Vladenice Pereira
Vladenice Pereira
Vladenice Pereira
Dissertação de Mestrado
_________________________________
PPGEP
__________________________________
por
ii
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Tecnologia
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
elaborada por
COMISSÃO EXAMINADORA:
__________________
Profª. Leoni Pentiado Godoy, Dra.
(Presidente/Orientadora)
_________________
Profª. Angela Pellegrin Ansuj, Dra.
_______________________
Profª. Maria Beatriz Fioravante Gorski, Dra.
1
AGRADECIMENTOS
Sou grata.
À minha família pelo incentivo e apoio.
À Professora Dra. Leony Pentiado Godoy, minha orientadora, pela
oportunidade de enriquecer meus conhecimentos, desenvolvendo, assim,
minhas capacidades, no processo de construção deste trabalho.
À Diretora do Colégio Centenário, Prof. Ms. Elizabeth Soares
Coelho por disponibilizar a escola para realização deste estudo.
Aos colegas do PPGEP, pelas trocas de informações, as quais
foram muito valiosas.
Aos meus colegas, professores e funcionários do Colégio
Centenário, que colaboraram em responder o instrumento de pesquisa.
2
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ................................................................................ 2
RESUMO ................................................................................................... 3
ABSTRACT ............................................................................................... 8
LISTA DE FIGURAS ................................................................................. 5
LISTA DE QUADROS ............................................................................... 6
LISTA DE SIGLAS .................................................................................... 6
SUMÁRIO .................................................................................................. 3
1. 1 Objetivos ....................................................................................... 11
1.1.1 Objetivo Geral.......................................................................... 11
1.1.2 Objetivos Específicos............................................................... 12
1.2 Justificativa..................................................................................... 12
1.3 Estrutura da dissertação................................................................. 13
2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA ............................................................... 14
2.1 Evolução Histórica da Qualidade ................................................... 14
2.2 Qualidade Total .............................................................................. 17
2.3 Qualidade em Serviços .................................................................. 18
2.4 Qualidade na Educação ................................................................. 22
2.5 Clima Organizacional ..................................................................... 25
2.6 Cultura Organizacional ................................................................... 28
2.7 Desenvolvimento dos Clientes Internos ......................................... 31
2.7.1 Liderança ................................................................................. 32
2.7.2 Cliente...................................................................................... 37
2.7.3. Motivação ............................................................................... 39
2.7.4. Percepção............................................................................... 41
2.7.5 Comunicação (interna/externa)................................................ 43
2.7.6 Qualificação e Treinamento ..................................................... 45
2.8 Programa Nacional de Qualidade Malcolm Baldrige ...................... 47
2.9 Sistemas de Gestão da Qualidade................................................. 49
2.10 Histórico da Organização - Objeto do Estudo .............................. 52
3
3. METODOLOGIA.................................................................................. 54
3.1 Caracterização da pesquisa ........................................................... 54
3.2 População ...................................................................................... 55
3.3. Materiais e Métodos ...................................................................... 55
4. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................. 57
4.1 Análise descritiva dos dados .......................................................... 57
4.1.1 Análise dos dados pessoais .................................................... 57
4.1.1.1 Aspecto Liderança............................................................. 58
4.1.1.2 Aspecto Organização ........................................................ 60
4.1.1.3 Aspecto Ambiente Relacional ........................................... 62
4.1.1.4 Aspecto Treinamento e Desenvolvimento......................... 64
4.1.1.5 Aspecto Comunicação Interna .......................................... 66
4.1.1.6 Aspecto Valorização e Reconhecimento........................... 68
4.1.1.9 Aspecto Imagem da Instituição ......................................... 74
4.2.1 Questões X Sexo ..................................................................... 76
4.2.2 Questões x Função.................................................................. 77
4.2.3 Questão x Tempo de Serviço .................................................. 77
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.............................................. 79
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... 83
ANEXOS.................................................................................................. 86
4
LISTA DE FIGURAS
5
LISTA DE QUADROS
LISTA DE SIGLAS
6
* ASQ - American Society for Quality
* ASQC - .American Society for Quality Control
* AV - As Vezes
* C - Concordo
* CC - Colégio Centenário
* CEP - Controle Estatístico do Processo
* CO – Clima Organizacional
* COGEIME - Conselho Geral das Instituições Metodistas de Ensino
* CP - Concordo Parcialmente
* CT - Concordo Totalmente
* D - Discordo
* DT - Discordo Totalmente
* DTI.- Departamento de Tecnologia de Informação
* GQT - Gerenciamento da Qualidade Total
* I - Insatisfeito
* IMC - Instituto Metodista Centenário
* JUSE - Japan Union of Scientist and Engineers
* MI - Muito Insatisfeito
* MMS - Mais ou Menos Satisfeito
* MS - Muito Satisfeito
* N - Nunca
* NIST - National Institute of Standards and Technology
* NR - Não Respondeu
* PGQP - Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade
* PNQ - Programa Nacional de Qualidade
* QS - Quase Sempre
* QT – Qualidade Total
* R - Raramente
* RH - Recursos Humanos
* S - Satisfeito
* S - Sempre
* TQC - Total Quality Control
RESUMO
7
Dissertação de Mestrado
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
Universidade Federal de Santa Maria
ABSTRACT
Máster Dissertation
8
Engineering Production Postgraduate Course
Federal University of Santa Maria
CLIMA ORGANIZACIONAL E QUALIDADE NOS SERVIÇOS EM UMA
INSTITUIÇÃO DE ENSINO: UM ESTUDO DE CASO
AUTHOR: VLADENICE MARIA SONDA PEREIRA
ADVISER: Drª. LEONI PENTIADO GODOY
Santa Maria, Mach, 20, 2006 ABSTRACT
In the sector of teaching, the search for the satisfaction of clients became
the need of survival in the competitive market. In this scenario in constant
change, the service organizations, specially the education one, need
continuous improvement in their processes.
The study presents important structural indications to the general direction
of the institution in study, referred to the practices related to the
organization environment and offers suggestions to improve the quality of
services done, having as reference the development of people by means
of training and capacitation. The data were collected at College
Centenario, Santa Maria – RS, with a population of all teachers and
employees of the different sectors. The conception used in the process of
the development of the research had as a direction the adaptation of the
criteria of programs such as Malcolm Baldrige and Gaúcho Program of
Quality and Productivity (PGQP), aiming the continuous improvement. The
analysis of the data was done according to the descriptive statistic,
inferencial statistic. The results showed that the components analyzed, the
organizational environment and the organizational culture are very
important to constitute the institutional evaluation to identify problems
aiming the implementation of actions that can improve the organizational
environment and therefore the quality of services done.
1. INTRODUÇÃO
9
A busca pela satisfação dos clientes é mais do que uma obsessão
do mundo globalizado transformou-se em uma necessidade de
sobrevivência das empresas. Pois, segundo Juran (1990, p. 67), ”somos
afetados por forças poderosas que vão surgindo no horizonte e que estão
sempre mudando de direção: novas tecnologias, competição do mercado,
movimentos sociais e conflitos internacionais”.
Desse modo, as organizações buscam um processo avaliativo para
construir uma administração com referência em Qualidade Total, nos seus
produtos e nos seus serviços prestados. Assim, torna-se importante
conhecer, detalhadamente, a instituição em estudo e todo o seu ambiente
organizacional, pois se antes era necessário motivar os funcionários,
atualmente é preciso buscar o seu comprometimento para que as
organizações atinjam suas metas.
Por isso, torna-se imperativo levar em conta os fatores do ambiente
interno da organização, como: liderança, ambiente relacional, treinamento
e desenvolvimento, valorização e reconhecimento, organização e
condições de trabalho, comunicação interna, qualidade e satisfação do
cliente interno. Esses fatores podem ser encontrados em programas que
busquem a excelência dos serviços prestados.
Nesse sentido, a pesquisa sobre Clima Organizacional é uma
ferramenta importante, no levantamento de opiniões e percepções, com a
qual os administradores poderão conhecer e entender melhor o
comportamento dos seus funcionários, pois o termo Clima Organizacional
é usado para expressar os sentimentos que os funcionários têm em
relação ao seu ambiente de trabalho, à empresa, como um todo, aos
clientes, e a si próprio. Dessa forma, o Clima de uma organização diz
respeito à percepção sobre a qualidade de vida no trabalho.
Partindo-se desse pressuposto, este trabalho busca avaliar o Clima
Organizacional de uma Instituição de Ensino, com o objetivo de identificar
os fatores considerados relevantes, pelos seus colaboradores no
desempenho de suas atividades. Com as informações obtidas através do
instrumento de pesquisa é possível corrigir deficiências detectadas, em
10
relação ao ambiente de trabalho, objetivando o aperfeiçoamento da
Instituição como um todo, bem como construir uma administração
empreendedora e participativa, com referência à qualidade dos serviços
prestados. Pois, em uma Instituição de Ensino, as pessoas fazem a
diferença, principalmente diante das constantes mudanças nos sistemas
educacionais. Nesse sentido, o estudo do Clima Organizacional, para
analisar o ambiente interno, de qualquer organização, possibilitará o
gerenciamento dos fatores que influenciem o desempenho dos seus
funcionários e, como conseqüência, a melhoria da qualidade dos serviços.
Diante do exposto, formulou-se o seguinte problema de pesquisa:
“quais os fatores referentes ao Clima Organizacional são
considerados importantes, pelos professores e funcionários, da
instituição em estudo, para melhorar a qualidade dos serviços
prestados pela Instituição?”
1. 1 Objetivos
11
1.1.2 Objetivos Específicos
1.2 Justificativa
12
necessidades de seus clientes, sejam eles internos ou externos,
justificando, assim, a elaboração deste trabalho.
Ademais, este estudo tem uma importância teórica e prática
porque, além de prestar subsídios às Instituições de Ensino,
possibilitando apresentar recomendações que sirvam como referência
para a melhoria contínua da qualidade das mesmas. Trará, também, uma
contribuição à literatura acadêmica, com relação ao tema proposto.
13
2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA
14
Qualidade do Produto Manufaturado), sendo reeditado, em 1980, pela
American Society for Quality Control (ASQC).
Em 1950, Deming participou da reconstrução do Japão. Preparou
uma série de seminários que denominou de Controle Estatístico do
Processo, e começou um trabalho, com os gerentes das empresas
japonesas, sobre a importância desse método.
Em 1951, Feigenbaum previu que a Qualidade iria determinar a
liderança nos mercados mundiais. Atualmente, o Controle da Qualidade é
reconhecido como trabalho clássico, que ajudou a redefinição de
estratégias para obtenção da lucratividade.
Surge então, o Total Quality Control (TQC), sistema desenvolvido e
aplicado, especialmente, no Japão. É baseado em conceitos, métodos e
técnicas de origem norte-americana. Esse sistema foi introduzido após a
II Guerra Mundial, decorrente da necessidade de o Japão reestruturar-se
e alinhar a reconstrução nacional, retomando a economia, pois os
produtos industriais eram considerados ruins e baratos, de baixa
qualidade e tidos como “lixo”.
O Gerenciamento da Qualidade Total é composto por elementos de
várias fontes, como: Administração Científica de Taylor, Controle
Estatístico do Processo (CEP) de Shewhart; conceitos sobre
comportamento humano, adotado por Maslow, e todo o conhecimento
ocidental da qualidade nos trabalhos de Deming e Juran.
As idéias de Deming pregavam o empregado ter que agregar
qualidade ao produto, e, sobretudo, pensar no cliente como a parte mais
importante do processo de produção. Isso, hoje, está fundamentado na
qualidade dos serviços, pois o cliente é a pessoa mais importante do
sistema.
Segundo Deming (1990, p.1), qualidade significa “que seu
desempenho o satisfaz”. É uma reação em cadeia, custo baixo, mais
competitivo, pessoas felizes e mais empregos.
Na década de 50 surgem os 14 Princípios de Administração de
Deming, que determinam a empresa dever seguir firmemente os seus
15
propósitos, a fim de dar segurança a seus funcionários. Hoje, o método
Deming é considerado a base da moderna filosofia da qualidade, tendo
como pilar a constância de propósitos, a melhoria contínua e o
conhecimento profundo.
Para Juran (2001, p. 1), qualidade é “ausência de deficiências”.
Para explicar essa definição, o autor apresentou a trilogia que envolve
planejamento da qualidade, o controle e o aperfeiçoamento.
Passadas 4 décadas, o Japão é visto como uma das maiores
potências econômicas do mundo. O chamado “milagre japonês” deve-se
ao Gerenciamento da Qualidade Total (GQT), pois, através desse modelo
administrativo, o Japão reverteu o quadro de dificuldades em que se
encontrava, transformando-se num país com produtos altamente
valorizados, tanto por sua qualidade quanto por avançada tecnologia.
O sistema GQT estabelece condições ideais para todas as
pessoas, independente da função que exerça, nos diferentes setores, pois
o sistema capacita-os a planejar e gerenciar o seu próprio trabalho.
Entretanto, nota-se que é voltado para o atendimento das necessidades
das pessoas, dentro e fora da organização, sendo que, o resultado do
trabalho destina-se ao cliente final, que é o alvo principal de toda esta
estrutura.
Entretanto, para Oliveira (2004, p.23), “os negócios atualmente
estão direcionados para a competitividade, nesta direção a qualidade
volta-se para as empresas como um todo, acaba não só envolvendo a
produção de um produto ou serviço, como também as etapas que tratam
de sua viabilização”. Ainda, segundo o autor, a qualidade evoluiu baseada
em três fases:
- era da inspeção: o produto era inspecionado, pelo produtor e pelo
cliente, antes da Revolução Industrial, época em que os “artesãos” faziam
a avaliação do produto. Nessa época, o objetivo era detectar defeitos de
fabricação;
- era do controle estatístico: possibilitou o aprimoramento da inspeção
através da utilização de técnicas estatísticas. Devido ao aumento da
16
demanda, ficou inviável a inspeção de produto a produto, como na era
anterior. Então, a técnica de amostragem passou a ser utilizada com
seleção aleatória do produto, verificando-se a qualidade do lote;
- era da Qualidade Total: período em que estamos vivendo, onde o
cliente é o centro das atenções das organizações, as quais direcionam
seu trabalho para satisfazer em necessidades e expectativas da clientela.
O objetivo desta era é que toda a empresa passasse a ser responsável
pela garantia da qualidade dos seus produtos e serviços.
Nesse sentido, a Qualidade Total é a busca constante pela
melhoria continua dos produtos e serviços prestados dentro de qualquer
organização.
17
aprimora a habilidade e a competência, enquanto a educação constrói o
caráter de uma pessoa e desenvolve um nível mais profundo de
entendimento”.
Treinamento e capacitação são indissociáveis quando se fala em
implantação da QT, pois o treinamento desenvolve habilidades no
individuo para que este realize, com eficiência ações futuras na empresa.
Para Soto (2002, p. 259), “a mudança não pode ser conduzida
somente pelo líder, tem que se apoiar em pessoas que acreditam, vivam
e professem as mudanças propostas”.
Em síntese, Crosby (1990, p.106), ratifica a importância das duas
condições básicas, para a implantação do programa de QT, ao referir-se:
o treinamento para a melhoria da qualidade significa mudança de
comportamento dos membros da equipe, coordenação entre os
operadores e liderança do processo.
Segundo Falconi (1999), um produto, ou serviço, de qualidade é
aquele que atende perfeitamente (projeto perfeito), de forma confiável
(sem defeitos), de forma acessível (baixo custo), de forma segura
(segurança do cliente), e no tempo certo (entrega no prazo certo, no local
certo, na quantidade certa). Qualidade não é defeito zero, mas, sim, a
satisfação dos clientes internos e externos. Ainda, para Falconi, (1999,
p.02), “boa qualidade é a preferência do consumidor” ou seja, a qualidade
garantirá a sobrevivência de sua empresa, em relação ao seu
concorrente, hoje e no futuro.
18
empresa deve satisfazer as necessidades, resolver problemas, fornecer
benefícios a todas as pessoas que com ela interagem.
Nos serviços, o único nível aceitável para erros, falhas e tempo
desperdiçado, é zero. Não se deve aceitar falta de cortesia, falta de
educação, indiferença ou mau humor (SPANBAUER, 1996).
Os serviços possuem as seguintes características:
- intangibilidade, porque os serviços são abstratos;
- inseparabilidade, porque é impossível produzir ou estocar serviços;
- simultaneidade, porque é produzido e consumido ao mesmo tempo, ou
seja, quando o vendedor e o comprador estão frente a frente, o que é
conhecido como o momento da verdade;
- heterogeneidade, porque consiste na impossibilidade de se manter a
qualidade constante dos serviços, pois são produzidos pelo ser humano,
que tem sua natureza instável. Assim, torna-se quase que impossível
manter uma empresa de serviço com o mesmo padrão de qualidade.
Entre essas características, a intangibilidade destaca-se como o
fator de preponderância, que deve ser levado em consideração na
prestação de serviços. Segundo Berry (2001), os serviços são intangíveis
porque:
19
... são difíceis de serem avaliados pelos
clientes antes da compra. Os clientes não
podem experimentar os serviços para verificar
se são adequados e se lhes agradam; não há
pneus a serem chutados nem test-drives a
serem realizados. Os clientes normalmente
devem comprar o serviço para que possam
realmente experimentá-lo. Dessa forma, devem
confiar em uma empresa de serviços para
cumprir sua promessa e conduzir-se de
maneira honrada.
20
Pode-se dizer que a continuidade é um aspecto importante na
prestação de serviços, apesar da dificuldade de se obter nas atividades
humanas. Os maiores obstáculos são as constantes mudanças no
comportamento do consumidor, o produtor cria a necessidade com
lançamento de novos serviços ou produtos. Seus desejos e necessidades
são uma constância, tornando mais difícil obter a excelência na área de
prestação de serviços.
As empresas que não se preocupam com a qualidade e com a
satisfação de seus clientes estão relegadas ao fracasso. Do ponto de
vista operacional, a gestão da qualidade é um excelente instrumento de
controle de processo produtivo, possibilitando a redução do desperdício,
com aumento da satisfação do trabalhador, maior estabilidade da
organização e aumento da competitividade.
Na avaliação da qualidade em serviços, a medição é feita
diretamente no produto e agregada a uma escala de preferências, nem
sempre bem definida. Geralmente, essas medidas são subjetivas, difíceis
de avaliar a qualidade do serviço prestado.
Outro fato a ser considerado, como forma de avaliação da
qualidade em serviços, é que não se pode centralizar a geração desses
serviços, pois dificulta o controle em termos de unidade e coerência de
produtos criados. É impossível inspecioná-los antecipadamente, pois são
consumidos ao mesmo tempo em que são produzidos.
Ressalte-se que na prestação de serviços não há como ter amostras,
se esta possibilidade, existisse poder-se-ia aprovar antes da sua
execução.
Pode-se dizer que, nos serviços, o resultado, ou seja o produto final,
torna o cliente torna satisfeito, ou não, de acordo com suas expectativas.
Portanto, a qualidade em serviços é variável, pois oscila de acordo com
cada cliente.
É importante entender o que está associado à qualidade dos
atendimentos. Não adianta substituir as pessoas, como se fossem as
culpadas. É fundamental avaliar e perceber o contexto em que elas estão
21
inseridas. Certamente, se desenvolverem estudos sobre o Clima
Organizacional, irão encontrar muitas das respostas que precisam. É
necessário saber, poder e querer fazer. Esses três fatores devem estar
centrados, para que os funcionários executem um serviço de qualidade.
Portanto, Luz (2003, p.28) agrega esses fatores aos serviços:
22
processos se destinam, são os clientes. No caso, pelo fato de professores
e alunos fazerem parte da instituição, são chamados de clientes internos.
Para Barbosa, et al (1995, p.11), “produto é o resultado de um
processo”, podendo ser material, ou não, dependendo da natureza do
mesmo. Numa instituição educacional têm-se “serviços“ como resultado
de processos. Como exemplo: numa biblioteca, o produto do processo é
“emprestar livros”, é “empréstimo”, ou seja, um serviço.
Nos vários setores, ou processos, cujos produtos se destinem a
outros, as pessoas são fornecedoras destes. Na educação, o professor da
8ª série, depende do professor da 7ª, pois este é o seu fornecedor, pois
deverá empenhar-se na preparação de seus alunos, ou seja, atender as
necessidades de aprendizagem, de forma que na 8ª série o professor
possa conduzir o processo de “ensinar e aprender”.
É importante destacar que, nem sempre, atender a um desejo de
um cliente significa atender as suas necessidades. Embora a voz do
cliente deva sempre ser ouvida, especialmente quando os clientes são
pais e alunos, também é importante discernir entre vontade e
necessidade procurando-se, sempre, atender a ambas.
Também Barbosa et al (1995, p.18) referem-se à “qualidade
Intrínseca” o produto pode atender às expectativas e necessidades do
cliente. A educação está ligada à capacidade de seus professores e
especialista, na proposta pedagógica, ao currículo ao sistema de
avaliação. A qualidade intrínseca, numa sala de aula, é quando o
professor domina e transmite o conteúdo, motivando os alunos para a
aprendizagem. Da mesma forma, a qualidade intrínseca pode fazer parte
de uma cópia de xerox (está explicita na sua nitidez, limpeza e
apresentação).
Nesta linha de pensamento, pode-se alicerçar a qualidade no
conhecimento específico dos professores das disciplinas lecionadas, com
domínio da tecnologia e a motivação que é transmitida ao aluno, refletida
na moral da equipe.
23
Independente do trabalho de uma organização, com toda sua
estrutura, a área de atividade somente sobreviverá numa sociedade se
estiver destinada ao atendimento de alguma necessidade das pessoas,
da comunidade. No caso de uma instituição de ensino, as pessoas são
atendidas pelos em que prestam serviços.
Os alunos e suas famílias são os principais clientes do produto da
escola, atendendo as suas necessidades de aprendizagem, formação de
habilidades, caráter, exercendo de forma consciente e responsável a
cidadania. A sociedade espera receber, da escola, pessoas com
capacidade e desempenho de trabalho no meio social em que vivem.
Professores e funcionários esperam a remuneração condizente com
suas atividades realizadas, boas condições de trabalho e realização
pessoal. A Instituição realiza sua função de educar na sua comunidade.
Essa visão de escola como organização humana, tem um papel
importante na sociedade em que esta inserida, devido ao agrupamento
das pessoas, a quem deve atender suas necessidades e expectativas,
com relação aos serviços que presta.
Saliente-se que a QT, na educação, auxilia as instituições
educacionais a melhorarem a qualidade, do seu trabalho, através de um
novo enfoque nas atividades administrativas e pedagógicas. Esse sistema
possibilita a introdução de mudanças consistentes na escola, respeitando,
sempre, sua filosofia e proposta pedagógica.
A QT, na educação, não interfere na criatividade da escola, e, sim,
será um importante auxílio no aprimoramento do seu fazer pedagógico, e
em todas suas atividades, tornando o processo mais participativo e
motivador aos funcionários da instituição.
A QT prevê condições ideais para que todas as pessoas,
independente da função que execute, em qualquer setor, capacitem-se
para planejarem e administrarem seu próprio trabalho. Cada pessoa
recebe treinamento específico, participando de equipes, para resolver
problemas que possam dificultar, ou impedir, de atingir metas, ou
objetivos.
24
O resultado do trabalho tem a visão do que se destina ao cliente
final, este é o alvo principal, nunca o perdendo de vista.
Para implantação de um Programa de Qualidade Total, numa
instituição de ensino, depende muito mais de uma mudança de atitude,
hábitos e modo de pensar, das pessoas, do que, propriamente, da
aquisição de métodos, técnicas e ferramentas. O uso de métodos,
técnicas e ferramentas são importantes, porém, o mais importante é a
adesão das pessoas, por convencimento próprio, jamais por imposição.
Portanto, é importante que se propague à idéia de que “cada um é
responsável pelo resultado do seu próprio trabalho”, entretanto a
qualidade do resultado final, do trabalho da instituição, depende da
qualidade do trabalho de cada uma das pessoas da equipe.
Quando se deparar com um problema, deve-se buscar as “causas” e
nunca “culpados”. A qualidade acontece sobre a atividade que se
executa, e na medida em que a executa.
A qualidade é exercida por todas as pessoas, de todos os níveis,
de todos os setores, visando atender as necessidades de todas as
pessoas envolvidas, especialmente aquelas a quem se destinem os
resultados, o cliente final.
25
À medida em que o CO transparece, aumenta o grau de satisfação
dos funcionários com a empresa em que trabalham. Portanto, quando
uma organização se mantém em perfeita harmonia, integrando as
dimensões sociais, econômicas e tecnológicas, o resultado, ou a soma,
disto, é a qualidade positiva na vida dos funcionários e na comunidade
onde vivem.
Conhecer as informações provenientes de pesquisas sobre CO
possibilita às organizações, e seus dirigentes, planejarem e
desenvolverem relações de trabalho produtivo com seus clientes internos,
e satisfazerem os clientes externos.
O CO é considerado ambiente interno, que existe entre os
participantes de uma empresa, e está diretamente relacionado com o grau
de motivação das pessoas. Pode-se dizer que a qualidade do ambiente
interfere nas pessoas da empresa, e irá influenciar e refletir no seu
comportamento.
De acordo com Robbins (2002, p. 78), “funcionários satisfeitos
parecem mais propensos a falar bem da organização, ajudar os demais a
ultrapassar as expectativas em relação ao seu trabalho”. Para o autor,
“funcionários, satisfeitos e comprometidos, apresentam índices mais
baixos de rotatividade e absenteísmo (p. 79)”.
Segundo Wagner III (2004, p.142), “a satisfação no trabalho é um
estado emocional agradável que resulta da percepção de que o trabalho
ajuda a pessoa a atingir resultados valorizados”.
O CO pode ser visto, numa abordagem quantitativa, como:
saudável, doentio, quente, frio, incentivador, desmotivado, desafiador,
neutro, animador, ameaçador, de acordo com as características com que
cada participante se defronta.
Para Luz (2003 p.12), “Clima Organizacional é o reflexo do estado
de ânimo ou do grau de satisfação dos funcionários de uma empresa,
num dado momento”. Portanto, o clima pode ser bom ou ruim. É bom
quando as atitudes das pessoas são positivas. Há prazer e alegria na
execução das tarefas, confiança, entusiasmo, participação, dedicação,
26
satisfação e comprometimento por parte dos funcionários. Pode-se dizer
que o clima na empresa é bom quando os funcionários indicarem, para os
amigos, como local ideal para trabalharem, dessa forma, evidencia-se o
orgulho dos colaboradores em participarem das atividades da instituição.
Quando o clima for ruim, prejudica a qualidade do atendimento e
dos serviços. O ânimo da maioria dos funcionários é afetado por variáveis
organizacionais, como: tensões, desentendimentos, rivalidades,
animosidades, conflitos, desinteresses pelo cumprimento de tarefas e
resistência às ordens.
O mesmo autor afirma que é de responsabilidade da administração
de recursos humanos administrar o clima numa instituição. É importante
conhecer o grau de satisfação, as expectativas, as necessidades da
equipe de trabalho, para a melhoria contínua no ambiente de trabalho e
nos serviços prestados.
Para Luz (2003 p.13), “Clima Organizacional é a atmosfera
psicológica que envolve, num dado momento, a relação entre a empresa
e seus funcionários”. Por isso, o Clima Organizacional é um tema
importante, pois descreve o comportamento das pessoas sobre as
organizações em que trabalham.
O estudo do CO é um instrumento de feedback que contribui para o
conhecimento e manejo do funcionamento da organização. Segundo
Stoner apud Rizzatti (2002, p.29), o Clima Organizacional envolve um
quadro mais amplo da influência ambiental sobre a motivação, pois “o
Clima Organizacional é a qualidade ou propriedade do ambiente
organizacional que”: é percebida ou experimentada pelos membros da
organização e influencia o seu comportamento.
Quando se trata de CO, entende-se que são impressões pessoais,
ou particulares, que os trabalhadores sentem a respeito do ambiente de
trabalho. Por isso, nem todos terem a mesma opinião da instituição em
que trabalham.
O clima representa o somatório de expectativas geradas em uma
situação. É um fenômeno grupal que engloba fatos concretos e abstratos,
27
resultado da convivência do ser humano e da cultura presente na
instituição.
O CO deve ser encarado como um dos mecanismos de
viabilização do processo em busca da QT, para a satisfação dos clientes,
que deve ocorrer a nível interno e externo. Pois, alguém que esteja
descontente e insatisfeito, em seu ambiente de trabalho, não se dedica na
execução de suas tarefas.
Portanto, não existe uma harmonia entre qualidade do produto
oferecido e o trabalho realizado, sem que se ouça a opinião do
funcionário sobre as condições de trabalho. Ouvir a voz do cliente interno
é um indicador eficiente para a mudança de mentalidade empresarial,
onde o funcionário passa a ser visto não somente como um cumpridor de
ordens, mas sim como um aliado.
28
Cultura Organizacional é um conjunto de
pressupostos básicos que um grupo inventou,
descobriu ou desenvolveu ao aprender como lidar
com os problemas de adaptação externa e
integração interna e que funcionaram bem o
suficiente para serem considerados válidos e
ensinados a novos membros como a forma correta
de perceber, pensar e sentir em relação a esses
problemas.
29
- compromisso coletivo: é desenvolvido a partir de uma cultura
compartilhada;
- estabilidade emocional: nutre o senso comum de identidade e
compromisso, encorajando a contínua integração e cooperação;
- molda o comportamento: dá sentido aos ambientes.
Por isso, a cultura de uma organização existe para explicar o
porquê de as coisas acontecerem, e como acontecem. Para Wagner III
(2004, p.367), “cultura organizacional funciona como um tipo de cola
social que ajuda a reforçar comportamentos persistentes e coordenados
no trabalho”.
Segundo Robbins (2002 p.497), a cultura organizacional oferece
aos funcionários uma compreensão clara da “maneira que as coisas são
feitas aqui”. Oferece estabilidade à organização, mas pode tornar-se um
grande obstáculo às mudanças.
Para Robbins (2002 p.503), “a cultura é a argamassa social que
ajuda a manter a organização coesa”. Define as fronteiras, pois cria
distinções entre as organizações, propicia um senso de identidade aos
membros da organização, possibilita o comprometimento, além dos
interesses individuais de cada um, e estimula a estabilidade do sistema
social. Serve como sinalizador, que orienta as atitudes e comportamento
dos funcionários. Assim, “cultura define as regras do jogo”.
Para Robbins (2002 p.503), “cultura é sutil, intangível, implícita e
sempre presente. Mas toda organização desenvolve um conjunto básico
de premissas, convicções e regras implícitas que governam o
comportamento no dia-a-dia do trabalho”.
Observando a opinião, e o pensamento dos diversos autores
mencionados, constatou-se que os fatores de cultura organizacional são
importantes para identificar as relações comportamentais dos
funcionários, em uma organização, na busca de soluções e novos
métodos de trabalho.
30
2.7 Desenvolvimento dos Clientes Internos
31
Sob essa visão de marketing interno, todas as pessoas que
trabalhem na organização são os clientes internos, e as pessoas que
comprem são os clientes externos. Se os clientes internos não estão
satisfeitos, é bem provável que os clientes externos também não estejam.
Ainda dentro desse contexto, vê-se a importância da seleção,
treinamento e ajuste das tarefas a serem desempenhadas pelos
funcionários, sendo que o comprometimento deve ser de todas as partes.
Esse comprometimento é obtido por meio dos seguintes aspectos:
2.7.1 Liderança
32
líderes forem maus gerentes, os erros de planejamento farão com que o
grupo não siga em frente.
A liderança é um processo que influencia, positivamente, o
ambiente. A liderança é um fator decisivo, que tem a função de ajudar as
pessoas, ou os grupos, a descobrirem suas metas e motivá-los para o
cumprimento das mesmas.
Nesse pensamento, Soto (2002, p.216), afirma “sem liderança,
uma organização seria somente uma confusão de pessoas e máquinas,
assim como uma orquestra sem maestro seria apenas um conjunto de
músicos e instrumentos”.
Neste contexto, uma pessoa pode não possuir todas as qualidades
de um líder. Mesmo assim, pode ser um gerente eficaz por meio de
treinamentos e experiências adquiridas. A capacidade emocional é vital
na liderança. O principal objetivo é conseguir que todos executem suas
obrigações, e trabalhos, com eficiência.
A incapacidade dos líderes reduz o desempenho de todos,
havendo desperdício de tempo, criando desigualdade, danificando a
motivação e a dedicação, aumentando a hostilidade e a indiferença. A
aptidão, ou inaptidão, emocional de um líder pode ser avaliada por meio
do aproveitamento, ou desperdício, que a organização faz dos talentos
que dispõe.
No caso de descontrole de uma situação emocional, do funcionário
necessita-se de equilíbrio da liderança na resolução de problemas,
estabelecendo, rapidamente, o entendimento e a confiança, saber ouvir e
persuadir através de uma recomendação. O conhecimento de si mesmo,
e a visão com perspectiva, possibilita estabelecer um clima de confiança.
Segundo Soto (2002, p.212), na liderança existem três
perspectivas:
- a metaliderança: vincula as pessoas com o ambiente, através da visão
do líder, que emite energia, criando entusiastas e seguidores;
- a macroliderança: consiste em descobrir caminhos para obter sucesso
no futuro. Construindo uma cultura e atraindo mais pessoas para a
33
organização, com a certeza de terem a capacidade de explorar novas
oportunidades.
- a microliderança: Foca sua atenção num estilo de liderança, o qual
gera um clima de trabalho eficaz, e as ações deverão ser feitas dentro de
um padrão conforme o estilo da organização.
Essas dimensões de liderança devem ser definidas, coordenadas e
alinhadas, para produzirem ações eficazes na organização.
Oportunizar um CO favorável, que desenvolva e oportunize a
qualidade na prestação de serviços, exige a presença de indivíduos com
grandes capacidades em todos os setores. Essas capacidades não são
tão comuns como se possa imaginar, mas permitirão esforços no sentido
de aumentar a produtividade e a qualidade organizacional.
Na sua essência, e pela sua importância, este capítulo desenvolve
um conjunto de capacidades de liderança que, possivelmente, ajudarão
as organizações a conseguirem um ótimo desempenho no mercado.
Estudos provam que, se estas capacidades são fracas, os esforços para
melhorar a qualidade de prestação serviços morre lentamente. Por outro
lado, se a liderança for efetiva e consistente, oportunizará melhores
resultados.
Organizações equilibradas encaram a formação das capacidades
de liderança como um elemento fundamental no plano geral, e longo
prazo, para melhorar o CO da organização. Estas reconhecem a
necessidade do treinamento e desenvolvimento constante, pois
capacidades frágeis, intangíveis e imprecisas, de liderança, exigem um
exercício e aperfeiçoamento constante, para se manterem fortes.
Ressalta-se a importância da liderança nas organizações. Portanto,
pelo fato de que, em todo o estudo, a pesquisa, a análise, as discussões
e os modelos são úteis, podem, até, apontar as necessidades de
mudança,e somente as organizações, com membros capacitados, podem
provocar transformações, como descreve Deming (1997, p.91), “A
transformação em qualquer empresa só acontecerá sob a orientação de
34
um líder. Ela não é espontânea” logo, vamos dedicar um espaço para
falar de liderança.
Para Ishikawa (2004), uma área de foco, para influenciar a
qualidade, é através da liderança. O autor se refere às etapas
necessárias para equacionar as necessidades da organização com as
transformações dos ambientes e, portanto o líder é fundamental para
introduzir as mudanças necessárias.
McNeil&Clemmer (1988, p.143) dividem as capacidades de
liderança em quatro grupos chaves:
- Liderança Pessoal: a organização exalta o funcionário pelo feito
individual, mas aquela somente cresce e prospera pelo esforço coletivo.
Desse modo, as capacidades pessoais de liderança são de natureza
circular, capazes de transformarem os desejos e a energia em realidade,
continuando através das pessoas, ou com quem o líder se comunica em
seu ambiente de trabalho.
Conforme McNeil&Clemmer (1988, p.156) “se comunicar as suas
idéias, elas crescerão. Para fazer as idéias darem resultados, para fazer
que qualquer coisa na vida dê resultado, temos de avançar um passo:
partilhar e envolver outras pessoas”. Essa liderança pessoal comunicativa
é ratificada por Deming (1997, p.91): “Ele deve convencer e transformar
um número suficiente de pessoas que ocupam uma posição importante
para que isso possa se concretizar. Ele possui este poder de persuasão.
Ele compreende as pessoas”.
- Liderança Formativa: esta liderança é muito mais do que dar ordens. A
liderança, através da habilidade do líder, cria um contexto, um ambiente
onde todos aqueles, com quem trabalha, divide um objetivo, uma visão e
uma intenção comum, como cita McNeil&Clemmer (1988, p.144): “É
capaz de comunicar com seus colaboradores de um modo eficaz e
encorajador. Cria expectativas de atuação e facilita o relacionamento
entre as pessoas. Quando a atuação quebre ou o comportamento se
deteriora, consegue manter o sentido de responsabilidade do seu pessoal
e ao mesmo tempo o seu amor próprio”.
35
- Liderança de Equipe: nas organizações, os grupos de pessoas
valorizadas participam na criação de idéias, conceitos e processos.
Trabalham mais e com maior determinação, para se certificarem de que
as suas ações aconteçam. As melhores soluções para os problemas das
organizações, na maioria das vezes não vêm dos consultores, mas sim
das pessoas que tem habilidades necessárias para trabalharem
coletivamente, formando uma equipe. Sobre esse assunto, considera-se
importante o que escrevem McNeil&Clemmer (1988, p.207), “uma equipe
bem preparada, criada de forma cuidada e bem liderada é capaz de
produzir resultados extraordinários. O esforço eficaz da equipe provoca.
Inevitavelmente, melhorias notórias da prestação de serviços, da
qualidade, da inovação e da produtividade”.
- Liderança Cultural: modela-se através de projetos e objetivos comuns,
em que, os indivíduos de uma organização, acreditam. Para melhorar a
atuação mercadológica a instituição, tem que criar um ambiente de
liderança participativa a todos os membros e clientes da organização.
Essa capacidade merece uma atenção especial, porque constitui a base
para todos os outros conjuntos de capacidades, tanto é que
McNeil&Clemmer (1988, p.227) escrevem: “se ninguém na organização
possuir fortes capacidades de liderança cultural, as tentativas de
aperfeiçoamento por parte dos líderes estão destinadas a falhar. Na
melhor das hipóteses seriam vistos como uma brigada de socorro”.
Para Stoner (1999, p.344), liderança significa “processo de dirigir e
influenciar as atividades relacionadas às tarefas dos membros de um
grupo”. Esses membros são os funcionários que podem ser chamados de
colaboradores, com disposição para aceitarem as mais diversas
solicitações. No caso de não haver colaboradores, todas as qualidades
de um líder seriam irrelevantes.
Nesses casos, o líder tem mais poder, isto é tem a capacidade de
exercer influência, podendo mudar as atitudes, ou comportamentos, das
pessoas.
36
2.7.2 Cliente
37
queixa, é alguém lhe informando que a organização ainda não o satisfez,
pois toda a queixa possibilita diferençar sua empresa das demais. As
queixas contribuem para indicar como suprir as necessidades de seus
clientes, que seus concorrentes não estão suprindo.
Muitas vezes as organizações vêem seus clientes como pessoas
chatas e difíceis de contentar, e subestimam que elas não apreciem bons
produtos. Esta é uma atitude perigosa, podendo, até, ser desastrosa.
Por outro lado, diretores investem numa tática valiosa, que são as
reclamações, solucionando-as. As pessoas que se queixam vêem seus
problemas rapidamente resolvidos, então voltam a comprar .
É importante conhecer o cliente, satisfazê-lo, e o sucesso será
conseqüência. Nas organizações, todos deverão equilibrar suas ações
conforme as necessidades, expectativas e os desejos dos clientes. No
caso de uma ação, que não está de acordo com as necessidades do
cliente, cancele-a imediatamente.
Para conseguir uma conduta voltada para o cliente, é importante
lembrar que: deve-se determinar quem deve ser seu cliente, tentar
conhecê-lo melhor do que ele conhece a si mesmo, ficar atento, medindo
cada ação com relação às necessidades e expectativas deste, lutando,
constantemente, de forma a superar essas expectativas.
Clientes são aqueles cujas decisões determinam se a organização
irá crescer, ou seja, prosperar. Muitas vezes é um grupo complexo de
múltiplas camadas, é necessário conhecer e servir a todos os segmentos,
garantindo, assim o progresso.
Freemantle (2001 p.16) define o cliente como “a pessoa que toma
uma decisão de compra”, apesar de que, for ser muito restrito, exclui
clientes potenciais, ex-clientes e, também, os que influenciam os clientes.
Geralmente, as decisões de compra são tomadas depois de um processo
de consulta, envolvendo muitas pessoas, todas elas, genericamente,
chamadas de “clientes”.
O mesmo autor escreve “o cliente é a pessoa com quem você está
tratando no momento e a quem você está tentando ajudar”. Essa ajuda
38
pode ser uma orientação de venda, informações sobre marketing, ou
qualquer outra atividade relacionada ao cliente, ou sua área de atuação.
Quando se está diante dos clientes, está-se no caminho para a real
vantagem competitiva. Quando as expectativas e necessidades tornam-se
um padrão, através da qual a organização mede seus esforços e vigor, os
clientes terão a possibilidade de ver as suas expectativas constantemente
superadas. O cliente ficará encantado, e responderá com fidelidade.
O termo “empregado” não se tem. Na verdade, “empregado” é um
termo que não existe em algumas organizações, devido ao termo reduzir
as pessoas, dando a conotação de propriedade. Dessa forma, não são
administradas as pessoas, pelo contrário, são administrados seus
esforços. Todos são tratados como clientes, passando a idéia que todos
são clientes uns dos outros.
Nessa idéia, Whiteley (1992 p.83), apud Cawley, escreve
“empregado” acredita ser uma palavra infeliz. Compreende como se uma
pessoa trabalhava para outra”. Salienta que se trabalham em conjunto.
Algumas organizações chamam seu pessoal de “membros”, outras
de “equipe”, outras de “companheiros”. Qualquer que seja a palavra
usada são pessoas, e merecem todo respeito, pois trabalham na
instituição. O resultado é satisfação desses funcionários, excelente
trabalho para os clientes e rentabilidade para a empresa.
2.7.3. Motivação
39
Ainda para Robbins (2002, p.151), “motivação é o processo
responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma
pessoa para o alcance de uma determinada meta”. De uma forma global,
é associado com o esforço em relação a qualquer objetivo.
Os fatores importantes, para conceituar a motivação, são: a
intensidade, direção e persistência. A intensidade refere-se ao esforço
despendido. Geralmente ela não leva a resultados positivos, desde que
seja levada a uma direção que traga benefícios, sendo que o esforço que
se busca ser aquele que traga benefícios, que seja coerente. E,
obviamente, que a motivação tenha persistência, querendo dizer que é o
tempo que o indivíduo consegue manter esse esforço. Geralmente, a
motivação se mantém até a realização da tarefa.
Pode-se afirmar que a teoria sobre motivação mais conhecida é a
de Maslow, que é a das necessidades, e, para ele, existe uma hierarquia:
necessidades fisiológicas, necessidades de segurança, necessidades
sociais, necessidade de auto-estima e necessidade de auto-realização.
Conforme essas necessidades vão sendo alcançadas, as próximas
tornam-se dominantes. No pensamento de Maslow, para se motivar
alguém, é necessário saber em que nível da hierarquia ele se encontra,
focando a satisfação.
Maslow também classificou as necessidades em dois patamares:
as fisiológicas e de segurança, como necessidades de baixo nível; as
relacionadas com a auto-realização, com necessidade de alto nível.
Para Chiavenato (2004 p.231), “motivação é o processo
responsável pela intensidade direção e persistência dos esforços de uma
pessoa para o alcance de determinada meta”. Está ligada ao esforço de
atingir qualquer objetivo, tendo, também, uma dimensão peculiar de
persistência.
Saliente-se que a motivação não faz parte da personalidade, e sim
do resultado da interação da pessoa com a situação.
Segundo Soto (2002 p.118), “motivação é a pressão interna
surgida de uma necessidade, também interna, que, excitando as
40
estruturas nervosas, origina um estado energizador, impulsionando o
organismo à atividade, iniciando, guiando, mantendo a conduta até que
alguma meta seja conseguida, ou a resposta seja bloqueada”.
As ações do comportamento humano originam-se de uma
necessidade, com a intenção de suprir uma deficiência. Sendo que a
necessidade possibilita a energia, a qual desencadeia a conduta de uma
pessoa. Logo, os motivos, após energizados, determinam as atitudes.
Essa representação é das capacidades, ou potencialidades.
Para Schermerhorn & Hunt & Osborn (1999 p. 86), “motivação se
refere às forças dentro de uma pessoa responsável pelo nível, direção e
persistência do esforço dependido no trabalho”.
Quando se refere ao nível, é a quantidade de esforço que a pessoa
emprega, a direção é a opção da pessoa, no caso de ela se deparar com
várias alternativas, visando a qualidade ou quantidade, a persistência é o
tempo que é designado para uma ação, no caso de se ter persistência de
continuar, ou se desiste com facilidade.
Motivação, às vezes chamada como teoria da expectativa, a qual é
ampla sobre motivação, tenta explicar o que determina o comportamento
e atitudes, no local de trabalho.
2.7.4. Percepção
41
sensações, e como as organiza. Assim, percepção é a forma de
interpretar as mensagens dos sentidos, o qual dará a ordem e significado
ao meio ambiente.
Logo, esses processos, todos, chamam-se de interpretação. Desse
modo, pode-se dizer que pessoas vêem a mesma situação de maneira
diferente, sendo que a interpretação do significado indica a reação do
indivíduo.
Pode-se dizer que a percepção pode ser considerada como uma
variável interventora, que tem grande influência no processo de
motivação.
A percepção pode ser considerada como uma variável interventora,
que influencia, diretamente, no processo de motivação. Muitas vezes, a
percepção é transmitida através dos meios, experiência educacional, vida
familiar e social, em geral.
Sob o ponto fisiológico, a percepção define os limites da
capacidade de ver, ouvir, cheirar, e assim por diante. Mesmo diante
dessas limitações, as informações que os órgãos dos sentidos recebem
entram na mente como um dado bruto, não processado. A ponto que as
pessoas interpretam estas informações de forma que seja condizente com
suas crenças, valores, atitude, adaptado por experiências culturais e
ambientais. Pode-se dizer que a percepção é definida através da
interação de fatores fisiológicos e psicológicos.
As pessoas, normalmente, recebem uma quantidade muito grande
de estímulos auditivos e visuais, do ambiente externo. Através do
processo interno, far-se-á a seleção e a organização dos dados.
Posteriormente, essas seleções dos dados serão processadas e
interpretadas, onde acorrerá a ordenação de forma coerente. Como já foi
mencionado, não acontece de forma casual, mas de acordo com as
crenças e valores.
Para Soto (2002 p.65), “percepção se refere ao processo ativo de
perceber a realidade e organizá-la em interpretações”.
42
Esse mesmo autor explica que a informação é recebida pelo
cérebro, sob a forma de impulsos nervosos. Depois de organizada e
interpretada, dá lugar à percepção. Sintetizando o que foi comentado
anteriormente, a percepção é o processo de recebimento da informação
externa, e é decodificada internamente, atuando no comportamento.
Segundo Wagner III & Hollenbeck (2004 p.58), “percepção é o
processo pelo qual os indivíduos selecionam, organizam, armazenam e
recuperam informações”.
Nesse pensamento, o processo perceptivo é a forma que de como
serão processadas as informações, pelo indivíduo, e a tomada de
decisões. São alternativas novas e inovadoras, que superam as formas
comuns de decisões.
43
existir, nem operar, sem a comunicação, por esta ser uma rede que
opera, integra e coordena as partes.
Sem a comunicação as pessoas ficariam isoladas. Através dela,
gera-se progressos para a melhoria da eficácia no relacionamento
interpessoal. É a principal determinante na resolução de conflitos entre as
pessoas, ou grupos.
As falhas de comunicação podem ter conseqüências fatais.
Pesquisas indicam que as falhas de comunicação são os fatores que mais
geram conflitos interpessoais. A boa comunicação é essencial para a
eficácia de uma organização.
Para Chiavenato (2004 p. 304), ”controle, motivação, expressão
emocional e informação”, são as quatro funções básicas dentro da
comunicação de qualquer organização. Sendo que o controle na
comunicação age no comportamento, das pessoas, de várias maneiras.
Nas organizações há hierarquias, as quais devem ser seguidas
pelos funcionários, sendo que estes deverão comunicar qualquer
problema de trabalho ao seu superior imediato, ou seguir à risca suas
instruções de trabalho. Nessa situação, a comunicação está
desempenhando a função de controle.
A comunicação facilita a motivação pelo fato de esclarecer, aos
funcionários, o que deve ser feito, podendo avaliar a qualidade do seu
desempenho e orientar como melhorar. O estabelecimento de metas, o
feedback, com relação a elas, e o reforço no comportamento, estimula a
motivação e requer comunicação.
A comunicação exercida, num grupo, é um mecanismo
fundamental, para que as pessoas expressem suas frustrações, ou
sentimentos de satisfação e contentamento. A comunicação possibilita o
meio para expressão emocional, com especial atenção às necessidades
sociais.
A comunicação desempenha o papel de facilitadora na tomada de
decisões, proporcionando informações que as pessoas, e os grupos,
44
precisem para tomarem decisões, transmitindo dados para que se possa
fazer uma avaliação do processo organizacional.
Nenhuma das quatro funções deve ser entendida como mais
importante do que as demais. Os grupos, para terem um melhor
desempenho, devem exercer algum controle sobre os membros, estimulá-
los ao esforço, contribuir para a expressão emocional e a tomada de
decisões.
A comunicação é compreendida como um processo, e os
problemas acontecem quando existem desvios, ou bloqueios, nesse fluxo.
Chiavenato (2004) afirma que a comunicação flui vertical ou
horizontalmente, sendo que a vertical pode ser dividida em direção
ascendente e descendente.
A forma descendente é usada pelos executivos e líderes, para
atribuírem tarefas, fornecerem instruções de trabalho, informarem, aos
subordinados, políticas e procedimentos, identificação de problemas que
precisem de atenção e fornecimento de feedback e desempenho.
A forma ascendente é a que se direciona aos altos escalões da
empresa, ou da organização. Fornece o feedback aos executivos, informa
sobre os progressos e avanços, em relação às metas, relatando os
problemas vigentes. A comunicação ascendente mantém, sempre, os
dirigentes informados de como os funcionários se sentem em relação ao
trabalho, seus colegas e a organização em geral. Usam também, essa
comunicação, para obterem idéias, sugestões de melhorias, queixas e
identificação de problemas.
45
Treinamento é desenvolvimento de suas habilidades, da pessoa,
para o cargo. Por isso, o treinamento não é educar é um conjunto de
métodos usados para transmitir, aos funcionários novos, e antigos, da
empresa, as habilidades necessárias para o desempenho do seu
trabalho. Geralmente, o treinamento concentrava-se no desenvolvimento
de habilidades técnicas. Hoje, o treinamento significa aperfeiçoamento
complementar, formação de equipes e tomada de decisões. Em função do
avanço tecnológico, é necessário, também, o treinamento em informática
e até editoração.
O treinamento pode ser desenvolvido a curto prazo, de forma
organizada e sistemática, através do qual as pessoas modificam hábitos,
adquirem habilidades e conhecimentos, em função dos objetivos
desejados pela empresa.
Para Chiavenato (1998 p.495), “treinamento envolve a transmissão
de conhecimentos específicos relativos ao trabalho, atitudes frente a
aspectos da organização, da tarefa e do ambiente, e desenvolvimento de
habilidades”. Treinamento é o ato de aperfeiçoar a habilidade e perícia de
um empregado, para o desenvolvimento de determinado cargo ou
trabalho.
Em geral, o treinamento é uma educação especializada, formada
de todas as atividades, que compreende desde a aquisição de habilidade
motora até o fornecimento de conhecimentos técnicos, aptidões
administrativas e, inclusive, atitudes referentes a problemas sociais.
A finalidade do treinamento é viabilizar e ajudar a alcançar os
objetivos na empresa, propiciando oportunidades, aos empregados, de
todos os níveis, como forma de obter conhecimentos na prática e na
conduta, conforme exigência da organização.
Conforme Chiavenato (1998 p.495), apud Hoyler, treinamento é um
“investimento empresarial destinado a capacitar a equipe de trabalho a
reduzir ou eliminar a diferença entre o atual desempenho, e os objetivos e
realizações propostos”.
46
Por isso, treinamento é um esforço em equipe, com o objetivo de
atingir, de forma econômica, os objetivos da empresa. Assim, o
treinamento não é considerado despesa, mas um investimento, no qual o
retorno é compensador para a empresa.
O treinamento é uma forma de possibilitar o desenvolvimento de
uma habilidade especifica, a qual surge como resultado de esforços de
cada pessoa.
47
O Modelo Malcolm Baldrige de Excelência desempenha um papel
importante na consolidação e promoção da QT, em um dos três principais
mercados mundiais, nos Estados Unidos.
Na década de 80, a comunidade norte-americana, de gestores e
líderes, percebeu que a qualidade tinha deixado de ser uma opção
somente para as suas empresas, tornando-se uma necessidade
obrigatória no mercado mundial, cada vez mais competitivo e em
constante expansão.
Nesse sentido, o Prêmio Malcolm Baldrige foi difundido pelo
Departamento de Comércio dos Estados Unidos, com a colaboração da
Americam Society for Quality (ASQ) e do National Institute of Standards
and Technology (NIST). O prêmio ganhou prestígio nacional e
internacional, sendo responsável pela melhoria em muitas organizações
públicas e privadas, que nele encontram um modelo de Gestão da
Qualidade Total e de subsídios e orientações, em busca de uma maior
competitividade.
Os prêmios Malcolm Baldrige, de qualidade, tem um propósito de
estimular as organizações a melhorar em seus métodos e resultados, não
só em favor de suas próprias expectativas, mas também visando as
expectativas e necessidades ao longo de uma comunidade. Atualmente,
os objetivos do mercado modificaram-se de forma impressionante, e
somente empresas com resultados competitivos em níveis mundiais,
estarão capacitadas a enfrentarem a competição do mercado, e ter
sucesso.
Porém, este prêmio apresenta uma série de critérios e pontuações,
conforme a organização de cada empresa esta pode auto-avaliar-se,
seguindo os critérios que o prêmio proporciona.
Neste contexto, é relevante que, além da distribuição dos prêmios
aos associados, muitas organizações, não sócias, utilizem os critérios e
modelos para se auto-avaliarem e orientarem seu trabalho, em busca da
qualidade e melhoria contínua, pois o modelo possui abertura para
48
componentes eficazes, usados para versões adaptadas nos modelos de
avaliação.
Este programa é composto de sete critérios, que estão
apresentados no Quadro 1.
Critérios
1. Liderança
2 . Planejamento Estratégico
3 . Ênfase no cliente e no mercado
4 . Medição, Análise e Gerenciamento do Conhecimento.
5 . Ênfase nos recursos humanos
6 . Gerenciamento de Processos
7 . Resultados da Eficiência Organizacional
49
realização dos objetivos institucionais, podendo ser adaptadas a qualquer
tipo de organização.
Em busca da competitividade e sobrevivência, no mercado, as
organizações estão buscando, cada vez mais, referenciais de qualidade,
sendo que esses programas citados são originários do Programa
Nacional da Qualidade Malcolm Baldrige, os quais são formados por oito
critérios de excelência em gestão, como pode ser observado no Quadro
2.
Critérios de excelência
Liderança
Estratégias e Planos
Clientes
Sociedade
Informações e Conhecimento
Pessoas
Processos
Resultados
50
VISÃO E MISSÃO
PLANEJAMENTO ÊNFASE AO
ESTRATÉGICO TREINAMENTO
DIREÇÃO RESULTADO DO
GERAL CLIMA
ANÁLISE E
AVALIAÇÃO DO
CONHECIMENTO
51
2.10 Histórico da Organização - Objeto do Estudo
52
9.632m² de área construída, distribuída em salas de aulas, bibliotecas,
laboratórios, salas administrativas, salas de professores, circulação,
sanitários, ginásio de esportes, quadras esportivas, área verde e play
ground.
O projeto político pedagógico convoca o sentir, o pensar, e o agir,
das equipes técnico-administrativas, técnico-pedagógica, dos professores,
dos alunos e dos funcionários da Instituição, definindo a identidade e a
prática pedagógica, desvelando intenções, as quais irão se refletir na
práxis do cotidiano.
O objetivo da Instituição é desenvolver uma educação
transformadora, que propicie, aos alunos uma vivência cristã, através da
co-responsabilidade, participação e solidariedade. A instituição fiel aos
fundamentos filosóficos, e possui plena convicção dos princípios
pedagógicos, humanísticos e cristãos, que orientam seu trabalho, pois se
insere no contexto proposto pela lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei nº 9394/96).
53
3. METODOLOGIA
Para Yin (1981, p.22), “o estudo de caso pode, ser utilizado tanto
em pesquisas exploratórias quanto descritivas e explicativas”. Por ser
exploratória e descritiva, inevitavelmente aconteceu uma pesquisa
bibliográfica, que de acordo com Gil (2001) o desenvolvimento da
pesquisa bibliográfica ocorre a partir de material já elaborado, constituído,
principalmente, de livros e artigos científicos, e que tem por finalidade
fornecer, ao investigador, uma visão completa sobre o assunto a ser
pesquisado.
54
interpretação dos resultados, de forma a garantir uma margem de
segurança em relação às inferências obtidas.
3.2 População
55
Nesta etapa, os dados foram coletados por meio dos questionários
pré-elaborados, onde foram feitas reuniões, em pequenos e grandes
grupos. Foi exposto o assunto da pesquisa, seus objetivos e finalidade,
para que respondessem o questionário.
De posse dos dados, estes foram codificados e analisados por
meio de técnicas estatísticas. Esta fase caracterizou-se pelo processo de
analisar e interpretar as informações obtidas, a qual chama-se de “análise
e interpretação dos dados”. A análise tem como objetivo organizar e
sumariar os dados, de forma que possibilite o fornecimento de respostas
ao problema proposto para investigação.
56
4. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
57
O número de funcionários, e o percentual por setor e função que
desempenham está representado no Quadro 4.
58
Alternativas
Questões
CT% C% CP% D% DT% NR%
6. O desempenho global da
organização é analisado criticamente,
considerando os principais 21,3 45,9 23,0 - - 9,8
indicadores?
7. A direção preocupa-se com o bom
57,4 37,7 3,3 - - 1,6
relacionamento da equipe?
8. Os valores e diretrizes
organizacionais, definidas para
promover à cultura da excelência e o
atendimento as necessidades das
24,6 52,5 16,4 - - 6,6
partes interessadas, estão
disseminados na organização?
9. A instituição é gerenciada por
líderes competentes, inovadores,
26,2 49,2 21,3 - - 3,3
empreendedores e dinâmicos?
10. A direção interage com todas as
partes interessadas, demonstrando
comprometimento e buscando
52,5 32,8 13,1 - - 1,6
oportunidades de melhorar para a
organização?
11. Existe parceira e bom
relacionamento entre os 19,7 54,1 24,6 - - 1,6
colaboradores?
12. A direção da instituição é aberta a
receber e reconhecer as opiniões e
contribuições dos seus 47,5 37,7 9,8 - 1,6 3,3
colaboradores?
13. Os valores e as diretrizes
32,8 54,1 8,2 1,6 - 3,2
organizacionais estão estabelecidos?
14. A instituição apresenta melhoria
23,0 52,5 21,3 - - 3,3
nos métodos de trabalho?
Quadro 5 – Aspecto Liderança.
59
Quanto o aspecto liderança, quase todos os respondentes
concordam plenamente, ou concordam em parte, com a forma de gestão
da Instituição. Embora a maioria esteja entre os que concordam
plenamente, e concordam, apenas 1 discorda que são estabelecidos os
valores e a diretrizes da organização e 1 discorda totalmente que a
direção seja aberta a receber e reconhecer as opiniões de seus
colaboradores. A Figura 2 mostra os resultados referentes ao aspecto
liderança.
Aspecto Liderança
14
12
Critério
10
Porcentagem
60
Alternativas
Questões
CT% C% CP% D% DT% NR%
15. Na sua opinião, o trabalho no seu
39,3 39,3 13,1 3,3 1,6 3,3
setor poderia ser melhorado?
16. No seu setor há espaço suficiente
34,4 42,6 16,4 3,3 1,6 1,6
para a execução de suas atividades?
17. Você acha que o trabalho no seu
37,7 32,8 19,7 3,3 1,6 3,3
setor poderia ser melhorado?
18. No seu setor, existem os recursos
materiais e equipamentos para a -
21,3 31,1 36,1 9,8 1,6
realização de seu trabalho?
19. No seu setor, o trabalho é
-
distribuído, eqüitativamente entre
31,1 37,7 23,0 8,2 -
todos, evitando sobrecarga?
20. Você e seus colegas recebem
informações e orientações para 1,6
27,9 41,0 26,2 1,6 1,6
realização do seu trabalho?
61
Aspecto Organização e Condições de Trabalho
20
19
Critérios
18
17
16
15
Porcentagem
62
Alternativas
Questões
CT% C% CP% D% DT% NR%
21. Os colaboradores estão abertos a
14,8 59,0 21,3 1,6 3,3 -
mudanças?
22. O responsável pelo seu setor é
32,8 42,6 18,0 1,6 1,6 3,3
justo e dá oportunidade para todos?
23. Os conflitos são resolvidos
29,5 49,2 16,4 - 3,3 1,6
rapidamente e de forma justa?
24. Existe parceria e bom
relacionamento entre os 24,6 41,0 21,3 1,6 - 11,5
colaboradores?
25. Você trabalha com dedicação, e
41,0 44,3 14,8 - - -
entusiasmo, porque é valorizado?
26. Você gosta realmente do que faz? 73,8 21,3 4,9 - - -
63
Aspecto Am biente Relacional
26
25
Critérios
24
23
22
21
Porcentagem
64
Alternativas
65
Aspecto Treinam ento e Desenvolvim ento
32
31
Critério
30
29
28
27
Porcentagem
CT C CP D DT NR
66
Alternativas
Questões
CT% C% CP% D% DT% NR%
33. A direção deixa claro as metas e
52,5 29,5 14,8 1,6 - 1,6
objetivos a serem alcançados?
34.As suas sugestões são valorizadas
36,1 37,7 23,0 1,6 1,6 -
pelos superiores?
35. Existe adequação das
informações recebidas, ao correto 23,0 57,4 16,4 1,6 - 1,6
desempenho das atividades?
36. Tem conhecimento dos valores e -
52,5 39,3 6,6 1,6 -
missão da empresa?
37. A satisfação do emprego resulta
63,9 32,8 - 1,6 - 1,6
na satisfação do cliente?
38. A comunicação é eficiente em
todos os sentidos (de cima para baixo,
16,4 44,3 26,2 11,5 1,6 -
de baixo para cima e entre áreas
distintas)?
39. As informações são
compartilhadas? Existe amplo acesso,
por parte dos colaboradores, à base 1,6 23,0 41,0 26,2 6,6 1,6
de dados e conhecimento da
organização?
40. Recebe feedback (retorno) pelo
18,0 41,0 29,5 6,6 - 4,9
trabalho realizado?
67
não têm recebido feedback do trabalho executado. A Figura 6 apresenta
os resultados deste aspecto.
39
Critérios
37
35
33
Porcentagem
68
Alternativas
Questões
CT% C% CP% D% DT% NR%
41. Você recebe o reconhecimento
toda a vez que realiza um bom 32,8 43,4 26,2 4,9 - 1,6
trabalho?
42. Você sente que o seu trabalho é
29,5 42,6 21,3 4,9 - 1,6
valorizado pela instituição?
43. Suas idéias e sugestões são
26,2 36,1 29,5 4,9 - 3,2
ouvidas e valorizadas?
44. O colaborador é reconhecido por
3,2
apresentar novas idéias que leva à 26,2 49,2 18,0 3,3 -
melhoria no trabalho?
45. Os colaboradores são bem
remunerados, em comparação com o
31,1 41,0 16,4 - 3,3 8,2
que é pago em outras instituições para
o mesmo tipo de trabalho?
69
Valorização e reconhecimento
45
44
Critérios
43
42
41
Porcentagem
70
Alternativas
Questões
MS% S% +-S I MI% NR%
46. Como você se sente em relação ao
37,7 47,5 11,5 - - 3,3
seu ambiente de trabalho?
47. Como expressa o seu grau de 23,0
satisfação com as condições físicas da
16,4 52,5 3,3 - 4,9
instituição (ruído, temperatura, espaço,
higiene, mobiliário, sanitários)?
48. Qual o seu grau de satisfação
quanto ao número de horas trabalhadas/ 34,4 50,8 8,2 3,3 - 3,3
dia?
49. Como você se sente, com relação
32,8 49,2 13,1 - - 4,9
ao volume de trabalho que realiza?
50. Você se sente satisfeito com o
29,5 41,0 23,0 1,6 1,6 3,3
número de funcionários no seu setor?
71
Organizações e Condições de Trabalho
50
49
Critérios
48
47
46
Porcentagem
72
Alternativas
Questões
S% QS% AV% R% N% NR%
51. Você, sempre, procura realizar suas
88,5 8,2 - - - 3,3
atividades com qualidade?
52. Você participa, espontaneamente,
das reuniões internas, que visem à 77,0 14,8 3,3 1,6 - 3,3
melhoria do seu setor?
53. Você participa, espontaneamente,
dos programas de qualidade 57,4 29,5 3,3 - 1,6 8,2
promovidos pela instituição?
54. A satisfação do cliente é tratada com
73,8 18,0 3,3 - - 4,9
prioridade máxima na instituição
55. Você e sua equipe procuram formas
de melhorar a qualidade e a 73,8 18,0 1,6 - - 6,6
produtividade do trabalho?
56. A qualidade do trabalho é mais
78,7 18,0 - - - 3,3
importante do que a sua quantidade?
57. O compromisso da instituição com a
qualidade dos serviços prestados está 60,7 29,5 4,9 - - 4,9
visível no trabalho diário?
58. As solicitações dos clientes (alunos
47,5 39,3 6,6 1,6 - 4,9
e pais) são atendidas prontamente?
59. Você acha que a instituição está
utilizando a estratégia adequada para o
32,8 37,7 16,4 4,9 - 8,2
desenvolvimento, em relação ao
mercado?
73
clientes. Isso faz com que a Instituição adquira credibilidade perante a
sociedade. Nesse aspecto, percebe-se que, também, há pessoas que não
desejaram manifestar sua opinião. Essas informações podem ser
visualizadas na Figura 9.
59
57
Critérios
55
53
51
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Porcentagem
74
Alternativas
Questões
S QS V R N NR
60. A instituição passa uma boa impressão para
44,3 42,6 9,8 - - 3,3
a população em geral?
61. Você e sua equipe ajudam a melhorar a
imagem da instituição, contribuindo para o seu 78,7 16,4 1,6 - - 3,3
sucesso?
62 Os colaboradores orgulham-se do
68,9 23,0 4,9 - - 3,3
desempenho da instituição?
Imagem da Instituição
62
Critérios
61
60
Porcentagem
S QS V R N NR
75
4.2 Inferência Estatística
76
menos conhecimento, do que as mulheres, dos valores e missão da
empresa.
77
“Existe adequação das informações recebidas, ao correto desempenho
das atividades?” também mostrou diferença significativa entre as opiniões
na alternativa ‘discordo’. Isso demonstra que para as pessoas que estão,
de 11 a 15 anos, não haver adequação das informações com o correto
desempenho das atividades.
78
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
79
favorece o desenvolvimento dos processos na busca da qualidade nos
serviços prestados.
3) com relação ao terceiro objetivo, “Estabelecer as relações entre o
Clima Organizacional e a qualidade do serviço, obtidos a partir da
avaliação do desempenho dos professores e funcionároios”, chegou-se as
seguintes conclusões:
3.1. quanto ao aspecto liderança, os colaboradores concordam com a
forma de gestão da Instituição;
3.2. no item organização, os colaboradores acham que o setor em que
atuam poderia ser melhorado se houvesse uma melhor distribuição das
tarefas, melhor aproveitamento dos espaços e distribuição de recursos.
Gostariam de receber mais informações para execução de suas tarefas.
3.3. no ambiente relacional, a maioria dos colaboradores concorda em
todos os itens avaliados. É interessante salientar que realmente gostam
do que fazem. Contudo, não manifesta opiniões sobre parceiros e bons
relacionamentos entre eles.
3.4. quanto ao treinamento e desenvolvimento, os colaboradores, na sua
maioria, concordam que a Instituição disponibiliza cursos de atualização,
mas salientam que não são suficientes.
3.5. na comunicação interna, dizem que tem conhecimento das metas e
objetivos a serem atingidos, porém discordam da eficiência da
comunicação, não recebendo feedback do trabalho executado;
3.6. quanto a valorização e reconhecimento, os colaboradores concordam
que são valorizados. Quanto à remuneração, muitos deixaram de
responder. A organização e condições de trabalho a maioria estão
satisfeitos.
3.7. no aspecto qualidade e satisfação do cliente, os colaboradores
desempenham suas tarefas com qualidade, atendendo às necessidades e
expectativas dos clientes. Fazendo com que a Instituição tenha
credibilidade perante a sociedade.
3.8. quanto à imagem da Instituição, segundo os respondentes, é sempre
passado para a sociedade uma boa imagem, sentimento de identidade e
80
prestígio obtido, pois a equipe, que nela trabalha, é eficiente e contribui
para o sucesso, o qual deixa todos orgulhosos.
81
- finalmente, recomenda-se a promoção de mais encontros, da direção
com professores e funcionários, oportunizando uma integração entre
todos os setores da Instituição.
Portanto, o êxito de uma Instituição de Ensino depende da
capacidade de liderança dos seus dirigentes. Por isso, a Instituição
poderá dispor de um diagnóstico capaz de monitorar, de maneira
sistemática, o grau de satisfação, ou insatisfação, dos funcionários,
possibilitando o alinhamento das necessidades e expectativas, dos
Recursos Humanos (RH), com os valores, a missão, a visão e os
objetivos da Instituição.
O estudo delimitou-se aos resultados obtidos de acordo com os
procedimentos metodológicos aplicados. Assim, abre-se um novo
caminho, no que se refere ao aperfeiçoamento e aprimoramento desses
dados, na busca da Qualidade Total.
82
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
83
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas,
1995.
GODOY et all. O Papel da Gestão de Recursos Humanos Frente ao
Desafio da Qualidade. Encontro Nacional de Engenharia de
Produção. Curitiba, PR. Outubro de 2002.
JURAN. J. M. A qualidade desde o Projeto: Os novos passos para o
planejamento da qualidade em produtos e serviços. São Paulo: Ed.
Guazzelli Ltda, 1992.
JURAN. J. M. Planejando para a Qualidade. São Paulo: Ed. Pioneira,
1990.
KAHALE, Flavia. Criando um Clima de Motivação. Instituto MVC.
Disponível em www.institutomvc.com.br. Acessado em 15/02/2004.
LAKATOS, E. M.& MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia
científica. São Paulo: Atlas, 2003.
LAS CASAS, Alexandre Luzzi, 1948. Qualidade Total em serviços:
conceitos, exercícios, casos práticos. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
LUZ, Ricardo. Gestão do Clima Organizacional. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2003.
MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa de Marketing: uma orientação
aplicada. Tradução de Nivaldo Montigelli Jr. e Alfredo Alves de
Farias. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
McNEIL, A. & CLEMMER, J. Como Liderar. Rio de Janeiro: Edições 70,
LTDA, 1988.
OLIVEIRA, S. L. Tratado de Metodologia Científica. São Paulo:
Pioneira, 1999.
OLIVEIRA,Otávio J. Gestão da Qualidade: tópicos avançados. São
Paulo: Pioneira, 2004.
RICHARDSON, R. J. Pesquisa Social – métodos e técnicas. São Paulo:
Atlas, 1999.
ROBBINS, Stephen Paul. Comportamento Organizacional. 9ª ed. São
Paulo: Prentice Hall, 2002.
84
REVISTA FALANDO DE Qualidade:Gestão, Processos e Meio Ambiente.
Outubro 2004-N° 149, São Paulo: Gráfica Prol.
SCHERMERHORN, John. Fundamentos de Comportamento
Organizacional. Porto Alegre: Bookman, 1999.
SIQUEIRA, Fabiana Cardoso de.O Clima Organizacional e a Qualidade
em Serviços: um estudo de caso de um grupo de empresas de
comunicação. Dissertação de mestrado (Universidade Federal de
Santa Maria), 2004.
SOTO, Eduardo. Comportamento Organizacional.O Impacto das
emoções. São Paulo: Pioneira, 2002.
STONER, J.A; FREEMAN,R.E. Administração. Rio de Janeiro: Prentice-
Hall do Brasil,1995.
STONER, J.A; FREEMAN,R.E. Administração. Rio de Janeiro: Prentice-
Hall do Brasil,1999.
SHETH, J. & MITTAL, B. &NEWMAN B.I. Comportamento do Cliente.
Indo além do comportamento do consumidor.São Paulo: Atlas, 2001.
TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais. São
Paulo: Atlas, 1987.
WAGNER III, John A. Comportamento Organizacional. São Paulo:
Saraiva, 2004.
WHITELEY, Richard C. A empresa totalmente voltada para o cliente:
do planejamento a ação. Trad. Ivo Korytowski. Rio de Janeiro:
Campus, 1992.
YIN, Robert K. Estudo de caso: Planejamento e métodos. Porto Alegre:
Bookman, 2001.
85
ANEXOS
86
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL
Prezado Colega,
I- INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO
Não é necessário identificar-se no formulário.
Suas informações serão mantidas em sigilo.
Marque apenas uma resposta, fazendo um “X” na resposta que você escolher.
Caso a pergunta não corresponda a sua situação de trabalho, deixe-a em branco.
II- DADOS PESSOAIS
1- Setor que trabalha ( ) Setor I ( ) Setor II ( ) Setor III ( ) Setor
Administrativo ( ) Setor de serviços gerais. ( ) Outros.
2- Função que exerce: ( ) Professor ( ) Funcionário
3- Tempo de serviço na Instituição: ( ) Menos de 2 anos ( ) De 3 a 5 anos ( ) De
5 a 10 anos ( ) De 11 a 15 anos ( ) Mais de 16 anos.
4- Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino
5- Idade : ( ) Até 25 anos ( ) De 26 a 30 anos ( ) De 31 a 35 anos
( ) De 36 a 45 anos ( } De 46 a 55 anos ( ) Mais de 56 anos
QUESTIONÁRIO
Leia com atenção e assinale somente uma das alternativas com um “X”.
87
Concordo Concordo Discordo
6. O desempenho global da
organização é analisado
criticamente, considerando
os principais indicadores?
7. A direção preocupa-se
com o bom relacionamento
da equipe?
8. Os valores e diretrizes
organizacionais definidas
para promover à cultura da
excelência e o atendimento
as necessidades das partes
interessadas,estão
disseminados na
organização?
9. A instituição é
gerenciada por líderes
competentes, inovadores,
empreendedores e
dinâmicos?
10. A direção interage com
todas as partes
interessadas,
demonstrando
comprometimento e
buscando oportunidades de
melhoria para a
organização?
11. Existe parceria e bom
relacionamento entre os
colaboradores?
12. A direção da Instituição
é aberta a receber e
reconhecer as opiniões e
contribuições dos seus
colaboradores?
13. Os valores e as
diretrizes organizacionais
estão estabelecidos?
14. A Instituição apresenta
melhoria nos métodos de
trabalho?
Concordo Concordo Discordo
88
17. Você acha que o
trabalho no seu setor
poderia ser melhorado?
18. No seu setor, existem
os recursos materiais e
equipamentos para a
realização de seu trabalho?
19. No seu setor, o trabalho
é distribuído
eqüitativamente, entre
todos, evitando
sobrecarga?
20. Você e seus colegas
recebem informações e
orientações para a
realização do seu trabalho?
Concordo Concordo Discordo
Totalmente Concordo Parcialmente Discordo Totalmente
AMBIENTE RELACIONAL
5 4 3 2 1
89
profissionalmente, com o
trabalho que executa?
31.Você é reconhecido por
apresentar novas idéias,
que levam a melhoria e
eficiência do trabalho?
32. As avaliações de
desempenho são
realizadas objetivando
melhorias na produtividade
do colaborador?
Concordo Concordo Discordo
COMUNICAÇÃO Totalmente Concordo Parcialmente Discordo Totalmente
INTERNA 5 4 3 2 1
41.Você recebe o
reconhecimento toda a vez
que realiza um bom
trabalho?
42. Você sente que o seu
trabalho é valorizado pela
Instituição?
90
43. Suas idéias e
sugestões são ouvidas e
valorizadas?
44.O colaborador é
reconhecido por apresentar
novas idéias que leva à
melhoria e eficiência no
trabalho?
45. Os colaboradores são
bem remunerados, em
comparação com o que é
pago em outras Instituições
para o mesmo tipo de
trabalho?
Concordo Concordo Discordo
CONDIÇÕES DE Totalmente Concordo Parcialmente Discordo Totalmente
TRABALHO 5 4 3 2 1
QUALIDADE E Quase
SATISFAÇÃO DO Sempre Sempre Às vezes Raramente Nunca
CLIENTE
5 4 3 2 1
91
54. A satisfação do cliente
é tratada como prioridade
máxima na Instituição?
55.Você e sua equipe
procuram formas de
melhorar a qualidade e a
produtividade do trabalho?
56. A qualidade do trabalho
é mais importante do que
sua quantidade?
57.O compromisso da
Instituição com a qualidade
dos serviços prestados está
visível no trabalho diário?
58.As solicitações dos
clientes (alunos e pais) são
atendidas prontamente?
59. Você acha que a
Instituição está utilizando a
estratégia adequada para o
desenvolvimento, em
relação ao mercado?
Quase
IMAGEM DA INSTIUIÇÃO Sempre Sempre Às vezes Raramente Nunca
5 4 3 2 1
92