Mic Nathu
Mic Nathu
Mic Nathu
Caso de estudo:
Chibuto sede (2019-2021)
Problematização (problema)
Hipóteses
Alinhado aos Objectivos abaixo citado o presente projeto de pesquisa tem como base as
seguintes hipóteses
Objectivos Geral
Objectivos específicos
Para que haja uma boa produtividade agrícola é necessário que o país, e distrito de Chibuto em
particular apresentam as seguintes condições: Facilidade de acesso dos insumos agrários,
qualidade dos insumos, e que os produtores tenham assistência técnica. Esses itens supracitados
são de extrema importância na agricultura, embora o país moçambicano não os tem, facto que
dificulta os produtores sendo que, importando os produtores acabam ocorrendo custos elevados
além disso, o facto de obterem insumos no exterior dificulta na obtenção da assistência técnica.
Revisão bibliográfica
Distrito de Chibuto, com 5.700 Km2, situa-se a Sudeste da Província de Gaza, fazendo limites a
Este, com os distritos de Manjacaze e Panda (província de Inhambane); Norte com o Distrito de
Chigubo; a Ocidente com o distrito de Guijá e a Sul com os Distritos de Xai-Xai e Chókwe.
Os pequenos agricultores, com uma mente designados como sector familiar, são a maioria no
sector agrícola, cultivando entre 0.5 e 1.5ha (Suit e Choudhary, 2015). Embora o número do
tamanho de terras cultivadas de escala média e grande tenha duplicado entre 2000 e 2010, isto
ainda representa uma porção muito pequena das terras agrícolas no país (Banco mundial, 2016).
Cerca de 99% da área cultivada em Moçambique é trabalhada pelo sector familiar (MINAG,
2013). A agricultura é predominantemente de sequeiro, e é considerada como sendo de
produtividade baixa comparada com os países vizinhos e globalmente (FAO, 2016a).
Pelo facto de Moçambique não ser autossuficiente, isto é, não ter capacidade de produzir
insumos de modo a responder a demanda pelos produtos agrários causado pelo aumento drástico
da população, e para melhor responder vários desafios relacionados a produtividade agrária,
recorre a importação de insumos agrários como: maquinarias, produtos fitofarmacêuticos, etc.,
de modo a ser mais produtivo.
Acesso a sementes e fertilizantes melhoradas em Chibuto
Ao mesmo tempo, as sementes dos agricultores podem beneficiar de novos materiais genéticos e
de melhorias com base nas necessidades dos agricultores, em condições dinâmicas e mutáveis de
produção. Por exemplo, os agricultores expressaram preferência por variedades de crescimento
mais rápido e de maturação precoce.
Isso pode levar à perda de fertilidade do solo se não for reabastecido. A mineração de nutrientes
é identificada como uma causa de baixa produtividade na agricultura Moçambicana. No entanto,
em muitas áreas de Moçambique, os agricultores ainda praticam formas de agricultura itinerante,
o que permite que a terra descanse e recupere.
O sector agrário em Chibuto caracteriza-se por uma baixa produção e um baixo rendimento das
culturas alimentares e das actividades agrarias. Facto este propiciado pela baixa disponibilidade e
acesso a insumos de qualidade (sementes melhoradas, fertilizantes, Insecticidas) e outros
fenómenos tais como:
Insuficiente cobertura dos serviços de extensão e sua inadequada ligação com os serviços
de pesquisa;
Limitado aproveitamento da água para a agricultura;
Infertilidade dos solos; e
Limitado acesso a crédito
O uso de variedades de sementes melhoradas é ainda muito baixo em Chibuto, porque a cadeia
de valor de sementes ainda enfrenta grandes constrangimentos tais como (Rohrbachet al., 1997):
Nota-se que todas essas características giram em torno da falte de capacidade de produção de
insumos face aos desafios colocados pelo sector, o que condiciona a baixa produtividade do
mesmo.
Embora o número de agricultores que usam fertilizantes tenha tido um pequeno aumento (7,9%),
a aplicação de pesticidas caiu em 44,1% e a irrigação caiu 19,3%, combinado com a diminuição
de 10,3% no número de agricultores que tiveram acesso ao crédito rural (Cunguara et al. 2012),
em resposta à alta dos preços de alimentos no mercado mundial nos períodos mais recentes
(2008-2011) teria havido expansão da área cultivada e maior uso de tração animal, mas sem
nenhum aumento significativo na proporção de agregados familiares que usam fertilizantes
químicos.
Segundo Cunguara et al. (2012). Os pequenos produtores em todas as áreas, excepto em Tete,
continuam a usar pouco fertilizante químico, quer devido a constrangimentos financeiros/crédito,
quer devido ao acesso limitado aos revendedores de insumos pois para poder ter acesso aos
mesmos tem de recorrer ao mercado internacional de insumos, o que envolve muita burocracia.
Existe, no entanto, uma parcela de produtores rurais que fazem uso de insumos modernos, como
fertilizantes, pesticidas e sementes melhoradas.
Embora esse sector encontre-se limitado a algumas regiões, (Cunguara, 2012), percebesse que,
de forma geral, os agricultores que usam tais insumos são os que pertencem aos grupos de rendas
mais elevadas no meio rural (quinto quintal). Esses grupos de produtores constituem a minoria
dos produtores rurais e eles tem menor contribuição na economia nacional relacionado ao outro
grupo de produtores, surgindo desta forma a necessidade de reversão deste fenómeno, para
melhorar aprodutividade agraria nacional.
De salientar que Chibuto depende em grande medida de recursos externos, situados em dois
escalões:
Ajuda internacional
Investimento estrangeira
Embora a maior parte da população se dedique à agricultura, este sector tem beneficiado de
recursos do Estado bastante reduzidos. Paralelamente a este aspecto, a componente de recursos
humanos qualificados, o fraco acesso à tecnologia, são alguns dos constrangimentos que afetam
com certa severidade o sector da agricultura
Importa referir que quase a totalidade da agricultura familiar não está mecanizada, utilizando,
assim, técnicas de cultivo rudimentares, concretamente, o uso da enxada de cabo curto para as
lavouras, dependência, por parte dos camponeses, das condições naturais do clima, não utilização
de fertilizantes, dentre outros factores. Deste modo, apesar da produção da maior parte dos
camponeses estar a registar aumento de quantidades de ano para ano, muitas vezes estes
resultados não chegam a compensar os parcos recursos individuais investidos no processo de
produção, o que condiciona à perpetuação da situação de miséria a que muitos camponeses se
encontram. Mesmo os poucos agricultores que recorrem ao emprego da técnica, devido às razões
mencionadas, e a uma ausência de um estabelecimento bancário capaz de fomentar a actividade
agrária no país, tida como a base do desenvolvimento, não têm conseguido ter rendimentos
satisfatórios.