Dissertação: Sequencia Didática Aplicada Ao Ensino Médio para Estudo Da Difração Da Luz Utilizando Materiais Alternativos
Dissertação: Sequencia Didática Aplicada Ao Ensino Médio para Estudo Da Difração Da Luz Utilizando Materiais Alternativos
Dissertação: Sequencia Didática Aplicada Ao Ensino Médio para Estudo Da Difração Da Luz Utilizando Materiais Alternativos
SÃO LUÍS - MA
2020
JOSÉ ALVINO SOUSA FERREIRA
SÃO LUÍS - MA
2020
JOSÉ ALVINO SOUSA FERREIRA
Para alunos do ensino médio “Física é difícil”, e quando tratada sem contexto e clareza
passa despercebido para o aluno a beleza da ciência. O presente trabalho visa Auxiliar
professores do Ensino Médio de Física produzindo uma Sequência Didática utilizando
materiais alternativos para estudo da Difração da Luz, que as vezes é pouco abordada
pelos livros de Física selecionados pelo Programa Nacional do Livro Didático para o
Ensino Médio, sendo que é citada dentro do ensino de ondulatória do segundo ano do
Ensino Médio, as vezes de maneira pouco abrangente. Por outro lado, a escolha de
construção de uma Sequência Didática deveu-se a uma identificação própria com a
abordagem de ensino e iniciou-se sua aplicação com um questionário, em seguida,
o desenvolvimento de um Mapa Conceitual para avaliar e nivelar os conhecimentos
prévios necessários para o desenvolvimento do tema, depois aplicou-se aula através
de diálogo e exposição do tema Difração e após esta ação, desenvolveu-se
apresentação de trabalhos, enquanto efetivava-se a avaliação durante suas etapas
de execução e por fim efetuou-se uma pesquisa de satisfação para apreciação da
metodologia utilizada durante a aplicação da Sequência Didática. A proposta descrita
nesse trabalho fundamenta-se nos princípios da Aprendizagem Significativa de David
Ausubel e Aprendizagem Significativa Crítica de Marco Antônio Moreira com
culminância em: montagem e aplicação de experimentos em difração da luz por um
fio de cabelo; rede de difração com CD descartado; produção de cartazes e gravação
de vídeo utilizando celular como auxilio no ensino-aprendizagem em Difração. A
aplicação da pesquisa e desenvolvimento dos experimentos realizou-se com alunos
de duas turmas de terceiro ano em uma escola de Ensino Médio, situada em São Luís,
capital do Estado do Maranhão. Para a coleta de dados analíticos, considerou-se a
utilização de testes e anotações de registros sobre a aplicação do trabalho. Os
resultados quantitativos e qualitativos obtidos nos garantiram algum êxito na
aprendizagem significativa. A aceitação da Sequência Didática obteve bons
resultados durante avaliação qualitativa uma vez que a abordagem do ensino
constituiu uma modalidade diferente na transmissão do conteúdo.
For high school students “Physics is difficult”, and when treated without context and
clarity, the beauty of science goes unnoticed by the student. The present work aims
to assist High School Physics teachers by producing a Didactic Sequence using
alternative materials for the study of Diffraction of Light, which is sometimes little
addressed by the Physics books selected by the National High School Textbook
Program, and it is mentioned within the wave teaching of the second year of high
school, sometimes in a less comprehensive way. On the other hand, the choice of
building a Didactic Sequence was due to its own identification with the teaching
approach and its application started with a questionnaire, then the development of
a Concept Map to assess and level the previous knowledge. necessary for the
development of the theme, then a class was applied through dialogue and exposure
of the Diffraction theme and after this action, a presentation of works was
developed, while the evaluation was carried out during its stages of execution and
finally, a satisfaction survey to assess the methodology used during the application
of the Didactic Sequence. The proposal described in this work is based on the
principles of Significant Learning by David Ausubel and Critical Significant Learning
by Marco Antonio Moreira culminating in: assembly and application of experiments
in diffraction of light by a hair; diffraction net with discarded CD; production of
posters and video recording using cell phone as an aid in teaching-learning in
Diffraction. The application of research and development of the experiments was
carried out with students from two third year classes in a high school, located in
São Luís, capital of the State of Maranhão. For the collection of analytical data, the
use of tests and annotations of records on the application of the work was
considered. The quantitative and qualitative results obtained have guaranteed us
some success in meaningful learning. The acceptance of the Didactic Sequence
obtained good results during qualitative evaluation since the teaching approach
constituted a different modality in the transmission of the content.
Keywords: Didactic Sequence – Diffraction - Experiments
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Devido à difração das ondas, as ondas do oceano que entram através de
uma abertura natural podem se espalhar por toda a baía.................................. 33
Figura 2 : Formação de uma onda numa corda. ....................................................... 34
Figura 3 : Elementos de uma onda. .......................................................................... 35
Figura 4: Raios de luz representados por retas orientadas. ...................................... 37
Figura 5 : Cada ponto da frente de onda comporta-se como uma nova fonte de onda.
........................................................................................................................... 38
Figura 6: Frentes de onda projetada em uma fenda. À medida que a fenda diminui,
fica mais evidente o efeito de difração. .............................................................. 39
Figura 7 : Uma esfera de aço iluminada por um laser vermelho. .............................. 40
Figura 8 : Três exemplos de diferença de fase entre duas ondas coerentes. ........... 41
Figura 9 : O experimento de interferência de dupla fenda usando luz monocromática
e fendas estreitas. Franjas produzidas pela interferência das ondas de huygens
das fendas s1 e s2 são observadas na tela. ....................................................... 42
Figura 10: Esquema geométrico de duas ondas, representadas pelos raios r1 e r2,
passando através das fendas estreitas e interferindo no ponto p. ..................... 43
Figura 11: Fasores representando ondas. ................................................................ 45
Figura 12 : Fasores E1 e E2 resultando em E. ........................................................... 46
Figura 13 : Padrão de difração e interferência de fenda única. A luz monocromática
que passa através de uma única fenda tem um máximo central, o mais brilhante,
e máximos secundários (de intensidades menores) e escuros de cada lado. ... 48
Figura 14 : (a) Os raios provenientes da extremidade superior de duas regiões de
largura a/2 sofrem interferência destrutiva no ponto p1. (b) para d >> a, podemos
supor que os raios r1 e r3 são aproximadamente paralelos e fazem um ângulo θ
com o eixo central. ............................................................................................. 49
Figura 15 : (a) os raios provenientes da extremidade superior de quatro regiões de
largura a/4 sofrem interferência destrutiva no ponto p1. (b) para d >> a, podemos
supor que os raios r1, r2, r3, r4 e r5 são aproximadamente paralelos e fazem um
ângulo θ com o eixo central. .............................................................................. 50
Figura 16 : Padrões de difração de fenda única para várias larguras de fenda. À
medida que a largura da fenda d aumenta de d = λ para 5λ e depois para 10λ, a
largura do pico central diminui à medida que os ângulos dos primeiros mínimos
diminuem conforme previsto. ............................................................................. 52
Figura 17 : Difração de uma fenda dupla. O gráfico mostra o resultado esperado para
uma fenda de largura d = 2λ e separação da fenda d = 6λ. O máximo de m = ± 3
ordem para a interferência é ausente porque o mínimo da difração ocorre na
mesma direção. .................................................................................................. 54
Figura 18 : Rede de difração simplificada. ................................................................ 54
Figura 19: Múltiplas fendas simplificadas. ................................................................. 55
Figura 20: Difração entre duas fendas ...................................................................... 56
Figura 21 : Caixa de papelão preparada para o experimento de difração. ................ 59
Figura 22: Esquema de montagem do experimento. ................................................. 60
Figura 23 : Aspectos de um cd. ................................................................................. 61
Figura 24 : Esquema de montagem do experimento. ................................................ 62
Figura 25: Exemplo de cartaz.................................................................................... 64
Figura 26: Exemplo de mapa conceitual ................................................................... 67
Figura 27 : Experimento montado para verificar o efeito da difração no fio de cabelo:
turma 304. .......................................................................................................... 69
Figura 28 : Montagem para verificação da difração em um fio de cabelo: turma 305.
........................................................................................................................... 69
Figura 29 : Imagem obtida com a incidência do laser sobre o fio de cabelo. ............ 70
Figura 30: Calculo da espessura do fio de cabelo - Turma 305. ............................... 71
Figura 31 : Montagem da Rede de Difração: Turma 304. ......................................... 72
Figura 32: Montagem para a rede de difração T 305. ............................................... 72
Figura 33 :Cartazes produzidos na Turma 304. ........................................................ 73
Figura 34 : Cartaz produzido: Turma 305. ................................................................. 74
Figura 35: Cartazes produzidos na Turma 305. ........................................................ 74
Figura 36: Experimento montado para a produção do vídeo explicativo. .................. 75
Figura 37 :Grupo apresentando o vídeo. ................................................................... 75
LISTA DE GRÁFICOS
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 24
1.1. METODOLOGIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM DESENVOLVIDA
NESTA PROPOSTA ............................................................................................ 26
1.2. CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO .................................... 27
1.2.1. Objetivo Geral: .................................................................................. 27
1.2.2. Objetivos Específicos:...................................................................... 27
REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 29
2.1. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE AUSUBEL ................................. 29
2.2. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA CRÍTICA DE ANTONIO MOREIRA . 30
2.3. ASPECTOS RELEVANTES SOBRE A DIFRAÇÃO DA LUZ ................. 33
2.3.1. Elementos de uma onda ........................................................................ 34
2.3.2. Tratamento da Óptica geométrica......................................................... 36
2.3.3. Tratamento da Óptica Ondulatória........................................................ 37
2.3.4. Interferência de ondas ........................................................................... 42
2.3.5. Intensidade da Luz no Pontos de Máximos e Mínimos ................. 44
2.3.5. Difração em fenda única ........................................................................ 47
2.3.6. Dupla Fenda ............................................................................................ 51
2.3.7. Redes de Difração .................................................................................. 54
PRODUTO EDUCACIONAL .............................................................................. 57
3.1. SEQUÊNCIA DIDÁTICA .......................................................................... 57
3.2. Experimentos trabalhados em sala de aula ......................................... 58
3.2.1. Confecção do experimento da difração sobre um fio de cabelo........ 58
3.2.2. Experimento sobre redes de difração .................................................. 61
3.2.3. Produção de vídeo ................................................................................. 62
3.2.4. Produção de cartazes ............................................................................ 63
3.3. questionario sobre conhecimentos prévios. ....................................... 65
3.4. CONSTRUINDO O MAPA CONCEITUAL ............................................... 66
3.5. OBSERVAÇÕES SOBRE A AULA ......................................................... 68
3.6. DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES .............................................. 68
3.6.1. Medida da espessura de um fio de cabelo ..................................... 68
3.6.2. Redes de difração ............................................................................. 71
3.6.3. Cartazes ............................................................................................. 73
3.6.4. Produção de vídeos .......................................................................... 75
4. ANÁLISE DA RESPOSTAS DOS QUESTIONÁRIOS....................................... 76
4.1. QUESTIONÁRIO DE CONHECIMENTOS PRÉVIOS DA TURMA 304 ... 76
4.2. QUESTIONÁRIO DE CONHECIMENTOS PRÉVIOS DA TURMA 305 .... 77
GRÁFICOS .............................................................................................. 80
4.3.1. Considerações sobre a aplicação do Questionário de
conhecimentos prévios ................................................................................ 82
QUESTIONÁRIO SOBRE DIFRAÇÃO DA LUZ ...................................... 82
4.4.1. Análise das respostas da turma 304 ............................................... 83
4.4.2. Análise das respostas da turma 305 ............................................... 86
4.4.3. Considerações sobre a aplicação do Questionário 2 .................... 89
4.5. ACEITAÇÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA .............................................. 90
4.5.1. RESPOSTAS OBTIDAS NA ENTREVISTA DE ACEITAÇÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA90
4.5.2. Considerações sobre a aplicação do Questionário sobre
aceitação da sequência didática. ................................................................ 96
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 98
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 101
Apêndice I - Questionário sobre concepções de ondulatória ...................... 109
Apêndice II - Questionário sobre conhecimentos adquiridos ..................... 110
Apêndice III - Questionário de aceitação da Sequência Didática ................ 113
Apêndice IV – Sequência didática .................................................................. 114
Apêndice V – Resumo do material e custos .................................................. 117
Apêndice VI – Produto educacional ............................................................... 118
24
INTRODUÇÃO
repassado. Convém lembrar, que não são todos os docentes e nem devemos
desprezar o uso da matemática nas fórmulas, que se torna indispensável quando
contextualizadas com os respectivos fenômenos.
3 - Enumerar materiais.
REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo com David Ausubel, para que o aluno entenda um novo conceito e
amplie a dimensão deste é necessário que o novo conhecimento tenha bases
favoráveis à sua construção, tal qual a edificação de uma casa que necessita das
fundações sólidas, assim, para que um sujeito aprenda sobre Difração ele precisa ter,
como âncora, alguns conhecimentos básicos, tais como: frequência, interferência
construtiva e destrutiva, ondas em fase (ressonância) e fora de fase (defasadas),
conhecimentos básicos sobre geometria e outros que formam os seus Subsunçores.
Temos uma Aprendizagem Significativa quando apresentamos um novo
conhecimento, por exemplo, a Difração, que tem relação com a base que foi
aprendida.
Moreira (2006) corrobora com esse pensamento, afirmando que toda aquisição
de conhecimento pauta-se em conhecimento pré-estabelecido de autores na
literatura, ou seja, a própria pesquisa científica não parte do zero e sim de ideias
iniciais de outros autores que servem de suporte para novas pesquisas. Porém,
apesar de não ter sido desenvolvido no aluno o hábito da pesquisa, o mesmo carrega
consigo conhecimento empírico, ainda que seja passado por seus pais e parentes no
convívio familiar. Essa perspectiva é o que defende a teoria da aprendizagem
significativa como sendo uma forma de conhecimento prévio do aluno, conforme
afirma Silva e Shirlo (2014):
1 Os mapas conceituais são instrumentos que podem proporcionar mudanças no modo de ensinar, de
avaliar e de aprender. Eles visam promover a aprendizagem significativa e entram em choque com
técnicas voltadas para aprendizagem mecânica, assim, utilizá-los em toda sua potencialidade, implica
em atribuir novos significados aos conceitos de ensino, aprendizagem e avaliação (MOREIRA;
BUCHWEITZ, 1987).
32
Figura 1: Devido à difração das ondas, as ondas do oceano que entram através de uma abertura
natural podem se espalhar por toda a baía.
Para uma compreensão real considere, inicialmente, uma corda esticada por
suas extremidades, a esse estado chamaremos de posição de equilíbrio da corda. A
seguir, realizamos oscilações em uma das extremidades da corda e após um tempo
observamos a formação de ondas na corda, como mostrado na Figura 2. A esse
padrão de ondas chamaremos de onda senoidal, devido ao seu comportamento se
modular muito bem com a função trigonométrica seno.
𝜕 2 𝑦(𝑥, 𝑡) 1 𝜕 2 𝑦(𝑥, 𝑡)
= (2.3.1)
𝜕𝑥 2 𝑣 2 𝜕𝑡 2
35
Cuja solução particular para essa equação pode ser dada por;
Onde:
A fase de uma onda é o argumento (𝑘𝑥 − 𝜔𝑡) da função seno. Quando a onda
passa por uma posição x, a fase varia linearmente com o tempo t.
O comprimento de onda é a distância (paralela à direção de propagação)
entre repetições da forma da onda, assim como as projeções acima e abaixo do eixo
horizontal que são denominados de Crista (acima) e Vale (abaixo) como mostrado na
Figura 3.
2𝜋
𝑘= (2.3.3)
𝜆
O período de oscilação (T) é o tempo gasto por um elemento que sai do meio
de uma crista e chega ao meio da crista seguinte executando uma oscilação completa
e está relacionado à frequência angular 𝜔 através da equação;
2𝜋
𝜔= (2.3.4)
𝑇
A frequência f de uma onda é definida como T-1 e está relacionada à 𝝎 através
da equação;
36
𝜔
𝑓= (2.3.5)
2𝜋
𝜆 𝜔
𝑣 = 𝜆𝑓 = = (2.3.6)
𝑇 𝑘
Assim como a onda na corda, a luz também é um tipo de onda composta por
campos elétrico e magnético e sofre os mesmos efeitos ondulatórios, sendo que o
fenômeno da difração foi observado experimentalmente, pela primeira vez, pelo padre
jesuíta italiano Francesco Maria Grimaldi (1618-1663) e inclusive nomeou o efeito com
o trabalho intitulado Diffractio. Atualmente, o estudo das ondas é tratado pelas Ópticas
geométrica e ondulatória.
Trata o raio de luz como um segmento de reta orientado (Ver Figura 4), e possui
limitações ao tentar explicar fenômenos como a difração e a interferência, mas a
Óptica Geométrica pode explicar muitos fenômenos envolvendo a luz baseando-se
somente em previsões e dispensando um tratamento matemático mais rigoroso. Os
principais físicos que estudaram os efeitos de reflexão, refração da luz e formação de
imagens em espelhos nessa metodologia foram Newton, Fermat, Snell e Descartes.
37
Cada ponto em uma frente de onda funciona como uma nova fonte,
produzindo ondas que se propagam com a mesma frequência, velocidade e
na mesma direção das ondas originais. (IFPR Oficina do Ensino de Física
s.d.)
Figura 5 : Cada ponto da frente de onda comporta-se como uma nova fonte de onda.
Figura 6: Frentes de onda projetada em uma fenda. À medida que a fenda diminui, fica mais evidente
o efeito de difração.
“... qualquer ponto de uma frente de onda que não seja obstruído, em
qualquer instante se comporta como uma fonte de ondas esféricas
secundárias, da mesma frequência da onda primária. A amplitude do campo
óptico em qualquer ponto após a passagem pelo obstáculo é a superposição
das amplitudes das ondas esféricas secundárias, levando em conta suas
fases relativas.” (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 2007)
O motivo pelo qual a luz atinge regiões para além da fenda, regiões inatingíveis
para a luz, caso esta não sofresse difração, é que o grande número de ondas
secundárias esféricas “emitidas pela abertura” interfere constantemente no anteparo .
A interferência é um fenômeno que se dá quando duas ou mais ondas se
superpõem em fase ou defasadas. Faremos uma análise qualitativa das situações
mostradas na Figura 8 onde as diferenças de fase são = 0, e 2/3 rad, com ondas
que possuem mesmo número de onda (k) e mesma amplitude (ym).
a seta apontando para o resultado figura 8(d). Esse tipo de interferência é chamado
de interferência construtiva.
Na Figura 8(c) as ondas estão com uma diferença de fase que difere dos dois
casos anteriores assim a superposição dessas ondas resultam em uma onda com
amplitude intermediária entre 0 e 2ym, veja a seta apontando para o resultado ilustrado
na Figura 8(f). Esse tipo de interferência é chamado de interferência intermediária.
interferência pode até não ser notado pelo observador e, nesse caso, a relação de
fase varia continuamente.
O experimento de interferência com a luz, feito pela primeira vez por Thomas
Young, em 1801, foi determinante para estabelecer-se a natureza ondulatória da luz,
pois sabia-se que somente ondas poderiam sofrer interferência. Nesse experimento,
uma onda dita plana não pontual e nem monocromática torna-se mais coerente e
pontual depois de passar por uma fenda S 0 na primeira placa opaca. Após esse
estágio a luz coerente difrata-se através da fenda e é usada para iluminar as fendas
estreitas S1 e S2 do segundo anteparo. Uma nova difração ocorre quando a luz
atravessa essas fendas e duas ondas esféricas se propagam simultaneamente para
a direita interferindo uma com a outra, até incidir numa tela de observação (terceiro
anteparo) veja figura 9.
Figura 10: Esquema geométrico de duas ondas, representadas pelos raios r1 e r2, passando através
das fendas estreitas e interferindo no ponto p.
A onda que sai da parte superior da fenda e atinge o ponto P, tem seu campo
elétrico representado por:
⃗⃗⃗⃗
𝐸1 = ⃗⃗⃗⃗
𝐸0 sin 𝜔𝑡 (2.3.5.1)
e a onda que sai da parte inferior da fenda, atingindo também o ponto P, tem seu
campo elétrico dado por
⃗⃗⃗⃗
𝐸2 = ⃗⃗⃗⃗
𝐸0 sin ( 𝜔𝑡 + 𝜙) (2.3.5.2)
6 Fasores, são na realidade vetores que giram em uma determinada velocidade em um círculo
trigonométrico, dando origem as funções senoidais. Então toda função senoidal pode ser representada
por um fasor. Os fasores possuem muitas aplicações em sistemas de potências.
A notação fasorial simplifica a resolução de problemas envolvendo funções senoidais no
tempo.
46
𝐸⃗ = ⃗⃗⃗⃗
𝐸1 + ⃗⃗⃗⃗
𝐸2 = ⃗⃗⃗⃗
𝐸0 sin 𝜔𝑡 + ⃗⃗⃗⃗
𝐸0 sin(𝜔𝑡 + 𝜙). (2.3.5.3)
(2.3.5.4) temos:
𝜙
𝐸 = 2𝐸0 cos 2 (2.3.5.5)
em:
47
𝜙
𝐸 2 = 4𝐸02 𝑐𝑜𝑠 2 2 (2.3.5.6)
Ainda de acordo com Haliday: “... 𝐸 0, têm uma intensidade 𝐼0 que é proporcional
a 𝐸02 , e a onda resultante, de amplitude 𝐸, tem uma intensidade 𝐼 que é proporcional
a 𝐸 2 .” (Haliday, Fundamentos de Física 4, 2016, p.202).
𝐼 𝐸2 𝐼
Do exposto temos: = Isolando o campo 𝐸, 𝐸 2 = 𝐸02 𝐼 substituindo em
𝐼0 𝐸02 0
𝐼 𝜙
2.3.5.6 temos: 𝐸02 𝐼 = 4𝐸02 𝑐𝑜𝑠 2 2
0
𝜙 Δ𝑙
De acordo com as afirmativas escrevemos 2𝜋 = isolando o termo diferença
𝜆
2𝜋
de fase, temos ϕ = Δ𝑙, mas lembrando que a diferença de percurso Δ𝑙 = 𝑑 sin 𝜃,
𝜆
então:
2𝜋
𝜙= 𝑑 sin 𝜃
𝜆
2𝜋
𝐼 = 𝐼0 4𝑐𝑜𝑠 2 ( 𝑑 sin 𝜃 ) (2.3.5.8)
𝜆
Quando a luz, que é composta por ondas provenientes de uma única fonte ou
de fontes coerentes, com comprimento de onda , atravessa uma fenda de tamanho
48
Figura 13 : Padrão de difração e interferência de fenda única. A luz monocromática que passa através
de uma única fenda tem um máximo central, o mais brilhante, e máximos secundários (de
intensidades menores) e escuros de cada lado.
Esse efeito pode ser analisado de acordo com o modelo de Huygens — cada
porção da fenda atua como uma fonte de luz, pois participa da mesma frente de onda
e estão em fase inicialmente, como mostrado na Figura 14(a). As ondas provenientes
de cada ponto da fenda podem chegar ao anteparo em fase ou fora de fase,
produzindo regiões respectivamente claras ou escuras. Considere o ponto P, situado
no anteparo, em uma posição indicada pelo ângulo em relação a P0. O fato de termos
usados aqui setas, não anula as ideias de Huygens, uma vez que elas indicam a
direção de propagação das ondas, de onde podemos calcular o caminho percorrido
por cada onda.
49
Figura 14 : (a) Os raios provenientes da extremidade superior de duas regiões de largura a/2 sofrem
interferência destrutiva no ponto p1. (b) para d >> a, podemos supor que os raios r1 e r3 são
aproximadamente paralelos e fazem um ângulo θ com o eixo central.
𝑑 𝜆 2 𝜆
sin 𝜃 = 𝑎 = . = (2.3.5.1)
2 𝑎 𝑎
2
50
𝑎 sin 𝜃 = 𝜆 (2.3.5.2)
Figura 15 : (a) os raios provenientes da extremidade superior de quatro regiões de largura a/4 sofrem
interferência destrutiva no ponto p1. (b) para d >> a, podemos supor que os raios r1, r2, r3, r4 e r5 são
aproximadamente paralelos e fazem um ângulo θ com o eixo central.
𝑑 𝜆 4 2𝜆
sin 𝜃 = 𝑎 = . = (2.3.5.3)
2 𝑎 𝑎
4
𝑎 sin 𝜃 = 2𝜆 (2.3.5.4)
𝑎 sin 𝜃 = 3𝜆 (2.3.5.5)
Figura 16 : Padrões de difração de fenda única para várias larguras de fenda. À medida que a largura
da fenda d aumenta de d = λ para 5λ e depois para 10λ, a largura do pico central diminui à medida
que os ângulos dos primeiros mínimos diminuem conforme previsto.
No entanto, se você fizer a fenda mais larga, a Figura 16b mostra que já começa
a surgir padrão de interferências destrutiva e construtiva. Na figura 16c percebe-se
um pico mais estreito devido a uma abertura maior da fenda e maior quantidade de
interferências destrutivas e construtivas.
Para calcular o padrão de difração para duas (ou qualquer número de) fendas,
precisamos generalizar o método que acabamos de usar para uma única fenda. Ou
seja, em cada fenda, colocamos uma distribuição uniforme de fontes pontuais que
irradiam ondas de Huygens e então somamos as ondas de todas as fendas. Isso
fornece a intensidade em qualquer ponto da tela. Embora os detalhes do cálculo
possam ser complicados, o resultado final é bastante simples:
O padrão de difração de duas fendas de largura D que são separadas por uma
distância d é o padrão de interferência de duas fendas separadas por d multiplicado
pelo padrão de difração de uma fenda de largura a.
sin 𝛼 2
𝐼(𝜃) = 𝐼𝑚 (cos 2 2
𝛽) ( ) , (2.3.6.1)
𝛼
onde
53
𝜋𝑑
𝛽= sin 𝜃 , (2.3.6.2)
𝜆
Figura 17 : Difração de uma fenda dupla. O gráfico mostra o resultado esperado para uma fenda de
largura d = 2λ e separação da fenda d = 6λ. O máximo de m = ± 3 ordem para a interferência é
ausente porque o mínimo da difração ocorre na mesma direção.
(ultimo raio) será Ma, que corresponde a abertura total. Então podemos escrever
𝑀𝑎 sin 𝜃 = 𝑚𝜆 para os raios extremos da rede.
asen 𝜃 = 𝑚𝜆 (2.3.7.1)
𝑚𝜆
Então a= sen 𝜃
logo
𝑚𝜆 √∆𝑌 2 + 𝐷2 (2.3.7.3)
a= ,
∆𝑌
Onde:
PRODUTO EDUCACIONAL
7. SEQUÊNCIA DIDÁTICA
2 – Rede de difração.
4 – Produção de vídeo
2 - Laser
3 - Fio de cabelo
4 - Cola
5 - Estilete
6 - Mesa.
2 – É necessário um aparato (uma parede lisa e branca) para receber a luz do Laser
depois que o feixe passa pelo fio de cabelo e observar a projeção na parede. Observe
que o fio de cabelo deve posicionar-se a mais ou menos 1,5 a 3 metros de distância
da parede. Como o fio assemelha-se a uma fenda simples pode usar fórmula para
difração de fenda simples e estimar a espessura do fio de cabelo.
60
𝛼 sin 𝜃 = 𝑚𝜆 (3.2.1.1)
𝑚𝜆 (3.2.1.3)
𝑒 =
sin𝜃
𝑌𝑚
Lembrando que sin𝜃 = 𝑡𝑔𝜃 = então
𝐷
𝑚𝜆𝐷 (3.2.1.4)
𝑒 =
𝑌𝑚
Onde:
𝑒 = espessura do fio de cabelo
𝑚 = número do mínimo de difração, (escolhe o primeiro m =1)
𝜆 = comprimento de onda da luz do laser.
𝐷= distancia do fio de cabelo ao anteparo (parede)
𝑌𝑚 = distância entre o centro e o primeiro mínimo.
A figura 21, dá uma ideia de como montar seu experimento.
Material necessário:
1 - Laser
2 - CD
3 - Caixa de papel
4 - Suporte
5 – Régua
Ao apontar o laser para o cd e acionar vai obter por reflexão (rede de reflexão) pontos
de luz espaçados se estiver com a camada brilhante.
O esquema de montagem do experimento para visualizar o efeito da rede de
difração pode ser visto na figura 24.
Material necessário:
1- Celular
2 - Caixa de papelão
3 - Laser
4 - Fio de cabelo
5 - Cola
6 - Estilete
7 - Mesa.
Os alunos podem muito bem expressar o que aprenderam sobre certo assunto
produzindo um vídeo ressaltando seu conhecimento adquirido e, nesse contexto, o
grupo de alunos responsável pelo vídeo deve reproduzir o experimento da Difração,
filmar e reproduzir vídeo + áudio explicando o funcionamento do fenômeno.
Material necessário:
1 - Cartolinas
2 - Revista ou livros
3 - Internet
4 - Lápis
5 - Lapiseira
6 - Tesoura
7 - Cola.
No dia 29 de abril de 2019, T 304 e dia 30 de abril, turma 305, após uma
apresentação de trabalhos de recuperação, abriu-se um pequeno intervalo e
apresentou-se a proposta aos alunos de terceiro ano do Ensino Médio, turmas 304
com 38 alunos e turma 305 contando com 40 alunos. Na oportunidade, explicou-se
que estavam sendo convidados a participar de aulas sobre ondulatória com ênfase na
aquisição de conhecimentos em Difração e esclareceu-se que toda participação
deveria ser de vontade própria e contando com avaliações. É preciso lembrar, que
antes de qualquer ato se conversou com a diretora, no sentido de informar sobre os
procedimentos e obter permissão para aplicação da pesquisa, o qual foi prontamente
atendido.
Logo abaixo pode ser visto um gráfico contendo a relação da amostra utilizada,
o número de ausentes e o número total de alunos propostos à participação.
33
AMOSTRA
UTILIZADA; 45
78
Os mapas conceptuais servem para tornar claro, tanto aos professores como
aos alunos, o pequeno número de ideias chave em que eles se devem focar
para uma tarefa de aprendizagem específica. Um mapa conceptual também
pode funcionar como um mapa rodoviário visual, mostrando alguns dos
trajectos que se podem seguir para ligar os significados de conceitos de forma
a que resultem proposições. Depois de terminada uma tarefa de
aprendizagem, os mapas conceptuais mostram um resumo esquemático do
que foi aprendido. (NOVAK 1984, 31)
No quarto encontro, dia 14 de maio para turma 304 e 20 de maio para turma
305, os alunos das equipes montaram os Experimentos: Medida da espessura de um
fio de cabelo com uso de um laser, Redes de difração, Produção de Cartazes e
Produção de vídeo conforme as imagens e fizeram as apresentações.
Figura 27 : Experimento montado para verificar o efeito da difração no fio de cabelo: turma 304.
Enumerando os dados:
𝑚=1
𝜆= 560 x 10-9 m
𝐷 = 1,22
𝑌𝑚 = 0,9 cm que corresponde a 0,09 metros
𝑚𝜆𝐷
𝑒 =
𝑌𝑚
71
3.6.3. CARTAZES
Cartazes sobre Thomas Young e Isaac Newton produzidos por alunos da turma 305
Pode-se definir aqui as análises das avaliações compostas por testes de:
Na décima pergunta, sobre por que você consegue ouvir uma pessoa do outro
lado do muro, mas não vê, 15 alunos referiram-se à difração do som. Quanto a
difração da luz ninguém opinou e 12 alunos não souberam explicar.
Outro respondeu que não sabia e 9 alunos associaram ressonância ao exame médico
da ressonância magnética.
Na décima pergunta sobre, por que você consegue ouvir uma pessoa do outro
lado do muro, mas não vê, 15 alunos referiram-se à difração do som. Quanto à
difração da luz, ninguém opinou e 3 alunos não souberam explicar.
Tabela 1 – Relação de notas obtidas durante o questionário de conhecimentos prévios da turma 305
T 305
ALUNO NOTA
Aluno 1 4
Aluno 2 3
Aluno 3 4
Aluno 4 2
Aluno 5 8
Aluno 6 2
continuação
Tabela 2 – Relação de notas obtidas durante o questionário de conhecimentos prévios da turma 305
Aluno 7 3
Aluno 8 5
Aluno 9 5
Aluno 10 4
Aluno 11 3
Aluno 12 3
Aluno 13 6
Aluno 14 4
Aluno 15 5
Aluno 16 6
Aluno 17 6
Aluno 18 4
FONTE: autoria própria (2019)
Tabela 3– Relação de notas obtidas durante o questionário de conhecimentos prévios da turma 304
T 304
ALUNO NOTA
Aluno 1 6
Aluno 2 7
Aluno 3 7
Aluno 4 6
Aluno 5 8
Aluno 6 5
Aluno 7 8
Aluno 8 6
Aluno 9 5
Aluno 10 5
Aluno 11 7
Aluno 12 7
Aluno 13 7
Aluno 14 7
Aluno 15 5,5
Aluno 16 5
Aluno 17 5
Continuação
Tabela 4– Relação de notas obtidas durante o questionário de conhecimentos prévios da turma 304
Aluno 18 4
Aluno 19 5
Aluno 20 4
Aluno 21 5
Aluno 22 4
Aluno 23 4
Aluno 24 3
Aluno 25 7
Aluno 26 2
Aluno 27 7
GRÁFICOS
Pelo gráfico 2 construído, observa-se que a maioria dos alunos da turma 305
submetidos às questões obteve nota abaixo de 5 e somente quatro alunos obtiveram
nota acima de 5, dentro da média escolar. Três alunos obtiveram a nota 5 e onze com
nota inferior a 5.
81
305
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Pelo gráfico 3, abaixo, observa-se que treze alunos da turma 304 submetidos
às questões obtiveram nota acima de 5 dentro da média enquanto catorze alunos
obtiveram nota abaixo de 6, nota insuficiente, não alcançando a média 6.
304
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Aluno 1
Aluno 2
Aluno 3
Aluno 4
Aluno 5
Aluno 6
Aluno 7
Aluno 8
Aluno 9
Aluno 10
Aluno 11
Aluno 12
Aluno 13
Aluno 14
Aluno 15
Aluno 16
Aluno 17
Aluno 18
Aluno 19
Aluno 20
Aluno 21
Aluno 22
Aluno 23
Aluno 24
Aluno 25
Aluno 26
Aluno 27
Um outro gráfico comparativo montado com a junção dos dois gráficos, se bem
que só os gráficos individuais já permitiam uma estimativa, nos leva a perceber que
82
os alunos da turma 304 estavam mais preparados que os alunos da turma 305, veja
gráfico 4 abaixo.
Gráfico 4 – Comparação de notas obtidas no teste de conhecimentos prévios entre as duas turmas
Chart Title
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
305 304
O fundamento da aplicação destas questões foi somente para se ter uma noção
dos conhecimentos prévios necessários e, a partir daí, reforçá-los para a
compreensão dos novos conhecimentos sobre Difração da Luz. De acordo com as
notas obtidas no gráfico comparativo, observa-se que, no geral, os alunos possuíam
uma baixa compreensão em Ondulatória, carecendo de reforço, o que foi feito durante
o desenvolvimento do Mapa Conceitual.
Notas 304
Aluno 1 2,5
Aluno 2 7
Aluno 3 6
Aluno 4 5
Aluno 5 5
Aluno 6 6
Aluno 7 5
Continua na próxima pagina
85
conclusão
Aluno 8 6
Aluno 9 7
Aluno 10 5
Aluno 11 6
Aluno 12 7
Aluno 13 6
Aluno 14 7
Aluno 15 6,5
Aluno 16 5
Aluno 17 4,5
Aluno 18 6
Aluno 19 6
Aluno 20 5
Aluno 21 4,5
Aluno 22 5
Aluno 23 6
Aluno 24 3
Aluno 25 7
Aluno 26 6
Aluno 27 7
Aluno 28 2,5
Aluno 29 7
Fonte: Autoria própria (2019)
304
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Aluno 1
Aluno 2
Aluno 3
Aluno 4
Aluno 5
Aluno 6
Aluno 7
Aluno 8
Aluno 9
Aluno 10
Aluno 11
Aluno 12
Aluno 13
Aluno 14
Aluno 15
Aluno 16
Aluno 17
Aluno 18
Aluno 19
Aluno 20
Aluno 21
Aluno 22
Aluno 23
Aluno 24
Aluno 25
Aluno 26
Aluno 27
Fonte: Autoria própria (2019)
Todos erraram a oitava questão, onde deveriam marcar a opção Maria Grimaldi
referindo-se ao precursor dos estudos sobre difração da luz
Abaixo mostra-se uma tabela com as relações entre questões, erros e acertos obtidos
na turma 305. A tabela 4 mostra as notas obtidas nessa turma.
Notas 305
Aluno 1 6
Aluno 2 7
Aluno 3 4
Aluno 4 6
Aluno 5 9
Aluno 6 4,5
Aluno 7 6,5
Aluno 8 3
Aluno 9 3
Aluno 10 4,5
Aluno 11 4,5
Aluno 12 4,5
Aluno 13 9
Aluno 14 7
Aluno 15 4,5
Aluno 16 4,5
Aluno 17 4
Aluno 18 6
Fonte: Autoria própria (2019)
88
305
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Chart Title
10 9 9
9
8 7 7 7 7 7 7
7 6.5
6 6 6 6 6 6 6 6 6 6
6 5 5 5 5 5 5 5
5 4.5 4.5
4 3
3 2.5
2
1
0
Aluno 24
Aluno 8
Aluno 1
Aluno 2
Aluno 3
Aluno 4
Aluno 5
Aluno 6
Aluno 7
Aluno 9
Aluno 10
Aluno 11
Aluno 12
Aluno 13
Aluno 14
Aluno 15
Aluno 16
Aluno 17
Aluno 18
Aluno 19
Aluno 20
Aluno 21
Aluno 22
Aluno 23
Aluno 25
Aluno 26
Aluno 27
304 305
Durante a aplicação desse questionário cuidou-se para que alunos que não
participaram no desenvolvimento do trabalho em ambas as turmas não
respondessem. Além de exigir-se para aqueles que participaram a execução de suas
respostas individualmente, tomando-se o cuidado para que certos alunos não
tentassem copiar respostas de outro. Esses cuidados não foram difíceis de serem
praticados, uma vez que o número de participantes esteve reduzido.
90
Turma 304
A) o mapa conceitual
continua
91
continuação
B) os questionários
1
C) os experimentos
24
D) produção de cartazes
E) produção de vídeo
F) tudo 1
continua
92
continuação
Continua
93
continuação
Quadro 3– Opinião pessoal da turma 304
Continua
94
conclusão
Quadro 4– Opinião pessoal da turma 304
Turma 305
Conclusão
Tabela 11 – Respostas da T 305 em relação a aceitação da Sequência Didática
Metodologia 18
Trabalhar em grupo 18
A) o mapa conceitual
B) os questionários
C) os experimentos 17
D) produção de cartazes 1
E) produção de vídeo
F) tudo
continua
96
conclusão
3 – “O experimento de difração só
trouxe conhecimento aos alunos como
também pode motivá-los a obter mais
Opinião pessoal
conhecimento do mesmo modo, porém
com novos assuntos.” [sic]
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Propôs se aqui trabalhar Difração da Luz usando outra metodologia que não
seja usualmente baseada em transmissão de saberes isolados sem conexão com a
realidade discente. Descreveu se fatos educacionais que ocorrem no dia a dia do
cotidiano escolar na disciplina Física e, baseado nestes, construiu-se uma Sequência
Didática fundamentada nas teorias de Aprendizagem Significativa de David Ausubel
e Aprendizagem Significativa Critica de Marcos Moreira.
A tabela 1 exibe as questões com números de acertos e erros nas turmas após
um pré-teste de aferição de conhecimentos prévios.
somente uma ideia não seja suficiente para a resolução sendo conveniente mais
sugestões para envolver o problema, assim, trabalhar em grupo prepara o discente
para atuar em equipe, resolvendo futuros problemas. Ao trabalhar em grupo o aluno
desenvolve o respeito para com os demais, aprende a expor e a ouvir opiniões
contrárias à sua e desenvolve sua capacidade intelectual.
trabalhar com grupos exige certa perspicácia do docente pois há aqueles alunos que
são improdutivos e o mesmo site escola web dá sugestões
Como em toda tarefa, nem tudo sai perfeito sempre. É necessário que o
professor esteja preparado para trabalhar com uma sala mais agitada e
com aqueles alunos menos interessados que podem aproveitar desse
momento para “escapar” da atividade e deixar o trabalho nas mãos dos
colegas. Uma dica para driblar esse problema é colocar os mais
indisciplinados no mesmo grupo, pois eles terão que pensar e dialogar, já que
não contarão com um aluno mais aplicado para fazer a tarefa. Porém, o
docente é quem melhor conhece o comportamento da turma e deverá avaliar
se essa é a melhor maneira de divisão. Enquanto a atividade é realizada, é
essencial que o professor acompanhe e oriente as equipes, tirando dúvidas
ou até sugerindo algo quando notar que o início da atividade é um pouco
difícil. É necessário se portar como um bom mediador para ter um resultado
positivo. (ESCOLAWEB 2020, on-line)
Ainda que este trabalho tenha alcançado certos fatores favoráveis, não substitui
outras metodologias, surgindo como aspecto colaborador, até para uso com aquelas
obras que não há uma abrangência profunda no tema. Uma sugestão quanto a
melhoria, aconselha-se o desenvolvimento deste durante a apresentação da
ondulatória, por exemplo, e para que os alunos venham a efetuar os cálculos na
determinação da espessura do fio de cabelo e distância entre os sulcos de um CD,
se faz necessário um planejamento junto ao professor de matemática para preparar
o aluno na efetivação de cálculos.
Um outro item que pode ser inserido durante a exploração das redes de difração
é o uso de um DVD, além do experimento do CD, onde o aluno explorará diferenças
no espaçamento entre os raios de luz refletidos pelo CD e DVD.
REFERÊNCIAS
BISCUOLA, G. J.; BÔAS, N. V.; DOCA, R.H. Fisica 2. São Paulo: Editora Saraiva,
2018. P. 146.
BONJORNO, José Roberto. et al. Fisica 2: Aula por Aula. São Paulo; Editora FTD,
2018. p.235-236.
CACIONE, Andreza. Et al. Fisica 2: Ser Protagonista. São Paulo, SP; Editora SM
Ltda, 2018. p.154
Catraquinha. Saiba por que escolas públicas do Ceará são as melhores do país.
27 de Janeiro de 2017. https://catraquinha.catracalivre.com.br/geral/aprender/indic
acao/saiba-por-que-escolas-publicas-do-ceara-sao-as-melhores-do-pais/ (acesso em
30 de Junho de 2018).
DEMO, P. Educar pela pesquisa. 8. ed. Campinas: Autores Associados, 2009. [S,I].
GASPAR, Alberto. Fisica 2: Compreendendo a Física. São Paulo SP; Editora Ática,
2018. P137-139
–––– Fundamentos de Física 2. Vol. 08. Rio de Janeiro: LTC -Livros Técnicos e
Científicos Editora Ltda, 2009.
INTERFERENCIA: Física geral iv. 10 out. 2018. 48 slides. [S,I]. Disponível em:
<http://midia.cmais.com.br/assets/file/original/586f0d64316ab73bf400c9419bc2f90f4
3a82dc0.pdf>. Acesso em: 10 de out. 2018.
LING,S. J., SANNY, J. and MOEBS, W., University Physics, Volume 3, OpenStax,
Houston, 2016.
MARTINI, Glorinha. Et al. Física 2: Conexões com a Física. São Paulo SP; Editora
Moderna, 2018. p257-259.
NOVAK, Joseph D. Aprender a Aprender. Lisboa: Paralelo Editora Ltda, 1984. p31.
PANZINNI, Darlin Nalú Avila e ARAUJO, Fabricio Viero. O uso do vídeo como
ferramenta de apoio ao ensino- aprendizagem. [S,I][2016?].Disponível em:<htt
ps://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/729/Pazzini_Darlin_Nalu_Avila.pdf?seque
nce=1>. Acesso em: 21 de out. 2018.
TORRES, Carlos Magno. et al. Física 2: Ciencia e Tecnologia. São Paulo SP. Editora
Moderna, 2018, Editora Moderna, 2018. p159-161.
YAMAMOTO, Kazuhito; FUKE, Luiz Felipe. Fisica para o Ensino Médio. São Paulo
SP; Editora Saraiva, 2018. p244. V.2.
108
109
1. Tente definir uma onda descrevendo-a ou fazendo uma representação gráfica (um
desenho).
2. Você conhece quais tipos ondas?
3. Como se produz uma onda?
4. Você já ouviu falar em movimento oscilatório ou movimento periódico? Se sim, tente
explicar o que é e cite exemplo(s).
4. Você já ouviu falar em movimento oscilatório ou movimento periódico? Se sim, tente
explicar o que é e cite exemplo(s).
5. O que é frequência na sua concepção? Explique
6. Você já ouviu falar em ressonância? Se sim, tente explicar o que significa, com suas
palavras.
7. Você tem conhecimentos sobre interferência de ondas? Explique
8. Já viste alguma figura de interferência de ondas na água? Explique
9. Conhece as relações entre seno, cosseno, catetos e hipotenusa? Explique
10. Por que você consegue ouvir uma pessoa do outro lado do muro, mas não a vê?
110
1 - Thomas Young (1773-1829) fez a luz de uma fonte passar por duas fendas paralelas antes de atingir
um obstáculo e observou no anteparo o surgimento de regiões claras e escuras. Marque a alternativa
verdadeira a respeito desse fenômeno:
a) Trata-se do fenômeno da refração, em que a d) Trata-se do fenômeno da polarização, em
luz tem condição de passar por obstáculos. que, após a passagem por pequenos
obstáculos, as ondas tendem a contorná-lo.
b) Trata-se do fenômeno da difração, que
ocorre somente com ondas mecânicas. e) Trata-se do fenômeno da difração, em que,
após a passagem por pequenos obstáculos, as
c) Trata-se do fenômeno da difração, em que, ondas mecânicas tendem a contorná-lo.
após a passagem por pequenos obstáculos, as
ondas tendem a contorná-lo.
2 - Ao diminuir o tamanho de um orifício atravessado por um feixe de luz, passa menos luz por intervalo
de tempo, e próximo da situação de completo fechamento do orifício, verifica-se que a luz apresenta
um comportamento como o ilustrado nas figuras. Sabe-se que o som, dentro de suas particularidades,
também pode se comportar dessa forma.
a) O som se difrata mais do que a luz, porque o seu comprimento de onda é maior.
b) Os sons graves se difratam mais do que os sons agudos.
c) A luz vermelha se difrata mais do que a violeta.
d) Para haver difração em um orifício ou fenda, o comprimento de onda deve ser maior ou da ordem
de grandeza das dimensões do orifício ou fenda.
e) Apenas as ondas longitudinais se difratam.
7 - Um CD (Compact Disc) ao receber luz visível, mostra o espectro de cores contida na luz. Isto ocorre
porque o CD se comporta como:
a) rede de difração
d) lente refletora
b) placa polarizada
c) prisma refrator
e) nda
9 – Na foto da difração do fio de cabelo demonstrada por um aluno, temos um ponto central luminoso
e pontos tracejados significando:
10 – Na figura determine a espessura do fio de cabelo iluminado com luz verde de comprimento de
onda λ = 500nm, ou seja, 5 x 10-5 cm
d= espessura do fio de cabelo; y = distância entre o centro luminoso e o primeiro ponto escuro (0,01m=
1cm) (obs: isto faz com que n=1); x = distância entre o fio de cabelo e a parede (1m = 100cm).
𝜆𝑥
Use ⇾ 𝑑 =
𝑦
(como demonstrado na aula sobre difração da luz)
113
A) sim
B) não
C) não sei
2 - Gostaria de ter mais aulas de física com essa metodologia sobre outros assuntos?
A) sim
B) não
C) não sei
A) sim
B) não
C) não sei
A) o mapa conceitual
B) os questionários
C) os experimentos
D) produção de cartazes
E) produção de vídeo
F) tudo
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
PROFESSOR: JOSÉ ALVINO SOUSA FERREIRA
Disciplina: Física
Subtema: OPTICA
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conceitual (saber)
ESTRUTURA DA AULA
1ª Parte
O/a professor/a iniciará sua aula aplicando um teste para verificar se os alunos
possuem a estrutura cognitiva que lhes permita a compreensão da Difração.
2ª parte
3ª parte
O docente iniciará via exposição de conteúdos dialogando sobre a Difração no
cotidiano do aluno relatando exemplos das ondas no mar, ondas sonoras e ondas da
luz. Em seguida o/a professor/a falará sobre os conceitos de Difração e a influência
do comprimento da onda sobre o efeito da Difração. Explicará também que a
Interferência é fundamental no efeito da Difração, Difração por Fenda Simples,
contornando um obstáculo, por Fenda Dupla, as Redes de Difração e fundamentos
matemáticos.
4ª parte
5ª parte
ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO
Conceitual
O docente irá fazer um questionário com perguntas abertas e fechadas para
verificar se os alunos entenderam os conceitos da aula
Procedimental
Os alunos construirão vários experimentos sobre difração com material
alternativo, além de relatório sobre a construção do experimento realizado
Atitudinal
Os alunos divididos em grupos deverão fazer várias pesquisas sobre a difração
(redes de difração; aspectos da produção de vídeo; informações sobre estudiosos da
difração; difração em um obstáculo) trazer na aula seguinte para dialogar sobre o seu
trabalho a ser produzido.
MATERIAL NECESSÁRIO
GRUPO 1: Confecção do experimento difração sobre um fio de cabelo
caixa de papelão, Laser, fio de cabelo, cola, estilete e mesa.
116
Fio de cabelo 1 0 0
Estilete
1 8,00 8,00
Mesa 4 0 0
CD
1 0 0
Suporte
1 15,00 15,00
Régua
1 2,00 2,00
Celular
1 0 0
lápis
1 0 0
lapiseira 1 0 0
tesoura
TOTAL 48,00
118
SÃO LUIS - MA
2020
121
Apresentação
sumário
1. INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Figura 38: Devido à difração das ondas, as ondas do oceano que entram através de uma abertura
natural podem se espalhar por toda a baía.
Para uma compreensão real considere, inicialmente, uma corda esticada por
suas extremidades, a esse estado chamaremos de posição de equilíbrio da corda. A
seguir, realizamos oscilações em uma das extremidades da corda e após um tempo
observamos a formação de ondas na corda, como mostrado na Figura 2. A esse
padrão de ondas chamaremos de onda senoidal, devido ao seu comportamento se
modular muito bem com a função trigonométrica seno.
𝜕 2 𝑦(𝑥, 𝑡) 1 𝜕 2 𝑦(𝑥, 𝑡)
= (2.1.1)
𝜕𝑥 2 𝑣 2 𝜕𝑡 2
Cuja solução particular para essa equação pode ser dada por;
Onde:
A fase de uma onda é o argumento (𝑘𝑥 − 𝜔𝑡) da função seno. Quando a onda
passa por uma posição x, a fase varia linearmente com o tempo t.
O comprimento de onda é a distância (paralela à direção de propagação)
entre repetições da forma da onda, assim como as projeções acima e abaixo do eixo
horizontal que são denominados de Crista (acima) e Vale (abaixo) como mostrado na
Figura 3.
130
2𝜋
𝑘= (2.1.3)
𝜆
O período de oscilação (T) é o tempo gasto por um elemento que sai do meio
de uma crista e chega ao meio da crista seguinte executando uma oscilação completa
e está relacionado à frequência angular 𝜔 através da equação;
2𝜋
𝜔= (2.1.4)
𝑇
A frequência f de uma onda é definida como T-1 e está relacionada à 𝝎 através
da equação;
𝜔
𝑓= (2.1.5)
2𝜋
𝜆 𝜔
𝑣 = 𝜆𝑓 = = (2.1.6)
𝑇 𝑘
Assim como a onda na corda, a luz também é um tipo de onda composta por
campos elétrico e magnético e sofre os mesmos efeitos ondulatórios, sendo que o
fenômeno da difração foi observado experimentalmente, pela primeira vez, pelo padre
jesuíta italiano Francesco Maria Grimaldi (1618-1663) e inclusive nomeou o efeito com
o trabalho intitulado Diffractio. Atualmente, o estudo das ondas é tratado pelas Ópticas
geométrica e ondulatória.
Trata o raio de luz como um segmento de reta orientado (Ver Figura 4), e possui
limitações ao tentar explicar fenômenos como a difração e a interferência, mas a
Óptica Geométrica pode explicar muitos fenômenos envolvendo a luz baseando-se
somente em previsões e dispensando um tratamento matemático mais rigoroso. Os
principais físicos que estudaram os efeitos de reflexão, refração da luz e formação de
imagens em espelhos nessa metodologia foram Newton, Fermat, Snell e Descartes.
Cada ponto em uma frente de onda funciona como uma nova fonte,
produzindo ondas que se propagam com a mesma
frequência, velocidade e na mesma direção das ondas originais. (IFPR
Oficina do Ensino de Física s.d.)
Figura 42 : Cada ponto da frente de onda comporta-se como uma nova fonte de onda.
133
O comprimento de onda da luz visível está compreendido entre 700 nm 14, luz
vermelha e 400 nm para luz violeta, o que equivale em milímetros a 7 .10-4 mm a 4
.10-4 mm. Medidas realizadas comprovam que a espessura de um fio de cabelo
humano é da ordem de 7x10-5 m sendo ideal para verificar a difração da luz e até
possível medir a espessura do fio de cabelo.
Figura 43: Frentes de onda projetada em uma fenda. À medida que a fenda diminui, fica mais
evidente o efeito de difração.
“... qualquer ponto de uma frente de onda que não seja obstruído, em
qualquer instante se comporta como uma fonte de ondas esféricas
secundárias, da mesma frequência da onda primária. A amplitude do campo
óptico em qualquer ponto após a passagem pelo obstáculo é a superposição
das amplitudes das ondas esféricas secundárias, levando em conta suas
fases relativas.” (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 2007)
O motivo pelo qual a luz atinge regiões para além da fenda, regiões inatingíveis
para a luz, caso esta não sofresse difração, é que o grande número de ondas
secundárias esféricas “emitidas pela abertura” interfere constantemente no anteparo.
A interferência é um fenômeno que se dá quando duas ou mais ondas se
superpõem em fase ou defasadas. Faremos uma análise qualitativa das situações
mostradas na Figura 8 onde as diferenças de fase são = 0, e 2/3 rad, com ondas
que possuem mesmo número de onda (k) e mesma amplitude (ym).
a seta apontando para o resultado Figura 8(d). Esse tipo de interferência é chamado
de interferência construtiva.
Na Figura 8(c) as ondas estão com uma diferença de fase que difere dos dois
casos anteriores assim a superposição dessas ondas resultam em uma onda com
amplitude intermediária entre 0 e 2ym, veja a seta apontando para o resultado ilustrado
na Figura 8(f). Esse tipo de interferência é chamado de interferência intermediária.
O experimento de interferência com a luz, feito pela primeira vez por Thomas
Young, em 1801, foi determinante para estabelecer-se a natureza ondulatória da luz,
pois sabia-se que somente ondas poderiam sofrer interferência. Nesse experimento,
uma onda dita plana não pontual e nem monocromática torna-se mais coerente e
pontual depois de passar por uma fenda S 0 na primeira placa opaca. Após esse
estágio a luz coerente difrata-se através da fenda e é usada para iluminar as fendas
estreitas S1 e S2 do segundo anteparo. Uma nova difração ocorre quando a luz
atravessa essas fendas e duas ondas esféricas se propagam simultaneamente para
138
a direita interferindo uma com a outra, até incidir numa tela de observação (terceiro
anteparo) veja Figura 9.
Figura 47: Esquema geométrico de duas ondas, representadas pelos raios r1 e r2, passando através
das fendas estreitas e interferindo no ponto p.
15𝑚 é o número que representa os múltiplos comprimentos de onda que interferem construtivamente e
destrutivamente: por exemplo para interferências construtivas, quando 𝑚 = 0 temos o ponto luminoso
central, 𝑚 = 1 temos o primeiro ponto luminoso após o central. Já para interferências destrutivas
quando 𝑚 = 0 temos o primeiro ponto escuro e para 𝑚=1 temos o segundo ponto escuro e por aí vai.só
lembrando que para valores positivos temos pontos acima do ponto central e valores negativos, abaixo
do ponto central.
140
16 Fasores, são na realidade vetores que giram em uma determinada velocidade em um círculo
trigonométrico, dando origem as funções senoidais. Então toda função senoidal pode ser representada
por um fasor. Os fasores possuem muitas aplicações em sistemas de potências.
A notação fasorial simplifica a resolução de problemas envolvendo funções senoidais no
tempo.
141
A onda que sai da parte superior da fenda e atinge o ponto P, tem seu campo
elétrico representado por:
⃗⃗⃗⃗
𝐸1 = ⃗⃗⃗⃗
𝐸0 sin 𝜔𝑡 (2.4.5)
e a onda que sai da parte inferior da fenda, atingindo também o ponto P, tem seu
campo elétrico dado por
⃗⃗⃗⃗
𝐸2 = ⃗⃗⃗⃗
𝐸0 sin ( 𝜔𝑡 + 𝜙) (2.4.6)
𝐸⃗ = ⃗⃗⃗⃗
𝐸1 + ⃗⃗⃗⃗
𝐸2 = ⃗⃗⃗⃗
𝐸0 sin 𝜔𝑡 + ⃗⃗⃗⃗
𝐸0 sin(𝜔𝑡 + 𝜙). (2.4.7)
(2.4.8) temos:
𝜙
𝐸 = 2𝐸0 cos 2 (2.4.9)
em:
𝜙
𝐸 2 = 4𝐸02 𝑐𝑜𝑠 2 2 (2.4.9.1)
Ainda de acordo com Haliday: “... 𝐸 0, têm uma intensidade 𝐼0 que é proporcional
a 𝐸02 , e a onda resultante, de amplitude 𝐸, tem uma intensidade 𝐼 que é proporcional
a 𝐸 2 .” (Haliday, Fundamentos de Física 4, 2016, p.202).
143
𝐼 𝐸2 𝐼
Do exposto temos: = Isolando o campo 𝐸, 𝐸 2 = 𝐸02 𝐼 substituindo em
𝐼0 𝐸02 0
𝐼 𝜙
2.4.9.1 temos: 𝐸02 𝐼 = 4𝐸02 𝑐𝑜𝑠 2 2
0
𝜙 Δ𝑙
De acordo com as afirmativas escrevemos 2𝜋 = isolando o termo diferença
𝜆
2𝜋
de fase, temos ϕ = Δ𝑙, mas lembrando que a diferença de percurso Δ𝑙 = 𝑑 sin 𝜃,
𝜆
então:
2𝜋
𝜙= 𝑑 sin 𝜃
𝜆
2𝜋
𝐼 = 𝐼0 4𝑐𝑜𝑠 2 ( 𝑑 sin 𝜃 ) (2.4.9.3)
𝜆
Quando a luz, que é composta por ondas provenientes de uma única fonte ou
de fontes coerentes, com comprimento de onda , atravessa uma fenda de tamanho
a, aproximadamente igual ao seu comprimento de onda, forma-se uma figura de
difração de uma fenda, que consiste em um máximo central (franja clara) e uma série
de franjas claras laterais separadas por franjas escuras (Veja Figura 14).
Considerando o eixo central que passa pelo centro da franja clara máxima, os
144
Figura 50 : Padrão de difração e interferência de fenda única. A luz monocromática que passa através
de uma única fenda tem um máximo central, o mais brilhante, e máximos secundários (de
intensidades menores) e escuros de cada lado.
Esse efeito pode ser analisado de acordo com o modelo de Huygens — cada
porção da fenda atua como uma fonte de luz, pois participa da mesma frente de onda
e estão em fase inicialmente, como mostrado na Figura 14(a). As ondas provenientes
de cada ponto da fenda podem chegar ao anteparo em fase ou fora de fase,
produzindo regiões respectivamente claras ou escuras. Considere o ponto P, situado
no anteparo, em uma posição indicada pelo ângulo em relação a P0. O fato de termos
usados aqui setas, não anula as ideias de Huygens, uma vez que elas indicam a
direção de propagação das ondas, de onde podemos calcular o caminho percorrido
por cada onda.
145
Figura 51 : (a) Os raios provenientes da extremidade superior de duas regiões de largura a/2 sofrem
interferência destrutiva no ponto p1. (b) para d >> a, podemos supor que os raios r1 e r3 são
aproximadamente paralelos e fazem um ângulo θ com o eixo central.
𝑑 𝜆 2 𝜆
sin 𝜃 = 𝑎 = . = (2.6.1)
2 𝑎 𝑎
2
𝑎 sin 𝜃 = 𝜆 (2.6.2)
Figura 52 : (a) os raios provenientes da extremidade superior de quatro regiões de largura a/4 sofrem
interferência destrutiva no ponto p1. (b) para d >> a, podemos supor que os raios r1, r2, r3, r4 e r5 são
aproximadamente paralelos e fazem um ângulo θ com o eixo central.
𝑑 𝜆 4 2𝜆
sin 𝜃 = 𝑎 = . = (2.6.3)
2 𝑎 𝑎
4
147
𝑎 sin 𝜃 = 2𝜆 (2.6.4)
𝑎 sin 𝜃 = 3𝜆 (2.6.5)
Figura 53 : Padrões de difração de fenda única para várias larguras de fenda. À medida que a largura
da fenda d aumenta de d = λ para 5λ e depois para 10λ, a largura do pico central diminui à medida
que os ângulos dos primeiros mínimos diminuem conforme previsto.
No entanto, se você fizer a fenda mais larga, a Figura 16b mostra que já começa
a surgir padrão de interferências destrutiva e construtiva. Na figura 16c percebe-se
um pico mais estreito devido a uma abertura maior da fenda e maior quantidade de
interferências destrutivas e construtivas.
Para calcular o padrão de difração para duas (ou qualquer número de) fendas,
precisamos generalizar o método que acabamos de usar para uma única fenda. Ou
seja, em cada fenda, colocamos uma distribuição uniforme de fontes pontuais que
irradiam ondas de Huygens e então somamos as ondas de todas as fendas. Isso
fornece a intensidade em qualquer ponto da tela. Embora os detalhes do cálculo
possam ser complicados, o resultado final é bastante simples:
O padrão de difração de duas fendas de largura D que são separadas por uma
distância d é o padrão de interferência de duas fendas separadas por d multiplicado
pelo padrão de difração de uma fenda de largura a.
sin 𝛼 2
𝐼(𝜃) = 𝐼𝑚 (cos 2 2
𝛽) ( ) , (2.7.1)
𝛼
onde
149
𝜋𝑑
𝛽= sin 𝜃 , (2.7.2)
𝜆
Figura 54 : Difração de uma fenda dupla. O gráfico mostra o resultado esperado para uma fenda de
largura d = 2λ e separação da fenda d = 6λ. O máximo de m = ± 3 ordem para a interferência é
ausente porque o mínimo da difração ocorre na mesma direção.
(ultimo raio) será Ma, que corresponde a abertura total. Então podemos escrever
𝑀𝑎 sin 𝜃 = 𝑚𝜆 para os raios extremos da rede.
asen 𝜃 = 𝑚𝜆 (2.8.1)
𝑚𝜆
Então a= sen 𝜃
logo
𝑚𝜆 √∆𝑌 2 + 𝐷2 (2.8.3)
a= ,
∆𝑌
Onde:
3 SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Disciplina: Física
Subtema: OPTICA
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conceitual (saber)
ESTRUTURA DA AULA
1ª Parte
O/a professor/a iniciará sua aula aplicando um teste para verificar se os alunos
possuem a estrutura cognitiva que lhes permita a compreensão da Difração.
2ª parte
154
3ª parte
O docente iniciará via exposição de conteúdos dialogando sobre a Difração no
cotidiano do aluno relatando exemplos das ondas no mar, ondas sonoras e ondas da
luz. Em seguida o/a professor/a falará sobre os conceitos de Difração e a influência
do comprimento da onda sobre o efeito da Difração. Explicará também que a
Interferência é fundamental no efeito da Difração, Difração por Fenda Simples,
contornando um obstáculo, por Fenda Dupla, as Redes de Difração e fundamentos
matemáticos.
4ª parte
5ª parte
ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO
Conceitual
O docente irá fazer um questionário com perguntas abertas e fechadas para verificar
se os alunos entenderam os conceitos da aula
Procedimental
Atitudinal
Os alunos divididos em grupos deverão fazer várias pesquisas sobre a difração (redes
de difração; aspectos da produção de vídeo; informações sobre estudiosos da
difração; difração em um obstáculo) trazer na aula seguinte para dialogar sobre o seu
trabalho a ser produzido.
155
MATERIAL NECESSÁRIO
Fio de cabelo 1 0 0
Estilete
1 8,00 8,00
Mesa 4 0 0
CD
1 0 0
Suporte
1 15,00 15,00
Régua
1 2,00 2,00
Celular
1 0 0
lápis
1 0 0
156
lapiseira 1 0 0
tesoura
1 1 5,00
TOTAL 53,00
Encontro 1
ESCOLA:
Professor:
Nome:
2. Já ouviu falar sobre ondas, tente definir uma fazendo uma representação gráfica
(um desenho).
6. Você já ouviu falar em ressonância? Se sim, tente explicar o que significa, com suas
palavras
7. Você tem conhecimentos sobre interferência de ondas? Explique
10. Por que você consegue ouvir uma pessoa do outro lado do muro, mas não a vê?
158
Encontro 2
Encontro 3
Será necessário caixa de papelão (de tênis), Laser, fio de cabelo, cola, estilete, fita
métrica ou régua, caderno para apoiar o laser e mesa (do professor). De posse do
Laser instrua cuidados para não apontarem para os olhos das pessoas, pois é
perigoso. Uma incidência de Laser nos olhos pode causar danos à retina e cegueira
irreversível.
Fonte: Própria
160
Fonte: Própria
Ao apontar o Laser para a parede esta deve ser a imagem que você vai obter,
Figura 23.
Fonte: Própria
161
Fonte: Própria
Fonte : Própria
162
Vimos através da Equação 11 da Seção 5.4, que e, x e y são relacionados através de:
𝒏𝝀𝒙
𝒆=
𝒚
X = distancia da caixa ao anteparo (parede), medir com a fita métrica ou régua com
máxima precisão.
O aluno não encontrará dificuldade em obter Laser, CD, caixa de papel, suporte
e régua. Ao apontar o laser para o cd e acionar o botão vai obter por reflexão (rede de
reflexão) pontos de luz espaçados se estiver com a camada brilhante. Pode usar
também um DVD (digital vídeo disc), mas a distância entre os pontos de luz refletidos
será bem maior.
Fonte :Própria
Onde
λ = comprimento da onda da luz (a ser pesquisado) (vermelha 680 x 10-9 ou verde 530
x 10-9 m)
PRODUÇÃO DE CARTAZ
Esta é uma tarefa que parece bem menos complicada e que vai obter grande
aceitação por parte da turma e trata-se também de outra forma de expressão do
conhecimento, que é um meio de apresentação e fixação de conteúdo. Os alunos
podem usar sua arte em desenhos e produção textual para seu entendimento e
propagação das informações.
Fonte : Própria
PRODUÇÃO DE VÍDEO
Daí o aluno pode muito bem expressar o que aprendeu sobre certo assunto
produzindo um vídeo ressaltando seu conhecimento adquirido.
O grupo de alunos responsável pelo vídeo devem reproduzir o experimento filmar e
reproduzir vídeo + áudio explicando o funcionamento da difração. Utilizando o
material: celular; caixa de papelão, Laser, fio de cabelo, cola, estilete e mesa.
Encontro 4
166
Escola
Nome
1 - Thomas Young (1773-1829) fez a luz de uma fonte passar por duas fendas
paralelas antes de atingir um obstáculo e observou no anteparo o surgimento de
regiões claras e escuras. Marque a alternativa verdadeira a respeito desse fenômeno:
pequenos obstáculos, as ondas
a) Trata-se do fenômeno da refração,
mecânicas tendem a contorná-lo.
em que a luz tem condição de passar
por obstáculos.
d) Trata-se do fenômeno da
polarização, em que, após a passagem
por pequenos obstáculos, as ondas
tendem a contorná-lo.
d) Ao ouvir uma ambulância se aproximando, uma pessoa percebe o som mais agudo
do que quando aquela se afasta.
e) Ao emitir uma nota musical muito aguda, uma cantora de ópera faz com que uma
taça de cristal se despedace.
168
a) O som se difrata mais do que a luz, porque o seu comprimento de onda é maior.
b) Os sons graves se difratam mais do que os sons agudos.
c) A luz vermelha se difrata mais do que a violeta.
d) Para haver difração em um orifício ou fenda, o comprimento de onda deve ser maior
ou da ordem de grandeza das dimensões do orifício ou fenda.
e) Apenas as ondas longitudinais se difratam.
a) rede de difração
b) placa polarizada
c) prisma refrator
d) lente refletora
e) nada
e) nda
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Destaca-se aqui que este trabalho foi efetuado em uma escola estadual do
estado do maranhão, mesmo não tendo alcançado sucesso, e não sendo um material
detentor do conhecimento absoluto, serve para incentivar e conquistar alunos que
anseiam por outras formas de abordagens de conteúdo. A Sequência Didática
produzida obteve grande aceitação na escola em que lhe deu origem sendo um
instrumento altamente atraente para os alunos que jamais vão ver uma sombra
produzida, um arco íris, ou até mesmo um fenômeno marítimo com a mesma visão,
além disso esta Sequência Didática vem a ser mais uma ferramenta para somar com
outras já existentes, podendo inclusive servir de inspiração para abordagem de outros
assuntos e práticas produzidas por colegas docentes.
172
REFERÊNCIAS
LING,S. J., SANNY, J. and MOEBS, W., University Physics, Volume 3, OpenStax,
Houston, 2016.
IFPR Oficina do Ensino de Física. Passei Direto. s.d. Disponível em:< https://www.pa
sseidireto.com/disciplina/oficina-do-ensino-de-fisica?ordem=1> (acesso em 29 de
julho de 2018).