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3532-Fundamentos Da Enfermagem - Apostila

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Farmacologia Básica

Drogas
São substancias químicas que produzem um efeito sobre os organismos vivos. As
drogas utilizadas para prevenir ou tratar doenças frequentemente são denominadas
medicamentos. Até algumas décadas atrás, as plantas secas eram a grande fonte de
medicamentos; dessa forma, a palavra seco era aplicada a elas.
Posologia: é o estudo das doses dos medicamentos.
Dosagem dos medicamentos
Dose: é a quantidade a ser administrada de uma vez a fim de produzir efeitos terapêuticos.
Dose letal: leva o organismo a falência (morte) generalizada
Dose Máxima: É a maior quantidade de uma droga capaz de produzir efeitos
terapêuticos.

Dose Mínima: É a menor quantidade de uma droga capaz de produzir efeitos


terapêuticos.

Dose tóxica: É a maior quantidade de uma droga que causa efeitos adversos.

Farmacoterapia
É o uso dos medicamentos no tratamento, prevenção, diagnostico e no controle de
sinais e sintomas das doenças.
Famacocinética
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Refere-se ao estudo do movimento que o medicamento administrado faz dentro
do organismo durante sua absorção, distribuição, metabolismo e excreção.
Famacodinâmica
Refere-se ao estudo dos mecanismos relacionados à ação do fármaco e suas
alterações bioquímicas ou fisiológicas no organismo. A resposta decorrente dessa ação é
o efeito do medicamento propriamente dito (SILVA: SILVA, 2008).
Bolus ou push
É a administração EV realizada em tempo menor ou igual a 1 minuto.
Infusão rápida
É a administração EV realizada entre 1 e 30 minutos.
Infusão lenta
É a administração EV realizada entre 30 e 60 minutos.
Infusão contínua
É a administração EV realizada em tempo superior a 60 minutos,
ininterruptamente (por exemplo, de 6 em 6 horas).
Infusão intermitente
É a administração EV realizada em tempo superior a 60 minutos, não contínua (por
exemplo, em 4 horas, uma vez ao dia).
Nome químico
Refere-se à constituição química de droga e ao lugar exato de seus átomos e grupamentos
moleculares.
Nomes genéricos
É o nome dado à substancia ativa que faz o medicamento funcionar. Na receita de um
medicamento pelo nome genérico, três níveis de decisão podem ser tomadas pelo médico.
Decide apenas qual o princípio ativo principal: por exemplo, pode receitar apenas
“diclofenaco;”
Decide que seja utilizado apenas um derivado, especificado pelo nome completo: por
exemplo pode exigir o “diclofenaco de sódio”;
Recomenda uma determinada formulação farmacêutica, por exemplo “diclofenaco de
sódio, comprimido de ação retardada.”
A “marca” (“nome comercial” ou “nome fantasia”)
Os nomes comerciais são protegidos por direitos de patente. O símbolo que
aparece após o nome comercial indica que este foi registrado pelo fabricante, dando-lhe
direito restrito ao proprietário da droga. A maioria das companhias fabricantes de
medicamentos coloca seus produtos no mercado com nomes comerciais registrados em

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vez de nomes oficiais. Os nomes comercias registrados são deliberadamente mais fáceis
de pronunciar, escrever e lembrar. A primeira letra de um nome comercial é maiúscula.
Reações adversas
É uma resposta indesejável ou perigosa a um medicamento, que pode acontecer
em qualquer paciente. Pode variar desde uma reação branda, que desaparece quando o
uso do medicamento é suspenso, até uma reação grave, que avança para uma doença
crônica e debilitante – ou para a morte. As reações adversas podem ser previsíveis e
imprevisíveis.
Reações iatrogênicas
Um distúrbio não relacionado com a condição para o qual a substancia foi
administrada. A reação pode ser previsível e imprevisível. Geralmente, ela envolve uma
discrasia sanguínea, disfunção hepática ou renal, ou uma condição cutânea.
Origem dos medicamente
Os medicamentos são originados de fontes naturais (o reino animal, vegetal e
mineral) e sintéticos (industrializados). Têm como finalidade diagnosticar, prevenir, curar
doenças ou então aliviar os seus sintomas.
Ação dos medicamentos
Pode ser profilática, curativa, paliativa e diagnóstica.
Profilática: O medicamento tem ação preventiva contra as doenças. Exemplo: as vacinais
podem atuar na prevenção de doenças.
Curativo: O medicamento tem ação curativa, pode curar a patologia. Exemplo: os
antibióticos têm ação terapêutica curando a doença.
Paliativo: O medicamento tem capacidade de diminuir os sinais e sintomas da doença.
Exemplo: os anti-hipertensivos diminuem a Pressão Arterial, mas não curam à
Hipertensão Arterial, os antitérmicos e analgésicos diminuem febre e dor, mas não curam
a patologia causadora dos sinais e sintomas.
Diagnóstico: O medicamento auxilia no diagnóstico elucidando exames radiográficos.
Exemplo: os contrastes são medicamentos que, associados aos exames radiográficos,
auxiliam em diagnósticos de patologias.
Ação local: age no próprio local onde é aplicado, sem passar pela corrente sanguínea, ou
quando age diretamente no sistema digestório.
Ação sistêmica: ocorre a absorção e entrada na corrente sanguínea que o conduzirá ao
local de ação.
A ação das drogas depende de:
Absorção é a passagem das moléculas do medicamento para dentro do sangue. A
via de administração, a habilidade da droga em se dissolver e as condições locais são
fatores que influenciam na absorção. Pode ocorrer através da:

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Pele: que é relativamente impermeável, a absorção ocorre de forma lenta. Em caso de
esfoliação, as medicações tópicas são absorvidas mais rapidamente e na presença de
edema torna a absorção mais lenta.
Oral: em que o tempo de absorção é mais lento. O tempo de absorção depende da forma
da preparação, a administração é realizada entre as refeições. Alimentos e o suco gástrico
podem interferir na absorção do medicamento.
Respiratória: a absorção é rápida. As membranas e as vias respiratórias são altamente
vascularizadas.
Via parenteral: a absorção irá depender da via de administração como: intramuscular,
subcutânea, intradérmica e outras.

Distribuição – refere-se ao transporte da droga através dos líquidos corpóreos


(sangue ou proteínas plasmáticas) para os sítios de ação (receptores), onde será
metabolizada a excretada.
Metabolização – processo pelo qual o organismo inativa os medicamentos, ação
dos sistemas enzimáticos dos órgãos. Fígado é o maior metabolizador, embora ocorre
também no pulmão, intestino e sangue.
Excreção – ocorre através dos rins que é o principal órgão de excreção; o fígado
realiza pela bile; intestinos, os quais, através do aumento ou da diminuição da peristalse,
alteram a excreção; o pulmão elimina medicações gasosas ou voláteis e as glândulas
exócrinas excretam medicações lipossolúveis.

Formas farmacêuticas dos medicamentos


Possui variedade de apresentações ou preparações, essa variedade determina a via
de administração.
Cápsulas
São constituídas de invólucro de gelatina com medicamento internamente de forma
sólida, semissólida ou líquida, sendo usada para facilitar a administração de medicamento
que têm odor ou sabor desagradável, sendo liberados na cavidade gástrica.
Comprimidos
São drogas secas em pó que foram comprimidas com um formato em disco, podem trazer
uma marca, como sulcos que facilitam sua divisão em partes.
Drágeas
São comprimidos revestidos por uma solução de queratina composta por açúcar e
corante, proporcionando melhora na sua liberação entérica, sendo essa solução usada para
facilitar a deglutição e evitar sabor e odor característicos do medicamento.

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Elixir
É uma solução constituída pela droga dissolvida em álcool a água. Utilizado
principalmente quando a droga não se dissolve somente em água.

Emulsões
São compostas por dias tipos de líquidos, água em óleo em água, utilizadas para
mascarar o sabor amargo e proporcionar melhor solubilidade.

Loções
São preparações liquidas ou semilíquidas que podem ter princípios ativos ou não,
geralmente são usadas como agentes sedativos para proteger a pele e aliviar desconfortos
como pruridos e erupções.
Cremes
São emulsões na forma semissólida, possuem consistência macia e mais aquosa,
de aplicação externa, geralmente usados como agente umectantes.
Pomada
Possui forma semissólida de consistência macia e oleosa, proporcionando pouca
penetração na pele.
Suspensões
São uma mistura não homogênea de uma determinada substancia sólida e um
liquido, em que a parte sólida fica suspensa no liquido, devem ser agitadas antes de serem
administradas para assegurar a mistura das soluções.
Xaropes
São medicamentos dissolvidos em uma solução concentrada de açúcar (sacarose), que
ajuda a mascarar o sabor amargo do medicamento.

Prescrição dos medicamentos


Tipos de prescrição
Padrão – permanece em efeito por um tempo indefinido ou por um período especificado,
utilizada para uso de alguns medicamentos.
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Exemplos: “Cefaclor 375mg VO (antibacteriano), a cada 12 horas por 10 dias.”
Únicas – quando a medicação precisa ser administrada em dose única.
Imediatas – quando a medicação precisa ser administrada imediatamente, para um
problema urgente.
Exemplo: nitroglicerina sublingual (paciente com dor no peito).
“S/N”, significa sempre que necessário.
Exemplo: dipirona 30 gotas VO se a temperatura for maior ou igual a 37,8°C.
Permanentes – também conhecidas como protocolos, (cada instituição de saúde cria suas
orientações para tratar determinadas doenças ou grupo de sintomas).
Verbais e telefônicas – sempre que possível devem ser evitadas,
Em situações de emergência (prescrição verbal), guarde os frascos e/ou ampolas até o
termino de atendimento ao paciente.

Interações medicamentosas e alimentares


Alguns medicamentos interagem quando ministrados em associação, neutralizando seus
efeitos terapêuticos ou provocando uma reação adversa. Outras medicações podem
interagir com determinados alimentos ou alterar os resultados de exames laboratoriais.
 Desprezar o medicamento quando houver alteração na sua característica ou
quando houver data de validade vencida;
 Identificar o recipiente (copo, seringa, blíster) com nome do paciente, quarto,
leito, hora, nome/dose/via de administração do medicamento;
 Quando não houver o medicamento na unidade, deve-se providenciá-lo em
farmácia ou outra unidade;
 Não permitir que familiares levem a medicação para o paciente;
 Não deixar o medicamento no quarto ou sobre a mesa de cabeceira, administrá-lo
imediatamente ou leva-lo para o posto de enfermagem e retornar quando o
paciente puder recebe-lo;
 Obter informações sobre alergias antes de administrar o medicamento;
 Antes de administrar o medicamento, verifique a condição psicológica e
fisiológica do cliente.
 Estar atento às condições de preparo e transporte do medicamento até o cliente;
 Chamar o paciente pelo nome, para identifica-lo antes de administrar o
medicamento;
 Permanecer com o paciente até que toda a medicação seja deglutida;
 Lavar o material e guarda-lo;
 Checar a medicação no horário correspondente após ser administrada;
 Anotar e notificar as anormalidades que o paciente apresenta;
 Administre medicamento preparado por você ou pelo farmacêutico;
 Em caso de dúvida, reporte-se ao enfermeiro responsável pelo serviço.

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Efeito de primeira passagem
É a metabolização do medicamento pelo fígado e pela microbiota intestinal, antes
que o fármaco chegue à circulação sistêmica. As vias de administração que estão sujeitas
a esse efeito são: via oral e via retal*(em proporções bem reduzidas).
Distribuição farmacológica
Nesta etapa a droga é distribuída no organismo através da circulação. O
processamento da droga no organismo passa em primeiramente nos órgãos de maior
vascularização (como SNC, pulmão, coração) e depois sofre redistribuição aos tecidos de
menos irrigação (tecido adiposo por exemplo). É nessa etapa em que a droga chega ao
ponto onde vai atuar. Nessa etapa poderá ocorrer: baixa concentração de proteínas
plasmáticas (necessárias para a formação da fração ligada) como desnutrição, hepatite e
cirrose, que destroem hepatócitos, que são células produtoras de proteínas plasmáticas,
reduzindo assim o nível destas no sangue.
Bio-transformação
Fase onde a droga é transformada em um composto mais hidrossolúvel para a
posterior excreção. A Bio-transformação dá em duas fases:
Fase 1: etapas de oxidação, redução e hidrólise;
Fase 2: conjugação com o ácido glicurônico. A fase 1 não é um processo obrigatório,
variando de droga para droga e diferente da fase 2, obrigatória a todas as drogas.
O fígado é o órgão que prepara a droga para a excreção. Essa é a fase que prepara
a droga para a excreção
Excreção
Pela excreção, os compostos são removidos do organismo para o meio externo.
Fármacos hidrossolúveis, carregados ionicamente, são filtrados nos glomérulos ou
secretados nos túbulos renais, não sofrendo reabsorção tubular, pois têm dificuldade em
atravessar membranas. Excretam-se, portanto, na forma ativa do fármaco.
Os sítios de excreção denominam-se emunctórios e, além do rim, incluem:
 Pulmões;
 Fezes;
 Secreção biliar,
 Suor,
 Lágrimas,
 Saliva,
 Leite materno;
Retirando desta lista os pulmões para os fármacos gasosos ou voláteis, os demais
sítios são quantitativamente menos importantes.

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Classificação dos medicamentos
Antibióticos:
São substâncias produzidas por células vivas que inibem ou matam os
microrganismos, podem ser feitas a partir de: fungos, bactérias, e leveduras e de forma
sintética. Os antibióticos podem ser de amplo espectro, ou de espectro (eficaz contra
muitos microrganismos), ou podem ser de espectro limitado (eficaz contra alguns
microrganismos).
 Penicilinas: Origem: Primeiro antibiótico descoberto, e é utilizado até os dias
atuais. Originado do fungo: Penicilium.
Os bacilos gram-negativos anaeróbicos são naturalmente resistentes à ação da
penicilina G. essa resistência natural se deve à incapacidade de este antibiótico ultrapassar
a parede celular desses germes, ficando impedido, assim de alcançar o seu receptor, que
são as proteínas ligadoras de penicilinas.
Tipos:
Penicilina G Potássica;
Penicilina G Procaína;
Penicilina G Benzatina;
Penicilina semi-sintética:
Amoxacilina ácido clavulânico;
Amoxicilina;
Ampicilina Sódica;
Cloridrato de bacampicilina;
Cloxacilina sódica;
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Dicloxacilina sódica;
Oxacilina sódica;
Ticarcilina dissódica e clavulanato de potássio.
 Cefalosporina de 1ª geração: Origem: Derivado de fungo, são ativos nos
microrganismos das vias urinárias, e contra estafilacocus e estreptococos
(algumas cepas);
Tipos:
Cefadroxil;
Cefalexina;
Cefazolina sódica;
Cefradina.
 Cefalosporina de 2ª geração: Origem: Derivado originalmente do fungo, atinge
os mesmos da 1 geração e também contra o Haemophilus influenzae, invasor
comum do ouvido médio e das vias respiratórias.
Tipos:
Cefaclor;
Cefotetan dissódico;
Cefoxitina sódica;
Cefprozil;
Ceforuxina Acetil;
Ceforuxina sódica;
Naftato de cefamandol.

 Cefalosporina de 3ª geração: Origem: derivada de fungo eficaz contra


estreptococos e pneumococos, é mais eficaz contra gram negativos do trato
gastrointestinal.
Tipos:
Cefdinir;
Cefixima;
Cefoperazona sódica;
Cefotaxima sódica;
Cefpodoxima sódica;
Ceftizoxima sódica;
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Ceftibuteno.
 Tetraciclina: Origem: originária de fungos, de amplo espectro e eficazes contra
muitos microrganismos, em especial os que invadem o sistema respiratório, e os
tecidos moles.
Tipos:
Cloridrato de tetraciclina.

 Eritromicina: Origem: antibacteriana, a eritromicina é utilizada frequentemente


em infecções por estafilococo , Haemophilus influenzae, Mycoplasma
pneumoniae, usados em uretrites não gonocócicas e no acne vulgaris.

Tipos:
Eritromicina;
Estolato de eritromicina;
Azitromicina;
Claritromicina;
Diritromicina.

 Quilononas: Origem: antibacteriano de largo espectro, utilizados em


microrganismos que invadem as vias respiratórias, gastrointestinais e urinárias.
Tipos:
Cloridrato de ciprofloxacino;
Acido Nalidíxico;
Levofloxacino;
Norfloxacino;
Ofloxacina.

 Antimicóticos: É um grupo de medicamentos que combatem as infecções


causadas por fungos.
Anfotericina B: Eficaz para infecção por fungos sistêmica.
Cetoconazol: Eficaz em infecções severas por fungos.
Cloridrato de Terbinafina: Indicado v.o para micoses de unhas e pés.
Flucitosina: Eficaz para infecção sistêmica grave.

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Fluconazol: Eficaz em Candidíase intestinal.
Griseofulvina: Indicado para micoses superficiais.
Itraconazol: Indicado em infecção sistêmica para paciente imunodeprimido.
Nistatina: Indicado para paciente com infecção vaginal e tópico para infecção por
leveduras sistêmico para grandes infecções.
Miconazol: Indicado para monilíase cutânea- v.

 Antivirais:
Aciclovir sódico: Indicado para Herpes simples, varicela zoster oral ou genital, varicela,
e em pacientes imunodeprimidos.
Cidofovir: Indicado para citomegalovírus , retinite na AIDS.
Cloridrato de ranitidina :Indicado na profilaxia de Influenzae.
Cloridrato de valaciclovir: Indicado para Herpes zoster.
Didanosina: Indicado para HIV avançado.
Fanciclovir: Indicado para herpes zoster e herpes genital.
Foscarnete sódico: Indicado em retinite.
Ganciclovir sódica: Indicado em citomegalovírus.
Ribavirina: Indicado para infecções de vírus respiratórios, pneumonia poradenovírus,
hepatite crônica.
Vidarabina: Intravenoso é indicado para Herpes simples, encefalite,herpesneonatal ,
varicela em pacientes imunodeprimidos, herpes neonatal, herpes zoster etópico em
ceratite por herpes simples.
Zalcitabina: Indicado no tratamento da AIDS.
Zidovudina: é indicado no tratamento de AIDS e CRA (complexo relacionado a AIDS)

 Antiparasitários:
Albendazol- Indicado para lesões ativas do SNC, causado por Taenia Solium, e por
doença hidática císticas, que envolve pulmão, fígado, peritônio causados por formar
larvária da taenia do cão.
Mebendazol: Indicado para ascaris, ancilóstomo, triquinas, oxiúrides e muitos parasitas
tropicais.
Tiabendazol: Indicado no tratamento da larva migrans cutânea e das infestações por
triquina.
Lindano: Indicado para piolhos.
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Permetrina: Indicado para piolhos ( creme rinse) e para escabiose.

 Sulfonamidas
É grupo de medicamentos também chamados de Sulfas age em doenças
infecciosas, impedindo o crescimento de bactérias e de outros microrganismos, são
drogas sintéticas.
Sulfisoxazol: Indicado para infecções urinárias agudas e recorrentes.
Sulfametizol: Indicado em infecções renais e infecção urinária.

 Sulfonamidas de Ação prolongada


Sulfametoxazol: Indicada em infecções urinárias agudas ou recorrentes.
Sulfazalasina: Indicada para colite ulcerativa e para doença de Crohn (é uma
doençacrônica inflamatória intestinal, que atinge geralmente o íleo e o cólon).
Co-trimoxazol Trimetoprim e sulfametoxazol: Indicado para infecções urinárias, Otite
média aguda.

 Anti-histamínico
A histamina é um aminoácido em muitos tecidos, quando entra em contato com
uma substância tóxica, ocorre uma resposta tecidual, acredita-se que a resposta tecidual
libera a Histamina que provoca sinais e sintomas de reação alérgica(urticária, erupções
cutâneas, espirros, coriza lacrimejamento ocular com vermelhidão da esclera, constrição
dos brônquios , podendo levar a anafilaxia ou choque anafilático, levando o paciente ao
risco iminente de morte. Os anti-histamínicos inibem essa reação.
Tipos:
Cloridrato de Difenidramina;
Maleato de Clorfeniramina;
Dimenidrinato;
Cloridrato de Tripelenamina;
Cloridrato de Prometazina;
Maleato de Bronfeniramina.

 Antitussígeno e expectorantes
São medicamentos utilizados para o alívio da tosse, podem estar associados a
expectorantes que liquefazem o muco nos brônquios e facilitam a expulsão de secreção
do sistema respiratório.

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Tipos:
Codeína,
dextrometadona,
levodropropizina,
levopropoxifeno..

 Broncodilatadores
Promovem a dilatação brônquica, promovendo melhor oxigenação.

Tipo de broncodilatador:
Anticolinérgico de curta duração: Brometo de ipratrópio
Anticolinérgico de longa duração: Brometo de tiotrópioBeta2
Agonista de curta duração:
Fenoterol
Salbutamol
TerbutalinaBeta2
Agonista de longa duração:
Formoterol
Salmeterol
Xantinas de curta duração:
Aminofilina
Teofilina
Xantinas de longa duração:
Bamifilina
A via inalatória consiste na administração do medicamento utilizando bombinhas
ou nebulização, de tal forma que a medicação é administrada diretamente nas vias
respiratórias.

 Cardiotônicos ou inalatrópicos
Aumentam a contratibilidade do músculo cardíaco.
 Inibidores da enzima de conversão da angiotensina(eca)

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São substância que inibem a ECA, utilizadas em Insuficiência cardíaca
Congestiva(ICC), também tem ação hipertensiva (evitando a conversão da ECA I e ECAII
substância vasoconstritora). Seus efeitos estão em estudos ainda, porém parece
minimizarem ou evitarem a vaso dilatação ou disfunção ventricular esquerdo após o
Infarto agudo do Miocárdio(IAM).
Tipos:
Lisinopril;
Captopril;
Enalapril
 Inibidores da angiotensina II
É uma substância de efeito parecido com os inibidores da ECA, utilizada em
pacientes que apresentem sensibilidade ou que não o toleram.
Tipos:
Iosartana;
Candesartana;
Irbesartana
 Beta-bloqueadores:
São substâncias que bloqueiam os receptores beta-adrenérgicos.
Tipos: Beta adrenérgicos seletivos:
Acetabutol;
Atenolol;
Betaxolol;
Bisoprolol;
esmolol;
tartarato de mesoloprol.;

Beta adrenérgicos não seletivos:


Carvedilol
Labetalol,
cloridrato de levobunolol,
sulfato de pembutolol,
pindolol,
sotalol,
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nadolol,
propranolol,
timolol.
 Vasoconstritores
São medicamentos que são responsáveis pela constrição dos vasos sanguíneos,
muitos utilizados para diminuir hemorragia , elevam a pressão arterial e aumentam a
contratilidade do miocárdio.
I – Catecolaminas; Adrenalina, Noradrenalina, Levonordefrina.
II – Fenólicos Fenilefrina
III - Derivados do ADH Felipressina
 Vasodilatadores:
São medicamentos que atuam na amplitude do vaso sanguíneo, são auxiliares no
tratamento de doenças vasculares periféricas, patologias cardíacas e hipertensão.
Anti hipertensivos: diminuem a pressão arterial.
Tipos:
Maleato de enalapril;
Cloridrato de Quinapril;
Captopril;
Lisinopril;
Ramipril;
Fosinopril sódico;
Cloridrato de benazepril;
Telmisartana;
Erbutamina de perindopril.

Bloqueadores beta-adrenérgicos: causam diminuição dos impulsos simpáticos do


encéfalo para o sistema circulatório periférico.
Tipo:
Pindolol;
Cloridrato de Acetabulol;
Carvedilol;
Propranolol Tartarato de Metoprolol;

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Atenolol;
Nadolol;
Maleato de Timolol.
Bloqueadores do Íon cálcio extracelular: causam redução do débito cardíaco e da
resistência periférica total, e assim diminuem a pressão arterial.
Tipo:
Nifedipina;
Cloridrato de Verapamil;
Cloridrato de Diltiazem;
Besilato de Anlodipino;
Felodipino;
Isradipino.

 Coagulantes
São medicamentos que aceleram o processo de coagulação.
Tipos:
Sais de cálcio;
Vitamina K;
Fitonadiona

 Anticoagulantes
São medicamentos que aumentam o tempo de coagulação.
Tipos: Dois tipos de anticoagulantes são mais utilizados: as heparinas e os
anticoagulantes orais.
As heparinas têm ação imediata após a administração, baseada na inibição da
trombina e do fator X ativado, catalizando a reação dos mesmos com a antitrombina III
(AT-III), enquanto que os anticoagulantes orais (cumarínicos) têm sua ação mais lenta,
inibindo a síntese dos fatores vitamina K dependentes .
 Anestésicos
Temos os locais e gerais Locais: são um grupo de medicamentos utilizados para a
indução da anestesia a nível local sem produzir inconsciência. E os gerais produzem a
inconsciência. São drogas depressoras do SNC.

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Tipos:
Anestésicos IV (intravenoso):
cloridrato de midazolam;
Cloridrato de Quetamina;
diazepam;
Tiopental sódico.
Anestésicos Voláteis:
Enflurano;
éter,
éter vinílico,
halotano,
metoxiflurano,
óxido nitroso.
Anestésicos locais:
Cloridrato de Bupivacaína;
cloridrato de Cloroprocaína,
cloridrato de cocaína,
cloridrato de: Etidocaína,lidocaína, mepivacaína,Prilocaína,Procaína,Tetracaína.
 Hipnóticos e sedativos:
Utilizados para promover a sedação.
Tipos:
Fenobarbital;
Pentobarbital;
Secobarbital;
Butabarbital;
Hidrato de cloral;
Cloridrato de Flurazepan.
 Analgésicos opióides
São substâncias com grande potência para diminuir a dor, que agem no nível de
sistema nervoso central. Podem causar dependência, devendo ser utilizadas com cautela.
São derivados do ópio.

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Os alcalóides derivados, mais utilizados: Morfina, Codeína, epapaverina.
Tipos:
Sulfato de Morfina;
Fosfato de Codeína;
Cloridrato de Meperidina;
Sistema Fentanil Transdêrmico;
Oxicodona;
Cloridrato de Oximorfona;
Cloridrato de Tramadol;
Cloridrato de Sulfentamil;
Tartarato de Butorfanol.

 Analgésicos não narcóticos e não opióides


São substâncias utilizadas para diminuir a dor, que agem a nível periférico.
Tipos:
Acetaminofeno;
Cloridrato de Propoxifeno;
Cloridrato de Pentazocina;
Cloridrato de Sumatriptano;
Benzoato de Rizatriptana.

 Anticonvulsivantes
As drogas anticonvulsivantes também são chamados de anticonvulsivas, é a classe
de fármacos utilizada para a prevenção e tratamento das crises convulsivas.
Tipos mais utilizados:
Fenitoína;
Carbamazepina;
Clonazepam;
Etotoína;
Ácido Valpróico;
Fenobarbital;

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Primidona.
 Antiparkisonianos
São utilizados no controle de doença de Parkinson.(ou Mal de Parkinson, é uma
doença degenerativa, crônica e progressiva, que acomete em geral pessoas idosas.
Tipos:
Levodopa;
Carbidopa;
Combinação de Levodopa e Carbidopa.
 Tranquilizantes
São medicamentos utilizados para tranquilizar, acalmar, trata-se de psicótico,
controlado e pode causar dependência. Noções Básicas
Tipos mais comuns:
Diazepan;
Oxazepans;
Meprobamato;
Haloperidol;
Cloridrato de Clorpromazina;
Carbonato de lítio;
Perfenazina;
 Antidepressivos
São medicamentos usados para a melhora de quadros de Depressão tais como:
tristeza; desânimo; fadiga; insônia; perda ou ganho de peso; lentidão ou agitação entre
outros.
Tipos mais comuns:
a) Inibidores Seletivos da recaptação de serotonina: Citalopram; Fluoxetina;
Fluvoxamina; Paroxetina; Sertralina.
b) Inibidores da Monoamina: Sulfato de Fenelzina; Sulfato de Tranilcipromina;
c)Antidepressivos Tricíclicos Cloridrato de Imipramina; Cloridrato de
Amitriptilina; Cloridrato de Doxepina; Cloridrato de Desipramina; Cloridrato de
Protriptilina; Cloridrato de Bupropiona; Mirtazapina; Cloridrato de Nortriptilina.

 Ansiolíticos
São medicamentos que reduzem a ansiedade.

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Tipos:
Cloridrato de Buspirona.

 Antiflamatórios
São medicamentos capazes de reduzir ou curar uma infamação.
Antiflamatórios não esteróides: São utilizados para inibir as prostaglandinas, atuando
na cascata inflamatória, diminuindo o processo de inflamação.
Tipos:
a) Inibidores da COX-1:(provoca síntese de prostaglandinas renais vasodilatadoras,
que são sintetizadas mediante COX-1(presente no endotélio, glomérulo e ductos
coletores renais). (pode ocorrer sintomas gástricos ao uso):Ácido acetilsalicílico;
Indometacina; Ibuprofeno; Piroxicans; Diclofenaco de sódio;Fenoprofeno
cálcico;Cetoprofeno; Naproxeno.
b) Inibidores da COX-2: A medula renal é o local da maior síntese de
prostaglandinas eapresenta importante expressão de COX-1 e também COX-2. A
produção de prostaciclinarenal, derivada da COX-2,(causam menores efeitos
colaterais): Tipos: Celecoxib.
Antiiflamórios esteróides( corticóides)
Os anti-inflamatórios esteróides, ou seja, os corticóides, são os anti-inflamatórios
mais eficazes disponíveis, suplantando em eficácia dos não-esteróides. Estes
inflamatórios produzem uma melhora de várias manifestações clínicas, porém em
princípio sem alterar a evolução da doença básica. Apesar dos benefícios, ocorre risco de
potenciais efeitos adversos vistos em vários tecidos orgânicos. Porém isso vai depender
da quantidade de das doses empregadas e da duração do tratamento.
Tipos: A classificação se deve em função de sua duração de efeito:
ação curta (< 12 horas) Hidrocortisona Cortisona (18 - 36 horas) Prednisona
Prednisolona, Metilprednisolona, Triancinolona
Ação longa (36 - 54 horas) betametasonadexametasona / Parametasona
 Anti-secretores gástricos:
São medicamentos utilizados para inibir a secreção indiretamente.
Tipos:
Inibidores da Histamina: ( produzem ácido clorídrico , reduzindo a secreção ácida do
estômago).Cimetidina; Nizatidina; Ranitidina.
Inibidores da bomba de Prótons: (reduzem a produção do ácido, diminuindo airritação,
e produzindo a cicatrização gástrica). Omeprazol; Pantoprazol.

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 Antiácidos
Atuam diretamente no estômago, neutralizando o ácido gástrico.
Tipo: Hidróxido de Alumínio; Hidróxido de Magnésio; Complexo de Alumínio-
magnésio; Carbonato de cálcio.
 Estimulantes do apetite
São medicamentos utilizados para estimular o apetite.
Tipos: Acetato de Megestrol.
 Inibidores da absorção do processo digestivo:
São medicamentos inibidores do processo digestivo, no geral utilizados no
tratamento da obesidade.
Tipos: Orlistat.

 Eméticos
Medicamento utilizado para provocar o vômito. Os eméticos servem para que o
estômago se livre de venenos ou de alimentos que o estejam irritando. Os eméticos
produzem vômito de duas maneiras quando ingeridos:
(1) podem irritar a mucosa da garganta e do estômago, produzindo o vômito por
ação reflexa;
(2) podem estimular o centro do vômito na medula oblonga (parte inferior do
encéfalo), de modo que impulsos nervosos causem a contração dos músculos da
parede abdominal, do diafragma e da parede do estômago. O conteúdo é expelido
com o vômito.
Tipos: Xarope de Ipeca.

 Antieméticos
São medicamentos que auxiliam na prevenção do vômito.
Tipos: Dimenidrinato; Cloridrato de Metoclopramida; Ondasetron; Granisetron.
 Antidiarréicos
São medicamentos que auxiliam no controle e alívio da diarreia, lentificando a
motilidade intestinal.
Tipos: Cloridrato de loperamida.
 Hormônios
São medicamentos utilizados na terapia de reposição hormonal.

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Tipos:
Substância Tireóideas:(hormônios da tireóide para reposição) Tireóide; Levotiroxina.
Substâncias Antitireóideas: (auxiliam no controle da superprodução dos hormônios da
tireóide) Metimazol; Propiltiouracil.
Corticosteróides: (suprimem as respostas imune e reduzem a inflamação)
Glicocorticóides (tem efeito antiflamatório, metabólico,e imunossupressor) Cortisona;
Hidrocortisona; Prednisona; Betametasona; Prednisolona.
Agente antidiabético: Insulina.
Hiperglicemiantes:(eleva os níveis de glicemia) Glucagon.
 Hipoglicemiantes -via oral
São medicamentos utilizados no controle e regulação da glicemia, é considerado
antidiabético.
Tipos:
Sulfoniluréias de 1ª geração:
Acetoexamida;
Clorpropamida;
Tolazamida;
Tolbutamida.
Sulfoniluréias da 2ª geração:
Glipizida;Glibornurida.

Agentes antidiabéticos derivados da Tiazolidinodiona:


Tipos:
Pioglitazona;
Risiglitazona.
Biguanida
Inibidor da alfa -glicosidase:
Tipos:
Acarbose
 Diuréticos
São medicamentos utilizados para o aumento da excreção da água e de eletrólito
a nível renal. No geral, são utilizados na terapia da Hipertensão Arterial, os principais
utilizados são usados como medicamentos cardiovasculares:
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Diuréticos Tiazídicos (atuam impedindo a reabsorção de sódio nos rins)
Tipos:Bendroflumetiazidas;Benztiazida;Clorotiazida;Hidroclorotiazida;Hidroflu
metiazida;Meticlotiazida;Politiazida;Triclormetiazida.
Diuréticos de alça (potentes , produzindo um alto volume urinário)
Tipos: bumetanida; Etacrinato de sódio; Ácido etacrínico; Furosemida.
Diuréticos poupadores de potássio:( tem efeito diurético mais suave, poupando o
potássio)
Tipos: Amilorida; Espironolactona; Triantereno.

Cálculo das dosagens de medicamentos

Lembre-se uma fração envolve a ideia de que algo foi dividido em partes iguais.
O número que fica acima do traço indica as partes da unidade que estão sendo utilizadas.
O número que fica abaixo do traço representa em quantas partes a unidade foi dividida.

Regra de três simples


A regra de três serve para resolver problemas que relacionam dois valores de uma
grandeza, que chamaremos de a e dois valores de uma outra, designado de b, sendo que
dos quatro valores, conhecemos somente três. O valor desconhecido será tratado por “X”.

Sistema métrico de medida


Unidade Básica de Peso Unidade Básica de Volume
1kg= 1.000 gramas(g) 1 Litro (1)= 1.000 militros
1g=1.000 miligramas (mg)
1miligrama=1.000 microgramas

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1 hora= 60 minutos
volume de 1 gota= 1/20 ml
1ml= 20 gotas
1ml= 60 microgotas

Cálculos:
1-Foram prescritos 50 mg de Cloridrato de Benadryl, por via endovenosa. O rotulo diz
1ml= 10 mg.
R: 5ml.
2. Diluir um frasco contendo 600.000U de penicilina de tal forma que cada ml contenha
50.000U.
R: 12ml
3- Paciente X deu entrada na unidade hospitalar, o medico receitou solução fisiológica,
que deve ser introduzido no organismo lentamente, gota a gota. A dose prescrita e de
500ml durante 4 horas. Quantas gotas devem ser administradas por minuto?
R: 41,6 gotas/minuto.
4. Administrar 1500 ml de solução glicosada em 6hs em gotas.
R:83,3 gotas/min

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Métodos de administração de medicamentos

Administração via enteral


Essa via compreende a administração dos medicamentos via oral, via sonda nasogástrica
(sonda que conduz alimento e medicamento até o estômago) e via sonda nasoenteral
(sonda que conduz alimento e medicamento até a primeira porção do intestino delgado, o
duodeno).
Via sublingual
São administrados sob a língua para dissolução e absorção através de grande quantidade
de vasos sanguíneos.
Observações
1. Verificar prescrição médica;
2. Verificar medicamento certo, dose certa, paciente certo, via certa, hora certa;
3. Realize a higienização das mãos;
4. Não há necessidade de utilização de água;
5. Evitar o contato das mãos com a medicação, utilizar uma gaze para realizar o
procedimento;
6. Peça ao paciente que abra a boca e levante a língua;
7. Verifique a boca do paciente para identificar alterações como irritação e
ulceração;
8. Coloque o comprimido sob a língua do paciente;
9. Solicite que o paciente feche a boca e mantenha o comprimido na boca até que ele
se dissolva;
10. Se o paciente apresentar dificuldade em abrir a boca ou levantar a língua, utilize
um abaixador;
11. Administre o comprimido sublingual depois do medicamento via oral;
12. Se o medicamento começar a formigar a língua, o paciente pode desloca-lo para
a bochecha (entre os dentes e a bochecha – suco bucal);
13. Realize a higienização das mãos;
14. Realize o registro das condições antes, durante e após o procedimento.

Via oral
Apresentação: drágeas, comprimidos, capsulas, líquidos, pó, grânulos, geleia e óleo.
Absorção: boca, estomago, intestino delgado, chegando à circulação sistêmica. A
absorção é lenta, pode causar irritação gástrica, alguns pacientes não toleram o sabor.
Observações
1. Verificar prescrição médica;
2. Verificar condições do paciente para ingerir o medicamento;
3. Contraindicado em pacientes com náuseas, vômitos, diarreia, sonolento,
inconsciente, em pós-operatório imediato;
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4. Alguns medicamentos devem ser administrados após verificação dos sinais vitais;
5. Verificar medicamento certo, dose certa, paciente certo, via certa, hora certa;
6. Realize a higienização das mãos;
7. Auxilie o paciente a assumir uma posição confortável de acordo com suas
condições (sentado ou lateralizado);
8. Avalie a capacidade de deglutição do paciente antes de administrar o
medicamento;
9. Comprimidos que não têm sulco não devem ser quebrados;
10. Dê preferencia ao cortador especifico para cortar o comprimido;
11. Medicamento em sonda nasoentérica e nasogástrica devem ser macerados e
dissolvidos em recipientes próprio (verifique que o soquete e o pilão estejam
limpos);
12. Realize a higienização das mãos;
13. Realize o registro das condições antes, durante e após o procedimento.

Via sonda nasogástrica, nasoentérica, gastrostomia. (ver capitulo cateteres, sondas


e drenos)
Observações
1. Verificar prescrição médica;
2. Verificar medicamento certo, dose certa, paciente certo, via certa, hora certa;
3. Realize a higienização das mãos;
4. Calçar as luvas de procedimentos;
5. Manter o paciente com a cabeceira elevada durante e após administração do
medicamento por 15 a 30 minutos (estar atento a contraindicações);
6. Utilizar luvas de procedimento durante a administração do procedimento;
7. O comprimido deve ser macerado e misturado com água destilada antes de ser
administrado;
8. Em caso de capsulas, verificar a orientação com o farmacêutico, se elas podem
ser abertas e dissolvidas;
9. Verificar com o farmacêutico ou na bula do medicamento as contraindicações, as
interações, reações adversas e outros;
10. Testar a permeabilidade do cateter;
11. Verifique protocolo da organização de saúde para resíduo gástrico;
12. Se for administrar mais de um medicamento, a sonda deve ser lavada entre um e
outro. Atentar e registrar a quantidade de liquido administrado;
13. Após administração do medicamento, a sonda deve ser lavada com 20 ml de água
destilada ou filtrada, seguir protocolo da organização;
14. Retire as luvas de procedimentos;
15. Realize a higienização das mãos;
16. Realize o registro das condições antes, durante e após o procedimento;
17. Registre o volume de líquido usado para administração do medicamento.

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Via retal
São medicamentos que não sofrem a ação das enzimas digestivas e não irritam o trato
gastrointestinal superior. São introduzidos no ânus.
Apresentação: supositórios, enemas e pomadas.
Observações
1. Verificar prescrição médica;
2. Verificar medicamento certo, dose certa, paciente certo, via certa, hora certa;
3. Realizar a higienização das mãos;
4. Calçar as luvas de procedimentos;
5. Explique o procedimento ao paciente e proporcione privacidade para a realização
do procedimento;
6. Paciente deverá estar em posição de SIMS;
7. Observar se o paciente não está apresentando sangramento ou lesão na região do
ânus, diarreia; nestes casos, verifique contraindicação;
8. Observar a higiene da região;
9. Na presença de dor abdominal, não administrar e comunicar o médico;
10. Orientar o paciente para reter o supositório por 20 a 30 minutos;
11. Sendo o medicamento enema, o paciente deverá ser orientado a reter a solução
após sua administração, e após eliminação no vaso sanitário, não dar a descarga e
solicitar a enfermagem para avaliar resíduo.
12. Retire as luvas de procedimentos;
13. Realize a higienização das mãos;
14. Registrar aspecto, volume, características das fezes.

Administração tópica
Loções: são geralmente preparações aquosas que contêm matéria em suspensão. Mais
comumente utilizadas como sedativos para proteger a pele e aliviar as erupções cutâneas.
Cremes: são emulsões semissólidas, contendo agentes medicinais para aplicação externa.
São usados como agentes umectantes.
Curativos: são usados para tratar os ferimentos, exemplos: compressas de gaze seca, os
curativos de gaze não aderente, os adesivos transdérmicos que agem como uma segunda
pele e os curativos hidrocoloides.
Observações
1. Verificar prescrição médica
2. Verificar medicamento certo, dose certa, paciente certo, via certa, hora certa;
3. Realize a higienização das mãos;
4. Calçar as luvas de procedimentos;
5. No caso de lesão de pele utilizar luvas estéril;
6. Avalie a condição da área (localização, higiene), antes de aplicação dos
medicamentos;

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7. Registre e avalie regularmente as condições do paciente, identificando a eficácia
terapêutica;
8. Estar atento aos sinais e sintomas de efeitos adversos da droga;
9. Realize a higienização das mãos;
10. Realize o registro das condições antes, durante e após o procedimento.

Administração na membrana mucosa


Oftálmica
Observações
1. Verificar prescrição médica;
2. Verificar medicamento certo, dose certa, paciente certo, via certam hora certa;
3. Realize a higienização das mãos;
4. Calce luvas de procedimento;
5. Identifique a data de abertura do frasco de colírio e/ou pomada;
6. Caso o paciente esteja usando um protetor ocular, retire-o e faça a limpeza dos
olhos;
7. Na presença de secreção, realize a limpeza suavemente com compressas
umedecidas;
8. Se houver a necessidade de mais de um medicamento, ao mesmo tempo, seguir a
orientação médica ou deve-se aguardar um intervalo de 5 minutos entre uma
aplicação e outra;
9. Manter uma compressa limpa ou algodão sob a pálpebra inferior sem fazer pressão
sobre o globo ocular do paciente;
10. Peça ao paciente para inclinar a cabeça para trás e em direção ao olho afetado:
para o lado esquerdo, quando você estiver aplicando colírio no olho esquerdo, ou
para a direita quanto estiver tratando do olho direito, o objetivo é afastar o liquido
do ducto lacrimal;
11. Solicite ao paciente que olhe para cima e para fora, este procedimento evita que a
córnea seja tocada pelo conta-gotas;
12. Instile a quantidade prescrita de gotas no saco conjuntival, não no globo ocular do
paciente. Solte a pálpebra do paciente e peça-lhe que pisque, esse procedimento
favorece a distribuição do medicamento;
13. Pomada deve ser aplicada ao longo da borda do saco conjuntival, sem deixar que
a ponta do tubo entre em contato com o olho do paciente, retire o excesso e aplique
um novo curativo com técnica asséptica;
14. Retire as luvas;
15. Realize a higienização das mãos;
16. Registre as condições dos olhos antes e após instilação do medicamento.

Otológica
Observações
1. Verificar prescrição médica;

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2. Verificar medicamento certo, dose certa, paciente certo, via certa, hora certa;
3. Realize a higienização das mãos;
4. Calce luvas de procedimento;
5. Solicite que o paciente incline a cabeça com o lado do ouvido afetado para cima;
6. Examine o canal auditivo antes de aplicação do medicamento, procurando
identificar a presença de sujidade e ou corpo estranho;
7. Puxe suavemente a orelha para cima e para trás;
8. Instile a quantidade de gotas prescrita;
9. Mantenha a cabeça inclinada até constatar que o medicamento desceu pelo canal
auditivo;
10. Caso tenha sido prescrito, prenda uma bola de algodão sem pressão no orifício
para não pressionar o tímpano e impedir drenagem da secreção;
11. Solicite que o paciente mova-se lentamente para não sentir tontura;
12. Retire as luvas;
13. Realize a higienização das mãos;
14. Registre as condições do ouvido antes e após instilação do medicamento.
Nasal
Observações
1. Verificar prescrição médica;
2. Verificar medicamento certo, dose certa, paciente certo, via certa, hora certa;
3. Realize a higienização das mãos;
4. Calçar as luvas de procedimentos;
5. Verifique se a higiene das narinas está adequada;
6. Solicite ao paciente que incline a cabeça para trás e para baixo;
7. Levante suavemente a ponta do nariz para abrir as narinas;
8. Instile a quantidade de medicamento prescrita, peça ao paciente para manter a
cabeça inclinada por 5 minutos;
9. Observe o paciente quanto à presença de possíveis problemas respiratórios, tosse;
10. Realize a higienização das mãos;
11. Registre as condições da narina antes e após instilação do medicamento.

Via vaginal
São medicamentos que têm normalmente ação localizada: cremes, geleia e outros.
Observações
1. Verifique prescrição médica;
2. Verifique medicamento certo, dose certa, paciente certo, via certa, hora certa;
3. Realize a higienização das mãos;
4. Calce as luvas de procedimentos;
5. Proporcione privacidade à paciente, explicando o procedimento;
6. Oriente a paciente a eliminar urina para garantir bexiga vazia antes do
procedimento;
7. Caso seja necessário, oriente ou realize a higiene íntima;
8. Coloque a paciente em posição ginecológica;
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9. Manter privacidade do paciente;
10. Oriente a paciente para permanecer deitada por 30 minutos e a utilizar-se de um
absorvente após o procedimento;
11. Retirar luvas de procedimento;
12. Realizar a higienização das mãos;
13. Registre todo procedimento e alterações antes, durante e após.
Vias e técnicas de administração de medicamentos.

Seringas
A seringa é um recipiente utilizado para o preparo e administração do medicamento. A
escolha da seringa deve ser realizada levando-se em consideração a via de administração
e o volume a ser administrado. Temos as seguintes seringas com as seguintes divisões:

Seringa de 20 ml
As seringas são graduadas e divididas em mm3, que significa que 20 ml foram divididos
em partes iguais com graduação de identificação da quantidade a ser aspirada e
posteriormente administrada.
Devemos entender que em uma seringa de 20 ml, teremos números inteiros, pois: temos;
20/20 = 1 ou 1 ml, podemos definir que essa seringa é dividida de 1 em 1 ml.

Seringa de 10 ml
É uma seringa dividida em mm3, o que significa que 10 ml foram divididos em partes
iguais, que correspondem a: 10/50 = 0,2 ml, ou seja, é dividida de 1 em 1 ml e cada 1 ml
é dividido em 0,2 ml.

Seringa de 5 ml
É uma seringa dividida em mm3, os 5 ml foram divididos em partes iguais, que
correspondem a: 5/25 = 02 ml, ou seja, é dividida de 1 em 1 ml e cada 1 ml é dividido em
0,2 ml.
Seringa de 3 ml
É uma seringa dividida em mm3, os 3 ml foram divididos em partes iguais, que
correspondem a: 3/30 = 0,1 ml, ou seja, é dividida de 0,5 em 0,5 ml e cada 0,5 ml é
dividido em 0,1 ml.
Seringa de 1 ml
A seringa de 1 ml é dividida em 100 partes iguais, que correspondem a: 1/100,
pois 1 ml é = a 100UI.

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Agulhas
Os componentes básicos da agulha são: o canhão, a haste e o bisel. O canhão é a
porção mais larga da agulha que se fixa na seringa, a haste é a porção maior e mais fina e
o bisel é a abertura final na parte distal da agulha.
A escolha da agulha deve ser realizada levando-se em consideração a via de
administração, o local a ser administrado, o volume e a viscosidade do medicamento e o
próprio paciente/cliente, avaliando as condições da musculatura, peso, da pele local etc.
temos as seguintes agulhas com as seguintes medidas:
Agulha 40/12 e 40/10
Utilizada para aspiração e preparo de medicações.
Agulha 30/7 e 25/7
Utilizadas para aplicação intravenosa no paciente/cliente adulto. Na criança, utilizamos
agulhas de calibres menores, no geral para punções venosas é mais seguro o uso de
cateteres.
Agulha 30/8 e 25/8
Utilizadas para aplicação intramuscular no paciente/cliente adulto. No paciente/cliente
emagrecido, idoso ou criança, utilizamos agulhas de calibres menores. É importante que
o profissional realize uma avaliação da massa muscular para escolha do material.
Agulha 13/4,5 - 13/4,0 ou 13/3,8
Utilizadas para aplicação das vias intradérmica e subcutânea; temos outros calibres
próximos a esses que podem ser utilizados. Temos no mercado outras numerações
utilizadas nas mesmas vias em neonatologia e pediatria.

Técnica para o procedimento de aspiração da medicação injetável


1. Ler a prescrição médica;
2. Lavar as mãos antes do procedimento;
3. Reunir o material necessário (sempre pelo lado do embolo sem rasgar);
4. Abrir o invólucro da seringa na técnica:
5. Para medicação ID seringa de 1 ml ou 3 ml.
6. Para medicação SC seringa de 1 ml ou 3 ml.
7. Para medicação IM seringa de 3 ou 5 ml.
8. Para medicação EV seringa de 10 ou 20 ml.
9. Abrir o invólucro da agulha na técnica (sempre pelo lado do canhão sem rasgar).
10. Para injeção ID 13/4,5 ou 13/4,0.
11. Para injeção SC 13/4,5 ou 13/4,0.
12. Para injeção IM 25/8, 30/8.
13. Para injeção EV 30/7 ou 25/7.
14. Encaixa o canhão da agulha no bico da seringa, utilizando a técnica;
15. Usar agulha adequada para aspiração 40x12, 40/10 ou 40x16;

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16. Retire o ar da seringa empurrando o êmbolo para o bico, já com a agulha
conectada (agulha com proteção);
17. Para continuar o procedimento, proteja a seringa na sua embalagem ou em bandeja
de inox previamente desinfetada com água e sabão e após álcool 70%;
18. Fazer a desinfecção com álcool a 70% no frasco ampola e no gargalo da ampola;
19. Abrir a ampola envolvendo-a com algodão para evitar acidente;
20. Retire a capa de proteção da agulha, deixando-a sobre a embalagem da seringa;
21. Realize a aspiração da medicação, tendo o devido cuidado para não contaminar o
material. Caso isto aconteça, despreze todo o material e inicie o procedimento
novamente.

Administração via intradérmica (ID)


A administração intradérmica (ID) de medicações é empregada, sobretudo para
fins diagnósticos, quando se testam alergias ou reação para tuberculose. Essa via resulta
em pouca absorção sistêmica produz efeito principalmente local. Ao realizar a técnica de
aplicação, deve-se certificar de não injetar o medicamento profundo, evitando iatrogenia
na administração ID. O máximo de volume indicado para essa via é de 0,1 até 0,5 ml.

Técnica para procedimento de aplicação da via intradérmica


1. Lavar as mãos antes e após o procedimento e disponibilizar uma bandeja com os
seguintes itens:
2. Luvas de procedimento;
3. Seringa de 1 ml = 100UI ou 3 ml;
4. Agulha para aspiração da medicação 25/6 ou 25/8;
5. Medicação a ser aspirada;
6. Agulha para aplicação da medicação 13/4,5 ou 13/4,0;
7. Bolas de algodão e álcool a 70%.
8. Preparar o medicamento
9. Orientar o paciente/cliente quanto ao procedimento;
10. Calçar as luvas de procedimento;
11. Escolher local de fácil visualização, como a região anterior do antebraço, livre de
vasos sanguíneos. Para testes de alergia, pode ser utilizada a região dorsal;
12. Realizar antissepsia do local, sempre com o algodão embebido em álcool no
sentido distal para proximal, virando os lados do algodão;
13. Aguardar secar o local da aplicação;
14. Realizar a aplicação no ângulo 10 a 15°, introduza em torno de 3 mm da agulha,
não realize aspiração, aplique o medicamento de forma lenta e suave, observando
a formação da pápula;
15. Caso seja um teste faça uma demarcação da área para futura avaliação;
16. Descarte o material, seguindo as precauções-padrão, leve as mãos e proceda à
anotação de enfermagem.

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VIA SUBCUTÂNEA.
Objetivos: Preparar e administrar medicamentos via subcutânea (SC).
Materiais: Bandeja, medicamento prescrito, luvas de procedimento, agulhas de 13 mm
× 0,45 mm, seringa de 1 mℓ, bolas de algodão, álcool a 70% e etiqueta ou fita adesiva.
Descrição e sequência dos passos
Preparo do medicamento
1. Leia atentamente a prescrição médica e verifique os medicamentos que devem ser
administrados via SC
2. Verifique se há informações sobre alergia do paciente aos medicamentos
prescritos (na prescrição médica, na SAE e com o próprio paciente ou familiar)
3. Faça a etiqueta de identificação contendo as informações do medicamento (nome,
dosagem, horário e via de administração – SC) e do paciente (nome completo e
leito)
4. Faça a desinfecção da bandeja com álcool a 70%
5. Higienize as mãos
6. Separe o medicamento e confira o nome, a apresentação, a dose necessária (consta
na prescrição médica) e o prazo de validade
7. Cole a etiqueta de identificação no medicamento correspondente
8. Faça um ponto com caneta ao lado do horário aprazado correspondente (na
prescrição médica), para indicar a realização do preparo do medicamento
9. Reúna todo o material na bandeja
10. Faça a desinfecção do frasco/ampola com algodão embebido em álcool a 70%
11. Conecte a agulha (13 mm × 0,45 mm) na seringa de 1 mℓ
12. Aspire o volume correspondente à dose prescrita, sem deixar ar no interior
13. Desconecte agulha (sem reencapá-la e com cuidado para não se ferir) e descarte-
a em recipiente adequado para perfurocortantes
14. Conecte a outra agulha (13 mm × 0,45 mm) na seringa
15. Transfira a etiqueta de identificação para a seringa que contém o medicamento
correspondente
16. Coloque o medicamento preparado na bandeja
17. Leve a prescrição médica e a bandeja para o quarto do paciente e coloque-a na
mesa auxiliar previamente limpa.

Administração do medicamento

18. Higienize as mãos (consulte Higienização das mãos, p. 10)


19. Confira o nome do paciente (comparando a prescrição médica, a etiqueta de
identificação do medicamento e a pulseira de identificação do paciente)
20. Apresente-se ao paciente, pergunte seu nome completo e oriente-o sobre o
medicamento que será administrado (nome do medicamento e via de
administração)
21. Verifique se o paciente está portando a pulseira de alerta de alergia (se positivo,
verifique se a alergia corresponde ao medicamento a ser administrado e, nesse
caso, não administre-o e comunique ao enfermeiro e ao médico)

36
22. Escolha a região da aplicação (alterne os locais apropriados para a administração
subcutânea;
23. Coloque o paciente na posição mais adequada ao procedimento
24. Higienize as mãos
25. Calce as luvas de procedimento
26. Exponha a área e delimite o local de aplicação
27. Realize a antissepsia do local com o algodão embebido em álcool a 70%, em um
único sentido e direção, e espere secar
28. Retire a proteção da agulha (segurando a seringa com a mão que fará a punção)
29. Pince a pele do local selecionado com os dedos indicador e polegar da mão oposta
à que segura a seringa
30. Introduza a agulha na pele, fazendo um ângulo de 90° (ou de 45° em crianças ou
pacientes adultos muito magros) Não tracione o êmbolo da seringa
31. Solte a pele e injete o medicamento, empurrando lentamente o êmbolo
32. Retire a seringa/agulha com um movimento rápido e único e coloque-a na bandeja
(não reencape a agulha)
33. Aplique pouca pressão no local da aplicação, com uma bola de algodão seco
34. Verifique o local da punção, observando a formação de hematoma ou qualquer
tipo de reação.
35. Pergunte ao paciente se ele se sente bem (verificando sintomas e queixas de
possíveis reações ao medicamento)
36. Deixe o paciente confortável, de acordo com sua necessidade
37. Recolha o material e coloque-o na bandeja
38. Retire as luvas de procedimento e coloque-as na bandeja
39. Higienize as mãos
40. Cheque o horário da administração do medicamento na respectiva prescrição
médica
41. Encaminhe os resíduos para o expurgo
42. Calce as luvas de procedimento
43. Descarte os resíduos perfurocortantes em recipiente adequado (não desconecte a
agulha da seringa)
44. Descarte os resíduos restantes no lixo infectante (com saco branco leitoso)
45. Lave a bandeja com água e sabão, seque-a com papel-toalha e faça a desinfecção
com álcool a 70%
46. Retire as luvas de procedimento e descarte-as no lixo infectante (com saco branco
leitoso)
47. Higienize as mãos
48. Faça as anotações de enfermagem em impresso próprio, informando o
medicamento a dose, a via (SC), o horário e o local (parte do corpo) em que foi
realizada a aplicação SC, e qualquer intercorrência (reações, queixas etc.). Assine
e carimbe as anotações.

37
38
Recomendações:
1. Evite puncionar membros paralisados, imobilizados ou com lesões
2. Os locais mais apropriados para a injeção subcutânea são as faces externa e
posterior do braço, abdome, face lateral da coxa e região. Esses locais devem ser
alternados.
3. O volume máximo de medicação que pode ser administrado por meio dessa
técnica é de 1 mℓ em indivíduos adultos
4. Em condições especiais, como no paciente idoso, a via SC também pode ser
utilizada para hidratação
5. Não se deve fazer massagem no local para não diminuir o tempo de absorção do
fármaco
6. Em crianças ou em pacientes adultos muito magros, pode-se, pinçar a pele e inserir
a agulha a um ângulo de 45°, a fim de evitar a aplicação intramuscular do
medicamento
7. Realize as medidas de prevenção de infecção:
8. Retirada de adornos das mãos dos profissionais (anéis, aliança, pulseiras, relógio
de pulso), antes de higienizar as mãos
9. Higienização das mãos (antes e após o preparo e a administração dos
medicamentos) e utilização de luvas de procedimento na administração dos
medicamentos
10. Utilização de técnica asséptica na manipulação dos medicamentos, dispositivos e
materiais
11. Assepsia de frascos e ampolas com álcool a 70%.

Administração via intramuscular (IM)


A administração via intermuscular (IM) possibilidade que você injete o
medicamento diretamente no musculo em graus de profundidade variado. E administrar
suspensões aquosas e soluções oleosas, garantindo sua absorção a longo prazo.
Devemos estar atentos quando à quantidade a ser administrado,
Atenção: não esquecer que esse volume irá depender da massa muscular do cliente,
quando menor a dose aplicada, menor o risco de possíveis complicações.
Material necessário para preparo do medicamento e injeção
Bandeja contendo:
1. Luva de procedimento.
2. Seringa de 3 ml ou 5 ml.
3. Agulha para aspiração da medicação 40/12.
4. Medicação a ser aspirada.
5. Agulha para aplicação da medicação 25/8 ou 30/8.
6. Bolas de algodão e álcool a 70%.
7. Bandeja

39
Técnicas para o procedimento da aplicação intramuscular
1. Higienizar as mãos antes e após o procedimento.
2. Reunir o material para aplicação IM.
3. Fazer desinfecção da ampola ou frasco-ampola
4. Explicar ao cliente o que será realizado.
5. Deixar o cliente em posição confortável, escolher o local para aplicação se
possível permitir que o cliente faça a escolha com você, deixe a área de aplicação
relaxada.
6. Calçar as luvas de procedimento.
7. Fazer antissepsia do local.
8. Com sua mão não dominante, segure firmemente o musculo para aplicação da
injeção.
9. Realizar aplicação no musculo escolhido, introduzir a agulha no ângulo de 90°.
10. Realize aplicação, é recomendado após a introdução da agulham certificando-se
de que não houve punção de vaso sanguíneo, caso tenha, deve ser interrompida a
aplicação, desprezado o medicamento, refaça o procedimento novamente e
aplique.
11. Realizar a aplicação do medicamento após aspiração local.
12. Não realizar massagem em medicamentos com contraindicações, (exemplo:
anticoncepcionais injetáveis).
13. Descarte o material, seguindo as precauções-padrão, lave as mãos e prescreva à
anotação de enfermagem, descrevendo o local da aplicação, para o rodízio na
próxima aplicação.

Ventro glútea ou glútea ventral (VG ou Hochstertter)


É a aplicação nos músculos glúteo médio e mínimo, é uma aplicação profunda, distante
de vasos sanguíneos calibrosos e nervosos grandes.

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O profissional de enfermagem deve colocar a mão não dominando espalmada sobre a
região trocanteriana no quadril do cliente, apontar o polegar para a crista ilíaca e outros
dedos para a cabeça do cliente, coloque o indicador sobre a cintura ilíaca anterior e o dedo
médio para trás ao longo da crista ilíaca, está posição formará um V, o centro da letra V
é o local para aplicação.

Aplicação método trajeto Z


É uma técnica IM utilizada na aplicação de drogas irritativas para proteção da pele e de
tecidos subcutâneos, é um método eficaz na vedação do medicamento dentro dos tecidos
musculares.
Deve ser realizada em grandes e profundos músculos, como glúteo dorsal ou ventral.
Técnica para aplicação Z
1. É recomendada principalmente para medicamentos com alta probabilidade de
refluxo (oleosos e suspensões) e para medicamentos em que o refluxo pode causar
danos à pele, como anticoncepcionais e medicamentos à base de ferro
2. Exponha a área e delimite o local de aplicação
3. Realize a antissepsia da pele e espere secar
4. Com os dedos da mão espalmada (sobre a pele e pouco abaixo da região da
aplicação), repuxe firmemente a pele e mantenha-a esticada
5. Insira a agulha a um ângulo de 90° em relação ao músculo
6. Tracione suavemente o êmbolo da seringa para certificar-se de que não há retorno
sanguíneo (em caso positivo, retire a seringa e reinicie o procedimento)
7. Injete lentamente o conteúdo da seringa (ainda com a pele esticada)
8. Aguarde 10 s
9. Retire a seringa e solte a pele, simultaneamente
10. Comprima levemente o local com algodão seco, sem massagear, até que se
conclua a hemostasia
11. Coloque a seringa sobre a bandeja (sem reencapar a agulha)
12. Com essas manobras, os tecidos superficiais (pele e tecido subcutâneo) são
deslocados, mas não a musculatura. Ao voltarem à posição original, o canal

41
formado pela agulha assume um trajeto irregular (em Z) que impede o refluxo do
medicamento
13. Essa técnica é contraindicada para crianças menores de 2 anos de idade e para
indivíduos debilitados.

Glúteos: Dorso Glúteo


A nádega direita ou esquerda e dividida em quadrantes (usando a crista ilíaca e a
prega glútea media como limite superior e inferior respectivamente), elegendo sempre
para a aplicação medicamentosa, o terço médio do quadrante superior externo (direito e
esquerdo), evitando o comprometimento de feixes nervosos, e facilitando a absorção por
tratar de local com volume de conjuntos musculares (pequeno, médio e grande glúteo).
Além de vasos de grande calibre.

Deltoide
Situa-se no terço médio lateral externo do braço, cerca de 2,5cm abaixo da
articulação acrômio-clavicular. Primeiramente encontre aborda inferior do acrômio, e em
seguida, avaliando a musculatura do paciente, delimitando a área de punção
superiormente entre 2 a 3 vezes a largura do dedos, e inferiormente no ponto médio ao
nível da axila. A punção deve ser feita no ângulo de 90°, comportando até 2ml de
medicação.

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Vasto lateral da coxa
O paciente deverá estar sentado ou deitado. A aplicação se fara no terço médio
lateral devendo a agulha estar em ângulo de 90° comportando até 4ml de solução.

Terapia endovenosa
O objetivo da administração EV de fluidos é corrigir os distúrbios
hidroeletrolíticos. Ela permite o acesso direto ao sistema vascular, favorecendo a infusão
contínua de líquidos durante um período de tempo. A terapia intravenosa com soluções
deve ser continuamente controlada por causa das constantes alterações no equilíbrio do
paciente. Quando os paciente requerem a administração EV de líquidos, os conhecimento
sobre a correta solução prescrita e a respeito do material necessário, dos procedimentos
requeridos para iniciar uma infusão, como controlar o fluxo da infusão e manter o sistema,
como identificar e corrigir problemas, e como interromper a infusão são necessários para
a terapia segura e apropriada.
Os dispositivos de acesso são normalmente são os cateteres (jelco, scalp). O uso
de cateteres venosos centrais e portas de infusão implantadas requer um treinamento no
manejo destes dispositivos.

Tipos de soluções

Muitas soluções EV preparadas estão disponíveis para uso. As soluções


endovenosas seguem nas seguintes categorias (Heitz e Horne,2005):

Soluções: é uma mistura homogênea constituída de soluto e solvente.


Soluto: substância a ser dissolvida que pode ser sólido ou gasosa.
43
Solvente: é o líquido para dissolver o soluto.
Concentração: é a proporção entre as quantidades de soluto e solvente.
Osmoralidade: é a quantidade de soluto numa porção definida de solvente.

Em relação ao plasma, a osmoralidade das soluções pode ser classificada em:


-isotônica;
-hipotônica;
-hipertônica;

Os fluidos podem ser soluções de glicose, solução fisiológica, solução de Ringer


Lactato, derivados do sangue, dentre outros.

Soluções:
Solução salina ou fisiológica – possui Na (sódio) e Cl (cloro).
Solução de Glicose à 5%, 10%, 25%.
Solução de Ringer Lactato- sódio (Na), potássio (K), cálcio (Ca), cloro (Cl) e lactato.
Solução glicofisiológica

O cateter
Jelco
Tem um número de acordo com o biótipo do paciente. Os jelcos são dispositivos
flexíveis onde à agulha é envolvida por um mandril flexível, após a punção, a agulha é
retirada ficando na luz da veia apenas o mandril. São numerados em números pares do 14
(maior e mais calibroso) até o 24(menor e mais fino):
Jelco 14 e 16: Adolescentes e Adultos, cirurgias importantes, sempre que se devem
infundir grandes quantidades de líquidos. Inserção mais dolorosa exige veia calibrosa.
Jelco 18: Crianças mais velhas, adolescentes e adultos. Administrar sangue,
hemoderivados e outras infusões viscosas. Inserção mais dolorosa exige veia calibrosa.
Jelco 20: Crianças, adolescentes e adultos. Adequado para a maioria das infusões venosas
de sangue e outras infusões venosas (hemoderivados).

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Jelco 22: Bebês, crianças, adolescentes e adultos (em especial, idosos). Adequado para a
maioria das infusões. É mais fácil de inserir em veias pequenas e frágeis, deve ser mantida
uma velocidade de infusão menor. Inserção difícil, no caso de pele resistente.
Jelco 24: RN’s, bebês, crianças, adolescentes e adultos (em especial, idosos). Adequado
para a maioria das infusões, mas a velocidade de infusão deve ser menor. É ideal para
veias muito estreitas, por exemplo, pequenas veias digitais ou veias internas do antebraço
em idosos.

Scalp
Dispositivo tipo “butterfly” ou “borboleta”, agulhado, mais utilizado para infusões
venosas que deverão permanecer por menor tempo, pois, com este tipo de dispositivo a
agulha permanece dentro da veia e por ser rígida, caso o paciente movimente o local da
inserção, pode lesionar a veia, causando infiltração com edema, o que leva a necessidade
da realização de outra punção em outro lugar, pois “perde-se a veia”. Esses dispositivos
são numerados em números ímpares do 19 (agulha maior e mais calibrosa) ao 27
(agulha menor e menos calibrosa).

45
Técnica para venóclise
Materiais:
-Frasco com álcool a 70%;
-Bolas de algodão;
-Cuba retangular;
-Garrote;
-scalp, jelco;
-equipo de soro;
-polifix;
-Luva de procedimento;
-medicação prescrita (identificada);
-esparadrapo;
- relógio;
-suporte para soro;

Polifix

46
Procedimento
1. Ler atentamente a prescrição médica, calcular e rotular.
2. Lavar as mãos;
3. Preparar o material necessário;
4. Preparar a medicação a ser administrada (montar soro, equipo e polifix).
5. Preparar o rotulo para o frasco contendo: nome, leito, solução, número de gotas
por minuto, data/hora e assinatura.
6. Levar o material e orientar o paciente quanto ao procedimento.
7. Pendurar o frasco no suporte de soro.
8. Eleger o local.
9. Localizar o impermeável abaixo do local da punção.
10. Garrotear mais ou menos de 05 a 15 cm acima do local eleito.
11. Fazer antissepsia.
12. Calçar as luvas de procedimento.
13. Tracionar a pele para facilitar a punção.
14. Puncionar a veia escolhida, com o bisel voltado para cima e um ângulo de 45°,
após perfurar a veia reduzir o ângulo até que se torne paralelo à pele. observando
o refluxo de sanguíneo.
15. Retirar o garrote.
16. Conectar scalp ao equipo, abrir a pinça do equipo. Proceder a fixação.
17. Controlar o gotejamento, já calculado.
47
18. Terminar a fixação;
19. Manter a unidade em ordem.
20. Desprezar o material.
21. Lavar as mãos.
22. Anotar o procedimento.

Observações:
1. Retirar todo o ar do equipo de soro.
2. Evitar áreas com ferimentos e que já tenha sido puncionada.
3. Evitar punções em membros inferiores.
4. Colocar o braço abaixo do nível do tórax.
5. Aplicar compressa morna são artifícios para melhorar visualização da veia.
6. Pedir ao paciente para fechar e a abrir a mão antes da punção(“ordenha”).
7. Após introduzir a agulha e verificar o sucesso(refluxo de sangue) na punção, pedir
ao paciente para abri a mão.

Complicações
Infiltrações (deslocamento do cateter).
Sintomas: edema, desconforto no local e acentuada redução do fluxo de infusão.
Confirmando a infiltração: garroteamento logo acima do local de infusão e observar se
mantém o fluxo da solução.
Tratamento: interromper a infusão, elevar o membro.
Flebite (irritação química ou mecânica).
Sintomas: edema, calor, dor, rubor no local de inserção.
Confirmando a flebite: visualmente e avaliando as queixas do paciente.
Tratamento: interromper a infusão, aplicar calor úmido local.
Como evitar: utilizar técnica asséptica no momento da punção e manipulação do cateter.
Hematomas (extravasamento de sangue).
Sintomas: equimose e edema imediato do local e extravasamento de sangue no local.
Confirmando o hematoma: visualmente e avaliando as queixas do paciente.
Tratamento: interromper a infusão, aplicar bolsa de gelo local nas primeiras 24h.
Como evitar: inserção cuidados da agulha no momento da punção. Cuidados especiais
com paciente portadores de distúrbios de coagulação ou em uso de anticoagulantes.

48
Aprazamento do horário de medicações
2/2 horas – 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24, 02, 04, 06h.
4/4 horas – 10, 14, 18, 22, 02, 06h.
6/6 horas – 12, 18, 24, 06h.
8/8 horas – 14, 22, 06h.
12/12 horas – 18, 06h.
1 vez ao dia – 10 horas.
Obs: protetor gástrico: 6h.
À noite – 22 horas.
Antes do almoço – 11 horas.
Antes da janta – 17 horas.

Exercícios
Observação:

૪ - foi dada a medicação .૦ - nao existe a medicação )NH –não há ;NT –não tem.(

Prescrição Médica Horário


Sinais Vitais 4/4 h
RL 3000 ml EV em 24 h

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Lasix 20 mg EV 8/8 h
HGT 4/4 h
Tazocin 4,5 g EV 8/8 h
Dipirona 2 ml EV SOS
Captopril 25 mg SL se PA > 180/100 mmHg
Omeprazol 40 mg EV 12/12 h
Loperamida 1 comp SNE 12/12 h
Hisocel 500 ml EV 12/12 h

Administração de medicação por via sublingual (SL)


Os medicamentos sublinguais seguem o mesmo procedimento empregado para
aqueles de via oral, exceto que a medicação deve ser colocada sob a língua.
Nesse procedimento, solicita-se que o paciente/cliente abra a boca e repouse a
língua no palato; a seguir, coloca-se o medicamento sob a língua (em comprimido ou
gotas); o paciente/cliente deve permanecer com o medicamento sob a língua até a sua
absorção total.
Neste período, o paciente/cliente não deve conversar nem ingerir liquido ou
alimentos. As medicações administradas por via sublingual promovem uma rápida
absorção da droga em curto espaço de tempo, além de se dissolverem rapidamente,
deixando pouco resíduo na boca.
O cálculo para medicações SL, pode ser realizado pela regra de três simples.
Veja a seguir alguns exercícios de medicações via oral.

Insulinas
A insulina é um hormônio produzido pelas ilhotas langerhans localizadas no
pâncreas, é responsável pela regulação metabólica dos carboidratos e das gorduras. Nos
casos em que o indivíduo não produz a insulina, ele desenvolve uma doença chamada
Diabetes Mellitus.
A diabete mellitus é classificada em insulínica dependente (para os
pacientes/clientes que recebem terapia insulínica diariamente) e não insulínica
dependente (para os pacientes/clientes que recebem terapia hipoglicemiante oral e
insulinas esporadicamente nos quadros de hiperglicemia); nos dois casos é associada ao
tratamento a dietoterápia.
Para realizarmos o cálculo de insulina, utilizamos também regra de três,
considerando que a seringa de 100UI é igual a 1ml e que os frascos de insulina se
apresentam também em 100UI. Quando não dispusermos de seringa de 100UI, deve-se
trabalhar com seringa de 3ml (ideal), considerando que 1ml = 100UI; veja a seguir:
50
Cálculos de concentrações dos medicamentos
Na realização do preparo de medicamentos, temos em determinados momentos a
necessidade de infundirmos ou diluirmos o medicamento em uma solução; as soluções
são compostas pela associação de um soluto a solvente. Quando precisamos saber qual a
concentração de uma solução ou como preparamos uma solução, devemos realizar o
cálculo de sua concentração por meio de porcentagem com regra de três simples como
segue abaixo:
Transformação de solução
As soluções apresentam-se em concentrações variadas, são compostas por soluto e
solvente, podendo ser apresentadas:
Hipotônica = inferior à concentração plasmática;
Isotônica = mesma concentração plasmática:
Hipertônica = superior à concentração plasmática.
Quando temos uma prescrição médica com uma solução de concentração não disponível
em nossos estoques, é necessário realizarmos a transformação da solução = do soro.

Bomba de infusão no controle de gotejamento

A bomba de infusão é um dispositivo mecânico utilizado para o controle do


gotejamento.
A bomba de infusão tem a capacidade de fornecer uma determinada quantidade
de volume em um período de tempo, controla a infusão baseado na velocidade do fluxo
ou no número de gotas por minuto.
As bombas de infusão apresentam-se em vários modelos no mercado, podendo
para cada modelo ter um equipo de infusão para gotejamento próprio.
Ao instalar uma Bomba de Infusão, é essencial conhecer ser funcionamento para
instalação adequada e eficiente. No geral, dispensa o cálculo do gotejamento, devendo
ser utilizada da seguinte forma.

51
Procedimento
1. Ligue o equipamento, ele realizará calibração automática.
2. Instale o equipo previamente conectado ao soro prescrito (retirando sua extensão).
3. Digitar o volume prescrito e horário da infusão e o equipamento realizará o cálculo
e controle do gotejamento.
4. Certifique-se de que o sensor do equipamento esteja acoplado cânula gotejadora
do equipo e que a pinça rolete ou de segurança do equipo esteja liberada,
garantindo início da infusão.
5. É comum que o equipo de BI apresente filtro de ar (respiro), para vasão de um
frasco, sem que ocorra a contaminação da medicação a ser infundida. Certifique-
se que ele esteja aberto para que a BI funcione adequadamente.
6. Conectar o equipo da solução no acesso venoso do cliente e iniciar a infusão.
7. Oriente o cliente sobre o dispositivo, sua necessidade, importância que a mesma
pode ser aciona a qualquer sinal de interrupção do fluxo.
8. *Realiza anotação de enfermagem e monitore o paciente durante a infusão.

52
Exames laboratoriais
Os exames de laboratórios são muitos importantes para se definir o diagnóstico
ou traçar uma linha conduta terapêutica para o paciente/clinico é fundamental, pois as
coletas de material, de um modo geral, requerem a sua colaboração. Os procedimentos
adequados de coleta devem ser adotados permitindo uma leitura satisfatória do resultado
obtido, assim descreveremos alguns, sua especificação e técnica de coleta.
Escarro
É um exame que auxiliar no diagnóstico de pesquisa do bacilo de Kock: BK
(bacilo da tuberculose). Para a pesquisa de BK, são colhidas três amostras de escarro em
dias consecutivos.
Material
 Bandeja
 Recipiente com tampa
 Etiqueta (ou fita para identificação do paciente/clinica); toda identificação deve
conter: nome completo do paciente/cliente, registro hospitalar, quatro, leito, tipo
de material coletado e, se necessário, números da amostra coletada.

Procedimento
1. Higienizar as mãos
2. Reunir o material necessário
3. Identifica-lo com os dados já especificados
4. Levar o material para o quarto do paciente/cliente (uma amostra por dia).
5. Explicar o procedimento ao paciente/cliente.
6. Solicitar ao paciente/cliente para tossir e expectorar profundamente.
7. Colher o material no recipiente.
8. Higienizar as mãos.
9. Organizar o setor.
10. Realizar anotações de enfermagem e enviar o material ao laboratório.

Coleta de sangue
Geralmente é realizado antes do desjejum. A amostra é colhida através de
venopunção e colocada em um recipiente apropriada de acordo com a natureza do exame:
tubos de ensaio, tubos esterilizados, frascos com meio de cultura, frascos com
anticoagulantes.
Hemograma, hematócrito e hemoglobina, hemossedimentação, tipagem sanguínea:
utilizam-se frascos com anticoagulante
Glicemia: Frasco com fluoreto e oxalato
Ureia, creatinina, sódio e potássio, amilase, fosfatase alcalina: tubo simples.
Hemocultura: tubo com meio de cultura aeróbio.
53
Material
 Seringa de 05 ou 10 Ml, de acordo o tipo de exame solicitando
 Agulha estéril apropriada para punção venosa
 Algodão embebido em álcool.
 Garrote
 Recipiente coletor identificado.
 Luvas de procedimentos
Procedimento
1. Se houver necessidade de jejum, orientar o paciente/cliente no dia anterior
2. Conferir o pedido do exame
3. Higienizar as mãos
4. Reunir o material e encaminhar à unidade do paciente/cliente
5. Explicar o procedimento ao paciente/cliente.
6. Avaliar a acesso vascular dos membros superiores (MMSS) e escolher o local para
punção venosa; a seguir, garrotear o membro superior escolhida para punção.
7. Localizar o acesso venoso, fazer a antissepsia com algodão embebido em álcool.
8. Puncionar a veia e aspirar a quantidade necessário de sangue.
9. Soltar a garrote
10. Retirar a seringa com a agulha, comprimindo o local punção por no mínimo um
minuto
11. Retirar a agulha da seringa e permitido o escoamento de sangue coletado pela
parede do recipiente (tubo) de coleta
12. Se houver anticoagulante, movimentar suavemente o frasco, homogeneizando o
material coletado de modo a evitar a coagulação
13. Identifica-lo com os dados já especificados.
14. Enviar a amostra com a requisição ao laboratório, certificando-se de que o frasco
está devidamente identificado

Hemocultura
É um exame feito para verificação de bactérias no material biológico, utilizando um
meio de cultura próprio, onde são coletadas amostras de sangue. Possibilitar identificar o
agente causador da doença e qual o medicamento é indicado para seu combate e ou
controle. O exame é realizado se houver suspeita de quadros infecciosos.
Observações
1. É ideal realizar a coleta antes de administração de antibióticos.
2. Remover os selos da tampa dos frascos de hemocultura e fazer assepsia prévia nas
tampas com álcool 70%
3. Proceda à coleta de sangue conforme mencionado anteriormente.
4. O volume coletado influencia diretamente no sucesso de recuperação de
microrganismo e na interpretação adequada dos resultados, sendo ideal 10% do
volume total do frasco de coleta.
5. Identificar os frascos com os dados já especificados.
6. Hora e local da coleta.
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7. Anotar uso de antibióticos.
8. Possível diagnóstico do paciente/cliente
9. Nunca refrigerar o frasco.
10. Manter o frasco em temperatura ambiente e encaminhar o mais rápido possível
para o laboratório
11. O número de frascos deverá ser considerado de acordo com a condição clínica do
paciente e a patologia

Coleta de Urina
A técnica de coleta de urina vai depender do tipo de exame solicitado do. A
amostra poderá ser de 24 horas, de primeira ou de uma micção do dia. A orientação deve
ser feita com antecedência; se for necessário guarda o volume das 24 horas, oferecer
condições matérias como aparadeira ou papagaio e frasco para coletar a diurese.

Tipos de exames de urina


Urina tipo 1: é um exame que vias coletar sedimento quantitativo, ou seja colher 100
ML da primeira micção do dia, em recipiente limpo e seco, identificar conforme já
mencionado e encaminhar para o laboratório
Cultura de urina: deve ser realizada higiene intima previa, pois a urina deve ser colhida
com técnica asséptica. Quando o paciente não estiver com sonda vesical, é utilizando a
técnica do jato médio, que consiste na antissepsia dos genitais externos, desprezando-se
a segunda porção em recipiente estéril.
Coleta de urina para exame em paciente sondado
Material
 Bandeja.
 Frasco apropriado
 Etiqueta para identificação
 Luvas de procedimento a
 Algodão com álcool 70%
 Agulha 30 x 8.
 Seringa 20 ML
Procedimento
1. Higienizar as mãos
2. Reunir o material necessário
3. Identificar o frasco com o nome do paciente/cliente, leito numero do prontuário e
o nome do exame solicitando.
4. Levar o material junto ao paciente/cliente.
5. Pinçar a extensão do coletor de urina junto á conexão com a sonda e aguardar 30
minutos.
6. Calçar as luvas de procedimento

55
7. Fazer a desinfecção da área de látex, usando uma agulha 30/8 e com a seringa de
20 ML aspirar a urina.
8. Colocar a urina no frasco estéril
9. Abrir a pinça da extensão do coletor.
10. Recolher o material e higienizar as mãos
11. Checar na prescrição médica e encaminhar a urina a urina para o laboratório

Coleta de fezes
É comum o exame de fezes para detectar uma infestação ou infecção
Material
 Coletor
 Luvas de procedimento.
 Máscara.
Procedimento
1. Conferir a requisição.
2. Higienizar as mãos.
3. Calçar luvas de procedimento.
4. Se apresentar ao paciente.
5. Fornecer o coletor identificado ao paciente/cliente e orientá-lo para a técnica de
coleta.
6. Nos casos de cultura de fezes, o paciente/cliente deverá evacuar em uma
aparadeira esterilizada e recolher a amostra com espátula estéril em um recipiente
também estéril.
7. Enviar a amostra com a requisição ao laboratório, certificando-se de que o frasco
está devidamente identificado (nome do paciente/cliente, registro, leito ou
ambulatório e especialidade, material colhido, data, hora quem realizou a coleta).

Lavagem intestinal
Material:
 Sonda retal (10);
 EPIS;
 Frasco de solução;
 Impermeável;
 Comadre;
 Lubrificante;
 Gaze;
 01 par de luva;
 Toalha de banho;
 Material de higiene;
 Biombo;

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Procedimento:
1. Avaliar a necessidade do paciente;
2. Avaliar a presença de pressão intracraniana elevada, glaucoma ou cirurgia retal e
de próstata.
3. Rever a prescrição médica;
4. Lavar as mãos;
5. Explicar o procedimento ao cliente (independente do nível de consciência);
6. Posiciona-se do lado do paciente, onde será feito a inserção;
7. Lavar as mãos;
8. Abrir o material em local adequado, apoiando o material em campo (sonda retal,
solução, gaze e lubrificante);
9. Proporcionar privacidade ao paciente;
10. Posicionar o paciente em decúbito lateral esquerdo com o joelho direito
flexionado (Sims), colocar uma almofada e cobri-lo com lençol;
11. Colocar a comadre ou a cadeira higiênica ao lado da cama em posição para o
paciente que não consegue deambular até o banheiro ou que tenha dificuldade
com o controle do esfíncter.
12. Calçar luvas;
13. Lubrificar a sonda retal com gaze e conectá-la ao frasco de solução;
14. Instruir o paciente a relaxar respirando vagorosamente;
15. Introduzir a sonda no orifício anal, por aproximadamente 07 à 10 cm em adultos;
crianças 5 a 7,5cm.
16. Administrar a solução glicerinada” morna lentamente, de acordo com a prescrição
médica; - Enema alto: limpa todo o cólon. -Enema baixo: reto e cólon sigmoide.
17. Explique o paciente que a sensação de distensão é normal;
18. Ao termino retire a sonda retal lentamente e reposicione o paciente no leito sobre
uma comadre ou encaminhe ao banheiro;
19. Desprezar o material usado, e retirar as luvas; reorganizar a unidade do paciente;
20. Observar a característica das fezes; auxiliar o paciente no que for necessário para
a higiene;
21. Observe a condição do abdômen;
22. Registrar a realização do procedimento.

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Ostomias
Um estoma é a parte do intestino (delgado ou grosso) exteriorizada para parede
abdominal.
A características de um estoma normal é: vermelho-róseo, úmido, sangra discretamente
quando toca
Colostomia
Colostomia consiste na exteriorização do intestino grosso, mais comumente do cólon
transverso ou sigmóide, através da parede abdominal, para eliminação de gases ou fezes.
Colostomia pode ser dupla, quando há a boca proximal (para saída de fezes) e a distal ( é
irrigada periodicamente para manutenção da limpeza e retirada do muco.

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Cuidados de Enfermagem com Colostomia
1. Orientar o paciente que, gradativamente, poderá educar a sua evacuação;
2. Trocar a bolsa de colostomia fechada sempre que é necessidade,ou seja, encher
de fezes ou se a bolsa descolar.
3. Limpar o local com antissépticos ao trocar a bolsa e após a higiene local
4. A parti do 7° dia de PO lava apenas com água e sabão sem esfregar;
5. Colocar pedaços de carvão vegetal no interior da bolsa para diminuir o odor;
6. Orientar para evitar alimentos que aumente formação de odor e gases.
Ex:repolho,cebola,ovo,feijão etc...
7. Estimular a hidratação, pois a maior quantidade de água nas fezes.
8. Controlar e anotar a frequência e característica da evacuação;
9. Orientar e estimular o paciente a cuidar da sua colostomia, supervisionando esse
cuidados;
Bolsas de Colostomia
 O sistema de bolsa varia de acordo com o fabricante e a necessidade do paciente.
 A bolsa pode ser descartável ou reutilizável.
 A troca da bolsa será feita quando o intestino estiver em sua menor atividade, após
4h da refeição, de noite ou de manhã depende da necessidade do cliente.

Sondagem/Cateterismo Vesical
É a introdução de um cateter através da uretra até a bexiga ou vesícula urinária.
Pode ser do tipo:
Cateter vesical demora utilizado para esvaziamento vesical permanente.
Cateter de alívio utilizado para esvaziamento vesical momentâneo.

Objetivos
 Obtenção de amostras de urina, livre de contaminação (Cateter de alívio).
 Instalação de medicamentos na bexiga.
 Esvaziamento total da bexiga antes da cirurgia (cateter de alívio).
 No pré e pós-operatório imediato, para impedir a distensão da bexiga (cateter
vesical de demora).
 Para irrigação em pós-operatório de cirurgias do aparelho renal e urológico para
irrigação da bexiga, nesta situação no geral se utiliza um cateter vesical de demora
de três vias utilizado para irrigação contínua da bexiga.
 Proteger lesões perineais, perianais, vulvares e outras de contato com a urina.

Observações
A bexiga é uma cavidade estéril, logo, todo o procedimento deve ser realizado com
técnica asséptica.
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Os procedimentos invasivos à bexiga podem causar infecção, assim a técnica deve ser
realizada de forma estéril, ou seja, na técnica asséptica.

Sondagem vesical de demora masculina


Qualquer tipo de sondagem vesical no homem, na mulher, de demora ou de alívio é
privativa do enfermeiro segundo a resolução COFEN 450/2013.
Material
Bandeja contendo:
 Cuba-rim.
 Pinça cheron.
 Algodão
 Sonda vesical de calibre (Fr) adequado 16, 18, 20, 22.
 Lidocaína gel.
 Luvas estéreis.
 Máscara e capote.
 Luvas de procedimento
 Duas seringas de 20 ml.
 Agulha 40x12.
 Água destilada.
 Adesivo para fixação.
 Biombo.
 Impermeável para proteger o leito.
 Bolsa coletora, sistema fechado conforme prescrição.
 Material para higiene íntima pré-sondagem.
 Sabão líquido para higiene íntima.
 Jarro com água morna e comadre para higiene íntima.
 Pacote de cateterismo vesical = 1 cuba rim, 1 cuba redonda, gazes, 5 bolinhas de
algodão, pinça, campo fenestrado.
 Solução anti-séptica
 Recipiente para lixo

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Procedimento
1. Reunir todo material.
2. Higienizar as mãos.
3. Explicar o procedimento ao cliente.
4. Promover um ambiente tranquilo ao cliente.
5. Posicionar o paciente/cliente em DDH com os MMII levemente afastados,
expondo somente os genitais.
6. Calçar as luvas de procedimento.
7. Realizar higiene íntima.
8. Retirar as luvas e lavar as mãos.
9. Dispor todos os materiais estéreis com técnica asséptica, entre os MMII do cliente.
10. Colocar solução antisséptica na cuba-rim.
11. Abrir a embalagem do coletor e deixar sua ponta sobre o campo estéril.
12. Calçar as luvas estéreis.
13. Aspirar lidocaína gel em outra seringa.
14. Testar o balão e a válvula da sonda.
15. Conectar a sonda à extensão do coletor.
16. Segurar o corpo do pênis e retrair o prepúcio.
17. Realizar antissepsia do meato uretral, glande e prepúcio com solução antisséptica.
18. Introduzir lidocaína no meato uretral com a seringa.
19. Inserir a sonda suavemente de 15 a 20 cm; após o fluxo da urina presente, pare a
introdução da sonda.
20. Havendo resistência, aumente a tração sobre o pênis, ou seja, segure com firmeza
o corpo do pênis, mantendo-o ereto, o que facilitará a introdução da sonda.
21. Insufla o balão e tracionar a sonda até encontrar resistência.
22. Reposicionar o prepúcio.
23. Fixar a sonda em quadrante inferior direito ou esquerdo sobre a região inguinal.
24. Promover um ambiente confortável para o cliente.
25. Retirar o material do quarto.
26. Higienizar as mãos.
27. Realizar anotação, especificando frenche da sonda (calibre), volume de água
colocado no balão, aspecto da urina e volume eliminado.

Sondagem vesical de demora feminina


Material
Bandeja contendo:
 Cuba-rim.
 Pinça cheron.
 Algodão.
 Sonda vesical de calibre (Fr) adequado 12, 14, 16.
 Lidocaína gel.
 Luvas estéreis.
 Uma seringa de 20 ml.

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 Um pacote de gaze.
 Agulha 40x12.
 10 ml de água destilada.
 Adesivo para fixação.
 Biombo.
 Impermeável para proteger o leito.
 Bolsa coletora, sistema fechado conforme prescrição.
 Material para higiene íntima pré-sondagem.
 Sabão líquido para higiene íntima.
 Jarro com água morna e comadre para higiene íntima.
 Máscara e capote.
 Luvas de procedimento
 Pacote de cateterismo vesical = 1 cuba rim, 1 cuba redonda, gazes, 5 bolinhas de
algodão, pinça, campo fenestrado.
 Solução anti-séptica
 Recipiente para lixo

Procedimento
1. Reunir todo o material.
2. Higienizar as mãos.
3. Explicar o procedimento à cliente.
4. Promover um ambiente tranquilo à cliente.
5. Colocar a paciente/cliente em posição ginecológica, expondo somente os genitais.
6. Calçar as luvas de procedimento.
7. Realizar higiene íntima.
8. Retirar as luvas e levar as mãos.
9. Dispor todos os materiais estéreis com técnica asséptica entre os MMII do cliente.
10. Colocar solução antisséptica na cuba-rim.
11. Abrir a embalagem do coletor e deixar sua ponta sobre o campo estéril.
12. Calçar as luvas estéreis.
13. Aspirar à água destilada na seringa estéril.
14. Testar o balão e a válvula da sonda.
15. Conectar a sonda à extensão do coletor.
16. Lubrificar a sonda com lidocaína.
17. Realizar antissepsia da vulva e meato uretral, dos grandes e pequenos lábios no
sentido anteroposterior, de cima para baixo, com algodões embebidos no
antisséptico.
18. Expor o vestíbulo vaginal, separando os pequenos lábios com os dedos, indicador
e polegar.
19. Não soltar os dedos até que seja introduzida a sonda.
20. Inserir 10 cm da sonda; após o fluxo da urina presente, pare a introdução da sonda.
21. Insuflar o balão com a quantidade de água indicada na embalagem da sonda.
22. Tracionar a sonda de forma delicada, até encontrar resistência.
23. Fixar a sonda com adesivo na parte interna da coxa.
24. Promover um ambiente confortável para a cliente.
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25. Retirar o material do quarto.
26. Higienizar as mãos.
27. Realizar anotação, especificando frenche da sonda (calibre), volume de água
colocada no balão, aspecto da urina e volume eliminado.

Sondagem vesical de alívio


Material
Bandeja contendo:
 Cuba-rim.
 Pinça cheron.
 Algodão.
 Sonda vesical de calibre (Fr) adequado.
 Lidocaína gel.
 Luvas estéreis.
 Uma seringa de 20 ml.
 Um pacote de gaze.
 Biombo.
 Impermeável.
 Material para higiene íntima.
 Máscara e capote.
 Luvas de procedimento
 Pacote de cateterismo vesical = 1 cuba rim, 1 cuba redonda, gazes, 5 bolinhas de
algodão, pinça, campo fenestrado.
 Solução anti-séptica
 Recipiente para lixo

Procedimento
1. Reunir todo o material.
2. Higienizar as mãos.
3. Explicar o procedimento ao cliente.
4. Promover um ambiente tranquilo ao cliente.
5. Posicionar o cliente, expondo somente os genitais.
6. Posicionar a paciente/cliente em posição ginecológica (mulher).
7. Posicionar a paciente/cliente em decúbito dorsal com os MMII ligeiramente
afastados (homens).
8. Calçar as luvas de procedimento.
9. Realizar higiene íntima.
10. Retirar as luvas e lavar as mãos.
11. Dispor os materiais com técnica asséptica entre os MMII do cliente.
12. Colocar solução antisséptica na cuba-rim.
13. Calçar as luvas estéreis.
14. Aspirar lidocaína em outra seringa (para homem).
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15. Lubrificar a sonda com lidocaína (para mulher).
16. Realizar antissepsia como descrito na técnica de sondagem vesical de demora.
17. Colocar a extremidade da sonda na cuba-rim.
18. Inserir a sonda através da uretra até ocorrer refluxo da urina.
19. Nas mulheres, inserir de 10 cm.
20. Nos homens, inserir de 15 a 20 cm.
21. Retirar a sonda após parar de drenagem de urina.
22. Promover um ambiente confortável para o cliente.
23. Retirar o material do quarto.
24. Higienizar as mãos.
25. Realizar anotação especificando frenche da sonda (calibre), aspecto da urina e
volume eliminado.

Sonda Nasoentérica (vias aéreas superiores –duodeno/jejuno).


Material:
 Sonda Nasoentérica (08 ou 12)-sonda de Dobhoff;
 Seringa descartável (20 ml);
 01 ampola de agua destilada (10ml);
 01 agulha 40x1,2;
 Dispositivo de fixação;
 Cuba rim
 Abaixador de língua;
 Lubrificante;
 Gaze;
 01 par de luva;
 Estetoscópio;
 Toalha ou lenço de papel;

Procedimento:
1. Avaliar a necessidade do cliente;
2. Rever a prescrição médica;
3. Lavar as mãos;
4. Explicar o procedimento ao paciente (independente do nível de consciência);
5. Auscultar os sons intestinais;
6. Posicionar-se do lado, onde será feita a inserção;
7. Posicionar o paciente (semi-fowler, uso de travesseiros);
8. Proteger o tórax do paciente; lavar as mãos;
9. Abrir o material em local adequado, apoiando o material e campo estéril (sonda,
seringa, agulha, cubra, gaze, abaixador);
10. Calçar as luvas;
11. Aspirar e injetar 10ml de água destilada no lúmen da sonda de lubrificação;
12. Introduzir o guia, protegendo-a de superfícies;

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13. Determinar o comprimento da sonda (medir da ponta do nariz ao lóbulo da orelha
até o processo xifoide, e a crista ilíaca; manter a sonda enrolada;
14. Lubrificar a sonda utilizando a gaze;
15. Enfatizar a necessidade de respirar pela boca e de engolir durante o procedimento;
16. Introduzir sonda através da narina ou boca;
17. Direcionar para tras e para baixo no sentido da orelha;
18. Avançar a sonda a cada vez que o paciente engolir até o comprimento desejado
tenha sido introduzido;
19. Verificar a posição da sonda posterior da faringe com o abaixador de língua;
20. Realizar medidas para verificar o posicionamento da sonda;
21. *Injetar 20mlde ar e ouvir na região epigástrica;
22. *Aspirar conteúdo gástrico;
23. *Medir pH do conteúdo gástrico (se possível);
24. Fixar a sonda;
25. Desprezar o material usado, retirar as luvas;
26. Observar o paciente para dificuldade respiratória ou vômito;
27. Solicitar RX de controle;
28. Registrar a realização do procedimento.

OBS: essa sonda por ser usada por 30 dias.

Sonda Nasogástrica (vias aéreas superiores –estômago)


Material:
 Sonda Nasogástrica (12,14,16,18,20) –Sonda de Levine
 Seringa descartável (20 e 60ml);
 Dispositivo de fixação;
 Cuba rim;
 Abaixador de língua;
 Lubrificante (xilocaína);
 Gaze;
 01 par de luva;
 Estetoscópio;
 Toalha ou lenço de papel;
 Coletor aberto para drenagem;
Procedimento:
1. Avaliar a necessidade do cliente;
2. Rever a prescrição médica;
3. Lavar as mãos;
4. Explicar o procedimento ao paciente (independente do nível de consciência);
5. Auscultar os sons intestinais;
6. Posicionar-se do lado, onde será feita a inserção;
7. Posicionar o paciente (semi-fowler, uso de travesseiros);

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8. Proteger o tórax do paciente; lavar as mãos;
9. Abrir o material em local adequado, apoiando o material e campo estéril (sonda,
seringa, agulha, cubra, gaze, abaixador);
10. Calçar as luvas;
11. Determinar o comprimento da sonda (medir da ponta do nariz ao lóbulo da orelha
até o processo xifoide;
12. Lubrificar a sonda, utilizando a gaze;
13. Enfatizar a necessidade de respirar pela boca e engolir durante o procedimento;
14. Introduzir a sonda através da narina ou boca;
15. Direcionar para trás e para baixo no sentido da orelha;
16. Avançar a sonda a cada vez que o paciente engolir, até o comprimento desejado
tenha sido introduzido;
17. Verificar a posição da sonda na parte posterior da faringe com abaixador de
língua; realizar medidas para verificar o posicionamento da sonda;
18. *injetar 20 ml de ar;
19. *aspirar conteúdo gástrico;
20. *Medir pH do conteúdo gástrico (se possível) (mergulhar na água);
21. fixar a sonda;
22. desprezar o material usado, e retirar as luvas;
23. reorganizar a unidade do paciente;
24. observar o paciente para dificuldade respiratória ou vômito;
25. registrar a realização do procedimento;
OBS: essa sonda por ser usada por 7 dias.

Curativo
Carrinho de curativo com:
Materiais
Carro de curativo,
 bandeja,
 kit de curativo
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 luva estéril,
 luvas de procedimento,
 pacotes de gaze estéril,
 cobertura prescrita (p.ex., papaína, carvão ativado, raiom, morim etc.),
 solução fisiológica (SF) morna (volume de acordo com o tamanho da ferida),
 agulha 40 × 12,
 saco plástico para lixo,
 EPI de acordo com a complexidade da lesão (avental descartável, máscara
cirúrgica, gorro e óculos de proteção),
 material para fixação (fita crepe, atadura de crepe, adesivo hipoalergênico),
 clorexidina (se ferida infectada e tecido inviável)
 chumaço ou compressa (se feridas extensas ou exsudativas).

Descrição e sequência dos passos


1. Confirme o paciente e o procedimento a ser realizado na prescrição
médica/enfermagem
2. Higienize as mãos
3. Reúna os materiais na bandeja, coloque no carro de curativo e leve ao quarto do
paciente
4. Explique o procedimento ao paciente
5. Promova a privacidade do paciente colocando biombo e/ou fechando a porta do
quarto
6. Posicione o paciente de acordo com o local da ferida
7. Realize novamente a higienização das mãos
8. Abra todos os materiais necessários e coloque em campo estéril
9. Perfure a solução fisiológica com agulha para irrigar a lesão
10. Utilize os equipamentos de proteção individual de acordo com a lesão
11. Retire o curativo anterior, delicadamente, com luva de procedimento ou pinça,
observando o aspecto do curativo anterior
12. Descarte o curativo anterior e todo o material utilizado durante o procedimento
em saco plástico. Descarte a luva de procedimentos utilizada na remoção do
curativo anterior
13. Higienize as mãos
14. Calce a luva estéril ou de procedimento (se utilizar pinças)
15. Limpe a pele ao redor da ferida com gaze embebida em solução fisiológica (se
infectada, utilize posteriormente clorexidina e remova com SF)
16. Limpe a ferida, de acordo com a presença dos tecidos:
17. Tecido de granulação: irrigue a lesão com solução fisiológica morna, em toda a
sua extensão
18. Tecido desvitalizado: irrigue a lesão ou limpe com gaze estéril embebida em
solução fisiológica morna exercendo suave pressão para remover tecidos inviáveis
19. Se houver infecção: irrigue a lesão ou limpe a ferida com gaze estéril embebida
em solução fisiológica (e antisséptico, se houver indicação). Posteriormente,
remova todo o antisséptico com solução fisiológica
20. Seque a pele ao redor da ferida
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21. Coloque a cobertura primária prescrita sobre a lesão (preencha a cavidade, se
houver)
22. Coloque gazes sobre o curativo primário (se exsudativa, utilize chumaço ou
compressa)
23. Fixe o curativo com adesivo hipoalergênico ou enfaixe com atadura de crepe
24. Retire os EPI
25. Higienize as mãos
26. Anote data e período em que o procedimento foi realizado
27. Deixe o paciente em posição confortável
28. Recolha o material do quarto, mantendo a unidade organizada
29. Despreze o saco plástico com resíduos na lixeira para lixo infectante, o material
perfurocortante na caixa apropriada e acondicione o material permanente em local
apropriado até o encaminhamento à Central de Desinfecção e Esterilização
30. Faça a desinfecção da mesa auxiliar ou do carro de curativo com álcool a 70%
31. Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e passe álcool a 70%
32. Higienize as mãos
33. Cheque a prescrição de enfermagem e anote o procedimento realizado
descrevendo o aspecto da pele ao redor e leito da ferida (coloração, exsudato etc.)
em impresso próprio.

Aplicação de calor
A aplicação de calor sobre a pele pode ser:
Calor seco: por meio de bolsa de água quente, bolsa elétrica, raio infravermelho
Calor úmido: por meio de compressa quente, cataplasma.

A aplicação de calor tem por finalidade:


 Aquecer o paciente
 Relaxar a musculatura
 Aliviar a dor (por exemplo tensão muscular)
 Aumentar a circulação no local da aplicação
 Facilitar os processos supurativos.

A aplicação de calor é contraindicada nos pacientes com:


 Hemorragias
 Lesões abertas e feridas cirúrgicas
 Cirurgias abdominais
 Luxações ou contusões, antes de 24 ou 48 h
 Fenômenos tromboembolíticos nos membros inferiores
 Hemofilia ou fragilidade capilar.

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Bolsa de água quente
Procedimentos de enfermagem
1. Reunir o material: bolsa de borracha, fronha ou toalha
2. Apoiar em superfície plana, colocar a água quente na bolsa e retirar o excesso de
ar e água
3. Fechar bem com a tampa, verificar se há vazamento e secar
4. Envolver a bolsa com toalha e aplicar na região indicada
5. Ao término, esvaziar, lavar, secar e guardar a bolsa.

Compressas quentes
Procedimentos de enfermagem
1. Reunir o material: compressas, bacia com água morna, toalha e luva de
procedimento
2. Umedecer as compressas com a água morna
3. Colocar a compressa na região indicada
4. Repetir o procedimento, se necessário
5. Secar a região e acomodar o paciente.
Observações
 Verificar a temperatura da água para não provocar queimaduras
 Não colocar a bolsa de água quente sob o paciente
 Torcer bem as compressas para não molhar o paciente nem a cama
 Não expor o local desnecessariamente ao trocar as compressas.

Aplicação de frio
Essa aplicação pode ocorrer como:
Frio seco: com bolsa de gelo
Frio túmido: com compressas frias.

A aplicação de frio tem por finalidade:


 Baixar a temperatura na hipertermia
 Diminuir a dor e edema
 Estancar o sangramento
 Reduzir a congestão e processos inflamatórios.

A aplicação é contraindicada nos pacientes com estase circulatória, desnutrição ou


debilidade acentuada.
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Bolsa de gelo
Procedimentos de enfermagem
1. Reunir o material: toalha, bolsa de gelo, cubos de gelo ou bolsa de gel, do tipo
gelox
2. Encher a bolsa com pedaços de gelo, sem excessos
3. Retirar o ar, fechar, verificar vazamento
4. Envolver na toalha e aplicar no local indicado
5. Observar sinais de isquemia e queimadura, se aplicações demoradas
6. Renovar o conteúdo quando o gelo derreter
7. Ao final, retirar a bolsa e secar o local com a toalha.
Compressas frias
Procedimentos de enfermagem
 Reunir o material: bacia com água gelada ou gelo, compressas, toalhas, luva de
procedimento
 Umedecer as compressas e aplicar
 Substituir a compressa, quando necessário
 Ao final, retirar a compressa e secar o local com a toalha.

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