Aula 01 - Compreensão e Interpretação de Textos - Prof. Luana Porto
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Língua Portuguesa
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Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para
Concursos Públicos e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso,
recomenda-se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.
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Compreensão: Interpretação:
- Análise e decodificação do que está - Conclusões do leitor com base no
escrito no texto texto
- Objetividade analítica - Análise reflexiva
- Observação e elementos linguísticos - Observação a elementos
linguísticos e extralinguísticos
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Texto 2
Na prova de língua portuguesa, a leitura é cobrada praticamente por todas as bancas. Para isso,
é preciso desenvolver:
a) Habilidade de ler: exige compreensão do tema, das ideias principal e secundárias do texto;
b) Conhecer os traços dos textos: implica identificar como o texto é construído e que
estratégias discursivas adota;
c) Conhecer os gêneros: requer identificação dos traços de intencionalidade e composição
de cada estrutura participar de escrita (carta, ofício, meme, cartum etc);
d) Identificar a tipologia textual: associa-se à identificação da fora geral de estruturação do
texto (narração, descrição, dissertação, argumentação, injunção, etc)
e) Identificar a estrutura dos textos: requer a compreensão da forma como se dá a
progressão temática do texto e das partes que o constituem;
f) Apreender a intencionalidade do texto: implica identificar o objetivo de comunicação do
autor do texto bem como a sua intenção ao produzir o texto;
g) Analisar aspectos linguísticos e semânticos do texto: associa-se à análise de termos que
estabelecem coesão e coerência ao texto, assim como ao emprego de palavras, seu
sentido no texto e possibilidade de inserção, retirada ou mudança de expressões em um
dado enunciado.
Habilidade de ler: exige compreensão do tema, das ideias principal e secundárias do texto.
Ler significa atribuir sentido ao texto. Para desenvolver uma leitura adequada, é preciso
conseguir responder à pergunta essencial sobre o texto: O que o texto quer dizer?
Para isso, algumas ações de leitura fundamentais:
a) Avaliar o contexto de produção: Quem escreveu o texto? Em que veículo foi publicado?
Quanto foi publicado?
b) Identificar conhecimento prévio sobre o tema;
c) Relacionar as informações novas do texto às conhecidas;
d) Marcar em cada parte do texto a informação ou ideia essencial.
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ATENÇÃO
Conhecer os traços dos textos: implica identificar como o texto é construído e que estratégias
discursivas adota.
Conhecer os gêneros: requer identificação dos traços de intencionalidade e composição de cada
estrutura participar de escrita (carta, ofício, meme, cartum etc).
Identificar a tipologia textual: associa-se à identificação da fora geral de estruturação do texto
(narração, descrição, dissertação, argumentação, injunção, etc).
ATENÇÃO
A resposta para essas perguntas deve ser amparada em alguns procedimentos que
contribuem para melhor compreensão do texto:
Observar palavras de
Acionar conhecimento Destacar partes
coesão no texto e seu
prévio importantes do texto
sentido
Exemplo:
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Essas outras vozes citadas pelo autor podem ser vozes de concordância com seus
posicionamentos ou de discordância. E isso pode estar explícito ou não no texto.
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Exemplo:
Desde os anos 1988, o Brasil assegura, por meio de sua Carta Magna, que
todos são iguais perante a lei, independentemente de cor, sexo, religião,
gênero. Entretanto, essa prerrogativa legal não tem sido vivenciada por um
Apresentação
grupo social: os negros. Estes ainda são objeto de zombaria e discriminação do tema e do
que mostra que o país não é uma nação tão cordial como inicialmente se ponto de vista
atestou. Aqui, matam- se mais negros do que brancos, há mais vagas para do autor do texto
estes em detrimento daqueles e, ainda, os descendentes africanos têm
menos espaço no mercado de trabalho embora sejam maioria na sociedade
brasileira. Tais observações são sinal claro de que os direitos legais não são
assegurados à parcela dos negros brasileiros, o que provoca marginalização
social e, também, fortalecimento do racismo.
Nessa perspectiva, é notório que o Brasil não tem conseguido dar à sua
população negra condições de vida dignas. Mesmo com a lei de cotas, que Referência a
possibilitou a entrada de mais negros e, também, pobres em universidades dados de
pesquisa
e concursos públicos, ainda é menor o espaço deles em postos de trabalho,
assim como lhes é dificultada a formação qualificada, pois, infelizmente, a
maioria da população negra é pobre. E, quando se associam pobreza e cor,
Inserção de
o quadro se torna mais desigual, pois dados do Mapa da violência de 2015 ideia de outro
atestam que a maioria dos crimes de homicídio no Brasil e cometida contra autor
pessoas negras.
Tal dado sinaliza o negro no Brasil é vítima de discriminação e exclusão
social, o que permite compreender que ele vive uma situação de “cidadania
Concordância
de papel”. Este termo, usado pelo sociólogo José Antônio Segatto, aponta autor do texto
para a ideia de que o país é palco de desigualdades sociais gritantes e com o citado
descumprimento – inclusive por parte do Estado – de leis fundamentais,
como a que garante que todos no país devam ser tratados como iguais.
A posição do autor é muito clara e adequada para se “ler” a realidade brasileira marcada por
exclusões e discriminações. Logo, fazer cumprir a lei assim dignificar a condição de ser negro
no país é medida que se impõe como urgente para que a cidadania possa ser real e não
ficcional.
Os textos que são apresentados na prova de língua portuguesa podem ser de vários tipos,
propósitos, formas:
textos técnico-
textos literários
científicos entrevistas texto verbo-visuais
prosa
- fragmentos de - tema geral - tema geral
verso ensaios, livros, artigos
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Textos literários: exploram linguagem conotativa e a função poética da linguagem, assim como
a ficcionalidade e a subjetividade; adotam a plurissignificação.
Exemplo:
(...)
Às vezes eu falo com a vida
Às vezes é ela quem diz
Qual a paz que eu não quero
Conservar para tentar ser feliz
As grades do condomínio
São para trazer proteção
Mas também trazem a dúvida
Se é você que está nessa prisão
Me abrace e me dê um beijo
Faça um filho comigo
Mas não me deixe sentar
Na poltrona no dia de domingo.
(...) O Rappa. Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero). In: Álbum Lado B Lado A. Warner Music
Group, 1999 (com adaptações).
Texto constante na prova para Delegado de Polícia. CESPE - 2018 - PC-SE
Exemplo:
As crianças de hoje estão crescendo numa nova realidade, na qual estão conectadas mais a
máquinas e menos a pessoas, de uma maneira que jamais aconteceu na história da humanidade.
A nova safra de nativos do mundo digital pode ser muito hábil nos teclados, mas encontra
dificuldades quando se trata de interpretar comportamentos alheios frente a frente, em tempo
real. Um estudante universitário observa a solidão e o isolamento que acompanham uma vida
reclusa ao mundo virtual de atualizações de status e “postagens de fotos do meu jantar”. Ele
lembra que seus colegas estão perdendo a habilidade de manter uma conversa, sem falar nas
discussões profundas, capazes de enriquecer os anos de universidade. E acrescenta: “Nenhum
aniversário, show, encontro ou festa pode ser desfrutado sem que você se distancie do que está
fazendo”, para que aqueles no seu mundo virtual saibam instantaneamente como está se
divertindo. De algumas maneiras, as intermináveis horas que os jovens passam olhando
fixamente para aparelhos eletrônicos podem ajudá-los a adquirir habilidades cognitivas
específicas. Mas há preocupações e questões sobre como essas mesmas horas podem levar a
déficits de habilidades emocionais, sociais e cognitivas essenciais. Adaptado de: GOLEMAN,
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Daniel. Foco: a atenção e seu papel fundamental para o sucesso. Trad. Cássia Zanon. Rio de
Janeiro, Objetiva, 2013, p. 29-30)
Texto constante na prova para Técnico do judiciário - FCC - 2017 – TER – SP
Exemplos:
Texto 1
O século XX deixou um legado inegável de questões e impasses. Para o grande historiador Eric
Hobsbawm, neste livro Era dos Extremos − o breve século XX − 1914-1991, esse século foi breve
e extremado: sua história e suas possibilidades edificaram-se sobre catástrofes,
incertezas e crises, decompondo o que fora construído no longo século XIX.
Hobsbawm divide a história do século XX em três “eras”. A primeira, “da catástrofe”, é marcada
pelas duas grandes guerras, pelas ondas de revolução global em que o sistema político e
econômico da URSS surgia como alternativa histórica para o capitalismo e pela virulência da
crise econômica de 1929. Também nesse período os fascismos e o descrédito das democracias
liberais surgem como proposta mundial.
A segunda “era” são os anos dourados das décadas de 1950 e 1960 que, em sua paz congelada,
viram a viabilização e a estabilização do capitalismo, responsável pela promoção de uma
extraordinária expansão econômica e profundas transformações sociais. Por fim, entre 1970 e
1991, dá-se o “desmoronamento” final, em que caem por terra os sistemas institucionais que
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Texto 2
Um dos hábitos de Churcill era o de pintar telas a óleo como hobby, hábito que ele levou muito
a sério. Especialistas veem em seus quadros influências de Monet, Turner e Van Gogh. Para ele,
ainda que representasse diversão ou evasão da realidade, a arte era fundamental.
E como tinha língua afiada e pena precisa, ele mesmo escreveu a respeito de seu interesse
pelas artes plásticas: “A pintura é uma amiga que não faz exigências desmedidas, que não
incita a buscas exaustivas, que mantém marcha constante ainda que a passos lentos, e que
ergue sua tela como uma cortina entre nós e o olhar invejoso do tempo”.
Texto argumentativo
Não basta informar sobre o tema;
É preciso mostrar ponto de vista sobre o que solicitado, enfim, justificar ideias e proposições
Exemplo:
Texto 1
A voz das celebridades
A propósito dos modismos jornalísticos: na ânsia de surpreender o leitor, houve a voga de colher
opiniões de figuras públicas sobre assuntos que fugiam às suas especialidades. Botar o cirurgião
célebre, por exemplo, para falar de arte cinematográfica, ou o jogador de futebol para comentar
uma portaria do Banco Central. Quem vamos ouvir sobre este assunto? − perguntava-se nas
redações, em sôfrega procura pelo enfoque “original”. Logo se destacaram, no picadeiro
midiático, umas tantas figuras sempre prontas a deitar falação sobre o que quer que fosse. A tal
ponto que um dia, na revista em que trabalhava, resolveu-se juntar os falastrões numa só
matéria, onde se expusessem ao ridículo. O que se viu foi um economista palpitando sobre balé
e um bailarino a discursar sobre finanças. Deu a maior confusão, naturalmente. Mas a matéria
deixou exposto um modismo jornalístico inaceitável. (Adaptado de: WERNECK, Humberto. Esse
inferno vai acabar. Porto Alegre, Arquipélago Editorial, 2011, p. 102-103)
Texto constante na prova: FCC - 2018 - SEGEP-MA - Analista Executivo - Programador de
Sistemas
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Texto 2
Veja:
Texto 1
O patrimônio histórico de uma nação registra informações sobre a cultura, o povo, a formação
do país e é a principal memória física a ser resguardada. Nesse sentido, em alguns países, existe
política pública capaz de fomentar a preservação de museus, bibliotecas e memoriais sob pena
de não se perder a história de uma sociedade inteira.
Texto 2
O patrimônio histórico de uma nação registra informações sobre a cultura, o povo, a formação
do país e certamente é a principal memória física a ser resguardada. Tal cuidado deve ser
prioritário porque a omissão em relação à preservação da história de um povo impede a
compreensão de sua formação, de suas possibilidades de desenvolvimento social e cultural e,
sobretudo, de construção de uma memória sobre a própria identidade e evolução da pátria.
Nesse sentido, é imperativo haver política pública capaz de fomentar a preservação de museus,
bibliotecas e memoriais sob pena de não se perder a história de uma sociedade inteira.
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Operadores argumentativos
• Operadores que assinalam o argumento mais forte em uma escala, e que levam ao
sentido de conclusão: INCLUSIVE - ATÉ MESMO – ATÉ – MESMO – AO MENOS – PELO
MENOS – NO MÍNIMO
Exemplo:
Os entraves para a expansão da adoção de crianças e adolescentes no Brasil envolvem tanto
questões de ordem burocrática quanto culturais. Isso porque há muitos documentos e fases para
se concluir uma adoção no país e preconceitos contra perfil de crianças que tornam mais difícil
sua inserção em uma família nova. Nesse sentido, o poder público deve atuar de forma mais
efetiva para viabilizar a adoção e pode, até mesmo, avaliar a possibilidade de flexibilizar regras
para facilitar essa prática.
Exemplo:
Os entraves para a expansão da adoção de crianças e adolescentes no Brasil envolvem tanto
questões de ordem burocrática quanto culturais. Isso porque há muitos documentos e fases para
se concluir uma adoção no país e preconceitos contra perfil de crianças que tornam mais difícil
sua inserção em uma família nova, como a predileção por crianças pequenas e brancas. Além
disso, outro impeditivo é a existência de crianças com vários irmãos para adoção e a busca por
famílias que possam adotar todos para favorecer a manutenção de vínculos entre eles, o que
torna mais escasso o perfil dos habilitados a adotar.
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Exemplo:
Os entraves para a expansão da adoção de crianças e adolescentes no Brasil envolvem tanto
questões de ordem burocrática quanto culturais. Isso porque há muitos documentos e fases para
se concluir uma adoção no país e preconceitos contra perfil de crianças que tornam mais difícil
sua inserção em uma família nova. Por conseguinte, faz-se necessário instituir revisão da polícia
nacional de adoção a fim de favorecer que todo sujeito em desenvolvimento possa sair de abrigos
e ser acolhido em uma família nova.
Exemplo:
Os entraves para a expansão da adoção de crianças e adolescentes no Brasil envolvem tanto
questões de ordem burocrática quanto culturais. Isso porque há muitos documentos e fases para
se concluir uma adoção no país e preconceitos contra perfil de crianças que tornam mais difícil
sua inserção em uma família nova. Por conseguinte, faz-se necessário instituir revisão da polícia
nacional de adoção a fim de favorecer que todo sujeito em desenvolvimento possa sair de abrigos
e ser acolhido em uma família nova. Ou então, as casas de passagem de menores continuarão
lotadas e as crianças e adolescentes, à espera de pai ou mãe afetivos.
Exemplo:
Os entraves para a expansão da adoção de crianças e adolescentes no Brasil envolvem tanto
questões de ordem burocrática quanto culturais. Isso porque há muitos documentos e fases para
se concluir uma adoção no país e preconceitos contra perfil de crianças que tornam mais difícil
sua inserção em uma família nova. Mais do que rever as regras e o tempo do processo de
adoção, é preciso instituir uma cultura de conscientização para esse problema social a fim de
tornar a adoção não um tabu, mas, sim, uma prática desejada por muitas pessoas no país.
Exemplo:
Os entraves para a expansão da adoção de crianças e adolescentes no Brasil envolvem tanto
questões de ordem burocrática quanto culturais. Isso porque há muitos documentos e fases para
se concluir uma adoção no país e preconceitos contra perfil de crianças que tornam mais difícil
sua inserção em uma família nova.
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Exemplo:
Os entraves para a expansão da adoção de crianças e adolescentes no Brasil envolvem tanto
questões de ordem burocrática quanto culturais. Isso porque há muitos documentos e fases para
se concluir uma adoção no país e preconceitos contra perfil de crianças que tornam mais difícil
sua inserção em uma família nova. Por conseguinte, faz-se necessário instituir revisão da polícia
nacional de adoção a fim de favorecer que todo sujeito em desenvolvimento possa sair de abrigos
e ser acolhido em uma família nova. No entanto, não se observam ações do poder público nesse
sentido, o que indica um futuro sombrio para crianças e adolescentes que vivem em casas de
passagem à espera de uma nova família.
Exemplo:
Os entraves para a expansão da adoção de crianças e adolescentes no Brasil envolvem tanto
questões de ordem burocrática quanto culturais. Isso porque há muitos documentos e fases para
se concluir uma adoção no país e preconceitos contra perfil de crianças que tornam mais difícil
sua inserção em uma família nova. Em função disso, o poder público agora propõe uma revisão
da polícia nacional de adoção a fim de favorecer que todo sujeito em desenvolvimento possa sair
de abrigos e ser acolhido em uma família nova, ação ainda em estudo, mas que pode ser útil
para favorecer que milhares de crianças e adolescentes tenham a chance de viver em uma
família.
Relevo argumentativo
Modalizadores argumentativos
São elementos gramaticais ou lexicais que apontam determinadas atitudes e/ou posições
em relação a um conteúdo e/ou tema específicos abordados pelo autor em um texto
argumentativo.
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Veja exemplo de texto com e sem modalizador para avaliar a pertinência da observação a
modalizadores como marcadores de ponto de vista.
A adoção poderia ser ampliada no Brasil se Certamente, a adoção poderia ser ampliada no
houvesse diminuição de burocracia para fazê- Brasil se houvesse diminuição de burocracia
la. para fazê-la.
Verbos Adjetivos
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Observe verbos que podem ser empregados na redação para indicar a exposição de seu
ponto de vista sobre os temas:
Sentido de contrariedade Sentido de concordância
• contrariar • concordar
• afrontar • ratificar
• refutar • aceitar
• opor • acatar
• infringir • admitir
• estorvar • corroborar
• obstar • consentir
Exemplos:
• Para diminuir o número de crianças obesas, algumas medidas são adequadas.
• É necessário adotar medidas para diminuição do número de crianças obesas.
• A realidade das celas em grande parte do sistema carcerário brasileiro é vexatória, pois
coloca os apenados em situação degradante e desumana.
Nas provas de concurso, é comum a abordagem dos seguintes tópicos sobre compreensão e
interpretação textual:
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linguagem
palavra
verbal
linguagem não-
Texto imagem
verbal
linguagem palavra +
mista imagem
Exemplos:
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Texto constante na prova de língua portuguesa FGV - 2012 - PC-MA - Delegado de Polícia
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Vocabulário
• Sinônimos;
• Palavras pouco usuais;
• Vocabulário amplo.
Nível de linguagem
Níveis de
linguagem
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Exemplos:
Língua formal e culta
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Exemplo:
Trezentas onças
João Simões Lopes Neto
- Eu tropeava, nesse tempo. Duma feita que viajava de escoteiro, com a guaiaca
empanzinada de onças de ouro, vim varar aqui neste mesmo passo, por me ficar mais perto da
estância da Coronilha, onde devia pousar.
Parece que foi ontem!... Era por fevereiro; eu vinha abombado da troteada.
- Olhe, ali, na restinga, à sombra daquela mesma reboleira de mato, que está nos vendo,
na beira do passo, desencilhei; e estendido nos pelegos, a cabeça no lombilho, com o chapéu
sobre os olhos, fiz uma sesteada morruda.
Despertando, ouvindo o ruído manso da água tão limpa e tão fresca rolando sobre o
pedregulho, tive ganas de me banhar; até para quebrar a lombeira… e fui-me à água que nem
capincho!
Debaixo da barranca havia um fundão onde mergulhei umas quantas vezes; e sempre puxei
umas braçadas, poucas, porque não tinha cancha para um bom nado.
E solito e no silêncio, tornei a vestir-me, encilhei o zaino e montei.
Daquela vereda andei como três léguas, chegando à estância cedo ainda, obra assim de
braça e meia de sol.
- Ah!…esqueci de dizer-lhe que andava comigo um cachorrinho brasino, um cusco mui
esperto e boa vigia. Era das crianças, mas às vezes dava-me para acompanhar-me, e depois de
sair a porteira, nem por nada fazia cara-volta, a não ser comigo. E nas viagens dormia sempre
ao meu lado, sobre a ponta da carona, na cabeceira dos arreios.
Por sinal que uma noite...
Mas isto é outra cousa; vamos ao caso.
Durante a troteada bem reparei que volta e meia o cusco parava-se na estrada e latia e
corria pra trás, e olhava-me, olhava-me, e latia de novo e troteava um pouco sobre o rastro; —
parecia que o bichinho estava me chamando!... Mas como eu ia, ele tornava a alcançar-me, para
dai a pouco recomeçar.
- Pois, amigo! Não lhe conto nada! Quando botei o pé em terra na ramada da estância, ao
tempo que dava as — boas-tardes! — ao dono da casa, agüentei um tirão seco no coração...
não senti na cintura o peso da guaiaca!
Tinha perdido trezentas onças de ouro que levava, para pagamento de gados que ia
levantar. (...)
João Simões Lopes Neto. Contos gauchescos. 1912.
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Linguagem literária
Linguagem literária: empregada nos textos literários, marcada por plurissignificação, polissemia,
exploração de figuras de linguagem e conotação.
Exemplo:
Gíria
Gíria: estilo linguístico que está integrado à linguagem popular. Ela está relacionada ao cotidiano
de certos grupos sociais, em especial os estudantes, os esportistas e, também, os ladrões, por
exemplo. Utilizada como meio de expressão cotidiana, a gíria existe dentro de grupos para
diferenciá-los, pois só os inseridos naquele determinado contexto sabem o seu significado.
Linguagem técnica
Linguagem técnica: usada em textos técnicos, científicos, marcada por uso de vocabulário
específico de uma dada área.
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Exemplo:
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Denotação Conotação
é o significado estável de uma palavra, é um é constituída pelos elementos subjetivos que
elemento não subjetivo e analisável fora do variam de acordo com o contexto
contexto. comunicativo.
Exemplos:
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Amor é fogo que arde sem se ver (Luís de Camões) Sentido conotativo
Sentido conotativo
Para anotar/memorizar...
Denotação e conotação
Expressões similares:
• Sentido denotativo = sentido literal.
• Sentido conotativo = sentido figurado.
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Inferência
Exemplos:
João ainda não corrigiu as provas.
Inferência: ele deverá corrigir
Veja:
Pressuposto
Um pressuposto é uma ideia clara que pode ser presumida, que é possível supor.
É uma informação implícita.
É uma informação prévia, autorizada pelo texto, verdadeira, irrefutável.
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Atenção!
1) Os conteúdos veiculados em pressuposições correspondem, normalmente, a realidades
já conhecidas e admitidas pelo destinatário.
2) Informar o pressuposto é uma forma de explicitar o óbvio, o que está “dentro” do
enunciado.
Exemplo:
João parou de bater na mulher.
• Posto: João parou de bater na mulher
• Pressuposto: João batia na mulher.
Atenção!
EM SÍNTESE
Interpretação de texto
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Exemplo:
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notícia,
reportagem
romance, conto e
crônica;
poema, letra de
música;
petição,
depoimento etc.
Texto descritivo
É aquele texto que apresenta “as características de uma pessoa, de um objeto ou de uma
situação qualquer, inscritos em um certo momento estático do tempo” (FIORIN; SAVIOLI, 2007,
p. 297). Não apresenta, como o texto narrativo, uma mudança de estado de pessoas ou coisas.
Exemplo:
O que é Mediação?
A mediação é um processo voluntário que oferece àqueles que estão vivenciando uma situação
de conflito a oportunidade e o espaço adequados para conseguir buscar uma solução que atenda
a todos os envolvidos.
Na mediação as partes expor seu pensamento e terão uma oportunidade de solucionar questões
importantes de um modo cooperativo e construtivo. O objetivo da mediação é prestar assistência
na obtenção de acordos, que poderá construir um modelo de conduta para futuras relações, num
ambiente colaborativo em que as partes possam dialogar produtivamente sobre seus interesses
e necessidades.
Fonte: http://www.tjrj.jus.br/web/guest/institucional/mediacao/estrutura-administrativa/o-que-e-
mediacao . Acesso: 29 abr. 2020.
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Gêneros
que exploram a
descrição:
romance, conto
e crônica;
classificado
petição etc.
Texto dissertativo
É “o tipo de texto que analisa e interpreta dados da realidade por meio de conceitos
abstratos” (FIORIN; SAVIOLI, 2007, p. 298). Ao explorar conceitos abstratos, o texto dissertativo
referência o mundo real através de “conceitos amplos, de modelos genéricos, muitas vezes
abstraídos do tempo e do espaço” (FIORIN; SAVIOLI, 2007, p. 299). O texto dissertativo é
bastante frequente em discursos da ciência e da filosofia.
Exemplo:
Ócio: coligado à produção
O que dentro da Idade Contemporânea é visto, muitas das vezes, com olhos negativos,
como procrastinação e improdutividade, para filósofos gregos, como Aristóteles, o ócio era
entendido como o estado de um indivíduo livre da necessidade de trabalhar. Para eles, o trabalho
era muitas vezes visto como expressão da miséria humana, e por isso era desprezado pela elite,
deixando o ócio como um dado marcante na vida da elite grega.
“A perfeição do cidadão não qualifica o homem livre, mas só aquele que é isento das tarefas
necessárias das quais se incumbem servos, artesãos e trabalhadores não especializados; estes
últimos não serão cidadãos, se a constituição conceder os cargos públicos à virtude e ao mérito,
pois não se pode praticar a virtude levando-se uma vida de um trabalhador braçal.” Aristóteles.
Desse modo, a atividade dos homens livres era o ócio produtivo, que os permitia refletir
sobre a sociedade e o mundo, além de participarem da vida política, apresentando o ócio como
um trabalho intelectual necessário para a sociedade. Enquanto isso, como havia uma elite livre
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para não trabalhar, quem fazia o trabalho braçal eram os escravos, inferiores a qualquer outra
parcela da população dentro da hierarquia.
Atualmente, diante desta visão pejorativa em relação ao tempo ocioso, o que se nota é que
os indivíduos que se destacam em todos os âmbitos são aqueles que conseguem equacionar de
maneira inteligente a atividade profissional e o lazer, evitando, assim, uma sobrecarga mental.
Fonte: https://academiamedica.com.br/blog/ocio-coligada-da-producao . Acesso em: 28
maio 2020.
artigo científico;
reportagem;
resumo, resenha
etc.
Importante saber!
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Texto argumentativo
É o tipo de texto que tem como propósito central, com base em uma discussão com
apresentação de argumentos, formar opinião, objetivando que o outro acredite na tese defendida.
É focado na persuasão do leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto tratado e
embasado na defesa de uma tese fundamentada em argumentos.
Exemplo:
O erro da Oxfam
Os controles sobre a conduta ética dos funcionários falharam
Há condutas que sempre são reprováveis, mas são ainda mais quando ocorrem no seio de
uma organização que tem como fundamento de sua existência os valores e princípios éticos. É
totalmente inaceitável que membros da Oxfam contratassem prostitutas e organizassem orgias
em 2011 enquanto estavam em missão humanitária no Haiti depois do terrível terremoto que
assolou a ilha. O fato é especialmente grave quando se leva em conta que o responsável pela
missão já havia tido uma conduta semelhante no Chade em 2006. A repetição indica que, pelo
menos nesse momento, os controles internos sobre a conduta ética do pessoal eram frágeis ou
inexistentes.
A organização expressa agora sua “tristeza, indignação e vergonha”, e é bom que entoe
um mea culpa sincero. E também que em consequência do escândalo tenham apresentado sua
demissão altos dirigentes da entidade. Mas o mais importante é garantir que algo assim nunca
mais se repita. Embora esteja claro que a conduta reprovável é imputável a uma ínfima parte de
seus 10.000 trabalhadores, tem consequências devastadoras para todo o setor das ONG. Fatos
como esse não só afetam o prestígio de uma organização humanitária que opera em 90 países,
tem mais de 2.000 programas em curso e conta com milhões de voluntários; também causam
um dano direto irreparável aos milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade que podem
beneficiar-se da solidariedade internacional por intermédio desse tipo de organização.
Temos de aplaudir a determinação da Oxfam de recuperar a confiança dos cidadãos e
celebrar seu anúncio de que aplicará medidas de controle interno rigorosas e eficazes para evitar
que fatos tão graves se repitam. Isso vai requerer um grande esforço e muita transparência. Não
há outro caminho para recuperar a credibilidade de uma organização que, como as demais
ONGs, é e continuará sendo muito necessária.
Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/14/opinion/1518635280_270833.html Acesso: 20
fev. 2018.
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artigo de opinião,
editorial, carta ao
leitor;
petição, discurso
político, sermão
etc.
Texto injuntivo
É o tipo de texto que está focado na explicação para realização de uma ação, como a de
fazer um bolo, administrar um remédio ou instalar um equipamento doméstico. É o texto que
apresenta o método para realizar algo, é, portanto, um texto para instruir.
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Exemplos:
Fonte: https://www.lg.com/br/products/documents/MFL59166617_BBTV_SERIES_REV00.pdf
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Brigadeiro
INGREDIENTES
MODO DE PREPARO
Em uma panela funda, acrescente o leite condensado, a margarina e o chocolate em pó. Cozinhe
em fogo médio e mexa até que o brigadeiro comece a desgrudar da panela.
Deixe esfriar e faça pequenas bolas com a mão passando a massa no chocolate granulado.
Fonte: https://www.tudogostoso.com.br/receita/114-brigadeiro.html. Acesso em: 28 maio 2020.
que exploram a
injunção:
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Texto preditivo
Texto que tem a função de indicar uma previsão, dar uma informação sobre o futuro, de
forma a antecipar os eventos que, segundo o enunciador, deverão ocorrer.
Traços:
verbos de ação;
modos e tempos verbais: futuro do indicativo e imperativo; exploração do verbo no tempo futuro;
forma de tratamento “você”, dado que o destinatário é o leitor e geral Exemplo:
Fonte: https://horoscopo.gshow.globo.com/signos/touro?utm_source=globo.com&utm_medium=
widget&utm_campaign=horoscopo.
Profecia de Nostradamus
O novo Nero fará jogar nos três fornos os jovens, para queimá-los vivos. Feliz aquele que estiver
longe desses atos.
Três do seu sangue o vigiarão para fazê-lo perecer.
(IX, 53)
Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/horoscopo/profecias-nostradamus/
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Texto prescritivo
Texto que tem a função de prescrever algo, de indicar o que deve ser seguido à risca.
Indica uma ação obrigatória, sobre à qual se deve obediência.
Exemplo:
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO
Publicado em: 30/10/2019 | Edição: 210 | Seção: 1 | Página: 166
Órgão: Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais/Conselho Regional de
Educação Física da 11ª Região
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Executiva poderá autorizar, por escrito, a guarda do veículo em outras garagens.§ 3º. O
recolhimento dos veículos de representação far-se-á após a sua liberação pelas autoridades
usuárias.§ 4º. O recolhimento dos veículos de serviço será feito após o atendimento à última
requisição do dia. § 5º. O veículo recolhido à garagem não poderá ser retirado sem ordem da
autoridade usuária ou sem a competente requisição.
Art. 14. É proibida a guarda de veículos oficiais em garagem residencial, ressalvados os
casos em que a garagem oficial ficar situada a grande distância da residência de quem conduzirá
o veículo nas viagens realizadas fora do horário de expediente, cuja autorização deverá ser
previamente concedida pelo chefe imediato ou Diretora Executiva.
CAPÍTULO VI DA UTILIZAÇÃO E CONDUÇÃO
Art. 15. Os veículos oficiais deverão ser utilizados, exclusivamente, em serviço, nos dias
úteis, das sete horas e trinta minutos às dezoito horas. § 1°. É expressamente vedada a
circulação de veículos de serviço em dias não úteis ou fora do horário de expediente, exceto se
a serviço. § 2°. Fora dos horários autorizados, os veículos permanecerão, obrigatoriamente, nas
respectivas garagens ou locais autorizados, sob pena de responsabilidade. § 3°. Em casos
excepcionais, comprovada a necessidade do serviço, o chefe imediato ou a Diretora Executiva
poderá autorizar o uso de veículo fora do horário fixado no caput, cabendo ao usuário e ao
condutor a responsabilidade pelo excesso verificado. § 4°. O uso de veículo de departamento
diverso do condutor, bem como o deslocamento do veículo para fora da comarca deverá ser
precedido de autorização do responsável pelo veículo ou pelo chefe imediato ou pela Diretora
Executiva.
Art. 16. É proibida a utilização de veículos oficiais: I - para transporte a casas de diversões,
supermercados, estabelecimentos comerciais e de ensino, exceto quando em objeto de serviço;
II - em excursões ou passeios; III - no transporte de familiares de usuários; IV - no oferecimento
de "carona", mesmo não havendo desvio de rota; V - nas viagens de caráter pessoal para
deslocamento de usuários; VI - para buscar ou levar usuários em suas residências, em
diligências dentro da região metropolitana, salvo se previamente autorizado pelo Chefe imediato
ou Diretora Executiva.
Fonte: https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-172-de-21-de-outubro-do-2019-224421488
leis
edital
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ATENÇÃO
Fiorin e Savioli (2007) destacam que não existe uma pureza na tipologia textual em uma
produção discursiva, já que um mesmo texto pode apresentar narração, descrição,
dissertação e argumentação:
É bem verdade que, na maioria das vezes, não encontramos um texto em estado puro, já
que o descritivo, o narrativo e o dissertativo podem interpolar-se num único texto. (FIORIN;
SAVIOLI, 2007, p. 289)
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EM SÍNTESE
Tipos textuais
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Piada/anedota
Trata-se de um texto narrativo simples em que geralmente há presença de enredo,
personagens, tempo, espaço.
É um texto popular que vai sendo contado em ambientes informais.
Geralmente não possui um autor.
Exemplo:
“O garoto apanhou da vizinha, e a mãe furiosa foi tomar satisfação: Por que a senhora bateu no
meu filho? Ele foi mal-educado, e me chamou de gorda. E a senhora acha que vai emagrecer
batendo nele?”
Fonte: https://www.todamateria.com.br/genero-textual-anedota/. Acesso em: 25 fev. 2019.
Receita culinária
Texto em que se explica, de forma objetiva e com passo a passo, como é o preparo de
receitas culinárias, como doces, bolos, pães, tortas, biscoitos, pratos salgados (lasanha, pizza,
macarrão ao pesto, etc)
Fonte: https://www.comidaereceitas.com.br/saladas/salada-tropical.html
Editorial
O texto editorial é um tipo de texto jornalístico que geralmente aparece no início das
colunas. Diferente dos outros textos que compõem um jornal, de caráter informativo, os editoriais
são textos opinativos.
Embora sejam textos de caráter subjetivo, eles podem apresentar certa objetividade. Isso
porque são os editoriais que apresentam os assuntos que serão abordados em cada seção do
jornal, ou seja, Política, Economia, Cultura, Esporte, Turismo, País, Cidade, Classificados, entre
outros.
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Exemplo:
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Artigo de opinião
É um tipo de texto dissertativo-argumentativo onde o autor tem a finalidade de apresentar
determinado tema e seu ponto de vista.
É um gênero discursivo no qual se busca convencer o outro sobre determinada ideia,
influenciando-o e transformando seus valores por meio da argumentação a favor de uma posição,
e de refutação de possíveis opiniões divergentes.
Exemplo:
Texto constante na prova de língua portuguesa para cargo de Administrativo Financeiro – 2015
– SERCOMTEL – CONSULPAM
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Notícia
Texto informativo sobre um tema atual ou algum acontecimento real, sem indicar a opinião
do redator da notícia sobre o fato relatado.
Busca informar leitores e espectadores sobre temas atuais, buscando a objetividade e a
clareza na comunicação de informações.
Exemplo:
PRF em Minas Gerais apreende mais de 1 tonelada de cocaína
A apreensão ocorreu durante procedimento de fiscalização na altura do quilômetro 637, da
Rodovia Fernão Dias (BR 381)
Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou sua maior apreensão de cocaína deste ano. Mais de
1 tonelada da droga foi encontrada dentro de uma carreta estacionada no pátio de um posto de
combustível, na altura do quilômetro 637, da Rodovia Fernão Dias (BR 381), em Santo Antônio
do Amparo, em Minas Gerais, nessa segunda-feira (16).
A apreensão ocorreu durante procedimento de fiscalização, depois que os policiais rodoviários
desconfiaram de dois veículos com placas de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, que
faziam pernoite no local. Ao fazerem a abordagem dos condutores, os agentes perceberam
várias contradições nas informações repassadas, como o motivo do automóvel estar fazendo a
viagem junto com a carreta.
Ao vistoriarem o carro e a carreta, que transportava luvas para procedimentos cirúrgicos, os
policiais rodoviários localizaram no baú da carreta cerca de 1.120 tabletes de cocaína escondidos
dentro de 34 bolsas de viagem, com peso total de aproximadamente 1.120 kg da droga.
Após a identificação da droga os dois motoristas foram detidos e confessaram estar juntos
porque o automóvel fazia a escolta da carreta com intuito de informar sobre possíveis ações
policiais no decorrer da viagem, que saiu do interior de Santa Catarina e iria para a Itabuna, na
Bahia.
A cocaína foi apreendida e os dois motoristas detidos e encaminhados para a Polícia Federal em
Belo Horizonte.
Com informações da Agência Brasil
Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/justica/1339040/prf-em-minas-gerais- apreende-
mais-de-1-tonelada-de-cocaina . Acesso: 5 abr.2019.
Cartaz publicitário
O objetivo do cartaz é estabelecer uma interação com o receptor da mensagem, é
comunicar algo a alguém, que pode ser simplesmente uma informação acerca de um evento -
nesse caso é utilizada a função informativa.
Objetiva convencer alguém, persuadir o receptor a adquirir um produto, por exemplo. Nesse
caso, é utilizada a função apelativa, muito comum na linguagem publicitária.
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Exemplos:
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Crônica
É uma narrativa que explora fatos do cotidiano para, a partir deles, imprimi uma reflexão
crítica, uma sátira ou uma visão irônica. Publicada especialmente em jornais e revistas, é um
texto breve, com linguagem simples e próxima da oralidade.
Exemplos:
Contra a pirataria
Moacyr Scliar
Dupla assalta joalheria e escolhe marcas de relógio para levar. Um dos ladrões abordou uma
vendedora de uma joalheria que inspecionava a vitrine; o assaltante levantou sua blusa,
mostrando uma arma à vendedora. Dentro da loja, outras vendedoras foram rendidas e obrigadas
a recolher relógios das marcas Breitling, Omega e Mont Blanc da vitrine.
Os dois assaltantes, um alto e robusto, outro baixo e magrinho, eram experientes e organizados.
Sabiam exatamente as marcas de relógio que queriam; coisa fina, nada de despertadores
baratos. Examinavam cada relógio que era trazido da vitrine pelas vendedoras, antes de colocá-
los numa valise. Lá pelas tantas surgiu um problema. Olhando um caríssimo relógio Breitling, o
alto e robusto, que aparentemente era o chefe, teve uma súbita suspeição:
Acho que este aqui é falso.
Mostrou ao colega, que ficou em dúvida: podia ser falso ou não. Na dúvida chamaram a
vendedora-chefe. Que ficou indignada:
Falso, em nossa relojoaria? A loja mais famosa da cidade? Uma loja que está há 30 anos no
ramo, que tem clientes famosos? Ora, façam-me o favor, amigos. Assalto, sim; ofensa, não.
Levem tudo, mas nos respeitem.
Os assaltantes não se deixaram impressionar pela retórica. Afinal, como disse o baixinho, a
pirataria campeava. Se CDs eram pirateados, por que não relógios, mercadoria mais valiosa e
cobiçada? Queriam provas de que o Breitling era verdadeiro. A vendedora-chefe pediu licença,
foi até o escritório e voltou com um documento escrito em inglês. - O que é isto, perguntou o alto.
É um certificado de autenticidade. Acompanha o relógio.
Os dois miraram o papel com desconfiança. Não sabiam inglês; além disso, quem lhes garantia
que o certificado de autenticidade era autêntico, e não uma falsificação? Resolveram convocar
o dono da relojoaria para esclarecer a questão.
A vendedora-chefe resistiu o quanto pôde, mas, com um revólver encostado no crânio, não teve
outro jeito: ligou para o dono, que aliás morava ali perto, pediu que viesse para atender "dois
clientes muito importantes". Vinte minutos depois o homem chegava, esbaforido. Apesar da
visível perturbação das vendedoras, não desconfiou de nada, mesmo porque os assaltantes,
bem vestidos, e com as armas agora ocultas, pareciam mesmo clientes, e clientes muito cordiais.
Eu tenho este relógio Breitling -disse o alto- que estou pretendendo trocar. Queria sua valiosa
opinião: é falso ou verdadeiro?
Para o dono da loja, um veterano no ramo, bastou um olhar: é falso, proclamou. E aí mostrou o
relógio que tinha no pulso:
Este, sim, é verdadeiro.
Escusado dizer que os assaltantes levaram o Breitling verdadeiro. E o fizeram com absoluta
tranqüilidade. Deve-se confiar na palavra de quem entende do assunto.
Folha de São Paulo (São Paulo) 24/10/2005.
Disponível em: http://www.academia.org.br/artigos/contra-pirataria. Acesso em 28 maio 2020.
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Meme
É um gênero textual, na forma de vídeo, imagem, frase, ideia, música e etc, que se espalha
rapidamente na internet, alcançando muita popularidade. Meme é também uma forma de
imitação. Normalmente, explora humor e sátira.
Exemplo:
Charge
É uma ilustração humorística, muitas vezes marcada por caricatura de um ou mais
personagens, feita com o objetivo de satirizar algum acontecimento da atualidade. É texto com
viés crítico.
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Fonte: http://clicfolha.com.br/charge/1093/manchas-de-petroleo-no-nordeste-podem-ser-da-
venezuela---cazo-2019
Tira
É um gênero textual apresentado em três ou quatro quadrinhos, normalmente mesclando
linguagem verbal e visual para abordar temas gerais. Normalmente, há recorrência de
personagens nas tiras. O tema pode ter tom humorístico, social ou político, metafísicas, ou até
erótico.
Exemplo:
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Resumo
O resumo é um tipo de trabalho científico que apresenta a síntese de um livro, de uma
coleção, de um artigo, de um filme, de uma pesquisa, etc e que exige seleção de ideias e
concisão.
O resumo é um texto em que são dispostos e apresentados os pontos essenciais, ideias ou
fatos principais que foram desenvolvidos no decorrer de outro texto – o que é objeto de resumo.
Artigo científico
• Resultado de pesquisa científica;
• Publicação em Anais, Acta ou Revista científica;
• Linguagem impessoal;
• Análise e discussão e dados;
• Referencial teórico;
• Partes: resumo, introdução, desenvolvimento, conclusão e referências.
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Exemplo:
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Resenha
Comumente solicitada por professores em disciplinas de cursos de graduação e pós-
graduação, a resenha tem sido utilizada como meio de estimular os estudantes à leitura e à
capacidade de entendimento, síntese e crítica.
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Verbete
Texto de caráter informativo, registrado pela escrita, para explicar conceito, significado de
termo.
Exemplo:
Conto
É narrativa literária breve e concisa, contendo um só conflito, uma única ação (com espaço
ger. limitado a um ambiente), unidade de tempo, e número restrito de personagens.
Exemplo:
Feliz aniversário
A família foi pouco a pouco chegando. Os que vieram de Olaria estavam muito bem vestidos
porque a visita significava ao mesmo tempo um passeio a Copacabana. A nora de Olaria
apareceu de azul-marinho, com enfeite de paetês e um drapeado disfarçando a barriga sem
cinta. O marido não veio por razões óbvias: não queria ver os irmãos. Mas mandara sua mulher
para que nem todos os laços fossem cortados — e esta vinha com o seu melhor vestido para
mostrar que não precisava de nenhum deles, acompanhada dos três filhos: duas meninas já de
peito nascendo, infantilizadas em babados cor-de-rosa e anáguas engomadas, e o menino
acovardado pelo terno novo e pela gravata.Tendo Zilda — a filha com quem a aniversariante
morava — disposto cadeiras unidas ao longo das paredes, como numa festa em que se vai
dançar, a nora de Olaria, depois de cumprimentar com cara fechada aos de casa, aboletou-se
numa das cadeiras e emudeceu, a boca em bico, mantendo sua posição de ultrajada. “Vim para
não deixar de vir”, dissera ela a Zilda, e em seguida sentara-se ofendida. As duas mocinhas de
cor-de-rosa e o menino, amarelos e de cabelo penteado, não sabiam bem que atitude tomar e
ficaram de pé ao lado da mãe, impressionados com seu vestido azul-marinho e com os paetês.
(...)
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— Oitenta e nove anos, sim senhor! disse José, filho mais velho agora que Jonga tinha
morrido. — Oitenta e nove anos, sim senhora! disse esfregando as mãos em admiração pública
e como sinal imperceptível para todos.
Todos se interromperam atentos e olharam a aniversariante de um modo mais oficial.
Alguns abanaram a cabeça em admiração como a um recorde. Cada ano vencido pela
aniversariante era uma vaga etapa da família toda. Sim senhor! disseram alguns sorrindo
timidamente.
(...)
Enquanto isso, lá em cima, sobre escadas e contingências, estava a aniversariante sentada
à cabeceira da mesa, erecta, definitiva, maior do que ela mesma. Será que hoje não vai ter jantar,
meditava ela. A morte era o seu mistério.
LISPECTOR, Clarice. Laços de Família. Rio de Janeiro: Rocco, 1960.
Carta
É um tipo de correspondência que pode ter linguagem variada, de acordo com a
relação entre emissões e receptor.
Assunto é amplo e também variado.
Exemplo:
Discurso
• Exposição metódica sobre algum assunto.
• Deve-se observar se se trata de:
o uma informação; ou
o uma resposta.
o Deve-se observar:
• a quem se dirige (há jornais e revistas para grupos sociais diferentes, por
exemplo).
Exemplo:
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“Como presidente dos Estados Unidos, eu fiz um apelo ao nosso Congresso para derrubar
o embargo. É um fardo antiquado para o povo cubano. É um fardo para os americanos que
querem trabalhar e fazer negócios ou investir aqui em Cuba. Chegou a hora de derrubar o
embargo.
Deixei claro que os Estados Unidos não têm nem a capacidade, nem a intenção de impor
mudanças em Cuba. O que vai mudar vai depender do povo cubano. Não vamos impor nosso
sistema político e econômico em vocês. (...) Mas tendo removido a sombra da história da nossa
relação, devo falar honestamente sobre as coisas em que eu acredito – as coisas em que nós,
americanos, acreditamos. (...) Eu acredito que todo ser humano deve ser igual perante a lei. Que
toda criança merece a dignidade que vem da educação, e cuidados de saúde e comida na mesa
e teto sobre suas cabeças. Acredito que os cidadãos devem ser livres para falar o que pensam
sem medo – para se organizar, e para criticar seu governo, e para protestar pacificamente, e isso
não deve incluir detenções arbitrárias de pessoas que exercem seus direitos. Eu acredito que
todo ser humano deve ter a liberdade de praticar sua fé pacificamente e publicamente. E sim, eu
acredito que os eleitores devem ter o direito de escolher seus governos em votações livres e
democráticas.”
A história dos Estados Unidos e de Cuba abrange revolução e conflito; luta e sacrifício;
retribuição e, agora, reconciliação. É hora, agora, de deixarmos o passado para trás. É hora de
olharmos para o futuro juntos – um futuro de esperança. E não será fácil, e haverá contratempos.
Levará tempo. Mas meu tempo aqui em Cuba renova minha esperança e minha confiança no
que o povo cubano vai fazer. Podemos percorrer esse caminho como amigos, e como vizinhos,
e como uma família – juntos. ‘Si se puede’.
Visita a Cuba (22 de março de 2016) - Barack Obama
Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/veja-8-discursos-historicos-de-obama-e-um-de-michelle.ghtml. Acesso
em: 19 mar. 2020.
EM SÍNTESE
Gêneros textuais
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Questões
Identificação de
Identificação de Identificação da Verificação dos marcas
tipologia textual tese do texto argumentos linguísticas de
argumentação
Óculos com luz e joia no rosto são novas armas contra reconhecimento facial
Letícia Naísa
A indústria fashion começa a oferecer produtos para quem não quer ser reconhecido por câmeras
de vigilância. Podem ser óculos que emitem luz, joias que confundem o scanner facial ou
máscaras que distorcem as feições. A rápida expansão da tecnologia de reconhecimento inspirou
a artista polonesa Ewa Nowak a criar máscaras para driblar as autoridades. Feitas de metal, as
joias prometem embaralhar os algoritmos e impedir que os rostos sejam reconhecidos por
câmeras.
O projeto foi chamado de "Incognito" e consiste em um tipo de óculos que cobre parte da testa e
das maçãs do rosto. "Este projeto foi precedido por um estudo de longo prazo sobre forma,
tamanho e localização dos elementos da máscara para que ela realmente cumprisse sua tarefa",
escreve Nowak em sua página. Segundo ela, a máscara foi testada no algoritmo DeepFace, do
Facebook, e passou na prova: seu rosto não foi reconhecido.
Ainda há muito debate e muita pesquisa em torno da eficiência da tecnologia de reconhecimento
facial, especialmente com os falsos positivos: a câmera diz que uma pessoa é, na verdade, outra.
Especialistas apontam que ainda há muitas falhas em reconhecer rostos fora do padrão de
homens brancos. "Se a gente aplica essas tecnologias de maneira errônea e ela indica que o
meu rosto é de uma pessoa suspeita, a tendência é que oficiais deem crédito ao equívoco, e
abre-se margem a abuso policial, porque tem indício de que você é uma pessoa suspeita e aí
pode-se inverter o princípio da inocência, que é fundamental", afirma Joana Varon, diretora
executiva da Coding Rights, organização de defesa dos direitos humanos na internet.
A preocupação com o reconhecimento facial tem crescido nos últimos anos, visto que a
tecnologia tem sido usada para fins de segurança pública e privada e de marketing. No Brasil, a
novidade já chegou. Durante o carnaval deste ano, um homem foi preso depois de ser
reconhecido por uma câmera, e a ViaQuatro do metrô paulista foi impedida de usar o
reconhecimento facial. O debate sobre a regulamentação da tecnologia está previsto na Lei Geral
de Proteção de Dados, que entrará em vigor em agosto de 2020.
Para Pollyana Ferrari, professora da PUC-SP e pesquisadora de mídias sociais, é preciso que
os governos regulamentem o uso de nossas "pegadas digitais", sejam likes, compras, navegação
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ou biometria. "Os riscos da tecnologia são os usos não declarados; na maior parte das vezes,
não sabemos o que será feito da nossa biometria", diz. "Cada vez a driblamos menos", afirma.
Quanto à eficiência do Incognito, as especialistas ainda são céticas, mas Varon reconhece que
há uma tendência na tentativa de hackear o sistema de vigilância da tecnologia de
reconhecimento facial. O próprio "Incognito" foi inspirado em um projeto japonês que criou óculos
com luzes que impedem a tecnologia de reconhecer rostos. Em Hong Kong, durante a onda de
protestos na China, os jovens usaram máscaras, lenços e lasers para enganar as câmeras.
Para Varon, a via legislativa e moratórias para uso da tecnologia são vias eficientes. Nos Estados
Unidos, algumas cidades já baniram o uso de reconhecimento facial na segurança e impediram
empresas que desenvolvem softwares de venderem para esse fim. "O que funciona é ter uma
visão crítica e ampliar o debate sobre quão nocivo pode ser o uso dessa tecnologia, seja por
discriminação de pessoas, seja por coleta abusiva de expressões faciais, sentimentos, humores,
visando manipular mentes, e o debate sobre o guardo e o compartilhamento desses dados, que
são extremamente sensíveis", afirma.
Para Ferrari, o projeto enquanto artístico é válido. "O papel da arte sempre foi nos tirar da zona
de conforto. Então, esse movimento que se declara contra a vigilância governamental e
corporativa, com joias, óculos de LED e máscaras, é bem oportuno, pois nos alerta para algo
que já nos afeta diariamente", opina.
Disponível em: https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2019/10/30/artista -cria-mascara- anti-reconhecimento-
facial.htm. Acesso em: 27 jan. 2020. [Adaptado]
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Projeto brasileiro pretende mapear genoma de 15 mil pessoas para prever e tratar doenças
Por Filipe Domingues, G1/ 10/12/2019 12h00
Um projeto liderado por uma cientista brasileira vai identificar as principais características
genéticas dos brasileiros para prever doenças e antecipar tratamentos. Lançada nesta terça-feira
(10), em São Paulo, a iniciativa "DNA do Brasil" quer mapear o genoma de 15 mil pessoas de 35
a 74 anos de idade e se tornar o maior levantamento do tipo já realizado no país. A ideia é que
em cinco anos já se tenham os primeiros resultados. "O desafio é entender quais variações
genéticas estão associadas a quais características das pessoas", disse a pesquisadora Lygia da
Veiga Pereira, da Universidade de São Paulo (USP), na abertura do projeto. "Nós somos o
resultado do nosso genoma mais o nosso estilo de vida. O genoma é a receita do nosso corpo."
Além da geneticista, estão envolvidos na parceria o Ministério da Saúde que oferecerá
dados epidemiológicos da população brasileira por meio do projeto ELSA Brasil; organizações
privadas como a Dasa, empresa da área de saúde, que financiará e realizará o sequenciamento
das primeiras 3 mil amostras; a Illumina que vai fornecer os insumos e a Google Cloud que fará
o armazenamento e proteção dos dados. As descobertas que os cientistas fizerem poderão ser
traduzidas em inovações tanto na área de pesquisa genética quanto nos diagnósticos e
tratamentos de doenças como o câncer, a hipertensão, o diabetes, depressão, esquizofrenia e
algumas doenças raras. Ao descobrir que determinada proteína presente no corpo de uma
pessoa permite manter o colesterol baixo, é possível "editar" o DNA do paciente para imitar o
comportamento deste elemento. [...]
O diretor médico da Dasa, Gustavo Campana, lembrou que 80% das 8 mil doenças
consideradas raras têm origem genética. Já os cânceres hereditários são de 5 a 12% dos casos.
Portanto, além da previsão de tais doenças, o mapeamento dos genes e sua associação com as
características da população brasileira podem permitir avanços em "terapêutica gênica", ou seja,
métodos de tratamento que atuam diretamente nos genes ± o mais famoso deles é o CRISPR,
a técnica de edição do DNA. "Esse projeto é um marco da genética populacional no Brasil," disse
Campana.[...]
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A ideia de cultura foi cunhada e batizada no terceiro quartel do século XVIII como termo
sintético para designar a administração do pensamento e do comportamento humanos. A palavra
“cultura” não nasceu como um termo descritivo, uma forma reduzida para as já alcançadas,
observadas e registradas regras de conduta de toda uma população. Só cerca de um século
mais tarde, quando os gerentes da cultura olharam em retrospecto para aquilo que tinham
passado a ver como criação sua e, seguindo o exemplo de Deus na criação do mundo, com
carga positiva, é que “cultura” passou a significar a forma como um tipo regular e
“normativamente regulado” de conduta humana diferia de outro, sob outro gerenciamento. A ideia
de 13 cultura nasceu com uma declaração de intenções.
O termo “cultura” entrou no vocabulário como o nome de uma atividade intencional. No
limiar da Era Moderna, homens e mulheres, não mais aceitos como “um dado não
problematizado”, como elos preordenados na cadeia da criação divina (“divina” como algo
inegociável e com o qual não devemos nos imiscuir), indispensáveis, ainda que sórdidos, torpes
e deixando muito a desejar, passaram a ser vistos ao mesmo tempo como maleáveis e
terrivelmente carentes de ajustes e melhoras. O termo “cultura” foi concebido no interior de uma
família de conceitos que incluía expressões como “cultivo”, “lavoura”, “criação” — todos
significando aperfeiçoamento, seja na prevenção de um prejuízo, seja na interrupção e reversão
da deterioração. O que o agricultor fazia com a semente por meio de atenção cuidadosa, desde
a semeadura até a colheita, podia e devia ser feito com os incipientes seres humanos pela
educação e pelo treinamento. As pessoas não nasciam, eram feitas. Precisavam tornar-se
humanas — e, nesse processo de se tornar humanas (uma trajetória cheia de obstáculos e
armadilhas que elas não seriam capazes de evitar nem poderiam negociar, caso fossem
deixadas por sua própria conta), teriam de ser guiadas por outros seres humanos, educados e
treinados na arte de educar e treinar seres humanos.
O termo “cultura” apareceu no vocabulário menos de cem anos depois de outro conceito
moderno crucial, o de “gerenciar”, que significa, segundo o Oxford English Dictionary: “forçar
(pessoas, animais etc.) a se submeter ao controle de alguém”, “exercer efeito sobre”, “ter sucesso
em realizar”. E mais de cem anos antes de outro sintético, de “gerenciamento”, o de “obter
sucesso ou sair-se bem”. Gerenciar, em suma, significava conseguir que as coisas fossem feitas
de uma forma que as pessoas não fariam por conta própria e sem ajuda. Significava redirecionar
eventos segundo motivos e desejo próprios. Em outras palavras, “gerenciar” (controlar o fluxo de
eventos) veio a significar a manipulação de probabilidades: fazer a ocorrência de certas condutas
(iniciais ou reativas) de “pessoas, animais etc.” mais provável, ou, de preferência, totalmente
improvável a ocorrência de outros movimentos. Em última instância, “gerenciar” significa limitar
a liberdade do gerenciado.
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Identificação de Avaliação da
Identificação do enunciado com adequação da Preenchimento de
nível de linguagem desvio da norma- linguagem ao lacunas
padrão contexto do texto
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II.Ao utilizar as expressões edição genética, robótica e inteligência artificial (l.12), o autor tem
a intenção de trazer termos próprios de uma área eminentemente técnica – o dito jargão
profissional.
III.A linguagem predominante no texto é a denotativa.
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constantemente, ver seu pote de água sendo virado, ver brinquedos espalhados no chão e não
poder brincar, enfim, aposto que eles também têm suas dúvidas!
E sabe quem mais tem dúvida? Quem já é pai e mãe, pois eles sabem que tudo que
funcionou com um pode não funcionar com o segundo, então bate o pânico de novo! Ou seja,
nada se compara a ter um filho, nem ter um filho!
Verdade seja dita, nós nunca estamos preparados, contudo damos um jeito. Depois de um
dia difícil, segurar seu filho no colo, ganhar um beijo e um sorriso, faz você entender todo o resto.
Não te faz esquecer, não te deixa menos cansado, não faz você levantar e sair cantando e
dançando como se estivesse em um musical, mas faz você entender, principalmente se junto
você tiver seu pet pronto para também ganhar e dar carinho para todo mundo.
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O mundo anda cada vez mais complicado, o que não é bom. O frágil corpo humano não foi
feito para competir com a máquina, conviver com a máquina e explorá-la. A cada adiantamento
técnico-científico, o conflito fica mais duro para o nosso lado.
Mas nesta semana vi na TV uma reportagem que me horrorizou como prova de que, a cada
dia, mais renunciamos às nossas prerrogativas de seres vivos e nos tornamos robotizados. Foi
a “praia artificial” no Japão (logo no Japão, arquipélago penetrado e cercado de mar por todos
os lados!).
É um galpão imenso, maior que qualquer aeroporto, coberto por uma espécie de cúpula
oblonga, de plástico. E filas à entrada, lá dentro um guichê, o pessoal paga a entrada, que é
cara, e some. Deve entrar no vestiário, ou antes, no despiário, pois surgem já convenientemente
seminus, como se faz na praia. Pois que debaixo daquele imenso teto de plástico está um mar,
com a sua praia. Mar que, na tela, aparece bem azul com ondas de verdade, coroadas de
espuma branca; ondas tão fortes que chegam a derrubar as pessoas e sobre as quais jovens
atletas surfam e rebolam. E um falso sol, de luz e calor graduáveis; e a praia é de areia composta
por pedrinhas de mármore.
Não sei se pelo comportamento dos figurantes, a gente tinha a impressão absoluta de que
assistia a uma cena de animação figurada em computador. A única presença viva, destacando-
se no elenco de bonecos, era a repórter, apresentadora do espetáculo. Já se viu! Se fosse uma
honesta piscina de água morna, tudo bem. Mas fingir as ondas, falsificar um sol bronzeando, de
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trinta e cinco graus, e toda aquela gente se deitando com a simulação e depois voltando para a
rua vestida nos seus casacos! Me deu pena, horror, sei lá. Aquilo não pode deixar de ser pecado.
Falsificar com tanta impudência as criações da natureza, e pra quê!
(Adaptado de: QUEIROZ, Rachel. Melhores crônicas. São Paulo: Global Editora, 1994,
edição digital)
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Alfabeto de emojis
“Paradoxalmente” — escreverá um historiador em 2218 — “foi a disseminação da escrita
como principal forma de comunicação o que criou as condições para a sua própria morte”. O
alfabeto latino, este fantástico conjunto de 26 letras que, combinadas infinitamente, podem
nomear realidades tão distintas quanto “sol”, “cunilingus”, “schadenfreud” e “Argamassa
Cimentcola Quartzolite”, começou sua lenta caminhada em direção ao brejo em setembro de
1982.
Foi ali, não muito depois da derrota do Brasil para a Itália de Paolo Rossi, que o cientista
da computação Scott Fahlman sugeriu a colegas de Carnegie Mellon University, com os quais
se comunicava online, usarem :-) para distinguirem as piadas dos assuntos sérios. Mal sabia o
tal Scott que aquela inocente boca de parêntese era o protótipo da goela que viria a engolir quase
3.000 anos de alfabeto como se fosse uma sopa de letrinhas.
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No 1º§, o suposto enunciado a ser escrito por um historiador no futuro tem seu sentido
estruturado
(A) de modo exclusivamente conotativo.
(B) de modo exclusivamente denotativo.
(C) com base em um sentido denotativo e conotativo.
(D) a partir de uma linguagem em que predomina o exagero.
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Identificação do
Captação de ideias sentido das
implícitas conjunções (coesão)
e sentido de termos
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(A) o conceito mesmo de “vida” está entre os poucos fundamentos da ciência que não admite
ser contestado.
(B) o âmbito da biologia e da genética não inclui processos que se possam reconhecer como
propriamente evolutivos.
(C) a ocorrência de uma evolução inorgânica pode condicionar uma nova compreensão do
que seja uma criatura viva.
(D) a evolução orgânica de formas computadorizadas concorre para que os vírus se
propaguem livremente.
(E) a evolução inorgânica está na dependência de que se passe a dominar inteiramente as
leis da genética.
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Ao dizer que o livro sempre foi um repositório de conhecimento que circulava na época, a leitura
do texto nos permite concluir que:
(A) há sempre uma necessidade de renovação do livro em razão da contínua evolução dos
conhecimentos;
(B) permanece a procura por um livro didático ideal, já que todos são, por definição,
deficientes;
(C) continua a valorização do livro didático antigo e já experimentado por se ter mostrado útil
através dos tempos;
(D) se trata de um material didático que se caracteriza por seu conservadorismo, por veicular
conhecimentos estabelecidos;
(E) traz a marca histórica de ter veiculado conhecimentos através dos tempos e, por isso,
deve preservar seus conteúdos.
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Texto 1
“...os significados apreendidos pelos dicionários são apenas pontos de referência para se atingir
significados constantemente variáveis com os contextos em que os sistemas de significação
encontram existência concreta” (texto 1).
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Infere-se do segundo período do texto que, imediatamente após o artigo “as”, no trecho “as já
alcançadas” (L.5), está omitido o termo palavras.
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Crônicas contemporâneas
O gênero da crônica, entendida como um texto curto de periódico, que se aplica sobre um
acontecimento pessoal, um fato do dia, uma lembrança, um lance narrativo, uma reflexão, tem
movido escritores e leitores desde os primeiros periódicos. No pequeno espaço de uma crônica
pode caber muito, a depender do cronista. Se ele se chamar Rubem Braga, pode caber tudo:
esse mestre maior dotou a crônica de uma altura tal que pôde dedicar-se exclusivamente a ele
ocupando um lugar entre os nossos maiores escritores, de qualquer gênero.
Jovens cronistas de hoje, com colunas nos grandes jornais, vêm demonstrando muita garra,
equilibrando-se entre as miudezas quase inconfessáveis do cotidiano pessoal, às quais se
apegam sem pudor, e a uma espécie de investigação crítica que pretende ver nelas algo de
grandioso. É como se na padaria da esquina pudesse de repente representar-se uma cena de
Hamlet ou de alguma tragédia grega; é como se, no banheiro do apartamento, o espelhinho do
armário pudesse revelar a imagem-síntese dos brasileiros. Talvez esteja nesse difícil equilíbrio
um sinal dos tempos modernos, quando, como numa crônica, impõe- se combinar a condição
mais pessoal de cada um com a responsabilidade de uma consciência coletivista, que a todos
nos convoca. (Diógenes da Cruz, inédito)
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Identificação do gênero
Traços do gênero textual
textual
Eu me limito a sustentar, com base em dados estatísticos, que nós, que partimos de uma
sociedade onde uma grande parte da vida das pessoas adultas era dedicada ao trabalho,
estamos caminhando em direção a uma sociedade na qual grande parte do tempo será, e em
parte já é, dedicado a outra coisa. (....) Eu me limito a registrar que estamos caminhando em
direção a uma sociedade fundada não mais no trabalho, mas no tempo vago.
Além disso, sempre com base nas estatísticas, constato que, tanto no tempo em que se
trabalha quanto no tempo vago, nós, seres humanos, fazemos hoje sempre menos coisas com
as mãos e sempre mais coisas com o cérebro, ao contrário do que acontecia até agora, por
milhões de anos.
Mas aqui se dá mais uma passagem: entre as atividades que realizamos com o cérebro, as
mais apreciadas e mais valorizadas no mercado de trabalho são as atividades criativas. Porque
mesmo as atividades intelectuais, como as manuais, quando são repetitivas, podem ser
delegadas às máquinas. Assim sendo, acredito que o foco desta nossa conversa deva ser essa
dupla passagem da espécie humana: da atividade física à intelectual, da atividade repetitiva à
criativa.
Essas duas trajetórias contam a passagem de uma sociedade que foi chamada de
“industrial” a uma sociedade nova. Podemos defini-la como quisermos. Eu, por comodidade, a
chamo de “pós-industrial”.
Quer uma imagem física dessa mudança? Nós, nestes milhões de anos, desenvolvemos
um corpo grande e uma cabeça pequena. Nos próximos séculos, provavelmente reduziremos o
corpo ao mínimo e expandiremos o cérebro. Um pouco como já acontece através do rádio, da
televisão, do computador – a extraordinária série de próteses com as quais aumentamos o poder
da nossa cabeça.
O resultado disso tudo não é o dolce far niente. Com frequência, não fazer nada é menos
doce do que um trabalho criativo.
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Os gêneros textuais são textos produzidos em uma determinada situação de uso da linguagem
e que se definem por seus conteúdos, estilo, estrutura composicional e, sobretudo, em função
dos objetivos que cumprem na situação comunicativa. Considerando essa afirmação e o texto
acima, assinale a alternativa correta.
(A) O texto possui a estrutura, o estilo e a função social do gênero textual resenha acadêmica.
(B) O texto possui a estrutura composicional e o estilo de uma peça publicitária.
(C) O texto possui a estrutura do gênero sinopse de livro, mas sua função é de resenha crítica.
(D) O texto possui a estrutura do gênero resenha jornalística, mas sua função é de
propaganda.
(E) O texto possui a estrutura do gênero resenha descritiva, mas sua função é de propaganda
institucional.
A indústria do espírito
JORDI SOLER – 23 DEZ 2017 - 21:00
O filósofo Daniel Dennett propõe uma fórmula para alcançar a felicidade: “Procure algo mais
importante que você e dedique sua vida a isso”.
Essa fórmula vai na contracorrente do que propõe a indústria do espírito no século XXI, que
nos diz que não há felicidade maior do que essa que sai de dentro de si mesmo, o que pode ser
verdade no caso de um monge tibetano, mas não para quem é o objeto da indústria do espírito,
o atribulado cidadão comum do Ocidente que costuma encontrar a felicidade do lado de fora, em
outra pessoa, no seu entorno familiar e social, em seu trabalho, em um passatempo, etc. [...]
A indústria do espírito, uma das operações mercantis mais bem-sucedidas de nosso tempo,
cresceu exponencialmente nos últimos anos, é só ver a quantidade de instrutores e pupilos de
mindfulness e de ioga que existem ao nosso redor. Mindfulness e ioga em sua versão pop para
o Ocidente, não precisamente as antigas disciplinas praticadas pelos mestres orientais, mas um
produto prático e de rápida aprendizagem que conserva sua estética, seu merchandising e suas
toxinas culturais. [...]
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31. (INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário – Enfermagem)
Sobre tipologia e gêneros textuais, assinale a alternativa correta.
(A) O texto “A indústria do espírito” apresenta, majoritariamente, a tipologia narrativa, a qual
tipicamente emprega verbos no pretérito, como é possível notar neste excerto: “A indústria
do espírito, uma das operações mercantis mais bem-sucedidas de nosso tempo, cresceu
exponencialmente nos últimos anos [...]”.
(B) Não há um número definido de tipologias textuais, uma vez que elas surgem e
desaparecem conforme as necessidades sociodiscursivas de determinada comunidade.
(C) O segundo parágrafo do texto “A indústria do espírito” é composto por períodos simples,
típicos da tipologia injuntiva.
(D) A maneira com que o texto “A indústria do espírito” se inicia, utilizando uma citação, é
comum no gênero textual carta aberta.
(E) O texto “A indústria do espírito” é um exemplar do gênero textual artigo de opinião.
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32. (INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário – Enfermagem)
De acordo com o texto, é correto afirmar que
(A) a fórmula da felicidade proposta por Daniel Dennett vai ao encontro do que propõe a
indústria do espírito no século XXI.
(B) o atribulado cidadão comum do Oriente, assim como um monge tibetano, encontra a
felicidade em si mesmo.
(C) a indústria do espírito tem menos a ver com a felicidade das pessoas do que com a
economia e com o mercado.
(D) o novo narcisismo, decorrente de uma postura intimista, prioriza o espírito em detrimento
do corpo.
(E) a indústria do espírito incentiva a leitura de livros em gratificante solidão.
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Como o texto elenca fatos ocorridos ao longo da história da justiça brasileira, é correto classificá-
lo como predominantemente narrativo.
( ) Certo
( ) Errado
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GABARITO
1.B 2.A 3.D 4.D 5.E 6. Certo 7. Certo 8. Errado 9. D 10. E
11.C 12.E 13.A 14 D 15.A 16.D 17.Certo 18.D 19.C 20. Certo
21 C 22 D 23 A 24.A 25.A 26.Errado 27.D 28.A
29. E 30.D 31.E 32.C 33.D 34. Errado 35. Certo 36. C 37. E
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