Redes de Atenção Á Saúde
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1. Redes de Atenção à Saúde - Integração da Atenção Básica e
demais unidades de saúde.
Fonte: http://www.brasil.gov.br/saude/2013/01/contrato-federativo-integra-
servicos-de-saude-nos-municipios/rede-de-atencao-a-saude/view
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A implementação das RAS aponta para uma maior eficácia na produção de
saúde, melhoria na eficiência da gestão do sistema de saúde no espaço
regional, e contribui para o avanço do processo de efetivação do SUS. A
transição entre o ideário de um sistema integrado de saúde conformado em redes
e a sua concretização passam pela construção permanente nos territórios, que
permita conhecer o real valor de uma proposta de inovação na organização e na
gestão do sistema de saúde.
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acompanhar atendência de declínio dos problemas agudos e de ascensão das
condições crônicas;
(4) fragilidade na gestão do trabalho com o grave problema de precarização e
carência de profissionais em número e alinhamento com a política pública;
(5) a pulverização dos serviços nos municípios; e
(6) pouca inserção da Vigilância e Promoção em Saúde no cotidiano dos serviços
de atenção, especialmente na Atenção Primária em Saúde (APS).
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Caracteriza-se pela:
Formação de relações horizontais entre os pontos de atenção com o
centro de comunicação na Atenção Primária à Saúde (APS),
Centralidade nas necessidades em saúde de uma população,
Responsabilização na atenção contínua e integral,
Cuidado multiprofissional, compartilhamento de objetivos e
compromissos com os resultados sanitários e econômicos.
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Fundamenta-se na compreensão da APS como primeiro nível de atenção,
enfatizando a função resolutiva dos cuidados primários sobre os problemas mais
comuns de saúde e a partir do qual se realiza e coordena o cuidado em todos os
pontos de atenção.
FONTE: http://promoversaude.ning.com/
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São exemplos de pontos de atenção à saúde: os domicílios, as unidades
básicas de saúde, as unidades ambulatoriais especializadas, os serviços de
hemoterapia e hematologia, os centros de apoio psicossocial, as residências
terapêuticas, entre outros.
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Créditos na imagem
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do usuário -, mobilizamos intensamente conhecimentos sobre a forma de saberes
profissionais, bem estruturados, como a clínica do médico, a clínica do dentista, o
saber da enfermagem ou do psicólogo, etc., o que nos permite dizer que há uma
tecnologia menos dura do que os aparelhos e as ferramentas de trabalho e que
está sempre presente nas atividade de Saúde, a qual denominamos leve-dura. É
leve um saber que as pessoas adquiram e está inscrito na sua forma de pensar
os casos de Saúde e na maneira de organizar uma atuação sobre eles; mas é
dura à medida que é um saber fazer bem estruturado, bem organizado, bem
protocolado, normalizável e normalizado.
Entretanto, quando reparamos com maior atenção ainda, vemos que, além destas
duas situações tecnológicas, há uma terceira, que denominamos leve.
Qualquer abordagem assistencial de um trabalhador de Saúde junto a um usuário-
paciente produz-se através de um trabalho vivo em ato, em um processo de
relações, isto é, há um encontro entre duas pessoas que atuam uma sobre a outra
e no qual se opera um jogo de expectativas e produções, criando-se
intersubjetivamente alguns momentos interessantes, como os seguintes:
momentos de falas, escutas e interpretações, nos quais há a produção de uma
acolhida ou não das intenções que essas pessoas colocam nesses encontros;
momentos de cumplicidade, nos quais há a produção de uma responsabilização
em torno do problema que vai ser enfrentado; momentos de confiabilidade e
esperança, nos quais se produzem relações de vínculo e aceitação.
Diante dessa complexa configuração tecnológica do trabalho em Saúde,
advogamos a noção de que só uma conformação adequada da relação entre os
três tipos é que pode produzir qualidade no sistema, expressa em termos de
resultados, como maior defesa possível da vida do usuário, maior controle dos
seus riscos de adoecer ou agravar seu problema e desenvolvimento de ações que
permitam a produção de um maior grau de autonomia da relação do usuário no
seu modo de estar no mundo.
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Texto extraído de: Emerson Elias Merhy in: Sistema Único de Saúde em Belo
Horizonte – Reescrevendo o Público; Ed. Xamã; São Paulo, 1998.
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Responder com efetividade às necessidades em saúde;
Obter um efetivo e rigoroso controle sobre o crescimento dasdespesas de
origem pública com a saúde;
Alcançar maior eficiência gestora no uso de recursos escassos,
maximizando o nível de bem-estar;
CRÉDITOS NA IMAGEM
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3. FUNDAMENTOS DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÙDE
Para assegurar resolutividade nas redes de atenção alguns fundamentos
precisam ser considerados:
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Suficiência - significa o conjunto de ações e serviços disponíveis em
quantidade e qualidade para atender as necessidades de saúde da
população e inclui cuidados primários, secundários, terciários, reabilitação,
preventivos e paliativos, realizados com qualidade.
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Fonte: Google
3. Processos de Substituição
São definidos como o reagrupamento contínuo de recursos entre e dentro dos
serviços de saúde para explorar soluções melhores e de menores custos, em
função das demandas e das necessidades da população e dos recursos
disponíveis.
Esses processos são importantes para se alcançar os objetivos das RAS, no que
se refere a prestar a atenção certa, no lugar certo, com o custo certo e no tempo
certo.
A substituição pode ocorrer nas dimensões da localização, das competências
clínicas, da tecnologia e da clínica. Ex: mudar o local da atenção prestada do
hospital para o domicílio; transição do cuidado profissional para o auto cuidado;
delegação de funções entre os membros da equipe multiprofissional, etc.
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4. Região de Saúde ou Abrangência
A organização das RAS exige a definição da região de saúde que implica na
definição dos seus limites geográficos e sua população e no estabelecimento do
rol de ações e serviços que serão ofertados nesta região de saúde. As
competências e responsabilidades dos pontos de atenção no cuidado integral
estão correlacionadas com abrangência de base populacional, acessibilidade e
escala para conformação de serviços.
A definição adequada da abrangência dessas regiões é essencial para
fundamentar as estratégias de organização das RAS, devendo ser observadas as
pactuações entre o Estado e o Município para o processo de regionalização e
parâmetros de escala e acesso.
5. Níveis de Atenção
Fundamentais para o uso racional dos recursos e para estabelecer o foco
gerencial dos entes de governança das RAS, estruturam-se por meio de arranjos
produtivos conformados segundo as densidades tecnológicas singulares,
variando do nível de menor densidade (APS), ao de densidade tecnológica
intermediária, (atenção secundária à saúde), até o de maior densidade
tecnológica (atenção terciária à saúde).
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4. ATRIBUTOS DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
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3. Primeiro nível de atenção constituído de equipe multidisciplinar que cobre
toda a população e serve de porta de entrada do sistema, integra e coordena
o cuidado, e atende à maior parte das necessidades de saúde da população;
7. Sistema de governança único para toda a rede com o propósito de criar uma
missão, visão e estratégias nas organizações que compõem a região de saúde,
definir objetivos e metas que devem ser cumpridos no curto, médio e longo prazo,
articular as políticas institucionais e desenvolver a capacidade de gestão
necessária para planejar, monitorar e avaliar o desempenho dos gerentes e das
organizações;
11. Sistema de informação integrado que vincula todos os membros da rede, com
identificação de dados por sexo, idade, lugar de residência, origem étnica e outras
variáveis pertinentes;
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12. Financiamento tripartite, garantido e suficiente, alinhado com as metas da
rede;
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A gestão da clínica aqui compreendida implica "a aplicação de tecnologias de
micro gestão dos serviços de saúde com a finalidade de:
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VAMOS AOS CONCEITOS:
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efetivação das LC, como garantia dos recursos materiais e humanos necessários
a sua operacionalização; integração e co-responsabilização das unidades de
saúde; interação entre equipes; processos de educação permanente; gestão de
compromissos pactuados e de resultados. Tais aspectos devem ser de
responsabilidade de grupo técnico, com acompanhamento da gestão regional.
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É, portanto, uma relação personalizada entre o profissional responsável pelo caso
e o usuário de um serviço de saúde.
Lista de espera – pode ser conceituada como uma tecnologia que normatiza o
uso de serviços em determinados pontos de atenção à saúde, estabelecendo
critérios de ordenamento por necessidades e riscos, promovendo a transparência,
ou seja, constituem uma tecnologia de gestão da clínica orientada a racionalizar
o acesso a serviços em que existe um desequilíbrio entre a oferta e a demanda.
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A estrutural operacional das RAS é constituída pelos diferentes pontos de
atenção à saúde, ou seja, lugares institucionais onde se ofertam serviços de
saúde e pelas ligações que os comunicam.
Os componentes que estruturam as RAS incluem: APS - Centro de comunicação:
APS; os pontos de atenção secundária e terciária; os sistemas de apoio; os
sistemas logísticos e o sistema de governança.
Para cumprir este papel a APS deve ser o nível fundamental de um sistema de
atenção à saúde, o primeiro contato de indivíduos, famílias e comunidades
com o sistema e parte de um sistema global de desenvolvimento econômico
e social. Constitui o primeiro contato de indivíduos, famílias e comunidades com
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o sistema de atenção à saúde, trazendo os serviços de saúde o mais próximo
possível aos lugares de vida e trabalho das pessoas e significa o primeiro
elemento de um processo contínuo de atenção.
Deve exercer um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que
abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o
diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde.
Uma atenção primária de qualidade, como parte integrante das redes de atenção à
saúde estrutura-se segundo sete atributos e três funções:
Atributos –
1. Primeiro contato;
2. Longitudinalidade;
3. Integralidade;
4. Coordenação;
5. Centralidade na família;
6. Abordagem familiar
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7. Orientação comunitária.
1. O Primeiro Contato:
2. A Longitudinalidade:
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problemas de saúde, através da adoção dos instrumentos de gestão da clínica –
diretriz clínica e gestão de patologias.
3. A Integralidade da Atenção:
4. A Coordenação:
5. A Centralidade na Família:
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sobre o mesmo teto, que possuam entre elas uma relação de parentesco
primordialmente pai e/ou mãe e filhos consanguíneos ou não, assim como as
demais pessoas significativas que convivam na mesma residência, qualquer que
seja ou não o grau de parentesco.
6. Abordagem Familiar:
7. A Orientação Comunitária:
1. O Primeiro Contato:
2. A Longitudinalidade:
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A longitudinalidade deriva da palavra longitudinal e é definida como “lidar com o
crescimento e as mudanças de indivíduos ou grupos no decorrer de um período
de anos” (STARFIELD, 2002). É uma relação pessoal de longa duração entre
profissionais de saúde e usuários em suas unidades de saúde, independente do
problema de saúde ou até mesmo da existência de algum problema. Está
associada a diversos benefícios: menor utilização dos serviços; melhor atenção
preventiva; atenção mais oportuna e adequada; menos doenças preveniveis;
melhor reconhecimento dos problemas dos usuários; menos hospitalizações;
custos totais mais baixos. Os maiores benefícios estão relacionados ao vínculo
com o profissional ou equipe de saúde e ao manejo clínico adequado dos
problemas de saúde, através da adoção dos instrumentos de gestão da clínica –
diretriz clínica e gestão de patologias.
3. A Integralidade da Atenção:
4. A Coordenação:
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prontuários clínicos eletrônicos e os sistemas informatizados podem contribuir
para a coordenação da atenção, quando possibilitam o compartilhamento de
informações referentes ao atendimento dos usuários nos diversos pontos de
atenção, entre os profissionais da APS e especialistas.
5. A Centralidade na Família:
6. Abordagem Familiar:
7. A Orientação Comunitária:
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Definir e caracterizar a comunidade;
Identificar os problemas de saúde da comunidade;
Modificar programas para abordar estes problemas;
Monitorar a efetividade das modificações do programa.
Funções –
1. Resolubilidade;
2. Organização;
3. Responsabilização.
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1. Resolução: visa resolver a grande maioria dos problemas de saúde da
população;
Sistemas de Apoio:
São os lugares institucionais das redes onde se prestam serviços comuns a todos
os pontos de atenção à saúde. São constituídos pelos sistemas de apoio
diagnóstico e terapêutico (patologia clínica, imagens, entre outros); pelo sistema
de assistência farmacêutica que envolve a organização dessa assistência em
todas as suas etapas: seleção, programação, aquisição, armazenamento,
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distribuição, prescrição, dispensação e promoção do uso racional de
medicamentos; e pelos sistemas de informação em saúde.
Sistemas Logísticos:
Os sistemas logísticos são soluções em saúde, fortemente ancoradas nas
tecnologias de informação, e ligadas ao conceito de integração vertical.
Sistema de Governança:
A governança é definida pela Organização das Nações Unidas como o exercício
da autoridade política, econômica e administrativa para gerir os negócios do
Estado. Constitui-se de complexos mecanismos, processos, relações e
instituições através das quais os cidadãos e os grupos sociais articulam seus
interesses, exercem seus direitos e obrigações e mediam suas diferenças
(RONDINELLI, 2006).
Exercer uma governança solidária nas regiões de saúde implica no
compartilhamento de estruturas administrativas, de recursos, sistema logístico e
apoio, e de um processo contínuo de monitoramento e avaliação das Redes de
Atenção à Saúde. Assim, a governança das RAS é diferente da gerência dos
pontos de atenção à saúde, dos sistemas de apoio e dos logísticos.
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No processo de governança são utilizados instrumentos e mecanismos de natureza
operacional, tais como: roteiros de diagnóstico, planejamento e programações
regionais, sistemas de informação e identificação dos usuários, normas e regras de
utilização de serviços, processos conjuntos de aquisição de insumos, complexos
reguladores, contratos de serviços, sistemas de certificação/acreditação, sistema
de monitoramento e avaliação, comissões/câmaras técnicas temáticas, etc.
A alocação dos recursos de custeio das Redes de Atenção à Saúde deve ser
pautada por uma combinação de critérios de necessidades de saúde envolvendo
variáveis demográficas, epidemiológicas e sanitárias e ao desempenho no
cumprimento dos objetivos e das metas fixadas. A construção de programação
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pactuada e integrada – PPI consiste em uma estratégia para orientar a definição
de alocação compartilhada de recursos.
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No SUS a Estratégia Saúde da Família, representa o modelo para a organização da
APS. O seu fortalecimento torna-se uma exigência para o estabelecimento das
RAS.
Atenção Secundária
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A organização da Atenção Secundária se dá por meio de cada uma das
microrregiões do Estado, onde há hospitais de nível secundário que prestam
assistência nas especialidades básicas (pediatria, clínica médica e obstetrícia),
além dos serviços de urgência e emergência, ambulatório eletivo para referências
e assistência a pacientes internados, treinamento, avaliação e acompanhamento
da Equipe de Saúde da Família (ESF).
Atenção Terciária
É a atenção da saúde de terceiro nível, integrada pelos serviços ambulatoriais e
hospitalares especializados de alta complexidade.
A Atenção Terciária é organizada em polos macrorregionais, através do sistema
de referência.
O modelo técnico-científico de atenção à saúde, que privilegia o hospital como
ambiente para a prática de cuidados, contribuiu para que a atenção terciária
permanecesse no imaginário popular como nível de atenção à saúde de maior
importância. Com efeito, é comum ver a mídia em geral destacar novíssimas
tecnologias e até mesmo técnicas experimentais como sendo soluções para os
problemas de saúde. Liga-se a imagem do hospital bem equipado à de eficiência
de sistema de saúde.
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6. QUESTÕES
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3. (UPENET-2013) A organização de Redes de Atenção à Saúde (RAS) pode
ser definida como estratégia para um cuidado integral e direcionada às
necessidades de saúde de uma população. Nesse sentido, as RAS
constituem-se em
A) Abrangência.
B) Coordenação.
C) Vinculação.
D) Centralidade.
E) Acessibilidade.
GABARITO:
1- C 2- E 3- B 4-B
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Referências Bibliográficas
ANDRADE, Luiz Odorico Monteiro. In. Rouquaryol, Maria Zélia. Epidemiologia &
saúde. Rio de Janeiro, MEDSI,7 ed, 2013. p.473-79,
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_______. MINISTÉRIO DA SAÚDE. GABINETE DO MINISTRO. Portaria N. 325,
de 22 de fevereiro de 2008. Brasília: Ministério da Saúde, 2008a.
Paim, Jairnilson Silva. In. Rouquaryol, Maria Zélia. Epidemiologia & saúde. Rio de
Janeiro, MEDSI, 1993. p.455-66,
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Peduzzi, Marina. Trabalho em equipe. Disponível em:
http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/traequ.html
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