02) Tomografia Computadorizada de Tórax Normal
02) Tomografia Computadorizada de Tórax Normal
02) Tomografia Computadorizada de Tórax Normal
Tomografia computadorizada
de tórax normal
Ricardo Guerrini
Hamilton Shoji
Paulo Savoia Dias da Silva
Figura 1 A: Tomografia computadorizada após a injeção do meio de contraste endovenoso – janela de mediastino – evidencia o
coração com as quatro câmaras cardíacas. B: Traço esquemático da medida anteroposterior do átrio esquerdo (normal até 4,5 cm).
V: ventrículo; A: átrio; D: direito; E: esquerdo.
Grandes veias
A veia cava superior é uma das veias mais importan-
tes do tórax, recebendo sangue da cabeça, do pescoço e
dos membros superiores. Ela é formada pela junção das
veias braquiocefálicas direita e esquerda e termina infe-
riormente no átrio direito. As veias braquiocefálicas são
formadas pela junção das veias jugular interna e subclávia
também são conhecidas como veias inominadas.
As veias ázigos e hemiázigos (Figura 4) são a conti-
nuação das veias lombares ascendentes direita e esquer-
da. Elas drenam as veias lombares, intercostais e sistêmi-
cas mediastinais. São importantes vias colaterais quando
há obstrução nas veias cava superior ou braquiocefálicas.
A veia ázigos fica à direita, levemente anterolateral à co-
luna vertebral e é quase sempre visível na tomografia.
A veia hemiázigos fica à esquerda, de modo posterior à
Figura 2 Pericárdio. Tomografia computadorizada após a injeção
do meio de contraste endovenoso – janela de mediastino – evi-
aorta descendente e adjacente à coluna vertebral. A veia
dencia pericárdio de aspecto habitual (seta). hemiázigos termina na veia ázigos através de ramos que
Figura 3 A: Tomografia computadorizada de tórax após a injeção do meio de contraste endovenoso – janela de mediastino. B e C:
Tomografia computadorizada de tórax após a injeção do meio de contraste endovenoso – janela de mediastino – corte axial (3B) e
reformatação multiplanar (MPR) seguindo o eixo longo da crossa aórtica (3C) evidencia os três ramos emergentes da crossa aórtica
(setas). Da direita para a esquerda: tronco braquiocefálico, carótida comum esquerda e artéria subclávia esquerda.
AA: aorta ascendente; AD: aorta descendente; TP: tronco da artéria pulmonar; APD: artéria pulmonar direita; APE: artéria pulmonar esquerda; BFD:
brônquio-fonte direito; BFE: brônquio-fonte esquerdo; VCS: veia cava superior.
Figura 5 A: Veias braquiocefálicas (ou inominadas) direita e esquerda (setas). B: Veia cava superior (V) e crossa da veia ázigos (seta).
Nota-se o acúmulo de contraste nos folhetos valvares da crossa da veia ázigos (focos hiperatenuantes).
anteriorização da membrana posterior pode ajudar no Um outro aspecto importante a ser considerado na
diagnóstico de traqueobroncomalácia ou aprisionamento avaliação tímica é a identificação ou não do prolonga-
aéreo periférico. mento tímico, que nada mais é que um remanescente
embrionário da migração tímica que pode localizar-se na
Esôfago região cervical, transição cervicotorácica ou mediastino
O esôfago localiza-se no mediastino posterior e, por- superior. Na TC, o prolongamento tímico pode exibir
tanto, atrás das grandes vias aéreas. Fica centralizado ou um formato arredondado, que pode ser confundido com
levemente deslocado para a esquerda. É visto como uma uma linfonodomegalia, e daí a importância de o radiolo-
estrutura tubuliforme de paredes finas, e uma pequena gista conhecê-lo, a fim de evitar biópsias ou procedimen-
quantidade de gás ou líquido pode ser vista normalmente tos desnecessários.
no seu interior.
Ducto torácico
Timo normal O ducto torácico entra no tórax pelo hiato aórtico
Localizado no mediastino anterior, o timo é formado diafragmático, anterolateralmente à direita da coluna. Na
por dois lobos fundidos superiormente, próximo à glân- altura de T6/T7, cruza para o lado esquerdo, assumindo
dula tireoide. Sua localização é centrada anteriormente uma posição entre a parede esofágica esquerda e a aorta
às emergências dos grandes vasos. Um timo ectópico é descendente. Termina desembocando no sistema venoso
raro, mas, quando presente, geralmente é encontrado no próximo à junção das veias jugular interna e subclávia es-
próprio pescoço. querdas. O ducto torácico normalmente mede poucos mi-
O timo pesa cerca de 22 ± 13 g ao nascimento e vai límetros e é difícil de ser reconhecido e/ou diferenciado de
aumentando progressivamente de tamanho até atingir o outras diminutas estruturas vasculares mediastinais na TC.
máximo na puberdade (cerca de 34 g). A partir daí o timo
involui e seus folículos atróficos vão sendo substituídos Anatomia normal dos pulmões
por gordura até a idade de cerca de 60 anos, quando não e das vias aéreas
se consegue mais identificá-lo. O timo na criança possui
um formato mais globoso e com margens convexas no Os pulmões normais apresentam organização arqui-
plano axial. Na adolescência, ele vai adquirindo uma for- tetural razoavelmente constante (lobos, segmentação
ma mais triangular e com bordas retas. brônquica, zonas funcionais, os lóbulos pulmonares).
Ele possui atenuação de partes moles semelhante à Esta condição, aliada ao uso da TC de alta resolução com
do músculo, com média de 34 UH. Após a injeção do cortes finos, permite o estudo das doenças pulmonares
meio de contraste, o timo realça homogeneamente em por meio dos padrões de aspecto e de distribuição do aco-
cerca de 20 a 30 UH e na ressonância magnética (RM) metimento parenquimatoso, que é o fundamento para o
apresenta um sinal intermediário tanto nas sequências diagnóstico radiológico.
ponderadas em T1 como nas sequências ponderadas Esta seção do capítulo discutirá, portanto, as parti-
em T2. cularidades da anatomia pulmonar necessárias para um
Nos adultos jovens, o timo é classicamente uma estru- bom entendimento dos seus processos patológicos.
tura triangular bilobulada, de margens retas ou levemen-
te côncavas. Sua atenuação não é mais semelhante a do Organização anatômica da árvore
músculo e sim cada vez menor por conta da lipossubsti- traqueobrônquica
tuição. Após os 25 anos, observam-se apenas algumas pe-
quenas ilhas de tecido de partes moles em meio à gordura As vias aéreas são estruturas cilíndricas com afila-
mediastinal anterior. A velocidade de involução do timo é mento progressivo no sentido do centro para a periferia e
variável, e pode ser encontrado tecido tímico discreto até se ramificam de maneira quase sempre dicotômica desde
mesmo aos 40 anos de idade. a traqueia, passando por 20 a 23 gerações de brônquios e
Existem quatro medidas para o timo adulto: compri- bronquíolos até atingir os alvéolos.
mento (craniocaudal), largura (laterolateral), extensão O termo “pequenas vias aéreas” é classicamente usado
anteroposterior e espessura. A espessura é a medida mais para localizar as patologias que acometem os bronquío-
padronizada para fins de classificação de normalidade e los. Entretanto, vários autores consideram “pequenas vias
é a medida da espessura da “asa tímica” no plano axial. aéreas” aquelas com diâmetro interno menor que 2 mm
É considerada normal até 1,8 cm em indivíduos de até (que incluem pequenos brônquios subsegmentares), sen-
20 anos e até 1,3 cm em indivíduos mais velhos. Além do essa abordagem mais prática e frequente na literatura
disso, o formato tímico deve ser crucial na avaliação, uma radiológica pelas limitações impostas pela resolução es-
vez que timos multilobulados e/ou de bordas nitidamente pacial dos métodos de imagem.
convexas em adultos apresentam alta sensibilidade para A avaliação da espessura das paredes dos brônquios
lesões tímicas, como a hiperplasia. e dos bronquíolos por TC é relativamente subjetiva e de-
pendente dos ajustes da janela e do pós-processamento pulmonar e fazem parte das trocas gasosas, e pelas arté-
das imagens; a visualização com centro da janela entre rias brônquicas, responsáveis pela nutrição dos seus com-
−300 e −900 UH e largura da janela entre 1.000 e 1.500 ponentes estruturais e que normalmente não fazem parte
UH é recomendada. Há certa proporcionalidade entre a da hematose.
espessura parietal e o diâmetro das vias aéreas, que varia As artérias pulmonares acompanham as vias aéreas e
entre um décimo e um sexto. Vale ressaltar que a imagem seu padrão de ramificação; para cada ramo de via aérea
das paredes brônquicas na tomografia inclui seu interstí- há uma artéria correspondente; esse padrão não é regu-
cio axial peribroncovascular, por isso conclui-se que pro- lar, havendo na verdade certa discrepância no número de
cessos que levem à expansão intersticial (p. ex., congestão artérias e de brônquios (a ramificação arterial tem razão
pulmonar) também determinam aparente espessamento entre 3 e 4 para 1 e das vias aéreas de 2 a 3 para 1). As ar-
parietal das vias aéreas. teríolas dão origem a redes de capilares que formam uma
Quanto ao diâmetro externo, existe uma correspon- camada praticamente contínua de sangue entremeada
dência de tamanho entre o brônquio e o ramo da artéria por tecido conjuntivo envolvendo os alvéolos.
pulmonar que acompanha seu trajeto (a artéria pulmo- Distais aos capilares arteriais formam-se vênulas lo-
nar e as vias aéreas apresentam padrões de ramificação calizadas na periferia do lóbulo pulmonar secundário
semelhantes e contíguos). O limite de resolução da TC, que confluem nas veias pulmonares, drenando o sangue
permite visibilizar as vias aéreas com diâmetro de no mí- oxigenado pelos septos interlobulares até chegar às re-
nimo 2 mm, ou seja, o espaço subpleural (entre 1 e 2 cm giões centrais dos pulmões e ao átrio esquerdo. As veias
de distância da pleura) não deve ter brônquios normais pulmonares também são responsáveis pela drenagem do
visíveis; quando o são, devem representar bronquíolos sangue oriundo das artérias brônquicas da periferia dos
ectasiados ou com conteúdo. pulmões; nas regiões centrais próximas aos hilos, há ou-
Prosseguindo as ramificações para níveis mais periféri- tro conjunto de veias que drena para o sistema ázigos-
cos, normalmente não caracterizados pela TC, bronquíolos -hemiázigos (Figura 8).
respiratórios e terminais dão origem a ductos alveolares e,
por sua vez, a sacos alveolares contendo diversos alvéolos, Organização anatômica da drenagem linfática
as estruturas terminais das vias aéreas nas quais a maior pulmonar
parte das trocas gasosas ocorre. Destacam-se as comuni-
cações entre alvéolos de sacos alveolares distintos, através Os linfáticos pulmonares são responsáveis por man-
dos poros de Kohn, e entre bronquíolos distais e alvéolos, ter os alvéolos relativamente “secos”, criando um ambien-
através dos canais de Lambert (Figura 7). te otimizado para as trocas gasosas; e por criar um fluxo
líquido para clarear o parênquima pulmonar inflamado e
Organização anatômica da vascularização danificado, através de um espaço em íntima proximidade
pulmonar para apresentação de antígenos e maturação de linfócitos.
Há duas redes comunicantes de linfáticos pulmona-
Os pulmões são vascularizados por um sistema arte- res: o plexo subpleural, conectado aos canais linfáticos
rial duplo, composto pelas artérias pulmonares, que são septais, que acompanham os septos interlobulares e se
responsáveis por 99% do suprimento sanguíneo arterial dirigem centralmente circundando as veias pulmonares;
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1 3
3
5
6 4
7
2 4
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9 5
6
dos achados toimográficos, o interstício pode ser subdivi- Figura 10 Os componentes do interstício pulmonar: periférico
dido em três componentes intercomunicantes, conforme (1 e 2), parenquimatoso (3) e axial (4).
descrito por Weibel em 1979: periférico, axial e parenqui- 1: Septos interlobulares; 2: interstício subpleural; 3: septos intralobulares;
4: interstício axial peribroncovascular.
matoso (Figura 10).
2
B1+3
B2 3
4
B4
L B6
B5
B7+8 5
1 B10
B7
B8 B9
Organização subsegmentar pulmonar e lóbulo presente nos septos alveolares, organizados na forma de
pulmonar secundário ácinos, normalmente invisíveis na TC de alta resolução
(Figura 13).
O lóbulo pulmonar secundário é a menor unidade
pulmonar circundada por septos de tecido conectivo, Medidas da atenuação do pulmão normal na
conforme definido por Miller. Tem aspecto relativamente tomografia de alta resolução
poliédrico, com dimensões variando entre 1,0 e 2,5 cm na
maior parte dos pulmões, em uma média de 11 a 17 mm O parênquima pulmonar deve ter atenuação mais ele-
em adultos. Sua organização estrutural é bastante cons- vada que o ar atmosférico, medida frequentemente entre
tante, entre lóbulos, apesar da variabilidade de seu forma- −700 e −900 UH em indivíduos normais, e aspecto re-
to; é esta a característica que o torna muito relevante para lativamente homogêneo, embora seja esperado um gra-
o diagnóstico radiológico. diente que se caracteriza por maior densidade nas áreas
Para facilitar o entendimento dos achados tomográfi- dependentes (porções posteriores e inferiores). Essa fai-
cos, o lóbulo pulmonar secundário é mais bem entendido xa de mudança de atenuação varia entre 50 e 100 UH e
como sendo constituído por três componentes: septos in- foi detectada tanto com o indivíduo em posição supina
terlobulares e interstício subpleural contíguo; estruturas como prona.
centrolobulares e parênquima lobular. Os exames expiratórios apresentam atenuação eleva-
da em relação aos inspiratórios, e essa mudança é pro-
Septos interlobulares porcional à porcentagem inspirada da capacidade vital no
Circundando os lóbulos pulmonares secundários, os momento da aquisição das imagens, variando de modo
septos interlobulares são formados pelo tecido conjunti- geral entre 30 e 800 UH. Também existe um gradiente
vo intersticial periférico, contínuo com o espaço subpleu- em relação às zonas dependentes, sendo esse efeito mais
ral, e contêm veias pulmonares e vasos linfáticos (como evidente nessas áreas.
descritos anteriormente). Em indivíduos normais, é frequente a observação
Seu aspecto não é constante em todas as porções de áreas de aprisionamento aéreo, caracterizadas por
pulmonares, sendo mais bem caracterizados (por se- focos de parênquima pulmonar que não apresentam o
rem mais espessos e numerosos) nas porções apical, aumento esperado de sua atenuação na aquisição em
anterior e lateral dos lobos superiores, anterior e la- expiração e aparentam uma hiperlucência relativa. Es-
teral do lobo médio e da língula, anterior e inferior ses achados são mais presentes nos segmentos superio-
(diafragmática) dos lobos inferiores e ao longo da face res dos lobos inferiores e nas porções anteriores do lobo
mediastinal. É nestas regiões que o lóbulo pulmonar é médio e da língula, possivelmente por uma ventilação
mais frequentemente observado na TC de alta resolu- naturalmente menor que no parênquima adjacente. São
ção. Quando vistos em pulmões normais, costumam descritos escores de quantificação desse aprisionamen-
se estender para a superfície pleural; quando muito to aéreo, e alguns estudos demonstraram que pacientes
delgados, sua posição pode ser inferida por pequenas sem queixas respiratórias e não tabagistas nunca exce-
tributárias das veias pulmonares, particularmente ca- diam uma estimativa de 25% do volume pulmonar aco-
racterizáveis por seu padrão de ramificação em ângu- metido (Figura 14).
los mais próximos a 90º.
Região centrolobular 4
ramos periféricos. 2 3
Figura 14 Tomografia computadorizada com aquisições em inspiração (A) e expiração (B), exibida com os mesmos ajustes de janela.
A imagem da fase expiratória evidencia redução do volume e aumento da atenuação do parênquima pulmonar, mais acentuado nas
porções posteriores, e leve abaulamento da parede posterior da traqueia (*).
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