PT WTND 2009 09
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Prevenção de infecções
9 nas unidades sanitárias
z injecções
z procedimentos cirúrgicos
(sutura de feridas, por exemplo)
z transfusão de sangue infectado
z contacto com sangue ou
feridas dum trabalhador de
saúde infectado
Sempre que possível, os doentes com tuberculose pulmonar devem ser trata-
dos em regime ambulatório, reduzindo as baixas hospitalares destes doentes, li-
mitando-se, assim, o risco de transmissão da tuberculose nos serviços de saúde.
Nas enfermarias de tuberculose não deve ser admitido nenhum doente que
não tenha um diagnóstico confirmado de tuberculose.
PRECAUÇÕES PADRÃO
Nos casos de cólera, usar hipoclorito (ver pág. 740) para lavar as mãos.
v lavar as mãos;
v usar um par de luvas para cada doente, para evitar
contaminação cruzada;
v não usar luvas retiradas dum pacote já aberto, ou
cujo prazo de validade tenha expirado;
v não usar luvas rasgadas ou com furos;
v não tocar a parte externa das luvas esterilizadas
quando estão a ser calçadas – manusear apenas pela
parte interna, que está revirada para fora.
É importante usar
luvas e avental
durante o parto.
Deve-se:
v Apontar sempre a parte perfurante/cortante dos instrumentos para longe e
afastada das outras pessowas.
v Pegar nos instrumentos perfurantes/cortantes, um de cada vez.
v Usar recipientes para passar os instrumentos perfurantes/cortantes durante
procedimentos cirúrgicos.
NÃO se deve:
Descontaminação
A descontaminação é o processo de diminuição do número de micróbios pre-
sentes no material e superfícies, antes de se proceder à sua lavagem. A descon-
taminação permite um manuseamento seguro pelos trabalhadores de saúde. É o
primeiro passo antes do manuseamento dos instrumentos, luvas e outros artigos
contaminados. Os instrumentos contaminados com sangue ou outros líquidos
corporais devem sempre ser descontaminados antes de serem lavados e esterili-
zados ou desinfectados.
Lavagem
Através da lavagem, remove-se a sujidade antes da desinfecção ou esteriliza-
ção. A lavagem, que deve ser feita com água e sabão, também reduz o número
de micróbios.
Desinfecção
A desinfecção destrói quase todos os micróbios. É isso que a distingue da esteri-
lização, que elimina todos os micróbios. Apesar disso, a desinfecção é muito útil
no caso de não haver condições para esterilização.
Hipoclorito a 0,1% (ver pág. 739) Álcool a 70% (ver pág. 736)
durante 30 minutos durante 30 minutos
Meios físicos
Autoclave Estufa
Material Material
esterilizável: esterilizável:
Roupa Ferros cirúrgicos
Ferros cirúrgicos Taças
Taça Pó de talco
Compressas Seringas de vidro
Material de
borracha (luva, Não esterilizar
algálias) na estufa
material de
borracha
Procedimentos de descontaminação
e desinfecção de superfícies
Descontaminação:
Desinfecção:
Lixo hospitalar
Deve-se cuidar do lixo para:
Este tipo de lixo deve ser depositado em recipientes laváveis com tampa e
transportado para o aterro sanitário ou lixeira.
Avaliação do risco
Para se avaliar o risco, deve considerar-se o tipo de exposição e os factores que
aumentam o risco de transmissão. Esta avaliação é importante porque determina
a necessidade ou não de fazer a profilaxia com anti-retrovirais.
O risco é maior:
z se resultar de lesão através da pele;
z quanto mais profunda e extensa for a lesão;
z se for sangue;
z quando o trabalhador de saúde tem deficiência do sistema imunitário (por ex.
devido a diabetes, malnutrição);
z quando o trabalhador de saúde tem feridas ou outras lesões da pele;
z quando o trabalhador de saúde não cumpre com as precauções padrão;
z quando os primeiros cuidados do ferimento são inadequados;
z quando o doente está num estado inicial ou avançado de HIV;
z se a exposição for massiva (picada profunda, agulha de grande calibre,
produto de laboratório concentrado) ou intermediária (corte com um bisturi
através da luva, picada superficial com uma agulha).
O risco é menor se a exposição for mínima: lesão superficial da pele com agulha
de sutura ou de pequeno calibre.
Primeiros cuidados
t Exposição através da pele: limpeza imediata com água e sabão.
t Exposição de mucosa (boca ou olhos): lavagem prolongada com soro fisioló-
gico ou com água.
A avaliação e a decisão sobre a PPE deve ser feita o mais rápido possível (é pre-
ferível iniciar a PPE nas primeiras 4 horas após o acidente, mas pode ser iniciada
até 72 horas depois do mesmo).
Se não for possível fazer o teste, inicia-se a PPE e tranfere-se para uma unidade
sanitária com mais recursos para avaliação. Sempre que possível, o trabalhador
deve levar consigo a amostra de sangue do doente e o relatório clínico.
Monitorização da profilaxia
A monitorização é clínica (avaliar o estado físico e mental do doente) e labora-
torial (fazer análises de controle, incluindo o teste do HIV ao fim de 6 semanas e
depois, aos 3 e 6 meses).