Férias Coletivas
Férias Coletivas
Férias Coletivas
Até aqui parece muito simples, mas muitos funcionários costumam confundir as
férias coletivas com outros tipos de descanso, como o recesso e as férias
individuais. Mas, não se preocupe, aqui vamos explicar como funcionam as férias
coletivas e por que ela é diferente dos tipos mencionados.
Como vimos acima, existem três tipos de férias que todo funcionário celetista pode
ter durante a vigência de seu contrato, e além delas, o colaborador pode também
optar por vender parte de seus dias de descanso para receber uma remuneração
extra em troca.
Essa prática é comum em empresas que atuam com férias coletivas, já que
geralmente os colaboradores preferem não tirar dois períodos de férias no ano.
Mas antes de comentar mais sobre esse tipo específico de abono, vamos entender
as diferenças entre os tipos de férias:
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Recesso
Férias individuais
Por ser um direito do funcionário, é preciso que a empresa esteja atenta às férias
para não perder os prazos estabelecidos pela lei.
Férias Coletivas
Bom, entre as principais características que diferenciam esse tipo de férias dos
outros que citamos acima, está a sua obrigatoriedade. Somente as empresas
podem decidir se terão ou não férias coletivas.
Por exemplo, uma companhia pode optar por seus funcionários terem 15 dias de
férias livres de acordo com suas férias individuais e 15 dias de férias coletivas.
No caso onde as empresas optam pelas férias coletivas, ela deverá realizar alguns
procedimentos como, homologar o pedido no sindicato e obter uma autorização do
Ministério do Trabalho com no mínimo 15 dias de antecedência às férias.
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Como as férias coletivas não são obrigatórias, o empregador poderá definir dois
períodos anuais para a concessão, porém nenhum deles pode ser inferior a 10 dias
corridos.
Agora que sabemos a diferença entre os três tipos de férias, vamos entender melhor
quem pode tirar férias coletivas.
O que muda é que o pagamento dele será proporcional ao período de férias a que
ele tem direito, e o resto dos dias deverá ser dado como licença remunerada. Além
disso, como houve uma antecipação de férias, quando esse colaborador voltar, será
iniciada uma nova contagem do período de aquisição.
Por isso, é importante informar a todos os colaboradores como funcionam as férias
coletivas e o que isso implicará em seu contrato de trabalho.
Outra dúvida comum sobre férias coletivas é o que pode ou não ser descontado
nelas. Antes de mais nada, é necessário deixar claro que nenhum colaborador pode
ser prejudicado em sua remuneração mensal com descontos fora do previsto.
O pagamento das férias deve ser efetuado até 2 dias antes do início do respectivo
gozo das férias. Caso a data não seja um dia útil, o pagamento deverá ser
antecipado para que já esteja sob a posse do funcionário na data limite para o
pagamento.
Agora quando a dúvida é sobre o valor a ser pago, esse dependerá de alguns
fatores, dentre eles: o salário do trabalhador na época da concessão, a duração do
período de férias e a forma de remuneração recebida pelo empregado normalmente.
Além disso, todo funcionário, inclusive, tem o direito à média de adicionais
como horas extras, adicional noturno, periculosidade, e comissões.
Até agora, já foi possível ter uma boa noção do que são as férias coletivas e como
elas funcionam. Mas, também é importante entender o que a legislação prevê sobre
esse tipo de férias, para que o RH consiga ter uma melhor organização na hora de
colocá-la em prática.
Como já foi dito, as férias coletivas não são obrigatórias, e são somente
organizadas por empresas caso elas decidam interromper seu funcionamento em
determinadas épocas.
Dessa forma, ela não é obrigada a consultar seus funcionários sobre se deve ou
não dar esse descanso, mas deve avisar a todos com antecedência.
Apesar de não existir essa obrigatoriedade, toda empresa deve tomar alguns
cuidados caso decida adotar essas férias.
O artigo 139 da CLT determina como as férias coletivas devem ser distribuídas.
De acordo com o artigo, para ser válido esse período, ele pode ser dividido em até
duas vezes ao longo do ano, desde que nenhum deles seja inferior a 10 dias
corridos. Dessa forma, caso a empresa não cumpra essa regra ou separe as férias
coletivas em mais de dois períodos elas poderão ser invalidadas.
Ainda dentro desse artigo, outro ponto que deve ser destacado é sobre a separação
de quem deve ou não tirar férias coletivas. De acordo com o artigo 139, as férias
podem ser concedidas a todos os empregados da empresa, em determinados
estabelecimentos ou em alguns setores da empresa.
O artigo 134 da CLT é outro que vale a pena ser comentado, principalmente por ele
ter sido modificado após a Reforma Trabalhista.
Após a mudança, a Legislação definiu que o restante das férias individuais de cada
funcionário poderá ser dividido em até duas vezes, desde que haja concordância do
empregado.
Dentro dessa divisão, nenhum dos períodos poderá ser inferior a 14 dias corridos, e
o outro, consequentemente, não poderá ser inferior a 5 dias.
Por fim, o artigo também veta que o início das férias seja no período de dois dias
que antecede algum feriado ou dia de repouso semanal remunerado.
Além do Artigo 134 que comentamos acima, a Reforma Trabalhista não estabeleceu
nenhuma outra mudança específica em relação às férias coletivas.
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Mesmo assim, outras questões importantes como a jornada de trabalho, hora extra,
banco de horas e o próprio período de férias anuais foram alterações muito
discutidas no país desde que foi sancionada a reforma.
Em relação ao período anual das férias, antes das mudanças estabelecidas pela
Reforma, o funcionário só poderia fracionar esse período em casos excepcionais, ou
seja, caso comprovasse necessidade para isso.
Quem deve ser avisado sobre as férias coletivas e com quanto tempo de
antecedência?
Além da empresa ser obrigada a informar todos os seus funcionários com 30 dias
de antecedência, o RH também deve se lembrar de outros órgãos que devem ser
comunicados sobre a decisão.
Apesar de muitos sonharem com a época em que podem finalmente ter uns dias de
descanso após meses trabalhando, é comum que alguns funcionários queiram
realizar a troca de parte desses dias por um plus em sua remuneração.
Apesar de ser um direito, todo trabalhador que decidir fazer essa troca, deve fazer
uma solicitação escrita ao RH até 15 dias antes do fim do período aquisitivo.
Conforme diz o artigo, para a conversão dos dias restantes de férias em abono,
para aqueles que gozaram de férias coletivas, a empresa deverá fazer um acordo
coletivo com o sindicato da categoria, não sendo assim aceitos pedidos individuais.
Sobre o valor, ele é definido com base na remuneração oficial de cada um, já com o
acréscimo do ⅓ das férias previstas. E nesse caso, ele não é pago juntamente com
o adiantamento das férias, mas sim no dia do pagamento normal estabelecido pela
empresa.
No caso da contratante, com a conversão em abono o espaço de tempo que ela iria
passar sem os funcionários é diminuído, ajudando assim com que as férias
realmente aconteçam em períodos de baixa demanda, e em períodos de alta
demanda ela possa contar com seus funcionários.
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Uma das dúvidas mais comuns sobre férias é a data de início dela.
“§ 3o É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou
dia de repouso semanal remunerado.”
Como falamos anteriormente, muitas pessoas têm dúvidas sobre o que fazer no
caso dos funcionários que possuem menos de 1 ano de empresa.
Afinal, para quem tem mais de um ano é fácil, uma vez que a dúvida sobre ela ser
ou não proporcional acaba por não existir.
Mas para quem tem menos de 12 meses, sempre surgem aquelas perguntas:
“Posso deixá-lo no posto, e dar férias apenas aos outros” ou “Como devo contar as
férias proporcionais?”
Essas dúvidas são comuns, e algumas coisas a serem esclarecidas é que se as
férias coletivas forem concedidas a um setor completo e o funcionário estiver
trabalhando na empresa há menos de 12 meses, ele deverá se ausentar do seu
posto de trabalho junto aos demais colaboradores.
E para ele, que não possui dias de férias suficientes, o restante dos dias deverá ser
concedido como licença remunerada.
Simples, basta realizar uma conta do tempo que o funcionário tem na empresa.
Vamos usar um exemplo de alguém que tenha 4 meses de empresa.
A fórmula para saber quantos dias de férias ele teria direito após cinco meses de
trabalho é a seguinte:
30/12 * 4 = 10
Essa conta é feita a partir de cada mês completo que o colaborador tem na
empresa, lembrando que, nesse quesito, acima de 15 dias trabalhados já é
considerado um mês completo.
Conclusão
Optar pelo planejamento das férias coletivas traz diversos benefícios tanto para a
empresa quanto para seus funcionários.