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Projeto Elétrico

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Projeto Elétrico – Tudo Sobre Dispositivos

de Proteção NBR 5410


IGOR PINHEIRO 31 DE AGOSTO DE 2022 SEM CATEGORIA

Um bom projeto elétrico é extremamente importante para garantir uma


boa usabilidade e segurança para a edificação e uma das principais etapas
para garantir a segurança de uma instalação elétrica é a definição dos
dispositivos de proteção.

Por isso, aqui vamos falar um pouco sobre o funcionamento e


dimensionamento dos principais dispositivos de proteção para instalações
elétricas de baixa tensão.

Figura 1

1. O que são os dispositivos de proteção

Para que uma instalação elétrica esteja totalmente segura e de acordo com
as diretrizes da NBR 5410 é necessário fazer uso de dispositivos de
segurança que serão responsáveis por proteger os circuitos da residência
contra choques, sobreaquecimentos ou surtos de corrente ou tensão.

Sistemas de proteção – Definições:

Sistemas de proteção são sistemas que têm a função de desligar a parcela


do sistema elétrico que apresenta problemas ou está operando fora das
condições normais.

Eles devem funcionar rapidamente para que possam evitar danos a vida
humana e danos aos equipamentos ligados ao sistema.
Geralmente, as situações que podem produzir danos são: sobrecargas de
longa duração; e curtos-circuitos.

Os dispositivos de proteção para instalações elétricas de baixa tensão


costumam mais simples e possuem baixo custo.

Os principais dispositivos utilizados em instalações residenciais e prediais


são: disjuntores termomagnéticos (DTM), disjuntou residual (DR) e
dispositivo de proteção de surto ou sobretensões (DPS).

O foco desse texto são os dispositivos de proteção e suas aplicações, mas


ao final também abordamos quais são os passos para a execução de um
projeto elétrico.

2. O que é o projeto elétrico e para que serve?

O projeto elétrico é o conjunto de informações (cálculos, desenho e


detalhes) referentes a uma instalação elétrica, máquina ou equipamento
eletrônico.

Aqui o nosso foco será nas instalações elétricas de baixa tensão, as


orientações para execução de um projeto elétrico de baixa tensão
corretamente estão dispostas na ABNT NBR 5410 – Instalações elétricas
de baixa tensão

Instalação elétrica de baixa tensão têm até 1000V em tensão alternada e


1500V em tensão contínua.

3. O que são os dispositivos de proteção

Para que uma instalação elétrica esteja totalmente segura e de acordo com
as diretrizes da NBR 5410 é necessário fazer uso de dispositivos de
segurança que serão responsáveis por proteger os circuitos da residência
contra choques, sobreaquecimentos ou surtos de corrente ou tensão.

Sistemas de proteção – Definições:

Sistemas de proteção são sistemas que têm a função de desligar a parcela


do sistema elétrico que apresenta problemas ou está operando fora das
condições normais.

Eles devem funcionar rapidamente para que possam evitar danos a vida
humana e danos aos equipamentos ligados ao sistema.
Geralmente, as situações que podem produzir danos são: sobrecargas de
longa duração; e curtos-circuitos.

Os dispositivos de proteção para instalações elétricas de baixa tensão


costumam mais simples e possuem baixo custo.

Os principais dispositivos utilizados em instalações residenciais e prediais


são: disjuntores termomagnéticos (DTM), disjuntou residual (DR) e
dispositivo de proteção de surto ou sobretensões (DPS).

 Quais são os dispositivos de proteção para instalações de baixa


tensão

 Disjuntores termomagnético (DTM)

Os disjuntores termomagnéticos atuam em duas situações: quando


ocorrem sobrecargas ou quando ocorrem curtos-circuitos.

No caso das sobrecargas eles utilizam o efeito térmico, responsável por


identificar sobrecargas de alta duração, causado por um possível aumento
da corrente elétrica acima da corrente nominal do disjuntor que aquece
um par bimetálico interno.

Esse par bimetálico interno possuem coeficientes de dilatação diferentes


fazendo com que ele se curve e dispare o mecanismo de desarme.

Corrente nominal: É o máximo valor eficaz da intensidade de corrente que


pode circular pelo dispositivo de proteção sem causar seu desligamento
automático.

Já no caso dos curtos-circuitos usa-se o elemento magnético do disjuntor.

O curto-circuito gera um efeito magnético em uma espira interna devido a


possível circulação de corrente elétrica de alto valor quando ocorre um
curto entre fases, ou entre fase e neutro, ou entre fase e terra.
Figura 2 – Sistema de um disjuntores termomagnético

 Disjuntor residual (DR):

O disjuntor diferencial residual (DR) serve para proteção das pessoas


contra choques elétricos.

O disjuntor termomagnético não consegue reconhecer correntes muito


pequenas, da ordem de centésimo de ampère e essas correntes já são
capazes de gerar graves danos quando percorrem o corpo humano, por
isso usa-se o DR para realizar essa proteção.

O uso de DR, no caso de instalações elétricas de baixa tensão, é obrigatório


em circuitos situados em áreas molháveis como banheiros, cozinhas, áreas
de serviço e garagens.

O seu uso também é obrigatório para circuitos que alimentam tomadas


localizadas em área externa e em área interna que possam vir a alimentar
equipamentos na área externa.

O funcionamento do DR é baseado na medição da corrente que passa pela


fase e volta pelo neutro, basicamente ele mede a corrente que passa na
fase e volta no neutro e desarma quando essa diferença é maior que 30
miliampères.

Sempre que alguém toca a superfície de um condutor ou de um


equipamento que está conduzindo devido a um problema no isolamento o
DR identifica que está ocorrendo uma fuga de corrente e desarma o
sistema automaticamente evitando que o indivíduo seja eletrocutado.

 Dispositivo de proteção de surto ou sobretensões (DPS):

O DPS é um dispositivo utilizado para proteção dos aparelhos eletrônicos


contra sobretensões que podem ser causa por fenômenos atmosféricos
como raios.

Apesar de ser recomendado o seu uso não é obrigatório, segundo NBR


5410, o DPS deve ser usado quando a equipotencialidade não suficiente
para impedir o aparecimento de tensões de contato perigosa.

Junto com os para-raios os dispositivos DPS são responsáveis por proteger


os aparelhos das descargas atmosféricas. Eles devem ser dimensionados
de acordo com a tensão nominal de alimentação e pela tensão de proteção
dos circuitos.

4. Como dimensionar um disjuntor

O dimensionamento do disjuntor é feito com base na lei Ohm. Para isso


precisamos conhecer a potência ou a corrente que passa em cada circuito,
essa informação vai vir da etapa de distribuição dos circuitos.

É importante ter em mente que dificilmente serão encontrados disjuntores


exatamente do valor que o seu circuito pede então deve-se comprar o que
é comercializado com o valor imediatamente superior à sua necessidade.
Se o seu cálculo deu 13A o disjuntor comprado será o de 16A.
Tabela 1 – disjuntores
comercializados

Para calcular o disjuntor utilizamos a lei de Ohm que é dada pela seguinte
fórmula:

Sendo:

I: corrente nominal calculada do circuito;

P: Soma das potências do circuito;

U: tensão nominal da rede

– Exemplo:

Vamos calcular um disjuntor para um circuito que alimenta um chuveiro


elétrico.

Potência do chuveiro = 7500 w

Tensão de alimentação = 220 V


Disjuntor escolhido = 40 A

5. Os passos para realizar um projeto elétrico

Para a realização de um bom projeto elétrico de forma prática é


interessante seguir uma sequência lógica, mas não é obrigatório.

O foco aqui será os dispositivos de proteção, abaixo vamos falar sobre


alguns passos para fazer um projeto elétrico de forma simples. Para mais
detalhes sobre como realizar cada etapa acesse: Como Fazer um Projeto
Elétrico Residencial – (NBR 5410)

 Análise da arquitetura e requerimentos do projeto:

Para essa primeira etapa é necessário ter em mãos informações do projeto


arquitetônico como planta baixa ou planta arquitetônica.

Com base nas plantas fornecidas pela arquitetura serão definidos dos
pontos de tomada e iluminação, além de observar necessidades especiais
do projeto como necessidade de tomadas de uso específico.

Um exemplo de necessidade de tomada de uso específico (TUE) são os


chuveiros elétricos.

 Previsão de cargas:

Nessa etapa deve-se calcular todas as cargas da instalação e representar os


resultados para cada cômodo e para os pontos de iluminação e tomadas
por cômodo. É uma etapa muito importante realizar a distribuição de
circuitos e dimensionamento dos dispositivos de proteção.

 Separação dos circuitos:

A separação dos circuitos pode ser feita por cômodo, conjunto de cômodos
ou por função dos circuitos. Os circuitos de tomadas de uso geral e de
tomadas de uso específico devem ser obrigatoriamente separados.

Na divisão dos circuitos esteja atento as potências máximas dos circuitos


não dedicados. Não se deve ultrapassar 1200W em 127V e 2200W em 220V.

 Inserção da simbologia nos pontos de tomada e iluminação:


Agora faz-se a distribuição dos pontos na planta arquitetônica. São
representados os pontos de iluminação, tomadas e seus circuitos de
acordo com as demandas identificadas anteriormente.

Os símbolos dos pontos de iluminação devem conter a potência da


iluminação e o circuito e comando que ela pertence.

A simbologia dos pontos de tomada também precisa conter a potência e o


circuito ao qual pertencem.

 Localização do quadro de distribuição de circuitos (QDC):

O quadro de distribuição é o local onde é feita a administração dos


circuitos, por isso é importante que ele esteja em um local de fácil acesso,
esse é o critério mais importante para a escolha de onde locar o QDC.

Se possível, inserir o quadro de distribuição próximo ao cômodo de maior


carga pode gerar uma boa economia.

 Localização do medidor de energia:

Normalmente o medidor fica no limite da propriedade, muitas vezes nos


muros da frente. Depois de escolher a localização do medido deve-se
representar o eletroduto que irá conectá-lo ao QDC.

 Dimensionamento dos eletrodutos:

O dimensionamento dos eletrodutos depende do tipo de material que será


utilizado, como será feita a instalação e a quantidade de circuitos que
passam dentro do eletroduto que está sendo dimensionado.

Para mais detalhes de como dimensionar eletrodutos acesse: Como Fazer


um Projeto Elétrico Residencial – (NBR 5410)

 Representação da instalação sobre a planta arquitetônica:

Com a posição de todos os pontos de tomadas e iluminação, do QDC, do


medidor e dos circuitos já definidos será feita a representação da
instalação em planta.

A partir do quadro de distribuição devem ser feitos os traçados dos


eletrodutos pelas caixas de passagem e pontos de utilização. Depois de
representar os eletrodutos representa-se os circuitos que passarão por
cada um deles.

 Quadro de Carga e Dimensionamento

Nessa etapa deve-se fazer o dimensionamento dos dispositivos de


proteção da alimentação e dos circuitos. Além disso, também é feito o
balanceamento de cargas e dimensionamento dos cabos do medido da
instalação.

No quadro de cargas deve conter as seguintes informações:

 Dispositivos DR
 Os disjuntores de proteção
 As fases de carda circuito e a tensão de alimentação
 A quantidade de tomadas e lâmpadas por circuito e suas cargas
 A identificação dos circuitos
 A carga total de cada circuito

 Diagrama Unifilar dos Circuitos

Esse diagrama unifilar é a representação gráfica das informações da


distribuição de circuitos que estão especificadas no quadro de cargas, sua
função é auxiliar no entendimento da divisão dos circuitos.

 Legenda dos Símbolos Usados

Todos os símbolos utilizados na realização do projeto elétrico devem estar


presentes na legenda afim de facilitar a leitura de quem for executar o
projeto. A simbologia mais comum e indicada é a da NBR 5444.

 Listagem dos Materiais Elétricos

Aqui deve-se classificar e quantificar todos os materiais necessários para a


execução do projeto. Quantidade de tomadas, interruptores, lâmpadas,
fios e cabos, eletrodutos e etc.

 Elementos e Memorial Descritivo Projeto Elétrico

O memorial descritivo é um documento anexado junto com o projeto e


fornece instruções para uma boa execução do projeto elétrico, além de
conter informações e detalhes importantes que não estão especificados no
projeto.
Depois de todas essas etapas o seu projeto elétrico está concluído.

Referências:
Figura 1 – Disponível em: <
https://www.enignis.com.br/noticias/treinamentos/incendio-eletrico-o-
que-o-causa-e-como-apaga-lo/53 >.

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