01 TCC Lucimar
01 TCC Lucimar
01 TCC Lucimar
PANAMBI
2018
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PANAMBI
2018
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BANCA AVALIADORA
_________________________________________________
1º AVALIADOR (A): PROF(A). ME. PATRICIA PREDALI – DCEENG/UNIJUÍ
_________________________________________________
2º AVALIADOR (ORIENTADOR): PROF. ME. FELIPE TUSSET – DCEENG/UNIJUÍ
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DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, quero agradecer a Deus por tudo e por todo o cuidado que teve
comigo, auxiliando em cada passo e sendo responsável por todas as minhas batalhas vencidas.
Agradeço a minha família, minha esposa Roviane e meu filho Lucas William pela
compreensão, paciência e apoio comigo durante este longo desafio.
Agradeço a meus pais e minha irmã que me deram apoio e sustentabilidade para eu
continuar.
Agradecer também a empresa Bruning Tecnometal, em ter aberto as portas para meu
crescimento profissional, auxiliando na graduação, e ajudando a me tornar um profissional
bem mais qualificado e preparado.
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RESUMO
O presente trabalho teve por objetivo realizar um estudo de caso através da aplicação das
técnicas do Lean Manufacturing e de apresentar uma proposta de implementação através da
aplicação de suas ferramentas para a redução de desperdícios no processo produtivo, bem
como o impacto destas nos custos industriais, em uma empresa metal mecânica. Trata-se de
uma pesquisa através de uma metodologia de análise do problema, onde é descrito a forma de
investigação, ferramentas aplicadas e suas respectivas funções. A análise foi realizada no
período de dez (10) meses, prevendo as possíveis oscilações de demanda. Os resultados foram
obtidos por meio do desenvolvimento do mapa de fluxo de valor, gráfico de balanceamento do
operador e diagrama de espaguete, sendo identificados nestes os desperdícios e propondo
melhorias e soluções nos planos de ações, com ganhos em redução de cinquenta por cento (50%)
em ociosidade. Por fim, concluiu-se que através das técnicas do Lean Manufacturing, se forem
aplicadas corretamente causam melhorias significativamente na empresa.
ABSTRACT
The objective of the present work was to carry out a case study through the application of
Lean Manufacturing techniques and to present a proposal of implementation through the
application of its tools for the reduction of waste in the productive process, as well as the
impact of these in the industrial costs, in a metalworking company. It is a research through a
methodology of analysis of the problem, which describes the form of research, applied tools
and their respective functions. The analysis was carried out over a period of ten (10) months,
predicting possible demand swings. The results were obtained through the development of the
value flow mapping, operator balance chart and spaghetti diagram, identifying the waste and
proposing improvements and solutions in the action plans, with gains in reduction of fifty
percent (50 %) in idleness. Finally, it was concluded that through the techniques of Lean
Manufacturing, if applied correctly cause significant improvements in the company.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE EQUAÇÕES
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 16
4 METODOLOGIA ................................................................................................................ 33
5.1 A EMPRESA.............................................................................................................. 36
15
6 IMPLEMENTAÇÃO ........................................................................................................... 52
7 CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 57
1 INTRODUÇÃO
2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
2.3 JUSTIFICATIVAS
De acordo com Santos (2003), uma das maiores preocupações das empresas
modernas é a busca de melhoria da produtividade e eficiência. Então, as organizações vêm
buscando novas ferramentas de gerenciamento, que as direcionem para uma maior
competitividade através da qualidade e produtividade.
Conforme Riani (2006) relata em seu estudo de caso, sobre os resultados obtidos
com a implantação do Lean Manufacturing, foi possível reduzir em dois por cento (2%) os
desperdícios totais na fábrica de cânulas, empresa que atua no ramo da indústria de produtos
médico-hospitalares. Ela destaca que o projeto teve como metas:
Aumento da produtividade em cinco por cento (5%);
Melhorias 5S: organização, limpeza, padronização e educação;
Treinamento do time no evento kaizen blitz, ferramentas e técnicas do lean;
Mapeamento do processo com a utilização do brown paper;
Padronização de trabalho nos três turnos;
Criação de métricas e métodos para sustentar ganhos e melhorias;
Identificar oportunidades de melhorias futuras; e,
Redução da perda no processo em trinta por cento (30%).
Portanto, para estes objetivos foram utilizadas as técnicas do Lean Manufacturing,
como: (a) – LDMS (gerenciamento diário do lean) e seus componentes; (b) – reuniões de
início de turno (SSU); (c) – quadros de resultados e métricas (PVD); (d) – formulários de
melhoria contínua (KAS); (e) – vinte pontos chave e os indicadores de desempenho das
células; (f) – kaizen blitzes (evento com duração de uma semana para melhoria contínua); e,
(g) – o VSM (mapeamento do fluxo de valor).
Riani (2006), finaliza que através da implementação do projeto na redução dos
desperdícios, o ganho financeiro no ano de 2006 foi de cinco vezes maiores do que ano de
2005.
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Já Alves (2015), relata em seu estudo realizado em uma indústria metalúrgica sobre
os benefícios alcançados por meio da implantação do Lean Manufacturing, com o objetivo
geral de eliminar desperdícios e aperfeiçoar operações, buscando a lucratividade e aumento da
competividade no mercado. Este trabalho tinha como objetivo específico criar através do Lean
Manufacturing, um sistema padronizado dos processos em um conjunto de quatro máquinas
da tal indústria metalúrgica, desenvolvendo a melhoria contínua entre os processos,
diminuindo o tempo de preset, que é o tempo que o técnico de ferramentas leva preparando as
ferramentas que irão para a máquina, e diminuindo o tempo de setup, que é o tempo que o
colaborador leva ajustando a ferramenta na máquina.
Segundo Alves (2015) os resultados avaliados através das técnicas do Lean
Manufacturing, com a padronização do ferramental do processo de usinagem tiveram-se
setenta por cento (70%) de padronização.
Alves (2015) ainda conclui que: através da padronização os ganhos foram de: (a)
tempo de preset – uma redução de 600 horas por ano que corresponde a R$ 30.000,00 por
ano; (b) tempo de setup – uma redução de 1.120 horas por ano, o que corresponde a uma
redução de R$ 112.000,00 por ano. A padronização do processo teve redução de tempo de
espera e aumentou a produtividade.
Este trabalho de conclusão de curso se justifica a partir da necessidade observada na
empresa metal mecânica, onde há demanda de produção, porém não a condições de
atendimento da mesma. Através do mapeamento do processo produtivo e identificação dos
seus desperdícios, a detecção e análise dos problemas causadores de tal anomalia,
proporcionam sua contenção ou eliminação, melhorando o potencial competitivo da
organização.
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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Este presente capítulo tem por objetivo apresentar uma revisão da literatura que
permite o entendimento dos conceitos relacionados à produção enxuta e desperdícios, focando
nos desperdícios organizacionais, como meio de estabelecer uma solução para os problemas
causados pelos mesmos.
É necessário um aprofundamento teórico para se definir as técnicas a serem
aplicadas, buscam-se então bibliografias sobre o Lean Manufacturing e Sistema Toyota de
Produção. E este embasamento teórico é feito através de pesquisas em diversos materiais, para
a descrição de aplicação e conceitos dessas ferramentas no estudo em questão.
para tanto, pode-se aderir à produção mais enxuta, produzir realmente o necessário, no tempo
certo, com recursos certos.
O conceito do pensamento enxuto é aumentar a produtividade utilizando menos
recursos e menos mão-de-obra, proporcionar ganhos na produção, na qualidade e
desenvolvimento de produtos. (RIANI, 2006).
Segundo Slack, Chambers e Johnston (2009) o desperdício pode ser interpretado
como qualquer atividade que não agrega valor na atividade, logo, torna-se interessante
eliminá-la para que a produtividade seja aumentada, trazendo assim bons resultados à
organização e aos consumidores finais.
Na maioria das indústrias brasileiras sempre o foco é a fabricação: melhorar em
produção, ganhos operacionais, ter eficiências nas máquinas e com os operadores, e a
constante busca por maior lucro possível com o menor capital investido. Uma das maneiras de
manter a competividade perante as mudanças do mercado.
Os desperdícios são classificados em sete tipos que se sobrepõem a diferentes
operações, sendo a eliminação destes um dos focos do pensamento enxuto. São eles: tempo de
espera, desperdício por superprodução, processo, transporte, estoque, produtos defeituosos e
movimentação (CORRÊA e CORRÊA, 2012).
Womack e Jones (2004) relatam que um poderoso antídoto para combater o
desperdício é o pensamento enxuto que pode ser aplicado a qualquer tipo de organização.
Para Womack, Jones e Roos (1992), o Lean Manufacturing é em sua essência uma
filosofia de gestão, inspirado no Sistema Toyota de Produção e que evidenciou todas as
vantagens do mesmo no seu livro.
Já para Ohno (1997) a manufatura enxuta e o Sistema Toyota de Produção se
correspondem como sendo a mesma filosofia de processo e a busca pela melhoria contínua e
eficiência da produção.
Todos os objetivos do Lean Manufacturing se relacionam a uma meta principal, ou
seja, a produção enxuta, com eliminação dos desperdícios de maneira sistemática (SHINGO,
1996). Assim, as operações são conduzidas para que os produtos finais sejam produzidos nas
quantidades e no tempo determinado, conforme a demanda do cliente, através de um fluxo
contínuo de materiais na produção.
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Segundo Ohno (1997), há sete desperdícios principais que devem ser eliminados a
fim de melhorar o processo. Esses desperdícios abrangem tudo que é realizado em um
processo, mas que não agrega valor para o cliente, gerando apenas um aumento no custo do
produto. Os sete desperdícios que o sistema visa eliminar são:
Superprodução: a maior fonte de desperdício;
Tempo de espera: refere-se a materiais que aguardam em filas para serem
processados;
Transporte: nunca geram valor agregado no produto;
Processamento: algumas operações de um processo poderiam nem existir;
Estoque: sua redução ocorrerá através de sua causa raiz;
Movimentação: perda de tempo; e,
Defeitos: fabricar produtos defeituosos significa desperdiçar materiais, mão de
obra, movimentação de materiais defeituosos e outros.
Resumindo, no sistema de produção enxuto tudo o que não agrega valor ao produto,
é visto perante os clientes, como desperdícios. Segundo Ohno (1997) a verdadeira melhoria na
eficiência acontece quando se tem na produção zero desperdício e elevamos a porcentagem de
trabalho para 100%.
Tendo em mente os princípios do Lean Manufacturing e as atividades que são
consideradas desperdícios, o próximo passo é mapear o fluxo de valor que acompanha o
circuito do material ao longo do processo. Fazendo esse mapeamento é possível identificar o
que agrega valor e o que não agrega valor, mas é necessário (LIKER, 2005).
O just in time (JIT) é um dos pilares do Sistema Toyota de Produção. Para Dennis
(2007), uma produção just in time significa produzir o item necessário, na quantidade
necessária e na hora necessária, no mais qualquer outra coisa vai caracterizar em desperdícios.
Segundo Shingo (1996), a palavre just in time em japonês quer dizer ou significar no
momento certo, oportuno. Portanto, o Lean Manufacturing busca produzir peças ou produtos
exatamente na quantidade necessária e apenas quando são solicitadas.
Womack & Jones (1998), em “A mentalidade Enxuta nas Empresas”, disseram que,
para determinado produto o valor tenha sido especificado com precisão, e o fluxo de valor foi
mapeado, as etapas que não agregarem valor sejam eliminadas, é fundamental que o valor em
processo flua, suave e continuamente.
Segundo Shingo (1996), a sincronização do fluxo de peças unitárias pode acabar com
as esperas entre processos. A implantação de um fluxo contínuo de produção necessita de um
perfeito balanceamento das operações ao longo da célula de fabricação e montagem.
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Assim, Womack & Jones (1998) complementam, que o fluxo de valor significa
analisar toda a cadeia de valor pelo qual um produto deve ser submetido. A ideia básica é
eliminar desperdícios, tais como estoque, que por sua vez gera esforço humano demasiado,
desperdício de tempo e requerimento de espaços maiores para que a produção funcione.
O que realmente conduz ao fluxo contínuo é a capacidade de implementação de um
fluxo unitário (um a um) de produção, caso em que, no limite, os estoques entre processos
sejam completamente, conforme a figura 1.
Segundo, Rother e Shook (1999) o conceito de mapa de fluxo de valor pode ser
definido como:
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O conceito da metodologia takt time (ritmo da operação), pode ser definido como
tempo necessário para atender a demanda, ou seja, tempo de produção que se têm disponível
pelo número de unidades a serem produzidas em função da demanda.
O objetivo do takt time é determinar se um processo é capaz de atender uma
determinada demanda e determinar a capacidade do processo, assim, é calculado conforme a
equação 1:
Equação 1 - Equação do takt time
(1)
Onde:
Takt time = Tempo disponível para a produção dividido pela demanda;
TD = Tempo disponível por turno; e,
DC = Demanda do cliente.
Neste tempo, estão excluídas as perdas por desperdícios, paradas, retrabalhos e etc.
(GOMES, 2008).
É importante entender que o takt time não é simplesmente uma formula matemática
para se realizar o cálculo, mas entender que é o tempo que o cliente quer o produto solicitado.
O termo do lead time vem da junção de lead que é conduzir, e o time que significa
tempo, ou seja, o conceito da metodologia lead time (tempo do ciclo) entende-se como tempo
necessário para um produto percorrer todas as etapas do processo desde o início até o fim.
Lead time, conforme George (2004) “É o tempo que você leva para entregar seu
serviço ou produto uma vez disparado o pedido.”.
Para saber qual é o lead time do processo, basta seguir as seguintes etapas abaixo:
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(2)
Onde:
Lead time = tempo de ciclo;
QPE = quantidade de peças estocadas; e,
QPD= quantidade produzida no dia.
Para George (2004), “quanto menor o lead time mais rápido ocorrerá à conclusão dos
produtos e, consequentemente, os prazos de entrega melhoram. Além disso, um lead time
reduzido implica a diminuição de estoques intermediários e em seus custos provenientes”.
trabalho semelhantes. O tempo de ciclo é o tempo total necessário para que um trabalhador
execute todas as operações alocadas a ele.
De acordo com Moreira (2011), o objetivo de se balancear a carga dos operadores é
evitar que se acumule estoque após operações mais rápidas, maximizando a ocupação do
operador e da peça. Esse balanceamento garante o fluxo contínuo de peças e permite produzir
apenas se a próxima estação precisa do material, a produção puxada.
Para construir o gráfico de balanceamento do operador, o primeiro passo é
cronometrar cada elemento de trabalho separadamente de todas as outras sequências de
trabalho executadas pelo operador.
Conforme o gráfico 1 é possível verificar um exemplo de gráfico de balanceamento
do operador (GBO), é possível verificar a linha do takt time, os tempos de ciclo de cada
operação e quantidade de operadores no processo, se alguma operação aparecer acima da
linha do takt time, é preciso realizar uma análise de balancear a operação para os demais.
O objetivo da Toyota nunca foi usar a ferramenta do trabalho padronizado como algo
imposto de forma forçada aos funcionários. Pelo contrário, trata-se da base para
empoderamento dos trabalhadores e inovação no ambiente de trabalho (LIKER, 2004).
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Já Ohno (1997) afirma que em cada planta da Toyota Motor Company, as folhas de
trabalho padrão afixadas ficavam em local visível, ao alcance de todos. A folha padrão
combina, de forma eficaz, os materiais, máquinas e operários. Ela lista três elementos do
trabalho padrão: tempo de ciclo, sequência do trabalho e estoque padrão, conforme a figura 4.
As ferramentas do trabalho padronizado ajudam a melhorar a eficiência do processo,
na medida em que identificam o valor e o desperdício contido nele (DENNIS, 2007).
3.11 HEIJUNKA
3.12 KAIZEN
4 METODOLOGIA
DEFINIÇÃO DO
PROBLEMA
TRATAMENTO DE PROPOSTA DE
COLETA DE DADOS DADOS IMPLEMENTAÇÃO
SOLUÇÃO
FEP MEDIÇÃO
VSM
RESULTADO
GBO
DIAGRAMA DE
ESPAGUETE
TCTP
Após os dados coletados através do FEP foi possível montar o mapa de fluxo de
valor (VSM), onde foram separadas as etapas de processos, com seus respectivos tempos de
operação e identificada à necessidade da quantidade de operadores. Através do lead time foi
possível estipular tempo necessário para um produto percorrer todas as etapas do processo
desde o início até o fim. Já no takt time foi analisado o tempo necessário para atender a
demanda do cliente.
Através do mapa de fluxo de valor também foi possível elaborar o gráfico de
balanceamento do operador (GBO), possibilitando realizar o balanceamento entre a atividade
que cada operador está realizando.
Com estas informações anteriores, foi desenvolvida a tabela de combinação de
trabalho padronizado (TCTP), para padronizar as etapas de trabalho.
Por tanto, foi definido o diagrama de espaguete, onde foi contabilizado o caminho
percorrido pelo operador durante o dia.
Com os dados coletados no gemba através da FEP, foi possível analisar e verificar
desperdícios no processo, como:
Ociosidade de mão de obra;
O lead time com alto volume; e,
Falta de padronização na atividade.
36
5 ESTUDO DE CASO
5.1 A EMPRESA
A Bruning Tecnometal foi fundada pelo Sr. Ernesto Rehn em 1º de abril de 1947, na
cidade de Panambi no Rio Grande do Sul. No início, dedicava-se a manutenção de
equipamentos agrícolas importados e nos anos seguintes a construção de pequenas máquinas
agrícolas e de beneficiamento de madeiras.
Em 1967 com a nacionalização das colheitadeiras automotrizes, começa a produção
seriada de componentes para as máquinas de colheitas de grão. Em 1984, passa a fornece
componentes para tratores agrícolas e industriais. Em 1988, inicia o fornecimento de peças
estruturais para caminhões. Em 1995, começa a produção de peças para a indústria
automobilística. E, a partir de 2012 ingressa num novo segmento, fornecendo peças para a
indústria do ramo de construção.
A empresa conta hoje com uma grande área fabril e trabalha com diversos processos,
tais como desbobinadores, corte laser e laser 3D, prensas excêntricas e prensas com
alimentação automática (com transfer), prensas hidráulicas, centros de usinagem tornos CNC,
robôs de solda mag e robôs de solda tig, robôs de solda ponto, solda ponto costura e três tipos
de pintura, ECOAT, líquida e pó. Hoje seus principais clientes no setor rodoviário são: Volvo,
Scania, Man, Mercedes Benz, no setor agrícola: CNH, AGCO e John Deere, construção civil:
Caterpillar e no setor automotivo a GM.
chapas são transportadas por rebocadores para o setor de corte a laser, onde se inicia o
processo de corte do blank. Os blanks seguem para serem conformados na prensa hidráulica.
Após o processo de conformação as mesmas seguem para armazenamento em uma
área específica, conforme a figura 6, onde ficam estocadas até a necessidade da próxima etapa
do processo, peças são segregadas e transportadas até setor de usinagem, onde as mesmas
entram no fluxo para o processo de usinagem, local alvo do estudo para o trabalho de
conclusão do curso.
produção semanal e é controlado pelo líder de produção da linha, onde o mesmo faz todo o
planejamento através da ferramenta heijunka.
Figura 7 - Local de armazenagem das peças já sequênciadas na linha 52.
Modelo A 33 34 22 21 15 6 20 22 25 28
Modelo B 101 98 92 33 37 111 110 114 115 118
Modelo C 179 164 170 167 43 176 166 157 130 134
Modelo D 1 2
Modelo E 33 34 22 21 15 6 20 22 25 33
Modelo F 101 98 92 46 37 111 110 91 115 122
Modelo G 179 164 170 167 43 176 166 157 130 128
Modelo H 1 2
Modelo I 22 31 60 57
Modelo J 157 154 132 119 10 34 41 38 40 49
Modelo L 101 93 103 54 87 99 99 111 97 103
Modelo M 101 93 103 54 37 98 110 128 101 108
Modelo N 32 24 30 36 37 98 110 128 101 108
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Tabela 1 - continuação
DESCRIÇÃO ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18
Modelo O 3 15 15 4 4 4 9
Modelo P 1 1 9
Modelo Q 157 154 132 119 1
Modelo R 22 46 48 47 15 2 4 6 10 9
Modelo S 32 34 30 76 87 99 99 111 97 100
Modelo T 6 14 34 41 38 40 53
Modelo U 1 1 9 10 4 4 4 10 9
Modelo V 6
Modelo X 1 15 4 6 6 5
TOTAL 1252 1232 1212 1041 504 1084 1108 1137 1046 1116
Fonte: Autor próprio (2018).
Portanto, através do cálculo foi possível identificar o lead time de treze (13) dias, ou
seja, tem-se um estoque das peças em um intervalo de 13 dias, que é desde quando chegaram
até quando saíram da linha produtiva.
Com os dados de tempo da FEP foi possível estruturar o mapa de fluxo de valor
(VSM), onde foi desenhado todo o fluxo das peças na empresa.
Na atividade da linha para a produção das peças são necessários dois (2) turnos
produtivos, e um total de quatro (4) operadores, sendo, dois (2) operadores de centro de
usinagem para operar a máquina e dois (2) auxiliares de produção para a inspeção final das
peças.
O operador de usinagem dispõe de um tempo para preparar (externamente) as peças
no dispositivo giratório de usinagem, esse tempo de ciclo é de três vírgula vinte e seis (3,26)
minutos por peça, e o auxiliar de produção tem um tempo de ciclo de seis vírgula quarenta e
oito (6,48) minutos para escarear, lixar e inspecionar cada peça, estas duas etapas do processo
são realizadas enquanto a máquina está em operação, o tempo de ciclo da usinagem é de doze
vírgula trinta e três (12,33) minutos por peça, conforme a figura 11.
45
ESTADO ATUAL
Através da filmagem que foi realizada junto à elaboração da FEP, é possível pelo
vídeo montar o diagrama de espaguete.
Para a elaboração do diagrama de espaguete foi utilizada uma impressão do layout da
linha, onde foi identificado os trajetos percorrido pelo operador 1. Na figura 12, fica ilustrado
48
Dados iniciais:
OP 1 = percurso do operador 1;
OP 2 = percurso do operador 2;
Mês = dias úteis do mês;
Produção = total de produção no dia (em pares);
Turnos = quantidade de turnos;
PC = percurso dos operadores em um ciclo;
PD = percurso dos operadores em um dia;
PM = percurso dos operadores em um mês.
PC = (63,80 + 63,75) * 2
PC = 255,1 metros
PD = 255,1 * 26
PD = 6632,6 metros
6 IMPLEMENTAÇÃO
6.1 ANÁLISE
6.2 RESULTADOS
Com base nas ações definidas e efetuadas através da ferramenta do kaizen, foi
possível uma redução de ociosidade no processo produtivo, balanceando e unificando
operações, criando uma padronização das etapas durante a produção e reduzindo o lead time
do processo.
Através do gráfico de balanceamento do operador é possível verificar como ficou o
balanceamento das operações, como a demanda futura de produção não irá sofrer alterações, o
cálculo do takt time vai se manter não sofrendo alterações, também foi possível agrupar as
etapas de preparar, lixar e inspecionar para somente um (1) operador para realizar, conforme o
gráfico 3.
Então a redução de pessoas se dará de quatro (4) para duas (2), pois a linha trabalhará
sempre abastecida em fluxo contínuo, resultando em uma redução de cinquenta por cento
(50%) de ociosidade, trazendo uma economia de aproximadamente R$ 6.000,00 mensais para
a linha.
Como o takt time de 16,19 minutos irá se manter e os tempos das operações não
sofreram alterações foi possível padronizar as etapas do operador para que o mesmo não
desperdice tempo realizando atividades ou caminhadas desnecessárias.
Para o diagrama da TCTP, conforme o Apêndice D é possível verificar como ficou a
distribuição equilibrada nas etapas para o operador, assim, atendendo o tempo takt time.
Já, para o diagrama de espaguete é possível padronizar a nova trajetória do operador
através de uma instrução de trabalho padronizado (ITP), conforme a figura 15.
55
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAHENSKY, J. A.; MS, R. J.; BOLTON, R. Lean Sigma – Will It Work for
Healthcare? Journal of Healthcare Information Management, vol. 19, nº1, 2005. p.39-44.
GEORGE, Michael L. Lean seis sigma para serviços. 1ª ed. Rio de Janeiro: Editora
Qualitymark, 2004. 436 p.
LIKER, J. K. The Toyota Way New York: The McGraw-Hill Companies. 1ª ed.
Editora McGraw-Hill. 2004. 352 p.
SANTOS, Carlos Aparecido dos. Produção Enxuta: Uma proposta de método para
introdução em uma empresa multinacional instalada no Brasil. 2003. 238f. Dissertação
(Mestrado em Engenharia Mecânica) - Departamento de Engenharia Mecânica,
Universidade Federal do Paraná, Curitiba. 2003.
TAPPING, D.; SHUKER, T. Lean Office: Gerenciamento do Fluxo de Valor para Áreas
Administrativas. 1ª ed. São Paulo: Leopardo, 2010. 186p.
WOMACK, J. P.; JONES, D. T.; ROOS, D. A Máquina que Mudou o Mundo, 5ª ed.
Rio de Janeiro: Editora Campus Ltda., 1992. 336 p.
63
PG 63_ FEP.pdf
64
PG 64_TCTP.pdf
65
PG 65_TCTP.pdf
66
PG 66_TCTP.pdf