Guia Definitivo Da NR-18 - Indústria Da Construção
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Leia agora o Guia Definitivo da NR-18 e tire todas suas dúvidas sobre esta norma regulamentadora longa e cheia de prescrições.
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12/01/2023 09:22 Guia Definitivo da NR-18 | Indústria da Construção
Neste artigo mostraremos o Guia Definitivo da NR-18. A construção civil é um mundo dinâmico com muitos serviços diferentes
sendo realizados e, ao mesmo tempo, vários riscos e cuidados. Diante disso, existe a NR-18, a norma regulamentadora destinada ao
setor da construção, manutenção predial e reforma.
Para compreender esse Guia Definitivo da NR-18 é preciso compreender a diversidade de serviços abrangidos, a norma
regulamentadora dezoito é longa e cheia de prescrições. Na sua última revisão, de 2020, algumas exigências de canteiro e área de
vivência foram retiradas, enquanto exigências em serviços de maior risco foram mantidas ou revisadas, como em fundações ou
trabalho em altura.
Nem todas essas exigências são devidamente explicadas no texto da NR-18, cabendo ao profissional interpretá-las, ou ainda buscar
outras fontes de conhecimento (como o post que você está lendo agora) para entendê-las com clareza.
É uma norma regulamentadora muito abrangente, tanto quanto o setor de construção. Nela são mencionadas medidas de saúde na
construção do canteiro de obras, e de segurança em instalações elétricas, transporte de cargas, uso de máquinas e construção das
plataformas de trabalho.
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A NR-18 termina falando sobre a capacitação inicial e periódica de funcionários, bem como de disposições gerais (que não cabem
em um item específico) e transitórias (regras que valiam quando a nova NR-18 entrou em vigência e que permaneceram vigentes de
forma transitória, apenas em obras que estivessem em andamento).
Outro ponto interessante nesse Guia Definitivo da NR-18 é mostrar como essa norma é capaz de proporcionar liberdade ao
profissional SST para definir mecanismos de segurança que não estejam previstos em seu texto. Essa indicação permite a adoção de
tecnologias mais modernas, mas cria a responsabilidade de garantir que a solução adotada seja eficaz.
Ao longo deste Guia Definitivo da NR-18, vou apresentar a você o que é a NR-18, quais setores precisam seguir, o surgimento do
PGR de obras e destaques na estrutura da NR. Por fim, são explicados os anexos, que falam sobre capacitações e cabos de aço. Fique
e confira, eu trouxe dicas que vão te ajudar muito a entender a NR-18!
Também segundo o Ministério do Trabalho e Previdência, ela é uma NR setorial. Essa classificação é dada àquelas NRs que atendem
a setores econômicos específicos.
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Na NR-18, são indicadas as atividades com CNAE F (para saber todas, basta consultar o site da Comissão Nacional de Classificação
– CONCLA-IBGE), além de serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral e de manutenção de
obras de urbanização. Isso quer dizer que lavagem predial ou aquela pintura no seu condomínio precisam atender à NR-18 também,
no que couber a elas.
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Quem vai fazer o PGR, seja ele profissional capacitado ou legalmente habilitado, deve consultar as normas regulamentadoras. Outros
profissionais podem ser demandados em suas áreas específicas de conhecimento, como Engenheiros Eletricistas, por exemplo.
Dentre as NRs, deve ser consultada a NR-01 e o item 18.4 da NR-18.
A obra de construção civil é dinâmica: os serviços feitos no começo podem ser diferentes daqueles feitos ao final do ciclo de obras, o
que é uma particularidade quanto a outras indústrias, onde os postos de trabalho não mudam. O PGR precisa acompanhar cada etapa
da construção, pois os riscos vão mudando também.
Estrutura da NR-18
Para entender o Guia definitivo da NR-18 é preciso pensar como ela é organizada segundo grandes itens de medidas de SST:
Cada um desses itens apresenta as principais regras para a promoção da segurança considerando aquele item. Na NR, quando eu
preciso pesquisar cada item, olho o sumário, onde aparecem os itens 18.1, 18.2… e assim por diante… e se preciso achar algum
subitem específico, aí preciso consultar diretamente no texto, pois não existe um sumário deles (como do 18.5.2 ou o 18.7.2.8.1, por
exemplo).
Áreas de vivência
São propostos os elementos mínimos das áreas de vivência, como as instalações de banheiros (conjunto de lavatório, vaso com
assento e tampo e mictório a cada vinte funcionários ou fração incompleta e chuveiro a cada dez funcionários ou fração incompleta)
e a disponibilidade de pontos de água potável, que podem ser bebedouros ou frascos fechados.
Para bebedouros, deve-se dispor um a cada vinte e cinco funcionários ou fração incompleta, sendo necessário caminhar, no máximo,
quinze metros de altura ou cem metros no mesmo nível para chegar a um bebedouro. No caso dos banheiros, pode ser feito mais do
que um, para aproximá-los das frentes de trabalho, deixando mais perto aqueles com lavatório e vaso sanitário, e os com chuveiro
concentrados em menos pontos ou mesmo em um banheiro só.
Veja também:
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O refeitório pode ser no canteiro, em local fechado, limpo e apropriado ao consumo de alimentos. Caso for mais conveniente, a
empresa pode preferir por levar os funcionários a um restaurante conveniado, sendo, assim, dispensada de ter refeitório no canteiro.
Para aquelas obras grandes, como pontes ou rodovias, os trabalhadores acabam precisando dormir no local e, portanto, dispor de
alojamento. A NR-18 indica que esse alojamento precisa ter:
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Obs: O tipo de lazer não é descrito, ficando a cargo da empresa, que pode escolher mesas de jogos, como pebolim ou sinuca, por
exemplo.
Instalações elétricas
Nas instalações elétricas, a preocupação da NR-18 está em evitar a improvisação. Por mais que uma obra de construção seja algo
provisório, se você deixa de lado a segurança por conta do caráter transitório, assume o risco durante prazos superiores a um ano, que
são pequenos se comparados ao tempo que a construção ficará em uso, mas longos o suficiente para causar acidentes.
O projeto elétrico deve atender à NR-10, de segurança em instalações e serviços em eletricidade e ser feito por profissional
legalmente habilitado (Engenheiro Eletricista). Deve-se evitar partes soltas, em contato com a umidade ou mal isoladas.
Para conectar as ferramentas, deve-se colocar tomadas. É possível fazer uma ferramenta funcionar ligada diretamente aos cabos
elétricos do circuito de tomadas da instalação elétrica, mas não é uma prática adequada porque induz riscos, dificultando as
manutenções e a mobilidade das ferramentas.
Etapas de obra
Nesse item, a NR-18 vai pegando cada uma das etapas da construção e listando as medidas de segurança que são necessárias. A
aplicabilidade vai depender dos serviços que serão executados em cada obra, visto que nem toda obra vai ter escavação em subsolo,
ou demolições, por exemplo. Vou falar um pouco de cada uma dessas etapas a seguir.
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Demolição
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Como profissional SST, é preciso fazer um plano de demolição quando ela for necessária. Nesse plano, é preciso considerar:
As linhas de fornecimento de energia elétrica, água, inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos, substâncias tóxicas, canalizações
de esgoto e de escoamento de água e outros. A demolição pode acabar interferindo nessas instalações, seja ao mexer em solo, seja
nos movimentos em altura;
As construções vizinhas à obra, para evitar que fragmentos ou partes inadequadas as atinjam;
A remoção de materiais e entulhos;
As aberturas existentes no piso, que podem ser em função da construção a ser demolida, ou pelo processo de demolição, como
mochetas, escadas, antigas churrasqueiras ou vãos pré-existentes;
As áreas para a circulação de emergência;
A disposição dos materiais retirados;
A propagação e o controle de poeira, mesmo quando a demolição é por trabalho manual, pois muito pó e fragmentos são gerados;
O trânsito de veículos e pessoas, sendo ideal isolar o terreno já nessa etapa, evitando o impacto de partículas indesejadas, ou o
acesso de estranhos.
Outro ponto destacado na NR-18 é o cuidado com as edificações vizinhas, pois as escavações representam riscos. Isso é importante
não só para SST, como para resguardar a empresa construtora quanto a possíveis reparações aos vizinhos, sendo previstas, inclusive,
em laudo cautelar de vizinhança.
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Para fundações por bate-estacas, o pilão deve ficar na posição de repouso ou junto ao solo quando o equipamento não estiver sendo
usado. Tubulões, por sua vez, tiveram suas regras mudadas na NR-18 de 2020, sendo proibidos aqueles tipos por ar comprimido, e
sendo permitidos aqueles onde haja lençol freático alto, desde que haja contenção por encamisamento (um tubo que estabiliza o
solo). Deve-se escavar um tubulão por vez e, sendo trabalho em ambiente confinado, quando a escavação for manual, deve-se seguir
também a NR-33.
O desmonte de rochas que impeçam a construção, por uso de explosivos ou argamassas expansivas, deve ser feito com a elaboração
de um plano de fogo por profissional legalmente habilitado, a proteção da área onde partículas explodidas podem afetar e um aviso
por sirene alertando quando a explosão vai acontecer, já que só os envolvidos podem estar no local. Os explosivos exigem cuidados
no armazenamento e retorno ao estoque, se não usados, dentre outras exigências.
Carpintaria e armação
Em estruturas de concreto armado (lajes, pilares e vigas, paredes estruturais (em alguns casos)), é necessário serem feitos serviços de
carpintaria para a confecção de formas de madeira (serrada ou modificada) e as estruturas recebem peças de aço (vergalhões) que
reforçam o concreto, usualmente cortadas em obra (podendo ser compradas cortadas e dobradas de fábrica, a depender da obra).
Deve-se usar ponteira de vergalhão para evitar que, numa queda ou condição acidental, possa haver acidentes por perfuração nessas
pontas, como quando um funcionário tropeça e cai sobre a armadura. É uma ponteira plástica colocada na obra. Também em função
das pontas que ficam nas armaduras, é recomendado o isolamento da área onde as armaduras cortadas e dobradas forem
armazenadas.
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Os setores de carpintaria e armação precisam ser feitos em locais cobertos e com piso resistente. Como o corte, principalmente de
armadura, pode gerar partículas e até faíscas, as lâmpadas que iluminam o local precisam ter protetores.
Concretagem
As formas são uma estrutura provisória, um molde que irá definir o formato que o concreto terá, mas que precisam suportar cargas e,
na desmontagem, existir o cuidado para as tábuas não caírem livremente, podendo atingir alguém. Os equipamentos de concretagem,
incluindo o sistema de bombas, precisam ser inspecionados quando a concretagem for ser realizada.
A NR-18 também menciona a necessidade de equipamentos de comunicação quando ocorrem casos em que quem lança e bombeia o
concreto do caminhão não vê onde esse concreto está indo (concretagem em pavimento mais alto). Esse equipamento de
comunicação ajuda porque, numa situação de risco, onde as formas rompam, é necessário interromper imediatamente a concretagem.
Estruturas metálicas
No Brasil, é mais comum que estruturas metálicas sejam utilizadas em telhados e construções que exijam mais velocidade, como
obras de centros logísticos ou atacarejos supermercadistas. Elas são um pouco diferentes, pois são peças prontas montadas em obra, e
não algo produzido em canteiro, mais artesanal, como o concreto armado.
Exige-se que seja previsto SPIQ no PGR da obra. O trabalhador deve ter recipiente para ferramentas e objetos, já que trabalha sem
uma bancada ou algo assim, em uma montagem.
Deve ser elaborada análise de risco específica, principalmente quando perto de combustível.
Um funcionário observador deve estar presente e ser treinado em combate a incêndio.
Quando for feito um trabalho a quente, deve-se vistoriar a condição de limpeza do local de serviço quanto à presença de
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contaminantes e combustíveis (como um óleo vazado sobre o solo, caído de uma máquina).
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Em locais com pouco ar, deve-se providenciar a renovação desse ar de maneira forçada.
É indispensável o cuidado com o armazenamento de combustíveis, cilindros de gás e outros materiais inflamáveis.
Os riscos dos serviços de impermeabilização dependem do sistema de impermeabilização adotado. A NR-18 considera o uso
frequente de impermeabilização por manta asfáltica (aluminizada ou não) no Brasil, que é possível em lajes abertas. Outros tipos de
impermeabilizações e seus cuidados não são contemplados na NR. Dentre as recomendações, existe o distanciamento entre o gás e a
fonte de aquecimento (de pelo menos 3 m) e que essa fonte não pode ser lenha, dentre outras.
Telhados e coberturas
Telhados e coberturas são locais que exigem atenção durante os trabalhos, pela condição de inclinação, altura e potencial
escorregamento. Excesso de cargas, ou aplicação fora dos apoios, ou ausência de equipamentos de proteção são potenciais causas de
acidentes que a NR busca evitar.
Com mais de 2 m de altura, aplica-se a NR-35, de trabalho em altura. A NR-18 menciona, também, a necessidade de SPIQ. Durante
os trabalhos em telhados, não deve haver chaminé acesa e ser dia claro, sem uma superfície escorregadia, chuva ou vento forte.
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Rampas e passarelas precisam ser adequadamente dimensionadas às cargas que precisarem suportar. Além disso, devem ter largura
mínima de 80 cm, piso antiderrapante e, se a inclinação for superior a 6º, travessas sobre o piso a cada 40 cm de extensão.
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Também são possíveis locais de fechamento as periferias de lajes. Esse fechamento deve ser feito com travessas a 1,20 m e 0,70 m,
rodapés de 15 cm de altura – cada peça com uma resistência mínima. O vão precisa ter tela de fechamento ou outro material que
feche adequadamente. Aberturas de elevador também devem ser fechadas, mas em toda a altura, impossibilitando o acesso ao fosso
durante as obras, bem como aberturas de piso (mochetas ou instalações passantes).
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Para serra circular, exige-se o coletor de serragem (visando a salubridade local, evitando a proliferação de insetos) e a guia de corte
(que favorece o serviço, alinhando o corte de madeira e evitando acidentes). Já para máquinas autopropelidas (que são máquinas e
veículos ao mesmo tempo), valem todos aqueles cuidados ao transitar no canteiro, para evitar atropelamentos e quedas.
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Uma das partes mais extensas da NR-18, dada a responsabilidade e risco, está nas exigências quanto a equipamentos de guindar.
Esses equipamentos incluem as gruas (qualquer porte), os guindastes, os pórticos, as pontes rolantes e equipamentos similares.
Segundo a carga movimentada, são previstas análises de risco em diferentes pontos.
Se a carga é rotineira, como um procedimento operacional (ou seja, algo que se repete, é padrão). Para cargas não rotineiras, essa
análise vai na permissão de trabalho. Até então, a NR-18 não fala o que é essa permissão, mas em outras NRs, ela menciona como
funciona, sendo feita no turno de trabalho, válida por um dia, dentre outros aspectos.
Existem ferramentas elétricas portáteis de diversos tamanhos, também abrangidas neste item da NR-18, como a serra esquadria, serra
mármore, furadeira, parafusadeira, batedor de argamassa, pistola fincapino, etc. As recomendações são de cuidar dos cabos (pra não
torcer, não cortar sem querer, romper de esticar demais…) e só retirar as proteções quando for dar manutenção (no uso de uma
esmerilhadeira, por exemplo, só remover a tampa em frente ao disco quando desligada).
Falando em disco, deve-se usar um adequado ao material que vai ser cortado, e haver duplo aterramento na ferramenta elétrica
portátil. Esse duplo aterramento, ou isolação, é um elemento adicional de proteção na carcaça de equipamentos portáteis, via de regra
seria algo que o equipamento precisa atender em condição de fábrica, além de a rede elétrica onde houver a ligação possuir cabo
terra.
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Além disso, a empresa que tem elevador de obras precisa ter alguns documentos obrigatórios no canteiro. A NR-18 fala em
documentos, mas na verdade, são obrigações firmadas com os documentos, como laudo de testes dos freios de emergência ou laudo
de aterramento.
Do acesso do elevador ao pavimento, pode haver uma rampa. Além do dimensionamento adequado às cargas das rampas para
elevador, a inclinação deve ser descendente, voltada do elevador para o pavimento de obra.
Deve-se assegurar 2 m de altura livre (pé-direito) na saída do elevador, o que seria altura superior ao homem médio brasileiro (1,70
m). Esses requisitos são para evitar impactos no circular na rampa, e também para evitar um deslocamento acidental para dentro do
elevador: se a rampa fosse mais baixa no elevador, as pessoas poderiam ser projetadas para dentro do elevador, o que seria um risco.
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Deve-se isolar o local onde o andaime será montado, a fim de evitar a queda de peças em alguém ou algum problema acidental.
Como é preciso estabilizar o andaime, é preciso usar SPIQ e o andaime ser fixado de modo a impedir desencaixe. Caso não sirva um
andaime metálico ou alguma impossibilidade, em obras em locais estreitos ou fundos de lote urbano, permite-se andaime de madeira,
mas isso deve ser uma exceção justificada.
Saindo um pouco apenas de obra de construção, mas pensando em reforma e manutenção, a NR-18 fala em pontos de ancoragem
para equipamentos e SPIQ, separados, quando a edificação tem 12 m ou mais, contados do térreo. Esses dispositivos tem que estar
previstos no projeto estrutural quando o prédio é construído, serem espalhados ao longo do perímetro dele, suportarem 1.500 kgf,
dentre outras exigências. A ancoragem separada é um elemento de segurança: se uma falhar, a outra poderá se manter.
Sinalização de segurança
A sinalização torna cada elemento no canteiro mais transparente, comunicando informações importantes. Geralmente, é feita pelo uso
de placas. Deve-se identificar:
Locais de apoio.
Saídas de emergência.
Riscos como o de queda, movimento de materiais, choque elétrico, etc.
Uso obrigatório de EPI.
Indicar a presença de produtos químicos: substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas e radioativas.
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É obrigatório também o uso de roupa bem visível, coletes e outros, no tórax e costas, quando o trabalhador estiver em serviço em
áreas de movimentação de veículos e cargas. Isso pode ser uma betoneira, uma plataforma móvel PEMT, um autopropelido (como
uma escavadeira, aquelas máquinas conhecidas como bobcat, perfuratriz de estaca hélice contínua, etc.).
Anexos da NR-18
A NR-18 possui dois anexos. O primeiro anexo é destinado à descrição das capacitações, enquanto que o segundo detalha
especificações que os cabos de aço ou de fibra sintética precisam seguir.
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Existe uma carga horária inicial, que seria aquela feita quando o funcionário é admitido na empresa, e outras periódicas e eventuais.
A capacitação periódica é um reforço no conhecimento, para ninguém esquecer de SST na rotina, e o treinamento eventual é um extra
que o empregador pode oferecer.
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12/01/2023 09:22 Guia Definitivo da NR-18 | Indústria da Construção
Cada treinamento possui um conteúdo programático listado. Alguns podem ser teóricos, e outros podem exigir carga horária prática,
segundo a NR-18, como o de utilização de cadeira suspensa. Para gruas e guindastes, além disso, exige-se um estágio supervisionado
de pelo menos noventa dias, exceto se o empregado já tiver experiência mínima de seis meses como operador.
A NR, nesse anexo, reitera que normas técnicas nacionais devem ser seguidas, e o uso deve ser de cabos íntegros, sem emendas ou
sinais de desgaste que possam comprometer a estabilidade. Para os cabos de aço, estabelece que a carga de ruptura deve ser de cinco
vezes a carga de trabalho, com resistência à tração mínima de 160 kgf/mm².
Já para os cabos de fibra sintética, não podem ser feitos de polipropileno e terem carga de ruptura mínima de 22 kN sem os terminais.
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