaves (Automotivos) ................. 134
Cabos e Conectores de Computadores .............................. 136
COMO TESTAR COMPONENTES ELETRÔNICOS


NEWTON C. BRAGA

Introdução

No volume anterior ensinamos como testar um primeiro grupo de


componentes semicondutores. No entnto, eles não são os únicos desta
grande família que os profissionais, estudantes e praticantes da eletrônica
em geral vão encontrar na sua atividade. Além deles, existem outros tipos
de componentes semicondutores Neste quarto volume da série, continua-
remos a ensinar como testar componentes da família dos semicondutores
que não foram vistos no volume anterior.
Esses dispositivos semicondutores, como os demais, são os elemen-
tos básicos de todos os equipamentos eletrônicos modernos.
O teste de tais componentes ou mesmo circuitos oferece um enorme
desafio ao profissional da eletrônica.
Em alguns casos procedimentos muitos simples podem revelar mui-
to sobre o estado de tais componentes. No entanto, existem casos, em que
os dispositivos testados são tão complexos que se torna impossível dizer
alguma coisa sobre seu estado com um teste simples.
Para esses casos pode-se utilizar procedimentos que envolvam a
montagem de circuitos de simulação ou ainda a realização de diversas
medidas, que possam dar um quadro geral do que ocorre com o dispositi-
vo. Indo além, podemos contar com a ajuda do osciloscópio para levantar
as curvas características de tais componentes em que, muito além de um
simples teste, teremos informações importantes sobre seu estado e o modo
de usá-lo.
Neste volume focalizaremos os principais testes que podem ser re-
alizados com esses componentes semicondutores usando desde simples
provador de continuidade ou multímetro até recursos mais elaborados que
envolvam o uso de instrumentos sofisticados como geradores de funções,
osciloscópios e outros.


COMO TESTAR COMPONENTES ELETRÔNICOS

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NEWTON C. BRAGA

SIDACs

O que são
Os SIDACs são diodos de quatro camadas da família dos tiristores.
Tratam-se de dispositivos que disparam (conduzindo intensamente) quan-
do a tensão entre esses terminais alcança um determinado valor.
Os tipos mais comuns são especificados para tensões de 120 e 240
V, sendo portanto indicados para aplicações na rede de corrente alternada
de 110 (117 ou 127 V) e 220 V (220 ou 240 V), no entanto existem tipos
a partir de 30 V.
Na figura 1 temos o símbolo e aspecto desses componentes que en-
contram aplicações em controles de potência, circuitos de proteção, eco-
nomizadores de energia, etc.

Figura 1

O que Testar
A simples medida da resistência entre os terminais nada revela, já
que são dispositivos bilaterais (suas características são as mesmas nos dois
sentidos).
Esse tipo de teste apenas permite detectar um SIDAC em curto, mas
não se ele está bom. Para sabermos se ele está bom será preciso montar
um circuito de prova.

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COMO TESTAR COMPONENTES ELETRÔNICOS

Instrumentos Usados
· Multímetro
· Provador de Continuidade
· Circuito de Teste
· Circuito de Teste e Osciloscópio

O teste
Existem várias formas de se comprovar o estado de um Sidac. A
seguir, damos algumas:

a. Prova de Continuidade
A prova de continuidade apenas revela se um SIDAC está ou não
em curto. Se está bom, é preciso ir além com o circuito de prova. Com o
osciloscópio podemos ir além verificando qual é a tensão de disparo.

Procedimento
a) Coloque o multímetro numa escala baixa de resistências (ohms
x1 ou ohms x10 se for analógico ou 200/2000 oums se for digital). Para os
tipos analógicos, zere-o antes de usar. No caso do provador de continuida-
de, basta colocá-lo em condições de funcionar.
b) Retire o SIDAC do circuito e faça a medida das resistências no
sentido direto e no sentido inverso. Lembramos que o Sidac não tem pola-
ridade, por isso não há marcação no seu involucro.
A figura 2 mostra como essa prova deve ser realizada.

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NEWTON C. BRAGA

Figura 2

Interpretação da Prova
A resistência é alta nos dois sentidos (infinita ou bem acima de 10 M
ohms). Neste caso podemos ter certeza de que o SIDAC não está em curto,
mas nada podemos saber sobre suas condições de disparo. A resistência é
baixa em pelo menos uma das medidas. Neste caso, o SIDAC se encontra
em curto.

b. Circuito de Teste
Na figura 3 mostramos um circuito de teste que serve tanto para SI-
DACs de 110 V como 220 V.

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COMO TESTAR COMPONENTES ELETRÔNICOS

Figura 3

Para a rede de 220 V, o transformador é desnecessário, podendo a


tensão da rede de energia ser aplicada nos pontos A e B do circuito de
prova.

Observação
O circuito de prova não é isolado da rede de energia. Por isso, o má-
ximo cuidado deve ser tomado pelo leitor, para que toques acidentais em
pontos vivos do circuito venham causar choques perigosos.
Também observamos que um traçador de curva pode ser usado so-
mente se o transformador for capaz de fornecer a tensão de disparo do
componente que varia entre 120 e 240 V. No entanto, o resistor limitador
deve ter pelo menos 10 k ohms de resistência e dissipação superior a 5
W.

Interpertração da Prova
A lâmpada neon pisca normalmente quando o circuito é ligado. Nes-
se caso, o SIDAC se encontra em boas condições. Se a lâmpada permane-
cer apagada ou ainda acesa, sem piscar, então o SIDAC se encontra com
probleas.

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DIACs

O que são
Diacs são elementos de disparo normalmente usados em circuitos
com triacs, conforme mostra a figura 4.

Figura 4

Esses componentes entram em condução com tensões que variam


entre 20 e 40 V, quando então passam a apresentar baixa resistência, isso
em qualquer sentido de polarização.

O que Testar
Uma medida da resistência em qualquer sentido simplesmente reve-
la quando um Diac está em curto, mas não revela qualquer característica
de seu funcionamento normal. Para um teste completo é preciso usar um
circuito que provoque o seu disparo.
Por esse motivo, o melhor teste e mais completo é o que faz uso de
um circuito de prova.

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COMO TESTAR COMPONENTES ELETRÔNICOS

Instrumentos Usados
· Provador de continuidade
· Multímetro
· Circuito de Teste
· Traçador de curvas e osciloscópio

O teste
Damos a seguir alguns testes básicos que podem ser feitos para re-
velar o estado de um DIAC.

a. Multímetro e Provador de Continuidade


Esse teste apenas revela os casos em que o diac está em curto. Se es-
tiver bom, não podemos ter certeza disso, pois será preciso usar o circuito
de teste.

Procedimento
Coloque o multímetro numa escala baixa de resistências (ohms x1
ou ohms x10 se for analógico ou 200/2000 ohms se for digital). Para os
tipos analógicos, zere-o antes de usar. No caso do provador de continuida-
de, basta colocá-lo em condições de funcionar.
Retire o SIDAC do circuito e faça a medida das resistências no sen-
tido direto e no sentido inverso.
A figura 5 mostra como essa prova deve ser realizada.

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Figura 5

b. Circuito de teste
Um circuito de teste para a prova de Diacs comuns é mostrado na
figura 6.

Figura 6

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COMO TESTAR COMPONENTES ELETRÔNICOS

Neste circuito o instrumento tanto pode ser um osciloscópio como


um multímetro comum em escala apropriada de tensões DC. A fonte de
tensão deve ser ajustável (variac) partindo-se de zero volt/

Procedimento
a)Desligue o diac do circuito em que se encontra e ligue-o no circuito
de prova. Lembramos que esses componentes não possuem polaridade.
b)Ligue o instrumento de prova na saída do circuito.
c)Alimente o circuito e aumente a tensão gradualmente observando
a tensão indicada ou a forma de onda.

Interpretação da Prova
Chega-se a um ponto do ajuste em que a tensão cai abrutamente
mostrando o disparo do componente. Se isso não ocorrer o diac tem pro-
blemas. Com esse procedimento é possível também determinar a tensão
de disparo do diac. Repita a prova invertendo o diac para verificar se ele
dispara igualmente nos dois sentidos.

c. Prova com o Osciloscópio


Na figura 7 mostramos com o testar um diac usando o traçador de
curvas. Observe que o diodo do traçador é retirado, pois sendo o diac bila-
teral, devemos testar seu disparo nos dois sentidos.

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Figura 7

Também é preciso observar que o transformador do traçador deve


fornecer uma tensão maior do que a necessária do disparo do diac, nor-
malmente acima de 20 V. Veja que uma simples fonte de tensão alternada
(transformador) pode substituir o traçador de curvas em um circuito seme-
lhante (resistor limitador e resistor sensor).
Na figura mostramos em (a) o circuito e em (b) a característica de
disparo bilateral do diac. Esse circuito foi simulado no MultiSim para um
Diac comum.

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COMO TESTAR COMPONENTES ELETRÔNICOS

SUS

O que são
SUS significa Silicon Unilateral Switch ou Chave Unilateral de Silí-
cio. Trata-se de um dispositivo de disparo que conduz num único sentido
quando uma tensão entre seus terminais é atingida.
Na figura 8 temos o símbolo e o aspecto desse componente que é
usado no disparo de SCRs.

Figura 8

O que Testar
Um teste estático com o multímetro ou o provador de continuidade
apenas revela se o SUS está em curto, nada indicando sobre seu funciona-
mento ou se ele está aberto. O melhor teste é feito com um circuito apro-
priado em que ele pode ser posto para funcionar.

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