RUNA Monografia de Joelson Costa
RUNA Monografia de Joelson Costa
RUNA Monografia de Joelson Costa
Centro Universitário
Bacharelado em Engenharia Civil
Paripiranga
2021
JOELSON COSTA DOS SANTOS
Paripiranga
2021
JOELSON COSTA DOS SANTOS
BANCA EXAMINADORA
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................9
2 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................12
2.1. Patologia na construção
civil.....................................................................12
2.2 Manifestações patológicas.........................................................................13
2.3 Origem das manifestações
patológicas......................................................23
2.4 Método de inspeção de corrosão em estruturas de
concreto......................24
2.5 Durabilidade das estruturas de
concreto....................................................27
3
METODOLOGIA......................................................................................................31
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................................
32
4.1 Mecânica das estruturas de concreto armado...........................................
32
4.2 Normas que gerenciam a durabilidade e qualidade das
estruturas.............33
4.3 Propriedades do concreto relacionadas à
corrosão....................................34
4.4 Formas que a corrosão
apresenta..............................................................38
4.5 Comportamento da corrosão na
estrutura..................................................39
4.6 Formas de recuperação das
estruturas......................................................41
4.7 Formas de
recomposição...........................................................................51
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................55
REFERENCIAS..........................................................................................................57
10
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
qualificada para evitar esses tipos de patologias na construção civil. A figura 2.2
apresenta um exemplo de destacamento cerâmico.
As degradações das pinturas são, na maioria das vezes, causadas pela falta
de qualidade do material ou por problemas na superfície em que a tintura foi
aplicada. Com isso, é necessário conhecer bem o produto que for utilizado, atender
as especificações e recomendações na hora de dissolver o produto, além de
verificar se a superfície que será trabalhada está apta para receber a tintura. As
patologias relacionadas a pintura podem aparecer como descascamento, que ocorre
quando a pintura é feita sobre a superfície empoeirada ou pelo reboco que não foi
lixado e delimitado corretamente, ou em forma de mofos ou eflorescência, que
ocorre quando a tintura é feita sobre a superfície úmida (REBELLO, 2000). A figura
2.3 apresenta um tipo de manifestação patológica na pintura.
18
PEÇAS MAIS
TIPO DE FISSURA CONFIGURAÇÃO TÍPICA
SUJEITAS
Inclinada, sem
Recalque
afastamento da região
diferencial da Paredes/vigas
que menos recalcou;
fundação
Abertura variável.
Mais inclinadas junto ao
apoio, verticalizando-se
em direção ao meio do
Cisalhamento Qualquer elemento vão; Abertura variável,
desaparecendo ao atingir
a região comprimida da
peça.
Perpendiculares à direção
Qualquer elemento da carga de tração,
Tração tracionado seccionando a seção
longitudinalmente. transversal; mais
fechadas juntos as
armaduras
Perpendiculares à direção
Tração Peças de suporte da reação de apoio das
peças apoiadas
indiretamente.
Tabela 2.2: Forma como as manifestações patológicas se apresentam de acordo com a abertura.
Adaptado da fonte: Correia (2013).
20
Segundo Helene (1992) trincas nas calçadas pode ser um fenômeno que tem
por influencia o uso inadequado do concreto, ou seja, na falha da preparação,
inclusive a definição do traço do concreto (fator cimento, areia e água), podem
influenciar no excesso de umidade ou retração por secagem, uma vez que esses
fatores podem gerar as rachaduras do concreto nas calçadas. Também é importante
respeitar o processo de cura do concreto, que é o processo em que o mesmo deve
ficar isolado das intempéries como sol e chuva, com um tempo de sete dias.
21
A partir disso, é possível compreender que, para que uma estrutura funcione
por completo, é preciso que todos os materiais trabalhem juntos com o mesmo
intuito: manter a estabilidade da estrutura e impedir que os agentes internos e
externos entrem em contato para garantir a vida útil da edificação. Quando um
desses materiais não trabalham da forma que foram pensados para trabalhar,
compromete a estrutura gerando insegurança aos usuários.
Em suma, a necessidade de mudança é iminente; com projetos mais
adequados e a fiscalização da execução podem ser a base para que patologias não
sejam corriqueiras na construção civil. Ambientes como edifícios devem ser muito
bem projetados e executados para que suporte a quantidade de pessoas que irão
frequentar o local. Souza (1998) diz que a presença de um responsável técnico é de
suma importância para o acompanhamento da obra, uma vez que este tem o
conhecimento técnico para poder resolver imprevistos corriqueiros, além de saber
fazer a escolha de materiais que prezem por resistência, segurança e durabilidade.
24
Má utilização Outros
pelo usuário 7%
11%
Falha de Projeto
45%
Má qualidade dos
materiais
15%
Falha de Execução
22%
fontes externas atuam sobre o concreto e diminuem sua alcalinidade e quebra sua
película protetora.
O ensaio de cobrimento oferece resultados sobre quanta camada de concreto
ainda resulta na estrutura de concreto. O cobrimento do concreto é de acordo com a
classe de agressividade do ambiente, definido pela norma NBR 6118:2014. A tabela
2.4 informa o cobrimento necessário de acordo com a classe de agressividade
ambiental, tipo de estrutura e tipo de componente estrutural.
19
2
DURABILIDADE
3 4 5
Mecanismos de transporte
8 9
Deterioração do Deterioração da
concreto armadura
10 11 12
20
DESEMPENHO 15 16
13
Rigidez Condição
Resistência superficial
14 18
Segurança Aparência
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Existe todo um estudo por trás de todas normas para poder especificar com
garantia e segurança os valores numéricos para a vida útil das estruturas, um
serviço bastante complexo e de muita responsabilidade pois será este conteúdo que
irá definir os aspectos necessários para as construções (AZEREDO, 1987).
Tabela 4.2: Cobrimento de acordo com o tipo de estrutura, elemento estrutural e classe de
agressividade ambiental.
Fonte: ABNT NBR 6118:2014.
37
Esse tipo de corrosão ocorre com o caso em estudo, ou seja, todas as barras
de aço do pilar estão infectadas com corrosão generalizada, uma vez que apresenta
o aspecto todo rugoso. Outro tipo de corrosão que pode estar atuando nessa
estrutura é a corrosão por tensão fraturante, que, segundo Gentil (2003) acontece ao
mesmo tempo com uma tensão de tração na armadura, que dará início à
propagação de fissuras nas barras de aço, pode acontecer tanto em estruturas de
concreto protendido como em estruturas de concreto armado. Ambientes que
contém altas taxas de cloretos com níveis de tensão altos tem a velocidade de
propagação da corrosão por tensão fraturante e em algumas situações podem
acontecer casos muito preocupantes.
O processo de recuperação de uma estrutura que foi afetado por algum tipo
de manifestação patológica não é feito de maneira rígida, são vários procedimentos
que podem ser utilizados, irá depender da gravidade e o tipo de manifestação, ou
seja, é uma ação muito singular e depende de cada componente. O pré-requisito
para a escolha do método de recuperação irá depender de elementos como a
viabilidade de acesso ao local de reparo, fatores econômicos e as técnicas que
podem ser variantes de acordo com cada caso. A situação torna-se mais complicada
em casos de estruturas deterioradas por corrosão de armaduras, visto que se
ocorreu essa manifestação patológica tudo indica que o ambiente em que a
43
estiver manipulando o elemento deverá ter certeza que o elemento está totalmente
limpo e livre de resquícios de corrosão, a limpeza deverá ser feita com produtos à
base de zinco. Os produtos com presença de zinco atuam como ânodo de
sacrifícios, que protege as barras de aço contra as reações deletérias. Em casos de
reparos generalizados são utilizados os mesmos passos do procedimento anterior,
desde que o intuito é remover concretos contaminados de maneira preventiva.
Esse tipo de metodologia é a mais utilizadas pelos profissionais pois o método
de execução é muito conhecido no meio da construção civil, pode-se dizer que
obtêm resultados satisfatórios quando é feito da maneira correta. O mais importante
na recomposição estrutural é restaurar a proteção das armaduras para que suas
propriedades físicas não sejam mais afetadas pelos agentes corrosivos e restaurar
as características estéticas da peça estrutura (GOMIDE, 2006). A imagem 4.5
mostra as atividades ideais no momento de recuperação da peça estrutural.
da linha de corte, uma etapa que exige muita atenção para que a estabilidade da
estrutura não seja atingida e que problemas com mais gravidade venham a
acontecer por causa dessa etapa. A designação da área que será cortada é feita
através de um estudo prévio de inspeção. A imagem 4.6 e 4.7 apresenta a
delimitação de uma área de reparo de estrutura em concreto armado.
Caso se opta por terceirizar essa operação, é preciso tomar muitos cuidados,
principalmente sobre o modelo e tipo de equipamento, uma vez que alguns
46
Figura 4.9: Remoção dos agentes corrosivos com escova de cerdas de aço.
Fonte: Ribeiro (2014).
uma medida temporária, mas que se for executada adequadamente pode ser muito
eficaz.
No entanto, de acordo com Helene (1992), a aplicação dessas atividades não
é muito realizada na construção civil pois é necessário mão-de-obra qualificada para
execução e que entenda todos os detalhes para que funcione de forma eficaz, além
de utilizar materiais e equipamentos que devem ser rigorosamente escolhidos.
A fase de revestimento das armaduras tem como base isolar a estrutura dos
agentes agressivos por meio de barreiras físicas, o que controla o acesso de
umidade e oxigênio da armadura. A principal ferramenta para proteção das barras
metálicas é a pintura, uma vez que esse material forma uma película que pode
funcionar como capa protetora para a armadura. O material mais adequado para
essa função são as tinas epoxídicas ricas em zinco, esse material funciona como
ânodo de sacrifício, o que auxilia na durabilidade do aço. Esse processo também
exige mão-de-obra especializada para que o profissional tenha o conhecimento
técnico e controle de qualidade dos materiais, além de conhecer qual o tipo de
processo corrosivo que está afetando a estrutura para que todo o processo seja
realizado com eficácia (HELENE (1992).
O revestimento da armadura trata-se de um processo bastante detalhista, ou
seja, qualquer etapa que for feita de forma inadequada afetará à qualidade de todo o
serviço e irá gerar consequências em toda a estrutura. A etapa de revestimento é a
que irá fazer toda a barreira física da armação, ou seja, irá isola-la dos agentes
agressivos, além de fazer o controle do acesso de umidade e oxigênio das barras de
aço. Esse processo consiste na pintura das barras de aço, pode ser através de um
produto liquido ou em pó, que tem a função de criar uma película protetora
(RIBEIRO, 2014).
Para garantir a durabilidade dos componentes metálicos, as pinturas
epóxidicas são muito recomendadas para tratamento superficial, ele funciona de
forma como ânodo de sacrifício e protege a estrutura. Esse processo demanda de
qualificação da mão-de-obra, além de todo o controle de qualidade para que o
procedimento seja realizado de forma satisfatória (RIBEIRO, 2014).
Caso haja qualquer descuido durante a etapa de revestimento, Helene (1992)
informa que poderá ocorrer graves consequências e perder todo o trabalho feito
interiormente, deve haver um cuidado durante a etapa de aplicação, controle do
horário entre as demãos de pinturas e mistura correta dos componentes até que
52
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
AZEREDO, Hélio Alves. Edifício e seu acabamento. - São Paulo: Edgard Blücher,
1987.
Santos, Joelson Costa dos, 1976.
Manifestações patológicas na construção civil com ênfase nos
causadores de corrosão nas armaduras com medidas de proteção
e correção/ Joelson Costa dos Santos. – Paripiranga, 2021.
58 f.: il.
Orientador: Profº. Alberto Brigeel Noronha de Menezes.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia
Civil) – UniAGES, Paripiranga, 2021.
1. Concreto armado. 2. Degradação da estrutura. 3.
Recuperação. I. Título. II. UniAGES.