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Avaliação M3 Tema

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CCS – PSICOLOGIA – AMBIENTAÇÃO PROFISSIONAL


PROFESSORA MARCIA GISELA DE LIMA
ACADÊMICAS – LENISA MARIA VEIGA

AVALIAÇÃO M3

Tema

SAÚDE DO TRABALHADOR: DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO E


AÇÕES DE PROMOÇÃO À SAÚDE.

Problema

Quais as principais causas dos problemas de saúde dos trabalhadores?

Objetivo geral

Investigar quais as principais doenças relacionadas ao trabalho bem como as


profissões mais acometidas.

Objetivos específicos

 Investigar quais as doenças ocupacionais que ocorrem com maior


frequência.
 Analisar quais áreas de atuação profissional ocorre a maior incidência
de doenças ocupacionais.

Fundamentação teórica

“Doenças ocupacionais são as moléstias de evolução lenta e


progressiva, originárias de causa igualmente gradativa e durável, vinculadas às
condições de trabalho” (COSTA, 2009, p.82). De acordo com o artigo 20,
incisos I e II da Lei 8.213/1991, a lei que vigora subdivide as doenças
ocupacionais em dois: são eles as doenças profissionais e as doenças do
trabalho.
As doenças ocupacionais também se dividem em tecnopatias como, por
exemplo, os esforços repetitivos, as ergonopatias causadas por problemas
ergonômicos no ambiente de trabalho e também doenças profissionais típicas,
que são ligadas a trabalhos específicos bem como algumas atividades laborais.
Logo as doenças do trabalho, no geral são reflexos de condições
existentes no ambiente de trabalho que podem influenciar de modo a acelerar o
processo de adoecimento assim como o agravamento da mesma.
Sendo assim doenças das quais os profissionais já eram portadores
antes de entrarem na atividade proposta que venha a sofrer agravantes
gerando complicações no processo patológico, se for comprovado que houve
influência do ambiente de trabalho no agravamento da doença, este deve ser
considerado acidente do trabalho, sendo assim definido como o nexo de
agravamento.
Estima-se o surgimento, por ano, de 160 milhões de casos de doenças
relacionadas ao trabalho no mundo, ou seja, 2% da população mundial são
acometidas por alguma enfermidade devido à sua ocupação profissional.
Dentre estas, as mais comuns são as doenças pulmonares,
musculoesqueléticas e mentais (OIT, 2013).
De acordo com a (OMS) Organização Mundial de Saúde, mais de 10%
dos casos de incapacidade por perda de movimentos estão relacionados aos
nervos, tendões, músculos e coluna, nestes casos há uma ligação com o
desempenho da atividade realizada pelo profissional. Estes problemas
geralmente estão relacionados com a postura inadequada, falta de ergonomia
no setor de trabalho e movimentos repetitivos como, por exemplo, da
LER/DORT – Lesão por Esforço Repetitivo e Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho, que podem ser justificadas pela mecanização dos
processos no ambiente de trabalho.
No que se refere aos transtornos mentais, à depressão está no topo das
doenças que mais acometem o trabalhador em virtude do estresse, a pressão
por parte dos gestores, bem como o assédio moral que tem se tornado cada
vez mais comum. Quando se fala em estresse no trabalho este também pode
estar envolvido com outras patologias como, por exemplo, problemas
cardíacos, problemas do sistema digestivo e até mesmo ligado a doenças
musculoesqueléticas.
Segundo Bonsoi (2207), muitas vezes não é possível encontrar algo que
venha reforçar alguns processos de adoecimento dos trabalhadores a fim de
que sejam qualificados como relacionados ao trabalho, logo quando falamos no
campo de saúde/doença torna-se ainda mais difícil, sendo que não aparece de
forma concreta como os problemas que acometem diretamente o corpo, sendo
assim a história de vida do trabalhador e os vínculos que estes estabelecem
com meio em que vive devem ser levados em consideração.
Para Tavares (2004, p.55), através de sua experiência clínica, ressalta
que certos aspectos de situações de trabalho podem produzir sofrimento
psíquico em algumas pessoas, e devendo assim ser tratado de forma prioritária
como um problema relacionado ao trabalho. E por outro lado afirma que
determinadas situações de sofrimento são gerados fora do contexto de
trabalho. Porém considera que o sofrimento é resultado do envolvimento dos
aspectos de trabalho bem como suas histórias.
Quando falamos em doenças ocupacionais observa-se que a incidência
das patologias acontece em praticamente todas as profissões, especialmente
no que se refere aos transtornos mentais. No entanto, três categorias são as
mais prejudicadas por doenças psiquiátricas, como a depressão, estresse e
fadiga crônica ou síndrome de Burnout. Entre os profissionais estão os
bancários, metalúrgicos e profissionais da área de saúde, por se tratar de
profissionais que trabalham sobre um alto grau de estresse estes acabam
ficando mais suscetíveis a desenvolver patologias.
Como falado anteriormente uma grande incidência de profissionais com
problemas de LER/Dort, que são as doenças ocasionadas por esforços
repetitivos do profissional, neste caso podendo também incluir os profissionais
que trabalham em bancos.
Em meados dos anos 90 outras funções passaram a fazer parte da
categoria de ocupações e outras continuaram a fazer parte das questões
relacionadas a LER/Dort, como por exemplo trabalhadores dos serviços de
saúde, caixas comerciários, faxineiras e trabalhadores dos serviços de limpeza,
caixas bancários e escriturários.
Salim (2003) destaca que nos anos 90 com a tecnologia e outros
recursos houve uma elevação na existência de novos riscos nos processos
produtivos e ambientes de trabalho e com isto a elevação também do número
de profissionais com doenças ocupacionais.
Sendo assim ainda que expressivos estes números não podem ser
separados de problemas ligados as dificuldades de melhoria nos sistemas de
notificações de doenças relacionadas ao trabalho em diferentes instituições.
Ou seja, ainda ocorre uma falha na transmissão destes dados, e por muitas
vezes pela própria autonomia da empresa em segurar estes dados.

Metodologia

Os participantes da pesquisa serão 20 profissionais entre eles bancários,


professores e profissionais do comércio. O estudo será realizado através de um
questionário que serão aplicados no mesmo período de tempo, a fim de evitar
sazonalidade. Será composta por perguntas abertas e fechadas e analisadas
de forma qualitativa, que segundo PÁDUA (1996) pode-se dizer que as
pesquisas qualitativas tem se preocupado com o significado dos fenômenos e
processos sociais, representações sociais, levando em consideração as
motivações crenças, valores e representações sociais que permeiam a rede de
relações sociais.

Natureza da pesquisa

A natureza da pesquisa será exploratório-qualitativa que segundo


RICHARDSON (1999) este método não se diferencia só pela sistemática
pertinente a cada um deles, mas, sobretudo pela forma de abordagem do
problema. O método qualitativo não pretende numerar ou medir unidades ou
categorias homogêneas.

Procedimento de coleta

O instrumento aplicado será um questionário elaborado com perguntas abertas


e fechadas sobre a saúde do trabalhador, onde será composto por um conjunto
de questões sobre os temas a serem investigados, permitindo que o entrevista
fale livremente sobre assuntos que irão surgir com o desdobramento das
perguntas. Segundo PÁDUA (1996) as entrevistas constituem uma técnica
alternativa para se coletar dados não documentados sobre um determinado
tema.

Procedimento de análise

A análise dos dados se dará de modo qualitativo. Segundo RICHARDSON


(1999) o método qualitativo difere do qualitativo na medida em que não
emprega um instrumental estatístico como base na analise de um problema,
não pretendendo medir ou enumerar categorias.

Cronograma

Atividades Fevereiro Março Abril Maio Junho


Tema X
Problema X
Objetivos gerais e específicos X
Fundamentação teórica X X
Metodologia X
Procedimento de coleta X
Procedimento de análise X
Entrega do Projeto X

Referências

COSTA, Hertz Jacinto. Manual de Acidente do Trabalho. 3. ed. rev. e atual.


Curitiba: Juruá, 2009.

BOSOI, Izabel Cristina Ferreira. Da relação entre trabalho e saúde à relação


entre saúde mental. Psicologia & Sociedade, Fortaleza, p.103-111, 2007.

FACCHINI, L. A. Uma contribuição da epidemiologia: o modelo da


determinação social aplicado à saúde do trabalhador. In:Buschinelli, J.T.P.,
Rigotto, R.M. & Rocha, L.E. Isto é Trabalho de Gente? Vida, doença e trabalho
no Brasil. São Paulo: Vozes.1994.

PÁDUA, Elisabete Matallo Marchesini. Metodologia da pesquisa/;


abordagem teórico-prática. Campinas: Papirus, 1996.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: métodos e técnicas. São
Paulo: Atlas, 1999.

Tavares, M. (2004). A clínica na confluência da história pessoal e


profissional. In W. Codo (Ed.), O trabalho enlouquece? – Um encontro entre a
clínica e o trabalho (pp. 53-103). Petrópolis, RJ: Vozes.

SALIM, Celso Amorim. Doenças do trabalho: exclusão, segregação e


relações de genero. São Paulo em Perstectiva, São Paulo, p.11-24, 2003.

Apêndice

Onde se deve anexar documentos ou textos referentes à pesquisa, cujo


estes documentos sejam de autoria do próprio autor.

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