Direito Empresarial: ME. Alana Tiosso
Direito Empresarial: ME. Alana Tiosso
Direito Empresarial: ME. Alana Tiosso
• Teleaula nº: 03
Propriedade
Industrial
Propriedade intelectual
• A propriedade intelectual envolve a proteção de
todos os bens imateriais oriundos de uma criação
intelectual.
Propriedade
Propriedade industrial
intelectual Propriedade
autoral
Propriedade Autoral
• A Propriedade Autoral começa a partir da criação
intelectual e não a partir do registro nos órgãos
competentes, sendo estes apenas atos declaratórios
que conferem a formalidade da proteção sobre o
direito autoral.
• Sua proteção alcança apenas a forma como a ideia
foi exteriorizada, a fim de se evitarem os plágios.
Propriedade Industrial
• A propriedade industrial é protegida a partir do ato
administrativo conferido pelo Instituto Nacional de
Propriedade Industrial - INPI, ou seja, da concessão
da patente, do registro da marca e do desenho
industrial. o ato administrativo tem natureza
constitutiva, pois a proteção começa pelo
reconhecimento do INPI.
• A proteção da propriedade industrial alcança desde a
inovação, a ideia da invenção, até a forma pela qual
a ideia se exterioriza.
• O empresário titular da patente de invenção e • INPI é uma
modelo de utilidade ou registro de marca e desenho autarquia
industrial tem o direito de explorar economicamente federal
o objeto correspondente, com exclusividade.
• A concessão, proteção e fiscalização da propriedade
industrial são realizadas pelo INPI (Instituto Nacional
de Propriedade Industrial).
Patente
Patente
• É patenteável o que pode ser produzido em série, ou
seja, o que pode ser explorado pela indústria. • Art. 8º Lei n. 9.279/96
• Requisitos para requerer a patente:
• Novidade: deve expressar algo desconhecido para a
sociedade.
• Atividade inventiva: é a atividade humana
empregada para chegar ao objeto da patente, o
esforço intelectual do criador.
• Aplicação industrial: a criação pode ser objeto de
produção industrial.
Requisitos para requerer a patente:
Não impedimento:
a) não pode ser contrária à moral, aos bons costumes,
à segurança, à ordem e à saúde pública;
b) substâncias resultantes de transformação do núcleo
atômico;
c) seres vivos, na sua totalidade ou apenas parte
deles, com exceção dos transgênicos que atendam
aos requisitos exigidos para a concessão da patente.
Espécies de Patente
• De invenção: quando o produto for realmente novo.
Prazo de vigência de 20 anos contados do depósito. • A patente pode
ser de invenção
• Modelo de utilidade: haverá uma melhoria em algo já ou de modelo
existente, uma melhor utilização, ou, um de utilidade.
aperfeiçoamento da invenção.
• Prazo de vigência de 15 anos, contados do depósito.
• Os prazos não podem ser prorrogados, após os
períodos de proteção, a invenção e o modelo de
utilidade serão de domínio público.
Prazos da Patente
• Durante o prazo de vigência da patente qualquer
terceiro está proibido de explorar o produto objeto
• Art. 40, art. 47 e
de patente sem a autorização de seu titular. 209, § 1º da Lei n.
• O titular pode ingressar com ação judicial para 9.279/96
impedir a utilização indevida da patente e pode
requerer indenização por esse uso indevido.
• A exclusividade pode ser cerceada pela possibilidade
da concessão de licenças.
Legitimidade para requerer patente
• O titular da patente é quem faz o pedido de patente
junto ao INPI, ou seus herdeiros ou sucessores. • Art. 6 e 7, Lei
• Se duas ou mais pessoas desenvolverem a patente n. 9.279/96
conjuntamente, a patente pertencerá a todos, desde
que todos façam o pedido.
• Se duas ou mais pessoas entenderem que são
titulares isoladamente da patente, ela será de quem
primeiro depositar o pedido, não importa a data da
criação ou da concessão.
Procedimento para a concessão da patente
A publicação é o meio
pelo qual terceiros
saberão do pedido e
poderão apresentar
oposição a ele.
Originalidade:
Novidade atribuir um resultado visual
diferenciado dos objetos de
mesma natureza já existentes
Aplicação Não
Industrial Impedimento
Proteção De Desenho Industrial
• Exemplos: o formato de uma cadeira ou de um
utensílio doméstico. O importante, é que a inovação
seja visual e não de mecanismo ou funcionamento
inovador.
• O inventor do resultado visual inovador faz o pedido de
registro do desenho industrial no INPI, com a
descrição, foto ou desenho, área de aplicação e
comprovante do pagamento de retribuição.
• O registro de desenho industrial atribui o direito de
exclusividade ao titular da inovação pelo prazo de 10
anos, a partir da data de depósito, prorrogável por até
três períodos sucessivos de 5 anos.
Extinção
• Decurso de prazo: no máximo 25 anos
• Não pagamento da taxa de retribuição ao INPI
• Renúncia do titular, desde que não atinja terceiros.
• Ausência de procurador devidamente qualificado com
domicílio do Brasil.
Marca
Marca
• Marca é um sinal visualmente distintivo que pode
servir para identificar produtos, serviços, padrões de
qualidade ou certificações.
• O sinal que pode ser registrado como marca não é
sonoro nem olfativamente perceptível.
• A marca serve para diferenciar o produto ou o
serviço para o consumidor e para indicar a
procedência.
• A utilização indevida da marca registrada por outra
pessoa pode lesar moralmente o titular da marca, já
que seu produto é confundido com outro.
Requisitos da Marca
Não colidência
com marca de alto
renome
Reparação
Equilíbrio
integral
Vício do produto ou
serviço
Vício do Produto e do Serviço
• Vícios: características de qualidade ou quantidade • Art. 18 e 19 CDC
que tornem os produtos ou serviços impróprios ou • Os fornecedores
inadequados ao consumo a que se destinam e respondem
também que lhes diminuam o valor. solidariamente pelos
vícios.
• Ex: televisão sem som; o vidro de mel de 500 ml que
tem 400 ml
• Vício deve ser sanado no prazo máximo de 30 dias.
• Pode solicitar a substituição do produto por outro da
mesma espécie, em perfeitas condições de uso; a
restituição imediata da quantia paga. o abatimento
proporcional do preço.
Defeito
• Defeito: é o vício acrescido de um problema extra,
alguma coisa extrínseca ao produto ou serviço, que
causa um dano maior que simplesmente o mau
funcionamento, o não funcionamento, a quantidade
errada, a perda do valor pago — já que o produto ou
serviço não cumpriram o fim ao qual se destinavam.
• O defeito causa, além desse dano do vício, outro ou
outros danos ao patrimônio jurídico material e/ou
moral e/ou estético e/ou à imagem do consumidor.
Exemplo
Dois consumidores recebem seu automóvel zero-quilômetro, mas
o sistema de freios veio com problema de fábrica.
O que sai na frente, no meio do quarteirão seguinte, pisa no
breque e este não funciona, ele reduz as marchas e consegue
parar o carro encostando-o numa guia.
O segundo se depara com o semáforo no vermelho, pisa no
breque, mas este não funciona. O carro passa e se choca com
outro veículo, causando danos em ambos os carros.
O primeiro caso, o problema está só no freio do veículo, é de
vício. No segundo, como foi além do freio do veículo,
causando danos não só em outras áreas do próprio automóvel
como no veículo de terceiros, trata-se de defeito.
Responsabilidade
• Responsabilidade independentemente da existência de
culpa, pela reparação dos danos causados aos • Art. 12 e 14
consumidores. CDC
• Os danos indenizáveis são os de ordem material e os de
natureza moral, os estéticos e os relativos à imagem.
• A composição da indenização do dano material
compreende os danos emergentes, isto é, a perda
patrimonial efetivamente já ocorrida e os chamados
“lucros cessantes”, que compreendem tudo aquilo que o
lesado deixou de auferir como renda líquida, em virtude
do dano.
• Ex: a fixação das pensões pela perda de capacidade para
o trabalho, pela morte do parente que mantinha e
sustentava a família etc.
Práticas abusivas
Práticas Abusivas
• Práticas abusivas: são ações e/ou condutas que, uma • Art. 39, 40 e 41
vez existentes, caracterizam-se como ilícitas, CDC
independentemente de se encontrar ou não algum
consumidor lesado ou que se sinta lesado.
• Exemplo: enviar ou entregar ao consumidor, sem
solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer
qualquer serviço;
• Venda casada: condicionar o fornecimento de
produto ou de serviço ao fornecimento de outro
produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a
limites quantitativos;
Vamos resolver uma
situação problema?
• Suzana, que não possui inscrição no Registro
Público de Empresas Mercantis, produz e vende
bolos para festas há mais de 10 anos. Em razão de
seu renome e experiência neste mercado, foi
contratada por Deise para o aniversário do seu
filho. No dia seguinte à festividade, vários
convidados sofreram intoxicação alimentar e,
após análise técnica, verificou-se que o bolo
servido no evento estava impróprio ao consumo.
• Considerando essa situação hipotética, poderá
ser aplicado o Código de Defesa do
Consumidor?
Poderá ser aplicado o Código De
Defesa Do Consumidor, e todos
os convidados afetados, na
condição de consumidores por
equiparação, poderão pleitear a
reparação de danos em face de
Suzana, observado o prazo
prescricional de 5 anos.