O documento discute o autismo, incluindo os diferentes tipos, sintomas e como identificá-lo. O autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta a comunicação, interação social e comportamento. Ele ocorre em um espectro, com sintomas variando de leves a graves, e tende a ser mais comum em meninos devido a diferenças genéticas.
O documento discute o autismo, incluindo os diferentes tipos, sintomas e como identificá-lo. O autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta a comunicação, interação social e comportamento. Ele ocorre em um espectro, com sintomas variando de leves a graves, e tende a ser mais comum em meninos devido a diferenças genéticas.
O documento discute o autismo, incluindo os diferentes tipos, sintomas e como identificá-lo. O autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta a comunicação, interação social e comportamento. Ele ocorre em um espectro, com sintomas variando de leves a graves, e tende a ser mais comum em meninos devido a diferenças genéticas.
O documento discute o autismo, incluindo os diferentes tipos, sintomas e como identificá-lo. O autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta a comunicação, interação social e comportamento. Ele ocorre em um espectro, com sintomas variando de leves a graves, e tende a ser mais comum em meninos devido a diferenças genéticas.
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Autismo: saiba tudo sobre os diferentes tipos e como identificar
Com certeza você já ouviu falar sobre autismo. Isso porque, segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), hoje essa condição atinge 1 em cada 160 crianças no mundo e 2 milhões de pessoas só no Brasil. Mesmo assim, o autismo ainda é visto pelas pessoas como um tabu. Além disso, as pessoas tendem a ter uma visão errada do que é esse transtorno e quais são as características de uma pessoa autista. Por isso, é preciso esclarecer as principais dúvidas sobre esse tema tão importante e prevalente para a nossa sociedade. Continue com a gente até o final e descubra muito mais sobre o autismo!? O que é o autismo (TEA)? O autismo é considerado um transtorno mental de desenvolvimento que causa problemas na: Linguagem; Dificuldades de comunicação; Interação social; Comportamento das pessoas. Nem todo mundo sabe, mas quando se fala em autismo, refere-se não a uma condição uniforme, isto é, que se apresenta de forma semelhante em todas as crianças com o quadro. Por tal motivo, o autismo recebe o nome completo de transtorno do espectro do autismo (TEA), desde 2013, no lançamento da quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V). Ou seja, há uma complexidade muito grande relativa aos sinais e sintomas do transtorno. Confira quais são alguns deles por área afetada (vamos ver esse aspecto com mais profundidade adiante no artigo): Comunicação e interação social: Dificuldade para iniciar uma conversa ou falar sobre as emoções próprias; Dificuldade para compreender gestos, expressões e outras mensagens não verbais típicas de comunicação entre pessoas; Ajustes na fala e comportamento de acordo com o contexto não são simples para quem sofre de autismo, causando dificuldades para estabelecer amizades e obter oportunidades de trabalho, por exemplo. Comportamentos: Falas ou movimentos estereotipados ou repetitivos (agitar as mãos ou estalar os dedos repetidamente, repetir frases, alinhar brinquedos); Necessidade muito grande de ter uma rotina rigidamente controlada, sendo que pequenas alterações causam muito sofrimento; Fixação grande por determinado tema (p. ex., preocupação com aspiradores de pó, dinossauros, futebol – buscando de uma forma obsessiva conhecimento e sobre minúcias desses assuntos); Reação extremada em relação a estímulos sensoriais (aversão ou apatia intensas por um determinado estímulo – cheiro, toque, som). A ciência e especialistas podem avaliar e estudar melhor os graus de autismo a partir dessa consideração dos sintomas dentro dos espectros. Para reforçar, isso quer dizer que cada condição de autismo deve ser analisada por especialistas em saúde mental devido sua grande individualidade. O autismo tem cura? O autismo não tem cura, ou seja, uma criança diagnosticada com autismo, seguirá autista durante todas as fases da sua vida. A diferença está no desempenho dessas pessoas, que, com acompanhamento médico e psicológico, podem desenvolver mais suas habilidades sociais. Por isso, quando o diagnóstico e tratamento começam cedo, mais eficiente é a resposta e o dia a dia dessa pessoa se torna mais fácil. Em geral, o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) se dá entre os 3 primeiros anos de idade. Diferente de um transtorno conversivo, por exemplo, que tem um aparecimento agudo, o Transtorno do Espectro Autista normalmente é identificado por meio de pequenos detalhes do dia a dia da criança, que fazem com que se procure ajuda especializada. Quais são as causas do autismo? Não existe uma causa única e determinada para o autismo na infância. Até os anos 80, o autismo era considerado um transtorno adquirido por influência de fatores do ambiente. O que se sabe hoje, porém, é que o autismo é resultado de uma série de alterações no funcionamento normal do cérebro. Ou seja, a comunidade médica acredita que fatores genéticos representam cerca de 90% das causas do autismo, enquanto fatores ambientais só são responsáveis por 10%. Mas, apesar da genética ter o maior papel nessas causas, nenhuma alteração genética específica foi apontada. Pelo contrário, é provável que existam muitas mutações genéticas que podem causar o autismo. Quais os principais sintomas do autismo (TEA)? Todas as pessoas que têm autismo apresentam sinais e sintomas em comum como por exemplo: Dificuldades de comunicação; Comportamentos repetitivos interação; Comportamento social. Mas, vale lembrar que os sinais e sintomas de autismo (TEA) vão afetar cada pessoa de maneira e intensidade diferentes. Ou seja, isso depende de fatores como: Grau de comprometimento; Associação ou não com deficiência intelectual; Presença ou não de fala. Além disso, algumas pessoas autistas podem ter dificuldades de aprendizado em diversas fases da vida como, por exemplo: Na escola; No trabalho; Em atividades do dia a dia consideradas simples como tomar banho ou comer sozinho. Enquanto muitos podem levar uma vida relativamente “normal”, outros autistas podem precisar de ajuda profissional durante toda a vida por conta dos sinais e sintomas do TEA. Autismo infantil: como identificar os primeiros sinais? Os primeiros sinais de autismo geralmente surgem quando a criança tem entre 2 e 3 anos de idade. Isso porque esse é o momento em que ela inicia uma maior interação e comunicação com as pessoas e o ambiente.Por isso, veja algumas características que podem te ajudar a identificar se uma criança pode apresentar o Transtorno de Espectro Autista: Sinais e sintomas do autismo na interação social Não olhar nos olhos mesmo quando alguém fala com ela; Risos e gargalhadas fora de hora, como por exemplo durante um velório ou um casamento; Não gostar de carinho ou afeto e por isso não se deixa abraçar ou beijar; Dificuldade em relacionar-se com outras crianças; Repetir sempre as mesmas coisas, sons e palavras; brincar sempre com os mesmos brinquedos. Sinais e sintomas do autismo na comunicação e linguagem A criança autista sabe falar, mas prefere não se comunicar; Repete uma pergunta várias vezes seguidas sem se importar se está chateando os outros; Tem sempre a mesma expressão no rosto e não entende gestos e expressões faciais dos outros; Quando fala, a comunicação é monótona. Sinais e sintomas do autismo no comportamento e personalidade Não tem medo de situações perigosas, como por exemplo atravessar a rua sem olhar para os carros (esse sintoma deve ser diferenciado de um quadro de mania dentro do transtorno bipolar); Olha sempre na mesma direção como se estivesse parado no tempo; Fica se balançando para frente e para trás por vários minutos ou horas ou torcer as mãos ou os dedos constantemente; Dificuldade a se adaptar a uma nova rotina ficando agitado; Fica extremamente agitado quando está em público ou em ambientes barulhentos. Adolescentes e adultos autistas: quais os sintomas? O autismo em adultos e adolescentes pode ser mais leve por dois motivos principais: ou os sinais e sintomas do TEA passaram despercebidos durante a infância ou devido a melhora por meio de tratamentos especializados. Características comuns em jovens autistas Ausência de amigos: geralmente o contato com pessoas se limita ao círculo familiar, colégio ou relações virtuais pela internet; Evita sair de casa: tanto para atividades habituais, como utilizar transportes e serviços públicos ou para atividades de lazer, preferindo sempre atividades solitárias e sedentárias; Falta de autonomia: principalmente para trabalhar; Costumam ter sintomas de depressão e ansiedade; Têm dificuldade de interação social, e interesse apenas em atividades específicas. Quais os tipos de autismo? Segundo a classificação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), existem alguns tipos de autismo. Cada um representa uma intensidade e jeitos diferentes de como o autismo se manifesta. Por isso, conheça quais são elas e suas diferenças: Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Pessoas que são diagnosticadas com o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, são aquelas que têm um grau de autismo um pouco maior do que a Síndrome de Asperger. A pessoa pode ter diversos e diferentes sintomas, mas os mais comuns são: interação social prejudicada e problemas na fala. Transtorno Autista O transtorno autista abrange todas as crianças e adultos que apresentam sinais e sintomas mais graves do que os manifestados na Síndrome de Asperger e no Transtorno Invasivo do Desenvolvimento. Nesse tipo de autismo, a capacidade social, cognitiva e linguística é bastante afetada, além de terem muitos comportamentos repetitivos. Esse grau do espectro autista normalmente é diagnosticado antes dos três anos de idade e ele pode ser identificado por meio de alguns sinais como: Atraso no desenvolvimento da linguagem; Falta de contato visual; Balançar ou bater as mãos, chamado de Stimming. Por que o autismo é mais comum em meninos? Isso ocorre porque a genética masculina é diferente da feminina. Entre as principais diferenças está que as meninas carregam duas cópias do cromossomo sexual X e os meninos só uma (o outro cromossomo sexual é representado pelo Y). Assim, postula-se dentro do ciência que o cromossomo sexual X seria um fator de proteção para o desenvolvimento do transtorno do espectro autista. Todos nós temos em nosso material genético genes que expressam determinados tipos de proteínas. Estas, estão relacionadas a alguns transtornos mentais e também doenças físicas. Por conta das inúmeras variações entre os genes dos meninos e das meninas, os córtex dos cérebros (parte onde ficam os corpos celulares dos neurônios) de homens são mais finos que os das mulheres. Além disso, uma diferença marcante entre rapazes e moças é que aqueles têm uma quantidade de testosterona maior que estas. Essa discrepância existe desde a vida fetal, o que pode tornar os meninos mais suscetíveis ao desenvolvimento de sintomas como: Menor contato visual; Menos interesses; Ter relações sociais mais precárias. Níveis do Autismo Além desses tipos de transtornos, o autismo também apresenta três diferentes níveis (desde o mais leve até o mais grave): Nível 1 O autismo nível 1 é o mais leve. Isso porque, nele as crianças apresentam dificuldades para se relacionar com outras pessoas e podem não querer interagir com os outros. Em geral, têm dificuldades para trocar de atividades e problemas na hora de planejar e organizar as coisas. Nível 2 No autismo nível 2, as crianças podem ter um nível um pouco mais grave de deficiência nas relações sociais e na comunicação verbal e não verbal. Além disso, são mais inflexíveis. Podem também ter comportamentos repetitivos e dificuldade com mudança. Mudar o foco de suas ações também é custoso para pessoas no nível médio. Nível 3 No nível 3, ficam os déficits mais graves em relação à comunicação verbal e não verbal. A habilidade social também se estabelece com muito custo. Comportamentos como a dificuldade para lidar com mudança e ações repetitivas, se tornam ainda piores. Lidar com a mudança se torna ainda mais difícil. Tratamento do autismo O principal objetivo do tratamento do autista é reduzir os sintomas a partir do aprendizado e desenvolvimento. Ou seja, isso melhora as habilidades sociais e comunicação dessas pessoas. Não existe um único tratamento, pois cada autista tem a sua própria dificuldade e grau de resposta às atividades. Por isso, apenas um especialista poder dizer quais são as melhores práticas para cada pessoa. Veja algumas possibilidades de tratamento: 1) Fonoaudiologia A fonoaudiologia é um dos tratamentos mais importantes. Isso porque se concentra nas habilidades de linguagem e comunicação das pessoas. Esse profissional pode ajudar a pessoa a melhorar sua comunicação social e o uso funcional da linguagem. 2) Ludoterapia A Ludoterapia é indispensável para crianças diagnosticadas com autismo. Ou seja, por meio de brinquedos e jogos que atraem o interesse da criança, o terapeuta trabalha a interação social e o contato visual. 3) Grupos de habilidades sociais Os grupos de habilidade sociais são reuniões entre pessoas que têm autismo, do grau mais leve até o mais grave, para praticar interações comuns no dia a dia. 4) Análise Aplicada do Comportamento (ABA) A ABA é uma análise comportamental da criança por meio dos princípios da teoria do aprendizado. Isso tem o objetivo de amenizar certos comportamentos e estimular outros, como por exemplo o modo como a criança lida com os lugares diferentes. 5) Medicação Não existe uma medicação direcionada propriamente ao tratamento do autismo. Mas tem remédios que podem ajudar a melhorar alguns problemas que aparecem em pessoas com autismo, como por exemplo: Agressividade; Ansiedade; hiperatividade; Impulsividade; Irritabilidade, Alterações de humor. Para pais, amigos e familiares Por causa de todas essas dificuldades de comunicação, interação social e alterações comportamentais, o autismo não afeta só a pessoa que tem o transtorno e sim, impacta a rotina de toda a família. Os cuidados para uma criança autista e os desafios que os pais têm que enfrentar podem ser muito exaustivos física e emocionalmente. Por isso, separamos algumas dicas que podem ser muito úteis para conviver melhor: Construa uma rede de apoio Tomar decisões sobre a educação e o tratamento do seu filho autista não é uma tarefa fácil. Por isso, é muito importante o suporte de uma equipe de profissionais qualificada e de confiança como, por exemplo: Psicólogo; Psiquiatra; Pediatra; Nutricionista; Neuropsicólogo. Outra dica valiosa é procurar o apoio de outras pessoas que passam pelo mesmo que você. Mas, se ainda sim você está se sentindo mal, procure a terapia. Você não precisa passar por isso sozinho. Tire um tempo para si mesmo Lidar com os desafios do autismo pode ser difícil. Por isso, tire um tempo só para você e relaxar um pouco fazendo atividades que podem te dar prazer como, por exemplo: Realizar exercícios físicos; Ler; Viajar; Conhecer novas pessoas; Meditar. Isso evita que seus relacionamentos pessoais e familiares não sejam afetados por essa rotina estressante. Símbolo do autismo Alguns dos principais símbolos do autismo são: Cor azul (escolhida para representar os meninos); Laço; Fita; Quebra-cabeças; Símbolo do infinito colorido (conota as diferenças do chamado espectro do autismo). Vejamos mais sobre os significados desses símbolos. O quebra cabeça é um símbolo bem comum do autismo. Esse símbolo representa toda a complexidade que envolve o TEA e a dificuldade que eles têm para se encaixar na sociedade. Além disso, a fita é um símbolo que mostra que é possível alguém com autismo viver a vida de forma plena e funcional. Nesse sentido, o símbolo do laço é usado para demonstrar os locais especiais reservados para aqueles que possuem autismo. Dia mundial de conscientização do autismo A ONU instituiu o dia 2 de abril como Dia Mundial de Conscientização do Autismo, ou apenas Dia do Autismo, com objetivo de alertar e ampliar o debate sobre a doença. O primeiro evento ocorreu em 2008 e desde então, vêm se provando uma excelente ferramenta de quebra de preconceitos e de falta de informação. Autismo na mídia Falar sobre o autismo também é uma responsabilidade da mídia, que tem como principal papel informar e trazer mensagens positivas e estimulantes para quem convive com esse transtorno por perto. Filmes sobre autismo, documentários, relatos e casos de superação, sempre são uma boa pedida para quem quer ter ainda mais conhecimento sobre o tema. Filmes como Tudo que eu Quero (2017) e clássicos como Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador (1993), com Leonardo DiCaprio, trazem para as telas o tema sobre os espectros do autismo, relatando a vida de seus personagens. Além disso, pessoas famosas como Lionel Messi, jogador de futebol argentino, a cantora, Courtney Love, o nadador Michael Phelps, e o cineasta Tim Burton, são sinônimos de pessoas com certo grau de autismo que conseguiram sucesso e bom desempenho na carreira mesmo com os sinais e sintomas do espectro.