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Férias Coletivas

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Rua Dr.

César, nº 530 – sala 1508


CEP 02013-002 - Santana – São Paulo/SP
11.3294-3176 / 11.91343-7398
www.5rs.com.br / renata@5rs.com.br

Férias Coletivas: Como Funciona

Em algumas épocas específicas do ano, normalmente em festas de Natal, Ano


Novo e Carnaval, é comum que algumas empresas decidam interromper seu
funcionamento por um período determinado, já que seu ritmo de produção pode
diminuir consideravelmente.
Como solução, algumas empresas costumam organizar férias coletivas, pois com
elas, além de garantir que seus funcionários tenham um descanso em períodos de
baixa demanda, a empresa também cumpre sua obrigação legal de
conceder férias anualmente a todos. 
Com tantos pontos positivos, que tal entender um pouco melhor sobre como
funcionam as férias coletivas.

O que são férias coletivas?

As férias coletivas são um período de descanso concedido pela empresa a todos os


colaboradores ou a alguns setores da companhia, normalmente em épocas de baixa
demanda, como carnaval e fim de ano.
Elas estão previstas na Consolidação de Leis do Trabalho (CLT), nos Artigos 139 e
141, que serão explicados melhor ao longo do artigo. 
Por ser uma decisão somente do empregador, ele também é o responsável por
determinar as datas de início e fim, assim como se elas serão ou não fracionadas.

Até aqui parece muito simples, mas muitos funcionários costumam confundir as
férias coletivas com outros tipos de descanso, como o recesso e as férias
individuais. Mas, não se preocupe, aqui vamos explicar como funcionam as férias
coletivas e por que ela é diferente dos tipos mencionados.

Qual a diferença das férias coletivas para outros períodos de descanso?

Como vimos acima, existem três tipos de férias que todo funcionário celetista pode
ter durante a vigência de seu contrato, e além delas, o colaborador pode também
optar por vender parte de seus dias de descanso para receber uma remuneração
extra em troca. 

Essa prática é comum em empresas que atuam com férias coletivas, já que
geralmente os colaboradores preferem não tirar dois períodos de férias no ano. 

Mas antes de comentar mais sobre esse tipo específico de abono, vamos entender
as diferenças entre os tipos de férias:
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Recesso

O recesso geralmente é aquela pausa feita por empresas em períodos de


comemorações, sendo comum o recesso de fim de ano, ou recesso de carnaval.
Nesse tipo de pausa, a empresa pode escolher quais funcionários entrarão em
recesso, e esses dias de descanso não são retirados do saldo de crédito de férias
do funcionário, e por isso, a contratante não precisa pagar o adicional de férias. 

Férias individuais

As férias individuais são um direito de todo trabalhador e estão previstas no artigo


129, da CLT, que estabelece: “Todo empregado terá direito anual ao gozo de um
período de férias, sem prejuízo da remuneração”. 
Para ter direito ao período aquisitivo de férias, os funcionários devem trabalhar
durante 12 meses. Após esse tempo, ele terá direito ao gozo de 30 dias de
descanso.
Vale ressaltar que o período concessivo, ou seja, o prazo que a empresa terá para
liberar as férias do colaborador, é de até o décimo segundo mês, após ele completar
os 12 meses de trabalho. 

Por ser um direito do funcionário, é preciso que a empresa esteja atenta às férias
para não perder os prazos estabelecidos pela lei. 

Antes da Reforma Trabalhista, o período de descanso de um mês era concedido de


uma vez só, agora, no entanto, ele pode ser dividido em até três períodos, contanto
que haja um acordo entre as partes.

Férias Coletivas

Bom, entre as principais características que diferenciam esse tipo de férias dos
outros que citamos acima, está a sua obrigatoriedade. Somente as empresas
podem decidir se terão ou não férias coletivas. 

Por exemplo, uma companhia pode optar por seus funcionários terem 15 dias de
férias livres de acordo com suas férias individuais e 15 dias de férias coletivas. 

No caso onde as empresas optam pelas férias coletivas, ela deverá realizar alguns
procedimentos como, homologar o pedido no sindicato e obter uma autorização do
Ministério do Trabalho com no mínimo 15 dias de antecedência às férias.
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Como as férias coletivas não são obrigatórias, o empregador poderá definir dois
períodos anuais para a concessão, porém nenhum deles pode ser inferior a 10 dias
corridos. 

Agora que sabemos a diferença entre os três tipos de férias, vamos entender melhor
quem pode tirar férias coletivas.

Quem tem direito às férias coletivas?

Todos os contratados em regime CLT possuem o direito de tirar férias coletivas em


uma empresa. Agora, saber se os funcionários com menos de um ano de empresa
têm direito a esse tipo de férias é uma das dúvidas quando se organiza essa pausa. 
A resposta é bem clara, sim, se todo o setor entrar de férias, todos os funcionários
devem entrar, inclusive aquele colaborador com menos de um ano de empresa.

O que muda é que o pagamento dele será proporcional ao período de férias a que
ele tem direito, e o resto dos dias deverá ser dado como licença remunerada. Além
disso, como houve uma antecipação de férias, quando esse colaborador voltar, será
iniciada uma nova contagem do período de aquisição.
Por isso, é importante informar a todos os colaboradores como funcionam as férias
coletivas e o que isso implicará em seu contrato de trabalho.

O que não pode ser descontado nas férias?

Outra dúvida comum sobre férias coletivas é o que pode ou não ser descontado
nelas. Antes de mais nada, é necessário deixar claro que nenhum colaborador pode
ser prejudicado em sua remuneração mensal com descontos fora do previsto. 

Então, em questões relacionadas à pagamento todos os funcionários CLT devem


receber seu salário normalmente seguindo a mesma regra: o pagamento inteiro com
um acréscimo de ⅓ proporcional. 
Agora, existe um desconto de dias que deve ser esclarecido, para responder melhor
a essa pergunta, vamos separar os funcionários em duas categorias: os que estão
trabalhando na empresa há menos de um ano, e os que já fazem parte do quadro
de funcionários  há mais de 1 ano.
Para os funcionários com menos de 1 ano de trabalho, como eles tirarão suas férias
antes do término do primeiro período aquisitivo, eles somente poderão ter um novo
período de descanso após um ano da data das férias coletivas. 
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Ou seja, o seu tempo aquisitivo para férias na empresa é zerado reiniciando a


contagem. O que não acontece no caso dos funcionários com mais de um ano de
casa, como por exemplo, se a empresa conceder dez dias de férias, o colaborador
que completou seu período aquisitivo ainda tem 20 dias de férias individuais para
negociar.

Qual o prazo de pagamento das férias?

O pagamento das férias deve ser efetuado até 2 dias antes do início do respectivo
gozo das férias. Caso a data não seja um dia útil, o pagamento deverá ser
antecipado para que já esteja sob a posse do funcionário na data limite para o
pagamento. 
Agora quando a dúvida é sobre o valor a ser pago, esse dependerá de alguns
fatores, dentre eles: o salário do trabalhador na época da concessão, a duração do
período de férias e a forma de remuneração recebida pelo empregado normalmente.
Além disso, todo funcionário, inclusive, tem o direito à média de adicionais
como horas extras, adicional noturno, periculosidade, e comissões.

O que diz a legislação sobre essas férias?

Até agora, já foi possível ter uma boa noção do que são as férias coletivas e como
elas funcionam. Mas, também é importante entender o que a legislação prevê sobre
esse tipo de férias, para que o RH consiga ter uma melhor organização na hora de
colocá-la em prática.

Como já foi dito, as férias coletivas não são obrigatórias, e são somente
organizadas por empresas caso elas decidam interromper seu funcionamento em
determinadas épocas.

Dessa forma, ela não é obrigada a consultar seus funcionários sobre se deve ou
não dar esse descanso, mas deve avisar a todos com antecedência.

Apesar de não existir essa obrigatoriedade, toda empresa deve tomar alguns
cuidados caso decida adotar essas férias. 

Separamos a seguir algumas especificações importantes da lei sobre as férias


coletivas, acompanhe!
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Artigo 139 da Clt

O artigo 139 da CLT determina como as férias coletivas devem ser distribuídas.

De acordo com o artigo, para ser válido esse período, ele pode ser dividido em até
duas vezes ao longo do ano, desde que nenhum deles seja inferior a 10 dias
corridos. Dessa forma, caso a empresa não cumpra essa regra ou separe as férias
coletivas em mais de dois períodos elas poderão ser invalidadas.

Ainda dentro desse artigo, outro ponto que deve ser destacado é sobre a separação
de quem deve ou não tirar férias coletivas. De acordo com o artigo 139, as férias
podem ser concedidas a todos os empregados da empresa, em determinados
estabelecimentos ou em alguns setores da empresa.

Como destacado anteriormente, não é possível escolher apenas determinados


colaboradores para férias coletivas, essa divisão deve ser feita por empresa geral,
estabelecimentos ou setores. 

Artigo 134 da CLT

O artigo 134 da CLT é outro que vale a pena ser comentado, principalmente por ele
ter sido modificado após a Reforma Trabalhista.

Após a mudança, a Legislação definiu que o restante das férias individuais de cada
funcionário poderá ser dividido em até duas vezes, desde que haja concordância do
empregado.

Dentro dessa divisão, nenhum dos períodos poderá ser inferior a 14 dias corridos, e
o outro, consequentemente, não poderá ser inferior a 5 dias.

Por fim, o artigo também veta que o início das férias seja no período de dois dias
que antecede algum feriado ou dia de repouso semanal remunerado.

Mudanças nas férias coletivas com a reforma trabalhista

Além do Artigo 134 que comentamos acima, a Reforma Trabalhista não estabeleceu
nenhuma outra mudança específica em relação às férias coletivas.
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Mesmo assim, outras questões importantes como a jornada de trabalho, hora extra,
banco de horas e o próprio período de férias anuais foram alterações muito
discutidas no país desde que foi sancionada a reforma.

Em relação ao período anual das férias, antes das mudanças estabelecidas pela
Reforma, o funcionário só poderia fracionar esse período em casos excepcionais, ou
seja, caso comprovasse necessidade para isso.

Dúvidas gerais sobre férias coletivas

Assim como diversos assuntos que envolve gestão de pessoas e leis trabalhistas,


as férias coletivas geram algumas dúvidas comuns em profissionais da área, veja a
seguir as principais:

Quem deve ser avisado sobre as férias coletivas e com quanto tempo de
antecedência?

Além da empresa ser obrigada a informar todos os seus funcionários com 30 dias
de antecedência, o RH também deve se lembrar de outros órgãos que devem ser
comunicados sobre a decisão. 

Confira os essenciais abaixo:

 A empresa deve comunicar ao órgão local do Ministério do Trabalho e


Previdência, informando o início e o fim das férias com pelo menos 15
dias de antecedência, indicando no aviso quais os estabelecimentos
ou setores abrangidos pelas férias;
 No mesmo prazo de 15 dias, a companhia deverá comunicar o
Sindicato representativo dessa categoria profissional;
 E por fim, deverá afixar avisos sobre as férias coletivas nos locais de
trabalho. 

O que é o abono de férias e como funciona?

Apesar de muitos sonharem com a época em que podem finalmente ter uns dias de
descanso após meses trabalhando, é comum que alguns funcionários queiram
realizar a troca de parte desses dias por um plus em sua remuneração.

O abono pecuniário, como é chamado, é um direito de todos os colabores previsto


na CLT, e se caracteriza por ser a venda de até ⅓ (10 dias) de suas férias em troca
de remuneração.
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Apesar de ser um direito, todo trabalhador que decidir fazer essa troca, deve fazer
uma solicitação escrita ao RH até 15 dias antes do fim do período aquisitivo.

Como exemplo, se o funcionário começou a trabalhar no dia 1° de janeiro, ele pode


solicitar a conversão até o 15 de dezembro do mesmo ano.

Contudo, as regras para colaboradores que tiveram férias coletivas divergem um


pouco, veja o que diz o artigo 143 da CLT:

“§ 2º – Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere este artigo


deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato
representativo da respectiva categoria profissional, independendo de requerimento
individual a concessão do abono.”

Conforme diz o artigo, para a conversão dos dias restantes de férias em abono,
para aqueles que gozaram de férias coletivas, a empresa deverá fazer um acordo
coletivo com o sindicato da categoria, não sendo assim aceitos pedidos individuais.

Exemplo: Uma empresa concedeu 20 dias de férias coletivas aos funcionários,


sobrando ainda 10 dias para aqueles que já tinham seu período aquisitivo completo,
se for de interesse de ambas as partes converter o restante dos dias em abono
pecuniário, a empresa deverá entrar em contato com o sindicato para realização do
acordo coletivo, e todos terão direito a conversão. 

Sobre o valor, ele é definido com base na remuneração oficial de cada um, já com o
acréscimo do ⅓ das férias previstas. E nesse caso, ele não é pago juntamente com
o adiantamento das férias, mas sim no dia do pagamento normal estabelecido pela
empresa.

Quais os benefícios desse abono de férias?

Para o trabalhador o principal benefício é esse bônus em sua remuneração. 

Mas e para a empresa?

No caso da contratante, com a conversão em abono o espaço de tempo que ela iria
passar sem os funcionários é diminuído, ajudando assim com que as férias
realmente aconteçam em períodos de baixa demanda, e em períodos de alta
demanda ela possa contar com seus funcionários. 
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As férias podem iniciar no sábado? 

Uma das dúvidas mais comuns sobre férias é a data de início dela.

A legislação trabalhista estabelece que é proibido o início do período de férias dos


funcionários em dias em que estes não trabalhem, conforme previsto no parágrafo
3° do artigo 134:

“§ 3o  É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou
dia de repouso semanal remunerado.”

Ou seja, se a escala do colaborador contempla o expediente de segunda a sexta, a


empresa não poderá iniciar o período de férias durante sábados, domingos ou
feriados, e nem dois dias antes deles.

Férias coletivas proporcionais

Como falamos anteriormente, muitas pessoas têm dúvidas sobre o que fazer no
caso dos funcionários que possuem menos de 1 ano de empresa. 

Afinal, para quem tem mais de um ano é fácil, uma vez que a dúvida sobre ela ser
ou não proporcional acaba por não existir. 

Mas para quem tem menos de 12 meses, sempre surgem aquelas perguntas:
“Posso deixá-lo no posto, e dar férias apenas aos outros” ou “Como devo contar as
férias proporcionais?”
Essas dúvidas são comuns, e algumas coisas a serem esclarecidas é que se as
férias coletivas forem concedidas a um setor completo e o funcionário estiver
trabalhando na empresa há menos de 12 meses, ele deverá se ausentar do seu
posto de trabalho junto aos demais colaboradores. 

E para ele, que não possui dias de férias suficientes, o restante dos dias deverá ser
concedido como licença remunerada.

Exemplo, se ele tem direito a férias proporcionais de apenas 10 dias, e a empresa


quer conceder 15 dias de férias coletivas, nesse caso serão 10 dias de férias
coletivas e 5 dias de licença remunerada. E, o adicional de ⅓ de férias será
contemplado apenas nos dias em que ele tiver direito.
E como fazer para descobrir os dias em que ele terá direito? 
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Simples, basta realizar uma conta do tempo que o funcionário tem na empresa.
Vamos usar um exemplo de alguém que tenha 4 meses de empresa. 

A fórmula para saber quantos dias de férias ele teria direito após cinco meses de
trabalho é a seguinte: 

30/12 * 4 = 10 

Essa conta é feita a partir de cada mês completo que o colaborador tem na
empresa, lembrando que, nesse quesito, acima de 15 dias trabalhados já é
considerado um mês completo. 

Conclusão

Optar pelo planejamento das férias coletivas traz diversos benefícios tanto para a
empresa quanto para seus funcionários. 

Mesmo com todos os detalhes necessários para seu planejamento, colocá-las em


prática não é uma tarefa tão difícil, principalmente pelos sistemas de apoio
de controle de ponto que podem ser usados pelo RH.
Aqui vimos todos os detalhes legais das férias coletivas, e todos os procedimentos
que sua empresa deve fazer para concedê-la.

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