Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Fanzine Alt

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 23

EDITORIAL

Já parou para pensar que a vida na terra é extremamente dependente


dos organismos fotossintetizantes?

Esses organismos são capazes de produzir compostos que somos


altamente dependes como, frutas, verduras, legumes, corantes etc.
Além de produzirem o oxigênio da qual dependemos.

Pensado nisso, vos convido a se aventurar no mundo das plantas e


entender como ocorre a síntese dos produtos descritos acima, bem
como o processo de respiração dos seres autotróficos que libera CO2,
responsável por manter a temperatura da terra ideal, e

Pensando nisso, o fanzine a seguir irá mostrar como ocorre o processo


de síntese dos produtos descritos acima, a partir da água e dióxido de
carbono (CO2), bem como o processo de respiração dos seres
autotróficos que libera CO2 e mantem a temperatura da terra ideal.
PÁGINA 1 - FOTOSSÍNTESE

Fotosíntese

Sintese utilizando a luz, ou seja, os vegetais utilizam a energia solar


para produzir seus fotoassimilados, ou melhor, as plantas utilizam a
energia luminosa para a síntese de carboidratos e liberam oxigênio,
durante esse processo, a partir da mólecula de Dioxido de carbono
(CO2) e água (H2O)

6 CO2 + 6 H2O → C6H12O6 + 6 O2

A fotossíntese transforma moléculas oxidadas, com baixo conteúdo de


energia, em moléculas com elevado poder redutor e conteúdo de
energia
PAGINA 2 – APARELHO FOTOSSINTÉTICO

Aparelho fotossintético

Nos eucariotos fotossintetizantes, a fotossíntese ocorre nos


cloroplastos, uma organela responsável por essa atividade. Essas
organelas estão presentes nas mais diversas partes da planta, no
entanto, o mesófilo das folhas é o tecido fotossintético mais ativo.

seguir, um esquema representativo do cloroplasto e suas estruturas

É nas membranas internas do tilacoide que se encontra a colorofila,


pigmento fotossintetizante verde especializado na absorção de luz.

É importante lembrar também que o processo fotossintético ocorre


em duas etapas

A maior parte dos pigmentos serve como um complexo antena,


coletando luz e transferindo a energia para o complexo dos centros de
reação, onde acontecem as reações químicas
PÁGINA 3 – Etapas
Etapa fotoquímica:

Ocorre na membrana interna dos tilacoides

No cloroplasto, a energia luminosa é convertida em energia química


por duas unidades funcionais diferentes denominadas fotossistemas
(PS I ePS II). A energia absorvida da luz é utilizada para impulsionar a
transferência de elétrons por uma série de compostos que atuam
como doadores e aceptores desses elétrons. A maior parte dos
elétrons é extraída da H2O, a qual é oxidada a O2, e, por fim, reduz
NADP+ a NADPH.

Uma parte dos prótons liberados pela oxidação da água impulsionam a


síntese de ATP
Redutor P700*
forte e-

NADP
Redutor e-
fraco P680* +
Cad NADPH
e ia
tra e-
de e nspor e-
2H2O létr tad
on s ora
e-
P700
O2 + Oxidante
4H+ P680 fraco
Oxidante
forte Fotossistema I
Fotossistema II
PÁGINA 4 – ETAPA DE FIXAÇÃO DO CABONO(BIOQUÍMICA)

Essa etapa corre no estroma do cloroplasto, região aquosa que


circunda os tilacoides.

No estroma, ocorre a fixação do carbono (CO2), através do ciclo de


Calvin-Benson, por meio do uso do ATP e NADPH proveniente da etapa
fotoquímica. Através do CO2, são produzidos os fotoasimilados
(carboidratos)

O ciclo de Calvin Benson ocorre em 3 etapas:

 Carboxilação: na qual a molécula de CO2 e H2O reagem com a


molécula aceptora de CO2 (ribulose -1,5- bifosfato) formando
2 moléculas de 3-fosfoglicerato
 Redução do 3-fosfoglicerato a carboidratos de 3 carbonos
(Trioses fosfato), por meio do ATP e NADPH
 Regeneração do aceptor de CO2, a ribulose-1,5-bifosfato
Ribulose-1,5-
bifosfato

CO2 + H2O
ADP
+

3-fosfoglicerato
ATP

ATP
Trioses fosfato
+
(Gliceraldeído-3-fosfato) NADPH
+
Di-hidroxiacetona fosfato ADP + Pi NADP+
Amido (cloroplastos)
(cloroplastos)
Sacarose (citosol)
Saída de carbono

Sacarose (floema) Crescimento, polissacarídeos de reserva

PÁGINA 5 – FATORES QUE AFETAM A FOTOSSÍNTESE

O processo fotossintético pode ser regulado/limitado por diversos


fatores, que podem ser intrínsecos ao próprio vegetal ou extrínsecos
(relacionada ao ambiente). Dentre esses fatores podemos citar a
estrutura foliar, regulação da resistência estomática, disponibilidade
de água e nutrientes, concentração de CO2, luz e temperatura.

É importante ressaltar que a concentração de CO2, luz e temperatura


são os principais fatores que afetam a fotossíntese

CO22
PÁGINA 6 – VOCÊ SABIA?

Nem todas as plantas realizam fotossíntese. Algumas plantas são


incapazes de realizar fotossíntese, pelo fato de serem desprovidas de
clorofila. Dessa forma, necessitam de plantas hospedeiras para a
obtenção de nutrientes, afim de garantir a sua sobrevivência.

Essas plantas incapazes de realizar fotossíntese são chamadas de


Holoparasitas. Um exemplo de plantas holoparasitas são as espécies
do gênero Cuscuta, como Cuscuta racemosa, popularmente conhecida
como cipó-chumbo.

Para extrair a seiva orgânica da planta hospedeira, o cipó-chumbo


possui estruturas especializadas chamadas haustórios, que penetram
até os vasos condutores da planta hospedeira, de onde retiram água e
nutrientes.
PÁGINA 7- FOTOSSÍNTESE NOS DIVERSOS ÓRGÃOS DA PLANTA

Como já citado, a fotossíntese ocorre nos cloroplastos, organelas que


estão presente em todas as partes da planta, isso significa dizer que o
processo fotossintético não ocorre apenas nas folhas, mas em outros
órgãos como o caule.

As cactáceas, por exemplo, são plantas adaptadas a regiões quente e


de clima seco e no seu processo evolutivo, as folhas se transformaram
em espinhos. Dessa forma, essas plantas realizam a fotossíntese
através do caule.

Diante disso, a fotossíntese pode ocorrer em outros órgãos da planta e


a taxa fotossintética em cada órgãos dependerá de fatores extrínsecos
e intrínsecos.
PÁGINA 8 – IMPORTÂNCIA

É indiscutível a contribuição do processo fotossintético para a


sobrevivência manutenção e qualidade de vida na Terra.

Como citado até aqui, as plantas são capazes de produzir seus


compostos através da assimilação de luz e água. Além de contribuir
para o suprimento alimentar de grandes culturas mundiais, através de
frutas, verduras, grãos e sementes, os vegetais oferecem diversos
serviços ecossistêmicos como a filtragem das impurezas do ar,
sombreamento e umidificação do ar, liberam oxigênio, são
sequestradoras de CO2, além de serem usadas para fins medicinais.

Diante disso, compreender e controlar o processo fotossintético pode


ser crucial para aumentar a produtividade dos alimentos, madeiras,
combustíveis e seus derivados, bem como aproveitar melhor as áreas
cultiváveis.
PÁGINA 9- ARTIGO

Pesquisadores da Universidade de Yale descobriram que a erva


daninha tem um mecanismo único de fotossíntese que a torna mais
resistente à seca.

Segundo a Universidade, diferentes plantas desenvolveram formas de


melhorar a sua fotossíntese. O milho, por exemplo, utiliza a
fotossíntese C4, o que permite as plantas serem produtivas mesmo em
temperaturas elevadas. Já os cactos utilizam a fotossíntese CAM que
permite essas plantas prosperem em desertos e regiões secas.

Os investigadores por trás do estudo relataram ter encontrado as


atividades C4 e CAM operando juntas nas mesmas células da erva
daninha, demonstrando que as duas vias podem ser integradas de
forma eficiente e partilhar produtos.

Tal descoberta poderia ajudar a salvar o mundo numa altura em que as


alterações climáticas aumentaram a insegurança alimentar

PÁGINA 10- TIRINHA E MEME

Eu não aguento mais Eu sei que preciso de


Que calor,
sequestrar tanto carbono CO2, mas assim já tá
misericórdia! Bora usar
demais, gente.
esse CO2, plantinhas
–c
–c
CO2
Cientista da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, usaram um
sistema semelhante a uma bateria AA que continha uma espécie de
alga azul-esverdeada chamada synechocystis.

O sistema foi feito de “materiais comuns, baratos e amplamente


recicláveis”, disse a Universidade.

As algas colhem naturalmente a energia do sol através da fotossíntese.


Isso significa que pode ser facilmente replicado milhares de vezes para
alimentar pequenos dispositivos como a internet das coisas

P680

PAGINA 1- RESPIRAÇÃO
O metabolismo das plantas requer os dois processos: para fazer
fotossíntese, as plantas precisam respirar, pois necessitam de energia,
e, para respirar, precisam de açúcares, que contêm a energia
armazenada pela fotossíntese. Logo, esses dois processos são
complementares.

A respiração é um processo primário, na qual compostos orgânicos


reduzidos são completamente oxidados a CO2, liberando grande
quantidade de energia, enquanto o oxigênio serve como aceptor final
de elétrons, sendo reduzido à água durante esse processo.

A maioria dos organismos vivos tem que absorver oxigênio molecular


(O2) e ser capaz, de alguma forma, de fragmentar compostos de
carbono (carboidratos, lipídios e proteínas, por exemplo), além de
utilizar a energia contida nesses compostos para o desenvolvimento e
manutenção de seus corpos.

A equação que define a respiração pode ser descrita da seguinte forma


e é inversa a utilizada para a fotossíntese:

C6H1206 + 02  6 CO2 + 12 H2O + energia

O processo respiratório ocorre em organelas especializadas, chamadas


mitocôndrias
PÁGINA 2 – ETAPAS

O processo respiratório completo é normalmente dividido em 3


etapas: (1) Glicólise; (2) Ciclo de Krebs; (3) Cadeia Transportadora de
Eletrons.

Glicólise

Essa etapa ocorre no citosol da célula

Nessa fase a glicose é parcialmente degradada a piruvato. O processo


tem início com uma molécula de 6 carbonos e atinge um estágio
intermediário em que são formadas duas moléculas de 3 carbonos (o
gliceraldeído 3 -fosfato).

Os produtos finais da glicólise vegetal incluem também o malato, que


poderá entrar na mitocôndria, além do ATP e NADH, apresentando um
saldo líquido de apenas 2 ATPs.

Glicose
ATP

ADP

Glicose 6-fosfato

Frutose 6-fosfato
ATP
Malato
ADP
NAD
Frutose 1,6-bifosfato
NADH + H+

Gliceraldeído 3-fosfato Diidroxiacetona fofato Oxaloacetato


Pi
NAD
NADH + H+
fosfoenolpiruvato ADP
1,3-bifosfoglicerato
ATP

3-fosfoglicerato 2-fosfoglicerato H2O piruvato


PÁGINA 3- CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO (CICLO DE KREBS)

Essa etapa ocorre na matriz mitocondrial e nela, o piruvato, formado


durante a glicólise, é oxidado completamente a CO2.

Após o piruvato entrar na mitocôndria, ele sofre uma descarboxilação


(perda de COz) gerando um radical acetil (2C) que se ligará à coenzima
A (acetil-CoA).

O Acetil une-se a uma molécula de oxaloacetato (4C), através da


liberação da Coenzima A, formando citrato (6C). Ao passar pelo Ciclo
de Krebs, dois carbonos são perdidos na forma de CO2, regenerando
novamente o oxaloacetato e, assim, completando o ciclo. Dessa forma,
grande parte da energia química que estava armazenada no
carboidrato é transferida para moléculas de ATP, NAD e de FAD, sendo
as ultimas reduzidas a NADH + H+ e FADH2

Acetil-CoA

Oxaloactetato Citrato
NADH
CoA

NAD+

Malato
Isocitrato
NAD+
H2O
Ciclo de Krebs NADH

CO2
Fumarato
2-
Oxoglutarato
FADH2 CoA NAD+
CoA
NADH
FAD
Sucinato Sucinil-CoA CO2
ADP

As principais funções desse ciclo são:

produzir energia e/ou compostos redutores (NADH + H+ e FADH2) para


a cadeia de transporte de elétrons e produzir esqueletos de carbono
para o metabolismo celular

PÁGINA 4- CADEIA TRANSPORTADORA DE ELETRONS

Essa etapa ocorre nas cristas mitocondriais, e nela, os compostos


redutores, NADH + H+ e FADH2, produzidos nas etapas anteriores,
doam seus elétrons para produzir ATP no passo final da respiração.

N esse processo, os elétrons são transferidos para complexos proteicos


que possuem potencial de óxido-redução cada vez mais baixos.
Associado a essa transferência de elétrons, há um fluxo de prótons (H
+) da matriz para o espaço entre as membranas da mitocôndria.

Ao final dessa cadeia de transporte de elétrons, cada par de elétrons é


doado para um oxigênio (1/2 02) junto com dois prótons (H+),
formando moléculas de água.
PÁGINA 5- IMPORTÂNCIA

Além de ser uma importante etapa na geração de energia, vários


compostos intermediários da respiração podem ser desviados para vias
de biossíntese, servindo de esqueletos carbônicos para
polissacarídeos, ácidos nucléicos, aminoácidos e proteínas e
compostos do metabolismo secundário.
PÁGINA 6- FATORES QUE AFETAM A RESPIRAÇAO

Existem diversos fatores podem afetar a taxa respiratória como a


disponibilidade de substrato, uma vez que as reduções na quantidade
de substrato ou na sua produção leva a diminuição da taxa
respiratória; outro fator é a disponibilidade de oxigênio, que em
condições baixas pode levar, nas raízes, absorção insuficiente de água
e íons e, consequentemente, poderá reduzir a taxa fotossintética; A
temperatura; Luz; Injúrias e doenças.

O processo respiratório ocorre em todas as células vivas dos vegetais,


as quais possuem organelas especiais, as mitocôndrias, que funcionam
como usinas de processamento e produção de compostos energéticos.
PÁGINA 7- Respiração nos diversos órgãos vegetais;

A taxa respiratória nos vegetais depende de diversos fatores como


hábito de crescimento da planta, tipo e idade do órgão específico,
variáveis ambientais etc.

Abaixo será mostrado uma tabela com as características do processo


respiratório em cada órgão da planta

Órgãos Característica do processo respiratório


Respiração intensa. Principais substratos são
Raízes os açúcares advindo da parte área pelo
floema
Respiração intensa na zona do câmbio
Caule
vascular e felogênio
Realizam mais trocas gasosas com o
Folhas
ambiente.
O processo de floração envolve grande
Flores
demanda respiratória.
Na fase inicial do desenvolvimento há
intensa atividade respiratória, declinando
Frutos
nas fases subsequentes (exceto em fruto
climatérios)
Germinação ocorre aumento da taxa respiratória, devido
de sementes à reativação do metabolismo celular

PÁGINA 8- MITO OU VERDADE?


Provavelmente você já deve ter ouvido falar que “faz mal dormir com
planta no quarto, porque elas roubam o nosso oxigênio”, mas será que
isso é verdade?

Para o alívio de todos, isso é um mito! As plantas elas realmente


consomem oxigênio no processo de respiração. Mas durante o dia,
com a luz do sol, isso é compensado pela fotossíntese que absorve gás
carbônico do ar e libera oxigênio. À noite, durante a falta de energia
solar, elas roubam de volta um pouco desse oxigêio produzido.

Mas, não precisa se preocupar, porque a quantidade de ar consumido


por um vegetal não chega perto daquela que um cachorro respira.

Então, da proxima vez que sua vó ou alguém disser que faz mal dormir
perto de planta, diga que isso é um mito e propague a verdade.
PÁGINA9- ARTIGO

Pesquisadores brasileiros e britânicos demonstraram, através de um


estudo publicado na revista Current Biology, que a proteína UCP1
(proteína desacopladora mitocondrial 1), presente na membrana interna
das mitocôndrias dos vegetais, é o gatilho que dispara a resposta à
hipoxia quando as plantas são submetidas a situações de estresse.
As UCP1 localizam-se na membrana interna da mitocôndria tanto de
células animais quanto de vegetais e têm função associada a respiração
celular e produção de energia. Porém, quando os quando o organismo é
submetido à situação de estresse, a concentração de oxigênio nas células
diminui e é acionado um mecanismo de sobrevivência.
Os pesquisadores conseguiram demonstrar que a UCP1 funciona como
gatilho na ativação da resposta à hipoxia e isso explica por que plantas
que expressam essa proteína em níveis elevados são mais tolerantes aos
efeitos abióticos e bióticos.
As novas descobertas sobre a proteína permitem avançar o
conhecimento sobre as suas funções, além de abrir caminhos para o
desenvolvimento de culturas agrícolas tolerantes aos estresses impostos
pelas mudanças climáticas.
PÁGINA 10 – MEME E TIRINHA
PÁGINA 1- REPRODUÇÃO

Você também pode gostar