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Apostila 2º Ano 1º Bim 2023

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Apostila de Arte

Ensino Médio 2023


2º Ano Regular

https://www.cenpec.org.br/tematicas/brasilidade-arte-e-cultura

“O artista acha que, por si só, não ensina. Ele


acha que não consegue estabelecer essa relação.
Mas, necessariamente, por ser artista, ele tem o
que ensinar.”
Ana Mae Barbosa

Aula 01 e 02 – Habilidade: EM13LGG103 – Analisar o funcionamento das linguagens, para


interpretar e produzir criticamente discursos em textos de diversas semioses (visuais, verbais, sonoras e
gestuais).
Objetos do Conhecimento: A prática teatral como interpretação das realidades e de variados estilos de
texto.

Teatro para que? – Texto teatral


O Texto Teatral ou Dramático são aqueles produzidos para serem representados (encenados) e
podem ser escritos em poesia ou prosa.
São, portanto, peças de teatro escritas por dramaturgos e dirigidos por produtores teatrais e, em sua
maioria, são pertencentes ao gênero narrativo. Ou seja, o texto teatral apresenta enredo, personagens,
tempo, espaço e pode estar dividida em “Atos”, que representam os diversos momentos da ação, por
exemplo, a mudança de cenário e/ou de personagens. De tal modo, o texto teatral possui características
peculiares e se distancia de outros tipos de texto pela principal função que lhe é atribuída: a encenação.
Dessa forma, ele apresenta diálogo entre as personagens e algumas observações no corpo do
texto, tal qual o espaço, cena, ato, personagens, rubricas (de interpretação, de movimento). Já que os
textos teatrais são produzidos para serem representados e não contados, geralmente não existe um
narrador, fator que o difere dos textos narrativos.
O teatro é uma modalidade artística que surgiu na antiguidade. Na Grécia antiga, eles possuíam
uma importante função social, donde os espectadores esperavam pelo momento da apresentação, que
poderia durar um dia todo.
Características do Texto Teatral
 Textos encenados
 Gênero narrativo
 Diálogo entre personagens
 Discurso direto
 Atores, plateia e palco
 Cenário, figurino e sonoplastia
 Linguagem corporal e gestual
 Ausência de narrador

Elementos da Linguagem Teatral


Os principais elementos que constituem os textos teatrais são:

 Tempo: o tempo teatral é classificado em "tempo real" (que indica o da representação),


"tempo dramático" (quando acontece os fatos narrados) e o "tempo da escrita" (indica quando foi
produzida a obra).
 Espaço: o chamado “espaço cênico” determina o local em que será apresentado a história.
Já o “espaço dramático” corresponde ao local em que serão desenvolvidas as ações dos personagens.
 Personagens: segundo a importância, os personagens dos textos teatrais são classificados
em: personagens principais (protagonistas), personagens secundários e figurantes.

Estrutura dos Textos Teatrais

Os textos teatrais são constituídos por dois textos:


 Texto Principal: que apresenta a fala das personagens (monólogo, diálogo, apartes).
 Texto Secundário: que inclui o cenário, figurino e rubricas.

Quando produzidos, são divididos de maneira linear em:

 Introdução (ou apresentação): foco na apresentação das personagens, espaço, tempo e do


tema.
 Complicação (ou conflito): determina as peripécias da peça teatral.
 Clímax: momento de maior tensão do drama.
 Desfecho: desenlace da ação dramática.

Gêneros Teatrais

Os gêneros teatrais mais conhecidos são:

 Tragédia
 Comédia
 Tragicomédia

Saiba mais sobre o Gênero Dramático.

Exemplo

Segue abaixo um trecho do texto teatral intitulado “Álbum de Família”, escrito por Nelson Rodrigues,
em 1945:
Cena 1
(Palco menor: cena mostra ângulo de um dormitório de colégio. Glória e Teresa entram rindo muito,
como se brincassem de esconde-esconde. Ambas em finíssimas camisolas, muito transparentes. São
meninas que aparentam 15 anos. Há entre as duas um ambiente de sonho. Quando a música termina,
Teresa fala)
TERESA – Você jura?
GLÓRIA – Juro.
TERESA – Por Deus?
GLÓRIA – Claro!
(Nota importante: o sentimento de Teresa é mais ativo; Glória resiste mais ao êxtase)
TERESA – Então, quero ver. Mas, depressa, que a irmã pode vir.
GLÓRIA (erguendo a cabeça) – Juro que...
TERESA (retificando) – Juro por Deus...
GLÓRIA – Juro por Deus...
TERESA – ... que não me casarei nunca...
GLÓRIA – ... que não me casarei nunca...
TERESA – ... que serei fiel a você até à morte.
GLÓRIA – ... que serei fiel a você até à morte.
TERESA – E que nem namora.
GLÓRIA – E que nem namoro.
(As duas se olham. Teresa coloca o véu branco na cabeça de Glória; em seguida coloca outro véu
sobre a sua própria cabeça. Abraçam-se.)
TERESA (apaixonada) – Também juro por Deus que não me casarei nunca, que só amarei você, e
que nenhum homem me beijará.
GLÓRIA (menos trágica) – Só quero ver.
TERESA (trêmula) – Segura minha mão assim. (olhando-a profundamente) Se você morrer um dia,
nem sei!
GLÓRIA – Não fala bobagem!
TERESA – Mas não quero que você morra, nunca! Só depois de mim. (com uma nova expressão,
embelezada) Ou então, ao mesmo tempo, juntas. Eu e você enterradas no mesmo caixão.
GLÓRIA – Você gostaria?
TERESA (no seu transporte) – Seria tão bom, mas tão bom!
GLÓRIA (prática) – Mas no mesmo caixão não dá – nem deixam!
TERESA (sempre apaixonada) – Me beija!
(Glória beija na face, com certa frivolidade.)
TERESA – Na boca!
(Beijam-se na boca)
TERESA (agradecida) – Nunca nos beijamos na boca – é a primeira vez.
(Riem. Beijam-se novamente. Música de transição: Glória de Vivaldi em tom menor)
(Apaga-se a pequena cena do dormitório.)

https://www.todamateria.com.br/texto-teatral/

Atividade
1. Qual é a finalidade do texto dramático (teatral)?

2. Nos textos teatrais não há, obrigatoriamente, a presença de um narrador para apresentar as
personagens. Como o interlocutor toma conhecimento dos fatos e das características das personagens?

3. Qual dos elementos a seguir constitui-se como essencial na construção de um texto teatral?
a) cenário
b) música
c) diálogos
d) figurino

4. Observe o fragmento de um texto teatral:

ANINHA: [Num ímpeto] Não, Sinval. Hoje eu vou buscar meu tio. Vou no meu carro. Tenho um assunto para
conversar com ele na volta para casa.

SINVAL: [Embaraçado] Dona Ana… Às quintas-feiras ele não vem direto para casa… Eu é que devo ir. Ele
voltará muito tarde.

a) Como se chamam os trechos escritos com letras diferentes (em itálico)?

b) Qual é a função desses trechos?

5. Como deve ser a linguagem empregada em um texto teatral?


6. No texto teatral, como é introduzida a fala dos personagens?

7. Quando o texto teatral está sendo encenado, quem é o destinatário?

8. Que outros elementos também colaboram na encenação de um texto teatral?

9. Como o texto teatral se divide quando a peça é longa?

10. Quais das afirmações a seguir estão CORRETAS em relação ao gênero dramático?

I) A presença do narrador é obrigatória, para que o público possa tomar conhecimento da história.
II) A peça teatral é uma composição literária destinada à apresentação após gravação em estúdio.
III) O texto dramático é complementado pela atuação dos atores no espetáculo teatral e possui uma
estrutura específica.
IV) Os personagens não devem estar ligados com lógica uns aos outros e à ação, nem dialogar entre si.
V) O texto cênico pode originar-se dos mais variados gêneros textuais, como contos, lendas, romances,
poesias, crônicas, notícias, imagens e fragmentos textuais, entre outros.
Obs: Há uma proposta de trabalho na última aula desta apostila, o(a) professor(a) irá
explicar e você deve se organizar para realizar até o fim do bimestre na data combinada.

Aula 03 – Habilidade: EM13LGG201 – Utilizar diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais) em


diferentes contextos, valorizando-as como fenômeno social, cultural, histórico, variável, heterogêneo e
sensível aos contextos de uso.

Objetos do Conhecimento: O teatro como manifestação cultural, histórica e estética de um povo.

História do Teatro parte 1


O teatro na pré-história

Apesar de ser um consenso que o teatro ocidental teve origem na Grécia Antiga, é importante frisar
que essa manifestação já era presente na humanidade desde tempos remotos, mesmo que de forma
rudimentar.
Na pré-história, os seres humanos possuíam maneiras distintas de comunicação, e a imitação era
uma delas.
Muito provavelmente, os homens das cavernas desenvolveram gestos que se assemelhavam aos
animais. Além disso, encenavam caçadas para contar aos seus pares como as situações ocorreram.
Assim como a dança, a música e o desenho, a linguagem teatral também teve sua importância na
época pré-histórica.

O teatro na Grécia Antiga

As celebrações ao Deus Dionísio duravam vários dias e ocorriam na época da colheita, como forma
de agradecimento pelo alimento e pelo vinho.
A participação dos cidadãos era intensa e havia uma espécie de procissão, que levava o nome de
"ditirambo". Depois surgiu o "coro", um conjunto de pessoas que cantava e dançava homenageando
Dionísio.
Até que aparece Téspis, uma figura de grande importância para o surgimento do teatro ocidental.
Segundo consta, esse homem participava de um desses rituais quando, em dado momento, resolveu vestir
uma máscara e dizer que ele era o próprio deus Dionísio, iniciando assim um diálogo com o "coro".
A ousadia de tal atitude fez com que Téspis fosse reconhecido como o "criador do teatro" e primeiro
ator e produtor teatral.
Mais tarde, essa linguagem artística foi evoluindo e influenciou fortemente o teatro romano e outras
culturas.
Do ponto de vista arquitetônico, a estrutura dos primeiros teatros era parecida. As apresentações
eram feitas ao ar livre, em construções de formato semicirculares.
Havia um espaço para as representações, chamado de orquestra. O lugar para acomodar o público
era a arquibancada, construída em encostas montanhosas, o que facilitava a acústica.
Já o palco era o local onde os atores se preparavam para a apresentação e guardavam os figurinos
e objetos cenográficos.

O teatro na Roma Antiga

O teatro romano teve enorme influência do teatro grego, assim como outras manifestações culturais
desse povo. A cultura etrusca também foi um fator relevante para o desenvolvimento da arte teatral romana.
Entretanto, os romanos trouxeram algumas modificações nessa linguagem. A mais significativa
delas é no que se refere à estrutura arquitetônica, que antes era feita em encostas de morros pelos gregos
e depois passou a incorporar arcos e abóbodas pelos romanos.
Os temas e objetivos do teatro romano também se modificaram um pouco, com a valorização de
mais entretenimento (como lutas de gladiadores e animais) e menos assuntos religiosos.

Atividade
01 – Descreva o teatro na pré-história.

02 – Quem foi o primeiro homem a ser reconhecido como ator?

03 – Em homenagem ao qual deus, o teatro foi criado? E a partir de qual evento? Como era esse
evento?

04 – Fale como era o teatro romano.

05 – Faça uma pesquisa mais aprofundada sobre a história do teatro até a era romana, e elabore um
texto destacando pontos que não foram falados nesta atividade, bem como fatos que achar
importantes. Mínimo de 15 linhas.

Aula 04 – Habilidade: EM13LGG201 – Utilizar diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais) em


diferentes contextos, valorizando-as como fenômeno social, cultural, histórico, variável, heterogêneo e
sensível aos contextos de uso.

Objetos do Conhecimento: O teatro como manifestação cultural, histórica e estética de um povo.

História do Teatro parte 2


O teatro Medieval

Depois que o Império Romano declinou, teve início a Idade Média, que compreende os séculos V ao
XV.
Na época medieval, durante muitos anos, a linguagem teatral foi banida na Europa. Isso porque era
considerada pela Igreja Católica como uma atividade pecaminosa, ressurgindo apenas no século XII.
Assim, a finalidade do teatro medieval era a divulgação dos preceitos religiosos e histórias bíblicas,
sendo encenado por membros do clero.

Surgimento do teatro no Brasil

No Brasil, a origem do teatro está relacionada à chegada dos jesuítas no século XVI e seu empenho
em catequizar a população, tanto os índios quanto os colonos. Dessa forma, os padres se utilizavam dessa
expressão para transmitir ensinamentos da igreja católica. Uma das pessoas mais notáveis nesse contexto
foi o padre Anchieta, que dedicou-se fortemente ao chamado teatro de catequese.

O teatro na atualidade

Hoje em dia, essa maneira de se expressar artisticamente possui características bastante diferentes
daquelas que a definiam nos primórdios.
A manifestação evoluiu ao longo da história, passando a ser apresentada também em locais
fechados, o que acabou por restringir e elitizar seu público.
As formas de atuação se transformaram e o objetivo dos espetáculos também, sendo possível
encontrar várias vertentes teatrais atualmente.

Curiosidade

Teatro é uma palavra que tem origem no termo grego theatron. Seu significado está relacionado a
um conjunto de espetáculos teatrais e ao lugar onde essas apresentações ocorrem.
https://www.todamateria.com.br/historia-do-teatro/

Atividade
01- Em qual século surgiu o teatro no Brasil??

02 – Qual era o intuito dos Padres Jesuítas em utilizar o teatro para os índios?

03 – O que significa a palavra teatro?

04 – Onde de fato surgiu o teatro, mesmo não sendo como o que conhecemos hoje?

05 - Vamos pesquisar um pouco mais sobre a história do teatro, e montar um mapa mental com ela?

Aula 05 e 06 – Habilidade: EM13LGG504MG – Propiciar vivências holísticas (yoga, meditação, taí


chí chuan, entre outras) para o desenvolvimento de percepções de mundo, subjetividades pessoais,
sensibilidade mental, de forma a construir uma vida melhor em sociedade.

Objetos do Conhecimento: Propiciar vivências com obras teatrais, que ajudem na concentração e no
autocontrole.

O teatro e o autoconhecimento
Quais são os benefícios do teatro para o seu desenvolvimento?
Ajuda a identificar novas habilidades

As aulas de teatro nos colocam, mesmo que por meio da encenação e leitura, em contato com
diversas situações inusitadas e que estão completamente fora de nossa realidade.
Com isso, pouco a pouco descobrimos novas habilidades e particularidades até então
desconhecidas por nós mesmos. Bacana, não é mesmo?

Aumenta a autoestima e a segurança

As artes cênicas são famosas pelo seu imenso trabalho no desenvolvimento e aprimoramento


pessoal. O que inevitavelmente leva a maior auto aceitação e  autoestima daqueles que a praticam. Ainda
falando sobre as situações diferentes que são vivenciadas durante as cenas, podemos adicionar que elas
também nos ensinam a lidar melhor com os obstáculos de forma mais criativa.
Além disso, as aulas trabalham pontos como postura, entonação vocal e consciência corporal, nos
permitindo conhecer melhor nosso próprio corpo e nos deixando ainda mais seguros de nossas escolhas.

Favorece o desenvolvimento da autodisciplina

Embora super divertidas e relaxantes, as aulas teatrais exigem de seus estudantes. Para ser bem-
sucedido na área, queira você se tornar ator ou não, é necessário desenvolver disciplina.
Por isso, aprendemos a não deixar a procrastinação se aproximar do nosso dia a dia e a controlar
melhor nosso tempo e tarefas. Isso permite que possamos dedicar mais tempo a nós mesmos, nos
conhecendo ainda melhor.

Possibilita a vivência de novas experiências

Entrar em contato com novas histórias, situações e ambientes é um ótimo exercício de empatia e
autoconhecimento. Toda essa gama de diversidade é um prato cheio para que possamos vivenciar, de certa
forma, experiências completamente únicas e que nunca poderíamos vivenciar em nosso dia a dia comum.
Outro ponto bastante interessante é a possibilidade de fazer novas amizades com pessoas que
também não teríamos a oportunidade de conhecer fora do âmbito teatral. Os amigos também são cruciais
na jornada em busca do autoconhecimento!

Auxilia no descobrimento de novos gostos e interesses

Por fim, retomaremos o tópico das novas habilidades introduzindo uma nova perspectiva: a
descoberta de novos gostos e interesses. Afinal de contas, todos precisamos nos divertir um pouco, certo?
O teatro — não só as aulas, mas o ambiente e as pessoas nele inseridas — abre portas para um
mundo de possibilidades e descobertas, despertando a paixão por diversos temas com os quais dificilmente
teríamos contato fora dos palcos.
Vale a pena lembrar que o autoconhecimento é um trabalho contínuo, já que estamos
constantemente em evolução. Por isso, é importante estar sempre aberto a novos aprendizados, para
facilitar ainda mais o processo iniciado com as aulas de teatro!
Já deu para notar o quão potente o teatro é para o autoconhecimento, não é mesmo? Que tal dar
uma chance para essa arte e fazer algumas aulas? As vantagens vão muito além do aprendizado de um
novo ofício: são ensinamentos para toda a vida!

https://www.macunaima.com.br/vivaarteviva/os-beneficios-do-teatro-e-como-ele-ajuda-no-autoconhecimento/

Atividade
Vamos praticar alguns jogos teatrais para descontrair?

Jogo 1
HÁ HÁ HÁ
 Os jogadores sentam-se em círculos escolhendo-se uma para começar. Ao sinal de início, o
jogador escolhido exclama: “Há!” ao que o seguinte completa: “Há!, Há!”, cabendo ao terceiro falar: “Há!,
Há!, Há!” e assim por diante. Antes mesmo de se completar a volta inteira do círculo, o grupo estará com
muita vontade de rir, mas não poderá fazê-lo, pois quem ri sai da brincadeira. É uma prova de resistência.
Vence quem ficar por último.
 
Jogo 2 (Preparar para a próxima aula)
TRUQUES DE MÁGICA
 Pesquisar na internet vários truques de mágica e pedir ao grupo que tragam por escrito pra aula e
de preferência que consigam  ensinar os truques para os colegas.
Jogo 3
A BARATA DIZ QUE TEM
É uma cantiga de roda que deverá ser adaptada com o nome das pessoas do grupo, ou seja, no
lugar de "a barata", colocar "Fulano".

A Barata diz que tem sete saias de filó. É mentira da barata, ela tem é uma só. Ah ra ra, iá ro ró, ela tem é
uma só
A Barata diz que tem um sapato de veludo. É mentira da barata, o pé dela é peludo. Ah ra ra, Iu ru ru, o pé
dela é peludo
A Barata diz que tem um sapato de fivela. É mentira da barata, o sapato é da mãe dela. Ah rá rá, oh ró ró, o
sapato é da mãe dela
A Barata diz que tem uma cama de marfim. É mentira da barata, ela tem é de capim. Ah ra ra, rim rim rim,
ela tem é de capim
A Barata diz que tem um anel de formatura. É mentira da barata, ela tem é casca dura. Ah ra ra , iu ru ru,
ela tem é casca dura
A Barata diz que tem o cabelo cacheado. É mentira da barata, ela tem coco raspado. Ah ra ra, ia ro ró, ela
tem coco raspado
DICA: Parodie essa música para que fique engraçada.
 
Jogo 4
LEVANTAMENTO
 Jogo de duplas. Os participantes sentam no chão, de costas para o seu par, com os braços
cruzados. A seguir, tentam ficar de pé apoiando-se um no outro. Quem conseguir primeiro, vence.

Aula 06

01 – Vamos pesquisar mais benefícios que o teatro pode nos proporcionar e montar um cartaz que exponha
essas dicas e que convide aos colegas da escola a participarem de peças teatrais e aprender a apreciá-las?
Então mãos na massa!

E antes de começarem as pesquisas, vamos praticar mais uma atividade, só que agora de aquecimento!
Todo ator, independente da atividade a ser exercida, precisa exercitar a mente e também o corpo! Então
vamos lá?

O aquecimento corporal é parte do trabalho do ator, do bailarino e de qualquer pessoa que


solicita uma atuação intensa de seu corpo, como um atleta. Quando aquecemos o corpo estamos
informando-o de que ele será solicitado e dando maior preparo para sua musculatura, tanto para que
ela faça força – se contraia – quanto para que se alongue.
A maneira de alongar o corpo é tão variada quanto os diferentes tipos de corpos que existem
em uma sala de aula, mas o importante é termos em mente a necessidade de deixar a musculatura
preparada para diferentes qualidades de movimento.
Neste aquecimento vamos trabalhar com as articulações! Proponha ao grupo de alunos que
movimentem cada uma das articulações, começando dos dedos do pé e subindo pelas pernas,
coluna, braços, cabeça e maxilar.
Depois de movimentar as articulações, proponha que cada um estique o máximo possível
cada parte do corpo, com frases que ajudem-nos a realizar, como: Levem os braços até que a ponta
dos dedos toquem os dois lados da sala! Cresça a cabeça o máximo que puder, abrindo espaços
entre cada uma das vértebras! Abra os dedos dos pés!
Lembre que o alongamento pode ocorrer em diferentes direções, o que significa que podemos
alongar a musculatura posterior das costas, curvando o corpo para frente e para baixo e também
podemos alongar a anterior, na barriga, curvando para trás. Os lados do corpo também precisam ser
alongados.
A sensação depois de um alongamento, principalmente para adultos, é de que crescemos e é
uma sensação muito prazerosa, pois costuma ampliar os espaços encurtados de nossas articulações.
As crianças são mais flexíveis, o que não exclui a necessidade de se alongarem, mas as
propostas podem ser mais lúdicas.

Aula 07 – Habilidade: EM13LGG604 – Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da


vida social, cultural, política e econômica e identificar o processo de construção histórica dessas práticas.

Objetos do Conhecimento: Analisar a arte como produto social, cultural, político e econômico.
O teatro como cultura
Teatro é uma das representações artísticas e culturais de uma sociedade. É, também, um dos
reflexos de seu povo, sua história e a continuidade de suas tradições e valores - seu patrimônio artístico-
cultural. Como arte, ocupa lugar de destaque em livros de História da Arte, mas, como obra de arte efêmera,
a presença de um público pagante constante é essencial à manutenção econômica dos espaços teatrais e
dos artistas. O teatro pode ser caracterizado como um produto cultural, no entanto, o acesso à produção
artística é restrita a um número reduzido de consumidores culturais. O estudo se propõe a analisar como o
teatro se coloca diante das grandes e pequenas mídias e como a divulgação de peças teatrais fazem uso de
técnicas e estratégias de comunicação e de marketing. Desta forma, busca-se compreender a abordagem
comunicativa usada para cativar e recrutar seus espectadores.
https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/48578
Ao longo do tempo, o teatro se tornou uma grande fonte de cultura para as pessoas. Além disso as
apresentações desenvolvidas com forte cunho filosófico estimulam o pensamento crítico de atores e de
quem assiste as apresentações.
Por isso, o teatro se tornou uma grande ferramenta de comunicação para as massas. O poder do
teatro foi descoberto ao longo dos anos e se tornou uma arma forte contra a ignorância e o combate ao
preconceito de todas as formas.

Reflexões sobre o teatro e a sociedade.

“Nossa dramaturgia é interessada na vida real e nas contradições do que é viver”, afirma Sérgio de
Carvalho, sobre o trabalho da Companhia do Latão, de São Paulo, que apresenta “O Pão e a Pedra”, de
amanhã a 11 de julho, no CCBB. O grupo se tornou conhecido pela politização de seus trabalhos e é sobre
o teatro político que o Magazine conversa com o diretor.

Do ponto de vista artístico, quais as questões que o teatro político tem enfrentado hoje?
O conceito rigoroso de teatro político depende de vínculo com o movimento social. O teatro político
não se realiza apenas na linguagem ou no tema. Tem que ser capaz de dialogar com setores no ponto de
vista político. Ele não pode só falar de temáticas sociais que configuram uma reflexão politizante. É
fundamental que o trabalho coletivo se dê também no nível da forma, entre palco e plateia. E existem muitas
formas dessas conexões, críticas e potentes. O teatro político exige um trabalho experimental. E algo
importante: ele quer se jogar para fora do teatro. Não pode ficar confinado a consumidores de cultura. Quer
dialogar com gente que não costuma ir ao teatro. Tem que ser feito também por essas pessoas. “O Pão e a
Pedra”, por exemplo, não se enquadra nessa definição porque não foi feita com o movimento social. Mas,
por ter sido feito dentro da história da Companhia do Latão, faz com que nosso público seja diversificado.
Tem gente do campo, espectadores universitários, pessoas que vêm dos sindicatos e muita gente que
nunca foi ao teatro.
E você acha que isso tem a ver com uma questão de representatividade?
Acho que isso tem a ver com uma questão de atitude da peça. Tem a ver com uma qualidade
estética, mas também de ter uma atitude diante do nosso tempo e de ter um movimento que entende o que
a arte pode nos dar. É ver as questões pelo ângulo que costuma não estar tão aparente. É pensar que o
trabalho é crítico e não só conceitual. A obra não encerra o trabalho, o trabalho é maior. Ela procura se
jogar pra fora dela mesma.
Eu queria reproduzir uma pergunta que o dramaturgo Rafael Villas Boas, de Brasília, fez,
recentemente, a partir de uma provocação que fizemos a ele sobre teatro político: “Num contexto de
retrocesso neoliberal, por meio de um golpe, quais providências um dramaturgo brasileiro pode
tomar?”
Acho que é o papel do cidadão, das pessoas políticas. Após nossos espetáculos, temos procurado
ler textos e nos posicionarmos diante da situação. Já fizemos debates e sinto que o grupo e eu nos
posicionamos frente a isso, denunciando, indo às manifestações contrárias ao golpe que está em curso,
formalmente legitimado pela Constituição, mas que, na prática, é um absurdo que o mundo observa. E a
peça reflete esse sentimento de indignação, não de forma direta, mas o sentimento de recusa está ali. O
que é mais escandaloso é que o golpe vem para liquidar e para dar início a um processo de desmanche das
conquistas dos trabalhadores, com a terceirização, flexibilização das regras, aperto na previdência. Tudo
para manter os fluxos do capital e a peça fala exatamente dessas pessoas, os trabalhadores. 
https://www.otempo.com.br/diversao/magazine/reflexoes-sobre-o-teatro-e-a-sociedade-1.1333695

Atividade
Questão 01 – Vamos gerar um bate papo agora, a respeito da importância do teatro para a
sociedade.
No texto acima, podemos ver que o teatro é uma importante peça da cultura, porém é pouco
acessado devido ser uma arte que depende de um público pagante, que nem sempre é adepto a
assistir estes espetáculos. Comente o porquê de este público não assistir às peças teatrais. O que
você acha que impede.

Questão 02 – Digamos que exista uma lei que alimentasse as estruturas dos teatros, e que desse
para pagar as despesas e funcionários, sendo todos os espetáculos abertos ao público. Você acha
que o número de pessoas acessantes à este de arte, aumentaria?

Questão 03 – Se você tivesse a oportunidade de assistir um espetáculo de uma grande companhia


de apresentações, em um grande teatro, o que você gostaria de assistir? Como você acha que seria?
Descreva o espaço, os acentos, a sonorização, os atores e o espetáculo.

Questão 04 – Sabemos que o teatro se tornou um grande meio de comunicação. Tanto que ele
representa inclusive as expressões e emoções. Para você, quais os tipos de comunicados o teatro
pode trazer para a sociedade?

Questão 05 – Visto que o teatro é grande membro da cultura, sabemos portanto que nem só de
beleza são feitos os espetáculos. É possível perceber que ao decorrer de sua história, o teatro entra
em grandes embates sociais, como críticas, debates, elogios, deboches, entre outras situações. No
teatro grego temos a tragédia e a comédia, esta última entra como zoação de determinadas
situações e pessoas. Bem como no teatro romano, a tragédia, apesar de levar ao pé da letra o
próprio nome, as coisas más que aconteciam eram vistas como diversão. E assim o teatro foi
evoluindo, e hoje vemos várias peças que satirizam a política, questões sociais como o racismo,
homofobia, bullyng, entre outros. Realize uma pesquisa de três espetáculos que tem essa finalidade.
Escolha os temas e faça um texto resumindo sua pesquisa e explicando a importância dos temas
abordados, bem como de que forma o teatro era visto ou qual foi a receptividade do público.
Capriche!! Mínimo de 20 linhas.

Aula 08 e 09 – Habilidade: EM13LGG604 – Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões


da vida social, cultural, política e econômica e identificar o processo de construção histórica dessas práticas.

Objetos do Conhecimento: Analisar a arte como produto social, cultural, político e econômico.

Tipos de Teatro / Gêneros Teatrais


 Teatro de sombras: É uma arte chinesa antiga que acabou se espalhando para todo o mundo.
Nela, conta-se histórias usando bonecos de sombra. Os efeitos são atingidos através da movimentação
tanto dos bonecos quanto da fonte de luz. Hoje em dia, algumas companhias são conhecidas por suas
belas apresentações usando o próprio corpo para criar as sombras e todo o espetáculo. 
 Teatro de fantoches/bonecos/marionetes: Apresentação feita com fantoches, bonecos de
manipulação ou marionetes, muitas vezes tendo até o palco, as cortinas e todos os detalhes construídos
especialmente para a apresentação. 
Teatro infantil: Numa visão geral, o teatro infantil contém personagens caricatas, roupas coloridas
e é acompanhado com componentes musicais. Na maioria das vezes, as obras infantis têm uma moral da
história com o intuito de agregar valores para o público-alvo. 
Teatro de rua: Neste, os atores fazem uso do próprio corpo e voz para representar em espaço
aberto/público, mais precisamente nas cidades. 
Tragédia: Uma variante do drama, a tragédia é caracterizada pela seriedade e dignidade,
envolvendo um conflito entre uma personagem e algum poder de instância maior (deuses, sociedade, lei e
etc) 
Comédia: Na Grécia, a arte era representada pelas máscaras da tragédia e da comédia,
posteriormente sendo diferenciadas por Aristóteles como: a tragédia tratando-se de homens superiores
(heróis) e a comédia, inferiores (pessoas comuns). Hoje a comédia encontra um espaço e valorização para
manifestações críticas nas esferas da política, social ou econômicas. É fortemente consumida pela massa e
admirada por grande parte do público. Uma das suas primeiras definições foi “o que é engraçado, que faz
rir”. 
Drama: Na Grécia Antiga, surgiu para descrever “ação”. A partir da análise de Aristóteles que
dividia a literatura de sua época em narrativo, épico, dramático e misto, teóricos dividiram a literatura em
narrativo, dramático e lírico. Drama é usado, também, para definir gêneros de filmes, cinema, televisão,
teatro e etc. Também é considerado drama a obra de teatro/filme que possua situações tensas e
conflituosas em sua maioria.
O teatro se estende em muitas outras facetas, se adaptando com o passar dos anos e evolução da
sociedade. Também são fortemente conhecidos e reproduzidos: os musicais, os monólogos, óperas,
melodramas, tragicomédias, autos, teatro invisível, teatro lambe lambe, de revista e muitos outros.
https://legendaculturalblog.wordpress.com/2017/03/28/os-tipos-de-teatro/

Atividade
01 – No texto acima, conhecemos alguns tipos/gêneros do teatro. Agora, para ampliar melhor o
conhecimento sobre essa arte maravilhosa, vamos realizar uma pesquisa ampliada sobre os gêneros
teatrais e descobrir quais não estão no texto acima. Capriche heim!! Seu sucesso só depende de
você.

Agora que você já fez uma pesquisa aprofundada, responda:


02 – Qual a diferença entre comédia e stand-up comedy?

03 – Fale sobre a evolução da tragédia, desde o teatro grego, romano, até os dias atuais.

04 – Você acha que através do teatro é possível fazer críticas, sugestões e elogios sobre questões
polêmicas da sociedade? Por quê?

05 – Se você concordou com a questão anterior, quais temas você sugeriria para serem debatidos
em uma peça teatral?

06 – Com um dos temas indicados na questão 05, qual gênero teatral você acha que melhor se
enquadraria na situação para realização de uma peça teatral?

07 – Vamos praticar um pouco? Escreva uma mini peça teatral retratando um dos temas citados por
você, dentro do gênero teatral que melhor se encaixa. Se tiver dúvidas de como fazer, pesquise
peças já existentes com este gênero, e produza a sua, diante do que você aprendeu!

Aula 10 e 11 – Habilidade: EM13LGG604 – Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões


da vida social, cultural, política e econômica e identificar o processo de construção histórica dessas práticas.

Objetos do Conhecimento: Analisar a arte como produto social, cultural, político e econômico.

Um pouco mais sobre texto teatral


"O texto teatral assemelha-se ao narrativo quanto às características, uma vez que o mesmo
se constitui de fatos, personagens e história (o enredo representado), que sempre ocorre em um
determinado lugar, dispostos em uma sequência linear representada pela introdução (ou apresentação),
complicação, clímax e desfecho.
A história em si é retratada pelos atores por meio do diálogo, no qual o objetivo maior pauta-se por
promover uma efetiva interação com o público expectador, onde razão e emoção se fundem a
todo momento, proporcionando prazer e entretenimento.
Pelo fato de o texto teatral ser representado e não contado, ele dispensa a presença do narrador,
pois como anteriormente mencionado, os atores assumem um papel de destaque no trabalho realizado por
meio de um discurso direto em consonância com outros recursos que tendem a valorizar ainda mais a
modalidade em questão, como pausas, mímica, sonoplastia, gestos e outros elementos ligados à postura
corporal.
A questão do tempo difere-se daquele constituído pelo narrativo, pois o tempo da ficção, ligado à
duração do espetáculo, coincide com o tempo da representação.
No intuito de aplicarmos todos estes pressupostos teóricos à prática, analisaremos alguns
fragmentos da peça intitulada O Pagador de Promessas, de Dias Gomes:

Bonitão
Não falei por mal. Eu também sou meio devoto. Até uma vez fiz promessa pra Santo Antônio...

Casamento?
Bonitão
Não, ela era casada.

E conseguiu a graça?
Bonitão
Consegui. O marido dela passou uma semana viajando.


E o senhor pagou a promessa?
Bonitão
Não, pra não comprometer o santo."
Rosa
E pra você não se sujar com a santa, eu vou ter que dormir no chão, "no hotel do padre". (Olha-o
com raiva e vai deitar-se num dos degraus da escada da igreja).
E se tudo isso ainda fosse por alguma coisa que valesse a pena...

Você podia não ter vindo. Quando eu fiz a promessa, não falei em você, só na cruz.
Rosa
Agora você diz isso. Dissesse antes...

Não me lembrei. Você também não reclamou...
Rosa
Sou sua mulher. Tenho que ir pra onde você for...
{...}"

Veja mais sobre "O texto teatral" em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/o-texto-teatral.htm


Vamos assistir alguns vídeos para entender o texto
teatral um pouco melhor?
https://www.youtube.com/watch?v=0RBIeVQHqwU

No vídeo, aprendemos como transformar um texto já existente, em um texto teatral. Portanto, vamos
começar a praticar. Em seguida, você aprenderá alguns elementos importantes deste texto, desta forma,
logo em seguida vamos colocar em prática tudo o que aprendemos.

Como escrever uma peça teatral

Criar uma peça teatral pode parecer uma tarefa árdua: exige de nós a dedicação, criatividade,
disponibilidade de tempo e uma dose de persistência para que as ideias saiam do imaginário e passem a
habitar o papel.
O Texto Teatral é o texto que foi criado para ser encenado, podendo ser escrito em prosa ou poesia,
contendo personagens, tempo, espaço, enredo e, geralmente, não possui um narrador (o que não é uma
regra). Criar uma peça teatral é o mesmo que escrever um roteiro, contendo tudo que é dito pelos atores e
as indicações para tudo que deve ser feito.
Uma peça de teatro é dividida em “Atos” e “Cenas”. Os “Atos” são cenas interligadas por uma
subdivisão temática. As “Cenas” se dividem conforme as alterações no número de personagens, ou seja,
quando entra ou sai do palco um ator.
Através das “Rubricas”, o roteiro traz as determinações para a realização do drama, descrevendo o
que acontece em cena, por exemplo, se ela é exterior ou interior, se é noite ou dia, e possuem as seguintes
categorias: “Macro-rubrica” e “Micro-rubrica”, esta última dividida em “Objetiva” e “Subjetiva”.
A “Macro-rubrica” é uma “Rubrica” geral que interessa à peça, ou ao “Ato” e às “Cenas”. As demais
“Rubricas” estão inseridas no diálogo e afetam apenas a ação cênica. A “Micro-rubrica Objetiva” descreve
os gestos, movimentos, posições, ou indicam o personagem que fala. Já a “Micro-rubrica Subjetiva”
descreve os estados emocionais das personagens e o tom dos diálogos e falas.

Mas, como construir uma boa história para uma peça teatral?
Não há drama sem conflito. E todo drama é um confronto de vontades humanas. Se a cena inicial é
uma discussão entre um policial e um suspeito, logo os espectadores tiram várias conclusões sobre a
situação dos dois.
A peça tem sua ideia central, relativa a um tema. Daí, o autor parte para o desenvolvimento de uma
sequência de cenas, até a conclusão do drama. Já na concepção dos personagens, pense neles como seus
amigos, escreva sobre eles como se você os conhecesse intimamente.
É claro que, na peça teatral, o personagem exibirá pouco de suas facetas, porém, uma boa dica é
descrevê-lo como um tipo completo, e como ele se comportaria em cada situação da história a ser
contada. Personagens que têm uma motivação forte, sem medir os riscos, sempre são os personagens
mais interessantes, mas esse empenho forte se torna, muitas vezes, seu lado fraco e vulnerável. A partir
disso, já é possível montar muitas possibilidades.
Deve-se ter a curiosidade de observar como as pessoas revelam sua personalidade no dia a dia,
assim, será fácil para o autor da peça construir seus personagens e montar em torno deles uma história de
conflitos, que poderá ser uma trama envolvente e educativa.
Para o final, você deverá ter em mente uma ideia clara de como irá resolver o conflito da história e,
caso se trate de um final aberto, pensar nas possíveis interpretações que o público poderá dar para a obra.
Você poderá reler o seu roteiro e continuar polindo seu trabalho, até que possa fechar o script com um bom
final.
No geral, a questão importante não é o quanto a peça reflete a vida, mas o quanto ajuda a
audiência a entender a vida. Vale lembrar que não existe receita de bolo e que cada autor tem sua própria
didática.
Outras boas dicas são:

 Crie constantes diálogos entre personagens;


 Crie a ficha dos seus personagens;
 Escreva pensando na peça teatral como um todo, nos atores, na plateia, no palco, cenário,
figurino e sonoplastia;
 Pense na sua história de forma que o público se identifique e se conecte com ela;
 Para a encenação, além do texto, há o importante uso da linguagem corporal;
 Não é uma regra ter narrador, mas você pode usá-lo.

Atividades
E então? Agora podemos construir uma super peça!
Atenção: Leiam os livros “O pagador de promessas” e “O Auto da Compadecida”, assistam os filmes de
ambos, escolham um trecho de um dos dois, recrie a história e se organizem para encenar. Lembre-se de
tudo que aprendeu.

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