Oficina - A História Das Coisas - Eja
Oficina - A História Das Coisas - Eja
Oficina - A História Das Coisas - Eja
Material do aluno
Esta oficina tem como objetivo proporcionar reflexões sobre a história das coisas que usamos em
nosso dia a dia. Por meio dela você refletirá sobre a exploração dos recursos naturais, a poluição
causada pela produção industrial, a distribuição e o consumo dos produtos industrializados e a
produção de lixo na sociedade contemporânea. Esperamos que ao final dessas atividades se sinta
apto para:
Perceber que a ação humana produz vários impactos ambientais, refletindo criticamente
sobre os processos históricos responsáveis pela problemática atual.
Perceber que a ação humana traz resultados positivos e negativos à paisagem para propor
intervenções solidárias ambientalmente corretas.
Bom trabalho!
Após assistir ao documentário, reúna-se com seus colegas de classe, em grupos, e responda às
seguintes questões:
1-) Discuta, em grupo, quais foram os assuntos tratados no documentário A História das Coisas e,
depois, escreva, no espaço abaixo, os cinco principais temas abordados no audiovisual, na opinião do
grupo:
1. ___________________________________
2. ___________________________________
3. ___________________________________
4. ___________________________________
5. __________________________________
Qual é o principal tema tratado na tirinha que você acabou de ler? Como esse assunto foi tratado no
documentário A História das coisas? O que foi falado a respeito dele? Justifique sua resposta.
3-) Considere o desenho a seguir, que é um esquema da chamada “economia dos materiais”:
Partindo da lista de palavras, complete as lacunas do esquema abaixo com o nome de cada uma das
cinco etapas desse sistema:
Palavras:
Tratamento do lixo
Extração
Distribuição
Consumo
Produção
4-) De acordo com Annie Leornard, apresentadora do documentário, no momento atual, o sistema
da economia dos materiais estaria em crise. Você concorda com ela? Justifique sua resposta dando
exemplos ligados ao espaço geográfico em que você e seus colegas moram.
5-) Ao longo do documentário, as cincos etapas da economia dos materiais foram discutidas e
questionadas. Partindo do que foi tratado escreva dois ou mais impactos negativos da ação humana
que se relacionam com cada etapa dessa economia:
6-) Segundo o documentário A História das coisas, a produção das coisas que usamos faz uso de
produtos químicos que expõem trabalhadores das indústrias e consumidores às toxinas prejudiciais à
saúde humana. Partindo dessa análise, responda às seguintes perguntas:
b) Porque boa parte dos consumidores consomem produtos que os expõem à toxinas?
c) Liste duas indústrias que existam na região em que você mora, colocando também o tipo de
produto que elas produzem e os tipos de poluição por elas geradas:
Para ajudá-lo a refletir sobre essas questões, faça, individualmente, o teste abaixo:
1. Na sua casa:
( ) A - Você não desliga a torneira enquanto ensaboa a louça ou escova os dentes.
( ) B - Quando se lembra da importância de se economizar a água, mantém a torneira fechada
enquanto ensaboa a louça ou escova os dentes.
( ) C - Sempre mantém a torneira fechada enquanto ensaboa a louça ou escova os dentes.
2. Na sua casa:
( ) A - As válvulas das privadas são daquelas convencionais e você não pretende trocá-las.
( ) B - As válvulas das privadas são daquelas convencionais, mas você pretende trocá-las quando for
possível.
( ) C - Todas privadas são equipadas com caixa acoplada ou válvula que utilizam apenas 6 litros.
ALIMENTOS
1. Você:
( ) A - Compra apenas alimentos convencionais.
( ) B - Compra alimentos orgânicos quando é possível.
( ) C - Compra alimentos orgânicos e, na falta de algum produto, dá preferência aos produtos
convencionais da estação (que necessitam de menos agrotóxicos).
2. Na sua casa:
( ) A - Muita comida é jogada fora, pois apodrece antes de ser consumida. Cascas e talos vão todos
para o lixo.
( ) B - Você já conseguiu reduzir a quantidade de comida que vai pro lixo, planejando melhor as
compras. Mas ainda joga coisa fora, pois compra coisas por impulso.
( ) C - Comida não se joga fora. Você compra frutas, verduras e legumes a granel e apenas aquilo que
vai ser utilizado. É expert em receitas que aproveitam cascas e talos.
LIXO E RECICLAGEM
1. Na sua casa:
( ) A - Você não separa o lixo.
( ) B - Você separa os materiais recicláveis, encaminhando-os para a reciclagem, mas não lava as
embalagens sujas ou joga as embalagens sujas no lixo comum.
( ) C - Você separa todos os materiais recicláveis, dando uma lavada (com a água que você lava louça)
nas embalagens recicláveis que estão sujas e encaminhando o material separado para os projetos de
coleta seletiva ou doando para catadores.
2. Na hora de comprar:
( ) A - Você escolhe os produtos, independente se eles tem embalagens desnecessárias ou se elas são
recicláveis ou não.
( ) B - Você evita produtos com embalagens desnecessárias e dá preferência à produtos, cujas
embalagens sejam recicláveis.
( ) C - Você evita produtos com embalagens desnecessárias e dá preferência à produtos, cujas
embalagens são recicláveis. E, ainda, liga para o SAC (Serviço de Atendimento Consumidor) das
empresas questionando o que fazer com as embalagens que não são recicláveis ou que são
recicláveis, mas não são aceitas pelos catadores ou programas de reciclagem.
TRANSPORTE
1. Você:
( ) A - Usa o carro para ir à qualquer lugar, mesmo para pequenas distâncias.
( ) B - Às vezes, evita usar o carro, mas na maioria das vezes não consegue mudar o hábito e acaba
usando-o até para distâncias curtas.
( ) C - Sempre que possível, pega carona, anda à pé ou utiliza transporte público.
RESPOSTA DO TESTE
Para saber que tipo de consumidor você é, some as respostas de cada letra (A, B e C):
Maioria de respostas "c": Parabéns, você é um consumidor cidadão! Continue assim, procure
sempre melhorar os seus hábitos de consumo e ajude a conscientizar aqueles que estão a sua volta:
amigos, parentes, colegas de trabalho.
Maioria de respostas "B": Você parece ser um consumidor consciente, mas ainda pode melhorar
bastante. Não basta ser consciente, é preciso mudar de fato os hábitos de consumo. Você está no
caminho certo, apenas acelere o passo.
Maioria de respostas "A": Você é definitivamente um consumidor alienado, mas calma: nunca é
tarde para mudar. Reflita sobre os impactos sociais e ambientais dos seus hábitos de consumo e
comece a mudança já!
Ao ponderar sobre os impactos ambientais das ações humanas, é importante que você tenha claro
que o ser humano é o único animal que modifica intencionalmente a natureza e produz, por
intermédio do trabalho, aquilo de que necessita para a sua sobrevivência: alimentação, moradia, etc.
Ao fazer isso, está fazendo história, na medida em que está criando condições para produzir e
reproduzir a existência humana, modificando os lugares, os objetos e a natureza, ao mesmo tempo
em que se modifica e se desenvolve. Ele não faz isso sozinho, pois vive e trabalha em grupo,
estabelecendo relações sociais. Assim, o que agride a natureza também agride o homem.
Pois bem, o texto a seguir, denominado “além do preço e da marca” nos levará a pensar em algo
mais, quando vamos escolher um determinado produto para o nosso consumo diário. Como o
consumidor deve agir para ser considerado responsável? Quais práticas contra o meio ambiente são
condenáveis e devem ser denunciadas? Vamos discutir sobre isto com os nossos alunos?
Na hora de pegar este ou aquele produto na gôndola do supermercado, o que pesa em sua decisão?
Preço mais baixo, melhor qualidade, tradição da marca, preferência familiar? Em geral, são esses os
fatores que costumam ser levados em conta no instante da compra. Mas há um fenômeno novo que
desafia esse padrão: são os consumidores preocupados com o comportamento da empresa que
produziu determinado produto.
Já não são poucos os que fazem suas escolhas se perguntando se aquela companhia respeitou
direitos humanos e trabalhistas; se sua cadeia de produção segue normas de preservação ambiental
e boas práticas empresariais. Se é ética quando faz publicidade. Ou até se está comprometida com a
geração de empregos.
Essa mudança nos padrões de consumo, que ganhou força na segunda metade do século 20, quando
os consumidores passaram a se organizar em grupos independentes para defender seus direitos, já
gerou efeitos nas empresas. Não são poucas as que adotaram um ideal conhecido como
“responsabilidade social”, que fundamenta práticas cujo fim não é apenas o lucro.
Foi pensando em estimular esse “consumo engajado” que o Idec acaba de lançar o Guia de
Responsabilidade Social para o Consumidor, um livreto de 22 páginas com um painel sobre o
movimento mundial de consumidores e sua articulação do Brasil.
Empresas conscientes
“O consumidor mais atento e informado já
percebe as relações de seu nível de consumo
e os efeitos disso no plano social, econômico
e ambiental. Isso torna as empresas mais
conscientes e preocupadas com os valores
que ela propaga com seus produtos e
marketing”, afirma Marilena Lazzarini,
coordenadora institucional do Instituto
Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec),
com 17 anos de trabalho e militância na
área.
Disponível em:
http://eja.sb2.construnet.com.br/cadernosdeeja/qualidadedevidaconsumoetrabalho/qv_txt1.php?acao3_cod0=ebcabfdddeade6b9525d12
1f1c761080
Acesso em 10 de jun. 2011
Finalizando
Nem sempre foi assim, mas hoje escolher decidir, saber dos seus direitos e deveres são tarefas de
qualquer consumidor. No entanto, temos ainda um longo caminho a percorrer para nos tornarmos
uma sociedade de consumidores conscientes. Um consumidor responsável exercita a reflexão crítica
e adota práticas coerentes. Suas escolhas levam posicionamentos éticos, ecológicos, econômicos e
sociais. Isto implica nos debruçarmos sobre algumas questões básicas, entre outras, sempre que
vamos às compras: esse produto ou serviço é mesmo necessário? É econômico? Não-poluente? É
reciclável? Seus ingredientes ou componentes são obtidos respeitando-se a preservação do meio
ambiente e da saúde humana? Ele é seguro? A empresa respeita os direitos dos seus trabalhadores?
Dos consumidores? Consumindo este produto eu contribuo para a construção de uma sociedade
justa e sustentável?
A seguir, disponibilizamos um texto que traz dicas claras e objetivas de ações que certamente farão
de você um consumidor mais consciente:
Renato Pompeu
O Brasil e o mundo produzem diariamente verdadeiras
cordilheiras de lixo. Segundo as estatísticas ambientais,
cada habitante do país joga no lixo em média um quilo
de resíduos a cada dia, o que representa perto de 180
mil toneladas. E só 10 por cento dos mais de 5 mil
municípios brasileiros dispõem de aterros sanitários e
uma proporção ainda menor conta com usinas de
tratamento e purificação; na esmagadora maioria dos
casos toda essa sujeira vai parar em lixões a céu aberto,
com substâncias tóxicas que, atingindo diretamente as
populações vizinhas, são levadas pelos rios e córregos e
pelos ventos a regiões distantes, afetando
praticamente todos os habitantes do país.
Para combater essa situação, os ecologistas propõem
os 3Rs, ou RRR, mas não são Ronaldo Fenômeno,
Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo, como na Seleção
pentacampeã mundial de 2002, e sim representam as
palavras Reduzir, Reciclar e Reutilizar.
REDUZIR
Os restos de comida, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos
Especiais, constituem metade do lixo doméstico. Assim, basta reduzir o desperdício de alimentos nos
lares brasileiros para não só diminuir drasticamente o volume de lixo, como também disponibilizar
comida para os mais carentes, os desnutridos e famintos. Também as embalagens constituem perto
de 45% do lixo nas cidades maiores, e aqui igualmente caberia uma redução significativa, se os
estabelecimentos comerciais voltassem a utilizar vasilhames retornáveis e a vender a granel
alimentos e outros artigos, conforme ainda ocorre em muitas feiras-livres.
RECICLAR
Como já acontece com os papéis e as garrafas de plástico PET, além de objetos de madeira e metal, é
possível, com procedimentos técnicos de transformação, reaproveitar grande parte dos materiais
hoje descartados. Convém notar que existe, principalmente em países europeus, o “fair trade”
(“comércio justo”) que são redes de consumidores que utilizam, por exemplo, só papéis reciclados,
ainda que eles sejam mais caros.
REUTILIZAR
Além dos vasilhames retornáveis, a reutilização envolve pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes,
que, quando já usadas, não devem ser jogadas no lixo, inclusive por conterem substâncias altamente
tóxicas, e sim devolvidas aos pontos de venda, que se encarregarão de encaminhá-las aos
fabricantes, que poderão utilizar pelo menos parte de seus componentes.
Aproveite
• Os restos orgânicos de seu lixo para fazer
adubos para vasos, jardim, horta e pomar (veja o
quadro).
• Verifique pelo menos uma vez por semana a
calibragem dos pneus do seu carro.
• Reutilizando os restos de comida.
Disponível em:
http://eja.sb2.construnet.com.br/cadernosdeeja/meioambienteetrabalho/mat_txt1.php?acao3_cod0=078abb213cd243a04e78ba839d2f480b
Acesso em 10 de jun. 2011