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Direito Constitucional DSO

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SUMÁRIO

TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS .................................................................. 2


Introdução ....................................................................................................................... 2
Origem .......................................................................................................................... 2
Conceito ....................................................................................................................... 2

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


1
TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
INTRODUÇÃO
ORIGEM
Segundo a doutrina, a expressão “direitos fundamentais” tem origem na Revolução
Francesa, com a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789.

CONCEITO
Os direitos fundamentais são normas que buscam restringir a atuação arbitrária do
Estado e, ao mesmo tempo, exigir sua atuação em favor da proteção do bem-estar dos
indivíduos, garantindo, portanto, a dignidade da pessoa humana.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33
Segundo Marcelo Novelino , “enquanto os direitos humanos se encontram
1

consagrados nos tratados e convenções internacionais (plano internacional), os direitos


fundamentais são os direitos humanos consagrados e positivados na Constituição de cada
país (plano interno), podendo seu conteúdo e conformação variar de acordo com cada
Estado”.

De forma esquematizada:

1
Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 313

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo2, os direitos fundamentais são “os bens
em si mesmos considerados, declarados como tais nos textos constitucionais”. Por
exemplo, o direito à vida e ao patrimônio.

Por outro lado, as garantias fundamentais são “estabelecidas pelo texto


constitucional como instrumentos de proteção dos direitos fundamentais”. Por exemplo, o
habeas corpus busca proteger o direito à liberdade de locomoção.

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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2 Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. Direito Constitucional Descomplicado – 20. Ed. – Método - 2021 Pág. 87

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3
SUMÁRIO
TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS .................................................................. 2
Características ............................................................................................................. 2

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1
TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
CARACTERÍSTICAS
Dentre as principais características dos direitos fundamentais, destacam-se:

1. Universalidade – Existe um núcleo mínimo de direitos fundamentais que deve ser


observado em qualquer sociedade, independentemente de aspectos culturais,
históricos etc.;

2. Inalienabilidade – Os direitos fundamentais são inegociáveis e intransmissíveis;

3. Imprescritibilidade – Os direitos fundamentais não desaparecem com o decurso


do tempo;

4. Relatividade – Os direitos fundamentais não são absolutos, podendo sofrer


limitações em razão da ponderação de interesses e do princípio da
proporcionalidade;

5. Irrenunciabilidade – Os indivíduos não podem renunciar aos direitos


fundamentais, havendo a possibilidade de limitação voluntária em circunstâncias
específicas e desde que não definitiva;

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É importante destacar que o rol dos direitos fundamentais não é taxativo, pois nada
impede que sejam reconhecidos outros direitos fundamentais incorporados ao
ordenamento jurídico.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
Nesse sentido, é o art. 5°, §2°, da CF/88:

Art. 5°, § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição


não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por
ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a
República Federativa do Brasil seja parte.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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SUMÁRIO
TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS .................................................................. 2
Classificação ................................................................................................................... 2
Teoria dos Status .......................................................................................................... 2
Gerações (Dimensões) dos Direitos Fundamentais................................................. 2

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TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
CLASSIFICAÇÃO
TEORIA DOS STATUS
A teoria dos status foi desenvolvida por Georg Jellinek e possui 04 espécies: 1) status
positivo; 2) status negativo; 3) status passivo; 4) status ativo.

O status passivo é a situação de submissão do indivíduo ao Estado, ou seja,


relacionada às obrigações individuais. Não se trata, propriamente, de direitos, mas de
deveres.

Por outro lado, o status ativo se relaciona à participação nas atividades políticas, ou
seja, à cidadania.

O status negativo está relacionado ao dever do Estado de não intervir na esfera de


liberdade dos indivíduos. Por exemplo, é a liberdade de associação e de expressão.

Por fim, o status positivo é o direito do indivíduo de demandar o Estado a cumprir com
suas obrigações perante a sociedade. Tal status está relacionado às prestações positivas
do Poder Público, como saúde, educação etc.

Anderson
De forma esquematizada: Tiago Meneguelli Oliva
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GERAÇÕES (DIMENSÕES) DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


A conquista dos direitos fundamentais foi um processo lento e que não se consagrou
de forma simultânea.

Dessa forma, é possível classificar os direitos fundamentais em relação ao seu


progresso ao longo do tempo (gerações).

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
Os direitos de primeira geração impõem ao Estado um dever de não interferência,
prestigiando, portanto, as liberdades individuais, intimamente relacionados aos direitos
civis e políticos.
Tais direitos foram marcantes nas Revoluções Francesa e Norte-Americana do final
do século XVIII e realçavam o princípio da liberdade.

Como exemplo: direito à vida, à liberdade, ao patrimônio e à liberdade de


expressão.

Os direitos de segunda geração estão ligados aos direitos sociais, econômicos e


culturais.

Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo1, “foram os movimentos sociais do


século XIX que ocasionaram, no início do século XX, o surgimento da segunda geração de
direitos fundamentais, responsável pela gradual passagem do Estado liberal, de cunho
individualista, para o Estado social, centrado na proteção dos hipossuficientes e na busca
da igualdade material entre os homens”.

Dessa forma, trata-se de direitos positivos que buscam a igualdade entre os


indivíduos.

Os direitos de terceira geração consagram os princípios da solidariedade e da


fraternidade, ou seja, estão relacionados aos direitos transindividuais.
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Como exemplo: meio ambiente, direito do consumidor e a paz.
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1 Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. Direito Constitucional Descomplicado – 20. Ed. – Método - 2021 Pág. 89

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SUMÁRIO
TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS .................................................................. 2
Eficácia/Aplicação ........................................................................................................ 2
Aplicação Imediata .................................................................................................... 2
Eficácia Horizontal dos Direitos Fundamentais ........................................................ 2

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1
TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

EFICÁCIA/APLICAÇÃO
APLICAÇÃO IMEDIATA
Conforme art. 5°, §1°, da Constituição, as normas definidoras de direitos e garantias
fundamentais têm aplicação imediata.

Art. 5°, § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias


fundamentais têm aplicação imediata.

É importante destacar que algumas normas constitucionais não são autoaplicáveis,


pois dependem de regulação infraconstitucional. No entanto, mesmo nessas hipóteses
deverá ser conferida a maior eficácia possível aos direitos e garantias fundamentais.

EFICÁCIA HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


Segundo Marcelo Novelino 1 , trata-se da projeção dos direitos fundamentais às
relações particulares, nas quais se encontram em uma hipotética relação de igualdade
jurídica.
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1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 321

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2
SUMÁRIO
TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS .................................................................. 2
Conteúdo dos Direitos Fundamentais .......................................................................... 2
Introdução .................................................................................................................... 2
Teoria Absoluta ............................................................................................................ 2
Teoria Relativa.............................................................................................................. 2
Esquema ....................................................................................................................... 2
Restrições aos Direitos Fundamentais .......................................................................... 2
Teoria: Interna e Externa ............................................................................................. 2

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TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
CONTEÚDO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
INTRODUÇÃO
A amplitude de proteção dos direitos fundamentais depende da análise de seu
conteúdo. Dessa análise surge a classificação em: teoria absoluta e teoria relativa.

TEORIA ABSOLUTA
A teoria absoluta aponta a existência de um núcleo de proteção dos direitos
fundamentais que não pode ser violado.

Assim, ainda que eventuais alterações e concessões possam ser realizadas em sua
esfera periférica, há que se preservar sua essência.

TEORIA RELATIVA
A teoria relativa afirma que não há uma limitação preestabelecida, já que o objeto
de proteção pode variar conforme as circunstâncias do caso concreto.

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ESQUEMA andersontiago158@gmail.com
De forma esquematizada: 031.721.292-33

RESTRIÇÕES AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


TEORIA: INTERNA E EXTERNA
As restrições aos direitos fundamentais podem ser explicadas sob a ótica das teorias:
interna e externa.

Segundo a teoria interna, é a própria Constituição quem define os limites (restrições)


dos direitos fundamentais.

Dessa forma, os direitos fundamentais não podem sofrer restrições externas.

Por outro lado, a teoria externa afirma que os limites aos direitos fundamentais são
estabelecidos pela necessidade de conciliá-los com outros direitos de mesma espécie.

Assim, é possível afirmar que os direitos fundamentais sofrem restrições externas.

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SUMÁRIO
TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS .................................................................. 2
Restrições aos Direitos Fundamentais .......................................................................... 2
Limites dos limites ......................................................................................................... 2
Proibição do Retrocesso (Efeito Cliquet) .................................................................. 2
Tratados/Convenções Internacionais de Direitos Humanos ..................................... 2

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1
TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
RESTRIÇÕES AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
LIMITES DOS LIMITES
O termo “limites dos limites” estabelece que as restrições aos direitos fundamentais
devem sofrer, também, limitações.

Segundo Karl August Betterman, “as limitações aos direitos fundamentais, para serem
legítimas, devem atender a um conjunto de condições materiais e formais estabelecidas
na Constituição, que são os limites dos limites dos direitos fundamentais”.

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PROIBIÇÃO DO RETROCESSO (EFEITO CLIQUET)
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A proibição do retrocesso ou efeito cliquet afirma que os direitos relacionados à
proteção do indivíduo não podem retroagir, podendo, apenas, avançar na sua proteção.

Dessa forma, há inconstitucionalidade em normas que buscam revogar direitos


sociais já alcançados pelos indivíduos.

TRATADOS/CONVENÇÕES INTERNACIONAIS DE DIREITOS


HUMANOS
O art. 5º, §3º, da Constituição Federal, afirma que os tratados e convenções
internacionais sobre direitos humanos, aprovados com o mesmo rito das emendas
constitucionais, terão o status constitucional.

Art. 5º, § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre


direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos
dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais.

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2
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Nesse caso, os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos terão
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status supralegal, ou seja, posicionado logo abaixo da Constituição e acima das leis.
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3
SUMÁRIO
DIREITO À VIDA ........................................................................................................ 2
Previsão Constitucional ................................................................................................. 2
Dupla Acepção ............................................................................................................. 2
Previsões Especiais ......................................................................................................... 3
Guerra Declarada ...................................................................................................... 3
Lei do Abate................................................................................................................ 3
Aborto .......................................................................................................................... 3
Eutanásia e Ortotanásia ............................................................................................ 4

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1
DIREITO À VIDA

PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O direito à vida consta como o primeiro direito fundamental enumerado no art. 5º,
caput, da Constituição.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:

E, novamente, mencionado em seu inciso XLVII:

Art. 5º, XLVII - não haverá penas:


a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do
art. 84, XIX;

DUPLA ACEPÇÃOAnderson Tiago Meneguelli Oliva


Segundo doutrina, o andersontiago158@gmail.com
direito à vida possui dois aspectos distintos. Em sentido negativo,
é o direito de permanecer vivo, impedindo que se atente contra a existência do indivíduo.
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Por outro lado, em sentido positivo, o direito à vida está associado à existência digna.

De forma esquematizada:

2
PREVISÕES ESPECIAIS
GUERRA DECLARADA
Como visto anteriormente, não há direito fundamental absoluto, razão pela qual até
a própria Constituição autoriza a pena de morte em caso de guerra declarada, conforme
art. 5º, XLVII.

Art. 5º, XLVII - não haverá penas:


a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do
art. 84, XIX;

LEI DO ABATE
Apesar de não atentar expressamente contra o direito à vida, é evidente que a
autorização dada pelo Presidente da República para destruição de aeronave
considerada hostil, invariavelmente, ocasionará a morte dos tripulantes.

Nesse sentido, destaca-se o art. 303, § 2º, do Código Brasileiro de Aeronáutica.

Art. 303. A aeronave poderá ser detida por autoridades


aeronáuticas, fazendárias ou da Polícia Federal, nos seguintes
casos:Anderson Tiago Meneguelli Oliva
(...)
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§ 2° Esgotados os meios coercitivos legalmente previstos, a
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aeronave será classificada como hostil, ficando sujeita à medida
de destruição, nos casos dos incisos do caput deste artigo e
após autorização do Presidente da República ou autoridade por
ele delegada.

ABORTO
Em regra, a interrupção provocada da gravidez configura o crime de aborto.

Contudo, o próprio legislador afastou a ilicitude de tal interrupção em duas hipóteses


previstas no art. 128 do Código Penal.

Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico:

Aborto necessário
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;

Aborto no caso de gravidez resultante de estupro


II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de
consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu
representante legal.

Além das hipóteses legais, o STF, no julgamento da ADPF 54, acolheu a atipicidade
da interrupção da gestação de feto anencéfalo.

3
EUTANÁSIA E ORTOTANÁSIA
Segundo Nathalia Masson1, é possível conceituar:

1. Eutanásia – A ação médica intencional que abrevia a vida de um paciente


terminal que vivencia extremo sofrimento e se encontra em situação incurável.
Como exemplo, ministrar substância letal que induz à morte;

2. Ortotanásia – é a morte ocasionada em razão da interrupção de tratamentos


médicos que, apesar de manterem o sujeito vivo, não ofertam a ele nenhuma
chance de recuperação. Como exemplo, desligar os aparelhos de respiração
artificial do paciente;

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De forma esquematizada:

1 Masson, Nathalia. Manual de direito constitucional – 9. Ed. Salvador: JusPODIVM, 2021 – pág. 220
2 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 370

4
SUMÁRIO
DIREITO À LIBERDADE .............................................................................................. 2
Introdução ...................................................................................................................... 2
Previsão Constitucional .............................................................................................. 2
Liberdade: Positiva e Negativa ................................................................................. 2

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1
DIREITO À LIBERDADE

INTRODUÇÃO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O Direito à liberdade está intimamente relacionado aos direitos fundamentais de 1ª
geração, também denominado de liberdades públicas.

Tem previsão no art. 5º, caput, da Constituição Federal.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:

LIBERDADE: POSITIVA E NEGATIVA


A doutrina aponta 02 sentidos diversos para a liberdade:
Anderson
1. Liberdade positiva Tiago
– conhecida comoMeneguelli Oliva é a capacidade de o
liberdade política,
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indivíduo ser o senhor de seu próprio destino, ou seja, ter o domínio de si próprio;
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2. Liberdade negativa – conhecida como liberdade civil, é a possibilidade de agir
sem interferência de terceiros;

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2
SUMÁRIO
DIREITO À LIBERDADE .............................................................................................. 2
Liberdade de Expressão ................................................................................................ 2
Previsão Constitucional .............................................................................................. 2
Características ............................................................................................................ 2

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1
DIREITO À LIBERDADE

LIBERDADE DE EXPRESSÃO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
A liberdade de expressão é prevista no art. 5º, IV, V e IX, da Constituição.

Art. 5º, IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado


o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo,
além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística,
científica e de comunicação, independentemente de censura
ou licença;

CARACTERÍSTICAS
Trata-se do direito de exprimir e divulgar o pensamento, sem sofrer qualquer tipo de
censura.

É evidente que tal liberdade é direcionada, principalmente, ao Estado, mas nada


Anderson
impede que alcance relações Tiago Meneguelli Oliva
particulares.
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Nesse sentido, a publicação de biografias não depende de autorização prévia do
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biografado1.

Para que seja publicada uma biografia NÃO é necessária


autorização prévia do indivíduo biografado, das demais pessoas
retratadas, nem de seus familiares. Essa autorização prévia seria
uma forma de censura, não sendo compatível com a liberdade
de expressão consagrada pela CF/88. As exatas palavras do STF
foram as seguintes:

“É inexigível o consentimento de pessoa biografada


relativamente a obras biográficas literárias ou audiovisuais,
sendo por igual desnecessária a autorização de pessoas
retratadas como coadjuvantes ou de familiares, em caso de
pessoas falecidas ou ausentes”.

Caso o biografado ou qualquer outra pessoa retratada na


biografia entenda que seus direitos foram violados pela
publicação, terá direito à reparação, que poderá ser feita não
apenas por meio de indenização pecuniária, como também por
outras formas, tais como a publicação de ressalva, de nova
edição com correção, de direito de resposta etc.
STF. Plenário. ADI 4815/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em
10/6/2015 (Info 789).

1
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Biografias: não é necessária autorização prévia do biografado. Buscador Dizer o Direito,
Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/1679091c5a880faf6fb5e6087eb1b2dc>.
Acesso em: 07/01/2022

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2
Aliás, a liberdade de expressão é defendida, inclusive, quando seu conteúdo
manifesta opiniões polêmicas ou satíricas que desagradam uma parcela da sociedade.

Assim, foram declarados inconstitucionais dispositivos da Lei das Eleições que


vedavam sátira a candidatos.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
E, maisrecentemente, o STF rechaçou a retirada de conteúdo
031.721.292-33 em plataforma de
streaming com fundamento apenas em seu teor polêmico.

Como conclusão:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
SUMÁRIO
DIREITO À LIBERDADE .............................................................................................. 2
Liberdade de Expressão ................................................................................................ 2
Vedação ao Anonimato ........................................................................................... 2
Direito de Resposta e Reparação de Danos ........................................................... 2
Incitação ao Crime .................................................................................................... 3

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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1
DIREITO À LIBERDADE

LIBERDADE DE EXPRESSÃO
VEDAÇÃO AO ANONIMATO
A liberdade de expressão, em que pese sua importância no Estado Democrático de
Direito, não é um direito absoluto.

Nesse sentido, o art. 5º, IV, ao mesmo tempo que protege a liberdade de expressão,
afirma que é vedado o anonimato.

Art. 5º, IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado


o anonimato;

O motivo é simples, tal vedação possibilita a responsabilização civil e criminal em


caso de abuso.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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DIREITO DE RESPOSTA E REPARAÇÃO DE DANOS


O art. 5º, V, da Constituição assegura o direito de resposta, além da indenização por
danos.

Art. 5º, V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao


agravo, além da indenização por dano material, moral ou à
imagem;

Nesse sentido, o exercício de um direito fundamental não permite o abuso.

É interessante observar que para o STJ a reparação do dano não se limita ao aspecto
financeiro, podendo incluir a divulgação de sentença condenatória por ofensa à honra da
vítima.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
INCITAÇÃO AOAnderson
CRIME Tiago Meneguelli Oliva
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Um tema bastante atual e polêmico envolve o direito à liberdade de expressão e a
incitação ao crime.
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Evidentemente, a apologia ao crime não pode ter lastro no mencionado direito


fundamental, sendo certo que os Tribunais Superiores já afastaram a proteção à liberdade
de expressão e imputaram o crime de racismo ao líder religioso que pregou o ódio público.

Nesse sentido1:

1
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. A incitação de ódio público feita por líder religioso contra outras religiões pode configurar o
crime de racismo. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/7b6982e584636e6a1cda934f1410299c>. Acesso em:
07/01/2022

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3
Por outro lado, é importante ter cuidado ao analisar o proselitismo religioso, pois não
é sempre que a conduta será considerada típica.

Assim é a lição de Márcio André Lopes Cavalcante2 acerca de um julgado bastante


interessante sobre o tema (Info 849):

Determinado padre escreveu um livro, voltado ao público da


Igreja Católica, no qual ele faz críticas ao espiritismo e a religiões
de matriz africana, como a umbanda e o candomblé. O
Ministério Público da Bahia ofereceu denúncia contra ele pela
prática do art. 20, § 2º da Lei nº 7.716/89 (Lei do racismo).

No caso concreto, o STF entendeu que não houve o crime.


A CF/88 garante o direito à liberdade religiosa. Um dos aspectos
da liberdade religiosa é o direito que o indivíduo possui de não
apenas escolher qual religião irá seguir, mas também o de fazer
proselitismo religioso.

Proselitismo religioso significa empreender esforços para


convencer outras pessoas a também se converterem à sua
religião.

Desse modo, a prática do proselitismo, ainda que feita por meio


de comparações entre as religiões (dizendo que uma é melhor
que a outra) não configura, por si só, crime de racismo.
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
andersontiago158@gmail.com
Só haverá racismo se o discurso dessa religião supostamente
superior for de 031.721.292-33
dominação, opressão, restrição de direitos ou
violação da dignidade humana das pessoas integrantes dos
demais grupos. Por outro lado, se essa religião supostamente
superior pregar que tem o dever de ajudar os "inferiores" para
que estes alcancem um nível mais alto de bem-estar e de
salvação espiritual e, neste caso não haverá conduta criminosa.
Na situação concreta, o STF entendeu que o réu apenas fez
comparações entre as religiões, procurando demonstrar que a
sua deveria prevalecer e que não houve tentativa de subjugar
os adeptos do espiritismo.
Pregar um discurso de que as religiões são desiguais e de que
uma é inferior à outra não configura, por si, o elemento típico do
art. 20 da Lei nº 7.716/89. Para haver o crime, seria indispensável
que tivesse ficado demonstrado o especial fim de supressão ou
redução da dignidade do diferente, elemento que confere
sentido à discriminação que atua como verbo núcleo do tipo.
STF. 1ª Turma. RHC 134682/BA, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em
29/11/2016 (Info 849).

2
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Análise do caso "Jonas Abib". Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/a5585a4d4b12277fee5cad0880611bc6>. Acesso em: 07/01/2022

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4
Por fim, no inquérito instaurado pelo STF para apurar “Fake News”, na lição de
Marcelo Novelino:

“O Tribunal adotou o entendimento de que atos atentatórios


contra o STF, que incitem seu fechamento, a morte e a prisão de
seus membros, a desobediência a seus atos, o vazamento de
informações sigilosas, não são manifestações protegidas pela
liberdade de expressão”.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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5
SUMÁRIO
DIREITO À LIBERDADE .............................................................................................. 2
Liberdade de Consciência, de Crença e de Culto ................................................... 2
Previsão Constitucional .............................................................................................. 2
Objeção de Consciência .......................................................................................... 2
stado Laico .................................................................................................................. 5

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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1
DIREITO À LIBERDADE

LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, DE CRENÇA E DE CULTO


PREVISÃO CONSTITUCIONAL
A liberdade de consciência, de crença e de culto é prevista no art. 5º, VI, da
Constituição.
Art. 5º, VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença,
sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a
suas liturgias;

Por outro lado, o texto constitucional também garante a assistência religiosa em


entidades de internação, seja de natureza civil ou militar.

Art. 5º, VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de


assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação
coletiva;

OBJEÇÃO DE CONSCIÊNCIA
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
A objeção de consciência, também denominada de escusa ou imperativo de
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consciência, está prevista no art. 5º, VIII, da CF/88.
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Art. 5º, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se
as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

Dessa forma, a Constituição permite que um indivíduo deixe de cumprir uma


obrigação legal imposta a todos, alegando escusa de consciência, desde que cumpra
uma prestação alternativa.

Por exemplo, o serviço militar, em tempo de paz, pode ser dispensado àqueles que
alegam imperativo de consciência, sendo-lhes atribuído serviço alternativo, conforme Lei
nº 8.239/91.

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2
O tema é polêmico.

Ao tratar da perda ou suspensão dos direitos políticos, o art. 15, IV, da CF/88,
menciona a recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, mas
sem especificar qual das duas consequências seria aplicável.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou


suspensão só se dará nos casos de:
(...)
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;

A doutrina majoritária entende que é hipótese de perda de direitos políticos, inclusive


é o entendimento já cobrado pela banca examinadora CEBRASPE/CESPE.
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
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3
A resposta é NÃO.

Segundo Nathalia Masson1, a ausência de lei que estabelece a obrigação alternativa


não pode prejudicar o indivíduo, pois o direito de invocar a objeção de consciência possui
aplicabilidade imediata.

A resposta é SIM.

Segundo a jurisprudência do STF, é possível a alteração de datas e horários em razão


da objeção de consciência, desde que presentes a razoabilidade e igualdade entre os
concorrentes.

Nesse sentido2: Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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1 Masson, Nathalia. Manual de direito constitucional – 9. Ed. Salvador: JusPODIVM, 2021 – pág. 250
2 https://www.dizerodireito.com.br/2020/12/nocoes-gerais-sobre-escusa-de.html

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4
STADO LAICO
Diz-se que o Estado é laico quando há uma separação entre o Estado e a religião,
ou seja, não há uma religião oficial.

A atual Constituição reafirma a laicidade do Estado brasileiro, apesar que, em sua


história, já foi adotado o catolicismo como religião oficial (1824).

Nesse sentido, é importante destacar que o STF reconheceu a repercussão geral


sobre símbolos religiosos em prédios públicos, tema que ainda não foi julgado.

Como mencionado acima, o Estado laico não significa a aversão à religião, mas a
proteção à liberdade religiosa.

Não por outro motivo, o STF reconheceu a constitucionalidade de lei estadual que
permite o sacrifício de animais em cultos de religiões de matriz africana.

Assim:

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Por fim, o ensino religioso em escolas públicas é um tema bastante polêmico e que
já foi enfrentado pelo STF.

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5
SUMÁRIO
DIREITO À LIBERDADE .............................................................................................. 2
Liberdade de Profissão .................................................................................................. 2
Previsão Constitucional .............................................................................................. 2
Características ............................................................................................................ 2
Jurisprudência ............................................................................................................. 2
Liberdade de Locomoção ........................................................................................... 4
Previsão Constitucional .............................................................................................. 4
Características ............................................................................................................ 4
Restrições ..................................................................................................................... 4

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1
DIREITO À LIBERDADE

LIBERDADE DE PROFISSÃO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
A liberdade de profissão é prevista no art. 5º, XIII, da Constituição.

Art. 5º, XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou


profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
estabelecer;

CARACTERÍSTICAS
É importante destacar que a liberdade de profissão é norma de eficácia contida, ou
seja, possui aplicabilidade imediata, mas pode sofrer restrição por norma
infraconstitucional.

Por outro lado, na lição de Nathalia Masson1, “na percepção do STF nem todos os
ofícios ou profissões podem ser condicionadas ao cumprimento de condições legais para
o seu exercício (....) a regra é a liberdade profissional”.
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JURISPRUDÊNCIA 031.721.292-33
O STF já teve oportunidade de apreciar diversas ações diretas de
inconstitucionalidade relacionadas ao desempenho de atividade profissional.

Assim, abaixo constam alguns julgados interessantes, lembrando que a exigência


dessas jurisprudências é compatível com concursos públicos voltados às carreiras jurídicas:

1. Profissão de nutricionista

1 Masson, Nathalia. Manual de direito constitucional – 9. Ed. Salvador: JusPODIVM, 2021 – pág. 256

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2
2. Farmacêuticos como responsáveis técnicos de farmácias e drogarias

3. Constitucionalidade do Exame da OAB

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4. Músico

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3
Dessa forma, é possível observar que a restrição a determinadas atividades
profissionais exige, concomitantemente, a previsão em lei e aptidão para gerar riscos para
terceiros.

LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
A liberdade de locomoção é prevista no art. 5º, XV, da Constituição.

Art. 5º, XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo


de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar,
permanecer ou dele sair com seus bens;

CARACTERÍSTICAS
A liberdade de locomoção está relacionada ao direito de ir, vir e permanecer.

Torna-se válido registrar que a violação a esse direito fundamental possibilita ao


coagido manejar o habeas corpus, conforme art. 5º, LXVIII, da Constituição.

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Art. 5º, LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém
sofrerandersontiago158@gmail.com
ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em
sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de
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poder;

RESTRIÇÕES
O texto constitucional prevê hipóteses de restrição ao direito de locomoção, por
exemplo, a vigência do estado de sítio.

Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com


fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as
pessoas as seguintes medidas:
I - obrigação de permanência em localidade determinada;

Evidentemente, a condenação criminal com imposição de pena privativa de


liberdade não configura abuso ao direito de locomoção do indivíduo.

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4
SUMÁRIO
DIREITO À LIBERDADE .............................................................................................. 2
Liberdade de Reunião .................................................................................................. 2
Previsão Constitucional .............................................................................................. 2
Características ............................................................................................................ 2
RestriçÕes .................................................................................................................... 3
Liberdade de Associação ............................................................................................ 4
Previsão Constitucional .............................................................................................. 4
Características ............................................................................................................ 4

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1
DIREITO À LIBERDADE

LIBERDADE DE REUNIÃO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
A liberdade de reunião é prevista no art. 5º, XVI, da Constituição.

Art. 5, XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas,


em locais abertos ao público, independentemente de
autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas
exigido prévio aviso à autoridade competente;

CARACTERÍSTICAS
Segundo a doutrina, a liberdade de reunião é um direito individual de exercício
coletivo.

O texto constitucional aponta os requisitos para o exercício da liberdade de reunião:


reunião pacífica e sem armas, bem como não frustrar outra reunião previamente
convocada e aviso prévioAnderson Tiago
à autoridade Meneguelli Oliva
competente.
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De forma esquematizada: 031.721.292-33

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2
Em importante julgado, o STF fixou a tese de que o requisito de “aviso prévio” não
exige a comunicação formal à autoridade competente, basta a veiculação da
informação, por exemplo, em redes sociais, de maneira que o Poder Público deve adotar
uma postura ativa em relação à reunião anunciada.

Nesse sentido:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
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RESTRIÇÕES
A Constituição restringe a liberdade de reunião na vigência do estado de defesa e
estado de sítio.

Nesse sentido:

Art. 136, § 1º O decreto que instituir o estado de defesa


determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a
serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as
medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
I - restrições aos direitos de:
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;

Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com


fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as
pessoas as seguintes medidas:
(...)
IV - suspensão da liberdade de reunião;

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3
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
A liberdade de associação é prevista no art. 5º, XVII, da Constituição.

Art. 5, XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos,


vedada a de caráter paramilitar;

Dessa forma, a livre associação é a regra, com exceção daquelas de caráter


paramilitar.

Por outro lado, tal liberdade protege, inclusive, o direito de não se associar, conforme
art. 5º, XX, da CF/88.

Art. 5º, XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a


permanecer associado;

CARACTERÍSTICAS
A criação de associações independe de autorização, inclusive é vedada a
interferência estatal em seu funcionamento, conforme art. 5º, XVIII, da CF/88.
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
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Art. 5º, XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de
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cooperativas independem de autorização, sendo vedada a
interferência estatal em seu funcionamento;

No entanto, há hipóteses em que se autoriza a suspensão ou a dissolução


compulsória da associação por via judicial.

Nesse sentido:

Art. 5º, XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente


dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial,
exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

De forma esquematizada:

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4
Por fim, a Constituição permite às associações, quando expressamente autorizadas,
a legitimidade para representar seus filiados judicial e extrajudicialmente.

Art. 5º, XXI - as entidades associativas, quando expressamente


autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados
judicial ou extrajudicialmente;

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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5
SUMÁRIO
DIREITO À Igualdade ............................................................................................... 2
Introdução ...................................................................................................................... 2
Previsão Constitucional .............................................................................................. 2
Evolução Histórica.......................................................................................................... 2
Igualdade Formal ....................................................................................................... 2
Igualdade Material (Isonomia).................................................................................. 2
Ações Afirmativas .......................................................................................................... 3
Cotas Raciais ............................................................................................................... 3

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1
DIREITO À IGUALDADE

INTRODUÇÃO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O Direito à igualdade manifesta-se em diversos artigos da Constituição Federal, com
destaque ao art. 5º, caput.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:

EVOLUÇÃO HISTÓRICA
IGUALDADE FORMAL
Em um estágio inicial, a igualdade surge em sua concepção formal e exige apenas
o tratamento idêntico a todos que se encontram na mesma situação.
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
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É a chamada igualdade perante a lei.
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Assim, por exemplo, a educação é um direito fundamental que deve se estender a
todos, sem distinção entre os indivíduos.

IGUALDADE MATERIAL (ISONOMIA)


Segundo Marcelo Novelino 1 , a “concepção formal de igualdade, embora tenha
representado um importante avanço, mostrou-se insuficiente para definir quem deve
receber igual tratamento e em que medida isso deve ocorrer”.

Dessa forma o direito à igualdade evolui para uma concepção material, que leva em
consideração as desigualdades fáticas e permite que tais situações recebam soluções
distintas.

Nas palavras de Marcio André Lopes Cavalcante2, a igualdade material “preconiza


que as desigualdades fáticas existentes entre as pessoas devem ser reduzidas por meio da
promoção de políticas públicas e privadas”.

Por exemplo, a reserva de vagas em concursos públicos para pessoas portadoras de


deficiência ou as cotas sociais em vestibulares de universidades públicas.

1
Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 372
2
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Constitucionalidade do sistema de cotas em universidades para alunos de escolas públicas.
Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3>. Acesso em: 10/02/2022

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2
AÇÕES AFIRMATIVAS
Segundo Nathalia Masson3, as ações afirmativas se caracterizam como “práticas ou
políticas estatais de tratamento diferenciado a certos grupos historicamente vulneráveis,
periféricos ou hipossuficientes, buscando redimensionar e redistribuir bens e oportunidades
a fim de corrigir distorções”.

É importante destacar que, apesar de sua inegável relevância, as ações afirmativas


devem observar a razoabilidade para evitar a chamada discriminação reversa.

Ademais, por se tratar de um instituto que busca corrigir distorções, tal política possui
caráter temporário e precário, devendo cessar tão logo o equilíbrio seja atingido.

COTAS RACIAIS
Uma das ações afirmativas mais utilizadas no Brasil está relacionada à reserva de
vagas para negros em concursos públicos e universidades públicas.

O STF já pacificou entendimento no sentido da constitucionalidade de leis que


autorizam tais reservas de vagas.

Nesse sentido:

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Por outro lado, em relação à reserva de vagas em universidades públicas:

3 Masson, Nathalia. Manual De Direito Constitucional – 9. Ed. Salvador: Juspodivm, 2021 – Pág. 236

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3
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
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4
SUMÁRIO
DIREITO À Igualdade ............................................................................................... 2
Ações Afirmativas .......................................................................................................... 2
Igualdade entre Homens e Mulheres ....................................................................... 2
Teoria do Impacto Desproporcional (Discriminação INdireta) ................................. 4

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1
DIREITO À IGUALDADE

AÇÕES AFIRMATIVAS
IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES
O art. 5º, I da Constituição, afirma que:

Art. 5º, I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações,


nos termos desta Constituição;

É interessante observar que, mesmo diante da disposição expressa, a própria


Constituição aponta situações em que é possível conferir tratamento diferenciado entre
homens e mulheres.

Nesse sentido:

Art. 5º, L - às presidiárias serão asseguradas condições para que


possam permanecer com seus filhos durante o período de
amamentação;

XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante


Anderson
incentivos Tiago
específicos, nosMeneguelli
termos da lei; Oliva
andersontiago158@gmail.com
Evidentemente, 031.721.292-33
tais exceções observam a razoabilidade, sendo vedadas
discriminações injustificadas.

Nesse sentido:

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2
A resposta é NÃO.

O STF já se manifestou sobre o tema e fixou o entendimento no sentido de que não é


possível a remarcação do teste físico em provas.

Nesse sentido:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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Nesse caso, SIM.

Desse modo, ainda que o edital proíba expressamente o direito de remarcação à


gestante, a candidata terá direito de realizar o teste físico em outra oportunidade.

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3
É constitucional a remarcação do teste de aptidão física de
candidata que esteja grávida à época de sua realização,
independentemente da previsão expressa em edital do
concurso público.
STF. Plenário. RE 1058333/PR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em
21/11/2018 (repercussão geral).

Segundo Marcio André Lopes Cavalcante 1 , o STF entendeu que a situação da


candidata grávida merece tratamento diferente do caso de candidatos doentes ou que
não compareceram ao teste por motivo de força maior.

TEORIA DO IMPACTO DESPROPORCIONAL (DISCRIMINAÇÃO


INDIRETA)
Segundo a teoria do impacto desproporcional, a discriminação indireta ocorre
quando a diferença de tratamento aparece dissimulada, em práticas ou políticas
aparentemente neutras, mas que redundam em atos discriminatórios.

Como exemplo, um edital de concurso público prevê índices para o teste físico muito
semelhante entre homens e mulheres. Assim, ainda que aparentemente isonômicos, uma
pequena redução na margem não compensaria a diferença entre a força física feminina
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
e masculina.
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Nas palavras de Joaquim Barbosa:

Toda e qualquer prática empresarial, política governamental ou


semigovernamental, de cunho legislativo ou administrativo,
ainda que não provida de intenção discriminatória no momento
de sua concepção, deve ser condenada por violação do
princípio constitucional da igualdade material se, em
consequência de sua aplicação, resultarem efeitos nocivos de
incidência especialmente desproporcional sobre certas
categorias de pessoas.

1 https://www.dizerodireito.com.br/2018/11/a-candidata-que-esteja-gestante-no-dia.html

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4
SUMÁRIO
Direito à Privacidade .............................................................................................. 2
Introdução ...................................................................................................................... 2
Previsão Constitucional .............................................................................................. 2
Privacidade .................................................................................................................... 2
Espécies ....................................................................................................................... 2
Direito ao Esquecimento............................................................................................ 3

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1
DIREITO À PRIVACIDADE

INTRODUÇÃO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O Direito à privacidade encontra-se previsto no art. 5º, X da Constituição Federal.

Art. 5º, X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e


a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação;

PRIVACIDADE
ESPÉCIES
A proteção constitucional à privacidade alcança a intimidade, a vida privada, a
honra e a imagem.

Segundo Marcelo Novelino1, é possível definir:


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1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 385

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2
DIREITO AO ESQUECIMENTO
Segundo Nathalia Masson2, o direito ao esquecimento (“direito de estar só”) “refere-
se ao direito de impedir que um fato, mesmo que verídico, seja relembrado e
massivamente exposto ao público tempos depois de ocorrido, causando ao sujeito dor,
sofrimento, prejuízo moral e, em se tratando de fatos criminosos, impossibilidade ou
dificuldade de ressocialização”.

Em recente julgado, o STF não reconheceu o direito ao esquecimento:

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2 Masson, Nathalia. Manual de direito constitucional – 9. Ed. Salvador: JusPODIVM, 2021 – pág. 222

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3
SUMÁRIO
Direito à Privacidade .............................................................................................. 2
Sigilo de Domicílio .......................................................................................................... 2
Previsão Constitucional .............................................................................................. 2
Conceito de Casa ...................................................................................................... 2
Exceções à Inviolabilidade ........................................................................................ 3
Jurisprudência ............................................................................................................. 3

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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1
DIREITO À PRIVACIDADE

SIGILO DE DOMICÍLIO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O sigilo de domicílio é previsto no art. 5º, XI da Constituição.

Art. 5º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela


podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em
caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou,
durante o dia, por determinação judicial;

CONCEITO DE CASA
É interessante destacar que o conceito de “casa”, para fins de proteção
constitucional, é bastante amplo.

Apesar da ausência de uma definição constitucional expressa, a doutrina se vale do


art. 150, §4º do Código Penal.

Art. Anderson
150, §4º, CP - A expressão
Tiago "casa" compreende:
Meneguelli Oliva
I - qualquer compartimento habitado;
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II - aposento ocupado de habitação coletiva;
III - compartimento 031.721.292-33
não aberto ao público, onde alguém exerce
profissão ou atividade.

Para exemplificar locais que se amoldam ao conceito de casa, Renato Brasileiro 1


aponta:

1 Lima, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal: vol. Único. 8ª edição. Ed. JusPodivm, 2020. Pág. 799

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2
EXCEÇÕES À INVIOLABILIDADE
Como visto acima, a inviolabilidade do domicílio é excepcionada nas hipóteses
taxativas do art. 5º, XI da Constituição.

Dessa forma:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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JURISPRUDÊNCIA
Em relação à prisão em flagrante, é importante destacar a jurisprudência do STF a
respeito da necessidade de, posteriormente, a ação ser justificada.

Nesse sentido:

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3
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4
SUMÁRIO
Direito à Privacidade .............................................................................................. 2
Sigilo de Correspondência............................................................................................ 2
Previsão Constitucional .............................................................................................. 2
Exceções à inviolabilidade ........................................................................................ 2
Jurisprudência ............................................................................................................. 3

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1
DIREITO À PRIVACIDADE

SIGILO DE CORRESPONDÊNCIA
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O sigilo da correspondência tem previsão no art. 5º, XII da Constituição.

Art. 5º, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das


comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal;

EXCEÇÕES À INVIOLABILIDADE
Como informado, não há direito fundamental absoluto, razão pela qual o sigilo de
correspondência poderá ser afastado em hipóteses específicas.

Nesse sentido, a Lei nº 6.538/78 (Lei dos Serviços Postais) traz a seguinte previsão:

Art. Anderson
10. Não
Tiagoconstitui
Meneguelli violação
Oliva de sigilo
da correspondência postal a abertura de carta:
andersontiago158@gmail.com
I - endereçada a homônimo, no mesmo endereço;
II - que apresente indícios de conter objeto sujeito a pagamento
031.721.292-33
de tributos;
III - que apresente indícios de conter valor não declarado, objeto
ou substância de expedição, uso ou entrega proibidos;
IV - que deva ser inutilizada, na forma prevista em regulamento,
em virtude de impossibilidade de sua entrega e restituição.

Por outro lado, o art. 41, parágrafo único da Lei nº 7.210/84 (LEP):

Art. 41 - Constituem direitos do preso:


(...)
XV - contato com o mundo exterior por meio de
correspondência escrita, da leitura e de outros meios de
informação que não comprometam a moral e os bons
costumes.

Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV


poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato motivado
do diretor do estabelecimento.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
JURISPRUDÊNCIA
É interessante observar que, fora das hipóteses legais, não é possível a abertura de
correspondência sem autorização legal.

Nesse sentido:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
SUMÁRIO
Direito à Privacidade .............................................................................................. 2
Sigilo Bancário ................................................................................................................ 2
Previsão Constitucional .............................................................................................. 2
Autorização Judicial ................................................................................................... 2
Jurisprudências............................................................................................................ 7
Sigilo Fiscal ...................................................................................................................... 8

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


1
DIREITO À PRIVACIDADE

SIGILO BANCÁRIO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
Segundo o STF, o sigilo bancário tem previsão no art. 5º, X da Constituição.

Art. 5º, X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e


a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação;

Assim, é possível afirmar que os dados bancários são caracteres da intimidade.

AUTORIZAÇÃO JUDICIAL
A quebra de sigilo bancário, em regra, exige autorização judicial.

Contudo, há hipóteses em que a inviolabilidade dos dados bancários pode ser


afastada sem apreciação do juiz.
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
andersontiago158@gmail.com
Nesse sentido, registra-se que comissões parlamentares de inquérito (CPI’s) podem
031.721.292-33
determinar a quebra de sigilo bancário sem autorização judicial.

Em relação à Receita Federal, o STF decidiu pela constitucionalidade dos arts. 5º e 6º


da Lei Complementar nº 105/2001.

Nesse sentido:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

A resposta é NÃO.

Nesse sentido1:

1
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É possível que o Fisco requisite das instituições financeiras informações bancárias sobre os
contribuintes sem intervenção do Poder Judiciário. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/17e62166fc8586dfa4d1bc0e1742c08b>. Acesso em: 17/02/2022

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
O Tribunal de Contas da União e o Ministério Público não possuem poderes para
determinar a quebra de sigilo bancário, sendo necessária, portanto, a autorização judicial.

Por outro lado, o Ministério Público pode requisitar informações bancárias de entes
da Administração Pública.

Nesse sentido2:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Ademais, as informações bancárias obtidas pelo Fisco no exercício de sua atividade


fiscalizatória podem ser compartilhadas com o Ministério Público para fins penais.

Assim:

2
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Requisição pelo MP de informações bancárias de ente da administração pública. Buscador
Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/29daf9442f3c0b60642b14c081b4a556>. Acesso em: 17/02/2022

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
andersontiago158@gmail.com
Assim: 031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


6
De forma esquematizada:

JURISPRUDÊNCIAS
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
Os dados obtidos por meio da quebra de sigilo bancário devem ser mantidos de
andersontiago158@gmail.com
forma reservada.
031.721.292-33
Nesse sentido:

Aliás, até mesmo a divulgação de nomes de clientes de instituições financeiras em


jornais é protegida pelo sigilo bancário. Portanto, a prática é vedada.

Assim:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


7
SIGILO FISCAL
Anderson
Segundo Nathalia Masson Tiago
3, os dados Meneguelli
fiscais Olivaatrelados à privacidade,
são “elementos
razão pela qual a jurisprudência do STF entende que o sigilo fiscal só pode ser
andersontiago158@gmail.com
excepcionado extraordinariamente, em situações que demonstrem claramente a
031.721.292-33
necessidade dessa violenta ruptura à privacidade”.

3 Masson, Nathalia. Manual de direito constitucional – 9. Ed. Salvador: JusPODIVM, 2021 – pág. 232

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


8
SUMÁRIO
Direito à Privacidade .............................................................................................. 2
Sigilo dos Dados Telefônicos ......................................................................................... 2
Previsão Constitucional .............................................................................................. 2
Dados Telefônicos....................................................................................................... 2
Jurisprudência ............................................................................................................. 2
Sigilo das Comunicações Telefônicas ......................................................................... 3
Previsão Constitucional .............................................................................................. 3
Requisitos ..................................................................................................................... 4
Medidas assemelhadas ............................................................................................. 4
Jurisprudência ............................................................................................................. 5
Mensagens de Whatsapp ............................................................................................. 5

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


1
DIREITO À PRIVACIDADE

SIGILO DOS DADOS TELEFÔNICOS


PREVISÃO CONSTITUCIONAL
Segundo o STF, o sigilo dos dados telefônicos tem previsão no art. 5º, XII da
Constituição.

Art. 5º, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das


comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal;

DADOS TELEFÔNICOS
Os dados telefônicos são os registros dos telefones para os quais a pessoa
efetuou/recebeu uma ligação, além de outras informações como data, horário, duração
etc.
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
andersontiago158@gmail.com
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JURISPRUDÊNCIA
É interessante observar que o STF reafirmou a constitucionalidade de lei estadual que
obriga as operadoras de telefonia a informar, sem necessidade de autorização judicial, as
linhas telefônicas que são utilizadas para passar trotes aos serviços de emergência.

Nesse sentido:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
Por outro lado, o acesso aos dados telemáticos não necessita de delimitação
temporal.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
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SIGILO DAS COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS


PREVISÃO CONSTITUCIONAL
Segundo o STF, o sigilo das comunicações possui previsão no art. 5º, XII da
Constituição.

Art. 5º, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das


comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal;

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
REQUISITOS
Conforme o texto constitucional acima, os requisitos para a interceptação telefônica
são:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


MEDIDAS ASSEMELHADASandersontiago158@gmail.com
031.721.292-33
É muito importante não confundir a interceptação telefônica com outras medidas
que apresentam elementos semelhantes:

Nesse sentido:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
JURISPRUDÊNCIA
Segundo o STJ, não há previsão na Lei de Interceptação Telefônica para a
substituição do simcard do investigado por outro em poder da investigação.

Tal medida possibilitaria que a equipe de investigação tivesse acompanhamento em


tempo real de todas as mensagens recebidas e enviadas, além de ser possível que os
policiais enviassem ou excluíssem
Anderson mensagens.
Tiago Meneguelli Oliva
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031.721.292-33

MENSAGENS DE WHATSAPP
Com a evolução da tecnologia, tornou-se bastante importante a proteção dos
dados/mensagens contidos em aplicativos de comunicação, tais como WhatsApp e
Telegram.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
Segundo o STJ, é permitido o acesso ao WhatsApp, mesmo sem autorização judicial,
em telefone encontrado no interior de estabelecimento prisional1.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Por outro lado, o mesmo Tribunal entendeu ser nula a prova obtida por meio de
espelhamento de WhatsApp, diante da ausência de previsão na Lei de Interceptação
Telefônica.

1
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É permitido o acesso ao whatsapp, mesmo sem autorização judicial, em caso de telefone
celular encontrado no interior de estabelecimento prisional. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/c9e5c2b59d98488fe1070e744041ea0e>. Acesso em: 17/02/2022

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


6
Por fim, não é possível acessar as conversas de WhatsApp do agente preso em
flagrante, sem que haja autorização judicial.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


7
SUMÁRIO
DIREITO à PROPRIEDADE ......................................................................................... 2
Introdução ........................................................................................................................2
Previsão Constitucional ................................................................................................2
Função Social ................................................................................................................2
Desapropriação ...............................................................................................................2
Previsão Constitucional ................................................................................................2
Conceito ........................................................................................................................3
Necessidade ou Utilidade Pública .............................................................................3
Interesse Social ..............................................................................................................3
Justa e Prévia Indenização em Dinheiro ...................................................................4
Requisição .........................................................................................................................4
Previsão Constitucional ................................................................................................4
Conceito ........................................................................................................................5
Direito à Propriedade Intelectual ..................................................................................5
Anderson
Previsão Constitucional Tiago Meneguelli Oliva
................................................................................................ 5
andersontiago158@gmail.com
Direito à Propriedade Industrial ......................................................................................6
031.721.292-33
Previsão Constitucional ................................................................................................6

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


1
DIREITO À PROPRIEDADE

INTRODUÇÃO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O Direito à propriedade é mencionado em diversos incisos do art. 5º da Constituição
Federal, com destaque ao XXII.

Art. 5º, XXII - é garantido o direito de propriedade;

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


FUNÇÃO SOCIALandersontiago158@gmail.com
A propriedade, como qualquer031.721.292-33
outro direito fundamental, não tem caráter absoluto.

Não por outro motivo, o art. 5º, XXIII da Constituição, consagra a função social da
propriedade.

Art. 5º, XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

A função social da propriedade impõe o dever de uso adequado da propriedade,


autorizando, inclusive, que o Estado estabeleça limites à sua fruição ou ônus econômico
ao proprietário.

Exemplo: o imóvel urbano subutilizado sofre incidência maior de IPTU, assim como a
propriedade rural que quando não atende à função social, pode ser desapropriada.

DESAPROPRIAÇÃO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 5º, XXIV da Constituição, aponta as hipóteses de desapropriação permitidas:

Art. 5º, XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para


desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, mediante justa e prévia indenização em
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
De forma esquematizada:

CONCEITO
Segundo Marcelo Novelino 1, a desapropriação é a “transferência compulsória de
propriedade particular por determinação do Poder Público, nos casos de necessidade
pública, utilidade pública ou interesse social, mediante indenização prévia, justa e, como
regra, paga em dinheiro”.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


NECESSIDADE OUandersontiago158@gmail.com
UTILIDADE PÚBLICA
Segundo Marcelo Novelino2, as hipóteses de necessidade pública se caracterizam
031.721.292-33
pela urgência da situação, enquanto as de utilidade pública decorrem da conveniência
da transferência para o interesse da coletividade.

Um exemplo de utilidade pública é a desapropriação de um imóvel para a


construção de uma rodovia. Por outro lado, a necessidade pública ocorre na
desapropriação de imóveis em zonas de deslizamento de terra.

De forma esquematizada:

INTERESSE SOCIAL
A desapropriação por interesse social está associada à busca da justiça social, por
meio da distribuição da propriedade imóvel.

1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 431
2 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 432

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
Exemplo: a desapropriação para fins de reforma agrária.

JUSTA E PRÉVIA INDENIZAÇÃO EM DINHEIRO


O art. 5º, XXIV da Constituição, afirma que a desapropriação enseja indenização que
deverá ser justa, prévia e paga em dinheiro.

Contudo, o texto constitucional ressalva o pagamento em dinheiro quando a


propriedade não atender à sua função social.

Nesse sentido:

Art. 182, § 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante


lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos
termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não
edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu
adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
(...)
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida
pública de emissão previamente aprovada pelo Senado
Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas
anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
indenização e os juros legais.
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
Por outro lado: andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para
fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo
sua função social, mediante prévia e justa indenização em
títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor
real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo
ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.

De forma esquematizada:

REQUISIÇÃO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 5º, XXV da Constituição, descreve o instituto da requisição:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
Art. 5º, XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade
competente poderá usar de propriedade particular,
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

CONCEITO
Segundo Marcelo Novelino3, a requisição consiste na “ocupação ou uso temporário,
por autoridades públicas, de bens e serviços, em casos de necessidades transitórias da
coletividade”.

Por exemplo, ocupação do terreno vizinho para guardar materiais e instrumentos


enquanto a reforma do prédio público estiver em andamento.

Assim:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
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DIREITO À PROPRIEDADE INTELECTUAL


PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 5º, XXVII e XXVIII da Constituição, apresenta o direito à propriedade intelectual:

Art. 5º, XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de


utilização, publicação ou reprodução de suas obras,
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

3 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 434

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e
à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas
atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das
obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos
intérpretes e às respectivas representações sindicais e
associativas;

DIREITO À PROPRIEDADE INDUSTRIAL


PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 5º, XXVII e XXVIII da Constituição, apresenta o direito à propriedade industrial:

Art. 5º, XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais


privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção
às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de
empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse
social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


6
SUMÁRIO
DIREITOS INDIVIDUAIS .............................................................................................. 2
Direito de Herança ....................................................................................................... 2
Previsão Constitucional ............................................................................................. 2
Direito do Consumidor ................................................................................................. 2
Previsão Constitucional ............................................................................................. 2
Direito à Informação .................................................................................................... 2
Previsão Constitucional ............................................................................................. 2
Direito de Petição ......................................................................................................... 3
Previsão Constitucional ............................................................................................. 3
Direito de Certidão ....................................................................................................... 3
Previsão Constitucional ............................................................................................. 3
Princípio da Inafastabilidade de Jurisdição ............................................................... 4
Previsão Constitucional ............................................................................................. 4
Exaurimento da Esfera Administrativa ..................................................................... 5
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


1
DIREITOS INDIVIDUAIS
DIREITO DE HERANÇA
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O Direito de herança está previsto no art. 5º, XXX da Constituição, nos seguintes
termos:

Art. 5º, XXX - é garantido o direito de herança;

Por outro lado, a sucessão dos bens de estrangeiros situados no Brasil será regulada
pela lei brasileira, salvo se a lei estrangeira não for mais favorável.

Nesse sentido:

Art. 5º, XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País


será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos
filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei
pessoal do "de cujus";

Por exemplo, um francês, ao morrer, deixou diversos imóveis localizados no Brasil.


Assim, será aplicada a legislação
Anderson brasileira
Tiagoem relação à sucessão.
Meneguelli Oliva
andersontiago158@gmail.com
Contudo, se a lei francesa for mais benéfica aos sucessores brasileiros, esta será
031.721.292-33
aplicada.

DIREITO DO CONSUMIDOR
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O Direito do Consumidor está previsto no art. 5º, XXXII da Constituição, nos seguintes
termos:

Art. 5º, XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do


consumidor;

Coube à Lei nº 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) concretizar, no plano


infraconstitucional, o direito do consumidor.

DIREITO À INFORMAÇÃO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O Direito à informação está previsto no art. 5º, XXXIII da Constituição, nos seguintes
termos:

Art. 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

DIREITO DE PETIÇÃO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O Direito de petição está previsto no art. 5º, XXXIV, “a” da Constituição, nos seguintes
termos:

Art. 5º, XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do


Anderson
pagamento Tiago Meneguelli Oliva
de taxas:
a) o andersontiago158@gmail.com
direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
031.721.292-33
Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo1, o direito de petição é “o instrumento
de que dispõe qualquer pessoa para levar ao conhecimento dos poderes públicos fato
ilegal ou abusivo, contrário ao interesse público, para que sejam adotadas as medidas
necessárias”.

DIREITO DE CERTIDÃO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O Direito de certidão está previsto no art. 5º, XXXIV, “b” da Constituição, nos seguintes
termos:

Art. 5º, XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do


pagamento de taxas:
(...)
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para
defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse
pessoal;

1
Paulo, Vicente. Direito Constitucional Descomplicado, 20 ed. Método, 2021, pág. 151

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
Nesse sentido:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DE JURISDIÇÃO
031.721.292-33
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O princípio da inafastabilidade de jurisdição está previsto no art. 5º, XXXV da
Constituição, nos seguintes termos:

Art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder


Judiciário lesão ou ameaça a direito;

Segundo tal princípio, cabe ao Poder Judiciário decidir, definitivamente,


controvérsias jurídicas com força de coisa julgada. 2

2
Paulo, Vicente. Direito Constitucional Descomplicado, 20 ed. Método, 2021, pág. 153

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
EXAURIMENTO DA ESFERA ADMINISTRATIVA
Diante do princípio da inafastabilidade de jurisdição, o acesso ao Poder Judiciário,
em regra, não exige que o indivíduo esgote a via administrativa.

Por exemplo, um indivíduo não precisa recorrer administrativamente da multa de


trânsito, podendo ajuizar uma ação anulatória do auto de infração.

Contudo, há hipóteses em que será necessário exaurir a esfera administrativa como


condição para acesso ao Poder Judiciário3:

1) A justiça desportiva exige o esgotamento da esfera administrativa, nos termos do


art. 217, §1º da CF;

2) A reclamação constitucional só é cabível após o exaurimento das vias


administrativas, conforme Lei nº 11.417/06.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

3
Paulo, Vicente. Direito Constitucional Descomplicado, 20 ed. Método, 2021, pág. 154

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
SUMÁRIO
DIREITOS INDIVIDUAIS .............................................................................................. 2
Proteção ao Direito Adquirido, à Coisa Julgada e ao Ato Jurídico Perfeito .......... 2
Previsão Constitucional ............................................................................................... 2
Conceito ....................................................................................................................... 2
Juiz Natural....................................................................................................................... 3
Previsão Constitucional ............................................................................................... 3
Conceito ....................................................................................................................... 3
Júri Popular ...................................................................................................................... 4
Previsão Constitucional ............................................................................................... 4
Competência .............................................................................................................. 4

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


1
DIREITOS INDIVIDUAIS

PROTEÇÃO AO DIREITO ADQUIRIDO, À COISA JULGADA E AO


ATO JURÍDICO PERFEITO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 5º, XXXVI, da Constituição, apresenta limitações à retroatividade da lei, nos
seguintes termos:

Art. 5º, XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato


jurídico perfeito e a coisa julgada;

Trata-se de proteção ao princípio da segurança jurídica, homenageando a


estabilidade das relações jurídicas devidamente constituídas.

CONCEITO
É possível conceituar:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


2
andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

1 Masson, Nathalia. Manual de direito constitucional – 9. Ed. Salvador: JusPODIVM, 2021 – pág. 270
2 Paulo, Vicente. Direito Constitucional Descomplicado, 20 ed. Método, 2021, pág. 157

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
Nesse sentido:

JUIZ NATURAL
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
andersontiago158@gmail.com
O princípio do juiz natural está 031.721.292-33
previsto no art. 5º, incisos XXXVII e LIII, da Constituição,
nos seguintes termos:

Art. 5º, XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;


(...)
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela
autoridade competente;

CONCEITO
Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo3, o princípio do juiz natural “assegura
ao indivíduo a atuação imparcial do Poder Judiciário na apreciação das questões postas
em juízo”.

Trata-se de um princípio constitucional implícito.

3 Paulo, Vicente. Direito Constitucional Descomplicado, 20 ed. Método, 2021, pág. 157

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
Segundo tal princípio, o membro do Ministério Público que deverá atuar em
determinada ação judicial deve ser previamente escolhido, segundo as regras de
atribuição do órgão ministerial.

JÚRI POPULAR
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 5º, XXXVIII, da Constituição, trata do Tribunal do Júri, nos seguintes termos:

Art. 5º, XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a


organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra
a vida;

COMPETÊNCIA

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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031.721.292-33

A resposta é NÃO.

O latrocínio é um crime patrimonial, ou seja, roubo seguido de morte.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
Nesse sentido:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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031.721.292-33

Contudo, é importante destacar que o Tribunal do Júri prevalece sobre o foro


privilegiado previsto apenas na Constituição Estadual.

Nesse sentido:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


6
SUMÁRIO
DIREITOS INDIVIDUAIS .............................................................................................. 2
Princípio da Legalidade e da Irretroatividade da Lei Penal ..................................... 2
Previsão Constitucional ............................................................................................... 2
Princípio da Legalidade ............................................................................................. 2
Princípio da Anterioridade ......................................................................................... 3

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Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


1
DIREITOS INDIVIDUAIS

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E DA IRRETROATIVIDADE DA LEI


PENAL
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O princípio da legalidade e da irretroatividade da lei penal estão previstos no art. 5º,
incisos XXXIX e XL, da Constituição, nos seguintes termos:

Art. 5º, XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem
pena sem prévia cominação legal;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
O princípio da legalidade é a exigência de lei, em sentido estrito, para a criação de
infrações penais (crimes ou contravenções) e cominação de penas.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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A lei em sentido estrito é a espécie normativa que preencha, cumulativamente, o


critério material e critério formal da lei.

O critério material da lei está relacionado ao seu conteúdo, portanto, trata-se de uma
norma abstrata que disciplina relações jurídicas.

Por exemplo, um edital de abertura de concurso público é uma norma abstrata e,


corriqueiramente, é chamada de “lei do concurso”.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
Por outro lado, o critério formal tem relação com o processo legislativo, assim,
somente será considerado lei se for observado o procedimento estabelecido na
Constituição para sua elaboração.

Em regra, o processo legislativo segue o seguinte trâmite:

Evidentemente, para a criação de infrações penais, não basta apenas o critério


material, mas, também, o critério formal que lhe concede legitimidade democrática.

PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
O princípio da anterioridade é a exigência de lei anterior ao fato para que seja
possível a aplicação do Direito Penal.

É um princípio expressamente previsto na Constituição, bem como no Código Penal,


aliás, junto com o princípio da legalidade.
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
O princípio da anterioridade está relacionado à ideia de que “só há como jogar o
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jogo se, antes, souber as regras”.
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Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
SUMÁRIO
DIREITOS INDIVIDUAIS .............................................................................................. 2
Mandados Constitucionais de Criminalização ........................................................... 2
Conceito ....................................................................................................................... 2
Vedação ao Racismo .................................................................................................... 2
Previsão Constitucional ............................................................................................... 2
Características ............................................................................................................. 2
Crimes Hediondos e Equiparados ................................................................................ 4
Previsão Constitucional ............................................................................................... 4
Crimes Hediondos........................................................................................................ 4
Crimes Equiparados aos Hediondos ......................................................................... 4
Ação de Grupos Armados contra a Ordem Constitucional ..................................... 5
Previsão Constitucional ............................................................................................... 5
Características ............................................................................................................. 5

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


1
DIREITOS INDIVIDUAIS

MANDADOS CONSTITUCIONAIS DE CRIMINALIZAÇÃO


CONCEITO
Segundo Marcelo Novelino1, os mandados constitucionais de criminalização “exigem
do legislador a tipificação penal de determinadas condutas a fim de proteger bens e
valores socialmente relevantes consagrados no texto constitucional”.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


VEDAÇÃO AO RACISMO
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PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 5º, XLII, da Constituição Federal, veda a prática do racismo.

Art. 5º, XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e


imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

CARACTERÍSTICAS
A Constituição Federal confere tratamento mais gravoso àquele que pratica o crime
de racismo.

1
Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 452

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
Nesse sentido:

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Nesse sentido:

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3
CRIMES HEDIONDOS E EQUIPARADOS
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 5º, XLIII, da Constituição Federal, trata dos crimes hediondos e os equiparados.

Art. 5º, XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis


de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

CRIMES HEDIONDOS
Os crimes hediondos são infrações penais cuja repressão é mais gravosa em relação
às demais. Sua disciplina coube à Lei nº 8.072/90.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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CRIMES EQUIPARADOS AOS HEDIONDOS


O art. 5º, XLIII, também, traz a previsão dos crimes considerados equiparados aos
hediondos.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
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AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS CONTRA A ORDEM


CONSTITUCIONAL
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 5º, XLIV, da Constituição Federal, trata da ação de grupos armados contra a
ordem constitucional.

Art. 5º, XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação


de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático;

CARACTERÍSTICAS
O tratamento dado à ação de grupos armados contra a ordem constitucional é
idêntico ao do racismo.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
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Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


6
SUMÁRIO
DIREITOS INDIVIDUAIS .............................................................................................. 2
Princípio da Pessoalidade ou Intranscendência da Pena ........................................ 2
Conceito ....................................................................................................................... 2
Previsão Constitucional ............................................................................................... 2
Efeito: Penal x Cível ..................................................................................................... 2
Princípio da Individualização da Pena ........................................................................ 2
Conceito ....................................................................................................................... 2
Penas Vedadas............................................................................................................ 3
Garantias relativas à Prisão ........................................................................................... 3
Previsão Constitucional ............................................................................................... 3
Prisão Cautelar ............................................................................................................. 4
Garantias do Preso ...................................................................................................... 4
Prisão por Dívida .......................................................................................................... 4

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Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


1
DIREITOS INDIVIDUAIS
PRINCÍPIO DA PESSOALIDADE OU INTRANSCENDÊNCIA DA PENA
CONCEITO
O princípio da pessoalidade afirma que a pena não pode passar da pessoa do
condenado.

Dessa forma, a responsabilização penal é individual e deve ser suportada apenas por
aquele que praticou a conduta considerada lesiva.

PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 5º, XLV da Constituição Federal, prevê o princípio da pessoalidade, nos
seguintes termos:

Art. 5º, XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado,


podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido;

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


EFEITO: PENAL X andersontiago158@gmail.com
CÍVEL
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A Constituição veda que a pena seja transferida do condenado para terceiros, mas
é importante ressaltar que os efeitos cíveis de uma condenação penal podem atingi-los.

Nesse sentido, a reparação de danos e o perdimento de bens podem ser estendidos


aos sucessores do condenado, porém sempre respeitado o limite da herança recebida.

PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA


CONCEITO
O princípio da individualização da pena é expresso na Constituição Federal.

Art. 5º, XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará,


entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;

A ideia é que cada condenado deve ter a exata e justa punição pelo ilícito
praticado.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
PENAS VEDADAS
O art. 5º, XLVII da Constituição Federal, enumera as penas proibidas no ordenamento
jurídico brasileiro.

Art. 5º, XLVII - não haverá penas:


a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do
art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;

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Por outro lado, vale registrar que a vedação ao caráter perpétuo da pena justifica o
art. 75 do Código Penal. 031.721.292-33

Art. 75, CP. O tempo de cumprimento das penas privativas de


liberdade não pode ser superior a 40 (quarenta) anos.

GARANTIAS RELATIVAS À PRISÃO


PREVISÃO CONSTITUCIONAL
A Constituição trata sobre as garantias relativas à prisão no art. 5º, incisos LXI ao LXVII,
nos seguintes termos:

Art. 5º, LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;

LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre


serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à
família do preso ou à pessoa por ele indicada;

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de


permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da
família e de advogado;

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por
sua prisão ou por seu interrogatório policial;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela


autoridade judiciária;

LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a


lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável


pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação
alimentícia e a do depositário infiel;

PRISÃO CAUTELAR
Nos termos do inciso LXI do art. 5º, a prisão só será possível nos casos de: flagrante
delito, mandado de prisão ou infrações militares de natureza administrativa ou criminal.

GARANTIAS DO PRESO
Dentre as principais garantias dada ao preso, destacam-se:

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PRISÃO POR DÍVIDA


O inciso LXVII do art. 5º admite a prisão por dívida nas hipóteses de: inadimplemento
de obrigação alimentícia e depositário infiel.

Segundo Marcelo Novelino 1 , “a obrigação alimentícia tem como fundamento o


dever da família, e em especial dos pais, de promover a manutenção dos filhos menores,
assegurando-lhes, com a sociedade e o Estado, o direito à vida (...)”.

1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 464

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
Por outro lado, o Brasil é signatário do Pacto de São José da Costa Rica e, desde
então, não tem admitido a prisão do depositário infiel.

Nesse sentido:

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De forma esquematizada:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
Vale registrar, também, a Súmula Vinculante nº 25:

Por fim:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


6
SUMÁRIO
DIREITOS INDIVIDUAIS .............................................................................................. 2
Garantias Relacionadas aos Presos ..............................................................................2
Previsão Constitucional ................................................................................................2
Características ..............................................................................................................2
Garantias Processuais ......................................................................................................3
Princípio do Devido Processo legal ............................................................................3
Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa ........................................................4
Vedação às Provas Ilícitas...........................................................................................5

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


1
DIREITOS INDIVIDUAIS

GARANTIAS RELACIONADAS AOS PRESOS


PREVISÃO CONSTITUCIONAL
A Constituição trata das garantias dadas aos presos no art. 5º, dos incisos XLVIII ao L,
nos seguintes termos:

Art. 5º, XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos


distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo
do apenado;

XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e


moral;

L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam


permanecer com seus filhos durante o período de
amamentação;

CARACTERÍSTICAS
A condenação criminal
Andersonnão afasta
Tiago aMeneguelli
dignidade do preso, razão pela qual é
Oliva
obrigatório o respeito à sua integridade física e moral, sob pena de responsabilidade civil
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do Estado.
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Nesse sentido:

Em relação ao local de cumprimento de pena em razão da natureza do delito, da


idade e do sexo do apenado, é importante destacar a Resolução nº 348 do CNJ que
“determinou que pessoas condenadas devem ser levadas a presídios e cadeias
compatíveis com a autoidentificação de gênero que apresentam”1.

1 Masson, Nathalia. Manual de direito constitucional – 9. Ed. Salvador: JusPODIVM, 2021 – pág. 277

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
Assim:

Art. 14, § 4º Será assegurado tratamento humanitário à mulher


grávida durante os atos médico-hospitalares preparatórios para
a realização do parto e durante o trabalho de parto, bem como
à mulher no período de puerpério, cabendo ao poder público
promover a assistência integral à sua saúde e à do recém-
nascido. (Incluído pela Lei nº 14.326, de 2022)

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


GARANTIAS PROCESSUAIS
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PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
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O princípio do devido processo legal está previsto no art. 5º, LIV da Constituição
Federal, nos seguintes termos:

Art. 5º, LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens


sem o devido processo legal;

Com origem no Direito norte-americano, denominado de due process of law, o


princípio do devido processo legal garante ao indivíduo que a privação de liberdade ou
de propriedade apenas será possível após ser observado o processo judicial estabelecido
em lei.

Para a doutrina, o princípio do devido processo legal encontra duas acepções:


sentido formal e sentido material.

Segundo Marcelo Novelino 2 , em sentido formal, o princípio “garante a qualquer


pessoa o direito de exigir que o julgamento ocorra em conformidade com as regras
procedimentais previamente estabelecidas”.

Por outro lado, em sentido material, o princípio está ligado “à ideia de um processo
legal justo e adequado, materialmente informado pelos princípios da justiça (...)”.

2 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 475

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
De forma esquematizada:

PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA


O princípio do contraditório e da ampla defesa está previsto no art. 5º, inciso LV da
Constituição Federal, nos seguintes termos:

Art. 5º, LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo,


e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e
ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

Segundo Nathália Masson3, a ampla defesa “significa o direito de apresentar no curso


do processo todos os meios lícitos queTiago
Anderson permitam ao sujeito provar
Meneguelli Oliva seu ponto de vista”.
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Por outro lado, o princípio do contraditório “representa o direito constitucional que o
sujeito possui de contradizer tudo 031.721.292-33
aquilo que foi apresentado no processo pela parte
adversa”.

De forma esquematizada:

3 Masson, Nathalia. Manual de direito constitucional – 9. Ed. Salvador: JusPODIVM, 2021 – pág. 278

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
VEDAÇÃO ÀS PROVAS ILÍCITAS
O art. 5º, inciso LVI da Constituição Federal, veda, expressamente, o emprego de
provas ilícitas nos processos judiciais e administrativos.

Art. 5º, LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por


meios ilícitos;

A vedação para as provas ilícitas está prevista no art. 157 do Código de Processo
Penal, nos seguintes termos:

Art. 157, CPP. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas


do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em
violação a normas constitucionais ou legais.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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5
SUMÁRIO
DIREITOS INDIVIDUAIS .............................................................................................. 2
Garantias Processuais ......................................................................................................2
Princípio da Presunção de Inocência ou da Não Culpabilidade .........................2
Identificação Criminal..................................................................................................3
Ação Penal Privada Subsidiária da Pública..............................................................3
Publicidade dos Atos Processuais ..............................................................................3

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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1
DIREITOS INDIVIDUAIS

GARANTIAS PROCESSUAIS
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA OU DA NÃO
CULPABILIDADE
O princípio da presunção de inocência está previsto no art. 5º, inciso LVII da
Constituição Federal, nos seguintes termos:

Art. 5º, LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito


em julgado de sentença penal condenatória;

É importante destacar que o princípio da presunção de inocência não impede a


decretação de medidas cautelares em desfavor do réu, notadamente a prisão preventiva
ou temporária.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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Assim:

Art. 283, CPP. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante


delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade
judiciária competente, em decorrência de sentença
condenatória transitada em julgado ou, no curso da
investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária
ou prisão preventiva.

No mesmo sentido:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL
Em regra, o civilmente identificado não será submetido à identificação criminal,
conforme art. 5º, LVIII da Constituição.

Art. 5º, LVIII - o civilmente identificado não será submetido a


identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;

No entanto, o texto constitucional admite exceções à garantia, tema disciplinado na


Lei nº 12.037/09.

Nesse sentido:
Art. 3º Embora apresentado documento de identificação,
poderá ocorrer identificação criminal quando:
I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de
falsificação;
II – o documento apresentado for insuficiente para identificar
cabalmente o indiciado;
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com
informações conflitantes entre si;
IV – a identificação criminal for essencial às investigações
policiais, segundo despacho da autoridade judiciária
competente, que decidirá de ofício ou mediante representação
da autoridade
Anderson policial,
Tiago doMeneguelli
Ministério Público ou da defesa;
Oliva
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou
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diferentes qualificações;
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da
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localidade da expedição do documento apresentado
impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.

AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA


Caso o Ministério Público permaneça inerte quanto à deflagração da ação penal
pública, é assegurado ao ofendido ajuizar a ação penal privada subsidiária, conforme art.
5º, inciso LIX da Constituição.

Art. 5º, LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação
pública, se esta não for intentada no prazo legal;

PUBLICIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS


O art. 5º, inciso LX da Constituição Federal, afirma que os atos processuais devem ser
públicos, exceto quando presente o interesse social ou a defesa da intimidade.

Art. 5º, LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos


processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social
o exigirem;

A publicidade dos atos processuais serve como importante mecanismo de controle


social dos atos praticados pelo Poder Judiciário.

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3
SUMÁRIO
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS ................................................................................ 2
Habeas Corpus ............................................................................................................... 2
Previsão Constitucional ............................................................................................... 2
Conceito ....................................................................................................................... 2
Legitimidade ................................................................................................................ 2
Espécies ........................................................................................................................ 4

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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1
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

HABEAS CORPUS
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O Habeas Corpus está previsto no art. 5º, LXVIII da Constituição, nos seguintes termos:

Art. 5º, LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém


sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em
sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de
poder;

CONCEITO
Segundo Marcelo Novelino1, o habeas corpus “tem por objetivo proteger o indivíduo
contra constrições ilegais ou abusivas em seu direito de ir, vir ou permanecer”.

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LEGITIMIDADE
A legitimidade ativa do habeas corpus é atribuída a qualquer pessoa (física ou
jurídica), inclusive o Ministério Público, conforme art. 654, caput do Código de Processo
Penal.

1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 490

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2
Art. 654, CPP. O habeas corpus poderá ser impetrado por
qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo
Ministério Público.

Nesse sentido2:

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2 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É possível a impetração de habeas corpus coletivo. Buscador Dizer o Direito, Manaus.

Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/cffb6e2288a630c2a787a64ccc67097c>.


Acesso em: 20/04/2022

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
ESPÉCIES
A doutrina classifica o habeas corpus em 02 (duas) espécies: repressivo e preventivo.

O habeas corpus repressivo (liberatório) é impetrado após a coação à liberdade de


locomoção. Por outro lado, o habeas corpus preventivo (salvo-conduto) é utilizado
quando há risco à liberdade.

De forma esquematizada:

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4
UMÁRIO
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS ................................................................................ 2
Habeas Data .................................................................................................................. 2
Previsão Constitucional .............................................................................................. 2
Previsão na Lei nº 9.507/97 ......................................................................................... 2
Legitimidade Ativa e Passiva ..................................................................................... 3

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1
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

HABEAS DATA
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O Habeas Data está previsto no art. 5º, LXXII da Constituição, nos seguintes termos:

Art. 5º, LXXII - conceder-se-á habeas data:


a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à
pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de
dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo
por processo sigiloso, judicial ou administrativo;

PREVISÃO NA LEI Nº 9.507/97

Importante destacar, que a Lei nº 9.507/97, além das previsões contidas na


Constituição Federal, acrescenta uma outra possibilidade de concessão do habeas data:
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Art. 7°andersontiago158@gmail.com
Conceder-se-á habeas data:
I - para assegurar o conhecimento de informações relativas à
031.721.292-33
pessoa do impetrante, constantes de registro ou banco de
dados de entidades governamentais ou de caráter público;
II - para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo
por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
III - para a anotação nos assentamentos do interessado, de
contestação ou explicação sobre dado verdadeiro mas
justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável.

Dessa forma, é possível apontar como funções do habeas data:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA
Segundo Marcelo Novelino 1 , a legitimidade ativa é ampla, ou seja, admite-se a
impetração por pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira.

Por outro lado, a legitimidade passiva recai sobre órgão ou entidade detentora da
informação que se pretende obter.

De forma esquematizada:
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
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1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 494

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3
SUMÁRIO
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS ................................................................................ 2
MANDADO DE SEGURANÇA .......................................................................................... 2
Previsão Constitucional ............................................................................................... 2
Conceito ....................................................................................................................... 2
Direito Líquido e Certo ................................................................................................ 2
Cabimento ................................................................................................................... 3
Prazo para Impetração .............................................................................................. 3

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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1
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

MANDADO DE SEGURANÇA
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O mandado de segurança está previsto no art. 5º, LXIX da Constituição, nos seguintes
termos:

Art. 5º, LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para


proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas
corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade
ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

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CONCEITO
Segundo Marcelo Novelino 1, o mandado de segurança “constitui forma de tutela
jurisdicional dos direitos subjetivos ameaçados ou violados por autoridade pública ou no
exercício de função desta natureza”.

DIREITO LÍQUIDO E CERTO


O direito líquido e certo é aquele que não precisa ser averiguado, podendo ser
exercido imediatamente pelo titular.

Por exigir direito líquido e certo, o mandado de segurança não admite dilação
probatória.

Contudo, nos termos da Súmula nº 625 do STF:

1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 490

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2
CABIMENTO
Inicialmente, vale registrar que o mandado de segurança tem caráter residual, sendo
válido apenas quando não for possível impetrar habeas corpus ou habeas data.

De forma esquematizada:

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Vale registrar que o art. 5º da Lei nº 12.016/2009 apresenta hipóteses em que a


impetração de mandado de segurança não é cabível.

Art. 5o, Lei nº 12.016/09. Não se concederá mandado de


segurança quando se tratar:
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito
suspensivo, independentemente de caução;
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito
suspensivo;
III - de decisão judicial transitada em julgado.

PRAZO PARA IMPETRAÇÃO


O prazo de impetração do mandado de segurança é de 120 dias, contados da
ciência, pelo interessado, do ato impugnado, conforme art. 23 da Lei nº 12.016/09.

Art. 23, Lei nº 12.016/09. O direito de requerer mandado de


segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias,
contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
De forma esquematizada:

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4
SUMÁRIO
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS ................................................................................ 2
Mandado de Segurança Coletivo ............................................................................... 2
Previsão Constitucional ............................................................................................... 2
Legitimados .................................................................................................................. 2

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1
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO


PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O mandado de segurança coletivo está previsto no art. 5º, LXX da Constituição, nos
seguintes termos:

Art. 5º, LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser


impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um
ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;

LEGITIMADOS
Como visto no art. 5º, LXX da Constituição, os legitimados para impetrar o mandado
de segurança coletivo são:

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Em relação aos partidos políticos, a doutrina afirma que, além de ter um


representante no Congresso Nacional, a impetração deve ocorrer na defesa dos interesses
legítimos de seus integrantes ou da finalidade partidária.

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2
Por outro lado, em relação às organizações sindicais, entidades de classe e
associações, o art. 21 da Lei nº 12.016/09 exige que:

Art. 21, Lei nº 12.016/09. O mandado de segurança coletivo


pode ser impetrado por partido político com representação no
Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos
relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por
organização sindical, entidade de classe ou associação
legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1
(um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade,
ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus
Anderson
estatutos e desdeTiagoqueMeneguelli
pertinentes Oliva
às suas finalidades,
dispensada, para tanto, autorização
andersontiago158@gmail.com especial.
031.721.292-33

Por fim, é importante destacar que as pessoas jurídicas acima mencionadas não
dependem de autorização de seus filiados/membros para impetrar mandado de
segurança.

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3
De forma esquematizada:

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4
SUMÁRIO
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS ................................................................................ 2
Mandado de Injunção ................................................................................................... 2
Previsão Constitucional ............................................................................................... 2
Conceito ....................................................................................................................... 2
Cabimento ................................................................................................................... 2
Efeitos da Decisão ....................................................................................................... 3

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1
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
MANDADO DE INJUNÇÃO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O mandado de injunção está previsto no art. 5º, LXXI da Constituição, nos seguintes
termos:

Art. 5º, LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que


a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos
direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes
à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

CONCEITO
Segundo Marcelo Novelino1, o mandado de injunção é “uma garantia constitucional
concebida pelo constituinte brasileiro para assegurar o exercício de determinados direitos,
liberdade e prerrogativas inviabilizados por uma omissão inconstitucional”.

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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CABIMENTO
O art. 2º da Lei nº 13.300/16 apresenta os requisitos para impetração do mandado de
injunção nos seguintes termos:

Art. 2º Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta


total ou parcial de norma regulamentadora torne inviável o

1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 490

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
cidadania.

EFEITOS DA DECISÃO
A Lei nº 13.300/16 adota a teoria concretista intermediária, ou seja, o Poder Judiciário
estabelecerá um prazo razoável para que o legislador edite a norma regulamentadora.

Art. 8º Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida


a injunção para:
I - determinar prazo razoável para que o impetrado promova a
edição da norma regulamentadora;

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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3
SUMÁRIO
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS ................................................................................ 2
Ação Popular .................................................................................................................. 2
Previsão Constitucional ............................................................................................... 2
Conceito ....................................................................................................................... 2
Legitimidade Ativa ...................................................................................................... 2
Legitimidade Passiva ................................................................................................... 3
Competência .............................................................................................................. 3

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1
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
AÇÃO POPULAR
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
A ação popular está prevista no art. 5º, LXXIII da Constituição, nos seguintes termos:

Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor


ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público
ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência;

CONCEITO
Nas palavras de Marcelo Novelino 1 , a ação popular é “uma das formas de
manifestação da soberania popular, permitindo ao cidadão exercer, de forma direta,
função fiscalizadora”.

De forma esquematizada:
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LEGITIMIDADE ATIVA
A Constituição confere a legitimidade ativa da ação popular ao cidadão, ou seja,
nacionais que estejam no pleno gozo dos direitos políticos.

1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 521

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2
Depende, desde que haja reciprocidade ao brasileiro em Portugal, conforme art. 12,
§1º da Constituição Federal.

Nesse sentido:

Art. 12, § 1º Aos portugueses com residência permanente no


País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão
atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos
previstos nesta Constituição.

LEGITIMIDADE PASSIVA
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
Por outro lado, a legitimidade passiva da ação popular encontra-se no art. 6º, caput
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da Lei nº 4.717/65, nos seguintes termos:
031.721.292-33
Art. 6º A ação será proposta contra as pessoas públicas ou
privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as
autoridades, funcionários ou administradores que houverem
autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato
impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à
lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo.

COMPETÊNCIA
É importante destacar que a Lei de Ação Popular não estabelece foro por
prerrogativa de função, ou seja, é competente o juízo de 1º grau.

De forma esquematizada:

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3
2.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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031.721.292-33

2
AO 859-QO, 01/08/03

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4
SUMÁRIO
DIREITOS FUNDAMENTAIS ........................................................................................ 2
Disposições Finais .............................................................................................................2
Emenda Constitucional nº 115/22 ..............................................................................2
Rol não Taxativo dos Direitos Fundamentais .............................................................2
Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos ......................................................2

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1
DIREITOS FUNDAMENTAIS

DISPOSIÇÕES FINAIS
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 115/22
A EC nº 115/22, publicada em 10/02/22, incluiu o inciso LXXIX do art. 5º, ampliando,
portanto, o rol dos direitos fundamentais.

Art. 5º, LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à


proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios
digitais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022)

ROL NÃO TAXATIVO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


Os direitos e garantias fundamentais expressos no texto constitucional não excluem
outros decorrentes de origem diversa, tais como tratados internacionais.

Art. 5º, § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição


não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por
ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a
República
AndersonFederativa
Tiagodo Brasil seja parte. Oliva
Meneguelli
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TRATADOS INTERNACIONAIS SOBRE DIREITOS HUMANOS
031.721.292-33
A EC nº 45/04 equiparou os tratados e as convenções internacionais sobre direitos
humanos às emendas constitucionais, desde que aprovados com quórum qualificado.

Art. 5º, § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre


direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos
dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)

De forma esquematizada:

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2
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
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Segundo a jurisprudência do031.721.292-33
STF, o status será de norma supralegal, ou seja,
hierarquicamente inferior à Constituição e superior às leis infraconstitucionais.

De forma esquematizada:

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3
Nesse caso, não será possível adotar o rito especial previsto no art. 5º, §3º da
Constituição Federal e o seu status será de lei ordinária.

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4
SUMÁRIO
DIREITOS SOCIAIS ..................................................................................................... 2
Introdução ........................................................................................................................2
Conceito ........................................................................................................................2
Características ..............................................................................................................2
Previsão Constitucional ................................................................................................2
Emenda Constitucional nº 114/21 ..............................................................................3
Direito dos Trabalhadores Urbanos e Rurais .................................................................3
Previsão Constitucional ................................................................................................3
Jurisprudência ...............................................................................................................5
Direito dos Trabalhadores Domésticos ......................................................................5

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1
DIREITOS SOCIAIS
INTRODUÇÃO
CONCEITO
Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo 1 , os direitos sociais “constituem as
liberdades positivas, de observância obrigatória em um Estado Social de Direito, tendo por
objetivo a melhoria das condições de vida dos hipossuficientes, visando à concretização
da igualdade social”.

CARACTERÍSTICAS
Trata-se de direitos fundamentais de segunda geração, ou seja, exigem prestações
positivas do Estado em favor dos indivíduos.

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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031.721.292-33

PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 6º, caput da Constituição, enumera os direitos sociais nos seguintes termos:

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação,


o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

Assim:

1 Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. Direito Constitucional Descomplicado – 20. Ed. – Método - 2021 Pág. 229

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2
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 114/21
A EC nº 114/21 incluiu o parágrafo único ao art. 6º da Constituição Federal nos
seguintes termos:

Art. 6º, Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de


vulnerabilidade
Andersonsocial
TiagoteráMeneguelli
direito a uma Oliva
renda básica familiar,
garantida pelo poder público em programa permanente de
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transferência de renda, cujas normas e requisitos de acesso
031.721.292-33
serão determinados em lei, observada a legislação fiscal e
orçamentária (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114,
de 2021)

Trata-se de disposição constitucional expressa à assistência social daquele que se


encontra em situação de vulnerabilidade.

DIREITO DOS TRABALHADORES URBANOS E RURAIS


PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 7º da Constituição elenca o rol de direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
sem excluir outros assegurados em outros diplomas normativos.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de


outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária
ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que
preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado,
capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua
família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer,
vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes
periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada
sua vinculação para qualquer fim;

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do
trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou
acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que
percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral
ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua
retenção dolosa;
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da
remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão
da empresa, conforme definido em lei;
XII - salário-família pago em razão do dependente do
trabalhador de baixa renda nos termos da
lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20,
de 1998)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias
e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de
horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho; (Vide Decreto-Lei nº 5.452,
de 1943)
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos
ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo,
andersontiago158@gmail.com
em cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452,
art. 59 § 1º)
031.721.292-33
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um
terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário,
com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante
incentivos específicos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no
mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de
normas de saúde, higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas,
insalubres ou perigosas, na forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o
nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-
escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 53, de 2006)
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de
trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do
empregador, sem excluir a indenização a que este está
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de
trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a

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4
extinção do contrato de trabalho; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 28, de 2000)
a) (Revogada). (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 28, de 2000)
b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 28, de 2000)
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções
e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou
estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário
e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e
intelectual ou entre os profissionais respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a
menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de
dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze anos; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo
empregatício permanente e o trabalhador avulso.

JURISPRUDÊNCIA
Em relação ao art. 7º, XXXIII da Constituição, o STF reafirmou a constitucionalidade da
EC nº 20/98, que veda o trabalho infantil
Anderson TiagoaoMeneguelli
menor de 16Oliva
anos, salvo na condição de
menor aprendiz, a partir dos 14 anos.
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DIREITO DOS TRABALHADORES DOMÉSTICOS


O art. 7º, parágrafo único da Constituição, estende alguns dos direitos sociais dos
trabalhadores à categoria dos domésticos.

Art. 7º, Parágrafo único. São assegurados à categoria dos


trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI,
VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI
e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e
observada a simplificação do cumprimento das obrigações

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5
tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de
trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX,
XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência
social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
72, de 2013)

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6
SUMÁRIO
DIREITOS SOCIAIS ..................................................................................................... 2
Associação Profissional ou Sindical ...............................................................................2
Previsão Constitucional ................................................................................................2
Contribuição Sindical ...................................................................................................2
Direito de Greve ...............................................................................................................3
Previsão Constitucional ................................................................................................3
Outros Direitos dos Trabalhadores .................................................................................4
Previsão Constitucional ................................................................................................4

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1
DIREITOS SOCIAIS

ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL OU SINDICAL


PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 8º da Constituição trata do direito de associação profissional ou sindical nos
seguintes termos:

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o


seguinte:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a
fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a
intervenção na organização sindical;
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical,
em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou
econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos
trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser
inferior à área de um Município;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos
ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou
administrativas;
IV - Anderson
a assembleia geral fixará
Tiago a contribuição
Meneguelli que, em se tratando
Oliva
de categoria profissional, será descontada em folha, para
custeio andersontiago158@gmail.com
do sistema confederativo da representação sindical
respectiva, independentemente
031.721.292-33 da contribuição prevista em
lei;
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a
sindicato;
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações
coletivas de trabalho;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas
organizações sindicais;
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir
do registro da candidatura a cargo de direção ou
representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um
ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos
termos da lei.

Por outro lado, o parágrafo único do art. 8º estende as mesmas disposições às


organizações de sindicatos rurais e de colônias de pescadores.

Art. 8º, Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se


à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores,
atendidas as condições que a lei estabelecer.

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
Sobre o tema, é importante destacar o julgamento da ADI 5794 que declarou a
constitucionalidade da norma que extinguiu a denominada contribuição sindical
obrigatória.

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2
Por outro lado, em relação à contribuição sindical fixada pela assembleia geral,
prevista no art. 8º, IV da Constituição Federal:

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DIREITO DE GREVE
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 9º da Constituição dispõe sobre o direito de greve dos trabalhadores, nos
seguintes termos:

Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos


trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e
sobre os interesses que devam por meio dele defender.

§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá


sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da
comunidade.

§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da


lei.

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3
OUTROS DIREITOS DOS TRABALHADORES
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
Por fim, os arts 10 e 11 da Constituição discorrem a respeito da participação dos
trabalhadores em colegiados dos órgãos públicos e da necessidade de representação
nas empresas.

Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e


empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus
interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de
discussão e deliberação.

Art. Anderson TiagodeMeneguelli


11. Nas empresas Olivaempregados, é
mais de duzentos
assegurada a eleição de um representante destes com a
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finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto
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com os empregadores.

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4
SUMÁRIO
NACIONALIDADE ..................................................................................................... 2
Introdução ........................................................................................................................2
Conceito ........................................................................................................................2
Conceitos Relacionados .............................................................................................2
Espécies de Nacionalidade ...........................................................................................3
Critérios de Atribuição de Nacionalidade ...................................................................3

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1
NACIONALIDADE

INTRODUÇÃO
CONCEITO
Segundo Marcelo Novelino1, a nacionalidade pode ser definida como “um vínculo
jurídico-político entre o Estado e o indivíduo através do qual este se torna componente do
povo”.

CONCEITOS RELACIONADOS
Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo2, é possível conceituar:

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1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 555
2 Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. Direito Constitucional Descomplicado – 20. Ed. – Método - 2021 Pág. 245

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2
ESPÉCIES DE NACIONALIDADE
A nacionalidade originária (primária ou atribuída) é aquela adquirida com o
nascimento.

Por outro lado, a nacionalidade secundária é aquela adquirida por um ato voluntário
do indivíduo, que opta por determinada nacionalidade.

De forma esquematizada:
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CRITÉRIOS DE ATRIBUIÇÃO DE NACIONALIDADE


Os critérios adotados para aquisição de nacionalidade originária são o territorial (ius
solis) e o sanguíneo (ius sanguinis).

Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo3, o critério sanguíneo “funda-se no


vínculo de sangue, segundo o qual será nacional todo aquele que for filho de nacionais,
independentemente do local do nascimento”.

Por outro lado, o critério territorial “atribui a nacionalidade a quem nasce no território
do Estado que o adota, independentemente da nacionalidade dos ascendentes”.

De forma esquematizada:

3 Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. Direito Constitucional Descomplicado – 20. Ed. – Método - 2021 Pág. 247

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3
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4
SUMÁRIO
NACIONALIDADE ..................................................................................................... 2
Brasileiro Nato .................................................................................................................. 2
Previsão Constitucional ............................................................................................... 2

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1
NACIONALIDADE

BRASILEIRO NATO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 12, I da Constituição Federal, apresenta as hipóteses de nacionalidade
originária.

Art. 12. São brasileiros:


I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de
pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu
país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira,
desde que qualquer deles esteja a serviço da República
Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe
brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira
competente ou venham a residir na República Federativa do
Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira;

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De forma esquematizada:
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A ressalva contida no art. 14, I, “a” da Constituição, será aplicável quando os pais
forem estrangeiros e, ao menos um deles, esteja a serviço de seu país.

Segundo Marcelo Novelino1:

1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 556

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2
A ressalva prevista no texto constitucional é aplicável não
apenas quando ambos os pais estiverem a serviço de seu país,
mas também quando um deles estiver acompanhando o outro,
como na hipótese da esposa de um embaixador italiano a
serviço da Itália. Nesse caso, o filho do casal nascido em território
brasileiro terá apenas a nacionalidade italiana.

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Por outro lado, na hipótese prevista no art. 12, I, “c” da Constituição, a opção é
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personalíssima e só pode ser manifestada após a maioridade.
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Diante disso, admite-se a chamada nacionalidade provisória enquanto não atingida
a idade de 18 anos.

Após a maioridade, o indivíduo deverá requerer a nacionalidade brasileira em juízo,


que será homologada por meio de sentença.

2 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 557

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3
SUMÁRIO
NACIONALIDADE ..................................................................................................... 2
Brasileiro Naturalizado .................................................................................................... 2
Naturalização Tácita (Grande Naturalização ou Naturalização Coletiva)......... 2
Naturalização Expressa ............................................................................................... 3
Quase Nacionalidade.................................................................................................... 6

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1
NACIONALIDADE

BRASILEIRO NATURALIZADO
NATURALIZAÇÃO TÁCITA (GRANDE NATURALIZAÇÃO OU
NATURALIZAÇÃO COLETIVA)
Como visto anteriormente, a nacionalidade secundária é adquirida pela
manifestação de vontade expressa ou tácita do indivíduo.

Segundo Marcelo Novelino1, a naturalização tácita ocorre quando “os estrangeiros


residentes que não declararem, dentro de determinado período o ânimo de permanecer
com a nacionalidade de origem, automaticamente adquirem a nacionalidade do país
em que residem, independentemente de qualquer requerimento”.

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De forma esquematizada:

1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 558

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2
É importante destacar que naturalização involuntária não é sinônimo de
naturalização tácita.

Marcelo Novelino 2 afirma que a naturalização involuntária “ocorre, por exemplo,


quando um cônjuge adquire automaticamente a nacionalidade do outro em razão do
casamento”.

NATURALIZAÇÃO EXPRESSA
A naturalização expressa é a aquela que depende de manifestação do interessado
e tem previsão constitucional no art. 12, II.

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Art. 12, II - naturalizados:
a) os andersontiago158@gmail.com
que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira,
exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas
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residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na
República Federativa do Brasil há mais de quinze anos
ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira.

O art. 12, II, “a” da Constituição Federal, apresenta a denominada naturalização


ordinária, com distinção dada entre estrangeiros de países de língua portuguesa e os
demais.

Nesse sentido:

2 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 558

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3
É a Lei de Migração (Lei nº 13.445/17) que apresenta os requisitos da naturalização
ordinária, conforme seu art. 65.

Art. 65. Será concedida a naturalização ordinária àquele que


preencher as seguintes condições:
I - ter capacidade civil, segundo a lei brasileira;
II - ter residência em território nacional, pelo prazo mínimo de 4
(quatro) anos;
III - comunicar-se em língua portuguesa, consideradas as
condições do naturalizando; e
IV - não possuir condenação penal ou estiver reabilitado, nos
termos da lei.

De forma esquematizada:

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Por outro lado, o art. 66 da Lei de Migração permite a redução do prazo de residência
para 01 ano.

Art. 66. O prazo de residência fixado no inciso II do caput do art.


65 será reduzido para, no mínimo, 1 (um) ano se o naturalizando
preencher quaisquer das seguintes condições:
I - (VETADO);
II - ter filho brasileiro;
III - ter cônjuge ou companheiro brasileiro e não estar dele
separado legalmente ou de fato no momento de concessão da
naturalização;
IV - (VETADO);
V - haver prestado ou poder prestar serviço relevante ao Brasil;
ou
VI - recomendar-se por sua capacidade profissional, científica
ou artística.

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4
Por outro lado, o art. 12, II, “b” da Constituição Federal, aborda a naturalização
extraordinária.

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5
Por fim, o art. 68 da Lei de Migração prevê a denominada naturalização especial nas
seguintes hipóteses:

Art. 68. A naturalização especial poderá ser concedida ao


estrangeiro que se encontre em uma das seguintes situações:
I - seja cônjuge ou companheiro, há mais de 5 (cinco) anos, de
integrante do Serviço Exterior Brasileiro em atividade ou de
pessoa a serviço do Estado brasileiro no exterior; ou
II - seja ou tenha sido empregado em missão diplomática ou em
repartição consular do Brasil por mais de 10 (dez) anos
ininterruptos.

QUASE NACIONALIDADE
A quase nacionalidade é o tratamento conferido ao português com residência
permanente no Brasil, conforme art. 12, §1º da Constituição Federal.

Art. 12, § 1º Aos portugueses com residência permanente no


País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão
atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos
previstos nesta Constituição.

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São os requisitos: andersontiago158@gmail.com
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6
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7
SUMÁRIO
NACIONALIDADE ..................................................................................................... 2
Diferença de Tratamento entre Brasileiro Nato e Naturalizado ............................... 2
Introdução .................................................................................................................... 2
Cargos Privativos ......................................................................................................... 2
Assentos no Conselho da República ........................................................................ 3
Propriedade de Empresas Jornalísticas e de Radiodifusão ................................... 3
Extradição .................................................................................................................... 3
Perda da Nacionalidade ............................................................................................... 4

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1
NACIONALIDADE

DIFERENÇA DE TRATAMENTO ENTRE BRASILEIRO NATO E


NATURALIZADO
INTRODUÇÃO
O art. 12, §2º da Constituição Federal, proíbe a distinção entre brasileiros natos e
naturalizados, com exceção apenas nas hipóteses previstas no próprio texto
constitucional.

Art. 12, § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre


brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta
Constituição.

CARGOS PRIVATIVOS
O art. 12, §3º da Constituição Federal, enumera alguns cargos que só podem ser
ocupados por brasileiros natos.

Art. 12, § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:


I - deAnderson
Presidente eTiago Meneguelli
Vice-Presidente Oliva
da República;
II - deandersontiago158@gmail.com
Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
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IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa

De forma esquematizada:

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2
As vedações acima apontadas estão diretamente relacionadas à linha sucessória
do Presidente da República e à segurança nacional (oficiais das Forças Armadas e Ministro
de Estado de Defesa).

ASSENTOS NO CONSELHO DA REPÚBLICA


O art. 89, VII da Constituição Federal reserva 06 assentos do Conselho da República
a brasileiros natos.

Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta


do Presidente da República, e dele participam:
(...)
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco
anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da
República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela
Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos,
vedada a recondução.

PROPRIEDADE DE EMPRESAS JORNALÍSTICAS E DE


RADIODIFUSÃO
Nos termos do art. 222 da Constituição Federal:
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Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão
sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou
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naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas
constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.

Assim, só pode ser proprietário de empresa jornalística e de radiodifusão sonora, de


sons e imagens o brasileiro nato ou naturalizado há mais de 10 anos.

EXTRADIÇÃO
O art. 5º, LI da Constituição Federal veda, em qualquer hipótese, a extradição do
brasileiro nato, autorizando, excepcionalmente, a do naturalizado.

Art. 5º, LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o


naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da
naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

De forma esquematizada:

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3
De toda forma, vale destacar que, em relação aos crimes políticos ou de opinião,
sequer o estrangeiro será extraditado.

Art. 5º, LII - não será concedida extradição de estrangeiro por


crime político ou de opinião;

PERDA DA NACIONALIDADE
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As hipóteses de perdaandersontiago158@gmail.com
da nacionalidade brasileira estão dispostas em rol taxativo no
art. 12, §4º da Constituição Federal. 031.721.292-33

Art. 12, § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do


brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em
virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao
brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para
permanência em seu território ou para o exercício de direitos
civis;

De forma esquematizada:

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4
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5
O STF possui um interessante julgado a respeito da perda da nacionalidade brasileira1:

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1 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Situação de brasileiro titular de greencard que adquire nacionalidade norte-

americana. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:


<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/bd4d08cd70f4be1982372107b3b448ef>. Acesso em:
18/05/2022

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6
SUMÁRIO
DIREITOS POLÍTICOS ................................................................................................. 2
Introdução ....................................................................................................................... 2
Conceito ....................................................................................................................... 2
Classificação ................................................................................................................ 2
Direitos Políticos Positivos ................................................................................................ 2
Conceito ....................................................................................................................... 2
Direito de Sufrágio ....................................................................................................... 3
Direito de Voto ............................................................................................................. 4

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1
DIREITOS POLÍTICOS
INTRODUÇÃO
CONCEITO
Segundo Marcelo Novelino 1 , os direitos políticos são “direitos públicos subjetivos
fundamentais conferidos aos cidadãos para participarem da vida política do Estado”.

CLASSIFICAÇÃO
Segundo a doutrina, os direitos políticos podem ser classificados em: positivos e
negativos.

DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS


CONCEITO
Os direitos políticos positivos são aqueles que asseguram a participação ativa do
indivíduo no processo político, ou seja, o direito de votar e ser votado.

É o que consagra o art. 14 da Constituição Federal.


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Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal
e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos
031.721.292-33
termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.

Segundo Nathália Masson2, “tanto o plebiscito quanto o referendo são mecanismos


de consulta popular acerca de matérias relevantes de natureza constitucional, legislativa
ou administrativa”.

A distinção reside no momento da manifestação dos cidadãos.

Nesse sentido:

Por outro lado, a iniciativa popular descrita no art. 14, II da Constituição, trata da
apresentação de projetos de lei.

1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 571
2 Masson, Nathalia. Manual de direito constitucional – 9. Ed. Salvador: JusPODIVM, 2021 – pág. 415

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2
DIREITO DE SUFRÁGIO
Marcelo Novelino3 afirma que o direito de sufrágio é “a própria essência do direito
político, expressando-se pela capacidade de eleger, ser eleito e, de forma geral, participar
da vida política do Estado”.

De forma esquematizada:

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De forma esquematizada: 4

Vale destacar as formas de sufrágio existentes:

1. Sufrágio Universal – Todo cidadão pode votar e ser votado, sem qualquer espécie
de discriminação;

2. Sufrágio Censitário – Somente indivíduos com determinada capacidade


econômica;

3. Sufrágio Capacitário – Somente indivíduos com determinada capacidade


intelectual;

3 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 572
4 Masson, Nathalia. Manual de direito constitucional – 9. Ed. Salvador: JusPODIVM, 2021 – pág. 412

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3
DIREITO DE VOTO
Segundo Nathália Masson 5 , o voto “é uma das formas de exercer o direito de
sufrágio”.

É interessante observar que as características do voto são consideradas cláusulas


pétreas no ordenamento jurídico brasileiro.

Nesse sentido:

Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de


emenda tendente a abolir:
(...)
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

Assim:

1. Voto Direto – Os eleitores elegem diretamente os governantes, sem a necessidade


de criação de um colégio eleitoral;

2. Voto Secreto – O voto é sigiloso e, inclusive, tal característica é que tornou


inconstitucional a lei que previa o registro impresso do voto;

3. Voto Universal – Anderson


Todo cidadão Tiago
tem oMeneguelli Oliva
direito de votar. Vale registrar que, em regra,
o voto é obrigatório no país;
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4. Voto Periódico – Evita-se a perpetuação dos governantes, possibilitando que os
cidadãos, de tempos em tempos, possam renovar suas decisões políticas;

5 Masson, Nathalia. Manual de direito constitucional – 9. Ed. Salvador: JusPODIVM, 2021 – pág. 413

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4
SUMÁRIO
DIREITOS POLÍTICOS ................................................................................................. 2
Alistabilidade (Capacidade Eleitoral Ativa) ............................................................ 2
Elegibilidade (Capacidade Eleitoral Passiva) .......................................................... 3

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1
DIREITOS POLÍTICOS
ALISTABILIDADE (CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA)
Segundo Marcelo Novelino1, a capacidade eleitoral ativa consiste na “participação
do indivíduo na democracia representativa, cujo exercício se realiza por meio do voto em
eleições, plebiscitos e referendos, além da iniciativa popular”.

É importante destacar que a capacidade eleitoral ativa exige o alistamento eleitoral,


disciplinado no art. 14, §§ 1º e 2º da Constituição.

Art. 14, § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:


I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,


durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.

De forma esquematizada:
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1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 573

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2
ELEGIBILIDADE (CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA)
A capacidade eleitoral passiva consiste no direito de concorrer aos mandatos
políticos por meio de eleição.

As condições de elegibilidade estão previstas no art. 14, §3º da Constituição, nos


seguintes termos:

Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:


I - a nacionalidade brasileira;
II - oAnderson Tiago
pleno exercício Meneguelli
dos direitos políticos; Oliva
III - o alistamento eleitoral;
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IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
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V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da
República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e
do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual
ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.

De forma esquematizada:

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3
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4
SUMÁRIO
DIREITOS POLÍTICOS ................................................................................................. 2
Direitos Políticos Negativos .............................................................................................2
Conceito ........................................................................................................................2
Inelegibilidade ..............................................................................................................2
Inelegibilidade em razão do Cargo Político .............................................................3

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1
DIREITOS POLÍTICOS

DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS


CONCEITO
Nas palavras de Marcelo Novelino1, os direitos políticos negativos são “determinações
constitucionais impositivas de privações ao direito de participar do processo político e dos
órgãos governamentais, como as contidas nas normas referentes à inelegibilidade, perda
e suspensão dos direitos políticos”.

INELEGIBILIDADE
Como visto anteriormente, a inelegibilidade é a ausência de capacidade eleitoral
passiva, ou seja, impossibilidade de ser eleito.

Segundo Marcelo Novelino2, as inelegibilidades podem ser de 02 espécies:

1. Inelegibilidade Absoluta – está ligada a alguma condição pessoal e atinge


integralmente a capacidade eleitoral passiva, de modo a impedir a candidatura
a qualquer cargo eletivo. São previstas apenas na Constituição;

2. Inelegibilidade Anderson
Relativa – Tiago
está relacionada
Meneguelli aOliva
determinados motivos ou
circunstâncias, tais como o cargo ocupado, a relação de parentesco ou a
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proteção da moralidade política. São previstas em leis complementares ou na
Constituição;
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O art. 14, §4º da Constituição, apresenta as hipóteses de inelegibilidade absoluta:

Art. 14, § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

De forma esquematizada:

1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 577
2 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 577

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
INELEGIBILIDADE EM RAZÃO DO CARGO POLÍTICO
Os detentores de mandatos do Poder Executivo são submetidos a regras de
inelegibilidade, conforme art. 14, §§ 5º e 6º da Constituição.

Art. 14, § 5º O Presidente da República, os Governadores de


Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver
sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser
reeleitos para um único período subsequente. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)

§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da


República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os
Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis
meses antes do pleito.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Nesse sentido:

1. É admitida a reeleição do Chefe do Poder Executivo por único período


subsequente;

2. Se o Chefe do Poder Executivo optar por concorrer a outro cargo, deverá


renunciar ao respectivo mandato (desincompatibilização) até 06 meses antes do
pleito;

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
O “prefeito itinerante” é o indivíduo que altera seu domicílio eleitoral com o objetivo
de burlar a regra do art. 14, §5º da Constituição (única reeleição).

A jurisprudência do STF veda a figura do “prefeito itinerante”.


Nesse sentido3:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

3CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Impossibilidade da figura do Prefeito itinerantee. Buscador Dizer o Direito, Manaus.
Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/4f4adcbf8c6f66dcfc8a3282ac2bf10a>.
Acesso em: 24/06/2022

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
SUMÁRIO
DIREITOS POLÍTICOS ................................................................................................. 2
Inelegibilidade em razão do Parentesco ..................................................................2
Inelegibilidade em razão do Cargo Público ............................................................4

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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1
DIREITOS POLÍTICOS

INELEGIBILIDADE EM RAZÃO DO PARENTESCO


O art. 14, §7º da Constituição, apresenta a hipótese de inelegibilidade em razão do
parentesco (inelegibilidade reflexa), nos seguintes termos:

Art. 14, § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o


cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo
grau ou por adoção, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de
Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e
candidato à reeleição.

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

A inelegibilidade reflexa se limita ao território de jurisdição do titular. Assim, nada


impede que, por exemplo, a esposa de um governador do Estado se candidate para um
mandato político federal.

É importante destacar que a inelegibilidade reflexa impede o 3º mandato no mesmo


grupo familiar. Com isso, o cônjuge ou parente do Chefe do Poder Executivo só poderá
concorrer para o mesmo cargo se cumprir os seguintes requisitos:

1. O titular do mandato poderia concorrer a reeleição;

2. O titular do mandato se afastou da função política 06 meses antes das eleições;

Por exemplo, “A”, esposa de Governador de Estado reeleito, não poderá concorrer
ao mesmo cargo, pois seu marido não poderia concorrer a um 3º mandato.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
A vedação alcança a hipótese de exercício de mandato-tampão (sucessão
decorrente de cassação do titular).

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

A resposta é NÃO.

Nesse sentido:

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3
A resposta é NÃO.

Segundo o STF, não se aplica a Súmula Vinculante nº 18 nos casos de extinção do


vínculo conjugal pela morte de um dos cônjuges1.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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INELEGIBILIDADE EM RAZÃO DO CARGO PÚBLICO


A Constituição estabelece vedação à atividade política para determinados cargos
públicos, como ocorre com magistrados e membros do Ministério Público.

Art. 95, Parágrafo único. Aos juízes é vedado:


(...)
III - dedicar-se à atividade político-partidária.

Art. 128, § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja


iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais,
estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de
cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus
membros:

1CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Inelegibilidade reflexa e falecimento do titular do cargo no primeiro mandato.
Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/39461a19e9eddfb385ea76b26521ea48>. Acesso em:
24/06/2022

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
(...)
II - as seguintes vedações:
(...)
e) exercer atividade político-partidária;

Por outro lado, em relação aos militares da ativa, são impostas restrições à sua
atuação política, conforme art. 14, 8º da Constituição.

Art. 14, § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes


condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da
atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no
ato da diplomação, para a inatividade.

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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5
SUMÁRIO
DIREITOS POLÍTICOS ................................................................................................. 2
Inelegibilidade em razão da Probidade Administrativa .........................................2
Perda e Suspensão dos Direitos Políticos ......................................................................2
Princípio da Anterioridade Eleitoral ...............................................................................3
Conceito ........................................................................................................................3
Previsão Constitucional ................................................................................................3

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1
DIREITOS POLÍTICOS

INELEGIBILIDADE EM RAZÃO DA PROBIDADE ADMINISTRATIVA


O art. 14, §9º da Constituição, afirma que lei complementar estabelecerá outros
casos de inelegibilidade relacionados à probidade administrativa e a moralidade.

Art. 14, § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de


inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a
probidade administrativa, a moralidade para exercício de
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do
poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


emprego na administração direta ou indireta.
andersontiago158@gmail.com
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PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS
O art. 15 da Constituição apresenta as hipóteses de perda e suspensão dos direitos
políticos.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou


suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em
julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto
durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
É importante destacar a polêmica acerca das hipóteses que configuram perda ou
suspensão de direitos políticos.

Segundo a doutrina majoritária, a recusa de cumprir obrigação imposta a todos (ou


prestação alternativa), prevista no art. 15, IV, configura suspensão de direitos políticos.

PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ELEITORAL


CONCEITO
Segundo Nathália Masson 1 , o princípio da anterioridade eleitoral preceitua que
“qualquer lei (ou qualquer outra espécie normativa primária) que alterar o processo
eleitoral, apesar de entrar em vigor já na data de sua publicação, somente poderá ser
aplicada às eleições queAnderson
ocorram após um ano
Tiago da data de
Meneguelli sua vigência”.
Oliva
andersontiago158@gmail.com
De forma esquematizada:
031.721.292-33

A intenção foi salvaguardar a segurança jurídica e impedir alterações casuísticas na


lei eleitoral de forma a desequilibrar o processo democrático.

PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O princípio da anterioridade eleitoral está previsto no art. 16 da Constituição.

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na


data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra
até um ano da data de sua vigência.

1 Masson, Nathalia. Manual de direito constitucional – 9. Ed. Salvador: JusPODIVM, 2021 – pág. 437

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
SUMÁRIO
PARTIDOS POLÍTICOS ............................................................................................... 2
Introdução ........................................................................................................................2
Conceito ........................................................................................................................2
Previsão Constitucional ................................................................................................2
Coligação Partidárias ......................................................................................................2
Cláusula de Barreira ........................................................................................................3
Fidelidade Partidária .......................................................................................................4

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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1
PARTIDOS POLÍTICOS

INTRODUÇÃO
CONCEITO
Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado que devem registrar seus
estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 17 da Constituição apresenta disciplina acerca dos partidos políticos.

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de


partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime
democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da
pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de
entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
Vale registrar que é proibida a utilização de organização paramilitar pelos partidos
andersontiago158@gmail.com
políticos.
031.721.292-33
Art. 17, § 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de
organização paramilitar.

COLIGAÇÃO PARTIDÁRIAS
Com a EC nº 97/17, houve a extinção da denominada verticalização das coligações
partidárias, conforme art. 17, §1º da Constituição.

Art. 17, § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para


definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha,
formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios
e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os
critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições
majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições
proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de
disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 97, de 2017)

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
É importante ressaltar que há vedação à celebração de coligações partidárias nas
eleições proporcionais, conforme art. 17, §1º da Constituição.

CLÁUSULA DE BARREIRA
Segundo Marcelo Novelino1, a cláusula de barreira (patamar eleitoral ou cláusula de
desempenho) consiste em uma “norma impeditiva ou restritiva da atuação parlamentar
de partidos políticos que não conseguirem determinado percentual de votos e/ou eleger
determinado número de parlamentares”.

Há previsão constitucional
Andersonno art. 17, §3º.
Tiago Meneguelli Oliva
andersontiago158@gmail.com
Art. 17, § 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário
031.721.292-33
e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os
partidos políticos que alternativamente: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no
mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em
pelo menos um terço das unidades da Federação, com um
mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de
2017)
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais
distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de
2017)

1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 593/594

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
FIDELIDADE PARTIDÁRIA
Marcelo Novelino2 afirma que a fidelidade partidária consiste no “compromisso de
lealdade entre o parlamentar e o partido, impõe o dever de cumprimento integral do
mandato na legenda pela qual foi eleito, sob pena de perda do mandato, salvo nas
hipóteses juridicamente permitidas”.

Nesse sentido:

Art. 17, § 6º Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os


Deputados Distritais e os Vereadores que se desligarem do
partido pelo qual tenham sido eleitos perderão o mandato,
salvo nos casos de anuência do partido ou de outras hipóteses
de justa causa estabelecidas em lei, não computada, em
qualquer caso, a migração de partido para fins de distribuição
de recursos do fundo partidário ou de outros fundos públicos e
de acesso gratuito ao rádio e à televisão. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 111, de 2021)

As hipóteses de justa causa que afastam a infidelidade partidária estão previstas no


art. 22-A, parágrafo único da Lei nº 9.096/95.

Art. 22-A. Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que


se Anderson
desfiliar, semTiago
justa Meneguelli Olivapelo qual foi
causa, do partido
eleito.andersontiago158@gmail.com

Parágrafo único.031.721.292-33
Consideram-se justa causa para a desfiliação
partidária somente as seguintes hipóteses:
I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa
partidário;
II - grave discriminação política pessoal; e
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta
dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei para
concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do
mandato vigente.

2 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 594

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4
SUMÁRIO
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO ................................................................................. 2
Elementos Constitutivos do Estado ................................................................................2
Formas de Estado .............................................................................................................2
Introdução .....................................................................................................................2
Forma de Estado, Forma e Sistema de Governo .....................................................3

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
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1
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ESTADO


A doutrina aponta 03 elementos que constituem o Estado: povo, território e governo.

De forma esquematizada:

Segundo Marcelo Novelino1, é possível conceituar os elementos constitutivos como:


Anderson Tiago Meneguelli Oliva
1. Povo – é o elemento humano que abrange os indivíduos que se vinculam a um
andersontiago158@gmail.com
determinado sistema de poder ou ordenamento normativo;
031.721.292-33
2. Território – é a base geofísica de exercício de Poder Político, bem como o limite
jurídico de atuação do Estado;

3. Governo – é o conjunto de órgão estatais que exercem a função política do


Estado;

FORMAS DE ESTADO
INTRODUÇÃO
Segundo Nathália Masson2, a forma de Estado está relacionada à “distribuição do
exercício do poder político em razão de um território”.

A doutrina classifica 02 formas de Estado: unitários ou compostos.

O Estado Unitário (Simples) é caracterizado pela centralização política, havendo,


portanto, uma concentração de poder em um único núcleo estatal.

1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 605
2 Masson, Nathalia. Manual de direito constitucional – 9. Ed. Salvador: JusPODIVM, 2021 – pág. 557

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
3

Por outro lado, o Estado Composto consiste na reunião de dois ou mais entes políticos,
ou seja, há descentralização política.

Dentre as principais espécies de Estado Composto, destacam-se: federação e


confederação.

FORMA DE ESTADO, FORMA E SISTEMA DE GOVERNO


Um tema bastante exigido em concursos público é a distinção entre forma de Estado,
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
forma de Governo e sistema de Governo.
andersontiago158@gmail.com
De forma esquematizada: 031.721.292-33

3 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 606

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3
SUMÁRIO
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO ................................................................................. 2
Federação ........................................................................................................................2
Conceito ........................................................................................................................2
Características ..............................................................................................................3
Confedereção .................................................................................................................4
Conceito ........................................................................................................................4
Características ..............................................................................................................4

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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1
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

FEDERAÇÃO
CONCEITO
Segundo Nathália Masson1, a federação é a “reunião feita por uma Constituição, de
entidades políticas autônomas unidas por um vínculo indissolúvel”.

É o modelo adotado pela Constituição de 1988, conforme art. 1º, caput.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união


indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:

E no art. 18, caput.

Art. 18. A organização político-administrativa da República


Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta
Constituição.
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
No Brasil, são
andersontiago158@gmail.com
considerados entes políticos: União, Estados, Distrito Federal e
Municípios. 031.721.292-33

De forma esquematizada

1 Masson, Nathalia. Manual de direito constitucional – 9. Ed. Salvador: JusPODIVM, 2021 – pág. 558

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
CARACTERÍSTICAS
Evidentemente, como espécie de Estado Composto, a federação é caracterizada
pela descentralização do poder político.

Como visto anteriormente, os entes políticos possuem autonomia que se


consubstanciam em: auto-organização, autogoverno e autoadministração.

Apesar de autônomos, os entes políticos não desfrutam do direito de secessão, ou


seja, há indissolubilidade do vínculo federativo.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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031.721.292-33

De forma esquematizada:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
CONFEDEREÇÃO
CONCEITO
Segundo Marcelo Novelino 2 , confederação consiste na “associação de Estados
nacionais soberanos, firmada por intermédio de um tratado internacional, com vista a
estipular tarefas e objetivos comuns, como a garantia da segurança interna, a defesa do
território confederal, além de outras expressamente pactuadas”.

CARACTERÍSTICAS
Na confederação, os Estados membros possuem soberania, sendo possível, portanto,
exercer, inclusive, o direito de secessão.

Segundo Marcelo Novelino3:


Em regra, os direitos e deveres entre os Estados confederados são estabelecidos por
meio de tratado internacional.

Em comparação:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

2 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 605
3 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 609/610

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4
SUMÁRIO
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO ................................................................................. 2
Tipos de Federalismo ...................................................................................................... 2
Quanto à Origem ........................................................................................................ 2
Quanto à Repartição de Competências ................................................................ 3
Quanto à Concentração de Poder.......................................................................... 3
Quanto ao Equilíbrio na Distribuição de Competências ....................................... 4
Quanto às Esferas de Competência ........................................................................ 4

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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1
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

TIPOS DE FEDERALISMO
QUANTO À ORIGEM
Segundo Marcelo Novelino1, a classificação tem como critério o tipo de movimento
responsável pelo surgimento do Estado.

Nesse sentido:

1. Federalismo por agregação – “surge quando Estados soberanos cedem parte de


sua soberania para formar um ente único, no qual os integrantes passam a ter
apenas autonomia (movimento centrípeto)”. Por exemplo: os Estados Unidos;

2. Federalismo por segregação – “fruto da descentralização política de um Estado


Unitário (movimento centrífugo)”. Por exemplo: o Brasil;

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 611

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2
QUANTO À REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
A classificação leva em consideração a distribuição de competências entre os entes
federados.

Nesse sentido:

1. Federalismo dualista – é caracterizada pela atribuição apenas de competências


privativas, inexistindo a atuação concorrente entre os entes federados.
Caracteriza-se, portanto, por uma repartição horizontal de competências;

2. Federalismo cooperativo - há colaboração entre os entes federados. Assim, por


meio de uma repartição vertical de competências, há uma distribuição de
atribuições próprias (privativas) e comuns. É adotada na Constituição de 1988.

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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QUANTO À CONCENTRAÇÃO DE PODER


A classificação leva em consideração a maior ou menor concentração de poder no
ente central (União) em comparação com os demais (Estados Membros).

Assim:

1. Federalismo centralizador (centrípeto) – há fortalecimento do poder do ente


central, com maior protagonismo da União. A doutrina afirma que é a adotada
pelo Brasil;

2. Federalismo descentralizador (centrífugo) – há maior autonomia dos Estados


federados, como ocorre nos EUA.

De forma esquematizada:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
QUANTO AO EQUILÍBRIO NA DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Segundo Marcelo Novelino2, nessa classificação:

1. Federalismo simétrico – “caracteriza-se pelo equilíbrio na distribuição


constitucional de competências entre os entes federativos de mesmo grau”;

2. Federalismo assimétrico – “a constituição confere tratamento jurídico


diferenciado a entes federativos de mesmo grau, com o objetivo de respeitar ou
minimizar diferenças e desigualdades existentes nos âmbitos regional e social”;

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
QUANTO ÀS ESFERAS DE031.721.292-33
COMPETÊNCIA
Essa classificação leva em consideração à quantidade de esferas de competência.

Assim:

1. Federalismo de segundo grau (típico) – há 02 esferas de competência: ente


central (União) e regional (Estados-membros);

2. Federalismo de terceiro grau (atípico) – há 03 esferas de competência: ente


central (União), regional (Estados-membros) e local (Municípios). É a adotada no
Brasil;

De forma esquematizada:

2 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 613

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
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Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
SUMÁRIO
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO ................................................................................. 2
Princípio da Predominância do INteresse ................................................................... 2
Critérios de Repartição de Competências ................................................................. 2
Introdução .................................................................................................................... 2
Competência Específica............................................................................................ 3

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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1
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

PRINCÍPIO DA PREDOMINÂNCIA DO INTERESSE


A Constituição de 1988 adotou o princípio da predominância do interesse para a
repartição de competência entre os entes federados.

Segundo Marcelo Novelino, é possível afirmar que1:

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Art. 32, § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências


legislativas reservadas aos Estados e Municípios.

CRITÉRIOS DE REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS


INTRODUÇÃO
A repartição de competência adotada pela Constituição utilizou alguns critérios, tais
como: específica, comum e concorrente.

1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 618

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
A Constituição de 1988 estabeleceu competências legislativa e administrativa
enumeradas aos entes federativos (repartição horizontal).

Nesse sentido, os arts. 21 e 22 apontam a competência da União, ao passo que o art.


30, a dos Municípios.

Vale registrar que a competência dos Estados-membros é residual, ou seja, tudo


aquilo que não for reservado aos demais entes federativos.

A resposta é SIM.

O art. 22, parágrafo único da CF/88, autoriza que os Estados, por meio de lei
complementar, possam legislar sobre questões específicas da competência privativa da
União. Anderson Tiago Meneguelli Oliva
andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33
Art. 22, Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os
Estados a legislar sobre questões específicas das matérias
relacionadas neste artigo.

De forma esquematizada:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
SUMÁRIO
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO ................................................................................. 2
Critérios de Repartição de Competências ................................................................. 2
Competência Comum ............................................................................................... 2
Competência Concorrente ....................................................................................... 2

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1
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

CRITÉRIOS DE REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS


COMPETÊNCIA COMUM
A competência comum está prevista no art. 23 da CF/88.

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios:

É interessante observar que a competência comum tem natureza administrativa (ou


material) e não legislativa.

Ademais, a competência comum engloba todos os entes federativos (União, Estados,


Distrito Federal e Municípios).

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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A cooperação entre os entes federativos no âmbito da competência comum será


definida por meio de lei complementar.

Art. 23, Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas


para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento
e do bem-estar em âmbito nacional.

COMPETÊNCIA CONCORRENTE
A competência concorrente está prevista no art. 24 da CF/88.

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal


legislar concorrentemente sobre:

A competência concorrente é legislativa e possui regramento específico para evitar


conflito entre os entes federativos.

Vale registrar que a competência concorrente alcança União, Estados e Distrito


Federal, já que o art. 24, caput da CF/88, não menciona os Municípios.

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2
De forma esquematizada:

Como dito anteriormente, o legislador constituinte fixou parâmetros para o exercício


da competência concorrente.

Assim:

Art. 24, § 1º No âmbito da legislação concorrente, a


competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.

§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais


não exclui a competência suplementar dos Estados.

De forma esquematizada:
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Um exemplo de lei federal que estabelece normais gerais e autoriza a competência


suplementar dos Estados e DF é a Lei de Licitações (Lei nº 14.133/21).

Art. 1º, Lei nº 14.133/21 - Esta Lei estabelece normas gerais de


licitação e contratação para as Administrações Públicas diretas,
autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e abrange:

Nessa situação, os Estados (e o DF) exercerão a competência legislativa plena.

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3
Art. 24, § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados
exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas
peculiaridades.

Nesse caso, a lei federal irá suspender a eficácia da lei estadual nos tópicos
incompatíveis.

Art. 24, § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais


suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

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4
SUMÁRIO
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO ................................................................................. 2
Previsão Constitucional .................................................................................................. 2
Capital Federal ............................................................................................................... 2
Incorporação, subdivisão e desmembramento de Estados ..................................... 2
Criação, Incorporação, fusão e desmembramento de Municípios ........................ 3
Vedações aos Entes Políticos ........................................................................................ 5

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1
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 18, caput da CF/88, afirma que a organização político-administrativa da
República Federativa do Brasil é formada pela União, Estados, DF e Municípios.

Art. 18. A organização político-administrativa da República


Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta
Constituição.

Vale registrar que os territórios federais integram a União, e sua criação ou extinção
é regida por lei complementar.

Art. 18, § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua


criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado
de origem serão reguladas em lei complementar.

CAPITAL FEDERALAnderson Tiago Meneguelli Oliva


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A Capital Federal é Brasília.
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Art. 18, § 1º Brasília é a Capital Federal.

INCORPORAÇÃO, SUBDIVISÃO E DESMEMBRAMENTO DE


ESTADOS
Inicialmente, é importante apresentar os conceitos de:

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2
O art. 18, §3º da CF/88, apresenta a regra de incorporação, subdivisão e
desmembramento de Estados.

Art. 18, § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-


se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem
novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da
população diretamente interessada, através de plebiscito, e do
Congresso Nacional, por lei complementar.

O procedimento deve seguir as seguintes etapas:

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CRIAÇÃO, INCORPORAÇÃO, FUSÃO E DESMEMBRAMENTO DE


MUNICÍPIOS
O art. 18, §4º da CF/88, apresenta a regra de criação, incorporação, fusão e
desmembramento de Municípios.

Art. 18, § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o


desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual,
dentro do período determinado por Lei Complementar Federal,
e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às

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3
populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na
forma da lei.

O procedimento deve seguir as seguintes etapas:

É interessante observar que o procedimento previsto no art. 18, §4º, busca evitar a
proliferação de Municípios com fins eleitoreiros, aliás o tema já foi enfrentado diversas
vezes pelo STF.

Assim, o STF já se manifestou no sentido de ser inconstitucional a lei estadual que


permite a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios sem a edição
das leis federais.

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O desrespeito à regra estabelecida no art. 18, §4º, impede a cobrança de IPTU de


imóvel localizado no território do Município resultante do desmembramento irregular.

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4
VEDAÇÕES AOS ENTES POLÍTICOS
O art. 19 da CF/88 trata das vedações aos entes políticos.

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos


Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los,
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus
representantes relações de dependência ou aliança,
ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

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5
SUMÁRIO
UNIÃO ....................................................................................................................... 2
Conceito .......................................................................................................................... 2
Bens da União ................................................................................................................. 2
Previsão Constitucional ............................................................................................... 2
Participação no Resultado da Exploração de recursos......................................... 4
Faixa de Fronteira ........................................................................................................ 4

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1
UNIÃO

CONCEITO
Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo 1 , a União é a “pessoa jurídica de
direito público interno” que “exerce as prerrogativas da soberania do Estado brasileiro,
quando representa a República Federativa do Brasil nas relações internacionais”.

Não se pode confundir a União com a República Federativa do Brasil. Assim,


destacam-se as principais distinções:

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BENS DA UNIÃO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 20 da CF/88 apresenta o rol de bens da União.

Art. 20. São bens da União:


I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser
atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das
fortificações e construções militares, das vias federais de
comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de
seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de
limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro
ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias
fluviais;
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros
países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras,
excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios,
exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade
ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona
econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;

1 Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. Direito Constitucional Descomplicado – 20. Ed. – Método - 2021 Pág. 285

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2
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos
e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

As terras devolutas são, em regra, bens dos Estados-membros. Desse modo, somente
nas hipóteses estabelecidas no inciso II do art. 20 da CF/88 serão de propriedade da União.

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


Em regra, as ilhas costeiras são bens da União, exceto as que são sede de Municípios,
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como ocorre em Vitória, capital do Estado do Espírito Santo.
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A parte final do art. 20, II da CF/88, aponta que, mesmo sendo sede de Município, as
áreas afetadas ao serviço público e à preservação ambiental federal serão de
propriedade da União.

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3
PARTICIPAÇÃO NO RESULTADO DA EXPLORAÇÃO DE
RECURSOS
O art. 20, §1º da CF/88, garante aos entes federativos a participação na exploração
de petróleo, recursos hídricos, minerais e energéticos em seus respectivos territórios.

Art. 20, § 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados,


ao Distrito Federal e aos Municípios a participação no resultado
da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos
para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos
minerais no respectivo território, plataforma continental,
mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação
financeira por essa exploração. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 102, de 2019)

FAIXA DE FRONTEIRA
A faixa de até 150 quilômetros de largura ao longo das fronteiras terrestres terá sua
ocupação e utilização reguladas em lei, nos termos do art. 20, §2º da CF/88.

Art. 20, § 2º A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de


largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa
de Anderson Tiago Meneguelli
fronteira, é considerada fundamental Oliva
para defesa do
território
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nacional, e sua ocupação e utilização
em lei.
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4
SUMÁRIO
UNIÃO ....................................................................................................................... 2
Competência Exclusiva ................................................................................................. 2
Previsão Constitucional ............................................................................................... 2
Jurisprudência .............................................................................................................. 3
Competência Privativa .................................................................................................. 5
Previsão Constitucional ............................................................................................... 5
Competência Comum .................................................................................................. 6
Previsão Constitucional ............................................................................................... 6
Competência concorrente ........................................................................................... 7
Previsão Constitucional ............................................................................................... 7

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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1
UNIÃO

COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
As competências materiais exclusivas da União têm natureza administrativa e são
consideradas indelegáveis, estando previstas no art. 21 da CF/88.

Art. 21. Compete à União:


I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de
organizações internacionais;
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele
permaneçam temporariamente;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a
intervenção federal;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material
bélico;
VII - emitir moeda;
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as
operações
Andersonde natureza
Tiago financeira, especialmente
Meneguelli Oliva as de crédito,
câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de
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previdência privada;
IX - elaborar e031.721.292-33
executar planos nacionais e regionais de
ordenação do território e de desenvolvimento econômico e
social;
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão
ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da
lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de
um órgão regulador e outros aspectos institucionais;
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão
ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o
aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação
com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura
aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos
brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites
de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e
internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público
do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos
Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia
militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem
como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a

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2
execução de serviços públicos, por meio de fundo
próprio;
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística,
geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões
públicas e de programas de rádio e televisão;
XVII - conceder anistia;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as
calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos
hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso;
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive
habitação, saneamento básico e transportes urbanos;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional
de viação;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e
de fronteiras;
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer
natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra,
o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o
comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os
seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será
admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do
Congresso Nacional;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização
e aAnderson
utilização de Tiago Meneguelli
radioisótopos Oliva
para pesquisa e uso agrícolas e
industriais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
andersontiago158@gmail.com
118, de 2022)
031.721.292-33
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, a
comercialização e a utilização de radioisótopos para pesquisa e
uso médicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 118, de 2022)
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da
existência de culpa;
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da
atividade de garimpagem, em forma associativa.
XXVI - organizar e fiscalizar a proteção e o tratamento de dados
pessoais, nos termos da lei.

JURISPRUDÊNCIA
O STF declarou a inconstitucionalidade da lei estadual que autorizava o uso de armas
de fogo apreendidas por forças policiais, em razão da prevista contida no art. 21, VI da
CF/88.

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3
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
andersontiago158@gmail.com
São consideradas inconstitucionais as leis estaduais que disciplinam a utilização de
031.721.292-33
bloqueadores de sinal de celular em presídio, em razão da competência exclusiva da
União de legislar sobre telecomunicações.

Tendo em vista o art. 21, XVI da CF/88, foi editada a Súmula Vinculante nº 39, com o
seguinte teor:

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4
COMPETÊNCIA PRIVATIVA
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
Como visto anteriormente, as hipóteses de competência previstas no art. 22 da CF/88
são de natureza legislativa e admitem delegação (mediante lei complementar para tratar
de temas específicos).

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:


I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário,
marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
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II - desapropriação;
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III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em
tempo de guerra; 031.721.292-33
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e
radiodifusão;
V - serviço postal;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos
metais;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de
valores;
VIII - comércio exterior e interestadual;
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima,
aérea e aeroespacial;
XI - trânsito e transporte;
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV - populações indígenas;
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de
estrangeiros;
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições
para o exercício de profissões;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito
Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios,
bem como organização administrativa destes;
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia
nacionais;
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança
popular;
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico,
garantias, convocação, mobilização, inatividades e pensões

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5
das polícias militares e dos corpos de bombeiros
militares;
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e
ferroviária federais;
XXIII - seguridade social;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXV - registros públicos;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as
modalidades, para as administrações públicas diretas,
autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as
empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos
do art. 173, § 1°, III;
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima,
defesa civil e mobilização nacional;
XXIX - propaganda comercial.
XXX - proteção e tratamento de dados pessoais.

Em relação ao art. 22, I da CF/88, há um método mnemônico bastante conhecido:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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COMPETÊNCIA COMUM
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
Além da competência material exclusiva da União, há a competência comum (em
cooperação com os demais entes federativos) prevista no art. 23 da CF/88.

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições
democráticas e conservar o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e
garantia das pessoas portadoras de deficiência; (Vide ADPF
672)

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


6
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor
histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens
naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de
obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou
cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à
ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em
qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o
abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a
melhoria das condições habitacionais e de saneamento
básico; (Vide ADPF 672)
X - combater as causas da pobreza e os fatores de
marginalização, promovendo a integração social dos setores
desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos
de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus
territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a
segurança do trânsito.

Por fim, o art. 23, parágrafo


Anderson único da CF/88,
Tiago prevê a edição
Meneguelli Oliva de leis complementares
para regulamentar a colaboração entre os entes federativos no âmbito da competência
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comum.
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Art. 23, Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas
para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento
e do bem-estar em âmbito nacional.

COMPETÊNCIA CONCORRENTE
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
A competência concorrente tem natureza legislativa e prevê a edição de normas
gerais pela União e a de normas específicas pelos Estados-Membros e Distrito Federal.

As hipóteses de competência concorrente estão previstas no art. 24 da CF/88.

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal


legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e
urbanístico; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza,
defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio
ambiente e controle da poluição;

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7
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico
e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao
consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico,
turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia,
pesquisa, desenvolvimento e inovação;
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas
causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; (Vide
ADPF 672)
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de
deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.

Conforme menção anterior, o legislador constituinte fixou parâmetros para o


exercício da competência concorrente.

Assim:
Art. 24, § 1º No âmbito da legislação concorrente, a
competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
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§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais
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não exclui a competência suplementar dos Estados.
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De forma esquematizada:

Nathália Masson 1 apresenta um quadro comparativo muito didático para


exemplificar a diferença entre a competência privativa da União e a competência
concorrente:

1 Masson, Nathalia. Manual de direito constitucional – 9. Ed. Salvador: JusPODIVM, 2021 – pág. 599

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9
SUMÁRIO
ESTADOS-MEMBROS ................................................................................................ 2
Conceito .......................................................................................................................... 2
Auto-Organização .......................................................................................................... 2
Autolegislação ................................................................................................................ 3
Previsão Constitucional ............................................................................................... 3
Competência Legislativa Residual ............................................................................ 3

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1
ESTADOS-MEMBROS

CONCEITO
Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo 1 , os Estados-membros são “entes
típicos do estado Federal; são eles que dão a estrutura conceitual da forma de Estado
federado, como uma união de estados autônomos”.

São características dos Estados-membros: auto-organização, autolegislação,


autogoverno e autoadministração.

AUTO-ORGANIZAÇÃO
O art. 25, caput da CF/88 aponta a capacidade de auto-organização dos Estados-
membros.

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições


e leis que adotarem, observados os princípios desta
Constituição.

Dessa forma, é possível afirmar que os Estados-membros se auto-organizam por meio


de Constituições, expressão do poderTiago
Anderson constituinte derivadoOliva
Meneguelli decorrente.
andersontiago158@gmail.com
De forma esquematizada:
031.721.292-33

Evidentemente, as Constituições Estaduais sofrem limitações em seu poder de


organização, notadamente pelas normas de observância obrigatória.

Tais normas são classificadas em2:

1. Princípios constitucionais sensíveis – “representam a essência da organização


constitucional da federação brasileira e estabelecem limites à autonomia
organizatória dos Estados-membros”, estão previstos no art. 34, VII, da CF/88 e sua
inobservância autoriza a representação interventiva junto ao STF;

2. Princípios constitucionais extensíveis – “consagram normas organizatórias para a


União que se estendem, expressa ou implicitamente, aos Estados”, como
exemplo, o sistema eleitoral;

1 Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. Direito Constitucional Descomplicado – 20. Ed. – Método - 2021 Pág. 287
2 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 642

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
3. Princípios constitucionais estabelecidos – “limitam a atuação indiscriminada do
poder de auto-organização dos Estados-membros, devendo ser extraídos da
interpretação sistemática”.

Como dito acima, os princípios constitucionais sensíveis estão previstos no art. 34, VII
da CF/88:

Art. 34, VII - assegurar a observância dos seguintes princípios


constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime
democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e
indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de
impostos estaduais, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e
nas ações e serviços públicos de saúde.

AUTOLEGISLAÇÃO
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
A capacidade de autolegislação dos Estados-membros está prevista no art. 25, caput
andersontiago158@gmail.com
da CF/88.
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Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições
e leis que adotarem, observados os princípios desta
Constituição.

COMPETÊNCIA LEGISLATIVA RESIDUAL


Como visto anteriormente, a competência legislativa dos Estados-membros é
residual, ou seja, cabendo-lhes dispor sobre materiais não reservadas à União e aos
Municípios, conforme art. 25, §1º da CF/88.

Art. 25, § 1º São reservadas aos Estados as competências que


não lhes sejam vedadas por esta Constituição.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
Apesar disso, a Constituição de 1988 confere aos Estados-membros duas
competências expressas, previstas nos §§ 2º e 3º do art. 25.

Art. 25, § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante


concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei,
vedada a edição de medida provisória para a sua
regulamentação.

§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir


regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões,
constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para
integrar a organização, o planejamento e a execução de
funções públicas de interesse comum.

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
SUMÁRIO
ESTADOS-MEMBROS ................................................................................................ 2
Autogoverno e Autoadministração ............................................................................. 2
Poder Legislativo Estadual .......................................................................................... 2
Poder Executivo Estadual ........................................................................................... 3
Bens dos Estados ............................................................................................................. 5

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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1
ESTADOS-MEMBROS

AUTOGOVERNO E AUTOADMINISTRAÇÃO
PODER LEGISLATIVO ESTADUAL
O Poder Legislativo Estadual é unicameral, exercido pela Assembleia Legislativa, que
é composta por Deputados Estaduais.

No que tange à estrutura do Poder Legislativo Estadual, caberá à Assembleia


Legislativa dispor.

Art. 27, § 3º Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu


regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua
secretaria, e prover os respectivos cargos.

O processo legislativo estadual de iniciativa popular será disciplinado por meio de lei,
como preceitua o art. 27, §4º da CF/88.

Art. 27, § 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo


legislativo estadual.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


Em relação aos Deputados Estaduais, o mandato é de 04 anos e são asseguradas as
andersontiago158@gmail.com
mesmas garantias conferidas aos Deputados Federais, conforme art. 27, §1º da CF/88.
031.721.292-33
Art. 27, § 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados
Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre
sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração,
perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às
Forças Armadas.

No tocante à remuneração dos Deputados Estaduais, será fixada por lei de iniciativa
da Assembleia Legislativa e limitada a 75% do subsídio do Deputado Federal.

Art. 27, § 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por


lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, na razão de, no
máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem
os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


Por fim, a quantidade de Deputados Estaduais corresponderá ao triplo da
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representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de 36, será
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acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa


corresponderá ao triplo da representação do Estado na
Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis,
será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais
acima de doze.

PODER EXECUTIVO ESTADUAL


O Poder Executivo Estadual é chefiado pelo Governador de Estado e sua eleição e
seu mandato estão disciplinados no art. 28, caput da CF/88.

Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de


Estado, para mandato de 4 (quatro) anos, realizar-se-á no
primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último
domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano
anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a
posse ocorrerá em 6 de janeiro do ano subsequente, observado,
quanto ao mais, o disposto no art. 77 desta Constituição.

Em razão do princípio da simetria, a eleição do Governador de Estado será pelo


sistema majoritário e admitirá 02 turnos se necessário.

De forma esquematizada:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
O processo e o julgamento dos crimes comuns praticados pelos Governadores de
Estado é de competência do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Por outro lado, nos crimes de responsabilidade, a competência será do Tribunal


Anderson
Especial, composto por 05 Tiago
parlamentares Meneguelli
estaduais Oliva
e 05 desembargadores do Tribunal de
Justiça. andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33
De forma esquematizada:

O art. 28, §1º da CF/88, afirma que o Governador de Estado perderá o mandato se
assumir outro cargo ou função na Administração Pública, exceto se for decorrente de
concurso público.

Art. 28, § 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro


cargo ou função na administração pública direta ou indireta,
ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado
o disposto no art. 38, I, IV e V.

Por fim, o subsídio do Governador de Estado será fixado por meio de lei de iniciativa
da Assembleia Legislativa, devendo observar o teto remuneratório estabelecido pela
Constituição Federal.

Art. 28, § 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e


dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
Assembleia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI,
39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.

BENS DOS ESTADOS


O art. 26 da CF/88 aponta os bens do Estados-membros.

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:


I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e
em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as
decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu
domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou
terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
SUMÁRIO
MUNICÍPIOS .............................................................................................................. 2
Conceito .......................................................................................................................... 2
Auto-Organização .......................................................................................................... 2
AutoLegislação ............................................................................................................... 3

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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1
MUNICÍPIOS

CONCEITO
Os Municípios são entes políticos que compõem a organização político-
administrativa da República Federativa do Brasil, conforme art. 1º, caput da CF/88.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união


indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


São características dos Municípios: auto-organização, autolegislação, autogoverno
andersontiago158@gmail.com
e autoadministração.
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AUTO-ORGANIZAÇÃO
O art. 29 da CF/88 aponta a capacidade de auto-organização dos Municípios.

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois


turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois
terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na
Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

Assim, os Municípios são regidos por Lei Orgânica com o procedimento estabelecido
no próprio texto constitucional.

De forma esquematizada:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
AUTOLEGISLAÇÃO
O art. 30 da CF/88 estabelece a competência dos Municípios.

Art. 30. Compete aos Municípios:


I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que
couber;
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem
como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de
prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação
estadual;
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão
ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o
de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e
do Estado, programas de educação infantil e de ensino
fundamental;
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e
do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento
territorial, mediante planejamento e controle do uso, do
parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local,
Anderson
observada Tiago Meneguelli
a legislação Oliva
e a ação fiscalizadora federal e
estadual.
andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33
Como visto anteriormente, a competência legislativa municipal está relacionada aos
assuntos de interesse local.

Dentre as principais atribuições municipais, destacam-se:

O texto constitucional assegura a iniciativa popular de projetos de lei de interesse


específico do Município, mediante manifestação de, pelo menos, 5% do eleitorado.

Nesse sentido:

Art. 29, XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse


específico do Município, da cidade ou de bairros, através de
manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
Além da função legislativa, cabe às Câmaras Municipais a fiscalização do Município,
conforme preceitua o art. 31 da CF/88.

Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder


Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos
sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na
forma da lei.

§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com


o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou
dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde
houver.

§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as


contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de
prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara
Municipal.

§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias,


anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para
exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a
legitimidade, nos termos da lei.

É importante registrar a vedação


Anderson à criação
Tiago de Tribunais
Meneguelli Oliva de Contas Municipais,
conforme art. 31, §4º da CF/88.
andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33
Art. 31, § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou
órgãos de Contas Municipais.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
SUMÁRIO
MUNICÍPIOS .............................................................................................................. 2
Conceito ......................................................................................................................... 2
Auto-Organização ......................................................................................................... 2
Auto Legislação ............................................................................................................. 3
AutoGoverno .................................................................................................................. 5
Poder Executivo Municipal ........................................................................................ 5
Poder Legislativo Municipal ....................................................................................... 8

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


1
MUNICÍPIOS

CONCEITO
Os Municípios são entes políticos que compõem a organização político-
administrativa da República Federativa do Brasil, conforme art. 1º, caput da CF/88.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união


indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


São características dos Municípios: auto-organização, autolegislação, autogoverno
andersontiago158@gmail.com
e autoadministração.
031.721.292-33

AUTO-ORGANIZAÇÃO
O art. 29 da CF/88 aponta a capacidade de auto-organização dos Municípios.

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois


turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois
terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na
Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

Assim, os Municípios são regidos por Lei Orgânica com o procedimento estabelecido
no próprio texto constitucional.

De forma esquematizada:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
AUTOLEGISLAÇÃO
O art. 30 da CF/88 estabelece a competência dos Municípios.

Art. 30. Compete aos Municípios:


I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que
couber;
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem
como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de
prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação
estadual;
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão
ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o
de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e
do Estado, programas de educação infantil e de ensino
fundamental;
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e
do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento
territorial, mediante planejamento e controle do uso, do
parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local,
Anderson
observada Tiago Meneguelli
a legislação Oliva
e a ação fiscalizadora federal e
estadual.
andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33
Como visto anteriormente, a competência legislativa municipal está relacionada aos
assuntos de interesse local.

Dentre as principais atribuições municipais, destacam-se:

O texto constitucional assegura a iniciativa popular de projetos de lei de interesse


específico do Município, mediante manifestação de, pelo menos, 5% do eleitorado.

Nesse sentido:

Art. 29, XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse


específico do Município, da cidade ou de bairros, através de
manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
Além da função legislativa, cabe às Câmaras Municipais a fiscalização do Município,
conforme preceitua o art. 31 da CF/88.

Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder


Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos
sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na
forma da lei.

§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com


o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou
dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde
houver.

§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as


contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de
prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara
Municipal.

§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias,


anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para
exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a
legitimidade, nos termos da lei.

É importante registrar a vedação


Anderson à criação
Tiago de Tribunais
Meneguelli Oliva de Contas Municipais,
conforme art. 31, §4º da CF/88.
andersontiago158@gmail.com
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Art. 31, § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou
órgãos de Contas Municipais.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
De forma esquematizada:

AUTOGOVERNO
PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
A chefia do Poder Executivo Municipal será exercida pelo Prefeito, que terá mandato
de 04 anos, sendo eleito pelo sistema majoritário.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


Art. 29, I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores,
para andersontiago158@gmail.com
mandato de quatro anos, mediante pleito direto e
simultâneo realizado em todo o País;
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II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro
domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato
dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso
de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do
ano subsequente ao da eleição;

De forma esquematizada:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
O subsídio do Prefeito será fixado por meio de lei de iniciativa da Câmara Municipal,
com observância do teto remuneratório estabelecido pelo texto constitucional.

Art. 29, V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários


Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal,
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e
153, § 2º, I;

Por outro lado, em relação à responsabilidade criminal, o Prefeito será processado e


julgado pela prática de crimes comuns pelo Tribunal de Justiça, conforme art. 29, X da
CF/88.

Art. 29, X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça;

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
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A resposta é NÃO.

A existência de previsão constitucional específica (art. 29, X) afasta a competência


do Tribunal do Júri.

O Prefeito deverá ser processado e julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado em


que se encontra o Município de seu mandato.

Por exemplo, se o Prefeito de São Paulo/SP praticar um crime no Estado do Espírito


Santo, deverá ser processado pelo TJ-SP.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


6
Em prestígio ao princípio da simetria, deverá ser processado e julgado pelo Tribunal
de 2º grau respectivo. Dessa forma, pelo Tribunal Regional Federal (ou Tribunal Regional
Eleitoral).

Nesse sentido:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Por fim, nos crimes de responsabilidade, o Prefeito deverá ser julgado pela Câmara
de Vereadores.

Art. 29-A, § 2o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito


Municipal:
I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste
artigo;
II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou
III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei
Orçamentária.

De forma esquematizada:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


7
PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL
O Poder Legislativo Municipal é unicameral e composto pela Câmara de Vereadores.

O art. 29, IV da CF/88, apresenta a regra sobre o limite máximo de vereadores que
toma como fundamento a quantidade de habitantes do Município.

Em relação ao subsídio dos Vereadores, será fixado pelas respectivas Câmaras


Municipais e serão implementadas apenas na legislatura subsequente.

Art. 29, VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas


respectivas
AndersonCâmarasTiagoMunicipais em cada
Meneguelli legislatura para a
Oliva
subsequente, observado o que dispõe esta Constituição,
andersontiago158@gmail.com
observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica
031.721.292-33
e os seguintes limites máximos:

De forma esquematizada:

Evidentemente, a possibilidade de fixar o próprio subsídio abre margem para o abuso,


razão pela qual o texto constitucional cria limites específicos.

Assim, o art. 29, VI da CF/88, limita o subsídio do Vereador a um percentual do subsídio


do Deputado Estadual, tomando como parâmetro o número de habitantes do Município.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


8
Ademais, o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá
ultrapassar a 5% da receita do Município, conforme art. 29, VII da CF/88.

Art. 29, VII - o total da despesa com a remuneração dos


Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por
cento da receita do Município;

Anderson
A restrição aos gastos Tiago
com pessoal Meneguelli
se estende à todaOliva
Câmara Municipal, conforme
art. 29-A, §1º da CF/88. andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33
Art. 29-A, § 1o
A Câmara Municipal não gastará mais de setenta
por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o
gasto com o subsídio de seus Vereadores.

De forma esquematizada:

Por outro lado, em relação à imunidade parlamentar municipal, o art. 29, VIII da
CF/88, confere a inviolabilidade material por opiniões e votos no exercício do mandato,
mas limita a circunscrição do Município.

Art. 29, VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões,


palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do
Município;

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


9
De forma esquematizada:

O STF já se manifestou sobre os limites da imunidade parlamentar dos Vereadores.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
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A resposta é SIM.

Nesse sentido:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


10
Por fim, serão impostas aos Vereadores as mesmas proibições e incompatibilidades
previstas aos parlamentares federais e estaduais, nos termos do art. 29, IX da CF/88.

Art. 29, IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da


vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta
Constituição para os membros do Congresso Nacional e na
Constituição do respectivo Estado para os membros da
Assembleia Legislativa;

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


11
SUMÁRIO
DISTRITO FEDERAL .................................................................................................... 2
Previsão Constitucional ................................................................................................. 2
Auto-Organização ......................................................................................................... 2
Autolegislação ............................................................................................................... 3
Autogoverno .................................................................................................................. 3
TERRITÓRIOS.............................................................................................................. 4
Previsão Constitucional ................................................................................................. 4
Organização .................................................................................................................. 4

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


1
DISTRITO FEDERAL

PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 32, caput da CF/88, disciplina o Distrito Federal como ente federativo.

Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios,


reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara
Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios
estabelecidos nesta Constituição.

A corrente majoritária entende que o Distrito Federal possui natureza híbrida, sendo
detentor de características comuns de Estados-membros e Municípios.

Nesse sentido:
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
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Art. 32, § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências
legislativas reservadas aos Estados e Municípios.

AUTO-ORGANIZAÇÃO
Segundo o texto constitucional, o Distrito Federal é regido pela Lei Orgânica, sendo
votada em dois turnos com intervalo mínimo de 10 dias e aprovada por 2/3 da Câmara
Legislativa.

De forma esquematizada:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
AUTOLEGISLAÇÃO
Como visto anteriormente, o Distrito Federal detém as competências legislativas dos
Estados-membros e Municípios.

Art. 32, § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências


legislativas reservadas aos Estados e Municípios.

AUTOGOVERNO
O art. 32, §2º da CF/88, trata das eleições do Governador e dos Deputados Distritais,
que receberam tratamento semelhante aos detentores de mandato eletivo estaduais.

Nesse sentido:

Art. 32, § 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador,


observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais
coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais,
para mandato de igual duração.

§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o


disposto no art. 27.
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
Por fim, a lei federalandersontiago158@gmail.com
disporá sobre a utilização das formas de segurança pública
distrital pelo Governador. 031.721.292-33

Art. 32, § 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo


do Distrito Federal, da polícia civil, da polícia penal, da polícia
militar e do corpo de bombeiros militar.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
TERRITÓRIOS

PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 18, §2º da CF/88, dispõe sobre os territórios federais:

Art. 18, § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua


criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado
de origem serão reguladas em lei complementar.

ORGANIZAÇÃO
Os Territórios Federais elegerão 04 deputados e o governador será nomeado pelo
Presidente da República.

Art. 45, § 2º Cada Território elegerá quatro Deputados.

Art. 84, XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os


Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores,
os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da
República, o presidente e os diretores do banco central e outros
servidores,
Andersonquando determinado
Tiago em lei; Oliva
Meneguelli
andersontiago158@gmail.com
Além disso:
031.721.292-33
Art. 33, § 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil
habitantes, além do Governador nomeado na forma desta
Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda
instância, membros do Ministério Público e defensores públicos
federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial
e sua competência deliberativa.

Por outro lado, os Territórios poderão ser divididos em Municípios:

Art. 33, § 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios,


aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV
deste Título.

Por fim, as contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional.

Art. 33, § 2º As contas do Governo do Território serão submetidas


ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de
Contas da União.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
SUMÁRIO
PODER LEGISLATIVO ................................................................................................ 2
Princípio da Separação dos Poderes .......................................................................... 2
Introdução ................................................................................................................... 2
Constituição de 1988.................................................................................................. 2
Funções do Poder Legislativo ....................................................................................... 3

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
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1
PODER LEGISLATIVO

PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES


INTRODUÇÃO
A ideia de classificação das funções estatais surgiu na Idade Antiga com Aristóteles,
mas se desenvolveu no período moderno com os estudos de Montesquieu, em sua obra
intitulada “Do Espírito das Leis”.

Para o pensador francês, cada um dos Poderes deveria ser rigorosamente separado,
sem qualquer interferência dos outros.

Contudo, atualmente, vigora a ideia de uma separação flexível, “de sorte que todos
os poderes não exercem exclusivamente as funções que lhes seriam típicas, mas também
desempenham funções denominadas atípicas, isto é, assemelhadas às funções típicas de
outros poderes”1.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33
Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo2, é um “mecanismo que visa a garantir
o equilíbrio e a harmonia entre os poderes, por meio do estabelecimento de controles
recíprocos, isto é, mediante a previsão de interferências legítimas de um poder sobre outro,
nos limites admitidos na Constituição”.

Como exemplo, a existência do veto presidencial aos projetos de lei encaminhados


pelo Congresso Nacional e a possibilidade de declaração de inconstitucionalidade de lei
pelo Poder Judiciário.

CONSTITUIÇÃO DE 1988
O princípio da separação dos poderes encontra-se no art. 2º da Constituição Federal:

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre


si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Tal princípio é tão importante que está previsto como cláusula pétrea, conforme art.
60, §4º, III da CF/88.

1 Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. Direito Constitucional Descomplicado – 20. Ed. – Método - 2021 Pág. 433
2 Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. Direito Constitucional Descomplicado – 20. Ed. – Método - 2021 Pág. 433

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda
tendente a abolir:
(...)
III - a separação dos Poderes;

FUNÇÕES DO PODER LEGISLATIVO


O Poder Legislativo tem como funções típicas legislar e fiscalizar, neste último, com o
auxílio do Tribunal de Contas.

De forma esquematizada:

Anderson
Por outro lado, destacam-se Tiagoatípicas:
como funções Meneguelli Oliva
andersontiago158@gmail.com
1. Função administrativa – organização e provimento de seus cargos e serviços;
031.721.292-33
2. Função jurisdicional – julgar o Presidente da República (Senado Federal) pelos
crimes de responsabilidade;

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
SUMÁRIO
PODER LEGISLATIVO ................................................................................................ 2
Estrutura ........................................................................................................................... 2
Congresso Nacional ...................................................................................................... 3
Atribuições ................................................................................................................... 3
Convocações e Pedidos de informação ................................................................ 5

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


1
PODER LEGISLATIVO

ESTRUTURA
O Poder Legislativo federal é exercido pelo Congresso Nacional que adotou o
modelo bicameral.

Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional,


que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal.

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
A Câmara dos Deputados é formada por representantes do povo, ao passo que o
Senado Federal é composto por representante dos Estados e do Distrito Federal.
031.721.292-33

Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes


do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em
cada Território e no Distrito Federal.

Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos


Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio
majoritário.

De forma esquematizada:

Apesar do bicameralismo, há hipóteses em que as Casas Legislativas Federais irão se


reunir em sessão conjunta, como previsto no art. 57, §3º da CF/88:

Art. 57, § 3º Além de outros casos previstos nesta Constituição, a


Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em
sessão conjunta para:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
I - inaugurar a sessão legislativa;
II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços
comuns às duas Casas;
III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente
da República;
IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar.

CONGRESSO NACIONAL
ATRIBUIÇÕES
As atribuições do Congresso Nacional são vastas e exigem a leitura constante de seus
artigos.
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
andersontiago158@gmail.com
Contudo, para facilitar a compreensão do tema, é possível classificar mencionadas
atribuições da seguinte forma: 031.721.292-33
1) Art. 48 da CF/88 – Dispor por meio de lei, ou seja, com sanção do Presidente da
República.

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do


Presidente da República, não exigida esta para o especificado
nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de
competência da União, especialmente sobre:
I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual,
operações de crédito, dívida pública e emissões de curso
forçado;
III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;
IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de
desenvolvimento;
V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens
do domínio da União;
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de
Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembleias
Legislativas;
VII - transferência temporária da sede do Governo Federal;
VIII - concessão de anistia;
IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e
da Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização
judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal;

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
X – criação, transformação e extinção de cargos, empregos e
funções públicas, observado o que estabelece o art. 84,
VI, b;
XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração
pública;
XII - telecomunicações e radiodifusão;
XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições
financeiras e suas operações;
XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida
mobiliária federal.
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III;
e 153, § 2º, I.

2) Art. 49 da CF/88 – Dispor por meio de decreto legislativo, de competência


exclusiva do Congresso Nacional.

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:


I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos
internacionais que acarretem encargos ou compromissos
gravosos ao patrimônio nacional;
II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a
celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo
território nacional ou nele permaneçam temporariamente,
ressalvados
Anderson os casos
Tiagoprevistos em lei complementar;
Meneguelli Oliva
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se
andersontiago158@gmail.com
ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias;
IV - aprovar o 031.721.292-33
estado de defesa e a intervenção federal,
autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas
medidas;
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem
do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
VI - mudar temporariamente sua sede;
VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os
Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150,
II, 153, III, e 153, § 2º, I;
VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da
República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem
os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da
República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos
de governo;
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas
Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração
indireta;
XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em
face da atribuição normativa dos outros Poderes;
XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão
de emissoras de rádio e televisão;
XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da
União;
XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a
atividades nucleares;
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o
aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de
riquezas minerais;
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras
públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares.
XVIII - decretar o estado de calamidade pública de âmbito
nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-
G desta Constituição.

De forma esquematizada:

CONVOCAÇÕES E PEDIDOS DE INFORMAÇÃO


Anderson Tiago Meneguelli Oliva
Tendo em vista a função típica de fiscalização do Poder Legislativo, o Congresso
Nacional (Senado Federal, andersontiago158@gmail.com
Câmara dos Deputados e suas comissões) pode convocar
Ministros de Estado para prestar informações.
031.721.292-33

Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou


qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de
Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente
subordinados à Presidência da República para prestarem,
pessoalmente, informações sobre assunto previamente
determinado, importando crime de responsabilidade a
ausência sem justificação adequada.

§ 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado


Federal, à Câmara dos Deputados, ou a qualquer de suas
Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a
Mesa respectiva, para expor assunto de relevância de seu
Ministério.

§ 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal


poderão encaminhar pedidos escritos de informações a
Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput
deste artigo, importando em crime de responsabilidade a
recusa, ou o não - atendimento, no prazo de trinta dias, bem
como a prestação de informações falsas.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
SUMÁRIO
PODER LEGISLATIVO ................................................................................................ 2
Câmara dos Deputados ............................................................................................... 2
Composição................................................................................................................ 2
Atribuições ................................................................................................................... 2
Senado Federal .............................................................................................................. 3
Composição................................................................................................................ 3
Atribuições ................................................................................................................... 4

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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1
PODER LEGISLATIVO

CÂMARA DOS DEPUTADOS


COMPOSIÇÃO
Como visto anteriormente, a Câmara dos Deputados é composta por representantes
do povo, eleitos segundo o sistema proporcional.

Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes


do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em
cada Território e no Distrito Federal.

A quantidade de deputados federais será proporcional à população dos Estados,


Distrito Federal e Territórios Federais, com limite entre 08 e 70 parlamentares.

Art. 45, § 1º O número total de Deputados, bem como a


representação por Estado e pelo Distrito Federal, será
estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à
população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano
anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da
Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
andersontiago158@gmail.com
De forma esquematizada:
031.721.292-33

ATRIBUIÇÕES
A competência da Câmara dos Deputados está prevista no art. 51 da CF/88.

Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de
processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República
e os Ministros de Estado;
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República,
quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;
III - elaborar seu regimento interno;
IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia,
criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e
funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da
respectiva remuneração, observados os parâmetros
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do
art. 89, VII.

O tema mais exigido em concursos


Anderson Tiago públicos acerca Oliva
Meneguelli da competência da Câmara
dos Deputados é a autorização da casa parlamentar
andersontiago158@gmail.com para instauração de processo contra
o Presidente de República, conforme art. 51, I da CF/88.
031.721.292-33
De forma esquematizada:

SENADO FEDERAL
COMPOSIÇÃO

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
Como visto anteriormente, o Senado Federal é composto por representantes dos
Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o sistema majoritário.

Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos


Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio
majoritário.

Cada Estado e o Distrito Federal elegem 03 Senadores para um mandato de 08 anos.


Vale registrar que o Senador é eleito com 02 suplentes.

Art. 46, § 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três


Senadores, com mandato de oito anos.

§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será


renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um
e dois terços.

§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

ATRIBUIÇÕES
A competência do Senado Federal está prevista no art. 52 da CF/88.

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:


I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da
República nos crimes de responsabilidade, bem como os
Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e
da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com
aqueles;
II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os
membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho
Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República
e o Advogado-Geral da União nos crimes de
responsabilidade;
III - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição
pública, a escolha de:
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo
Presidente da República;
c) Governador de Território;
d) Presidente e diretores do banco central;
e) Procurador-Geral da República;
f) titulares de outros cargos que a lei determinar;
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em
sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de
caráter permanente;
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de
interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios
e dos Municípios;
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais
para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios;
VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações
de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades
controladas pelo Poder Público federal;
VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de
garantia da União em operações de crédito externo e interno;
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da
dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada
inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
Federal;
XI - andersontiago158@gmail.com
aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a
exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes
031.721.292-33
do término de seu mandato;
XII - elaborar seu regimento interno;
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia,
criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e
funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da
respectiva remuneração, observados os parâmetros
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do
art. 89, VII.
XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema
Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o
desempenho das administrações tributárias da União, dos
Estados e do Distrito Federal e dos Municípios.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
SUMÁRIO
PODER LEGISLATIVO ................................................................................................ 2
Imunidades ...................................................................................................................... 2
Introdução .................................................................................................................... 2
Espécies ........................................................................................................................ 2
Imunidade Material ........................................................................................................ 3
Introdução .................................................................................................................... 3
Imunidade Material dos Vereadores ........................................................................ 6

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


1
PODER LEGISLATIVO

IMUNIDADES
INTRODUÇÃO
Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo1, as imunidades são “prerrogativas,
frente ao Direito comum, outorgadas constitucionalmente aos membros do Congresso
Nacional, para que eles possam exercer suas funções constitucionais com independência
e liberdade de manifestação por meio de palavras, discussão, debate e votos”.

ESPÉCIES
A doutrina, tradicionalmente, classifica as imunidades parlamentares em: material
(inviolabilidade material) e formal (processual).

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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1 Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. Direito Constitucional Descomplicado – 20. Ed. – Método - 2021 Pág. 470

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
IMUNIDADE MATERIAL
INTRODUÇÃO
Segundo Marcelo Novelino2, a imunidade material exclui a responsabilidade civil e
penal dos congressistas por opiniões, palavras e votos.

Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e


penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.

Nesse sentido, o STF já se manifestou:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

De forma esquematizada:

2 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 470

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
Contudo, se as manifestações feitas no Parlamento são divulgadas pelo próprio
parlamentar na internet, haverá responsabilização criminal.

Nesse sentido:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
Outra jurisprudência relevante 031.721.292-33
sobre o tema:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
Recentemente, o STF entendeu que as manifestações injuriosas proferidas por
Senador não são protegidas pela imunidade parlamentar.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

A resposta é NÃO.

A imunidade parlamentar não alcança o suplente que não exerce a atividade de


Congressista, da mesma forma que também não alcança o corpo de servidores auxiliares
da atividade parlamentar.

De forma esquematizada:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
IMUNIDADE MATERIAL DOS VEREADORES
Os vereadores só possuem a imunidade material, conforme art. 29, VIII da CF/88.

Art. 29, VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões,


palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do
Município;

Segundo a jurisprudência do STF, a imunidade material dos vereadores exige que


haja pertinência com o exercício do mandato.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

De forma esquematizada:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


6
SUMÁRIO
PODER LEGISLATIVO ................................................................................................ 2
Imunidade Formal ........................................................................................................... 2
Introdução .................................................................................................................... 2
Prisão Cautelar ............................................................................................................. 2

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


1
PODER LEGISLATIVO

IMUNIDADE FORMAL
INTRODUÇÃO
Segundo Marcelo Novelino 1 , a imunidade formal, também conhecida como
incoercibilidade pessoal relativa, “não exclui o crime, mas protege o parlamentar em
relação à prisão e ao processo penal”.

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

PRISÃO CAUTELAR
Nos termos do art. 53, §2º da CF/88, após a diplomação, os congressistas não
poderão ser presos cautelarmente, salvo em flagrante de crime inafiançável.

Art. 53, § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do


Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante
de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos
dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo
voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.

Vale registrar que a vedação prevista no art. 53, §2º da CF/88, restringe-se apenas à
prisão cautelar, razão pela qual não há proibição à prisão decorrente de sentença
transitada em julgado.

Nesse sentido2:

1Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 693
2CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Parlamentares não têm imunidade formal quanto à prisão em caso de condenação
definitiva. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/47d1e990583c9c67424d369f3414728e>. Acesso em:
24/10/2022

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
É importante destacar que caberá à respectiva Casa deliberar acerca da prisão
prevista no art. 53, §2º da CF/88.

Tal prerrogativa é exercida, inclusive, quando o Poder Judiciário impõe medida


cautelar diversa da prisão3.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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Por fim, a mesma prerrogativa é conferida às Assembleias Legislativas no âmbito


estadual.

3 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Judiciário pode impor aos parlamentares as medidas cautelares do art. 319 do CPP,

no entanto, a respectiva Casa legislativa pode rejeitá-las (caso Aécio Neves). Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível
em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/91e82999cf7e45da1070ebd673690716>. Acesso
em: 24/10/2022

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

O tema é polêmico.

A corrente majoritária entende que a imunidade formal referente à prisão cautelar


alcança a prisão civil de devedor de prestação alimentícia.

É a posição adotada pelo CESPE/CEBRASPE na prova do TJ-SE/2014 para o cargo de


técnico judiciário.

Contudo, há doutrinadores que adotam posição em sentido contrário, afirmando ser


possível a prisão civil do parlamentar que é devedor de alimentos.

Tal posição foi adotada pela banca examinadora QUADRIX/2018 na prova do CRM-
DF para o cargo de assistente administrativo.

Há, inclusive, decisão do STJ nesse mesmo sentido:

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4
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
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031.721.292-33

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5
SUMÁRIO
PODER LEGISLATIVO ................................................................................................ 2
Sustação da Ação Penal ........................................................................................... 2
Prerrogativa de Foro ................................................................................................... 3

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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1
PODER LEGISLATIVO

SUSTAÇÃO DA AÇÃO PENAL


Nos termos do art. 53, §3º da CF/88, é cabível a sustação da ação penal pela
respectiva Casa até o fim do mandato do parlamentar réu.

Art. 53, § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou


Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo
Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da
maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o
andamento da ação.

De forma esquematizada:

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É interessante observar que a imunidade processual foi bastante mitigada pela EC nº


35/2001, pois até a sua entrada em vigor, os Deputados e Senadores só poderiam ser
processados criminalmente após a deliberação prévia da respectiva Casa.

O art. 53, §3º da CF/88, não estabelece limite temporal para que o partido político se
manifeste no sentido de sustar o andamento da ação penal, ou seja, do recebimento da
denúncia até o julgamento, é cabível a sustação.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
Contudo, uma vez o partido político se insurgindo, o pedido de sustação será
apreciado no prazo improrrogável de 45 dias do recebimento pela Mesa Diretora,
conforme art. 53, §4º da CF/88.

Art. 53, § 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa


respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do
seu recebimento pela Mesa Diretora.

Por fim, a sustação do processo penal suspende a prescrição enquanto durar o


mandato.

Art. 53, § 5º A sustação do processo suspende a prescrição,


enquanto durar o mandato.

PRERROGATIVA DE FORO
Nos termos do art. 53, §1º da CF/88, os Deputados Federais e Senadores, desde a
expedição do diploma, são processados e julgados perante o STF.

Art. 53, § 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do


diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo
Tribunal Federal.
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
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Nesse sentido, é o art. 102, I, “b” da CF/88:
031.721.292-33
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente,
a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
(...)
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o
Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus
próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;

De forma esquematizada:

A jurisprudência do STF sempre oscilou a respeito da competência para o julgamento


do parlamentar que deixa o cargo antes do fim da ação penal.

O entendimento mais recente possui a seguinte afirmação:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
De forma esquematizada1:
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Vale registrar que o entendimento mencionado se aplica às demais hipóteses de foro


privilegiado:

1 https://www.dizerodireito.com.br/2020/06/se-o-individuo-com-foro-por.html

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
Se o parlamentar perde o mandato, a ação penal deve ser encaminhada ao juízo
de 1ª instância, mas se o réu for intimado para apresentar alegações finais, os autos não
serão remetidos.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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De forma esquematizada:

Por fim, em caso de reeleição, não haverá deslocamento de competência, inclusive


nos denominados “mandatos cruzados”, por exemplo, quando um Senador é eleito para
ocupar o cargo de Deputado Federal.

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5
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
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6
SUMÁRIO
PODER LEGISLATIVO ................................................................................................ 2
Deputados e Senadores ............................................................................................... 2
Garantias ..................................................................................................................... 2
Estado de Sítio ............................................................................................................. 2
Incompatibilidades ..................................................................................................... 3
Perda do Mandato..................................................................................................... 3

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1
PODER LEGISLATIVO

DEPUTADOS E SENADORES
GARANTIAS
O art. 53, §6º, da CF/88, autoriza que os parlamentares federais não prestem
depoimento como testemunhas sobre informações recebidas no exercício do mandato.

Art. 53, § 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a


testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em
razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes
confiaram ou deles receberam informações.

Por outro lado, a incorporação às Forças Armadas dependerá de prévia licença da


Casa respectiva, conforme art. 53, §7º, da CF/88.

Art. 53, § 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e


Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra,
dependerá de prévia licença da Casa respectiva.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


ESTADO DE SÍTIO
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Segundo o art. 53, §8º, da CF/88, as imunidades parlamentares subsistem durante o
031.721.292-33
estado de sítio.

Art. 53, § 8º As imunidades de Deputados ou Senadores


subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas
mediante o voto de dois terços dos membros da Casa
respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do
Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução
da medida.

De forma esquematizada:

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2
INCOMPATIBILIDADES
As incompatibilidades dos Senadores e Deputados encontram-se no art. 54 da
Constituição Federal.

Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:


I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito
público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia
mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado,
inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades
constantes da alínea anterior;

II - desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que
goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de
direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad
nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a";
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das
entidades a que se refere o inciso I, "a";
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo1, as incompatibilidades visam “evitar
andersontiago158@gmail.com
situações em que poderia ser posta em risco a moralidade administrativa, pela
031.721.292-33
possibilidade que tem o parlamentar de exercer pressões para obter contratos com a
Administração Pública, ou para obter benefícios fiscais para empresas de que fosse sócio,
etc.”

PERDA DO MANDATO
O art. 55, caput, da Constituição Federal aponta as hipóteses em que haverá perda
do mandato do parlamentar.

Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:


I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo
anterior;
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro
parlamentar;
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à
terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer,
salvo licença ou missão por esta autorizada;
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos
nesta Constituição;
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em
julgado.

Conforme se verifica no inciso II do art. 55 da CF/88, a quebra do decoro parlamentar


pode ocasionar a perda do mandato.

1 Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. Direito Constitucional Descomplicado – 20. Ed. – Método - 2021 Pág. 489

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3
Assim, é considerado quebra do decoro parlamentar:

Art. 55, § 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além


dos casos definidos no regimento interno, o abuso das
prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou
a percepção de vantagens indevidas.

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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Vale registrar que algumas hipóteses de perda de mandato não são automáticas,
031.721.292-33
como ocorre nos incisos I, II e VI, do art. 55, da CF/88.

Art. 55, § 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato


será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado
Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da
respectiva Mesa ou de partido político representado no
Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

Assim:

O procedimento para a perda do cargo deverá observar o seguinte rito:

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4
Em relação à condenação criminal com trânsito em julgado, apesar da previsão
constitucional, é interesse destacar a divergência na jurisprudência do STF, como leciona
Márcio André Lopes Cavalcante2.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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2CAVALCANTE, Márcio André Lopes. A condenação criminal transitada em julgado é suficiente, por si só, para acarretar a
perda automática do mandato eletivo de Deputado Federal ou de Senador?. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível
em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/9715d04413f296eaf3c30c47cec3daa6>. Acesso
em: 06/11/2022

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
Por outro lado, a perda do mandato é automática nas situações expostas nos incisos
III a V, do art. 55, da CF/88.

Art. Anderson Tiagoprevistos


55, § 3º - Nos casos Meneguelli Oliva
nos incisos III a V, a perda será
declarada
andersontiago158@gmail.com de ofício ou
pela Mesa da Casa respectiva,
mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de
partido político 031.721.292-33
representado no Congresso Nacional,
assegurada ampla defesa.

O art. 55, §4º, da CF/88, aponta que a renúncia do parlamentar não prejudicará o
processo de perda de mandato.

Art. 55, § 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo


que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste
artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de
que tratam os §§ 2º e 3º.

Por fim, vale registrar que o Poder Judiciário deve se pautar pela deferência às
decisões do Poder Legislativo nos processos de cassação de mandato parlamentar,
fenômeno denominado de autocontenção do Poder Judiciário.

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6
Nesse sentido:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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7
SUMÁRIO
PODER LEGISLATIVO ................................................................................................ 2
Deputados e Senadores ............................................................................................... 2
Manutenção do Mandato ........................................................................................ 2

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1
PODER LEGISLATIVO

DEPUTADOS E SENADORES
MANUTENÇÃO DO MANDATO
O art. 56, caput, da Constituição Federal, apresenta as hipóteses em que o
parlamentar não irá perder o mandato, mesmo sem exercer o cargo.

Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:


I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de
Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território,
de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática
temporária;
II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou
para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde
que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte
dias por sessão legislativa.

Nessas hipóteses:

Art. 55, § 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de


investidura
Anderson em funções
Tiagoprevistas neste artigo
Meneguelli Olivaou de licença
superior a cento e vinte dias.
andersontiago158@gmail.com
§ 2º Ocorrendo 031.721.292-33
vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição
para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o
término do mandato.

§ 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá


optar pela remuneração do mandato.

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2
SUMÁRIO
PODER LEGISLATIVO ................................................................................................ 2
Das Reuniões .................................................................................................................. 2
Previsão Constitucional .............................................................................................. 2

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1
PODER LEGISLATIVO

DAS REUNIÕES
PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O Congresso Nacional se reúne, na Capital Federal, no período de 2 de fevereiro a
17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro, que corresponde a uma sessão legislativa.

Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na


Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto
a 22 de dezembro.

§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas


para o primeiro dia útil subsequente, quando recaírem em
sábados, domingos ou feriados.

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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Entre cada período legislativo tem-se o recesso parlamentar.

Art. 57, § 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a


aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo1, a legislatura tem duração de 04 anos


(art. 44, parágrafo único, da CF/88), compreendendo quatro sessões legislativas ordinárias.

1
Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. Direito Constitucional Descomplicado – 20. Ed. – Método - 2021 Pág. 457

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
Art. 44, Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de
quatro anos.

De forma esquematizada:

MESA DO CONGRESSO NACIONAL


O art. 57, §5º, da CF/88, dispõe sobre a formação da Mesa do Congresso Nacional
nos seguintes termos:

Art. 57, § 5º A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo


Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão
exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos
equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

CONVOCAÇÃO EXTRAORDINÁRIA
O art. 57, §6º, da CF/88, aponta as hipóteses em que será convocada sessão
Anderson
extraordinária do Congresso NacionalTiago Meneguelli
no período Oliva
de recesso parlamentar.
andersontiago158@gmail.com
Art. 57, § 6º A convocação extraordinária
031.721.292-33 do Congresso
Nacional far-se-á:
I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação
de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de
autorização para a decretação de estado de sítio e para o
compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da
República;
II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da
maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência
ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste
inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das
Casas do Congresso Nacional.

A convocação extraordinária não autoriza o pagamento de parcela indenizatória,


nos termos do art. 57, §7º, da CF/88.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
Art. 57, § 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso
Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi
convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado
o pagamento de parcela indenizatória, em razão da
convocação.

Por fim, com exceção de medidas provisórias em vigência, não será deliberada
matéria diversa daquela que ensejou a convocação extraordinária.

Art. 57, § 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de


convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão elas
automaticamente incluídas na pauta da convocação.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
SUMÁRIO
PODER LEGISLATIVO ................................................................................................ 2
Das Comissões ................................................................................................................. 2
Introdução .................................................................................................................... 2
Espécies ........................................................................................................................ 2
Atribuições .................................................................................................................... 3
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ................................................................... 3
Introdução .................................................................................................................... 3
Criação ......................................................................................................................... 4
Poderes ......................................................................... Erro! Indicador não definido.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


1
PODER LEGISLATIVO
DAS COMISSÕES
INTRODUÇÃO
Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo1, a criação de comissões das Casas
Legislativas tem por finalidade “facilitar o trabalho do Plenário das Casas, pois caberá às
comissões estudar e examinar as diversas proposições legislativas e apresentar pareceres
que orientarão as discussões e deliberações plenárias”.

ESPÉCIES
Segundo MarceloAnderson
Novelino 2 ,Tiago
as comissões parlamentares
Meneguelli Oliva admitem diversas
classificações, destacando-se:
andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33
1. Comissões Permanentes – não possuem prazo de duração determinado,
permanecendo existentes mesmo após o término da legislatura, por exemplo, a
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ);

2. Comissões Temporárias – devem ser extintas com a conclusão de seus trabalhos,


ao término do prazo estabelecido para a sua duração ou da sessão legislativa,
por exemplo, a comissão parlamentar de inquérito (CPI);

3. Comissões Exclusivas – são compostas apenas por membros da Câmara ou do


Senado;

4. Comissões Mistas – são formadas por Deputados e Senadores para tratar assuntos
a serem decididos pelo Congresso Nacional;

O texto constitucional trata sobre as comissões parlamentares em seu art. 58, nos
seguintes termos:

Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões


permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as
atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que
resultar sua criação.

1 Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. Direito Constitucional Descomplicado – 20. Ed. – Método - 2021 Pág. 442
2 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 680

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
§ 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é
assegurada, tanto quanto possível, a representação
proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que
participam da respectiva Casa.

É interessante destacar que, no período de recesso, haverá uma Comissão


representativa do Congresso Nacional, conforme art. 58, §4º da CF/88.

Art. 58, § 4º Durante o recesso, haverá uma Comissão


representativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas na
última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições
definidas no regimento comum, cuja composição reproduzirá,
quanto possível, a proporcionalidade da representação
partidária.

ATRIBUIÇÕES
O art. 58, §2º da CF/88, aponta as atribuições das comissões parlamentares nos
seguintes termos:

Art. 58, § 2º Às comissões, em razão da matéria de sua


competência, cabe:
I - discutir
Andersone votarTiago
projetoMeneguelli
de lei que dispensar,
Oliva na forma do
regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso
de um andersontiago158@gmail.com
décimo dos membros da Casa;
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade
031.721.292-33
civil;
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre
assuntos inerentes a suas atribuições;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas
de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou
entidades públicas;
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e
setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (CPI)


INTRODUÇÃO
Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo 3 , as comissões parlamentares de
inquérito são “comissões temporárias, criadas pela Câmara dos Deputados, Senado
Federal ou pelo Congresso Nacional, com o fim de investigar fato determinado de interesse
público”.

De forma esquematizada:

3 Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. Direito Constitucional Descomplicado – 20. Ed. – Método - 2021 Pág. 445

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
CRIAÇÃO
A criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) possui 03 requisitos,
conforme o art. 58, §3º da CF/88:

Art. 58, § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão


poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além
de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão
criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em
conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um
terço de seus membros, para a apuração de fato determinado
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso,
andersontiago158@gmail.com
encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a
responsabilidade031.721.292-33
civil ou criminal dos infratores.

De forma esquematizada:

Vale registrar que a instauração de CPI não se submete a um juízo discricionário do


Presidente da casa ou mesmo do Plenário, ou seja, basta que estejam previstos os requisitos
constitucionais.

Assim:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
Segundo Marcelo Novelino4, a exigência de apuração de fato determinado “não
impede a instauração de CPI para outros fatos conexos ao principal ou inicialmente
desconhecidos e relevados durante a investigação”.

Por exemplo, é possível que a CPI, criada para apurar o pagamento de salário a
“funcionários fantasmas” do gabinete de alguns parlamentares, possa investigar fatos
similares atribuídos a outros congressistas.
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
Ademais, em respeito ao princípio federativo, as CPI’s federais só têm competência
andersontiago158@gmail.com
para investigar assuntos de interesse público geral ou da União.
031.721.292-33
Nesse sentido:

4 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 682

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
SUMÁRIO
PODER LEGISLATIVO ................................................................................................ 2
Poderes ......................................................................................................................... 2

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


1
PODER LEGISLATIVO
PODERES
Segundo Marcelo Novelino1, “às comissões parlamentares de inquérito são atribuídos
poderes para ampla investigação, bem como os meios necessários para torná-los efetivos,
devendo o seu exercício ocorrer sempre com a devida observância dos direitos e
garantias individuais”.

Vale registrar que os poderes investigatórios próprios de autoridade judicial das CPI’s
não lhes autorizam, por exemplo, decretar a interceptação telefônica, diligência
submetida à denominada reserva de jurisdição.

Dito de outra forma, os poderes de investigação parlamentar não alcançam os


Anderson Tiago Meneguelli Oliva
chamados atos de natureza jurisdicional, assim entendidos aqueles praticados por
andersontiago158@gmail.com
membros do Poder Judiciário 2.

031.721.292-33

A resposta é SIM.

Como leciona Márcio André Lopes Cavalcante3:

1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 683
2 Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. Direito Constitucional Descomplicado – 20. Ed. – Método - 2021 Pág. 449
3 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O investigado pode se recusar a comparecer na sessão da CPI na qual seria ouvido?.

Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:


<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/692baebec3bb4b53d7ebc3b9fabac31b>. Acesso em:
11/11/2022

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
Nesse caso, se a testemunha não comparecer sem justificativa, sua intimação será
realizada pelo juiz criminal do localTiago
Anderson em que reside, conforme
Meneguelli Oliva art. 218 do Código de
Processo Penal. andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33
Art. 218. Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de
comparecer sem motivo justificado, o juiz poderá requisitar à
autoridade policial a sua apresentação ou determinar seja
conduzida por oficial de justiça, que poderá solicitar o auxílio da
força pública.

O tema é divergente no âmbito do STF.

Como leciona Márcio André Lopes Cavalcante4:

O investigado pode se recusar a comparecer na sessão da CPI


na qual seria ouvido?

4 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O investigado pode se recusar a comparecer na sessão da CPI na qual seria ouvido?.

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<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/692baebec3bb4b53d7ebc3b9fabac31b>. Acesso em:
11/11/2022

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3
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
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De toda forma, caso compareça perante a CPI, o investigado não será obrigado a
depor, em prestígio ao princípio da não autoincriminação.

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4
Nesse sentido5:

Com o objetivo de facilitar a assimilação dos poderes das CPI’s:


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5
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O investigado pode se recusar a comparecer na sessão da CPI na
qual seria ouvido?. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
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b>. Acesso em: 11/11/2022

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5
Por outro lado, é importante destacar que, no julgamento da ACO 730, o STF firmou
entendimento de que as CPI’s podem decretar a quebra de sigilo fiscal, bancário e de
dados telefônicos.

De forma esquematizada:

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Por fim, o relatório conclusivo dos trabalhos investigatórios da CPI será encaminhado
ao Ministério Público e à Advocacia-Geral da União, nos termos do art. 6º-A da Lei nº 1.579.

Art. 6º-A. A Comissão Parlamentar de Inquérito encaminhará


relatório circunstanciado, com suas conclusões, para as devidas
providências, entre outros órgãos, ao Ministério Público ou à
Advocacia-Geral da União, com cópia da documentação,
para que promovam a responsabilidade civil ou criminal por
infrações apuradas e adotem outras medidas decorrentes de
suas funções institucionais. (Incluído pela Lei nº 13.367/2016)

Vale registrar que não há impedimento que o relatório mencionado seja, também,
remetido à autoridade policial para instauração de inquérito.

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6
Nesse sentido:

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7
SUMÁRIO
PODER EXECUTIVO .................................................................................................. 2
Sistemas de Governo ..................................................................................................... 2
Espécies ........................................................................................................................ 2
Investidura ........................................................................................................................ 3
Eleição .......................................................................................................................... 3
Vice-Presidente da República ................................................................................... 5
Linha Sucessória ........................................................................................................... 5
Eleições em caso de Vacância ................................................................................ 6
Afastamento do País ...................................................................................................... 6

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1
PODER EXECUTIVO
SISTEMAS DE GOVERNO
ESPÉCIES
Segundo Marcelo Novelino1, o sistema de governo identifica a forma de distribuição
e articulação dos poderes políticos do Estado, em especial, o Executivo e o Legislativo.

A doutrina aponta 02 espécies de sistema de governo: presidencialismo e


parlamentarismo, que se diferenciam pela forma de se exercer as funções de Chefe de
Estado e de Chefe de Governo.

De forma esquematizada:

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Vale destacar que o Brasil adota o presidencialismo, sistema em que a função de
chefe de Governo e de Estado se concentram na mesma pessoa. Assim:

Nesse sentido:

Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da


República, auxiliado pelos Ministros de Estado.

1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 735

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2
De forma esquematizada:

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INVESTIDURA
ELEIÇÃO
O art. 77 da Constituição Federal trata das eleições do Presidente e Vice-Presidente
da República, nos seguintes termos:

Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da


República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo
de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro,
em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do
mandato presidencial vigente.

§ 1º A eleição do Presidente da República importará a do Vice-


Presidente com ele registrado.

§ 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que,


registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de
votos, não computados os em branco e os nulos.

§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na


primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após
a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos
mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a
maioria dos votos válidos.

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3
§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte,
desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-
á, dentre os remanescentes, o de maior votação.

§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em


segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação,
qualificar-se-á o mais idoso.

De forma esquematizada:

Os requisitos para a candidatura de Chefe do Poder Executivo Federal são descritos


no art. 14, §3º da CF/88. Anderson Tiago Meneguelli Oliva
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Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
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I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da
República e Senador;

Por fim, vale destacar o contido no art. 78 da Constituição Federal.

Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão


posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o
compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição,
observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro,
sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.

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4
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a
posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força
maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Como visto anteriormente, o Vice-Presidente da República será eleito
simultaneamente com o Presidente da República.

As atribuições do Vice-Presidente da República serão conferidas por lei


complementar, conforme indicação do art. 79 da Constituição Federal.

Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e


suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.

Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de


outras atribuições que lhe forem conferidas por lei
complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele
convocado para missões especiais.

De forma esquematizada:

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LINHA SUCESSÓRIA
A Constituição Federal prevê a linha sucessória em caso de impedimento ou
vacância do Presidente e do Vice-Presidente, nos termos do art. 80.

Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-


Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão
sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o
Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o
do Supremo Tribunal Federal.

De forma esquematizada:

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5
ELEIÇÕES EM CASO DE VACÂNCIA
Em caso de vacância dos cargos de Presidente e de Vice-Presidente da República,
serão realizadas novas eleições.

É importante ressaltar que o processo eleitoral dependerá do momento em que se


deu a vacância dos cargos, nos termos do art. 81 da Constituição Federal.

Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da


República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a
última vaga.

§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período


presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta
dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma
da lei.
§ 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o
período de seus antecessores.

De forma esquematizada:

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AFASTAMENTO DO PAÍS
Nos termos do art. 83 da Constituição, o Presidente e o Vice-Presidente da República
não poderão se ausentar do país por período superior a 15 dias sem a licença do
Congresso Nacional.

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6
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não
poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do
País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do
cargo.

De forma esquematizada:

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7
SUMÁRIO
PODER EXECUTIVO .................................................................................................. 2
Atribuições do Presidente da República ..................................................................... 2
Previsão Constitucional ............................................................................................... 2
Delegação ................................................................................................................... 3
Poder Regulamentar ................................................................................................... 4
Decretos Autônomos .................................................................................................. 4

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1
PODER EXECUTIVO

ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA


PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 84 da Constituição Federal dispõe que compete privativamente ao Presidente
da República diversas atribuições.

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção
superior da administração federal;
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos
nesta Constituição;
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como
expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
a) organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001)
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando
vagos; andersontiago158@gmail.com
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de
2001) 031.721.292-33
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus
representantes diplomáticos;
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos
a referendo do Congresso Nacional;
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X - decretar e executar a intervenção federal;
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso
Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa,
expondo a situação do País e solicitando as providências que
julgar necessárias;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
necessário, dos órgãos instituídos em lei;
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear
os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica,
promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que
lhes são privativos; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 23, de 02/09/99)
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros
do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os
Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o
presidente e os diretores do banco central e outros servidores,
quando determinado em lei;
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do
Tribunal de Contas da União;
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta
Constituição, e o Advogado-Geral da União;
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos
do art. 89, VII;

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2
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho
de Defesa Nacional;
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira,
autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele,
quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas
mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a
mobilização nacional;
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do
Congresso Nacional;
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que
forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele
permaneçam temporariamente;
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto
de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento
previstos nesta Constituição;
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas
referentes ao exercício anterior;
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da
lei;
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do
art. 62;
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
XXVIII - propor ao Congresso Nacional a decretação do estado
de calamidade pública de âmbito nacional previsto nos arts.
Anderson
167-B, 167-C, Tiago
167-D, Meneguelli
167-E, 167-FOliva
e 167-G desta
Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de
andersontiago158@gmail.com
2021)
031.721.292-33
É interessante destacar que dentre as atribuições acima listadas, há aquelas
relacionadas à atuação do Presidente da República como chefe de Estado e outras como
chefe de Governo.

De forma esquematizada:

DELEGAÇÃO
O parágrafo único do art. 84 da CF/88 aponta as atribuições do Presidente da
República que podem ser delegadas aos Ministros de Estado, ao PRG ou AGU.

Art. 84, Parágrafo único. O Presidente da República poderá


delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV,
primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da
República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os
limites traçados nas respectivas delegações.

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3
De forma esquematizada:

PODER REGULAMENTAR
O art. 84, inciso IV da Constituição Federal, dispõe que compete ao Presidente da
República expedir decretos e regulamentos para fiel execução das leis.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


Art. 84, IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem
comoandersontiago158@gmail.com
expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
031.721.292-33
É o denominado poder regulamentar de competência exclusiva do Chefe do Poder
Executivo para editar atos normativos.

DECRETOS AUTÔNOMOS
Os decretos autônomos são aqueles que não se destinam a regulamentar uma lei e
têm o seu fundamento no próprio texto constitucional.

Com a Emenda Constitucional nº 32/01, houve a previsão dos denominados decretos


autônomos:

Art. 84, VI – dispor, mediante decreto, sobre:


a) organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

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4
De forma esquematizada:

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5
SUMÁRIO
PODER EXECUTIVO .................................................................................................. 2
Responsabilização do Presidente da República ........................................................ 2
Dos Crimes de Responsabilidade .............................................................................. 2
Procedimento do Impeachment .............................................................................. 4
Das Infrações Penais ................................................................................................... 5

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1
PODER EXECUTIVO

RESPONSABILIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA


DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE
Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo1, os crimes de responsabilidade são
“infrações político-administrativas, definidas em lei especial federal, que poderão ser
cometidas no desempenho da função pública e que poderão resultar no impedimento
para o exercício da função pública (impeachment)”.

O art. 85, caput da Constituição Federal, apresenta os crimes de responsabilidade do


Presidente da República.Anderson Tiago Meneguelli Oliva
andersontiago158@gmail.com
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da
031.721.292-33
República que atentem contra a Constituição Federal e,
especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do
Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da
Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial,


que estabelecerá as normas de processo e julgamento.

1 Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. Direito Constitucional Descomplicado – 20. Ed. – Método - 2021 Pág. 627

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
É importante destacar que a competência legislativa para tratar de crimes de
responsabilidade e seu rito processual é de privativa da União, sendo vedado aos Estados
dispor sobre a matéria em suas Constituições.

Nesse sentido:

É o teor da Súmula Vinculante nº 46:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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É a possibilidade de o agente político responder por crime de responsabilidade e,


simultaneamente, por improbidade administrativa.

Segundo o entendimento do STF, em regra, adota-se o duplo regime sancionatório


aos agentes políticos, com exceção do Presidente da República.

De forma esquematizada:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
PROCEDIMENTO DO IMPEACHMENT
O procedimento para o julgamento por crime de responsabilidade (impeachment)
está descrito no art. 86 da Constituição Federal.

Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República,


por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido
a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de
responsabilidade.

§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:


(...)
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do
processo pelo Senado Federal.
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento
andersontiago158@gmail.com
não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente,
sem prejuízo do 031.721.292-33
regular prosseguimento do processo.

De forma esquematizada:

Em relação à suspensão do Presidente da República de suas funções:

É importante observar que cada Casa do Congresso Nacional desempenha um


papel específico no processo de impeachment, sendo a Câmara dos Deputados o órgão
responsável por autorizar o procedimento e o Senado aquele que irá julgar o agente
político.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
A resposta é SIM.

Na lição de Márcio André Lopes Cavalcante2:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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DAS INFRAÇÕES PENAIS


Em relação às infrações penais, o julgamento será realizado pelo STF, após a Câmara
dos Deputados admitir a denúncia contra o Presidente da República, nos termos do art.
86, caput da CF/88.

Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República,


por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido
a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de
responsabilidade.

De forma esquematizada:

2 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Crimes de responsabilidade envolvendo Governadores de Estado. Buscador Dizer o

Direito, Manaus. Disponível em:


<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/fc221309746013ac554571fbd180e1c8>. Acesso em:
19/11/2022

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
Em relação à suspensão do Presidente da República de suas funções:

Vale registrar que o Presidente da República não estará sujeito à prisão enquanto
não houver sentença condenatória criminal com trânsito em julgado.

Art. Anderson Tiago


86, § 3º Enquanto não Meneguelli Oliva
sobrevier sentença condenatória, nas
andersontiago158@gmail.com
infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito
a prisão. 031.721.292-33

Por fim, durante a vigência do mandato, o Presidente da República não poderá ser
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.

Art. 86, § 4º O Presidente da República, na vigência de seu


mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao
exercício de suas funções.

A regra disposta no art. 86, §4º da CF/88, só se aplica ao cargo de Presidente da


República, conforme entendimento do STF.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


6
A resposta é NÃO.

Nesse sentido:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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E ainda:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


7
SUMÁRIO
PODER EXECUTIVO .................................................................................................. 2
Ministros de Estado ......................................................................................................... 2
Investidura .................................................................................................................... 2
Atribuições .................................................................................................................... 2
Responsabilização dos Ministros de Estado ............................................................. 2
Conselho da República ................................................................................................. 3
Composição ................................................................................................................ 3
Atribuições .................................................................................................................... 4
Conselho de Defesa Nacional ...................................................................................... 4
Composição ................................................................................................................ 4
Atribuições .................................................................................................................... 5

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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031.721.292-33

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1
PODER EXECUTIVO

MINISTROS DE ESTADO
INVESTIDURA
Os Ministros de Estado serão nomeados pelo Presidente da República e escolhidos
dentre os brasileiros com mais de 21 anos e no exercício de seus direitos políticos.

Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros


maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos.

ATRIBUIÇÕES
O art. 87, parágrafo único da CF/88, apresenta um rol exemplificativo de atribuições
dos Ministros de Estado.

Art. 87, Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além


de outras atribuições estabelecidas nesta Constituição e na lei:
I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos
e entidades da administração federal na área de sua
competência
Anderson e referendar os atos e decretos
Tiago Meneguelli Oliva assinados pelo
Presidente da República;
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II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e
regulamentos; 031.721.292-33
III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua
gestão no Ministério;
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem
outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República.

RESPONSABILIZAÇÃO DOS MINISTROS DE ESTADO


É possível a responsabilização dos Ministros de Estado por infrações penais e crimes
de responsabilidade.

Nesse sentido, nos crimes de responsabilidade conexos com os do Presidente da


República:

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:


I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da
República nos crimes de responsabilidade, bem como os
Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército
e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com
aqueles;

Por outro lado, nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade não
conexos:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente,


a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
I - processar e julgar, originariamente:
(...)
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de
responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no
art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de
Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter
permanente;

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


CONSELHO DA REPÚBLICA
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COMPOSIÇÃO 031.721.292-33
O Conselho da República é um órgão superior de consulta do Presidente da
República e tem seus integrantes descritos no art. 89 da Constituição Federal.

Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta


do Presidente da República, e dele participam:
I - o Vice-Presidente da República;
II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
III - o Presidente do Senado Federal;
IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos
Deputados;
V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI - o Ministro da Justiça;
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco
anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da
República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela
Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos,
vedada a recondução.

De forma esquematizada:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
ATRIBUIÇÕES
As atribuições do Conselho da República estão descritas no art. 90 da Constituição
Federal. Anderson Tiago Meneguelli Oliva
andersontiago158@gmail.com
Art. 031.721.292-33
90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se
sobre:
I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições
democráticas.

§ 1º O Presidente da República poderá convocar Ministro de


Estado para participar da reunião do Conselho, quando constar
da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério.

§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do


Conselho da República.

CONSELHO DE DEFESA NACIONAL


COMPOSIÇÃO
O Conselho de Defesa Nacional é um órgão de consulta do Presidente da República
sobre assuntos relacionados à soberania nacional e a defesa do Estado democrático e
tem seus integrantes descritos no art. 91 da Constituição Federal.

Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do


Presidente da República nos assuntos relacionados com a
soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele
participam como membros natos:
I - o Vice-Presidente da República;
II - o Presidente da Câmara dos Deputados;

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
III - o Presidente do Senado Federal;
IV - o Ministro da Justiça;
V - o Ministro de Estado da Defesa;
VI - o Ministro das Relações Exteriores;
VII - o Ministro do Planejamento;
VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
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ATRIBUIÇÕES
As atribuições do Conselho de Defesa Nacional estão descritas no art. 91, §1º da
Constituição Federal.

Art. 91, § 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional:


I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de
celebração da paz, nos termos desta Constituição;
II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado
de sítio e da intervenção federal;
III - propor os critérios e condições de utilização de áreas
indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre
seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas
relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos
naturais de qualquer tipo;
IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de
iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a
defesa do Estado democrático.

§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do


Conselho de Defesa Nacional.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
SUMÁRIO
ESTADO DE DEFESA .................................................................................................. 2
Conceito ......................................................................................................................... 2
Previsão Constitucional ................................................................................................. 2
Procedimento ................................................................................................................. 3
Requisitos ..................................................................................................................... 3
Prazo............................................................................................................................. 3
Apreciação do Congresso Nacional ....................................................................... 3
Medidas Coercitivas ...................................................................................................... 4
Garantias ........................................................................................................................ 4

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


1
ESTADO DE DEFESA

CONCEITO
Segundo Marcelo Novelino 1 , o estado de defesa compreende em “medidas
temporárias destinadas a preservar ou restabelecer, em área restrita e determinada, a
ordem pública ou paz social ameaçadas por fatores políticos, sociais ou por fenômenos
naturais de grandes proporções”.

PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 136, caput da Constituição Federal, dispõe sobre o estado de defesa nos
seguintes termos:

Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho


da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar
estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer,
em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz
social ameaçadas por grave e iminente instabilidade
institucional ou atingidas por calamidades de grandes
proporções na natureza.

De forma esquematizada:
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 879

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
PROCEDIMENTO
REQUISITOS
O texto constitucional estabelece alguns requisitos para que o Presidente da
República possa decretar o estado de defesa.

São eles:

1. Prévia audiência do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional –


a manifestação dos órgãos consultivos é obrigatória, mas não vinculante;

2. Abrangência – locais restritos e determinados;

3. Prazo – não poderá ser superior a 30 dias, sendo admitida uma única prorrogação
por igual período;

4. Ratificação – o estado de defesa não exige prévia autorização do Congresso


Nacional, porém a medida excepcional deve ser submetida ao Poder Legislativo
no prazo de 24 horas, o qual decidirá pela maioria absoluta;

PRAZO
Como visto anteriormente,
Anderson o estado
Tiago de defesa não
Meneguelli poderá ultrapassar 30 dias,
Oliva
admitida uma única prorrogação por igual período.
andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33
Art. 136, § 2º O tempo de duração do estado de defesa não será
superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual
período, se persistirem as razões que justificaram a sua
decretação.

APRECIAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL


A decretação do estado de necessidade não depende de prévia autorização do
Congresso Nacional, diferentemente do que ocorre com o estado de sítio.

De forma esquematizada:

O texto constitucional discorre sobre o procedimento a ser adotado junto ao


Congresso Nacional, nos seguintes termos:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
Art. 136, § 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação,
o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas,
submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso
Nacional, que decidirá por maioria absoluta.

§ 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será


convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias.

§ 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez


dias contados de seu recebimento, devendo continuar
funcionando enquanto vigorar o estado de defesa.

§ 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de


defesa.

De forma esquematizada:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


MEDIDAS COERCITIVAS andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33
O art. 136, §1º da CF/88, apresenta o rol de medidas coercitivas durante o período
do estado de defesa.

Art. 136, § 1º O decreto que instituir o estado de defesa


determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a
serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as
medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
I - restrições aos direitos de:
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na
hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos
danos e custos decorrentes.

GARANTIAS
Ainda que se trate de medida de exceção para restabelecer a ordem pública e a
paz social, o texto constitucional assegura garantias aos indivíduos perante o Estado,
conforme se verifica no art. 136, §3º da CF/88.

Art. 136, § 3º Na vigência do estado de defesa:


I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo
executor da medida, será por este comunicada imediatamente
ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade
policial;
II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela
autoridade, do estado físico e mental do detido no momento de
sua autuação;
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser
superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder
Judiciário;
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
SUMÁRIO
ESTADO DE SÍTIO ...................................................................................................... 2
Conceito ......................................................................................................................... 2
Previsão Constitucional ................................................................................................. 2
Procedimento ................................................................................................................. 3
Requisitos ..................................................................................................................... 3
Decreto de Estado de Sítio ........................................................................................ 3
Prazo............................................................................................................................. 3
Autorização do Congresso Nacional ....................................................................... 3
Medidas Coercitivas ...................................................................................................... 4
Disposições Gerais ......................................................................................................... 4
Atuação do Congresso Nacional ............................................................................. 4
Responsabilidade pelos Atos praticados ................................................................. 5
Quadro Comparativo.................................................................................................... 5

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


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Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


1
ESTADO DE SÍTIO

CONCEITO
Segundo Marcelo Novelino 1 , o estado de sítio consiste na “adoção de medidas
temporárias durante situações de extrema gravidade ocasionadas por comoção grave
de repercussão nacional, conflito armado com Estado estrangeiro ou, ainda, quando as
medidas adotadas durante o estado de defesa se mostrarem insuficientes”.

PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 137 da Constituição Federal dispõe sobre o estado de sítio nos seguintes termos:

Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho


da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao
Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio
nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de
fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante
o estado de defesa;
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão
armada estrangeira.
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
De forma esquematizada:
andersontiago158@gmail.com
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1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 880

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
PROCEDIMENTO
REQUISITOS
O texto constitucional estabelece alguns requisitos para que o Presidente da
República possa decretar o estado de sítio.

São eles:

1. Prévia audiência do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional –


a manifestação dos órgãos consultivos é obrigatória, mas não vinculante;

2. Abrangência – situações de alcance ou repercussão nacional;

3. Prazo – não poderá ser superior a 30 dias, sendo admitida sucessivas prorrogações
de igual prazo, ou, no caso de guerra declarada ou agressão armada estrangeira,
por todo o tempo que perdurar o conflito;

4. Prévia autorização do Congresso Nacional – exige-se manifestação prévia do


Congresso Nacional que aprovará a medida por maior absoluta;

DECRETO DE ESTADO DE SÍTIO


O decreto de estado de sítioTiago
Anderson disciplinará a duração
Meneguelli da medida, as garantias
Oliva
constitucionais suspensa, andersontiago158@gmail.com
dentre outros regramentos específicos, conforme o art. 138,
caput da CF/88.
031.721.292-33
Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as
normas necessárias a sua execução e as garantias
constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o
Presidente da República designará o executor das medidas
específicas e as áreas abrangidas.

PRAZO
Como visto anteriormente, o estado de sítio não poderá ultrapassar 30 dias,
entretanto são admitidas sucessivas prorrogações de igual período.

Art. 138, § 1º - O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá


ser decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada
vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por
todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada
estrangeira.

AUTORIZAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL


A decretação do estado de sítio exige prévia autorização do Congresso Nacional,
conforme o art. 137, parágrafo único da CF/88.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
Art. 137, Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar
autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação,
relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o
Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.

Se o pedido ocorrer durante o recesso parlamentar, caberá ao Presidente do Senado


Federal convocar o Congresso Nacional em 05 dias.

Art. 138, § 2º - Solicitada autorização para decretar o estado de


sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado
Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o
Congresso Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a fim de
apreciar o ato.

MEDIDAS COERCITIVAS
O art. 139 da CF/88 apresenta o rol de medidas coercitivas aplicáveis durante o
período do estado de sítio.

Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com


fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as
pessoas as seguintes medidas:
I - obrigação
Anderson de permanência em localidade
Tiago Meneguelli determinada;
Oliva
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou
andersontiago158@gmail.com
condenados por crimes comuns;
031.721.292-33
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao
sigilo das comunicações, à prestação de informações e à
liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei;
IV - suspensão da liberdade de reunião;
V - busca e apreensão em domicílio;
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;
VII - requisição de bens.

Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão


de pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas
Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa.

DISPOSIÇÕES GERAIS
ATUAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL
O Congresso Nacional fiscalizará a execução das medidas de exceção (estado de
defesa e estado de sítio) por meio de comissão específica, nos termos do art. 140 da
Constituição Federal.

Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes


partidários, designará Comissão composta de cinco de seus
membros para acompanhar e fiscalizar a execução das
medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
Durante as medidas coercitivas, o Congresso Nacional permanecerá em
funcionamento.

Art. 138, § 3º - O Congresso Nacional permanecerá em


funcionamento até o término das medidas coercitivas.

RESPONSABILIDADE PELOS ATOS PRATICADOS


Evidentemente, os excessos cometidos durante as medidas de exceção estarão
sujeitos à responsabilização, conforme indica o art. 141 da Constituição Federal.

Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio,


cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da responsabilidade
pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes.

QUADRO COMPARATIVO
Com o objetivo de facilitar a compreensão das diferenças entre os institutos:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
SUMÁRIO
FORÇAS ARMADAS ................................................................................................. 2
Conceito .......................................................................................................................... 2
Previsão Constitucional .................................................................................................. 2
Punições Disciplinares..................................................................................................... 2
Regime Jurídico .............................................................................................................. 3
Serviço Militar Obrigatório.............................................................................................. 4

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
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1
FORÇAS ARMADAS

CONCEITO
Segundo Marcelo Novelino 1 , as Forças Armadas são “instituições de caráter
permanente, compostas pela Marinha, Exército e Aeronáutica, que têm como autoridade
suprema o Presidente da República e como finalidade a defesa da Pátria, a garantia dos
poderes constitucionais, da lei e da ordem”.

PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 142 da Constituição Federal dispõe sobre o estado de sítio nos seguintes termos:

Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo


Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais
permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia
e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da
República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos
poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da
lei e da ordem.

§ 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem


adotadas
Andersonna organização, no preparo e no
Tiago Meneguelli emprego das Forças
Oliva
Armadas.
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031.721.292-33
PUNIÇÕES DISCIPLINARES
O art. 142, §2º da CF/88, veda a impetração de habeas corpus em relação às
punições disciplinares militares.

Art. 142, § 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições


disciplinares militares.

De fato, as Forças Armadas são pautadas pela disciplina e hierarquia, com regras
mais rígidas do que a esfera civil.

Contudo, vale registrar que a jurisprudência do STF admite a impetração do remédio


constitucional para examinar aspectos formais, tais como o procedimento e a
competência da autoridade militar.

De forma esquematizada:

1 Novelino, Marcelo. Curso de direito constitucional – 16. ed. JusPodivm, 2021. Pág. 883

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
REGIME JURÍDICO
O §3º do art. 142 da CF/88 dispõe sobre o regime jurídico dos militares:

Art. 142, § 3º Os membros das Forças Armadas são denominados


militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas
em lei, as seguintes disposições:
I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas
inerentes, são conferidas pelo Presidente da República e
asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou
reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e,
juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das
Forças Armadas;
II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego
público civil permanente, ressalvada a hipótese prevista no art.
37, inciso XVI, alínea "c", será transferido para a reserva, nos
termos da lei;
III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em
cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva,
ainda que da administração indireta, ressalvada a hipótese
prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", ficará agregado ao
respectivo quadro e somente poderá, enquanto permanecer
nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe
o tempo de serviço apenas para aquela promoção e
transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de
Anderson
afastamento, TiagoouMeneguelli
contínuos Oliva
não, transferido para a reserva, nos
termos da lei;
andersontiago158@gmail.com
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;
031.721.292-33
V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a
partidos políticos;
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno
do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal
militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal
especial, em tempo de guerra;
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena
privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença
transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto
no inciso anterior;
VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII,
XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem
como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar,
no art. 37, inciso XVI, alínea "c";
IX - aplica-se aos militares e a seus pensionistas o disposto no art.
40, §§ 4º, 5º e 6º;
X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites
de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do
militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração,
as prerrogativas e outras situações especiais dos militares,
consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive
aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e
de guerra.

Assim, o órgão competente para julgar a perda do posto e da patente de oficial das
Forças Armadas será influenciado pelo tempo de guerra ou de paz.

De forma esquematizada:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
Por outro lado, é importante destacar as vedações específicas aos militares:

Anderson Tiago
Por fim, caso haja compatibilidade Meneguelli
de horários, Oliva de saúde das Forças
os profissionais
Armadas poderão, desdeandersontiago158@gmail.com
que observado o inciso VIII do §3º do art. 142, exercer outro
cargo ou emprego civil, desde que privativo de profissional de saúde com profissão
031.721.292-33
regulamentada.

SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO


O art. 143 da Constituição Federal dispõe sobre o serviço militar obrigatório que, em
tempo de paz, não será exigido às mulheres e aos eclesiásticos.

Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.


§ 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço
alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem
imperativo de consciência, entendendo-se como tal o
decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou
política, para se eximirem de atividades de caráter
essencialmente militar. (Regulamento)

§ 2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar


obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros encargos
que a lei lhes atribuir.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
Destaca-se o teor da Súmula Vinculante nº 6:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
SUMÁRIO
SEGURANÇA PÚBLICA ............................................................................................. 2
Previsão Constitucional .................................................................................................. 2
Órgãos da Segurança Pública ..................................................................................... 4
Polícia Federal.............................................................................................................. 4
Polícia Rodoviária Federal .......................................................................................... 6
Polícia Ferroviária Federal .......................................................................................... 6
Polícias Civis.................................................................................................................. 6
Polícias e Bombeiros Militares ..................................................................................... 7
Polícias Penais .............................................................................................................. 8
Guardas Municipais .................................................................................................... 8
Segurança Viária ......................................................................................................... 9

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


1
SEGURANÇA PÚBLICA

PREVISÃO CONSTITUCIONAL
O art. 144 da Constituição Federal dispõe sobre a segurança pública e os respectivos
órgãos que a compõem:

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e


responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio,
através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital.

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

O entendimento majoritário é que SIM.

Dessa forma, é vedado aos Estados e ao Distrito Federal criar órgãos diversos
daqueles previstos no art. 144 da CF/88.

Tal entendimento, inclusive, foi o adotado no Info 983 do STF1:

1 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Não é possível que os Estados-membros criem órgão de segurança pública diverso

daqueles que estão previstos no art. 144 da CF/88. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/44d47238d7d3e17aa176019eafac82af>. Acesso em:
01/12/2022

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


2
Contudo, ao julgar Anderson
a ADI 6621/TO (Info 1020),
Tiago o STF autorizou
Meneguelli Oliva os Estados-membros de
optar entre subordinar osandersontiago158@gmail.com
institutos de criminalística aos demais órgãos de segurança
pública ou conferir-lhes autonomia formal.
031.721.292-33
Nesse sentido:

E:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


3
O tema é polêmico.
Anderson Tiago Meneguelli Oliva
Apesar de não constarem no rol do art. 144 da CF/88, o STF já decidiu que as Guardas
andersontiago158@gmail.com
Municipais executam atividade de 031.721.292-33
segurança pública, razão pela qual se submetem às
mesmas restrições impostas aos demais órgãos, por exemplo, vedação ao direito de greve.

Nesse sentido:

ÓRGÃOS DA SEGURANÇA PÚBLICA


POLÍCIA FEDERAL
O art. 144, §1º da CF/88, dispõe sobre a polícia federal e suas atribuições:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


4
Art. 144, § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão
permanente, organizado e mantido pela União e estruturado
em carreira, destina-se a:
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em
detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas
entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras
infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou
internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em
lei;
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação
fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de
competência;
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de
fronteiras;
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária
da União.

Em relação às infrações penais apuradas pela Polícia Federal, segue o seguinte


esquema:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


andersontiago158@gmail.com
031.721.292-33

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


5
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
O art. 144, §2º da CF/88, dispõe sobre a polícia rodoviária federal e suas atribuições:

Art. 144, § 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente,


organizado e mantido pela União e estruturado em carreira,
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das
rodovias federais.

POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL


O art. 144, §3º da CF/88, dispõe sobre a polícia ferroviária federal e suas atribuições:

Art. 144, § 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente,


organizado e mantido pela União e estruturado em carreira,
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das
ferrovias federais.

POLÍCIAS CIVIS
O art. 144, §4º da CF/88, dispõe sobre as polícias civis e suas atribuições:

Anderson Tiago Meneguelli Oliva


Art. 144, § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia
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de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as
funções de polícia031.721.292-33
judiciária e a apuração de infrações penais,
exceto as militares.

Assim, compete às polícias civis:

É interessante ressaltar a decisão do STF que declarou inconstitucional a norma


estadual que assegurava independência funcional aos delegados de polícia e conferiu
caráter de função essencial ao exercício da jurisdição e à defesa da ordem jurídica à
polícia civil.

Nesse sentido:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


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Assim: andersontiago158@gmail.com
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Art. 144, § 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros
militares, forças auxiliares e reserva do Exército subordinam-se,
juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais e
distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios.

POLÍCIAS E BOMBEIROS MILITARES


O art. 144, §5º da CF/88, dispõe sobre as polícias e os bombeiros militares e suas
atribuições:

Art. 144, § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a


preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros
militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a
execução de atividades de defesa civil.

De forma esquematizada:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


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Vale registrar que as polícias e os bombeiros militares são forças auxiliares e reserva
do Exército, nos termos do art. 144, §6º da CF/88.

Art. 144, § 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros


militares, forças auxiliares e reserva do Exército subordinam-se,
juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais e
distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios.

POLÍCIAS PENAIS
O art. 144, §5-Aº da CF/88, dispõe sobre as polícias penais e suas atribuições:

Art. 144, § 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão


administrador do sistema penal da unidade federativa a que
pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos penais.

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GUARDAS MUNICIPAIS
O art. 144, §8º da CF/88, dispõe sobre as guardas municipais e suas atribuições:

Art. 144, § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais


destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações,
conforme dispuser a lei.

De forma esquematizada:

O STJ já se manifestou no sentido de restringir a atuação das guardas municipais à


atribuição prevista no texto constitucional.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


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Por outro lado, todos os integrantes das guardas municipais têm direito ao porte de
arma de fogo, em serviço ou mesmo fora, independentemente do número de habitantes
do Município.

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SEGURANÇA VIÁRIA
O art. 144, §10 da CF/88, dispõe sobre a segurança viária e suas atribuições:

Art. 144, § 10. A segurança viária, exercida para a preservação


da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu
patrimônio nas vias públicas:

Segundo o STF, as atividades de segurança viária descrita no art. 144, §10 da CF/88,
não se confunde com “segurança pública”, razão pela qual a lei distrital não pode conferir
porte de arma nem determinar o exercício de atividades de segurança pública a agentes
e inspetores de trânsito2.

2
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Lei distrital não pode conferir porte de arma nem determinar o
exercício de atividades de segurança pública a agentes e inspetores de trânsito. Buscador Dizer o Direito,
Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/6c19e0a6da12dc02239312f151072dd
d>. Acesso em: 01/12/2022

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


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Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.


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