Untitled
Untitled
Untitled
Organizadores:
Márcio Borges Moreira
Teresa Salim de Araújo
www.walden4.com.br
Editora do Instituto Walden4
Conselho Editorial
Dr. Gleidson Gabriel da Cruz
Dr. Márcio Borges Moreira
Dra. Vanessa Leal Faria
Contato
secretaria@walden4.com
@instituto.walden4
https://www.instagram.com/instituto.walden4
https://www.walden4.com.br
https://www.facebook.com/iwalden4
https://www.youtube.com/user/instwalden4
Este livro, desde a sua concepção, foi desenvolvido para ser um livro distribuído, em
seu formato digital, gratuitamente. No entanto, a maioria dos livros são vendidos, e a receita
oriunda da venda desses livros é o “ganha-pão” de milhares de famílias de escritores, desig-
ners gráficos, diagramadores, revisores, ilustradores, diretores e de uma infinidade de pro-
fissionais envolvidos na publicação de um livro. Sempre que você puder, compre um livro
original!
Sumário
Sobre os autores
7
Moreira & Araújo (2021) | walden4.com.br
O tema “Prática Psicológica Baseada em Evidências”, embora não seja novo, tem ga-
nhado mais atenção nos últimos anos no Brasil. No intuito de aproximar este tema dos estu-
dantes de graduação do Centro Universitário de Brasília, foi ofertado aos mesmos uma dis-
ciplina optativa chamada “Atualidades em Psicologia Clínica”. Foram abordados na disci-
plina, ministrada por Márcio Moreira, temas relacionados à definição, questões práticas e
éticas, entre outros tópicos, relacionados à Prática Psicológica Baseada em Evidências. Como
parte dos critérios de avaliação da disciplina, os alunos realizaram dois trabalhos escritos
nos quais deveriam descrever uma intervenção psicológica listada como tratamento baseado
em evidências (ou tratamento com suporte empírico) no site da American Psychological As-
sociation (https://div12.org/treatments/).
Após o início da redação do primeiro trabalho escrito, professor e alunos entenderam
que os trabalhos poderiam ser úteis para outros alunos, ou mesmo para profissionais, no
sentido de divulgação do que é Prática Psicológica Baseada em Evidências, do quê são evi-
dências científicas em Psicologia e como são produzidas essas evidências. Cada aluno ficou
encarregado de selecionar e de descrever dois tratamentos baseados em evidências, dentre
os listados pela APA. Os trabalhos consistiram, basicamente, de três etapas: 1) traduzir para
o português todo o conteúdo do site da APA relacionado ao tratamento; 2) pesquisar e listar,
caso encontrado, textos e materiais de apoio relacionados ao tratamento em questão; e 3) se-
lecionar e descrever uma pesquisa que fornecesse suporte empírico ao tratamento em ques-
tão.
Cabe destacar, portanto, que boa parte do conteúdo deste livro é a tradução direta,
do inglês para o português, dos conteúdos extraídos do site da APA, que é de acesso livre
e gratuito. O objetivo deste livro não é produzir conhecimento novo sobre Prática Psicológi-
ca Baseada em Evidências, mas divulgar um conhecimento já existente, mas que ainda é
pouco conhecido, seja pela barreira da língua, seja pela tradição do ensino de Psicologia no
Brasil. Fazemos aqui esta ressalva, para não incorrermos nos risco de plágio acadêmico, já
que, por questões de estilo, não colocamos aspas nos conteúdos extraídos diretamente do
site da APA.
A lista da APA
Sobre o site da Associação Americana de Psicologia (APA), a APA catalogou em or-
dem alfabéticas os tratamentos psicológicos, baseados em evidências, porém é importante
destacar que eles não abrangem todos os tratamentos, pois a APA avalia minuciosamente
cada um seguindo critérios de suporte empírico. No site, os tratamentos baseados em evi-
dências científicas podem ser buscados em ordem alfabética ou por tipo de diagnóstico. O
endereço do site é: https://div12.org/treatments/
Note que a definição é constituída por três componentes: 1) uso da evidência científi-
ca disponível; 2) experiência do profissional que conduz o tratamento; e 3) características,
cultura e preferências do cliente que recebe o tratamento. Grosso modo, podemos dizer que
atuar profissionalmente de acordo com as diretrizes da Prática Psicológica Baseada em Evi-
dências é basear a prática profissional em tratamentos cuja a efetividade e eficácia foram ci-
entificamente comprovados. Ainda, essa condução de intervenções com lastro científico será
permeada, ajustada, de acordo com a experiência profissional do psicólogo e características
específicas do cliente. Iremos examinar em mais detalhes esses três componentes a seguir.
Cabe destacar que a APA (2006) considera como evidência científica resultados deri-
vados de vários tipos de pesquisa. Diferentes delineamentos de pesquisa contribuem para a
prática baseada em evidências e diferentes delineamentos de pesquisa são mais adequados
para abordar diferentes tipos de questões. Neste sentido, a APA fornece uma lista de tipos de
pesquisa que podem contribuir para uma prática psicológica baseada em evidências:
10
11
Expertise clínica
O corpo de evidências científicas da eficácia/utilidade de um tratamento é a base da
Prática Psicológica Baseada em Evidências. No entanto, como vimos na própria definição do
conceito de Prática Psicológica Baseada em Evidências, faz parte desta prática a expertise, a
experiência profissional de quem a pratica, do profissional. de Acordo com a APA:
“A experiência clínica do psicólogo abrange uma série de competências que promovem
resultados terapêuticos positivos. Essas competências incluem a) conduzir avaliações e
desenvolver julgamentos diagnósticos, formulações sistemáticas de casos e planos de
tratamento; b) tomar decisões clínicas, implementar tratamentos e monitorar o progres-
so do paciente; c) possuir e utilizar expertise interpessoal, incluindo a formação de ali-
anças terapêuticas; d) continuar a auto-reflexão e aquisição de competências profissio-
nais; e) avaliar e usar evidências de pesquisa em ciência psicológica básica e aplicada; f)
compreender a influência das diferenças individuais, culturais e contextuais no trata-
mento; g) buscar recursos disponíveis (por exemplo, consulta, serviços auxiliares ou
alternativos) conforme necessário; e h) ter uma justificativa convincente para as estraté-
gias clínicas. A especialização se desenvolve a partir do treinamento clínico e científico,
compreensão teórica, experiência, auto-reflexão, conhecimento da pesquisa atual e edu-
cação e treinamento contínuos” (APA, 2006, p. 284).
12
13
14
tação sexual e adultos mais velhos para ajudar os psicólogos a adaptar suas práticas às
diferenças dos pacientes“ (APA, 2006, p. 277).
Buscar recursos disponíveis conforme necessário.
“O psicólogo está ciente de que o acesso a recursos adicionais às vezes pode aumentar
a eficácia do tratamento. Quando as evidências da pesquisa indicam o valor dos servi-
ços auxiliares ou quando os pacientes não estão progredindo conforme o esperado, o
psicólogo pode procurar uma consulta ou fazer um encaminhamento. Serviços alterna-
tivos culturalmente sensíveis e responsivos ao contexto ou visão de mundo do paciente
podem complementar o tratamento psicológico. A consulta com o psicólogo é um meio
de monitorar — e corrigir, se necessário — vieses cognitivos e afetivos“ (APA, 2006, pp.
277-278).
15
"Os serviços psicológicos são mais eficazes quando respondem aos problemas, pontos
fortes, personalidade, contexto sociocultural e preferências específicos do paciente. re-
sultados. Outras características importantes do paciente a serem consideradas na for-
mação e manutenção de uma relação de tratamento e na implementação de interven-
ções específicas incluem a) variações na apresentação de problemas ou distúrbios, etio-
logia, sintomas ou síndromes concomitantes e comportamento; b) idade cronológica,
estado de desenvolvimento, história de desenvolvimento , e estágio de vida; c) fatores
socioculturais e familiares (por exemplo, gênero, identidade de gênero, etnia, raça, clas-
se social, religião, status de deficiência, estrutura familiar e orientação sexual); d) con-
texto ambiental (por exemplo, racismo institucional, problemas de saúde disparidades
de cuidados) e estressores (por exemplo, desemprego, eventos importantes da vida); e
e) preferências pessoais, valores e preferências relacionadas ao tratamento (por exem-
plo, objetivos, crenças, visões de mundo e expectativas de tratamento). Alguns trata-
mentos eficazes envolvem intervenções direcionadas a outras pessoas no ambiente do
paciente, como pais, professores e cuidadores. Um objetivo central da PPBE é maximi-
zar a escolha do paciente entre intervenções alternativas eficazes” (APA, 2006, pp.
284-285).
16
Eficácia. A eficácia do tratamento diz respeito, no fim das contas, à seguinte pergun-
ta: o tratamento realmente funciona? Para verificar se um tratamento realmente funciona, é
preciso atentar ao delineamento da pesquisa realizada para verificar se um tratamento fun-
ciona, o quanto funciona, para que funcional, etc. A seguir estão alguns pontos importantes
a serem observados neste quesito, de acordo com Chambless et al. (1998):
● A eficácia do tratamento deve ser demonstrada em pesquisas controladas nas
quais seja razoável concluir que os benefícios observados se devem aos efeitos do
tratamento e não ao acaso ou a fatores de confusão, como passagem do tempo, efei-
tos da avaliação psicológica ou presença de diferentes tipos de clientes nas várias
condições de tratamento.
● A replicação é crítica, particularmente a replicação por uma equipe de inves-
tigação independente. A exigência de replicação ajuda a proteger o campo de tirar
conclusões errôneas com base em uma descoberta aberrante.
● Comparação em relação a nenhum tratamento é fundamental.
● Comparações com outros tratamentos ou com placebos: se uma tratamento
funciona, independente da razão, se o resultado pode ser replicado por diversos
grupos independentes, então o tratamento tem valor clínico e deve ser considerado.
● Tratamentos combinados envolvem comparação de múltiplos componentes.
● Seleção dos instrumentos de avaliação: é indicado demonstrar clareza e vali-
dação dos instrumentos selecionados em estudos prévios. Em algumas áreas, é indi-
cado validar os instrumentos a partir de uma avaliação psicométrica.
● Acompanhamento é indicado: é importante atentar-se que qualquer trata-
mento, no tempo de duração, há diversos efeitos no decorrer do tempo. Porém, em
pesquisas psicológicas, sintomas podem surgir/retornar/intensificar no decorrer do
tratamento.
● Manuais de tratamento não são documentos literais de passo a passo para
replicar cada tratamento ou uma pesquisa detalhada de cada prática. É importante
ler com cuidado cada frase, exemplos de tratamentos, indicações, particularidades
para não cair no erro cego de replicar.
● Treinamento e supervisão do psicólogo: destaca-se que grande parte de resul-
tados ambíguos ou fracos dizem respeito à falta ou treinamento inadequado.
● Resolução de dados conflitantes: o uso da clareza prévia ao saber que estudos
qualitativos e quantitativos vão sugerir variabilidades de dados nos estudos, além da
variabilidade das expertises dos pesquisadores.
● Limitações da eficácia importam: ter a clareza de que diferenças entre pesqui-
sas sempre ocorrerão. A melhor maneira para lidar com limitações é não elimina-los
de prontidão, e sim, compreender os possíveis resultados
Efetividade. Chambless et al. (1998) apontaram que os esforços para construir dire-
trizes de tratamento também deveriam levar em consideração a evidência da utilidade ou
efetividade do tratamento, ou seja, se pode ser demonstrado que o tratamento funciona na
prática clínica real. Há, de acordo com os autores, um crescente reconhecimento de que en-
saios clínicos controlados podem não capturar toda a riqueza e variabilidade da prática clí-
17
nica real e uma preocupação por parte de alguns de que o próprio processo de randomiza-
ção possa minar a representatividade do ensaio clínico. Alguns pontos importantes em rela-
ção à eficiência são:
● Generalização através de populações.
● Generalização entre terapeutas e ambientes.
● Aceitação e adesão do paciente.
● Facilidade de divulgação do tratamento (manuais, por exemplo).
Custo-efetividade. Chambless et al. (1998) comentam que tratamentos que custam
menos serão provavelmente preferidos se não houver diferenças de resultados, em outros
tratamentos mais caros. Porém, a tomada de decisão, a esse respeito, pode ser complexa
quando os custos são mais altos que os benefícios do tratamento, levando também em con-
sideração o aspecto do tempo.
18
19
Referências bibliográficas
American Psychological Association. (2002). Criteria for evaluating treatment guide-
lines. American Psychologist, 57, 1052–1059.
APA Presidential Task Force on Evidence-Based Practice. (2006).Evidence-based prac-
tice in psychology. American Psychologist, 61, 271–285.
Chambless, D. L., & Hollon, S. D. (1998). Defining empirically supported therapies.
Journal of Consulting and Clinical Psychology, 66, 7–18. doi:10.1037/0022-006X.66.1.7
Tolin, D. F., McKay, D., Forman, E. M., Klonsky, E. D., & Thombs, B. D. (2015). Empi-
rically supported treatment: Recommendations for a new model. Clinical Psychology:
Science and Practice, 22(4), 317.
20
21
Moreira & Araújo (2021) | walden4.com.br
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Insônia (link)
Resumo
Segundo a ACP - American College of Physicians, a terapia cognitivo-comportamen-
tal para insônia (CBT-I) foi considerada o melhor tratamento para transtorno de insônia crô-
nica e é indicado como primeira linha de tratamento. Interessante saber que é a primeira vez
que um tratamento psicológico foi considerado preferido por uma organização médica nos
EUA (DeAngelis, 2016). Ainda, segundo o autor:
A TCC-I é uma combinação de tratamentos que inclui intervenções de terapia
comportamental, como restrição de sono e controle de estímulos; intervenções
cognitivas, incluindo a reestruturação de crenças disfuncionais e a descastro-
fização de pensamentos negativos sobre o sono; e higiene do sono para abor-
dar fatores que podem aumentar os resultados do tratamento. (DeAngelis,
2016).
A recomendação de que a TCC-I seja o tratamento de primeira linha para a insônia
faz parte de estudo da equipe liderada por Amir Qaseem, MD, PhD, parte do programa de
diretrizes de prática clínica e medicina baseada em evidências do ACP. Segundo Michael
Perlis, PhD, diretor da medicina comportamental do sono, do programa da Universidade da
Pensilvânia, as pesquisas estão encontrando evidências crescentes de que os distúrbios do
sono podem acompanhar ou sinalizar outras condições psiquiátricas e médicas, a exemplo
de ganho de peso, hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e até mesmo a doença de
22
Alzheimer, que embora a insônia crônica seja um fator de risco, age enquanto um precursor
de uma variedade de doenças. (DeAngelis, 2016). Segundo Perlis (citado por DeAngelis,
2016), a TCC-I é igualmente eficaz para insônia simples e insônia com comorbidades, po-
dendo ajudar a lidar com as condições comórbidas, além de reduzir significativamente os
sintomas depressivos e aumentar as taxas de remissão quando usada em conjunto com me-
dicamentos.
Premissa básica
A interação entre fatores cognitivos e comportamentais é o principal mecanismo en-
volvido na perpetuação da insônia.
Essência da terapia
A terapia cognitivo-comportamental para insônia concentra-se no ensino de técnicas
para modificar comportamentos e cognições perturbadoras do sono que interferem no sono
normal e contribuem para a insônia.
23
por 15 a 20 minutos. Reduzir o tempo na cama para menos de 5,5 horas não
é geralmente recomendado (Teixeira et. al, 2016, p. 8-9).
Métodos de Relaxamento: Segundo Teixeira et. al (2016), o objetivo desta técnica é
reduzir os níveis de excitação, e não como um meio para induzir o sono. Os mais estudados
e utilizados no tratamento de insônia são: (a) relaxamento muscular progressivo: visa tensi-
onar e relaxar uma série de músculos, progressivamente; (b) biofeedback: visa ajudar no re-
laxamento, fornecendo pistas visuais ou auditivas para informar a pessoa se o alvo correlato
fisiológico de relaxamento foi atingido; (c) imaginação guiada: ajudar a pessoa a imaginar
vividamente uma imagem neutra ou agradável, sendo que a formação dessas imagens pode
induzir diretamente a um estado de relaxamento ou indiretamente desviar a atenção de um
estímulo desencadeador de ansiedade; (d) respiração diafragmática (abdominal): visa facili-
tar a desaceleração da respiração, levando a um estado de relaxamento.
Reestruturação Cognitiva: Segundo Teixeira et. al (2016), o objetivo desta técnica é
identificar os pensamentos disfuncionais e atitudes que as pessoas podem ter sobre o sono e
substituí-los por pensamentos e comportamentos mais adaptativos. Segundo os autores, “a
reestruturação cognitiva em longo prazo pode ser usada para superar todas as preocupações
a respeito do sono e eliminar ansiedades associadas ao sono ruim ou à incapacidade de
adormecer”. (p. 9-10)
Segundo Teixeira et. al (2016), também existem as intervenções de biofeedback e in-
tenção paradoxal, que são menos utilizadas nos protocolos. Os autores destacam a técnica de
higiene do sono, que embora não seja considerada parte da TCC, é comumente utilizada nas
diretrizes do tratamento padrão da insônia.
Manuais de tratamento
Listados pela APA
● Perlis, M. L.; Aloia, M.; & Kuhn, B. (2011). Behavioral Treatments for Sleep
Disorders: A Comprehensive Primer of Behavioral Sleep Medicine Interventions
(Practical Resources for the Mental Health Professional), 1st Edition. London: Elsevi-
er.
● Edinger, J. D.; & Carney, C. E. (2015). Overcoming Insomnia. A Cognitive
Bahavior Therapy Approach. 2º Edition. New York: Oxford University Press.
● Manber, R.; & Carney, C. E. (2015). Treatment Plans and Interventions for In-
somnia: A Case Formulation Approach (Treatment Plans and Interventions for Evi-
dence-Based Psychotherapy), 1st Edition. New York: The Guilford Press.
Em português
● Almondes, K. M., & Pinto Júnior, L.R.P (org.). (2016). Terapia Cognitivo-
Comportamental para os Transtornos de Sono. São Paulo: CRV.
● Bacelar, A., & Pinto Jr., L. R. (org.). (2019). Insônia: do diagnóstico ao tratamento.
São Paulo: Associação Brasileira do Livro.
24
Recursos de treinamento
Listados pela APA
● Principles and Practice of Sleep Medicine (Kryger, Roth, & Dement; forthco-
ming)
● Insônia: Um Guia Clínico para Avaliação e Tratamento (Morin & Espie) (link);
● Etiology of Insomnia (Perlis et al.; in press)
● Tratamento Cognitivo Comportamental da Insônia: Um Guia Sessão por Ses-
são (Perlis et al.) (link);
● Insônia: Princípios e Gerenciamento (Szuba, Kloss and Dinges) (link).
Em português
● Almondes, K. M., & Pinto Júnior, L. R. (org.). (2016). Terapia Cognitivo-Com-
portamental para os Transtornos de Sono. São Paulo, CRV.
● Bacelar, A., & Pinto Jr., L. R. (org.). (2019). Insônia: do diagnóstico ao tratamento.
São Paulo: Associação Brasileira do Livro.
Livros de auto-ajuda
Listados pela APA
● Quiet Your Mind and Get to Sleep: Solutions to Insomnia for those with De-
pression, Anxiety, or Chronic Pain (Carney & Manber) (link);
● No More Sleepless Nights (Hauri & Linde) (link);
25
● Sleeping Through the Night: How Infants, Toddlers, and Their Parents Can
Get a Good Night's Sleep (Mindell) (link);
● Sleepio (um programa online de melhoria do sono; Espie, Kyle e Sheaves)
(link);
Em português
Não consta.
Demonstrações em vídeo
Listados pela APA
Não consta.
Em português
Não consta.
Descrições em vídeo
Listados pela APA
Não consta.
Em português
● A Terapia Cognitivo-Comportamental para Insônia. Funciona Mesmo! [Tra-
tamento Para Insônia] – Canal YouTube: Diário do Sono (link);
● O Que é A Higiene do Sono? 1ro Componente da TCC-i - Durma Bem Sempre
[Tratamento Para Insônia] – Canal YouTube: Diário do Sono (link);
● O Que É O Controle de Estímulos? 2nd Componente da TCC-i. Vença a Insô-
nia! [Tratamento Para Insônia] – Canal YouTube: Diário do Sono (link);
● O Que É Restrição do Sono? 3ro Componente da TCC-i. Coragem Contra
Insônia[Tratamento Para Insônia] – Canal YouTube: Diário do Sono (link);
● O Que É A Mudança Cognitiva? 4to Componente da TCC-i. Consiga Dormir!
[Tratamento Para Insônia] – Canal YouTube: Diário do Sono (link).
26
27
28
Identificação da pesquisa
● Autores: Allison G. Harvey, Ann L. Sharpley, Melissa J. Ree, Katheen Stinson,
David M. Clark.
● Título: Um teste aberto de terapia cognitiva para insônia crônica
● Data de publicação: 2007
● Periódico: Behaviour Research and Therapy
● Número: 10
● Volume: 45
● Tipo da pesquisa: empírica com aplicação de entrevista estruturada IDI que
avalia cada um dos critérios do DSM-IV-TR
Racional
Segundo Harvey et al. (2007) “a TCC-i é um tratamento multi-competente composto
por: controle de estímulos, restrição do sono, higiene do sono, intenção paradoxal, relaxa-
mento e reestruturação cognitiva de crenças inúteis sobre o sono.”
Objetivo
Descrever o desenvolvimento e avaliação inicial de uma nova abordagem de trata-
mento derivada de um modelo cognitivo de insônia.
Método
Dezenove pacientes com idade entre 18 e 65 anos, que atenderam os seguintes crité-
rios pré-definidos: preenchimento de critérios para insônia primária (American Psychiatric
Association, 2000), experiência de insônia por pelo menos 1 ano, latência de início de sono
autoreferida e/ou acordar após o início do sono seja superior a 3 minutos e/ou o tempo total
de sono seja inferior a 6,5 h por mais de três noites em cada sete dias, conforme avaliado em
2 semanas de diário de sono.
Principais resultados e conclusões
O tempo de sessões de terapia variou de 6 a 22 (média de 14), sendo que pacientes
sem comorbidade completaram o tratamento em 6 a 8 sessões e aqueles com comorbidade
completaram o protocolo de tratamento em 8 a 17 sessões. À medida que os terapeutas ga-
nharam experiência, o tratamento foi aplicado com mais eficiência (os três primeiros com-
pletaram o tratamento em média 17 sessões e os dois últimos pacientes completaram o tra-
tamento em seis sessões.
29
Referências Bibliográficas
Associação Psiquiátrica Americana. (2014). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos
mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed.
Bacelar, A. & Pinto Jr., L. R. (2019). Insônia: do diagnóstico ao tratamento. São Paulo: Asso-
ciação Brasileira do Livro.
DeAngelis, T. 2016. Behavioral therapy works best for insomnia. Monitor on Psychology,
47(9), p. 18.
Teixeira, C. M., Teixeira, J. J; Prado, L. B. F; Prado, J. F. &Carvalho, L. B. C. (2016). Tera-
pia Cognitiva Comportamental para Insônia: Revisão Sistemática. Revista Neurociência,
24, 1-33.
30
31
Moreira & Araújo (2021) | walden4.com.br
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Depressão em criança afetada pela relação parental conflituosa (link)
Resumo
Em resumo, segundo Muzik et al. (2015), o tratamento o tratamento é definido por:
uma intervenção complexa com raízes conceituais na teoria do apego (Bo-
wlby 1969) e teoria do trauma (Cloitre et al. 2009 ; Herman 1992b) e combina
elementos de várias modalidades baseadas em evidências, incluindo psicote-
rapia pais-filho (CPP; (Cicchetti et al. 1999 , 2006; Lieberman et al. 2006; Toth
et al. 2006), atendimento informado sobre o trauma (Substance Abuse and
Mental Health Services Administration,nd), terapia focada na solução (Lip-
chik 2002), entrevista motivacional (MI; (Miller e Rollnick 2002), bem como
elementos de terapia cognitivo-comportamental (TCC; (Dobson 2009)) e tera-
pia comportamental dialética (DBT; (Robins et al . 2001), integrado a um cur-
rículo que visa envolver os participantes em uma experiência dinâmica, inte-
rativa e útil. (Muzik et al., 2015).
32
Premissa básica
Mom Power (MP) é um programa de apoio às famílias com dificuldades de cuidar de
crianças pequenas. Ser pai de uma criança pequena é uma das tarefas mais difíceis que uma
pessoa pode ter. Quando os pais também têm histórias de experiências difíceis ou não têm
certeza sobre como cuidar dos filhos, ter um filho pequeno pode ser ainda mais estressante e
difícil. Programas denominados de “Strong Roots” incluem versões personalizadas do Mom
Power para os pais (Fraternity of Fathers), famílias de militares (Strong Military Families) e
provedores de cuidados infantis e educação (Hearts and Minds on Babies).
Essência da terapia
Mom Power é uma teoria de 10 semanas, 13 sessões e intervenção baseada em evi-
dências destinada a aumentar a competência dos pais por meio de estratégias multimétodo e
multidisciplinar. A intervenção aplica a teoria do apego, estratégias comportamentais cogni-
tivas e dialéticas.
Em sua essência, a Mom Power utiliza os seguintes componentes: (1) A melhoria do
apoio entre pares / social que é conseguida através da criação de uma experiência de grupo
partilhada, com oportunidades para a construção de relações informais; (2) a educação pa-
rental baseado no apego enfatiza a capacidade de resposta e a sensibilidade às experiências
de separação de crianças pequenas, em as mães são instigada a praticar habilidades e refletir
sobre a interação, além de ajudá-las a identificar e atender às necessidades emocionais das
crianças. (3) A prática de autocuidado ensina as mães a reduzir seu próprio sofrimento,
permitindo-lhes implementar conceitos como parentalidade equilibrada durante momentos
de parentalidade emocionalmente evocativos. O Mom Power ensina os pais a administrar o
estresse e os sintomas para que possam estar mais fundamentados e presentes para seus fi-
lhos no momento, que inclui respiração profunda, relaxamento progressivo, visualização de
um lugar seguro, pensamentos positivos de enfrentamento, contenção de emoções angusti-
antes, fortalecimento da parte testemunha/observador de si mesmo, uso dos sentidos para
acalmar, fazer uma lista de gratidão e um aterramento recurso. Cada sessão de grupo termi-
na com a prática prática de uma habilidade de autocuidado e coaching individualizado. (4)
As interações entre pai e filho guiadas enfatizam a criação de rotinas seguras e previsíveis
para mãe e filho. As mães são encorajadas a antecipar, observar e refletir sobre essas separa-
ções e reencontros, bem como identificar maneiras de “tentar algo novo” para lidar com os
sentimentos de seus filhos durante a separação/reencontro. (5) As reuniões individuais for-
necem oportunidades individualizadas e personalizadas para conectar as mulheres aos ser-
viços disponíveis em suas comunidades, ou seja, extraindo os pensamentos de cada mãe em
relação às áreas de crescimento e desafios contínuos, fornecemos feedback personalizado
sobre parentalidade, habilidades de autocuidado e bem-estar de seus filhos e oferecemos
encaminhamentos individualizados para recursos comunitários relevantes (Muzik et al.,
2015).
33
34
35
Manuais de tratamento
Listados no site da APA
● Não consta. A APA orienta os interessados a entrarem em contato com o pro-
grama Strong Roots, encaminhando e-mail ao endereço strongroots@umich.edu para
obter mais informações, ou no formulário (link). Os manuais estarão disponíveis
após a conclusão de um treinamento Mom Power.
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
Recursos de treinamento
Listados no site da APA
● Não consta. A APA orienta os interessados a entrarem em contato com o pro-
grama Strong Roots, encaminhando e-mail ao endereço strongroots@umich.edu para
obter mais informações, ou no formulário (link). Os materiais de treinamento são
disponibilizados para quem faz o treinamento Mom Power e participa das oficinas.
O Modelo Mom Power Full: treinamento presencial de 3 dias por dois treinadores
especializados inclui: materiais de pré-treinamento; três dias inteiros de treinamento
curricular Mom Power; treinamento de implementação da equipe infantil e versões
digitais de materiais de treinamento fornecidos aos participantes. (link)
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
●
Uma medida de estresse parental (ou seja, Escala de Estresse Parental ou Ín-
dice de Estresse Parental)
36
●
Medida dos resultados da criança (ou seja, Lista de Verificação de Compor-
tamento Infantil apropriada para a idade, ou Questionário de Pontos Fortes e Difi-
culdades ou DECA)
Livros de auto-ajuda
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
Demonstrações em vídeo
Listados no site da APA
● As participantes do Mom Power compartilham suas experiências com o pro-
grama (link).
● Zero To Thrive Mom Power Program (link).
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
Descrições em vídeo
Listados no site da APA
Os vídeos citados pela APA são:
37
38
39
Identificação da pesquisa
● Autores: Maria Muzik, Katherine L. Rosenblum, Emily A. Alfafara, Melisa M.
Schuster, Nicole M. Miller, Rachel M. Waddell & Emily Stanton Kohler.
● Título: Mom Power: resultados preliminares de uma intervenção em grupo
para melhorar a saúde mental e a parentalidade entre mães de alto risco.
● Data de publicação: 11 de janeiro de 2015
● Periódico: Archives of Women's Mental Health
● Número: 18
● Volume: p. 507–521
● Tipo da pesquisa: Empírica.
Racional
Os objetivos da intervenção MP são “criar adesão” ao tratamento, fornecer saúde
mental e psicoeducação parental, melhorar o autocuidado e as habilidades de enfrentamento
do estresse (reduzindo assim a depressão e a ansiedade) e, finalmente, aumentar a capacida-
de reflexiva das mães para que possam utilizar estas reflexões para melhorar a parentalidade
sensível.
Objetivo
Este estudo tem por objetivo avaliar os efeitos do Mom Power (MP), um programa de
grupo de habilidades parentais e de autocuidado de 13 sessões para mães de alto risco e seus
filhos pequenos (idade <6 anos), focado em melhorar a saúde mental das mães, competência
e engajamento no tratamento
Método
As mães foram encaminhadas por profissionais de saúde da comunidade para um
estudo de fase 1 para avaliar a viabilidade, aceitabilidade e resultados do piloto. No início,
muitos relataram vários fatores de risco identificados, incluindo exposição a traumas, psico-
patologia, pobreza e paternidade solteira. Noventa e nove pares mãe-filho foram inicialmen-
te recrutados para o programa MP com 68 mulheres completando e fornecendo medidas de
auto-relato pré e pós-avaliação demográfica e história de trauma (pré-avaliação apenas),
saúde mental materna (depressão e pós-traumática transtorno de estresse (TEPT)), parenta-
lidade e satisfação com a intervenção.
40
Referência bibliográficas
Muzik M., Rosenblum K. L., Alfafara E. A., Schuster M. M., Miller N. M., Waddell R.
M. & Kohler E. S. (2015). Mom Powe: preliminary outcomesof a group intervention
to improve mental health and parenting amon high-risk mothers. Arch Womens Ment
Health, 18(3), 507-521.
41
42
Moreira & Araújo (2021) | walden4.com.br
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Condições mistas de ansiedade (link)
Resumo
Os transtornos de ansiedade são caracterizados como sintomas persistentes de medo,
preocupação excessiva, bem como perturbações comportamentais relacionadas. Podem ser
categorizados como Transtornos de Ansiedade Generalizada, Transtorno do pânico, Trans-
torno de ansiedade social, Agorafobia, Transtorno de Estresse pós traumático, Transtorno de
estresse agudo, mutismo seletivo, Transtorno de ansiedade de separação e Transtorno de an-
siedade induzido por substância. Uma das formas de tratamento para essas condições mis-
tas de ansiedade dá-se pela ACT (Terapia de Aceitação e Compromisso), o qual visa desen-
volver a flexibilidade psicológica do indivíduo para o momento presente para que assim as
reações psicológicas possam ser reestruturadas ou mantidas.
Premissa básica
ACT é sobre aceitação e mudança. Os clientes são encorajados a deixar de lado a luta
para mudar pensamentos e emoções indesejados; em vez de focar no momento presente e
agir naquilo que o cliente mais valoriza.
43
Essência da terapia
Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) é uma terapia comportamental baseada
na Teoria do Quadro Relacional, que visa mudar a relação que os indivíduos têm com pen-
samentos, sentimentos, memórias e sensações físicas indesejados ou temidos. As estratégias
de aceitação e atenção plena são usadas para ensinar os clientes a diminuir a evitação, o
apego às cognições, aumentando o foco no presente e a flexibilidade psicológica. Os clientes
aprendem a esclarecer seus objetivos e valores e a se comprometer com estratégias de mu-
dança comportamental.
44
Manuais de tratamento
Listados pela APA
● Terapia de aceitação e compromisso para transtornos de ansiedade: um guia
de tratamento do praticante para usar estratégias de mudança de comportamento
baseadas em mindfulness, aceitação e valores (Hayes, Forsyth e Eifert) (indisponível)
● O Grande Livro das Metáforas do ACT: Um Guia do Praticante para Exercíci-
os Experienciais e Metáforas na Terapia de Aceitação e Compromisso (Stoddard &
Afari) (link).
Em português
● Aprendendo Act. Manual de Habilidades da Terapia de Aceitação e Com-
promisso Para Terapeutas (Jason B. Luoma) (link).
Recursos de treinamento
Listados pela APA
● Terapia de aceitação e compromisso e terapia cognitivo-comportamental para
transtornos de ansiedade: tratamentos diferentes, mecanismos semelhantes? Psicolo-
gia Clínica (Arch & Craske, 2008) (link);
● Tratamento de três casos de transtorno de ansiedade com terapia de aceitação
e compromisso em consultório particular (Codd et al., 2011) (link);
● Terapia de Aceitação e Compromisso para Transtorno de Ansiedade Social
Generalizada: Um estudo piloto (Dalrymple & Herbert, 2007) (link);
● Terapia de aceitação e compromisso para transtornos de ansiedade: três estu-
dos de caso que exemplificam um protocolo de tratamento unificado (Eifert et al.,
2009) (link).
Em português
Não consta.
45
Livros de auto-ajuda
Listados pela APA
● Manual de Mindfulness e Aceitação para Ansiedade: Um Guia para se Liber-
tar da Ansiedade, Fobias e Preocupações Usando Terapia de Aceitação e Compromis-
so (Forsyth & Eifert) (link);
● Saia de sua mente e entre em sua vida: a nova terapia de aceitação e compro-
misso (um novo livro de exercícios de auto-ajuda) (Hayes & Smith) (link);
● O Manual de Atenção Plena e Aceitação para Ansiedade Social e Timidez:
Usando Terapia de Aceitação e Compromisso para se Libertar do Medo e Recuperar
Sua Vida (Kocovski & Fleming) (link);
● As coisas podem dar terrivelmente, terrivelmente erradas: um guia para a
vida livre da ansiedade (Wilson & Dufrene) (link).
Em português
46
Demonstrações em vídeo
Listados pela APA
● ACT na ansiedade (link);
● Aceitando Emoções (link);
● Raiva, compaixão e o que significa ser forte | Russel Kolts | TEDxOlympia
(link);
● Metáfora do Tabuleiro de Xadrez (link);
● Eva Adriana Wilson, MD: O Eu Forte e Saudável (link);
● Encontrando sua paixão inalando a falta de sentido (indisponível);
● Hank Robb, Ph.D.: Estar onde você está e fazer o que é importante (link);
● Jason Luoma & Jenna LeJeune: O terapeuta ACT (link);
● Jesse Crosby: Psych'd Out! Série de Workshops (indisponível);
● Joe Oliver: Demônios no Barco (link);
● Joe Oliver: O convidado da festa indesejado (link);
● Jonathan Bricker: A vontade de desejar (link);
● Leahy, Hayes e DiGiuseppe: Reestruturação Cognitiva e Demonstração de
Desfusão Cognitiva (link);
● Learning ACT - Habilidades e Competências para Clínicos (link);
● Matthieu Villatte – Eu como Contexto (Eu Flexível) (link);
● Freios mentais para evitar quebras mentais | Steven Hayes | TEDxDavidso-
nAcademy (link);
● Flexibilidade psicológica: como o amor transforma a dor em propósito | Ste-
ven Hayes | TEDxUniversidade de Nevada (link);
47
Descrições em vídeo
Listados pela APA
Não consta.
Em português
Não consta.
48
49
Identificação da pesquisa
● Autores: Joanna Arch, Ph.D, Georg H. Eifert, PhD,Carolyn Davies,Jennifer C.
Plumb Vilardaga, MA, Raphael D. Rose, Ph.D, Michelle G. Craske, Ph.D
● Título: "Randomized clinical trial of cognitive behavioral therapy (CBT) versus ac-
ceptance and commitment therapy (ACT) for mixed anxiety disorders." – Ensaio clínico
randomizado de terapia cognitivo-comportamental (TCC) versus terapia de aceitação
e compromisso (ACT) para transtornos de ansiedade mistos. (link).
● Data de publicação: outubro de 2012
● Periódico: J Consulte Clin Psycho
● Número: 80
● Volume: 5
50
Racional
O estudo atual compara ACT e TCC em uma amostra de transtornos de ansiedade
mistos por dois motivos. Primeiro, a ACT foi originalmente desenvolvida para o tratamento
de psicopatologia em geral, em vez de um transtorno específico em particular. O protocolo
ACT usado no presente estudo foi projetado para aplicação em todos os transtornos de ansi-
edade, com o conteúdo de exercícios comportamentais orientados por valores adaptados a
transtornos de ansiedade específicos. Em segundo lugar, a TCC compartilha elementos de
tratamento comuns entre os transtornos de ansiedade com variação no conteúdo específico
de cada transtorno. Assim, foi elaborado um manual de TCC que aborda todos os transtor-
nos de ansiedade por meio de mecanismos de ramificação específicos para cada transtorno.
O protocolo de TCC incluiu os mesmos elementos básicos de tratamento em todos os trans-
tornos (por exemplo, psicoeducação, reestruturação cognitiva, exposição – consulte Méto-
dos), mas adaptou o conteúdo desses elementos para cada transtorno específico, uma abor-
dagem que testamos com sucesso em estudos anteriores.
Objetivo
Uma vez que faltam comparações diferentes de tratamentos com base na aceitação
com a terapia cognitivo comportamental (TCC) tradicional para transtornos de ansiedade. O
atual artigo tem como objetivo preencher essa lacuna de pesquisa comparando a terapia de
aceitação e compromisso (ACT) à TCC para transtornos de ansiedade mistos.
Método
Participaram da pesquisa cento e quarenta e três participantes os quais se enquadra-
ram em um ou mais dos transtornos de ansiedade, englobando o transtorno de pânico com
ou sem agorafobia, transtornos de ansiedade social, fobia específica, transtorno obsessivo-
compulsivo ou transtorno de ansiedade generalizada , preenchendo os critérios do DSM-IV.
Os participantes foram convocados na cidade de Los Angeles através de panfletos que foram
distribuídos no local, como listas e anúncios de jornais. O estudo foi realizado no Centro de
Pesquisa de Transtornos de Ansiedade da Universidade da Califórnia em Los Angeles no
departamento de psicologia.
Para a realização da pesquisa, os participantes estavam isentos de medicação ou com
pelo menos com o uso padrão de alguma medicação. Ademais, também estavam isentos do
tratamento com psicoterapia ou estabilizados com alguma psicoterapia alternativa. O estudo
foi totalmente aprovado pelo comitê de proteção de seres humanos da UCLA; consentimen-
to informado completo foi obtido de todos os participantes, inclusive para gravações de ví-
deo e áudio.
O método foi dividido em duas etapas, sendo: Delineamento e Tratamento.
Delineamento: as avaliações incluíram: uma entrevista diagnóstica, questionários de
autorrelato e uma avaliação laboratorial de duas a três horas relatada em outros locais. Res-
saltando que os avaliadores eram cegos para as condições de tratamento.
51
Referências
American Psychiatric Association (APA) (2014). Manual diagnóstico e estatístico de
transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed.
Arch, J. J., Eifert, G. H., Davies, C., Plumb Vilardaga, J. C., Rose, R. D., & Craske, M.
G. (2012). Randomized clinical trial of cognitive behavioral therapy (CBT) versus ac-
ceptance and commitment therapy (ACT) for mixed anxiety disorders. Journal of con-
sulting and clinical psychology, 80(5), 750–765.
52
Monteiro, É, Pizziolo, Ferreira, G.C Lubambo, Silveira, P.Santos da, & Ronzani, T.
Mota. (2015). Terapia de aceitação e compromisso (ACT) e estigma: revisão narrativa.
Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, 11(1), 25-31.
53
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Transtorno Obsessivo Compulsivo (link)
Resumo
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é um transtorno que pode possuir dife-
rentes manifestações, sendo caracterizado pela presença de obsessões e/ou compulsões que
são vivenciados com muita ansiedade pelo indivíduo. As obsessões e compulsões consomem
tempo diário e impactam significativamente na rotina do indivíduo, interferindo no contexto
social, familiar e profissional, sendo vivenciado com acentuado sofrimento psíquico (Cordio-
li, 2008). Nesse sentido, a Terapia Cognitiva-Comportamental traz diferentes técnicas e fer-
ramentas para o tratamento do TOC, utilizando também a Exposição e Prevenção de Res-
postas (EPR), auxiliando o indivíduo a enfrentar as ideias disfuncionais e diminuindo a
frequência de comportamentos que trazem prejuízo para sua saúde psicossocial.
Premissa básica
A premissa base assume que os pacientes com TOC experimentam pensamentos dis-
torcidos e disfuncionais sobre si mesmos, o mundo e o futuro, que produzem e mantêm sua
ansiedade. A hipótese do TOC está relacionada a um senso inflado de responsabilidade pes-
soal relacionado a eventos que podem causar danos a si mesmo ou a outros. A terapia cogni-
tivo-comportamental visa ajudar a pessoa a identificar, desafiar e modificar essas ideias dis-
funcionais e adotar comportamentos mais funcionais.
54
Essência da terapia
A TCC para TOC se concentra no ensino de técnicas para ajudar os pacientes a explo-
rar, entender e implementar formas alternativas de pensar e se comportar. A Exposição e
Prevenção de Resposta (EPR) é um tipo de terapia de exposição que é usada para ajudar os
pacientes a explorar comportamentos alternativos em resposta a pensamentos indesejados.
Manuais de tratamento
Listados pela APA
● Tratamento Baseado na Família para crianças pequenas com TOC (Freeman &
Garcia) (link);
55
Recursos de treinamento
Listados pela APA
● O Manual de Oxford para Transtornos Obsessivo Compulsivo e do Espectro
(Steketee) (link);
● Transtorno Obsessivo-Compulsivo (Franklin & Foa; In: Manual Clínico dos
Transtornos Psicológicos) (link);
● Instituto Beck de Terapia Cognitivo Comportamental (link);
Em português
● A terapia cognitivo-comportamental no transtorno obsessivo-compulsivo
(Cordioli, 2008) (link);
● Técnicas cognitivo-comportamentais no tratamento do transtorno obsessivo-
compulsivo (Oliveira, 2019) (link);
56
57
Livros de auto-ajuda
Listados pela APA
● Superando Pensamentos Obsessivos: Como Ganhar o Controle de seu TOC
(Clark & Purdon) (link);
● Superando o TOC: Um Livro de 10 Passos para Retomar sua Vida (Abra-
mowitz) (link);
● Libertando seu Filho do Transtorno Obsessivo-Compulsivo: Um Programa
Poderoso e Prático para Pais de Crianças e Adolescentes (Chansky) (link);
● Pare de Ficar Obcecado!: Como Superar suas Obsessões e Compulsões (Foa &
Wilson) (link);
● O livro de Exercícios do TOC: Seu Guia para se Libertar do Transtorno Obses-
sivo-Compulsivo (Hyman & Pedrick) (link);
● O Pensamento que Conta: Um Relato em Primeira Mão da Experiência de um
Adolescente com Transtorno Obsessivo-Compulsivo (Kant, Franklin & Andrews)
(link);
● Falando de Volta ao TOC: O Programa que Ajuda Crianças e Adolescentes a
Dizerem "De Jeito Nenhum" - e os Pais Dizerem "Muito Bem" (March & Benton)
(link).
Em português
● Controlando o TOC com TCC Para Leigos (Ath & Willson, 2017) (link);
● Poltoc e os Pensamentos Et. Ajudando a Criança a Lidar com o Transtorno
Obsessivo-Compulsivo (Hirata & Gabriel, 2022) (link);
● Vencendo o TOC (Abramowitz, 2015) (link)
● Como Lidar com o Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC): Guia Prático
Para Pacientes, Familiares e Profissionais da área da Saúde (Lopes & Nascimento,
2020) (link)
● Toc. Aprendendo Sobre os Pensamentos Desagradáveis e os Comportamentos
Repetitivos (Gomes & Bortoncello, 2016) (link);
● Baralho do transtorno obsessivo-compulsivo: crianças e adolescentes (Gomes,
2018) (link);
● Medos, Dúvidas e Manias: Orientações para Pessoas com Transtorno Obses-
sivo-Compulsivo e seus Familiares (Torres, Shavitt & Miguel) (link)
58
Demonstrações em vídeo
Listados pela APA
Não consta.
Em português
● "Como superar Pensamentos Repetitivos ou Obsessivos" – Canal YouTube:
Terapia Cognitiva Online (link);
● "Transtorno Obsessivo Compulsivo - TOC" – Canal YouTube: Minutos Psíqui-
cos (link);
● "Animação: TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo" – Canal YouTube: Jane-
la da Alma Psicanálise (link);
Descrições em vídeo
Listados pela APA
Não consta.
Em português
● "A Terapia Cognitiva do Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)" – Canal
YouTube: Terapia Cognitiva Online (link);
● "FALCO-PAPO | TCC NO TRATAMENTO DO T.O.C. (com a Psicóloga Kel-
liny Dório)" – Canal YouTube: Terapia Cognitiva Online (link);
● "TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO - TOC - Faça Isto Para Melho-
rar!! Terapia Cognitiva-Comportamental" – Canal YouTube: Psicóloga Flavia Krahe
(link);
59
60
61
Identificação da pesquisa
● Autores: Jennifer Freeman, PhD; Jeffrey Sapyta, PhD; Abbe Garcia, PhD; Scott
Compton, PhD; Muniya Khanna, PhD; Chris Flessner, PhD; David FitzGerald, PhD;
Christian Mauro, PhD; Rebecca Dingfelder, PhD; Kristen Benito, PhD; Julie Harrison,
BA; John Curry, PhD; Edna Foa, PhD; John March, MD; Phoebe Moore, PhD; Martin
Franklin, PhD
● Título: Tratamento Baseado na Família da Primeira Infância do Transtorno
obsessivo-compulsivo: O Estudo de Tratamento de Transtorno Obsessivo-Compulsi-
vo Pediátrico para Crianças Pequenas (POTS Jr) - Um Ensaio Clínico Randomizado.
● Data de publicação: 23 de abril de 2014
● Periódico: JAMA psychiatry
● Número: 6
● Volume: 71
● Tipo da pesquisa: Ensaio Clínico Randomizado
Racional
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) desenvolvido na primeira infância (entre
5 a 8 anos), impacta nos aspectos sociais, familiares e escolares da vida da criança, compro-
metendo a realização dos marcadores normais de desenvolvimento. Embora o TOC na pri-
meira infância possa representar repercussões negativas no funcionamento e desenvolvi-
mento da criança, podendo se estender até a fase adulta, existem poucas pesquisas que in-
vestigam a eficácia de diferentes tipos de tratamento e intervenção para esse caso.
A Terapia Cognitiva-Comportamental (TCC) elaborar ferramentas de tratamento efi-
cazes para o TOC, entretanto, esses estudos não abordam de maneira adequada às particula-
ridades que o TOC constitui para as crianças na primeira infância. De acordo com a pesqui-
sa, as características próprias do TOC na primeira infância se dão, principalmente, nos se-
guintes aspectos: diferenças de desenvolvimento, contexto familiar, correlatos únicos de sin-
tomas e contato inicial da família com o sistema de saúde mental. Além disso, é importante
que nesses casos o tratamento da TCC permita o envolvimento dos pais, tecendo instruções
que estruturam e expliquem como essa participação pode ser desenvolvida.
Estudos anteriores realizados pelos autores produziram um protocolo de TCC base-
ado na família adaptado para crianças de 5 a 8 anos de idade, alcançando resultados promis-
sores. As adaptações feitas no protocolo incluíram as diferenças contextuais de cognição, so-
62
Objetivo
O objetivo da pesquisa é analisar a eficácia da Terapia Cognitiva-Comportamental
baseada na família (TCC-FB), envolvendo a técnica da Exposição e Prevenção de Respostas,
em comparação com uma condição de controle do tratamento de relaxamento baseado na
família (RT-FB), para crianças de 5 a 8 anos de idade (primeira infância).
Método
A pesquisa, denominada pelos autores de “Pediatric Obsessive-Compulsive Disorder
Treatment Study for Young Children (POTS Jr)”, realizou um ensaio clínico randomizado
com duração de 14 semanas, que ocorreu em três centros médicos acadêmicos diferentes no
período de 2006 até 2011. A pesquisa teve como participantes 127 pacientes ambulatórios
pediátricos, na faixa etária de 5 a 8 anos de idade, que receberam o diagnóstico primário do
Transtorno Obsessivo Compulsivo, levando em consideração o escore de mais de 16 pontos
obtidos na Escala de Obsessão Compulsiva de Yale-Brown.
Os participantes foram randomicamente designados para uma das duas condições
de tratamento, dentro do período de 14 semanas, utilizando um procedimento de bloqueio
permutado. Foram realizadas 12 sessões ao longo das 14 semanas para ambas as condições
de tratamento. Dentre as 12 sessões, as duas primeiras (que tiveram a duração de 90 minu-
tos) foram realizadas apenas com os pais, as demais sessões (com duração de 60 minutos)
foram conduzidas com os pais e as crianças conjuntamente. Cada sessão foi avaliada por
psicólogos de nível de doutorado. A análise dos resultados foi realizada a partir de diferen-
tes procedimentos, como testes multivariados na última semana, pontuação dos participan-
tes no CY-BOCS e COIS-R em cada avaliação, pontuação na escala Clinical Global Impressi-
on–Improvement e inquérito dos avaliadores.
63
3,2 (IC 95%, 2,2-5,8). A diferença do tamanho do efeito entre TCC-FB e RT-FB nas pontuações
obtidas na escala Obsessiva Compulsiva de Yale-Brown para crianças, avaliada na última
semana de experimento, foi de 0,84 (IC 95%, 0,62-1,06).
A partir dos resultados obtidos, pode-se inferir o programa de tratamento da TCC-FB
foi superior ao programa de relaxamento com formato semelhante, sendo a TCC-FB eficiente
na redução dos sintomas de TOC e na diminuição do comprometimento funcional em crian-
ças na primeira infância (5 a 8 anos de idade) diagnosticadas com TOC. Dessa maneira, os
achados da pesquisa somam-se à base de evidências que apoiam o tratamento da TCC para
o TOC pediátrico, demonstrando que os protocolos da TCC de Exposição e Prevenção de
Respostas também podem ser aplicados em crianças na primeira infância. Com o envolvi-
mento e apoio apropriado dos pais, as crianças de 5 a 8 anos diagnosticadas com TOC po-
dem obter ganhos significativos ao serem tratadas com a TCC-FB.
Referências
Cordioli, A.V. (2008). A terapia cognitivo-comportamental no transtorno obsessivo-
compulsivo. Brazilian Journal of Psychiatry, 30 (supl II), 65-72.
64
65
Moreira & Araújo (2021) | walden4.com.br
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Anorexia Nervosa (link)
Resumo
A Anorexia Nervosa pode ser caracterizada por comportamentos alimentares tidos
como prejudiciais e inadequados, impactando negativamente na saúde física e nas relações
sociais do indivíduo, interferindo também na relação com sua família e com seus cuidado-
res. As faixas etárias mais acometida pelos transtornos alimentares (entre eles, a anorexia
nervosa), é a adolescência e o começo da vida adulta, por esse motivo, o sistema familiar
torna-se uma ferramenta muito importante para o tratamento, possuindo grande potencial
terapêutico (Dáquer, Duchesne & Simão, 2019).
Nesse sentido, os tratamentos que incluem a participação da família na inter-
venção têm tido resultados satisfatórios. Dentre esses, a Terapia Familiar (FBT) se destaca
como padrão-ouro para o tratamento dos transtornos alimentares, possuindo diversas evi-
dências indicando sucesso nos resultados (Dáquer, Duchesne & Simão, 2019). A FBT, terapia
desenvolvida no Maudsley Hospital em Londres, pode ser descrita como uma abordagem
ambulatorial e semiestruturada, composta por 15 a 20 sessões e tendo como principal objeti-
vo a participação do núcleo familiar na restauração da saúde do indivíduo. Esse tratamento
busca alcançar, a partir da colaboração dos familiares, a restauração do peso e a prática de
uma alimentação saudável para o indivíduo, além de melhorar o relacionamento entre pais e
filhos, colaborando também no desenvolvimento saudável do adolescente (Dáquer, Duches-
ne & Simão, 2019).
66
Premissa básica
O envolvimento familiar ativo e estruturado no tratamento de adolescentes que so-
frem de anorexia nervosa aumenta significativamente a probabilidade de resultados positi-
vos do tratamento.
Essência da terapia
O tratamento familiar (FBT) para anorexia nervosa é uma intervenção ambulatorial
para adolescentes clinicamente estável e consiste em três fases: (1) os pais se encarregam do
processo de reabilitação nutricional e restauração do peso com a ajuda de um terapeuta; (2) o
controle sobre a alimentação é devolvido ao adolescente de forma adequada à idade; (3)
questões de desenvolvimento psicossocial na ausência de um transtorno alimentar são abor-
dadas. O FBT também visa corrigir percepções equivocadas e atribuições errôneas de culpa
pela doença do paciente. Ou seja, nem os pais nem o adolescente são responsáveis pelo
transtorno alimentar. Portanto, o FBT adota uma abordagem teoricamente agnóstica para a
etiologia desse distúrbio.
Manuais de tratamento
Listados no site da APA
● Manual de Tratamento para Anorexia Nervosa, Segunda Edição: Uma Abor-
dagem Familiar (Lock & Le Grange) (link).
Disponíveis em língua portuguesa
● Manual Clínico de Transtornos da Alimentação (Yager & Powers, 2009) (link).
67
Moreira & Araújo (2021) | walden4.com.br
Recursos de treinamento
Listados no site da APA
● Terapia familiar para anorexia nervosa (Dare & Eisler, 1997) (link);
● Tratando adolescentes com anorexia nervosa usando terapia comportamental
de sistemas familiares (Robin & Le Grange, 2010; In: Psicoterapias Baseadas em Evi-
dências para Crianças e Adolescentes) (link);
● Tratando adolescentes com transtornos alimentares no contexto familiar: con-
siderações empíricas e teóricas (Lock, 2002) (link).
Disponíveis em língua portuguesa
● A importância da abordagem familiar no tratamento dos transtornos alimen-
tares (Dáquer & Duchesne & Simão, 2019) (link);
● Transtornos Alimentares: Entenda Os Aspectos Que Envolvem Essas Patolo-
gias E Suas Implicações (Peixoto, 2015) (link);
● Terapia familiar focada na emoção para o treinamento de cuidadores de indi-
víduos com transtornos alimentares: análise de entrevista com profissionais de saúde
mental (Francisco, 2022) (link);
● Aspectos gerais da avaliação e tratamento dos transtornos alimentares (Pe-
drosa et al., 2019) (link).
Livros de auto-ajuda
Listados no site da APA
68
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
● Dominando Anorexia - Experiências e Desafios Enfrentados por Adolescentes
e seus Familiares (Halse, Honey & Boughtwood, 2013) (link);
● O que você precisa saber sobre transtornos alimentares e tem medo de per-
guntar (Souza, Vargas & Oliveira, 2022) (link);
● Diários da Anorexia - O Triunfo de Uma Mãe e de Uma Filha Sobre Transtor-
nos Alimentares (Rio & Rio, 2004) (link);
● O diário secreto da anorexia (Spila, 2022) (link);
● Anorexia, Bulimia e o Ambiente Familiar (Rennó & Cataldo, 2018) (link);
● A Cultura da Dieta é Tóxica: Desmistificando crenças sobre alimentação e
peso com base em evidências científicas (Orsini, 2021) (link);
● Como lidar com os transtornos alimentares - Guia Prático para Familiares e
Pacientes (Aratangy & Buonfiglio, 2018) (link).
Demonstrações em vídeo
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
● Transtornos alimentares: anorexia nervosa - Canal YouTube: Psicologia tam-
bém é ciência (link);
● Anorexia e Bulimia - Canal YouTube: Minutos Psíquicos (link).
Descrições em vídeo
Listados no site da APA
● Tratamento Familiar para Anorexia Nervosa: A Abordagem Maudsley
(maudsleyparents.org) (link);
● Tratamento Familiar para Jovens Adultos com Anorexia Nervosa (maudsley-
parents.org) (link);
69
70
Identificação da pesquisa
● Autores: James Lock; Daniel Le Grange; W. Stewart Agras; Ann Moye; Susan
W. Bryson; Booil Jo.
● Título: Ensaio Clínico Randomizado Comparando Tratamento Familiar com
Terapia Individual Focada no Adolescente para Adolescentes com Anorexia Nervosa
(link)
● Data de publicação: 2010
● Periódico: Archives of general psychiatry
71
● Número: 10
● Volume: 67
● Tipo da pesquisa: Teste Clínico
Racional
A Anorexia Nervosa (AN) é um transtorno grave que afeta a saúde psicológica e físi-
ca. Tendo uma maior prevalência entre meninas adolescentes, esse transtorno traz diversos
impactos para a saúde física para pessoas nessa faixa etária, entre eles: retardo de crescimen-
to, atraso ou interrupção da puberdade e pico de redução da massa óssea. Além disso, a
Anorexia Nervosa pode ter comorbidade com outros transtornos psicológicos, como Trans-
tornos Depressivos, Transtornos de Ansiedade, Transtorno Obsessivo-Compulsivo e Trans-
tornos de Personalidade. Embora a Anorexia Nervosa seja um grave distúrbio, há pouca ori-
entação para fornecer intervenções baseadas em evidências para adolescentes ou adultos
com AN.
Um modelo de abordagem psicológica comumente usada, a terapia individual foca-
da no adolescente (AFT), é uma psicoterapia individual psicodinâmica com foco no aumento
da autonomia, autoeficácia, individuação e assertividade, além de incluir sessões com os
pais para apoiar o tratamento individual. Outra abordagem é um tratamento familiar (FBT)
que promove o controle parental da restauração do peso, ao mesmo tempo em que melhora
o funcionamento familiar no que se refere ao desenvolvimento do adolescente.
A hipótese do estudo é que a FBT, ao capacitar os pais para abordar diretamente os
comportamentos de manutenção da perda de peso em seus filhos, seria mais eficaz do que a
Abordagem Psicológica Individual (AFT) na normalização do peso e dos processos psicoló-
gicos associados à AN.
Objetivo
Avaliar a eficácia relativa do tratamento familiar (FBT) e da terapia individual focada
no adolescente (AFT) para adolescentes com Anorexia Nervosa, tendo como meta a remissão
total do transtorno.
Método
Foi realizado um ensaio clínico controlado de forma randomizada, contendo
121 participantes, com idade entre 12 a 18, diagnosticados com anorexia nervosa de acordo
com os critérios do DSM-IV (excluindo o requisito de amenorreia). Os participantes foram
submetidos a 24 horas de tratamento ambulatorial de FBT ou AFT durante o período de 12
meses. Foi realizada a avaliação com os participantes no início do tratamento, no final do
tratamento (EOT), 6 meses e 12 meses após o tratamento. As principais medidas utilizadas
foram: remissão total da Anorexia Nervosa definida como o alcance do peso normal (95% do
esperado para sexo, idade e altura) e pontuação global média do Exame de Transtorno Ali-
mentar dentro médias publicadas. As medidas de resultados secundários incluíram taxas de
remissão parcial (85% do peso esperado para a altura, sexo e idade), alterações no percentil
do índice de massa corporal e psicopatologia relacionada à alimentação.
72
Referência bibliográficas
Dáquer, A. F. C., Duchesne, M., & Simão, C. (2019). A importância da abordagem fa-
miliar no tratamento dos transtornos alimentares. Debates em Psiquiatria, 9(3), 44-50.
73
74
Moreira & Araújo (2021) | walden4.com.br
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Depressão moderada e severa link
Resumo
A depressão na visão comportamental está relacionada a uma vivência que presencia
poucos reforços positivos associada a reforços negativos, já no aspecto cognitivo a depressão
é entendida como a “realização” de crenças, pensamentos e pressupostos disfuncionais de si
ou da realidade.
De acordo com o DSM-5, a depressão é caracterizada por um grau de tristeza muito
grave ou persistente, podendo acabar interferindo no dia a dia da pessoa, diminuindo o seu
interesse ou prazer em suas atividades diárias
Premissa básica
A teoria cognitiva da depressão de Aaron T. Beck propõe que as pessoas suscetíveis à
depressão desenvolvam crenças essenciais de incurável/inutilidade a respeito de si, dos ou-
tros e do mundo. Essas crenças podem ser preservadas por longos períodos de tempo e são
ativadas por eventos da vida que carregam um significado específico para essa pessoa. As
crenças centrais que tornam alguém suscetível à depressão são amplamente categorizadas
em crenças sobre não ser amado, inútil, indefeso e incompetente. A teoria Cognitiva também
75
Essência da terapia
Terapia cognitiva (TC), os clientes que aprendem habilidades e comportamentos para
que possam desenvolver crenças mais precisas/úteis e eventualmente, se tornarem seus
próprios terapeutas
Manuais de tratamento
Listados pela APA
● Individual Cognitive Behavior Therapy for Depression (ENRICHD Interven-
tion Manual of Operations, Volume 2, Pages 2-16, Version 2) (link);
● Individual Therapy Manual for Cognitive-Behavioral Treatment of Depressi-
on (Muñoz & Miranda; also available in Spanish) (link);
● Treatment Manual for Cognitive Behavioral Therapy for Depression, Individu-
al Format Therapist’s Manual: Adaptation for Puerto Rican Adolescents (Rosselló &
Bernal) (link);
● Treatment Manual for Cognitive Behavioral Therapy for Depression (Rossello
& Bernal) (link);
● Cognitive Behavioural Therapy Skills Training Workbook (Hertfordshire
Partnership University NHS Foundation Trust) (link);
76
Livros de auto-ajuda
Listados pela APA
● Cognitive Therapy of Depression (Beck et al.) (link);
● Cognitive Behavior Therapy: Basics and Beyond (2nd Edition; Beck) (link);
● Overcoming Depression: A Cognitive Therapy Approach Workbook (Gilson
et al.) (link);
● Cognitive Therapy for Bipolar Disorder: A Therapist’s Guide to Concepts,
Methods and Practice (Lam, Jones, & Hayward) (link).
Em português
● Terapia cognitivo-comportamental: Estratégias para lidar com ansiedade, de-
pressão, raiva, pânico e preocupação (Seth J. Gillihan (Autor), Laura Folgueira (Tradu-
tor)) (link);
Recursos de treinamento
Listados pela APA
● Beck Institute: Cognitive Therapy Training Center (1 Belmont Avenue, Suite
#700, Bala Cynwyd, PA 19004) (link);
○ Contact: (610) 664-3020
● Academy of Cognitive Therapy: Supporting Professionals, Educating Con-
sumers, and Connecting Individuals with Truly Effective Care (Multiple locations
worldwide) (link);
● Workshops under the direction of Judith Beck, PhD at the Beck Institute
(link);
77
● Workshop listing for the annual conference of the Association for Behavioral
and Cognitive Therapies (ABCT) (link).
Em português
● TCC e Depressão (Instituto de Terapia Cognitiva) (link);
● Curso Online de Terapia cognitivo-comportamental da depressão (Jose Elis-
berto Goncalves Lobo Júnior) (link);
● Cursos de TCC e Depressão (CATC) (link).
Livros de auto-ajuda
Listados pela APA
● Mind over Mood: Change How You Feel by Changing the Way You Think
(2nd Edition, Greenberger, Padesky, & Beck) (link);
● Feeling Good: The New Mood Therapy (Burns) (link).
Em português
● Caixinha antidepressão: 100 práticas com técnicas de terapia cognitivo-com-
portamental, neurociência e psicologia evolutiva (Barbosa, A., 2019) (link).
78
Demonstrações em vídeo
Listados pela APA
● Beck Institute YouTube channel (link);
● Depression: A Cognitive Therapy Approach (Freeman) (link);
Em português
Não consta.
Descrições em vídeo
Listados pela APA
Não consta.
Em português
● "Modelo Cognitivo da Depressão (Para Profissionais)" – Canal YouTube: Te-
rapia Cognitiva Online (link);
● "#1 Depressão Na Terapia Cognitivo Comportamental: Panorama Geral" –
Canal YouTube: Papo de consultório com Eliana Oliveira (link).
79
80
81
Identificação da pesquisa
● Autores: Robert J DeRubeis, Steven D Hollon, Jay D Amsterdam, Richard C
Shelton, Paula R Young, Ronald M Salomon, John P O'Reardon, Margaret L Lovett,
Madeline M Gladis, Laurel L Brown, Robert Gallop.
● Título: Cognitive therapy vs medications in the treatment of moderate to severe de-
pression
● Terapia Cognitiva vs Medicamentos no tratamento de depressões moderadas
e severas
● Data de publicação: Abril de 2005
● Periódico: Arch Gen Psychiatry
● Número: 62
● Volume: 4
● Tipo da pesquisa: Investigativa no modelo quantitativo
Racional
Existem inúmeras evidências da eficácia do tratamento a base do uso de remédios
antidepressivos no tratamento de depressões moderadas e severas, porém, há bastante me-
nos dados relacionados à terapia cognitiva nessa população.
Objetivo
Comparar a eficácia da terapia cognitiva e do tratamento com remédio antidepressi-
vos para o tratamento de depressão moderada e severa.
Método
Procedimentos: Atribuição aleatória a um dos seguintes: 16 semanas de medicamen-
tos (n = 120), 16 semanas de terapia cognitiva (n = 60) ou 8 semanas de pílula placebo (n =
60).
Local: Clínicas de pesquisa da Universidade da Pensilvânia, Filadélfia, e da Univer-
sidade Vanderbilt, Nashville, Tennessee.
82
83
www.waden4.com.br
84
Moreira & Araújo (2021) | walden4.com.br
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Insônia (link)
Resumo
O principal objetivo da terapia de controle de estímulos é reduzir a ansiedade ou a
excitação condicionada que os indivíduos podem sentir ao tentar ir para a cama. Especifica-
mente, é implementado um conjunto de instruções destinadas a associar a cama/quarto ao
sono e restabelecer um horário de sono consistente. Estes incluem: 1) Ir para a cama apenas
quando estiver com sono; 2) Sair da cama quando não consegue dormir; 3) Usar a cama/
quarto apenas para dormir e fazer sexo (ou seja, não ler, assistir TV, etc); 4) Levantar-se à
mesma hora todas as manhãs; e 5) Evitar cochilos.
Premissa básica
As estimativas com base na população indicam que cerca de um terço dos
adultos relataram sintomas de insônia, 10 a 15% experimentam prejuízos diurnos associa-
dos, e 6 a 10% apresentam sintomas que atendem aos critérios do transtorno de insônia. O
transtorno de insônia é o mais prevalente entre todos os transtornos do sono. Nos ambientes
de tratamento primário, aproximadamente 10 a 20% dos indivíduos se queixam de sintomas
significativos de insônia. Queixa de insônia é mais prevalente em indivíduos do sexo femi-
85
nino do que nos do masculino, com uma razão entre gêneros em torno de 1,44:1. Embora,
possivelmente, seja um sintoma ou um transtorno independente, a insônia é observada com
maior frequência como uma condição comórbida com outra condição médica ou com algum
transtorno mental. Por exemplo, 40 a 50% dos indivíduos com insônia apresentam também
transtorno mental comórbido.
Disponível em: https://drgabriel.med.br/transtorno-de-insonia/
Manuais de tratamento
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
● Guia de consulta Insônia (link).
Recursos de treinamento
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
● Curso de distúrbios do sono (link);
86
Não consta.
Livros de auto-ajuda
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
Demonstrações em vídeo
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
Descrições em vídeo
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
● O Que É O Controle de Estímulos? 2nd Componente da TCC-i. Vença a Insô-
nia! [Tratamento Para Insônia] (link);
● Controle de Estímulos: O componente #1 da Terapia Cognitivo-Comporta-
mental para Insônia (link).
87
● Bootzin, R.R., & Epstein, D.R. (2000). Stimulus control. In K.L. Lichstein &
C.M. Morin (Eds.), Treatment of late-life insomnia (pp. 167-184). Thousand Oaks, CA:
Sage Publications.
● Morin, C.M. (1993). Insomnia: Psychological assessment and management. New
York: Guilford Press.
Disponíveis em português
Não consta.
88
Identificação da pesquisa
● Autores: Jeanne M. Geiger-BrownValerie E. RogersWen LiuEmilie M. Lude-
manKatherine D. DowntonMontserrat Diaz-Abad
● Título: Cognitive behavioral therapy in persons with comorbid insomnia: A
meta-analysis (link)
● Data de publicação: 2015
● Periódico: Sleep Medicine Review
● Número: 23
● Volume: 57-67
● Tipo da pesquisa: Ensaios randomizados.
Racional
A terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I) é eficaz no tratamento da
insônia primária . Não há síntese de estudos que quantifiquem esse efeito na insônia comór-
bida com distúrbios médicos e psiquiátricos usando critérios de seleção rigorosos
Objetivo
O objetivo deste estudo foi quantificar o efeito da TCC-I em estudos incluin-
do pacientes com distúrbios médicos ou psiquiátricos. Os estudos foram identificados de
1985 a fevereiro de 2014 usando vários bancos de dados e pesquisas bibliográficas.
Método
A inclusão foi limitada a ensaios clínicos randomizados de TCC-I em pacien-
tes adultos com insônia diagnosticados usando critérios padronizados, que também apre-
sentavam uma condição médica ou psiquiátrica comórbida. Vinte e três estudos incluindo
1.379 pacientes preencheram os critérios de inclusão.
89
90
91
Moreira & Araújo (2021) | walden4.com.br
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Transtorno de Estresse Pós-Traumático (link)
Resumo
A Terapia de Resolução Acelerada, muitas vezes referida como ART, é uma forma de
psicoterapia com raízes em terapias baseadas em evidências existentes, mas demonstra al-
cançar benefícios muito mais rapidamente (geralmente em 1-5 sessões). Clientes que sofrem
de trauma e outros problemas de saúde mental, tais como: Ansiedade, Depressão, Fobias,
Ataques de Pânico, Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) Transtorno de, Estresse Pós-
Traumático (TEPT), Vícios/ Abuso de Substâncias, Ansiedade de Desempenho, Questões
Familiares, Vitimização/Autoimagem Pobre, Vitimização/Abuso Sexual, Problemas de Re-
lacionamento/Infidelidade, Codependência, Luto, Estresse Relacionado ao Trabalho, Geren-
ciamento da Dor, Aprimoramento da Memória. Dislexia e muitas outras condições mentais e
físicas podem experimentar benefícios notáveis a partir da primeira sessão. O cliente está
sempre no controle de toda a sessão de TARV, com o terapeuta orientando o processo. Em-
bora algumas experiências traumáticas, como estupro, experiências de combate ou perda de
um ente querido, possam ser muito dolorosas de se pensar ou visualizar, a terapia rapida-
mente move os clientes para além do lugar onde estão presos nessas experiências em direção
ao crescimento e a mudanças positivas. O processo é muito simples, usando movimentos
oculares relaxantes e uma técnica chamada Memória Voluntária/Substituição de Imagem
para mudar a maneira como as imagens negativas são armazenadas no cérebro. O tratamen-
92
Premissa básica
O estresse pós-traumático pode ser causado pela exposição à guerra, desastres natu-
rais, agressão sexual, abuso físico e emocional, acidentes, morte e outras situações angustian-
tes que deixam memórias duradouras que podem causar sofrimento significativo e interferir
no funcionamento diário. A Terapia de Resolução Acelerada (ART) é uma terapia que pro-
move uma recuperação rápida, alterando a forma como o cérebro armazena memórias e
imagens traumáticas. Essa abordagem pode proporcionar alívio das fortes reações físicas e
emocionais associadas ao estresse pós-traumático.
Essência da terapia
A Terapia de Resolução Acelerada (ART) incorpora princípios de várias formas de
psicoterapia para reduzir os efeitos do trauma e outros estressores psicológicos. Usando téc-
nicas como movimento rápido dos olhos, exposição in vivo e reescrita de imagens, essa
abordagem funciona para recondicionar memórias estressantes. As pessoas não precisam
falar sobre seus traumas ou experiências de vida difíceis com o terapeuta para alcançar a re-
cuperação, e o cliente está sempre no controle durante toda a sessão de ART. As pessoas são
encorajadas a substituir a memória traumática por uma mais positiva de sua própria imagi-
nação usando memória voluntária/substituição de imagem durante o processo. Essa abor-
dagem ajuda as pessoas a mudar os sentimentos associados às memórias traumáticas, mas
não os fatos. No final do tratamento, eles podem recordar os detalhes do trauma, mas não
experimentam mais fortes reações físicas e emocionais
93
Manuais de tratamento
Listados pela APA
Não consta.
Em português:
Não consta.
Recursos de treinamento
Listados pela APA
Não consta.
Em português
Livros de auto-ajuda
Listados pela APA
● Too Good to Be True?: Accelerated Resolution Therapy - Laney Rosenzweig
(2022) (link).
94
Demonstrações em vídeo
Listados pela APA
Não consta.
Em português
● Alívio de PTSD (link).
Descrições em vídeo
Listados pela APA
● A ARTE da Recuperação Rápida | Laney Rosenzweig | TEDxSpringfield
(link);
● PBS WEDU Quest: Terapia de Resolução Acelerada (link);
● ART Treinamento e Pesquisa Internacional (link).
95
Identificação da pesquisa
● Autores: Kevin E. Kip, PhD, Laney Rosenzweig, MS, Diego F. Hernandez,
PsyD, Amy Shuman, MSW, Kelly L. Sullivan, PhD, Christopher J. Long, MSW, James
Taylor, MSc, Stephen McGhee, MSc, Sue Ann Girling, BSAS, Trudy Wittenberg, BS,
Frances M. Sahebzamani, PhD, Cecile A. Lengacher, PhD, Rajendra Kadel, PhD, Da-
vid M. Diamond, PhD
● Título: Ensaio Controlado Randomizado de Resolução Acelerada Terapia
(ART) para Sintomas de Combate Relacionados Transtorno de Estresse Pós-Traumá-
tico (TEPT)
● Data de publicação: 01 de dezembro de 2013
● Periódico: Medicina Militar
● Número: 12
● Volume: 178
● Tipo da pesquisa: Ensaio Clínico Randomizado
Racional
Os tratamentos de primeira linha utilizados para TEPT em veteranos, são a terapia
de exposição prolongada (PE), a terapia de processamento cognitivo (CPT), e a dessensibili-
zação e reprocessamento do movimento ocular (EMDR), que tem como objetivo a diminui-
ção dos sintomas, por meio da intrusão, evitação e excitação do TEPT, resultando na ressig-
nificação da situação traumática. Mas, esses tratamentos são de longo prazo, caros e com
alto índice de desistência, essas limitações resultam na criação da terapia de resolução acele-
rada (ART).
96
Objetivo
Analisar por meio de um estudo randomizado a Terapia de Resolução acelerada
(ART) para o tratamento de adoecimento psíquico causado pelo combate em militares.
Método
Trata-se de um estudo controlado randomizado, no qual foram selecionados mem-
bros e veteranos de serviço dos EUA como participantes, que foram divididos aleatoriamen-
te em dois grupos, um deles foi direcionado para o tratamento com a ART e o outro para um
Regime de Controle de Atenção (AC). Quando os participantes que foram escolhidos para
AC, terminaram as sessões, passaram a ter um tratamento com TARV. Os Critérios para a
escolha dos participantes da pesquisa foram: ser membro do serviço dos EUA ou veterano,
com idade mínima de 18 anos, apresentar sintomas de distúrbios psicológicos de trauma,
apresentar pontuação 40 no PCL-M e endosso de itens do PSTD no PDSQ, saber ler e falar
inglês e não apresentar nenhuma ideação suicida ou homicida, ou evidência de comporta-
mento ou crise psicológica.
Sendo assim, a intervenção ART aconteceu entre 2 a 5 sessões de até 75 minutos, e foi
dividida entre exposição imaginal (IE), Imagery Rescripting (IR) e pelo uso de movimentos
oculares bilaterais. A exposição imaginal (IE) consiste no participante ser solicitado a resga-
tar na memória a situação traumática que ocorreu, enquanto repara nas suas sensações físi-
cas e emocionais, o que resulta em um estado mental relaxado e de alerta, e, depois, é expos-
to à memória novamente durante 30 a 45 segundos. Durante esse período, foi possível per-
ceber que houve o reconhecimento, a diminuição ou até mesmo a retirada dos sintomas
emocionais e somáticos, como consequência do participante ter mantido a consciência dos
sintomas enquanto acompanhava os movimentos oculares dirigidos pelo médico. Essas duas
fases foram de exposição da memória alvo. Na fase de imagery rescripting (IR), é solicitado
que o sujeito relembre a cena traumática e redirecione os componentes das imagens, das rea-
ções corporais e emocionais para qualquer coisa de sua preferência Dessa forma, pode-se
dizer que o tratamento foi útil, quando a cena traumática foi substituída por algo positivo,
mesmo que permaneça o conhecimento da cena original.
A intervenção AC foi composta por 2 sessões de 1 hora de avaliação e planejamento
de condicionamento físico, que foi realizada por um profissional de educação física para ob-
ter dados da composição corporal, o histórico de exercícios e a definição dos objetivos do
condicionamento físico. Também foi utilizado a avaliação de carreira e o regime de planeja-
mento, realizado por um conselheiro, por meio da avaliação e conclusão da escala de plane-
jamento, que é dividida em 6 escalas: conhecimento do mundo do trabalho, conhecimento
de ocupações, autoconhecimento, tomada de decisão de carreira, planejamento de carreira e
implementação da carreira. Tanto na etapa de condicionamento físico quanto na de carreira,
tiveram como objetivo, primeiramente, uma avaliação atual e depois, o desenvolvimento de
um plano individualizado para atingir os seus propósitos.
Os participantes responderam um questionário demográfico e um histórico médico.
A conclusão da linha de base de auto-relato medidas de resultado foram: Centro de 20 itens
para Escala de Depressão em Estudos Epidemiológicos (CES-D); 18 itens Inventário Breve de
97
Referências:
APA. Tratamento terapia de resolução acelerada para transtorno de estresse pós-trau-
mático. Retirado de https://div12.org/treatment/accelerated-resolution-therapy-for-
ptsd/.
Kip, K. E., Rosenzweig, L., Hernandez, D. F., Shuman, A., Sullivan, K. L., Long, C. J., ... & Dia-
mond, D. M. (2013). Randomized controlled trial of accelerated resolution therapy (ART) for
symptoms of combat-related post-traumatic stress disorder (PTSD). Military medicine, 178(12),
1298-1309.
O que é ART ?. Retirado de https://acceleratedresolutiontherapy.com/.
Waits W., Marumoto M. & Weaver J. (2017). Accelerated Resolution Therapy (ART):a review
and research to date. Current Psychiatry Reports, 19 (18), 1-7.
98
99
Moreira & Araújo (2021) | walden4.com.br
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica (link)
Resumo
Nos casos de Transtorno de Compulsão Alimentar periódica (TCAP), a Tera-
pia Cognitivo Comportamental (TCC) busca realizar intervenções cognitivas para diminuir
os comportamentos que levam até a compulsão alimentar, aumentando o autocontrole e au-
tonomia do paciente, além de também trabalhar a sua autoimagem.
Premissa básica
A restrição alimentar leva à compulsão alimentar, o que leva a uma maior restrição
alimentar. Assim, reduzir a restrição alimentar por meio de intervenções cognitivas e com-
portamentais pode reduzir a compulsão alimentar.
Essência da terapia
A contenção alimentar promove e mantém a patologia da compulsão alimentar; as-
sim, o tratamento é projetado para reduzir a restrição alimentar por meio de estratégias
comportamentais (por exemplo, automonitoramento de comportamentos, normalização dos
padrões de alimentação). O tratamento também inclui a modificação de pensamentos e cren-
100
ças disfuncionais sobre a forma e o peso do corpo, que também é projetado para reduzir a
patologia do transtorno alimentar.
Manuais de tratamento
Listados no site da APA
● Manual de tratamento de grupo de TCC para CAMA (Mitchell) (link).
Recursos de treinamento
Listados no site da APA
Não consta.
Livros de auto-ajuda
Listados no site da APA
● CBT para CAMA Manual de autoajuda (Mitchell) (link);
● Superando a compulsão alimentar: o programa comprovado para aprender
por que você come compulsivamente e como pode parar (Fairburn) (link);
Outras fontes
● A Prática da Terapia Cognitivo-Comportamental nos Transtornos Alimentares
e Obesidade (Finger, 2016) (link).
101
Demonstrações em vídeo
Listados no site da APA
Não consta.
Descrições em vídeo
Listados no site da APA
Não consta.
Outras fontes:
● "Terapia Cognitivo-Comportamental e Compulsão Alimentar Periódica" –
Canal YouTube: Terapia Cognitiva Online (link).
102
103
Identificação da pesquisa:
● Autores: Carlos M. Grilo, Robin M. Masheb, G. Terence Wilson
● Título: Eficácia da terapia cognitivo-comportamental e fluoxetina para o tra-
tamento do transtorno da compulsão alimentar periódica: uma comparação rando-
mizada, duplo-cega, controlada por placebo
● Data de publicação: 1 de fevereiro de 2005
● Periódico: Psiquiatria Biológica
● Número: 3
● Volume: 57
● Tipo da pesquisa: Randomizada, Duplo-cega, Controlada por placebo.
Racional
O uso de medicamentos e a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) são terapêuti-
cas eficazes para o Transtorno de compulsão alimentar periódica (TCAP), mas até então não
existia nenhum estudo controlado que comparasse as terapias psicológicas com as farmaco-
lógicas, fazendo-se necessário o presente estudo.
Objetivo
Testar a eficácia da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) e fluoxetina isolada-
mente e em combinação para Transtorno de compulsão alimentar periódica (TCAP).
Método
Foram selecionados 108 participantes que apresentam quadros de Transtorno de
compulsão alimentar periódica (TCAP), sendo divididos entre os seguintes tratamentos in-
dividuais de 16 semanas: a dministração de 60 mg de fluoxetina diariamente, o uso de pla-
cebo, a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) em conjunto com a administração de 60
mg de fluoxetina todos os dias ou a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) juntamente
com o placebo.
104
Referência bibliográficas
Abreu, L. E., Stival, J. K., Hernandes, J. C., & Fidelis, P. M. (2017). A eficácia da Terapia
Cognitivo Comportamental no tratamento de Transtorno Compulsivo Alimentar Pe-
riódico. Revista de Trabalhos Acadêmicos Universo, 3, 1-12.
Cecchini, F. F., Bertini, E., Martins, M. B., Rodrigues, F. M. L., & Monson, C. A. (2010). A
terapia cognitivo-comportamental como co-intervenção no tratamento do transtorno
da compulsão alimentar periódica na obesidade. Neurociências, 6(2), 113-121
Duchesne, M. & Almeida, P. E. M. (2002). Terapia cognitiva comportamental dos trans-
tornos alimentares. Revista Brasileira de Psiquiatria, 24(Supl III),49-53.
Duchesne, M., Appolinario, J. C., Rangé, B. P., Fandiño, J., Moya, T., & Freitas, S. R.
(2007). Utilização de terapia cognitivo-comportamental em grupo baseada em manual
em uma amostra brasileira de indivíduos obesos com transtorno da compulsão ali-
mentar periódica. Brazilian Journal of Psychiatry, 29 (1), 23-25.
Duchesne, M., Appolinário, J. C., Rangé, B. P., Freitas, S., Papelbaum, M., & Coutinho,
W. (2007). Evidências sobre a terapia cognitivo-comportamental no tratamento de obe-
sos com transtorno da compulsão alimentar periódica. Revista de Psiquiatria do Rio
Grande do Sul, 29 (1), 80-92.
Fernandes, D. D. A. F., & da Silva Macário, G. C. (2020)Compulsão Alimentar: Atuação
Multidisciplinar a partir da Abordagem Cognitivo-Comportamental. Revista visões, 7
(1), 71-77.
Grilo, C. M., Masheb, R. M. Wilson, G. T. (2005). Eficácia da terapia cognitivo-compor-
tamental e fluoxetina para o tratamento do transtorno da compulsão alimentar perió-
dica: uma comparação randomizada, duplo-cega, controlada por placebo. Psiquiatria
biológica, 57 (3), 301-309
Leite, J. L. C., & Andrade, A. A. C. (2022). Pandemia de COVID-19 e Compulsão Ali-
mentar: possibilidades de tratamento com a Terapia Cognitivo-Comportamental
(TCC). Cadernos de Psicologia, 3 (5), 315-333.
105
106
107
fi
Moreira & Araújo (2021) | walden4.com.br
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Depressão (link)
Resumo
O mindfulness é definido como uma forma específica de atenção plena, essa técnica
consiste em concentração no momento atual, com uma consciência plena intencional e sem
julgamentos de uma situação vivida no momento,tal prática se define como um treinamento
mental com o objetivo de enfrentar situações estressantes tendo como foco a percepção cons-
ciente de experiências internas, de modo que a pessoa não esteja absorvida por essas experi-
ências, observando o surgimento e o desaparecimento dos pensamentos e sentimentos sem
se fixar aqueles valorizados e sem tentar banir os dolorosos.
Premissa básica
A depressão está associada a uma rede de modos negativos de pensar e sentir. Esses
modos podem ser reativados durante períodos de remissão levando à recaída.
Essência da terapia
Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness (MBCT) combina conceitos centrais da
terapia cognitiva com treinamento em meditação de atenção plena como meio de diminuir a
reatividade cognitiva. O MBCT visa cultivar a atenção plena, incentivando os pacientes a se
108
Descrição do procedimentos
Por meio do trabalho de Assumpcao (2019), os componentes centrais do treinamento
são práticas formais e informais de mindfulness, atividades sobre o tema proposto em cada
sessão, bem como o desenvolvimento de habilidades cognitivas e comportamentais para li-
dar com sintomas de depressão, ansiedade e estresse. Esses dois componentes, o cognitivo e
o experiencial, compõem o típico programa MBCT. As sessões em sala de aula seguem um
formato padrão no qual começam discutindo a lição de casa da sessão anterior (frequência
da meditação, quaisquer obstáculos à conclusão e a experiência de meditação). Posterior-
mente, é realizada uma breve exposição sobre o tema da semana acompanhada de uma ati-
vidade para reforçar o conteúdo apresentado. Em seguida, são ensinadas uma ou duas prá-
ticas de atenção plena. Ao final de cada exercício de meditação, o terapeuta e o participante
discutiam experiências emocionais, fisiológicas e cognitivas. Após o treinamento de mind-
fulness, as práticas da semana de lição de casa são explicadas e a reunião termina. Apostilas
semanais também são fornecidas para ilustrar conceitos, e reflexões sobre trabalhos de casa
estão incluídas.
Os trabalhos de casa incluem sessões individuais de áudio de meditação (ficheiros
descarregados) correspondentes ao tema do encontro semanal, reforçando as técnicas utili-
zadas nas aulas. Grupo de treinamento: As sessões de treinamento de mindfulness serão rea-
lizadas uma vez por semana dentro de 6 semanas. Cada sessão terá a duração aproximada
de 90 minutos. O protocolo é o seguinte: Primeira sessão: (1) introdução à atenção plena e
piloto automático, (2) varredura corporal e meditação de 3 minutos. Segunda sessão: (1)
apreciação do aqui e agora, (2) respiração e meditação de 3 minutos, (3) aprendizado sobre
sentimentos e pensamentos. Terceira sessão: (1) permanecer no momento presente, (2) traba-
lhar com o corpo e a respiração e meditação de 3 minutos. Quarta sessão: (1) reconhecimento
da aversão, (2) mediação do som e do pensamento. Quinto: (1) deixe estar, (2) explorando as
dificuldades, (3) 87 meditação da bondade amorosa. Sexta sessão: (1) treino de recordação,
(2) prevenção de recaídas, (3) varredura corporal e meditação de 3 minutos. Grupo controle:
terá treinamento de Mindfulness após aguardar 6 semanas (período do grupo de treinamen-
to).
109
Serão aceitos no estudo participantes que estejam em uso de psicofármacos para de-
pressão e/ou ansiedade. Essa variável será considerada na análise dos dados como uma
possível variável de confusão. Para tanto, semanalmente, serão anotados acréscimos ou sus-
pensão de psicofármacos tanto para os participantes que iniciarem o estudo em uso de me-
dicação quanto para os participantes que iniciarem o uso durante o programa.
Manuais de tratamento
Listados pela APA
● Mindfulness-Based Cognitive Therapy for Depression (2nd ed.) (Segal, Willi-
ams, & Teasdale, 2013) (link).
Em português
Não consta.
Recursos de treinamento
Listados pela APA
● MBCT Instructor Training Workshops (link).
Em português
● Treine seu cérebro: Terapia cognitivo-comportamental em 7 semanas (Seth J.
Gillihan., 2021) (link).
Livros de auto-ajuda
Listados pela APA
● The Mindful Way Workbook: An 8-Week Program to Free Yourself from De-
pression and Emotional Distress (Teasdale, Williams, & Segal, 2014) (link);
● The Mindful Way through Depression: Freeing Yourself from Chronic
Unhappiness (Williams, Teasdale, Segal, & Kabat-Zinn, 2007) (link).
110
Em português
● Terapia cognitivo-comportamental: Estratégias para lidar com ansiedade, de-
pressão, raiva, pânico e preocupação (Seth J. Gillihan, 2020) (link);
● Mindfulness para depressão (Sophie Lazarus, 2022) (link).
Demonstrações em vídeo
Listados pela APA
● Mindfulness-based cognitive therapy for depression (Segal, 2005) (link).
Em português
Não consta.
Descrições em vídeo
Listados pela APA
● The mindfulness way through depression (Segal, 2014) (link).
Em português
● Seminário: A Prática da Terapia Cognitivo-Comportamental Baseada em
Mindfulness (link).
111
112
Identificação da pesquisa
● Autores: Mira B., Cladder-Micus, Anne E. M. Speckens, Janna N Vrijsen, A
Roger T. Donders, Eni S Becker, Jan Spijker
● Título: Terapia cognitiva baseada em mindfulness para pacientes com de-
pressão crônica resistente ao tratamento: um estudo controlado randomizado prag-
mático.
● Data de publicação: outubro de 2018
● Periódico: Depression and anxiety
● Número: 10
● Volume: 35
● Tipo da pesquisa: Estudo Controlado Randomizado Pragmático
113
Racional
Um grande número de pacientes cronicamente deprimidos não responde ao trata-
mento, sendo necessárias novas estratégias de tratamento para essa população, ainda não
existe uma definição unificada de depressão resistente ao tratamento, para a realização do
estudo foi escolhido o método de estadiamento para medir a resistência ao tratamento é de-
nominado como a “Medida Holandesa para quantificação da resistência ao tratamento na
depressão”. Em contraste com os métodos de estadiamento anteriores, o DM-TRD não se
concentra apenas em tratamentos biológicos, mas também inclui tratamentos psicológicos
baseados em evidências. Juntamente com o DM-TRD foi utilizado o MBCT (terapia cogniti-
va baseada na atenção plena) que ensina os participantes a reconhecer e desengajar-se de
padrões cognitivos automáticos mal-adaptativos e a desenvolver uma atitude sem julgamen-
to e compassiva em relação às suas próprias cognições e sentimentos.
Objetivo
Investigar a funcionalidade do mindfulness no tratamento de pacientes com depres-
sões crônicas resistentes ao tratamento farmoterápico e a tratamentos psicológicos baseados
em evidência como a TCC (terapia cognitivo-comportamental) ou TIP (terapia interpessoal).
Método
Um estudo pragmático, multicêntrico, randomizado e controlado realizado compa-
rando o tratamento usual (TAU) com MBCT + TAU em 106 pacientes ambulatoriais croni-
camente deprimidos que receberam anteriormente farmacoterapia (≥4 semanas) e tratamen-
to psicológico (≥10 sessões).
Referências Bibliográficas
Assumpção, A.D.F.A. (2019). Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness para universitá-
rios com sintomas leves e moderados de depressão, ansiedade e estresse. Tese de Doutorado.
Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG, Brasil.
Cladder-Micus, M. B., Speckens, A. E., Vrijsen, J. N., T. Donders, A. R., Becker, E. S., &
Spijker, J. (2018). Mindfulness: based cognitive therapy for patients with chronic, tre-
114
115
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Transtornos do uso de substâncias e álcool (link)
Premissa básica
À medida em que os indivíduos entendem os pensamentos e comportamen-
tos associados ao uso de substâncias e adquirem habilidades para modificar comportamen-
tos indesejados, eles estão mais bem equipados para identificar e lidar com gatilhos para
uso, gerenciar situações de alto risco, reforçar comportamentos que se alinham com seus ob-
jetivos de recuperação e desafiar pensamentos que precipitam o uso de substâncias.
Essência da terapia
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é um tratamento psicossocial
transdiagnóstico que se baseia em princípios de aprendizagem. A TCC visa tratar transtor-
nos por uso de substâncias (TUS) por meio do direcionamento de processos comportamen-
tais e cognitivos subjacentes ao uso de substâncias. A TCC para TUS se concentra em intervir
nesses processos por meio do aumento da conscientização sobre os antecedentes e con-
sequências do uso de substâncias e alavancando os princípios de mudança de comporta-
116
mento para reduzir ou eliminar o uso de substâncias por meio do ambiente e do reforço so-
cial.
Manuais de tratamento
● Uma Abordagem Cognitivo-Comportamental: Tratamento da Dependência
de Cocaína (Carroll et al., 1998) (link);
● Manual de Terapia Cognitivo-Comportamental de Habilidades de Enfrenta-
mento: Um Guia de Pesquisa Clínica para Terapeutas que Tratam Indivíduos com
Abuso e Dependência de Álcool (Kadden et al., 2003) (link).
117
Recursos de treinamento
● Uma abordagem cognitivo-comportamental: tratando o vício em cocaína
(Carroll at al., 1998) (link);
● Manual de Terapia Cognitivo-Comportamental de Habilidades de Enfrenta-
mento: Um Guia de Pesquisa Clínica para Terapeutas que Tratam Indivíduos com
Abuso e Dependência de Álcool (Kadden et al., 2003) (link).
Demonstrações em vídeo
● Prevenção de recaídas cognitivo-comportamentais para vícios (Marlatt, s.d.)
(link).
Vídeos disponíveis para compra através de sites externos:
● Terapia Cognitivo Comportamental para Abordar os Gatilhos do Uso de
Substâncias (Rede do Centro de Transferência de Tecnologia de Vícios, 2021) (link).
118
Descrições em vídeo
● Terapia cognitivo-comportamental para transtornos por uso de substâncias:
da teoria à prática (Fulton, 2019) (link).
119
Identificação da pesquisa
● Autores: Magill, M., Ray, L., Kiluk, B., Hoadley, A., Bernstein, M., Tonigan, J. S.,
& Carroll, K.
● Título: Uma Meta-Análise da Terapia Cognitivo-Comportamental para Trans-
tornos por Uso de Álcool ou Outras Drogas: Eficácia do Tratamento por Condição de
Contraste.
● Data de publicação: 10/10/2019
● Periódico: 1093-1105.
● Número: 87.
● Volume: 12.
● Tipo da pesquisa: Quantitativa.
Racional
Esta meta-análise fornece um resumo atualizado da eficácia do tratamento em tera-
pia cognitivo-comportamental (TCC) para transtornos por uso de álcool ou outras drogas. A
TCC é eficaz para essas condições com resultados aproximadamente 15% a 26% melhores do
que os resultados médios em controles não tratados ou minimamente tratados (PsycInfo Da-
tabase Record (c) 2020 APA, todos os direitos reservados).
Objetivo
Esta meta-análise examinou 30 ensaios clínicos randomizados (32 locais de estudo; 35
braços de estudo) que testaram a eficácia da terapia cognitivo-comportamental (TCC) para
transtornos por uso de álcool ou outras drogas (AUD/SUD). O objetivo do estudo foi forne-
120
cer estimativas de eficácia contra três níveis de contraste experimental (ou seja, mínimo [k =
5]; terapia não específica [k = 11]; terapia específica [k = 19]) para resultados de frequência e
quantidade de consumo em precoce (1 – 6 meses [kes = 41]) e tardio (8+ meses [kes = 26]).
Quando os tamanhos de efeito agrupados eram estatisticamente heterogêneos, os modera-
dores em nível de estudo foram examinados.
Método
O tamanho do efeito ponderado de variância inversa foi calculado para cada estudo
e agrupado sob suposições de efeitos aleatórios. As análises de sensibilidade incluíram testes
de heterogeneidade, influência do estudo e viés de publicação.
Principais resultados
A TCC, em contraste com o tratamento mínimo, mostrou um tamanho de efeito mo-
derado e significativo que foi consistente entre o tipo de resultado e o acompanhamento.
Quando a TCC foi contrastada com uma terapia não específica ou tratamento usual, o efeito
do tratamento foi estatisticamente significativo para a frequência e quantidade de consumo
no seguimento precoce, mas não tardio. Os efeitos da TCC em contraste com uma terapia
específica foram consistentemente não significativos entre os resultados e os pontos de tem-
po de acompanhamento. Dos dez tamanhos de efeito agrupados examinados, dois mostra-
ram heterogeneidade moderada, mas análises multivariadas revelaram poucos preditores
sistemáticos de variância entre os estudos.
Conclusões
A meta-análise atual mostra que a TCC é mais eficaz do que nenhum tratamento, tra-
tamento mínimo ou controle não específico. Consistente com os achados de outras terapias
baseadas em evidências, a TCC não mostrou eficácia superior em contraste com outra moda-
lidade específica.
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Abuso/Dependência de substância mista (link)
121
Resumo
Buscando Segurança é uma terapia de habilidades de enfrentamento focada no pre-
sente para ajudar as pessoas a alcançar a segurança de trauma/PTSD e transtorno de uso de
substâncias (SUD). Ele incorpora um tom compassivo que honra o que os clientes sobrevive-
ram e respeita seus pontos fortes. Ele foi projetado para uso flexível. É um modelo de pri-
meiro estágio que pode ser usado desde o início do tratamento.
Premissa básica
Exemplos de tópicos são Segurança, Pedir ajuda, Estabelecer limites nos relaciona-
mentos, Relacionamentos saudáveis, Recursos comunitários, Compaixão, Criar significado,
Descoberta, Pensamento de recuperação, Cuidar bem de si mesmo, Compromisso, Integrar o
eu dividido, Autocuidado, Vermelho e Bandeiras verdes e escolhas de vida.
Essência da terapia
A Busca por Segurança tem uma forte ênfase na saúde pública: baixo custo de
implementação, com ênfase no engajamento e estratégias concretas. O modelo tem sido usa-
do com uma ampla gama de populações vulneráveis, incluindo aqueles que são graves e
crônicos, adolescentes, militares e veteranos, sem-teto, violência doméstica, justiça criminal,
racial/eticamente diversos, traumatismo cranioencefálico leve ou outro comprometimento
cognitivo, grave e doença mental persistente, clientes com baixa leitura ou analfabetos e ou-
tros. Também é usado para indivíduos com transtorno de TEPT ou SUD sozinho, subliminar
ou uma história de qualquer um dos transtornos. Buscando Segurança foi traduzido para
espanhol, francês, alemão, holandês, sueco, polonês e chinês. O modelo foi conduzido por
uma ampla gama de médicos, incluindo assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, gerentes
de caso, conselheiros de saúde mental, conselheiros de abuso de substâncias, trabalhadores
de emergência, defensores da violência doméstica, bem como para profissionais e liderados
por colegas.
122
Manuais de tratamento
● Najavits, LM (2002). Buscando Segurança: Um Manual de Tratamento para
TEPT e Abuso de Substâncias. Nova York: Guilford Press.
Além disso, as traduções estão disponíveis em vários idiomas (consulte SeekingSa-
fety.org, seção Sobre Buscar Segurança).
Recursos de treinamento
● Treinamento no local: Ver SeekingSafety.org, seção Treinamento.
O site lista os próximos treinamentos, como agendar um treinamento e a ficha infor-
mativa do treinamento. Não há limite para o número de participantes, então alguns progra-
mas organizam um treinamento e convidam outras pessoas da região para participar. Os as-
sociados de treinamento estão disponíveis em todo o país.
123
Demonstrações em vídeo
Vídeos de treinamento também são uma opção. Consulte SeekingSafety.org, seção
Order para obter informações sobre a série de treinamento Buscando Segurança (disponível
em formato DVD ou VHS).
124
Identificação da pesquisa
● Autores: Lisa M. Najavits
● Título: Tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático e Abuso de
Substâncias:
● Diretrizes clínicas para implementação da terapia de Busca de Segurança.
● Data de publicação: 22/09/2008
● Periódico: 43 - 62
● Número: 22
● Volume: 1
● Tipo da pesquisa: Qualitativa
Racional
Este artigo descreve diretrizes clínicas para a implementação da terapia Bus-
cando Segurança para transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e abuso de substâncias.
A justificativa para o tratamento, chave características, evidências empíricas e sugestões de
implementação são oferecidas. Estes últimos incluem como selecionar clientes e médicos
para o tratamento, aplicação a uma variedade de tratamentos formatos, como tornar as habi-
lidades mais úteis para os clientes, dificuldades típicas dos clínicos, diversidade questões,
sugestões de modalidades de grupo e como envolver a equipe que não está conduzindo di-
retamente o tratamento. O site, www.seekingsafety.org, fornece informações adicionais.
Objetivo
O Buscando Segurança foi projetado para ajudar clientes e médicos a explorar a liga-
ção entre trauma/TEPT e abuso de substâncias, mas sem entrar em detalhes extensos sobre
o passado que pode ser desestabilizador durante a recuperação inicial. Seu objetivo é forne-
cer uma visão focada no presente, abordagem empática que “possui” e nomeia a experiência
traumática, ajuda a validar a conexão com o abuso de substâncias e fornece habilidades de
enfrentamento seguras específicas para gerenciar as emoções e impulsos muitas vezes esma-
gadores desse diagnóstico duplo.
125
Método
Buscando Segurança oferece 25 tópicos de tratamento, cada um com um guia
clínico e folhetos para o cliente. Os sete tópicos interpessoais são: Pedir ajuda, Honestidade,
Estabelecer limites na Relacionamentos, Relacionamentos Saudáveis, Recursos Comunitári-
os, Cura da Raiva e Obtendo Outros para apoiar sua recuperação. Os sete tópicos compor-
tamentais são: Desvinculando-se do Emocional Dor: Ancoragem, Cuidar Bem de Si Mesmo,
Bandeiras Vermelhas e Verdes, Compromisso, Enfrentamento com gatilhos, respeitando seu
tempo e autocuidado. Os sete tópicos cognitivos são: TEPT: Tomando de volta seu poder,
compaixão, quando as substâncias controlam você, pensamento de recuperação, Integrando
o Self Dividido, Criando Significado e Descoberta. Além disso, quatro tópicos de combina-
ção são: Introdução ao Tratamento / Gerenciamento de Casos, Segurança, O Jogo de Esco-
lhas de Vida (Revisão), Rescisão.
126
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Dor crônica ou persistente em geral (incluindo inúmeras condições) (link)
Resumo
A dor crônica se caracteriza por uma dor persistente após a cura da lesão que a origi-
nou ou relacionada a processos crônicos, de causas variadas. Além da origem da dor, ela
pode ser influenciada em sua evolução, implicações e duração por aspectos psicológicos,
sociais, culturais e ocupacionais.
A dor crônica pode acarretar diversas condições aversivas, tanto físicas, como psico-
lógicas e de funcionamento na vida cotidiana, como desempenho no trabalho, interação so-
cial, familiar, atividades domésticas, entre outros aspectos de qualidade de vida.
O tratamento para dor crônica consiste em componentes biomédicos e terapias, entre
elas a terapia de aceitação e compromisso.
Premissa básica
Ao aceitar e aprender a conviver com a dor, pode-se limitar o controle que ela exerce
sobre sua vida
127
Essência da terapia
Essa terapia orienta os indivíduos a mudar suas expectativas da eliminação da dor
para viver o melhor possível com a dor. Por meio de metáforas e exercícios experienciais, os
indivíduos aprendem a futilidade das estratégias orientadas ao controle e os benefícios das
estratégias orientadas à aceitação em resposta a experiências internas negativas, como dor e
desconforto. Os indivíduos são encorajados a explorar seus valores pessoais e estabelecer
metas consistentes com esses valores, a fim de melhorar a qualidade de vida e o funciona-
mento geral.
Manuais de tratamento
Listados pela APA
● Vida com dor crônica: Guia terapêutico e livro de trabalho para o paciente
(Vowles & Sorrell) (link);
● Terapia de aceitação e compromisso no tratamento da dor crônica (Dahl &
Lundgren; explanation and session example) (link);
● TAC para dor crônica (McCracken) (link).
Em português
Não consta.
Recursos de treinamento
Listados pela APA
● Aprendendo ACT (link).
Em português
128
Não consta.
Livros de auto-ajuda
Listados pela APA
● Terapia de aceitação e compromisso para dor crônica (Dahl et al.) (link).
Em português
Não consta.
Demonstrações em vídeo
Listados pela APA
● ACT e flexibilidade cognitiva (link).
Em português
Não consta.
129
Descrições em vídeo
Listados pela APA
Não consta.
Em português
● IACC Séries - ACT e dor crônica - Ana de Farias e Rayana Brito (link).
130
Identificação da pesquisa
● Autores: Lance M. McCracken, Ayana Sato, e Gordon J. Taylor
● Título: Um teste de uma forma breve de terapia de aceitação e compromisso
(ACT) baseada em grupo para dor crônica na prática geral: resultado piloto e resul-
tados do processo
● Data de publicação: 11/2013
● Periódico: The Journal of Pain
131
● Número: 11
● Volume: 14
● Tipo da pesquisa: Teste clínico
Racional
Testar uma versão breve versão da ACT para dor crônica em um ambiente de aten-
ção primária, em um pequeno RCT. O tratamento aqui testado foi concebido para ser am-
plamente acessível, com critérios de recrutamento altamente inclusivos e eficiente para en-
tregar, incluindo apenas 4 sessões ao longo de 2 semanas.
Objetivo
Realizar um teste piloto breve da efetividade da ACT para dor crônica em ambiente
de atenção primária no Reino Unido.
Método
Foram selecionados 74 participantes a partir de listas de atendimentos médicos ge-
rais no sul da Inglaterra. A inclusão no estudo exigiu dor persistente por mais de 3 meses de
duração, uma consulta relacionada à dor com o clínico geral nos últimos 6 meses, sofrimento
e incapacidade significativos relacionados à dor, uso consistente de medicamentos analgési-
cos, capacidade de se comunicar em Inglês e idade igual ou superior a 18 anos. Parte do pro-
cesso de triagem foi baseado na parte de classificação de incapacidade do questionário de
classificação de dor crônica por Von Korff e colegas.
Após essa fase, todos foram alocados, de forma randômica, para o grupo de inter-
venção com estratégias da ACT mais tratamento usual e o grupo de controle de tratamento
usual apenas. A randomização das alocações foi realizada através de números randômicos
gerados por um computador. A alocação foi feita com o conhecimento dos participantes,
provedores do tratamento e pesquisadores, porém as informações das avaliações da linha de
base foram processadas sem conhecimento prévio dos grupos aos quais os participantes fo-
ram designados.
As medidas de resultados clínicos primários incluíram a pontuação de incapacidade
do Roland and Morris Disability Questionnaire,24 gravidade da depressão do Patient Health
Questionnaire–9,13 a pontuação de funcionamento físico do Short Form Health Survey
(SF-36),33 e uma pontuação de 0 a 10 classificação numérica da intensidade média da dor na
última semana.
As medidas de resultados secundários incluíram o escore de funcionamento emocio-
nal do SF-36; uma pontuação de impressão global do paciente de mudança (PGIC), uma
classificação numérica de 7 pontos de 1 = muito melhor a 7 = muito pior 5; e uma pergunta
sobre mudanças na medicação, administrada apenas no pós-tratamento e no seguimento. As
visitas de cuidados de saúde para a dor também foram rastreadas através do relatório do
paciente, incluindo visitas ao médico de família, outras visitas a médicos e visitas a acidentes
132
e emergências durante o período anterior de 3 meses. Esses itens foram administrados antes
do tratamento e apenas no acompanhamento.
As medidas do processo de tratamento incluíram uma medida de aceitação da dor, o
Questionário de Aceitação da Dor Crônica de 20 itens,19 e uma medida de aceitação psico-
lógica geral, o Questionário de Ação de Aceitação de 7 itens II.1 O Questionário de Aceitação
da Dor Crônica avalia a capacidade de se envolver em atividades que incluem dor sem lutar
com a dor. O Questionário de Ação de Aceitação II avalia os processos de evitação ou blo-
queio no funcionamento de experiências psicológicas indesejadas. Quando os itens são in-
vertidos para pontuação, eles são considerados um reflexo da aceitação psicológica geral.
O tratamento incluiu uma combinação de métodos para promover a flexibilidade
psicológica, incluindo aceitação, desfusão cognitiva e ação baseada em valores e comprome-
tida. Ele enfatiza métodos baseados em experiência, metáfora e exposição e não enfatiza pa-
lestras e informações. Antes do início do tratamento, todos os participantes receberam um
telefonema do provedor de tratamento para uma breve introdução e para começar a cons-
truir algum relacionamento. O tratamento foi fornecido por 1 de 2 psicólogos clínicos treina-
dos, cada um com mais de 5 anos de experiência em tratamento de dor crônica e ACT. O
formato do tratamento incluiu 4 sessões, cada uma com 4 horas de duração, entregues 3 ses-
sões uma semana e 1 sessão uma semana depois.
133
134
Moreira & Araújo (2021) | walden4.com.br
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Pessoas com diagnóstico de Transtorno Bipolar. (link)
Resumo
O Transtorno Bipolar (TB) é classificado como um adoecimento crônico, grave e com
marcadores comuns de humor alternantes entre estados depressivos (com ou sem sintomas
psicóticos) e estados de hipomania ou mania (com ou sem sintomas psicóticos). Esse trans-
torno possui dois subtipos importantes: TB tipo I e TB tipo II, respectivamente, descrito pela
presença de, no mínimo, um episódio de mania com ou sem hipomania e o outro por um
episódio de hipomania durante a vida (incluindo que sua ocorrência tenha sido apenas na
adolescência). Via de regra os episódios se repetem várias vezes durante a vida da pessoa,
com idade média para início dos sintomas de 23,3 anos, a sintomatologia pode ser heterogê-
nea e suas variações se dão devido a intensidade e o predomínio de sintomas afetivos, alte-
rações psicomotoras e da presença ou não de sintomas psicóticos, principalmente delírios de
grandeza, místico/religioso ou paranóides. Ademais, o TB pode estar associado a comorbi-
dades como ataques de pânico, transtorno de ansiedade, transtorno de conduta e transtorno
relacionado ao uso de substâncias.
Episódios depressivos são distinguidos por humor deprimido e/ou perda de interes-
se ou prazer, associado a cinco ou mais dos seguintes sintomas: humor deprimido, diminui-
ção do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades, perdas ou ganhos signifi-
cativos de peso sem fazer dieta, insônia ou hipersonia, agitação ou retardo psicomotor, sen-
timentos de inutilidade ou culpa excessiva, redução na capacidade de concentração, tomada
135
Premissa básica
Adicionadas aos cuidados usuais, práticas psicoeducativas em grupo para pessoas
adultas com diagnóstico de transtorno bipolar grave e com comorbidades aprimoraram as
habilidades de autogerenciamento sobre o adoecimento de modo eficaz, apesar dos sinto-
mas.
Essência da terapia
A essência dessa terapia delimita o transtorno bipolar como um adoecimento crônico
que necessita de um modelo assistencial alinhado com tal concepção. Destarte, evidencia-se
como componentes fundamentais, dois fatores: 1) capacitar provedores de tratamento (des-
taque para médicos psiquiatras e enfermeiros) através de intervenções educacionais para
auxiliar o paciente a manter o tratamento farmacológico baseado em evidências e diretrizes
contínuas de feedbacks sobre os cuidados prestados; e 2) práticas psicoeducativas em grupo
para pessoas com diagnóstico de transtorno bipolar que comumente buscam/são encami-
nhados para assistência em ambulatórios e clínicas de saúde mental: gravemente doentes,
altamente complexos, hospitalizações anteriores por conta do quadro psiquiátrico, tentativas
de suicídio, uso de substâncias, outros transtornos psiquiátricos (transtornos ansiosos) e ou-
tras doenças médicas (a clínica do “mundo real”).
136
137
Observações relevantes:
● 1) As intervenções devem ser ofertadas associadas à psicoterapia e farmacote-
rapia, sem alterar nenhum cuidado prescrito pelos profissionais que prestam esse
serviço de modo externo.
● 2) O funcionamento do programa deve ser ambulatorial e funcionamento
comercial e não deve prestar com serviço móvel de urgência.
● 3) Encaminhamentos poderão ser realizados conforme a necessidade do paci-
ente. 4) Cada profissional deve atender e coordenar o cuidado de 45 a 50 pacientes
adultos e com diagnóstico de transtorno bipolar.
Manuais de tratamento
Listados pela APA
● Psicoterapia de Grupo Estruturada para Transtorno Bipolar: o Programa de
Metas de Vida Não encontrado (Bauer & McBride).
Em português
Não consta.
Recursos de treinamento
Listados pela APA
Não consta.
Em português
Não consta.
138
Livros de auto-ajuda
Listados pela APA
Não consta.
Em português
Não consta.
Demonstrações em vídeo
Listados pela APA
Não consta.
Em português
Não consta.
Descrições em vídeo
Listados pela APA
Não consta.
Em português
Não consta.
139
Identificação da pesquisa
● Autores: Mark S. Bauer, Linda McBride, William O. Williford, Henry Glick,
Bruce Kinosian, Lori Altshuler, Thomas Beresford, Amy M. Kilbourne e Martha Saja-
tovic.
● Título: Collaborative Care for Bipolar Disorder: part II. Impact on Clinical
Outcome, Function, and Costs (Tradução livre - Cuidado Colaborativo para Trans-
torno Bipolar: parte II. Impacto no Resultado Clínico, Função e Custo).
● Data de publicação: 07/2006 Periódico: Psychiatric Services Número: 07
● Volume: 57
● Tipo da pesquisa: Estudo clínico de eficácia simples-cego.
Racional
Com base no modelo de Cuidado aos Adoecimentos Crônicos, a escassez de ensaios
clínicos para adoecimentos mentais crônicos, ausência de evidências para o setor de saúde
pública e a constatação de que o tratamento farmacoterapêutico tem apresentado baixa res-
posta terapêutica. Construiu-se, implantou e avaliou um modelo colaborativo de cuidados
para adoecimento crônico de pessoas com diagnóstico de transtorno bipolar, no qual, as in-
tervenções eram em grupo psicoeducativo visando o aprimoramento das habilidades de au-
140
Objetivo
Avaliar a melhora clínica e funcional, com benefícios acumulados ao longo de três
anos (com base na teoria da aprendizagem social) de pessoas diagnosticadas com transtorno
bipolar com práticas psicoeducativas colaborativas. Assim como, se essas impactam os cus-
tos totais do tratamento.
Método
Participaram do estudo 306 pessoas atendidas em 11 centros de Assuntos de Vetera-
nos, todas com diagnóstico de transtorno bipolar com base nos critérios do DSM IV, com his-
tórico de hospitalização, tentativas de suicídio prévias, uso de substâncias e doenças médi-
cas ativas. Anterior às intervenções, foram aplicados os seguintes instrumentos: escala de
ajustamento social - II (a primeira aplicação aconteceu anterior às intervenções e posterior-
mente, a cada oito semanas), questionário de qualidade de vida SF-36 (anterior às interven-
ções e com intervalos de 24 semanas), questionário de satisfação com o tratamento (anterior
às intervenções e com intervalos de 24 semanas) e a escala de colaboração com a farmacote-
rapia (anterior às intervenções e com intervalos de 24 semanas). O estudo teve duração de
três anos.
141
142
Moreira & Araújo (2021) | walden4.com.br
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Pessoas com diagnóstico de Transtorno Bipolar (link)
Resumo
O Transtorno Bipolar (TB) é um adoecimento crônico, grave, descrito há milênios de
anos, caracterizado por alternância de estados depressivos de pelo menos 15 dias (com ou
sem sintomas psicóticos) e estados de hipomania com pelo menos quatro dias de sintomas
ou mania de no mínimo cinco dias (com ou sem sintomas psicóticos). Em geral, os episódios
se repetem inúmeras vezes ao longo da vida das pessoas com esse diagnóstico e, costumei-
ramente, as mudanças comportamentais, afetivas e cognitivas dos momentos de eutimia,
hipomania/mania e depressão são notórias. Impactando significativamente o paciente, a
família e a sociedade, acarretando em prejuízos de reputação/moral, conjugal/familiar, rela-
cional, financeiro, de saúde, entre outros.
O TB possui dois subtipos importantes: TB tipo I e TB tipo II, respectivamente, des-
crito pela presença de, no mínimo, um episódio de mania com ou sem hipomania e o outro
por um episódio de hipomania durante a vida (incluindo que sua ocorrência tenha sido
apenas na adolescência). A sintomatologia pode ser heterogênea e suas variações se dão de-
vido a intensidade e o predomínio de sintomas afetivos, alterações psicomotoras e da pre-
sença ou não de sintomas psicóticos, principalmente delírios de grandeza, místico/religioso
ou paranóides. Ademais, o TB pode estar associado a comorbidades como ataques de pâni-
143
Premissa básica
Ensinar as famílias a responder precocemente aos sintomas emergentes do transtorno
bipolar com as melhores formas de enfrentamento.
Essência da terapia
Evidenciar que as interações familiares, principalmente aquelas excessivamente ne-
gativas (emoção expressa) podem desencadear recaídas do transtorno bipolar. Ensinando a
família a aprender habilidades de comunicação e resolução de problemas para reduzir os
conflitos e resolver os problemas familiares. Desse modo, a FFT estabeleceu exercícios estru-
turados voltados para a comunicação familiar, educação sobre o transtorno bipolar e estraté-
gias específicas para responder aos sintomas. Todo esse processo deve estar associado à far-
macoterapia.
144
Manuais de tratamento
Listados pela APA
● Transtorno Bipolar: Uma Abordagem de Tratamento Focada na Família (Mi-
klowitz & Goldstein)
Em português
Não consta.
Recursos de treinamento
Listados pela APA
Não consta.
145
Em português
Não consta.
Livros de auto-ajuda
Listados pela APA
Não consta.
Em português
Não consta.
Demonstrações em vídeo
Listados pela APA
Não consta.
Em português
Não consta.
Descrições em vídeo
Listados pela APA
Não consta.
146
Em português
Não consta.
Identificação da pesquisa
Autores: David J. Miklowitz , Michael W. Otto, Ellen Frank, Noreen A. Reilly-Har-
rington, Jane N. Kogan, Gary S. Sachs, Michael E. Thase, Joseph R. Calabrese, Lauren B. Ma-
rangell, Michael J. Ostacher, Jayendra Patel, Marshall R. Thomas, Mako Araga, Jodi M. Gon-
zalez, Stephen R. Wisniewski.
Título: Intensive Psychosocial Intervention Enhances Functioning in Patients With
Bipolar Depression: Results From a 9-Month Randomized Controlled Trial
Data de publicação: 2007
147
Periódico: Am J Psychiatric
Número: 22
Volume: 57
Tipo da pesquisa: Estudo clínico randomizado controlado.
Racional
Compreende-se que o transtorno bipolar promove diferentes impactos negativos na
vida das pessoas, incluindo a redução da funcionalidade. Entretanto, os estudos e ensaios
clínicos randomizados possuem uma pequena quantidade de dados sobre funcionalidade,
não sendo claro se há benefícios das intervenções psicossociais sobre a funcionalidade desses
indivíduos.
Objetivo
Examinar os efeitos da psicoterapia nos resultados funcionais (relacionamentos, sa-
tisfação com as atividades, funcionamento do trabalho/papéis e recreação), examinando se a
psicoterapia intensiva afeta o funcionamento acima e além de seus efeitos na depressão.
Método
Participaram do estudo 152 pessoas com diagnóstico de transtorno bipolar I (N =
105) e II (N = 47) com depressão subaguda. Após a randomização, 84 foram direcionados
para o grupo de intervenção psicossocial intensiva (Terapia Focada na Família, Terapia Cog-
nitivo-Comportamental - TCC e Terapia do Ritmo Interpessoal e Social) e de cuidados cola-
borativos.
Os 15 locais ofertaram as intervenções psicossociais de acordo com o interesse com
base na capacitação teórica, técnica e metodológica, restando a seguinte divisão:
148
Cuidados Colaborativos
● N = 68: os pacientes receberam uma apostila de autocuidado e uma fita de
vídeo educacional que abordava informações sobre o diagnóstico, tratamento, auto-
gestão do transtorno bipolar.
● As três sessões de cuidados colaborativos enfocaram a implementação de fer-
ramentas de autogerenciamento: por exemplo, monitoramento do humor e do sono.
E, o desenvolvimento de um plano individualizado de prevenção de recaídas.
149
150
Moreira & Araújo (2021) | walden4.com.br
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Síndrome do Intestino Irritável. (link)
Resumo
A Terapia Cognitivo Comportamental para a Síndrome do Intestino Irritável (SII) en-
volve o ensino de habilidades específicas para relaxar o corpo, enfrentar situações estressan-
tes e lidar com sintomas desconfortáveis. O tratamento ocorre durante 10 semanas e pode
ser desenvolvido em duas formas, a padrão com acompanhamento semanal, e a domiciliar,
em que há pouco contato com o terapeuta, havendo apenas 4 sessões no mesmo período de
tempo. Ambas as formas geram benefícios comparáveis (melhoria global dos sintomas da
SII, redução da gravidade dos sintomas da SII), tanto no acompanhamento imediato, quanto
no contínuo.
Premissa básica
A SII é o transtorno intestinal mais comum, afetando até 15% dos adultos pelo mun-
do. Pela falta de biomarcadores, a SII é compreendida da melhor maneira a partir de uma
perspectiva biopsicossocial. O modelo biopsicossocial sustenta que os processos periféricos
individuais (por exemplo, predisposição genética, motilidade alterada, alterações da micro-
biota intestinal), processos comportamentais, e centrais (cérebro) de ordem superior (por
151
Essência da terapia
Os dois tratamentos psicológicos para os quais há mais suporte empírico são duas
“dosagens” de Terapia Cognitivo-Comportamental, a TCC Padrão (TCC-P) e a TCC de Con-
tato Mínimo (TCC-CM). O tratamento envolve um programa de treinamento que ensina ao
paciente estratégias específicas para acalmar o corpo, lidar com situações estressantes relaci-
onadas ao SII e aprender a ressignificá-las.
152
Manuais de tratamento
Listados pela APA
● Controlando a SII da Maneira Livre de Remédios (Lackner) (link).
Em português
Não consta.
Recursos de treinamento
Listados pela APA
● Contato com a Divisão de Medicina Comportamental da Escola Jacobs de
Medicina, na Universidade de Buffalo em Nova Iorque (link).
Em português
Não consta.
Livros de auto-ajuda
Listados pela APA
● Controlando a SII da Maneira Livre de Remédios (link).
Em português
Não consta.
153
Demonstrações em vídeo
Listados pela APA
Não consta.
Em português
Não consta.
Descrições em vídeo
Listados pela APA
● Terapia Cognitivo Comportamental para a SII (Lackner) (link).
Em português
Não consta.
154
155
156
157
Identificação da pesquisa
● Autores: Hazel A Everitt, Sabine Landau, Gilly O'Reilly, Alice Sibelli, Stepha-
nie Hughes, Sula Windgassen, Rachel Holland, Paul Little, Paul McCrone, Felicity L
Bishop, Kim Goldsmith, Nicholas Coleman, Robert Logan, Trudie Chalder, Rona
Moss-Morris
● Título: Terapia cognitivo-comportamental para síndrome do intestino irritá-
vel: acompanhamento de 24 meses dos participantes do estudo randomizado ATCC-
SII
● Data de publicação: 2019
● Periódico: The Lancet Gastroenterology & Hepatology
● Número: 11
● Volume: 4
● Tipo da pesquisa: Ensaio clínico randomizado
Racional
A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é comum, afetando de 10% a 20% da popula-
ção mundial, com várias pessoas relatando sintomas contínuos mesmo com a utilização de
medicamentos. A Terapia Cognitivo Comportamental voltada a SII é recomendada, mas há
pouco acesso e incertezas sobre os resultados a longo prazo. A Avaliação da Terapia Cogniti-
vo Comportamental para a SII mostrou que em 12 meses de tratamento, as formas da TCC
foram efetivas para a redução dos sintomas da SII comparado ao tratamento comum. Esse
estudo buscou avaliar a efetividade da TCC para a SII num período de 24 meses. Encontrou-
se que há ganhos pela TCC como tratamento para a SII em comparação apenas ao tratamen-
to comum, mas também que alguns ganhos foram perdidos depois do tempo de 12 meses.
Objetivo
Avaliação da Terapia Cognitivo Comportamental para SII (ATCCSII) foi um grande
estudo randomizado e controlado de duas formas de TCC para pacientes com SII refratária.
Os resultados do ATCCSII mostraram que, aos 12 meses, ambas as formas de TCC para SII
foram significativamente mais eficazes do que o tratamento comum na redução da gravida-
de dos sintomas da SII em adultos com SII refratária. Este estudo de acompanhamento, por
158
sua vez, teve como objetivo avaliar os resultados clínicos de 24 meses dos participantes do
estudo ATCCSII.
Método
Os participantes foram 588 adultos com SII refratária recrutados de 74 postos de
atenção primária de saúde, e três clínicas de gastroenterologia. Os indivíduos eram elegíveis
se preenchessem os critérios Roma III para a SII, utilizassem tratamento por meio de medi-
cação, e apresentassem os sintomas por mais de 12 meses.
Os participantes foram alocados aleatoriamente em três grupos: aqueles com acom-
panhamento terapêutico de TCC por telefone; um grupo com acompanhamento de TCC via
internet com contato mínimo com o terapeuta e utilização do programa Regular; e um grupo
com apenas o tratamento comum (grupo TAU). Sendo o grupo TAU o grupo controle, tendo
em vista que os outros grupos também receberam o tratamento comum.
O grupo de TCC por telefone recebeu um manual detalhado de TCC de autogerenci-
amento, incluindo tarefas de casa e folhas de registro, e foram oferecidas seis sessões telefô-
nicas de 1 hora com um terapeuta de TCC nas semanas 1, 2, 3, 5, 7 e 9. Eles também recebe-
ram duas sessões de reforço de 1 hora aos meses 4 e 8 (um total de 8 horas de apoio do tera-
peuta).
Os participantes do grupo TCC via internet receberam três chamadas de 30 minutos
de suporte à terapia nas semanas 1, 3 e 5 e duas sessões de reforço de 30 minutos aos 4 me-
ses e 8 meses (2,5 h de suporte do terapeuta).
A TAU foi definida como a continuação das medicações atuais, que variavam de pa-
ciente para paciente, e acompanhamento habitual de clínico geral ou consultor sem terapia
psicológica.
Aos 12 meses, as informações foram coletadas sobre quaisquer alterações nos trata-
mentos e gerenciamento da SII durante o estudo e os números de consultas de clínico geral e
consultor foram registrados para todos os três grupos.
Após as avaliações de acompanhamento de 12 meses, apenas os participantes do
grupo TAU tiveram acesso ao site Regul8 (mas sem suporte terapêutico) por meio de um
link de e-mail; os participantes do TCC online também tiveram acesso contínuo ao site Re-
gul8. Os participantes de TCC por telefone não tiveram acesso ao Regul8, mas puderam con-
tinuar a usar seus manuais de TCC.
Nenhum grupo de TCC recebeu mais apoio do terapeuta. Assim, o último contato
com um terapeuta experimental nos grupos de TCC por telefone e TCC pela internet foi
aproximadamente 16 meses antes dos 24 meses de acompanhamento. Os participantes eram
livres para buscar a TCC por qualquer meio disponível para SII ou qualquer outra condição.
A medida dos resultados se deu através de um questionário enviado impresso atra-
vés de cartas, digitalmente ou feito por telefonema.
159
160
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Depressão (link)
Resumo
A Ativação Comportamental para Depressão é uma técnica que pode ser utilizada
como tratamento completo, ou como componente de uma terapia que pode incluir outras
técnicas terapêuticas e possíveis medicamentos. O método envolve uma etapa inicial de in-
formar sobre a depressão e o tratamento através de delimitação de metas a serem cumpri-
das. O aplicador pode personalizar o tratamento para atender as necessidades individuais
do cliente e garantir que ocorra em um ritmo confortável.
Premissa básica
Quando as pessoas ficam deprimidas, elas podem se desvincular cada vez mais de
suas rotinas e se afastar de seu ambiente. Com o tempo, essa evitação estimula o humor de-
primido, pois os indivíduos perdem oportunidades de serem reforçados positivamente por
meio de experiências agradáveis, atividades sociais ou experiências de domínio.
Essência da terapia
A Ativação Comportamental (AC) visa aumentar o contato do paciente com fontes
de reforçamento positivo, ajudando-o a se tornar mais ativo e, dessa forma, melhorar seu
161
Manuais de tratamento
Listados no site da APA
● Tratamento Breve de Ativação Comportamental para Depressão (link);
● Tratamento Breve de Ativação Comportamental para Depressão: Revisão de
10 Anos (link);
● Tratamento Breve de Ativação Comportamental para Depressão - Revisado
(link);
● Ativação Comportamental para Latinos (link);
● Tratamento para Ativação Comportamental em Grupo (link);
162
Recursos de treinamento
Listados no site da APA
● Desenvolvimento inicial de um programa de treinamento online (link).
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
Livros de auto-ajuda
Listados no site da APA
● Superando a Depressão Um Passo de Cada Vez: a Nova Abordagem de Ati-
vação Comportamental para Recuperar sua Vida (link);
163
Demonstrações em vídeo
Listados no site da APA
● Dramatização de Derek Hopko como Discutir a Lógica do Tratamento com
um Paciente (link);
● Vídeos da Coalizão para o Avanço e Aplicação da Ciência Psicológica com
participação do Dr. Chris Martell
○ Conceituação e Fundamentação do Caso (link) - Versão Longa (link);
○ Desenvolver e Atribuir Trabalhos de Casa (link) - Versão Longa (link);
○ Resolução de Problemas de Barreiras (link) - Versão Longa (link).
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
Descrições em vídeo
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
● A Ativação Comportamental no Combate da Depressão (para Profissionais)
(link);
● Ativação Comportamental: a Ferramenta mais Poderosa Contra a Depressão
(link);
● Ativação Comportamental Parte II- Como Conduzir a Ativação Comporta-
mental para Depressão (link).
164
165
Identificação da pesquisa
● Autores: Concepción Fernández-Rodríguez, Sonia González-Fernández, Ro-
cío Coto-Lesmes and Ignacio Pedrosa
● Título: Ativação Comportamental e Terapia de Aceitação e Compromisso no
Tratamento da Ansiedade e Depressão em Sobreviventes de Câncer: Um Ensaio Clí-
nico Randomizado
● Data de publicação: 2021
● Periódico: Behavior Modification
● Número: 5
● Volume: 45
● Tipo da pesquisa: Ensaio Clínico Randomizado
Racional
A Ativação Comportamental (AC) e a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT)
visam reduzir a evitação, inflexível de pensamentos, sentimentos e memórias dolorosas e
encorajar o envolvimento em atividades relevantes. O estudo visou avaliar e comparar a efi-
cácia de ambas as terapias, aplicadas em grupo, em sobreviventes de câncer através de um
166
Objetivo
Tendo em vista estudos publicados anteriormente, é de particular interesse desen-
volver novos estudos que incluam uma lista de terapias eficazes, como condições e compa-
rações que permitam identificar os fatores determinantes na eficácia das terapias. No entan-
to, na publicação do estudo, acredita-se que apenas a ACT foi estudada em sobreviventes de
câncer usando esse formato, e apenas de forma limitada. A partir do método foi permitido
não só comparar as terapias como analisar os resultados de cada uma de forma independen-
te ao longo do tempo, não apenas quando terminou, mas també após um período sem qual-
quer intervenção.
Método
Inicialmente foram avaliadas 98 pessoas para a pesquisa, porém, muitas não atendi-
am aos critérios ou não queriam participar. A amostra final do estudo foi composta por 46
pessoas que participaram de um acompanhamento realizado três meses após o término da
aplicação dos tratamentos. Os participantes foram divididos em três grupos: o da Lista de
Espera (grupo controle); os alocados para a AC; e os alocados para a ACT.
As pessoas pertencentes aos grupos experimentais participaram numa das terapias
em estudo (AC/ACT), sendo estas aplicadas em grupo (máximo 6 pessoas) ao longo de 12
sessões semanais de 90 minutos.
As sessões foram estruturadas da seguinte forma: revisão do trabalho realizado entre
as sessões e feedback sobre a adesão do paciente; trabalhar os aspectos programados para a
sessão; planejamento do trabalho para a semana seguinte e tentativa de maximizar a adesão
ao tratamento. Os terapeutas colocam ênfase especial em explicar o objetivo de uma tarefa e
a melhor maneira de executá-la, e em motivar o participante, elogiando-o pelo progresso.
No grupo da AC, durante as sessões, o terapeuta ensinou os participantes a analisar
seu comportamento em termos contextuais (rotinas do dia a dia, sintomas e limitações físi-
cas, emoções e pensamentos sobre a doença). Pretendeu-se que os participantes aprendes-
sem a observar a relação entre o que faziam, sentiam e pensavam e o que se passava à sua
volta e, consequentemente, a identificar as condições que mantinham, aumentavam ou fragi-
lizavam determinados comportamentos. Teve-se o cuidado de garantir que os participantes
soubessem não apenas o que fazer e como fazer, mas também quando e onde, ou seja, que
fossem capazes de reconhecer aquelas contingências com alta probabilidade de reforçar
comportamentos saudáveis e importantes para eles. As principais técnicas empregadas fo-
ram auto-observação e auto-relato, elaboração de hierarquias de atividades, programação de
comportamento, ensaio e modelagem de comportamento, gerenciamento de contingência e
uso de metáforas e exercícios experienciais para facilitar a aceitação e distanciamento de
emoções e pensamentos.
Já no grupo da ACT teve como foco aumentar a flexibilidade psicológica, focando, ao
longo da terapia, os seis processos nele incluídos. As sessões de abertura visavam princi-
167
168
Moreira & Araújo (2021) | walden4.com.br
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Transtorno Depressivo Maior, Transtorno distímico (link)
Resumo
A psicoterapia interpessoal é uma terapia com tempo limitado e que tem como foco o
tratamento de transtornos depressivos, da relação dessa condição com os relacionamentos
do sujeito e da busca de novas formas de lidar com os problemas decorrentes. Essa técnica
pode ser dividida em 4 principais áreas problemáticas: luto, disputa de papéis, mudanças
significativas na vida e isolamento social. O tratamento é dividido em 3 etapas bem estrutu-
radas e ocorrendo entre 12 a 16 sessões. A TIP pode ocorrer em sessões individuais, em gru-
po, com jovens, adultos, para Transtorno Depressivo Maior, Transtorno distímico,
Premissa básica
A depressão geralmente segue mudanças no ambiente interpessoal (por exemplo, na
perda de um ente querido). Os sintomas deste estado podem levar ao comprometimento do
funcionamento interpessoal, o que pode proporcionar eventos estressantes contínuos. O ob-
jetivo da terapia interpessoal é abordar de nova forma os eventos estressantes da vida e me-
lhorar o suporte social para enfrentamento.
169
Essência da terapia
A TIP se concentra em melhorar as relações interpessoais problemáticas ou as cir-
cunstâncias que estão diretamente relacionadas ao episódio depressivo atual.
Assim, a TIP foca em identificar qual área interpessoal mais se relaciona ao estado
depressivo da pessoa, além de ajudar a criar ferramentas que o ajudem a incrementar suas
170
habilidades interpessoais. A TIP é dividida em três fases bem estruturadas e de duração va-
riável, com a primeira etapa de uma a três sessões, a segunda de quatro a oito sessões e a
terceira de uma a três sessões.
Primeira fase
A primeira fase tem como objetivo entender a história clínica do cliente, en-
tender quais dos 4 focos que a TIP atua adequa-se mais ao contexto de adoecimento do sujei-
to e fazer uma visão psicoeducativa inicial sobre o adoecimento do sujeito e a técnica que
será utilizada. Também é importante dar clareza ao sujeito sobre os objetivos e focos sobre o
trabalho proposto
Segunda fase
É utilizado de técnicas específicas para treinar e aprimorar o sujeito nas difi-
culdades apresentadas. Com isso, tenta-se também entender os papéis que ocupam após
mudanças e/ou perdas, buscando uma percepção nova sobre suas relações e vínculos.
Terceira fase
Tem como objetivo ajudar o paciente a reconhecer os ganhos que esse trata-
mento lhe entregou, mapear possíveis focos interpessoais problemáticos e sintomas depres-
sivos que podem surgir posteriormente. Adicionalmente, dar suporte para o desenvolvimen-
to de um senso de autonomia e independência em relação à terapia.
Manuais de tratamento
Listados pela APA
Manuais disponíveis gratuitamente:
● Grupo de TIP para Depressão (Organização Mundial da Saúde) (link).
Entre em contato com os autores dos seguintes manuscritos para obter estes manu-
ais gratuitos:
171
● Psicoterapia Interpessoal por Telefone (TIP-T; Blanco, Lipsitz, & Caligor, 2001)
(link);
● Grupo TIP em países em desenvolvimento: Uganda (Bolton et al., 2003; Ver-
deli et al., 2003)
● TIP para veteranos deprimidos (Stewart et al., 2014) (link);
● TIP para mulheres deprimidas de baixa renda (Grote et al., 2007) (link);
● Manual para TIP para mulheres deprimidas em sessão de engajamento de
baixa renda (Zuckoff, Swartz e Grote) (link);
○ Observe que este manual é uma versão expandida do seguinte capítu-
lo: Zuckoff, A., Swartz, H.A., & Grote, N.K. (2015). Entrevista motivacional
como prelúdio para psicoterapia para mulheres deprimidas. Em H. Arkowitz,
W.R. Miller, & S. Rollnick (Eds.), Entrevista motivacional no tratamento de pro-
blemas psicológicos (pp. 136-169). 2ª Edição. Nova York: Guilford Press.
● TIP para pacientes hispânicos deprimidos (Markowitz et al., 2009) (link).
172
Recursos de treinamento
Listados pela APA
Centros de treinamento na América do Norte
● Departamento de Psiquiatria, Universidade de Iowa (200 Hawkins Drive,
Iowa City, IA 52242); Contato: Scott Stuart, MD e Michael O'Hara, PhD
(319-353-6960)
● Departamento de Psiquiatria, Hospital Mount Sinai, Universidade de Toronto
(600 University Avenue, 9º andar, Toronto, ON M5G 1X5); Contato: Paula Ravitz, MD
(416-586-4800 x7500)
● Departamento de Assuntos de Veteranos, Administração de Saúde de Vetera-
nos, Washington, DC 20420; Contato: Diretor Nacional de Saúde Mental para Psicote-
rapia e Serviços Psicogeriátricos de Saúde Mental, VA Central Office (202-461-7304)
Treinamento Privado
● Kathleen F. Clougherty, LCSW; Afiliação: Instituto Psiquiátrico do Estado de
Nova York e Universidade de Columbia; Clínica Privada: 345 W 88th Street, Nova
York, NY 10024; Contato: 212-873-4360 ou fc17@columbia.edu
● Helen Verdeli, PhD; Filiação: Teachers College, Columbia University; Contato:
212-678-3099 ou hv2009@columbia.edu
Centros de treinamento na França
● Creatip, Paris, França; Contato: Thierry Bottai; tobttai@hotmail.com; site aqui
○ formação em francês e inglês
173
174
Livros de auto-ajuda
Listados pela APA
Não consta.
Em português
Não consta.
Demonstrações em vídeo
Listados pela APA
● Psicoterapia Essentials to Go: Terapia Interpessoal (TIP) para Depressão (Ra-
vitz, Watson e Grigoriadis) (link);
● Psychotherapy Essentials to Go: Interpersonal Psychotherapy for Depression
(Grigoriadis et al.; livro e DVD com descrições em vídeo e demonstrações) (link).
Em português
● Tele Psicoterapia Interpessoal Breve (TelePsi) (link).
Descrições em vídeo
Listados pela APA
● Psychotherapy Essentials to Go: Interpersonal Psychotherapy for Depression
(Grigoriadis et al.; livro e DVD com descrições em vídeo e demonstrações) (link).
175
Em português
● Tele Psicoterapia Interpessoal Breve (TelePsi) (link).
176
Grupo TIP
● Psicoterapia interpessoal em grupo para depressão em Uganda rural: um es-
tudo controlado randomizado (Bolton et al., 2003) (link);
● Adaptando a psicoterapia interpessoal de grupo para um país em desenvol-
vimento: Experiência na zona rural de Uganda (Verdeli et al., 2003) (link);
● Psicoterapia interpessoal: ensaios de eficácia na zona rural de Uganda e na
cidade de Nova York (Clougherty et al., 2006) (link).
Aconselhamento interpessoal (ou seja, breve TIP)
● Aconselhamento interpessoal para frequentadores frequentes da atenção
primária: um estudo de alcance telefônico (Sinai & Lipsitz, 2012) (link).
Em português
● A psicoterapia interpessoal na depressão em pacientes com esquizofrenia:
proposta de um modelo terapêutico a partir de três casos clínicos (Lacaz, Bressan &
de Mello, 2005) (link);
● Terapia Interpessoal: um modelo breve e focal (de Mello, 2004) (link);
● Terapia interpessoal: teoria, formação e prática clínica em um serviço de pes-
quisa e atendimento em violência (Carvalho, Pupo & Mello, 2011) (link).
177
Identificação da pesquisa
● Autores: John C. Markowitz a, b, *James H. Kocsis Paul J. Christos, Kathryn
L. Bleiberg, Michael Sacks
● Título: Um estudo comparativo de psicoterapia e farmacoterapia para paci-
entes distímicos “puros” (link)
● Data de publicação: 2005
● Periódico: Journal of Affective Disorders
● Número: 1
● Volume: 89
● Tipo da pesquisa: Ensaio Randomizado
Racional
Nesse estudo o autor tenta comparar 4 formas de terapêutica para distimia,
utilizando TPI, BSP, farmacoterapia e TPI junto a farmacoterapia. Com isso, utiliza-se de di-
ferentes escalas de avaliação de sintomas depressivos e habilidades sociais antes e após o
tratamento para tentar-se averiguar a eficácia dessas no enfrentamento da condição de dis-
timia. De resultados mais interessantes teve que a TPI foi eficaz para o tratamento da disti-
mia. Contudo, diferentes escalas apresentaram resultados significativamente diferentes. O
tratamento de TPI junto a sertralina também mostrou resultados relevantes.
178
Objetivo
Avaliar a eficácia da TIP para tratamento do transtorno distímico quando comparado
à psicoterapia breve de suporte (BSP), a sertralina(antidepressivo) e o TIP em conjunto à ser-
tralina
Método
Os sujeitos foram recrutados de maneira aleatória por meio de panfletos, encami-
nhamentos e conversas no Hospital Weill Cornell de Nova York. Os possíveis participantes
ainda passavam por uma avaliação por médicos e psicólogos(nível de mestrado) que utili-
zavam a Entrevista Clínica Estruturada para DSM IV, SCID II e 24 itens da Ham-D. Os crité-
rios para inclusão foi: estar entre 18 e 60 anos, diagnosticado com transtorno distímico pri-
mário no DSM IV, com início precoce (antes dos 21 anos), definido pela entrevista SCID e ao
menos uma pontuação de 13 no Ham-D25
Houve exclusões em casa de: episódio de transtorno depressivo maior nos últimos 6
meses; abuso ou dependência de substâncias; histórico com episódios de psicose, esquizo-
frenia, hipomania, síndrome mental orgânica ou mania e histórico de não resposta a antide-
pressivos(sertralina 50mg/dia, imipramina 150 mg/dia, fluoxetina 20mg/dia, etc.). Esses
requisitos foram checados durante as entrevistas iniciais. A amostra foi dividida em 4 grupos
distintos. Um grupo que receberia apenas o tratamento da Terapia Interpessoal(TIP), um
grupo que teria tratamento da Psicoterapia de Suporte Breve(BSP), um grupo com tratamen-
to farmacológico de sertralina e ainda um último grupo com tratamento de TIP com uso da
sertralina(TIP/sertralina)
Os indivíduos que participaram da TIP tiveram entre 16 a 18 sessões de 50 minutos
ao longo de 16 semanas. Para a farmacoterapia houve uma primeira sessão de 45 a 60 minu-
tos, com sessões seguintes de 20 a 30 minutos nas próximas 2 semanas, e depois quinzenal-
mente.
Foram ainda aplicados no início e ao fim da pesquisa 4 testes distintos: testes Ham-D
de 24 itens (Hamilton, 1960); o Inventário de Depressão de Beck (BDI; Beck, 1978); a Escala
de Avaliação de Distimia de Cornell (CDRS; Mason et al., 1993) e a versão Social Adjustment
Scale-Auto Report (SAS; Weissman e Bothwell, 1976) e o Inventário de Problemas Interpes-
soais (IIP; Horowitz et al., 1988). A partir desses resultados buscou-se encontrar a média dos
grupos em momento pré tratamento e pós-tratamento, além de medir o effect size, que é a
taxa que mostra o efeito do tratamento nas escalas.
Os 8 terapeutas que seguiram o manual TIP ou BSP tiveram treinamento com ao me-
nos 2 casos antes do início da pesquisa e receberam supervisão por monitor especializado
nesta técnica de atuação após cada atendimento.
179
que a TIP isolada. Contudo, no caso da BDI e SAS o TIP e o BSP tiveram escores mais baixos
que os tratamentos medicamentosos.
Ou seja, a TIP mostrou-se eficaz para o tratamento de distimia. No entanto,
diferentes escalas mostraram eficiências significativamente diferentes, além de apresentar
menor eficácia sem o uso conjunto à sertralina ou ao próprio uso apenas da medicação. Con-
tudo, ao se avaliar a segurança dos participantes no tratamento(em uma escala de pontos),
vemos que os grupos que usaram TIP/sertralina e TIP tiveram resultados satisfatórios (esco-
re 4,5 e 4).
A TIP/Sertralina e Sertralina também obteve resultados maiores no IIP, que
está relacionado à capacidade de resolução de problemas interpessoais. A partir disso, os
autores também destacaram que a TIP se propõe a um tratamento voltado para problemáti-
cas recentes do sujeito e criar técnicas e estratégias para lidar com relações interpessoais. As-
sim, nesta pesquisa não foi possível analisar os ganhos em habilidades sociais a longo prazo
que essa técnica pode oferecer.
Também foi levantado que as descobertas do estudo demonstram que a me-
dicação pode ser um primeiro passo confiável para o tratamento de pacientes distímicos,
mas que a terapia TIP apresentou resultados, mesmo que ela focalize questões e problemáti-
cas relacionadas aos episódios mais recentes do transtorno distímico. Contudo, são necessá-
rias mais pesquisas a longo prazo para poder ser avaliado os ganhos deste tratamento a lon-
go prazo também, pois o transtorno distímico é caracterizado por uma maior duração dos
sintomas, inclusive em critérios diagnósticos.
180
Moreira & Araújo (2021) | walden4.com.br
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Esquizofrenia e outros transtornos mentais graves (link)
Resumo
A SST tem como objetivo o treino de habilidades de ensinar habilidades de comuni-
cação, assertividade, independência e gerenciamento do próprio transtorno. Assim, por
meio dos princípios da terapia comportamental, o SST é normalmente realizado em grupo
com 2 terapeutas. As habilidades são divididas em etapas, as quais o terapeuta modela de-
monstrando em dramatizações. Os participantes repetem as dramatizações como forma de
treino e aprendizagem das habilidades. Após isso, o grupo(junto aos terapeutas) fazem fe-
edbacks e são repetidas mais práticas de treinamento. A SST tem conteúdo, número de ses-
sões e duração das intervenções dependentes da necessidade dos clientes.
Premissa básica
Ensinar pessoas com esquizofrenia ou outros transtornos mentais graves técnicas
para manejar sua doença, o contexto social e adquirir habilidades para conquista de uma
maior funcionalidade e independência
181
Manuais de tratamento
Listados no site da APA
● Bellack, AS, Bennett, ME, Gearon, JS (2006). Tratamento comportamental para
abuso de substâncias em pessoas com doença mental grave e persistente . Nova York:
Taylor e Francis.
● Bellack, AS. Mueser, KT, Gingerich, S., & Agresta, J. (2004). Treinamento de
habilidades sociais para esquizofrenia: um guia passo a passo (segunda edição).
Nova York: Guilford Press.
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
182
Recursos de treinamento
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
Livros de auto-ajuda
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
Demonstrações em vídeo
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
Descrições em vídeo
Listados no site da APA
Não consta.
183
Identificação da pesquisa
● Autores: Eric Granholm, John R. McQuaid, Fauzia Simjee McClure, Lisa A.
Auslander, Dimitri Perivoliotis, Paola Pedrelli, Thomas Patterson, Dilip V. Jeste
● Título: Ensaio clínico randomizado de treino cognitivo-comportamental em
habilidades sociais para pacientes ambulatoriais idosos ou meia-idade com esquizo-
frenia crônica
● Data de publicação: 1 de março de 2005
184
Objetivo:
Buscar validação empírica para tratamento de pacientes velhos com esquizo-
frenia a nível crônico.
Método
Foi utilizado um ensaio clínico randomizado que incluiu cerca de 76 pacien-
tes entre 42 e 74 anos, sendo que: 22 tinham esquizofrenia com características paranoicas; 22
esquizofrenia indiferenciada; 2 com características desorganizadas; 2 com esquizofrenia re-
sidual; e 28 com comorbidade com transtorno esquizoafetivo. Foi utilizado o Manual Diag-
nóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais em sua quarta edição (DSM-IV).
Ao início do tratamento, 46 pacientes tomam antipsicóticos atípicos, 17 antip-
sicótico típicos, 7 tomavam ambos antipsicóticos(típicos e atípicos) e 6 não tomavam medi-
cação antipsicótica. 36 participantes também tomavam antidepressivos e 22 estabilizadores
de humor.
O estudo foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade da Califórnia,
em San Diego. As pesquisas ocorreram tanto nos centros de pesquisa(N=52) quanto em ins-
talações na própria comunidade. O termo de consentimento foi enviado e devolvido por es-
crito e após avaliações iniciais eles foram aleatoriamente designados para 2 possíveis gru-
pos: (i) tratamento tradicional para esquizofrenia e (ii) tratamento tradicional em conjunto
ao SST.
Para avaliar o funcionamento social foi usado a Pesquisa de Habilidades de
Vida (Living Skills Survey) e o UCSD Performance-Based Skills Assessment para avaliar os
ganhos em habilidades sociais. Além disso, foi utilizado a Escala Sindrômica de Sintomas
Positivos e Negativos (Positive and Negative Syndrome Scale), Escala Hamilton para Depressão
para avaliar ganhos secundários, Escala de Insight Cognitivo de Beck e o Teste de Modula-
ção e Compreensão(Comprehensive Module Test) para avaliar autoconfiança e auto reflexão
das pessoas do estudo. Essas escalas foram usadas em 3 momentos, ao início, meio e final do
tratamento.
Já na intervenção com SST os pacientes receberam 24 sessões de 2 horas se-
manais de psicoterapia em grupo, havendo pausa de 30 minutos no meio. Os componentes
do treinamento foram baseados na linha da Terapia Cognitivo Comportamental, especifica-
mente no treinamento de habilidades sociais disponibilizado pela Psychiatric Rehabilitation
Consultants. Foi focalizado: desenvolver estratégias para compensar déficits cognitivos e
identificar/criar crenças limitantes relacionadas à idade avançada dos pacientes.
Foi utilizado um modelo de 3 módulos com 4 sessões, auto suficientes, fazen-
do que o paciente tenha que completar 2 vezes esse modelo para serem totalizadas as 24 ses-
185
sões. Isso ocorreu tanto por haver saída e entradas de pacientes entre os módulos e também
para checar se a exposição repetida ao material poderia melhorar o aumento da aquisição de
habilidades.
No primeiro módulo os pacientes usaram dever de casa e marcações para
identificar a relação entre pensamento, sentimentos e comportamentos e notar disfunções ou
incongruências entre eles. Os pacientes também realizaram atividades para testar suas cren-
ças, tendo como alvo primário as vozes e fenômenos delirantes. Para facilitar a aprendiza-
gem dessas técnicas foi criado ajudas mnemônicas como cartões com os estágios da identifi-
cação e análise de pensamentos.
No segundo módulo era focado nas habilidades de comunicação e interação
em contexto social. Com uso de role-playing foi focado nas capacidades de relatar sintomas,
expressar sentimentos positivos e/ou negativos, assertividade nas interações e aderência de
práticas de lazer no dia-a-dia.
No último módulo foi treinado a habilidade de resolver problemas. Foi criada
a sigla “SCALE”, em inglês, que traduzido ficará como especificar, considerar possíveis so-
luções, avaliar a melhor alternativa, desenvolver um plano, executar e analisar os resultados.
Nesse momento também foi focado questões relacionadas à lidar com sintomas estressores,
uso de medicação, usar transporte público, higiene, nutrição, atividades de lazer, etc.
O crivo dos terapeutas foi que sejam mestres ou doutores com ao menos 2
anos de experiência clínica e que foram treinados por pelo menos 30 sessões gravadas que
eram vistas e avaliadas de forma aleatória pelos pesquisadores. A fim de estratificar a função
e papel que eles ocupariam ou não nas sessões de pesquisa. Finalmente, os pacientes tiveram
adesão de 86% até o fim do tratamento.
186
Referência bibliográficas
Bellack, A. S., Mueser, K. T., Gingerich, S., & Agresta, J. (2013). Social skills training for schizoph-
renia: A step-by-step guide. Guilford Publications.
Granholm, E., McQuaid, J. R., McClure, F. S., Auslander, L. A., Perivoliotis, D., Pedrelli, P., ...
& Jeste, D. V. (2005). A randomized, controlled trial of cognitive behavioral social skills trai-
ning for middle-aged and older outpatients with chronic schizophrenia. American Journal of
Psychiatry, 162(3), 520-529.
Kopelowicz, A., Liberman, R. P., & Zarate, R. (2006). Recent advances in social skills training
for schizophrenia. Schizophrenia bulletin, 32(suppl_1), 12-23.
Rus-Calafell, M., Gutiérrez-Maldonado, J., Ribas-Sabaté, J., & Lemos-Giráldez, S. (2014). Soci-
al skills training for people with schizophrenia: What do we train?. Psicología Conductual,
22(3), 461.
187
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Depressão (link)
Resumo
A Terapia Comportamental Dialética – Radicalmente Aberta (Radically Open Dialecti-
cal Behavior Therapy) é uma terapia baseada em evidências para a depressão crônica resis-
tente a tratamento com transtorno de personalidade comórbido e para a anorexia nervosa.
Criada por Thomas Lynch, a RO-DBT é baseada em pesquisas que ligam a expressão das
emoções à formação de vínculos sociais de longo prazo, necessários durante a evolução para
a sobrevivência da espécie humana, tribal por natureza.
Premissa básica
A Terapia Comportamental Dialética Radicalmente Aberta ou RO DBT difere significa-
tivamente de outras abordagens de tratamento, principalmente por vincular as funções co-
municativas da expressão emocional à formação de laços sociais estreitos e por meio de ha-
bilidades direcionadas à sinalização social, abertura e resposta flexível. RO DBT é o primeiro
tratamento no mundo a priorizar a sinalização social como o principal mecanismo de mu-
dança.
Essência da terapiaRO DBT é um tratamento trans diagnóstico direcionado a um es-
pectro de distúrbios caracterizados por controle inibitório excessivo ou supercontrole (OC).
O supercontrole está associado ao isolamento social, solidão, mau funcionamento interpes-
188
soal e problemas de saúde mental graves e difíceis de tratar, como anorexia nervosa, depres-
são crônica e transtorno de personalidade obsessiva-compulsiva (por exemplo, Lynch &
Cheavens, 2008; Zucker et al., 2007). Indivíduos com distúrbios de supercontrole geralmente
sofrem silenciosamente, mesmo que seu sofrimento não seja aparente. O tratamento RO DBT
envolve sessões individuais de tratamento e aulas de treinamento de habilidades e gira em
torno de cinco temas OC: expressão emocional inibida e dissimulada; comportamento foca-
do hiper detalhado e excessivamente cauteloso; comportamento rígido e governado por re-
gras; estilo indiferente e distante de se relacionar; e alta comparação social e inveja/amargu-
ra.
Manuais de tratamento
Livros disponíveis para compra através de sites externos
● Terapia comportamental dialética radicalmente aberta: teoria e prática para o
tratamento de distúrbios de supercontrole (Lynch, 2018) (link);
● O manual de treinamento de habilidades para terapia comportamental dialé-
tica radicalmente aberta: um guia clínico para o tratamento de distúrbios de super-
controle (Lynch, 2018) (link).
Disponíveis em língua portuguesa
● Terapia Comportamental Dialética - Swales – Sinopsys. Segunda edição, 2022.
189
Recursos de treinamento
A Radially Open é a empresa oficial de treinamento para RO DBT. Eles oferecem
treinamento on-line e off-line introdutório, intensivo e abrangente para profissionais de saú-
de mental que desejam desenvolver serviços de DBT radicalmente abertos para pacientes
com problemas de saúde mental graves e difíceis de tratar. (link).
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
Livros de auto-ajuda
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
190
Demonstrações em vídeo
Listados no site da APA
● Cursos de vídeo sob demanda e demonstrações estão disponíveis aqui: (link).
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
Descrições em vídeo
Listados no site da APA
● Uma variedade de podcasts e vídeos sobre RO DBT está disponível gratuita-
mente aqui: (link).
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
191
192
Identificação da pesquisa
● Autores: Thomas R Lynch, Roelie J Hempel, Ben Whalley, Sarah Byford,
Rampaul Chamba, Paul Clarke, Susan Clarke, David Kingdon, Heather O'Mahen,
Bob Remington, Sophie C Rushbrook, James Shearer, Maggie Stanton, Michaela Swa-
les, Alan Watkins e Ian T Russel.
● Título: Terapia comportamental dialética radicalmente aberta para depressão
refratária: o RefraMED RCT.
● Data de publicação: Dezembro de 2018
● Periódico: Avaliação de Eficácia e Mecanismo
● Número: 7
● Volume: 5
Racional
Cerca de um terço dos pacientes deprimidos não respondem à medicação antidepres-
siva (ADM) e a psicoterapia tradicional mostra benefícios limitados. No entanto, a maioria
dos estudos randomizados excluiu os pacientes mais doentes, especialmente com transtorno
de personalidade comórbido. A terapia comportamental dialética radicalmente aberta (RO
DBT) é um novo tratamento direcionado à personalidade emocionalmente supercontrolada,
que é comum na depressão refratária.
Objetivo
Avaliar a eficácia, custo-efetividade e mecanismos terapêuticos de RO DBT para pa-
cientes com depressão refratária.
Método
O estudo Refractory depression: Mechanisms and Efficacy of RO DBT (RefraMED) foi
um estudo randomizado multicêntrico, de grupos paralelos, no qual os participantes foram
randomizados para receber RO DBT mais tratamento usual (TAU) ou apenas TAU. Os parti-
cipantes foram avaliados aos 7, 12 e 18 meses após a randomização. Mecanismos terapêuti-
cos foram explorados em análises causais.
193
194
Referência bibliográficas
Lynch T. R., Hempel R. J., Whalley B., Byford S., Chamba R., Clarke P., Clarke S.,
Kingdom D., O’Mahen H., Remington B., Rushbrook S.C., Shearer J., Stanton M.,
Swales M., Watkins A. & Russell I. T. (2018). Radically open dialectical behaviour the-
rapy for refractory depression: the RefraMED RCT. NIHR Journals Library, 5 (7).
195
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Transtorno de personalidade Borderline (link)
Resumo
O Transtorno de Personalidade Borderline (ou Transtorno de Personalidade Limítro-
fe) é um transtorno de personalidade caracterizado por um padrão difuso de instabilidade e
hipersensibilidade nos relacionamentos pessoais, na autoimagem e afetos e em impulsivida-
de acentuada (Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5, 2014). Os
indivíduos com o transtorno podem realizar esforços desesperados para evitar abandono,
tem uma perturbação de identidade, com instabilidade acerca da autoimagem, um padrão
de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos, sentimentos crônicos de vazio, raiva
intensa, apresentam mudanças súbitas de humor com instabilidade afetiva, impulsividade
em alguma área da vida (como gastos em excesso ou comer descontroladamente) e podem
ainda realizar comportamentos autodestrutivos como ameaças suicidas ou comportamento
de automutilação. Uma das técnicas utilizadas para o tratamento do Transtorno de Persona-
lidade Borderline é a Terapia do Esquema (TE), ou Terapia Focada no Esquema. A TE é uma
abordagem integrativa fundada nos princípios da terapia cognitivo-comportamental e de-
pois expandida para incluir técnicas e conceitos de outras psicoterapias. Os terapeutas do
esquema ajudam os pacientes a mudar seus padrões de vida (ou esquemas) autodestrutivos
e desadaptativos, utilizando técnicas cognitivas, comportamentais e focadas na emoção. O
tratamento se concentra no relacionamento com o terapeuta, na vida diária fora da terapia e
196
Premissa básica
Todos têm necessidades emocionais básicas e precisam compreendê-las. Quando ne-
cessidades emocionais não são satisfeitas, associadas com tendências de personalidade e
acontecimentos ambientais, ocorre a formação de esquemas desadaptativos (EDs).
Essência da terapia
As técnicas de terapia dos esquemas se concentram em enfraquecer os esquemas de-
sadaptativos, buscando suprir, dentro dos limites terapêuticos, as necessidades não atendi-
das que deram origem à eles, além de fortalecer estratégias de enfrentamento mais adaptati-
vas e funcionais para lidar com a realidade. Os esquemas desadaptativos surgem na infância
e representam emoções e comportamentos disfuncionais ou autodestrutivos que se manifes-
tam na vida adulta.
Manuais de tratamento
Listados no site da APA
Não consta.
197
Recursos de treinamento
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
Livros de auto-ajuda
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
Demonstrações em vídeo
Listados no site da APA
Não consta.
198
Descrições em vídeo
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
● Palestra: Terapia do Esquema para TPB (Salvador, 2020) (link);
● Esquema de abandono no Transtorno de Personalidade Borderline (Santiago,
2021) (link);
● Como agem as pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline - Modos
em Terapia do Esquema (Santiago, 2021) (link).
199
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
Identificação da pesquisa
● Autores: Josephine Giesen-Bloo, Richard Van Dyck, Philip Spinhoven, Willem
Van Tilburg, Carmen Dirksen, Thea Van Asselt, Ismay Kremers, Marjon Nadort &
Arnoud Arntz.
● Título: Outpatient psychotherapy for borderline personality disorder: Ran-
domized trial of schema-focused therapy vs. transference-focused psychotherapy.
● Data de publicação: junho de 2006.
● Periódico: Archives of General Psychiatry
● Número: não consta.
● Volume: 63
● Tipo da pesquisa: Ensaio clínico randomizado
Racional
Diversas modalidades de abordagens psicológicas já foram estudadas e se mostra-
ram eficazes para tratamento do Transtorno de personalidade Borderline (TPB). No entanto,
essa eficácia mostrou-se apenas em alguns aspectos, como diminuição das tentativas de sui-
cídio. Nenhum tratamento psicoterápico ou farmacológico mostrou eficácia para todos os
aspectos do TPB. Assim, o ensaio clínico randomizado comparou a eficácia de duas aborda-
gens para alcançar a recuperação total de pacientes diagnosticados com TPB. Sendo eles a
Terapia focada em Esquemas e a Terapia Focada na Transferência. A primeira consiste em
uma abordagem integrante das terapias cognitivas, enquanto a última possui uma base psi-
codinâmica. Ambas buscam não apenas a redução de comportamentos autolesivos, mas
também realizar uma modificação nos aspectos patológicos da personalidade dos pacientes.
Objetivo
O objetivo do estudo consistiu em comparar a eficácia do tratamento para Transtorno
de personalidade Borderline por meio de duas abordagens terapêuticas: Terapia focada em
200
Método
O estudo foi realizado em quatro comunidades de saúde mental e a randomização se
deu a partir de dois grupos: um dos grupos recebeu tratamento com base na Terapia focada
em Esquemas (totalizando 44 pacientes) e outro, na Terapia Focada na Transferência (totali-
zando 42 pacientes). Cada um dos participantes já havia recebido diagnóstico clínico de TPB,
utilizando critérios do DSM-IV, e tiveram ainda uma avaliação geral antes do início dos tra-
tamentos. Avaliações periódicas foram realizadas ao longo do estudo, de 3 em 3 meses, du-
rante o período de 3 anos.
A avaliação inicial contou com uma triagem, uma entrevista semiestruturada e o uso
de Índice de Gravidade do Transtorno de Personalidade Borderline (BPDSI-IV), sendo que
neste Índice, os participantes deveriam pontuar no mínimo 20 para serem selecionados para
a pesquisa. Os nove psicoterapeutas que atenderam os participantes, em ambas as aborda-
gens selecionadas, eram filiados a uma das quatro comunidades de saúde mental e recebe-
ram supervisão durante os atendimentos.
Assim, após esses critérios estabelecidos, iniciaram-se as sessões com os participan-
tes, tendo duração de 50 minutos e sendo realizadas duas vezes por semana. Os tratamentos
foram utilizados a partir de diferentes estratégias e técnicas, dentro das abordagens supraci-
tadas. Para a Terapia focada em Esquemas, o paciente entra em recuperação e remissão dos
sintomas do transtorno quando os esquemas disfuncionais não possuem mais controle e go-
verno sobre a vida do paciente. Já para a Terapia Focada na Transferência, essa melhora se
dá quando boas e más representações de si mesmo e dos outros são integradas e quando é
feita uma resolução de relações objetais internalizadas primitivas fixas. Não foi permitido o
uso de nenhum outro tipo de tratamento ao longo da pesquisa.
201
Referência bibliográficas
American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos
mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
Cognitivo Blog (2019). Terapia do esquema: como e por que aplicar? Retirado de:
https://blog.cognitivo.com/terapia-do-esquema-como-e-por-que-aplicar/
Cognitivo Blog (2021). Quais são as técnicas em terapia do esquema e como utilizá-
las? Retirado de: https://blog.cognitivo.com/tecnicas-em-terapia-do-esquema/
Giesen-Bloo, J., Van Dyck, R., Spinhoven, P., Van Tilburg, W., Dirksen, C., Van Asselt,
T. & Arntz, A. (2006). Outpatient psychotherapy for borderline personality disorder:
randomized trial of schema-focused therapy vs transference-focused psychotherapy.
Archives of general psychiatry, 63(6), 649-658.
Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva (2019). O que é a Terapia do Esquema. Re-
tirado de https://iptc.net.br/o-que-e-a-terapia-do-esquema/
Schütz, N. T. (2022). Manual de técnicas em terapia do esquema. Sinopsys Editora.
202
Identificação do tratamento:
Diagnóstico:
Insônia (link)
Resumo
A restrição do sono é um tratamento comportamental para a insônia. Funciona para
melhorar a eficiência do sono, limitando a proporção entre o tempo na cama e o tempo dor-
mindo. A técnica de restrição do sono funciona em um nível menos extremo para aumentar
a vontade do insone de dormir, levando a uma consolidação do seu sono, que se tornará
mais eficiente e menos intermitente.
Premissa básica
A terapia de restrição do sono consiste na redução do tempo despendido na cama de
modo a que este se aproxime do tempo total de sono. Ou seja, se o insone relata que dorme
uma média de 4 horas por noite e permanece na cama por sete horas, a recomendação inicial
é reduzir o tempo despendido na cama para 4 horas.
Essência da terapia
A restrição do sono é um tipo de Terapia Cognitivo-Comportamental, e foi
desenvolvida na década de 80 pelo Dr. Arthur Spielman, neurologista e especialista em me-
dicina do sono.
203
Manuais de tratamento
Listados no site da APA
Não consta.
Em português
Não consta.
Recursos de treinamento
Listados no site da APA
Não consta.
Em português
Não consta.
204
Não consta.
Em português
Não consta.
Livros de auto-ajuda
Listados no site da APA
Não consta.
Em português
Não consta.
Demonstrações em vídeo
Listados no site da APA
Não consta.
Em português
Não consta.
Descrições em vídeo
Listados no site da APA
Não consta.
Em português
● Como Realizar a Restrição do Sono?[Diário do Sono - Tratamento Para Insô-
nia]. (link);
● Restrição do Sono: o componente #2 da Terapia Cognitivo-Comportamental
para Insônia. (link);
● Restri o de sono para a insônia???. (link);
● O Que É Restrição do Sono? 3ro Componente da TCC-i. Coragem Contra
Insônia[Tratamento Para Insônia] (link);
205
ç
ã
Identificação da pesquisa
● Autores: Antonio Fernando III; Bruce Arroll; Karen Falloon
● Título: A double-blind randomised controlled study of a brief intervention of
bedtime restriction for adult patients with primary insomnia
● Data de publicação: 03/2013
● Periódico: J Prim Health Care
206
● Número: 5
● Volume: 1
● Tipo da pesquisa: Ensaio Clínico controlado aplicado de forma aleatória
Racional
A insônia primária é o tipo mais comum de insônia, e seu tratamento com a CBT-I é
totalmente efetivo como comprovado em vários estudos, no entanto, a CBT-I é uma terapia
que leva muito tempo e tem a necessidade de um psicoterapeuta acompanhando o caso
constantemente. Dessa forma, supõe-se se apenas a SRT (Sleep restriction Therapy) já seria
eficaz para o tratamento de insônia.
Objetivo
Verificar se apenas o uso da SRT já seria o bastante ou ideal para se tratar a insônia
primária do insone.
Método
Para a pesquisa se dar início foi publicado em um jornal local sobre o estudo, onde
como critérios de inclusão têm-se: ser maior de 16 anos, obter uma pontuação menor ou
igual a 8 dentro da HADS (Hospital Anxiety and Depression Scale), e saber ler e falar a lín-
gua inglesa. Inicialmente era realizada uma entrevista via telefone com o responsável pela
pesquisa para entender se o participante sofria de insônia, no entanto, como este processo
tomava muito tempo, passou a ser enviado via email a ASQV1 (Auckland Sleep Question-
naire Version 1), um questionário de 7 páginas que avalia os sintomas de insônia no sujeito.
Os participantes que entraram nos critérios de inclusão realizavam uma entrevista
cara a cara com os pesquisadores, onde durante essa entrevista foi entregue um folheto in-
formativo sobre a pesquisa, onde abordava apenas um dos métodos de tratamento de insô-
nia não medicamentosos (do grupo controle), informando que o outro método (SRT) apenas
iria ser informado no final da pesquisa. Ao final da entrevista com o pesquisador, foi assina-
do o formulário de consentimento para o estudo.
Os participantes receberam um diário de sono para ser preenchido nas duas semanas
anteriores à entrevista e foram solicitados a interromper qualquer medicação hipnótica por
um mês antes do estudo, além de não fazer o uso de medicações durante as seis semanas do
estudo. Usando o diário do sono, foi determinado quanto tempo cada participante relatou
gastar na cama e quanto tempo eles sentiram que realmente estavam dormindo durante esse
tempo. A alocação para um dos dois grupos foi selada em envelopes opacos numerados que
foram abertos em ordem, geralmente na presença de dois investigadores (o que garantiu a
ocultação da randomização), os pacientes foram randomizados para dois grupos paralelos e,
além disso, instruções escritas sobre higiene do sono foram dadas a ambos os grupos.
Com base na rotina de seu sono e nas informações do diário, o grupo de intervenção
recebeu instruções personalizadas na hora de dormir sobre a SRT e horário de vigília a ser
respeitado nas seis semanas seguintes. Houve uma visita em duas semanas para verificar se
207
Resultados e conclusões
Um total de 224 pessoas responderam ao questionário, onde foram vetados de reali-
zar a pesquisa aqueles que não tinham sintomas de insônia primária (172 participantes), res-
tando 52 participantes com insônia primária. Destes, 7 desistiram antes da randomização e 2
pessoas perderam o acompanhamento após a randomização, um do grupo intervenção
(SRT) e um do grupo controle. No total, separaram-se 22 participantes no grupo de interven-
ção e 23 no grupo controle.
Como resultado da pesquisa, dos 22 participantes do grupo de intervenção,
16 afirmaram que o seu sono estava melhor ou muito melhor, e 6 afirmaram estar o mesmo,
pior, ou muito pior. Já no grupo controle, 8 participantes afirmaram que o seu sono estava
melhor ou muito melhor, e 15 afirmaram estar o mesmo, pior, ou muito pior.
A partir dos dados acima, utilizando a análise com método Qui-Quadrado, obtêm-se
o valor de p=0.0107. Levando em consideração que duas pessoas abandonaram o estudo na
etapa de follow up, o “p” significante para análise passa a ser o de p=0.0085.
O estudo nos mostra que restrições de sono levam a melhores resultados no combate
à insônia primária, quanto aos resultados específicos, o grupo controle mostra melhores de
35% dos participantes, relatando que passam agora a dormir melhor ou muito melhor, toda-
via o grupo de intervenção demonstra uma melhora em 73% dos participantes, relatando
agora dormir melhor ou muito melhor. Isso sugere que, para um terço dos pacientes com
insônia primária, a higiene básica do sono pode ser eficaz, enquanto outro terço se beneficia-
rá ainda mais com a adição de restrição de hora de dormir.
Referência bibliográficas
Fernando, A., 3rd, Arroll, B., & Falloon, K. (2013). A double-blind randomised con-
trolled study of a brief intervention of bedtime restriction for adult patients with
primary insomnia. Journal of primary health care, 5(1), 5–10.
208
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Depressão. (link)
Resumo
A Terapia Focada na Emoção (EFT), também conhecida como terapia de processo ex-
periencial, é uma terapia que focaliza o processo emocional da pessoa, com a intenção de
entender como são suas reações emocionais a eventos sociais. A EFT é baseada exclusiva-
mente nas emoções, integrando aspectos de terapias humanistas como a Gestalt, terapia
existencial e terapia baseada na pessoa, e, de acordo com Leslie Greenberg e Robert Elliott
em seu livro de 2014, a EFT procura "entender que as emoções são adaptativas e orientam a
tendência para o crescimento, porém podem se tornar problemáticas por causa de traumas
passados ou porque fomos ensinados a ignorá-los ou descartá-los".
Premissa básica
A terapia focada na emoção (EFT) para a depressão baseia-se na abordagem experi-
encial de processo mais geral de Greenberg (2004), projetada para ajudar os pacientes a iden-
tificar, utilizar e processar emoções. Acredita-se que a depressão envolve o processamento
inibido de emoções e experiências, e o terapeuta fornece um ambiente seguro e calmante
para reduzir a ansiedade e a evitação associadas a emoções difíceis.
209
Essência da terapia
A terapia focada na emoção inclui três fases específicas: Consciência da Emoção, Re-
gulação da Emoção e Utilização ou Transformação da Emoção. Os pacientes aprendem a
aumentar a consciência de suas emoções, aprofundar suas experiências emocionais, enten-
der respostas emocionais não saudáveis para que possam ser reguladas ou usadas para ge-
rar alternativas emocionais mais adaptativas e usar emoções saudáveis para orientar a ação.
● Começar com o processo presente: "O que está acontecendo agora?" Este pro-
cesso visa juntar as emoções e o processo de interação entre paciente e terapeuta.
● Aprofundar a emoção: "Como você está se sentindo agora?" Aqui você se apro-
funda mais nas emoções mais primitivas, suaves, e ver como elas estão sendo mos-
tradas.
● Criar uma nova mensagem: Um passo focado no processo, desacelerado, fo-
cando no que está acontecendo atualmente na sessão. É importante destilar e apro-
fundar a emoção, para criar uma nova mensagem baseada na nova experiência vivi-
da no consultório.
● Elaborar novos passos: Chegando ao fim da sessão, elaborar novos passos a
serem seguidos no futuro, de acordo com o que foi discutido.
● Dar um laço na sessão: Finalizar construindo um senso de competência no
cliente, para que ele consiga processar melhor suas emoções.
210
Manuais de tratamento
● Terapia Focada na Emoção (Greenberg)
Recursos de treinamento
Indicados no site da APA
● Clínica de Terapia Focada nas Emoções da Universidade de York (link);
● Sociedade Internacional para Terapia Focada nas Emoções (isEFT) (link);
Outras fontes
● Curso de EFT (link).
Livros de auto-ajuda
Indicados no site da APA
Não consta.
Outras fontes
211
Demonstrações em vídeo
Indicados no site da APA
● Terapia Focada na Emoção para Depressão (Greenberg) (link);
● Terapia focada na emoção ao longo do tempo (Greenberg) (link);
● Psicoterapia Experimental de Processo: Uma Abordagem Focada na Emoção
(Greenberg) (link).
Descrições em vídeo
Indicados no site da APA
Não incluso.
Outras fontes
● "Dr. Les Greenberg explicando a Terapia Focada nas Emoções" (link);
● "O que é a Terapia Focada nas Emoções?" (link);
● "Terapia focada na emoção (EFT) – Pós-Graduação em Terapia Cognitivo-
Comportamental" (link).
212
213
Identificação da pesquisa
● Autores: Jeanne C. Watson, Laurel B. Gordon, Lana Stemac, Freda Kalogera-
kos, Patricia Steckley
● Título: Comparando a efetividade da psicoterapia processo-experimental
com a cognitivo-comportamental no tratamento da depressão.
● Data de publicação: Agosto, 2003
● Periódico: National Library of Medicine: National Center for Biotechnology
Information
● Número: 71
● Volume: 4
● Tipo da pesquisa: Ensaio Clínico Randomizado
Racional
A essência da pesquisa foi comparar dois modelos de terapia para depressão, sendo
utilizado a Terapia Cognitivo Comportamental, CBT e a Terapia Processo Experimental,
PET. Para experimentar com tratamentos de terapia diferentes, sessões psicoterápicas deve-
rão ser realizadas, e o modo que os pesquisadores realizaram essa pesquisa não só limitou o
seu público de pesquisa, como também encontraram uma forma de quantificar um experi-
mento predominantemente qualitativo.
Objetivo
O objetivo foi determinar a eficácia específica e diferencial de ambos os tratamentos,
Terapia Cognitivo Comportamental (CBT ou TCC) e Terapia Processo Experimental (PET ou
EFT), ao longo do tempo.
Método
Participaram do estudo sessenta e seis (66) pacientes, todos diagnosticados com
Transtorno Depressivo Maior, de acordo com o critério diagnóstico do DSM-IV. Não podiam
participar da pesquisa aqueles que: (a) estavam atualmente usando medicação ou fazendo
parte de outra forma de tratamento; (b) incapaz de entender e falar Inglês; (c) atualmente ou
214
previamente diagnosticado com algum dos seguintes transtornos do DSM-IV do Eixo I: abu-
so de substâncias, psicose, depressão maníaca, um transtorno alimentar, ou algum do DSM-
IV Eixo II: borderline, anti-social ou esquizotípico; ou (d) em alto risco de suicídio.
Eram quinze (15) terapistas realizando o estudo, sendo oito (8) da CBT e sete (7) da
PET. O terapeuta mais novo tinha 26 anos de idade, enquanto o mais velho tinha 43 anos de
idade.
Tinha um profissional de cada modalidade que providenciava treinamento e super-
visão para os quinze terapistas. Seu treinamento era de acordo com os manuais de CBT de
Beck, Rush, Shaw e Emery (1997) e de PET de Greenberg, Rice e Elliot (1993) ou o de Green-
berg e Watson (1998). Cada terapista recebeu duas horas de treinamento por semanas e por
quatro meses, sendo no total 32 horas de treinamento para cada profissional.
O protocolo para cada tratamento variava de acordo com a teoria. Para a CBT, o tra-
tamento foi principalmente uma terapia cognitiva com alguns componentes comportamen-
tais, como o registro de atividades diárias e experimentos comportamentais. Para a PET, os
terapeutas integravam técnicas centradas no cliente e Gestalt, que incluía: o uso de duas ca-
deiras, o uso de uma cadeira vazia, o desdobramento evocativo sistemático, e o foco para
resolver os problemas cognitivo-afetivos dos clientes na terapia. Quando achavam apropria-
do, os terapeutas implementaram intervenções específicas nas declarações que indicavam
um enfrentamento de dificuldades específicas de processamento. Havia então uma expecta-
tiva geral de que os terapeutas implementassem um mínimo de uma (1) intervenção a cada
duas (2) a três (3) sessões, entre as sessões três (3) e quinze (15).
A coleta de dados quantitativos foi realizada com o uso de instrumentos psicoterápi-
cos, como:
215
216
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Distúrbios Alimentares e Controle de Peso (link)
Resumo
Existe uma grande variedade de técnicas, entre elas cognitivas, comportamentais,
emocionais e interpessoais. Essas técnicas permitem ao paciente reaprender sobre suas cren-
ças, valores, comportamentos, filosofias e criar métodos mais eficazes para lidar com esses
padrões em seu dia a dia.
Técnicas Cognitivas: são técnicas destinadas a modificar um conjunto de crenças e
pensamentos automáticos, evitar previsões negativas e restabelecer valores pessoais, rótulos
negativos e críticas severas a respeito de si e do mundo.
Técnicas Comportamentais: são aplicadas para alterar comportamentos, desenvol-
vendo uma postura mais esperançosa, por meio de relaxamentos e exercícios role-play, para
modelar novos comportamentos.
Técnicas Emocionais: técnicas para desenvolver a auto aceitação, desenvolver a inte-
ligência emocional, autocompaixão e favorecer relacionamentos mais saudáveis, a partir da
percepção do outro e de si mesmo.
Técnicas Interpessoais: buscam desenvolver a comunicação, a escuta ativa, a lingua-
gem corporal e a auto expressão, facilitando as relações sociais.
217
Premissa básica
Os comportamentos alimentares e de atividade são reforçados por pistas e con-
sequências que podem ser internas (por exemplo, pensamentos e sentimentos) ou externas
(por exemplo, ambiente, comportamentos). A modificação seletiva desses fatores internos e
externos pode facilitar mudanças positivas na dieta e no exercício. Além disso, fornecer me-
tas e métodos mensuráveis para monitorar o progresso em direção a essas metas pode pro-
mover mudanças de comportamento.
Essência da terapia
A perda de peso requer o gasto de mais energia do que se ingere. Para a maioria, isso
envolve alterar os hábitos alimentares e de exercícios. O tratamento é projetado para ajudar
os indivíduos a diminuir a ingestão de energia e aumentar o gasto de energia, fornecendo
metas claras de alimentação e exercícios e maneiras de monitorar esses comportamentos. O
automonitoramento aumenta a conscientização sobre os comportamentos de saúde, tornan-
do-os mais suscetíveis à mudança. O tratamento também inclui a modificação dos sinais e
consequências que controlam os comportamentos alimentares e de atividade.
218
Manuais de tratamento
Listados no site da APA
●Informações do Conselheiro – Look AHEAD (Grupo de Pesquisa Look AHE-
AD) (link);
● Manual do Conselheiro – Look AHEAD (Grupo de Pesquisa Look AHEAD)
(link);
●Manual do Conselheiro do Programa de Prevenção do Diabetes: Sessões –
Básicas (Grupo de Pesquisa do Programa de Prevenção do Diabetes) (link);
● Manual do Conselheiro do Programa de Prevenção do Diabetes: Após as Ses-
sões – Básicas (Grupo de Pesquisa do Programa de Prevenção do Diabetes) (link).
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
Recursos de treinamento
Listados no site da APA
● Look AHEAD Session Outlines (Grupo de Pesquisa Look AHEAD) (link).
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
219
Livros de auto-ajuda
Listados no site da APA
● "A pasta de trabalho cognitivo-comportamental para controle de peso: um programa
passo a passo" de Michele Laliberte PhD, Randi Em. McCabe PhD e Valerie Taylor MD
PhD (link);
"Tratamento cognitivo-comportamental para obesidade: um guia clínico" de Zafra
●
Cooper, Christopher G. Fairburn e Deborah M. Hawker (link);
"Manual de Tratamento da Obesidade" de Thomas A. Wadden e Albert J. Stun-
●
kard (link);
"O Programa de Aprendizagem para Controle de Peso" de Kelly D. Brownell,
●
Ph.D. (link).
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
Demonstrações em vídeo
Listados no site da APA
Não consta.
220
Descrições em vídeo
Listados no site da APA
Não incluso.
Disponíveis em língua portuguesa
● "Terapia Cognitivo Comportamental para Dieta e Exercícios!" – Terapia Cog-
nitiva Online (link);
●"Emagrecer a Mente para Emagrecer o Corpo" – Rosângela Nascimento - Psi-
cóloga Terapia Online (link);
"Tcc do Emagrecimento - Terapia Cognitivo Comportamental do Emagreci-
●
mento" – Dafne Secco · Você De Bem (link).
221
Identificação da pesquisa
● Autores: Zafra Cooper, Helen A. Doll, Deborah M. Hawker, Susan Byrne, Gil-
lie Bonner, Elizabeth Eeley, Marianne E. O'Connor, Christopher G. Fairburn
● Título: Testando um novo tratamento cognitivo-comportamental para obesi-
dade: um estudo controlado randomizado com acompanhamento de três anos
● Data de publicação: 4 de agosto de 2010
● Periódico: Behavior Research and Therapy
● Número: 8
● Volume: 48
● Tipo da pesquisa: Ensaio Clínico Randomizado
222
Racional
A essência da pesquisa foi comparar qual modelo de terapia teria melhores
resultados com a perda de peso de pessoas obesas. Ambos os tratamentos selecionados re-
sultaram em uma perda de peso, as participantes foram acompanhadas por três anos após a
pesquisa, e a grande maioria recuperou o peso perdido.
Objetivo
Examinar os efeitos imediatos e de longo prazo de um novo tratamento cog-
nitivo-comportamental que foi explicitamente projetado para minimizar essa recuperação de
peso pós-tratamento.
Um objetivo subsidiário do estudo foi explorar a relação entre compulsão
alimentar, perda de peso e recuperação de peso.
Método
Cento e cinquenta (150) mulheres com obesidade foram aleatoriamente de-
signadas para Terapia Cognitivo-Comportamental (Cognitive Behavioral Therapy – CBT), Te-
rapia Comportamental (Behavioral Therapy – BT) ou Auto-Ajuda Guiada (Guided Self-Help –
GSH). Aqueles das condições CBT e BT receberam tratamento durante 44 semanas, enquan-
to GDH levou 24 semanas. Cada participante foi acompanhado por três anos a partir da se-
mana 44 (ou seja, o fim das condições de CBT e BT). Nenhum tratamento adicional foi forne-
cido após o término do tratamento (semana 24 para aqueles em GSH; semana 44 para aque-
les em BT e CBT). O tamanho da amostra foi determinado a priori para fornecer poder sufici-
ente (80%) para detectar uma diferença de 30% em p bilateral < 0,05 entre CBT e BT na quan-
tidade de peso recuperado no acompanhamento.
O protocolo do estudo foi aprovado pelo Conselho de Revisão Institucional
Local. Antes de ser inscrito no estudo, cada participante em potencial forneceu consentimen-
to informado por escrito ao investigador clínico sênior (ZC ou CGF), que explicou previa-
mente a natureza e o objetivo do estudo e forneceu uma folha de informações aprovada.
Os participantes em potencial eram elegíveis para participar se atendessem
aos seguintes critérios: (1) sexo feminino, (2) idade entre 20 e 60 anos, (3) índice de massa
corporal (peso em kg/altura em m 2; IMC) entre 30,0 e 39,9, (4) disponíveis para tratamento
por 44 semanas e (5) dispostos a participar do estudo. Os critérios de exclusão foram: (1)
perda de peso de 10% ou mais nos últimos seis meses, (2) doença médica ou psiquiátrica
grave (incluindo diabetes tipo I ou tipo II), (3) tratamento psiquiátrico ou psicológico atual e
( 4) distúrbios ou tratamentos conhecidos por afetar a alimentação, o peso ou a taxa metabó-
lica e distúrbios nos quais a restrição calórica ou de gordura é contraindicada. Aqueles que
receberam tratamento para hipertensão ou hipercolesterolemia foram elegíveis para partici-
par, desde que sua condição estivesse estável com medicação nos últimos três meses. Os par-
ticipantes que relataram compulsão alimentar eram elegíveis para participar.
223
224
Moreira & Araújo (2021) | walden4.com.br
Referências
Ikeda, J., Amy, N.K., Ernsberger, P., Gaesser, G.A., Glenn, A., Berg, F.M., Clark A. C.,
Parham E. S. & Peters P.(2005) The national weight control registry: a critique. Journal
of Nutrition and Behavior, 37 (4), 203-205.
Fairburn, C.G. & Wilson, G.T. (1993) Binge eating: Nature, assessment, and treatment.
Guilford Press: New York
Latner, J.D., Wilson, G.T., Jackson, M.L., Stunkard, A.J. (2009). Greater history of
weight-related stigmatizing experiences is associated with greater weight loss in obe-
sity treatment. Journal of Health Psychology, 14 (2), 190-199.
Teixeira, P.J., Going, S.B., Sardinha, L.B., Lohman, T.G. (2005). A review of psychoso-
cial pre-treatment predictors of weight control. Obesity Reviews, 6 (1),43-65.
Wing, R.R., Phelan, S. (2005). Long-term weight loss maintenance. American Journal of
Clinical Nutrition, 82 (1 Suppl.),222-225.
225
226
Premissa Básica
A Terapia Focada nas Emoções para Casais (TFE) é baseada no apego e conceitua os
padrões de interação negativos e rígidos e absorvendo o afeto negativo que tipifica o sofri-
mento nos relacionamentos de casal em termos de desconexão emocional e apego inseguro.
Presume-se que a mudança na TFE ocorra, não por insight, catarse ou habilidades aprimo-
radas per se, mas pela formulação e expressão de uma nova experiência emocional que
transforma a natureza do drama interacional, particularmente no que se refere às necessida-
des e emoções de apego.
Essência da terapia
A TFE baseia-se em princípios humanísticos e sistêmicos para ajudar a criar um vín-
culo de apego mais seguro em um relacionamento. Este modelo integra a perspectiva intrap-
síquica proporcionada pelas abordagens experienciais com uma perspectiva sistêmica inter-
pessoal para ajudar os parceiros angustiados a moldar a acessibilidade emocional, a capaci-
dade de resposta e o envolvimento - os elementos-chave da segurança do apego. O processo
de TFE envolve três etapas. O primeiro estágio, a redução do ciclo, ajuda o casal a entender
como suas interações negativas conduzem a um ciclo de angústia auto-reforçador. No final
deste estágio, o casal internalizou que o problema é seu ciclo de auto-reforço associado a
rupturas de apego, levando a ressignificar o problema como seu ciclo negativo. A segunda
fase, as interações de reestruturação, envolve a formação de novas experiências emocionais
centrais e novas interações que levam a uma conexão mais segura. Os parceiros são incenti-
vados a explorar e compartilhar suas vulnerabilidades e necessidades de apego com seu
parceiro na sessão, em encenações estruturadas e focadas. Esses eventos criam novos ciclos
construtivos de contato e carinho, promovendo apego seguro. O terceiro estágio da TFE, a
consolidação, envolve ajudar os casais a usar seu vínculo de apego mais seguro e melhorar o
funcionamento do relacionamento para resolver problemas em suas vidas cotidianas e criar
uma história de resiliência e domínio em seu relacionamento. A terapia de casais TFE tam-
bém usa o mesmo processo de 5 etapas que as terapias individuais e familiares de TFE para
promover mudanças. Os parceiros são incentivados a explorar e compartilhar suas vulnera-
bilidades e necessidades de apego com seu parceiro na sessão, em encenações estruturadas e
focadas. Esses eventos criam novos ciclos construtivos de contato e carinho, promovendo
apego seguro. O terceiro estágio da TFE, a consolidação, envolve ajudar os casais a usar seu
vínculo de apego mais seguro e melhorar o funcionamento do relacionamento para resolver
problemas em suas vidas cotidianas e criar uma história de resiliência e domínio em seu re-
lacionamento. A terapia de casais TFE também usa o mesmo processo de 5 etapas que as te-
rapias individuais e familiares de TFE para promover mudanças. Os parceiros são incenti-
vados a explorar e compartilhar suas vulnerabilidades e necessidades de apego com seu
parceiro na sessão, em encenações estruturadas e focadas. Esses eventos criam novos ciclos
construtivos de contato e carinho, promovendo apego seguro. O terceiro estágio da TFE, a
consolidação, envolve ajudar os casais a usar seu vínculo de apego mais seguro e melhorar o
funcionamento do relacionamento para resolver problemas em suas vidas cotidianas e criar
uma história de resiliência e domínio em seu relacionamento. A terapia de casais TFE tam-
bém usa o mesmo processo de 5 etapas que as terapias individuais e familiares de TFE para
promover mudanças. envolve ajudar os casais a usar seu vínculo de apego mais seguro e um
227
Duração
A TFE é uma terapia breve de curto prazo que normalmente leva entre 8 a 20 sessões
para mover um casal através dos três estágios. Como regra geral, o primeiro estágio, a de-
sescalada, geralmente requer 75% do número total de sessões para que um casal diminua
seu sofrimento emocional quando acionado e crie segurança emocional de forma confiável
fora do consultório de terapia. Uma vez que isso ocorre, o segundo estágio, conexão/vincu-
lação profunda, utiliza todas as sessões restantes, exceto algumas, reservadas para o estágio
final – consolidando os ganhos. Uma variedade de variáveis de confusão pode aumentar o
número de sessões necessárias.
Manuais de tratamento
Listados pela APA
228
Recursos de treinamento
Listados pela APA
● Centro Internacional de Terapia Focada nas Emoções e procurando na seção
Recursos do Terapeuta (link)
● The Emotionally Focused Casebook: New Directions in Treating Couples
(Furrow, Johnson, & Bradley, 2011)
● Emotionally Focused Therapy for Couples (Greenberg, L. S., & Johnson, S. M.,
1988)
● Becoming an Emotionally Focused Couple Therapist: The Workbook (John-
son, S., et al., 2005)
● Attachment Processes in Couple and Family Therapy (Johnson & Whiffen
(Eds.), 2003)
● The Practice of Emotionally Focused Couple Therapy: Creating Connection
(2nd ed.) (Johnson, 2004)
● Emotionally Focused Couple Therapy with Trauma Survivors: Strengthening
Attachment Bonds (Johnson, 2002)
● The Heart of the Matter: Emotion in Marital Therapy (Johnson & Greenberg
(Eds.), 1994)
● The Practice of Emotionally Focused Marital Therapy: Creating Connection
(Johnson, 1996)
Em português
● Treinamento nível 1 “externship”: Terapia Focada nas Emoções com Casais
(EFT) (link)
● TFE Brasil - Instituto Brasileiro de Terapia Focada nas Emoções e Psicoterapi-
as Integrativas (link)
229
Em português
Não consta.
Livros de auto-ajuda
Listados pela APA
● Hold Me Tight: Seven Conversations for a Lifetime of Love (Johnson, 2008)
● Created for Connection: The “Hold Me Tight” Guide for Christian Couples
(Johnson & Sanderfer, 2016)
● An Emotionally Focused Workbook for Couples: The Two of Us (Kallos-Lilly
& Fitzgerald, 2014)
● Emotionally Focused Couple Therapy for Dummies (Bradley & Furrow, 2013)
● Love Sense: The Revolutionary New Science of Romantic Relationships
(Johnson, 2013)
Em português
Não consta.
Demonstrações em vídeo
Listados pela APA
Não consta.
Em português
Não consta.
Descrições em vídeo
Listados pela APA
● O que é Terapia Focada nas Emoções (ou EFT) (link)
● As Leis do Amor (link)
● Acalmando o cérebro ameaçado (link)
● Sentido do Amor, do Bebê ao Adulto (Sue Johnson e Ed Tronick) (link)
230
Em português
● Treinamento - Terapia de Casal Focada nas Emoções (link)
● Amor e apego: A Terapia Focada nas Emoções com Casais | CEFI com Giulia
Altera (Itália) (link)
● O que é a Terapia Focada nas Emoções? (link)
231
232
Identificação da pesquisa
● Autores: Andrea K. Wittenborn, Ting Liu, Ty A. Ridenour, E. Megan Lachmar,
Erica A. Mitchell, Ryan B. Seedall.
● Título: Ensaio controlado randomizado de terapia de casal focada emocio-
nalmente em comparação com o tratamento usual para depressão: resultados e me-
canismos de mudança (link).
● Data de publicação: 2018.
● Periódico: Journal of Marital and Family Therapy.
● Número: 3
● Volume: 45
● Tipo da pesquisa: Ensaios Controlado Randomizado.
Racional
Tendo em vista o poder incapacitante do Transtorno Depressivo Maior no mundo e a
relação entre esse transtorno e o sofrimento com questões conjugais, levando também em
consideração a eficácia da psicoterapia para depressão e a Terapia Focada na Emoção (TFE)
para problemas relacionais, se faz necessário explorar as diferenças entre o modelo de tera-
pia convencional e a TFE no tratamento da depressão maior relacionado a essas questões
conjugais, buscando estabelecer sua eficácia.
Objetivo
Foi objetivado o esclarecimento sobre as seguintes questões: a TFE é um método mais
eficaz para tratamento de casais e de depressão quando comparado ao tratamento tradicio-
nal? A melhora na qualidade de relação do casal reduz sintomas depressivos?
233
Método
Os participantes foram casais, em maioria comprometidos ou morando juntos por
pelo menos um ano e heterossexuais e foram selecionados a partir de e-mails, publicações e
convites aos quais responderam. A partir disso os participantes responderam a um questio-
nário online para verificar se possuíam os critérios para participação na pesquisa e então fo-
ram encaminhados para um laboratório onde seria realizado uma pesquisa sobre suas linhas
de base. Esses foram então randomicamente selecionados para realizarem tratamento com a
TFE ou com tratamento convencional. Ambos contaram com 15 encontros de uma hora de
duração com a realização de um questionário após cada sessão.
234
Premissa Básica
Os clientes aprendem a reconceituar pensamentos, sentimentos, memórias e sensa-
ções físicas evitadas ou temidas de maneira adaptativa.
Essência da terapia
O uso de estratégias de aceitação e atenção plena ajuda os clientes a estarem total-
mente presentes no momento e a aceitarem emoções negativas. As estratégias de comprome-
235
Duração
Aproximadamente 12 sessões.
Manuais de tratamento
Listados pela APA
● Grupo ACT para Depressão e Ansiedade (Aconselhamento e Serviços Psico-
lógicos da Universidade de Cornell) (link);
● Tratamento em grupo da depressão (Zettle) (link);
● Pole to Pole: Uma abordagem para exploração e comunicação em bipolar
(Walton et al.) (link);
● Depressão pós-parto (Klausen) (link);
● A Practical Guide to Acceptance and Commitment Therapy (Hayes & Stro-
sahl)
● Acceptance and Commitment Therapy, Second Edition: The Process and Prac-
tice of Mindful Change (Hayes, Strosahl, & Wilson)
● ACT for Depression: A Clinician’s Guide to Using Acceptance and Commit-
ment Therapy in Treating Depression (Zettle)
236
Recursos de treinamento
Listados pela APA
● ACT para Transtornos de Depressão e Ansiedade (Harris) (link).
Em português
● Formação em Terapia de Aceitação e Compromisso - ACT (IBAC) (link);
● Formação em Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT): do básico ao avan-
çado (Centro Paradigma) (link).
Livros de auto-ajuda
Listados pela APA
● Get Out of Your Mind and Into Your Life: The New Acceptance and Com-
mitment Therapy (Hayes & Smith);
● The Happiness Trap: How to Stop Struggling and Start Living: A Guide to
ACT (Harris);
● The Little ACT Workbook (Sinclair & Beadman);
237
Demonstrações em vídeo
Listados pela APA
Não consta.
Em português
Não consta.
Descrições em vídeo
Listados pela APA
Não consta.
Em português
● Terapia de Aceitação e Compromisso - Visão geral (link);
● O que é a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) (link);
● O que é Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT)? (link);
● Uma introdução à ACT – Terapia de Aceitação e Compromisso (link).
238
239
240
Identificação da pesquisa
● Autores: Losada, A., Márquez-González, M., Romero-Moreno, R., Mausbach,
B. T., López, J., Fernández-Fernández, V., & Nogales-González, C.
● Título: Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) versus Terapia de Aceita-
ção e Compromisso (ACT) para cuidadores familiares de demência com sintomas
depressivos significativos: Resultados de um ensaio clínico randomizado. (link).
● Data de publicação: 2015
● Periódico: Journal of Consulting and Clinical Psychology
● Número: 4
● Volume: 83
● Tipo da pesquisa: Ensaio clínico randomizado
Racional
Considerando a efetividade da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) e da Tera-
pia de Aceitação e Compromisso (ACT) e tendo em vista que não existem estudos que com-
provam a eficácia da ACT para cuidadores de pessoas com demência, tornou-se necessário
realizar a pesquisa.
Objetivo
O objetivo do artigo é analisar a diferença na eficácia de duas psicoterapias na redu-
ção de sintomas de depressão e ansiedade para alterar variáveis específicas de coping em
cuidadores familiares de demência.
Método
Foram selecionados aleatoriamente 135 participantes, cuidadores com sintomatologia
depressiva, que foram separados em um grupo controle e dois grupos em que seria feita in-
tervenção. Foram realizadas medições antes e após a intervenção para avaliar sintomatolo-
gia depressiva, ansiedade, lazer, pensamentos disfuncionais e esquiva experiencial.
241
242
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Déficits Cognitivos asociados a esquizofrenia (link)
Resumo
As funções cognitivas e executivas, como aprendizagem e memória, velocidade de
processamento e atenção sustentada, são frequentemente prejudicadas nos casos de esquizo-
frenia. A Remediação Cognitiva (RC) ou Intervenções de Reabilitação Cognitiva são projeta-
das para melhorar a capacidade do paciente no desempenho de atividades diárias. A estra-
tégia consiste em treinar a cognição e a memória por meio da prática repetida de tarefas
cognitivas e/ou treinamento de estratégia. A maioria das intervenções de RC leva em consi-
deração os déficits motivacionais e emocionais que também estão frequentemente presentes
na esquizofrenia. A pesquisa mostrou que essa intervenção produz resultados em medidas
neuropsicológicas de cognição, variando de pequenos a médios efeitos. No entanto, ainda
não está certo se essas melhorias são sustentadas ou se se traduzem em melhor funciona-
mento cognitivo do paciente. Há evidências de que os resultados podem ser melhores se a
RC for associada a outros métodos de reabilitação psiquiátrica como emprego apoiado, trei-
namento de habilidades sociais, etc.
Premissa básica
A Remediação Cognitiva (RC) é uma prática baseada em evidências para pessoas
com esquizofrenia e transtornos psicóticos, que pode ser definida estritamente como um
conjunto de exercícios cognitivos ou intervenções compensatórias destinadas a melhorar o
243
Manuais de tratamento
Listados pela APA
Não consta.
Em português
● Treinamento de atenção e memória na Esquizofrenia: um manual prático
(Link).
Recursos de treinamento
Listados pela APA
Não consta.
244
Em português
Não consta.
Livros de auto-ajuda
Listados pela APA
Não consta.
Em português
● Treinamento de atenção e memória na Esquizofrenia: um manual prático
(Pontes e Elkis, 2009) (Link).
Demonstrações em vídeo
Listados pela APA
Não consta.
Em português
● Neuropsicologia: instrumento de reabilitação cognitiva para os processos
atencionais e perceptivos (Link).
Descrições em vídeo
Listados pela APA
Não consta.
Em português
245
246
Identificação da pesquisa
● Autores: Bruce E. Wexler, Keit A. Hawkins, Bruce Rounsaville, Margot An-
derson, Michael J. Sernyaka e Michael F. Green.
● Título: Desempenho neurocognitivo normal após prática prolongada em pa-
cientes com esquizofrenia.
● Data de publicação: 1997
● Periódico: Schizophrenia Research
● Número: 173-180
● Volume: 26
● Tipo da pesquisa: Teste randomizado
Racional
O objetivo geral do estudo, diferentemente de estudos anteriores, não foi determinar
se os pacientes poderiam melhorar o desempenho em uma tarefa por meio de treinamento,
mas saber se eles poderiam atingir níveis de desempenho dentro da faixa normal por meio
do domínio contínuo de tarefas progressivamente mais difíceis.
247
Objetivo
Comparar os efeitos e a duração de intervenções de remediação cognitiva entre paci-
entes com esquizofrenia e participantes saudáveis.
Método
22 pacientes praticaram tarefas perceptivas, de memória e motoras sustentadas 5 ve-
zes/semana durante 10 semanas. As tarefas eram inicialmente fáceis o suficiente para os pa-
cientes fazerem bem, mas foram se tornando gradualmente mais difíceis ao longo das 10
semanas. Os pacientes receberam remuneração base e suplementos monetários baseados em
desempenho. Nenhum treinamento ou instrução contínua foi fornecido, e os ganhos de de-
sempenho foram assumidos como dependentes do aprendizado implícito. Os resultados ob-
tidos foram comparados com o grupo controle (5 participantes saudáveis). É possível dar
mais informações dos instrumentos de avaliação e da intervenção?
248
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Esquizofrenia (link)
Resumo
O Treinamento de Adaptação Cognitiva (TAC) é projetado para melhorar o funcio-
namento diário, ensinando o indivíduo com esquizofrenia a usar estratégias que compensem
(ou contornem) os déficits cognitivos associados à esquizofrenia. Os planos de tratamento
são baseados em uma avaliação de nível de apatia versus desinibição do indivíduo; e nível
de comprometimento na resolução de problemas. O terapeuta vai até a casa ou ambiente de
trabalho do paciente e elabora estratégias compensatórias para enfrentar esses desafios. Por
exemplo, se uma pessoa tem dificuldade em começar atividades de autocuidado, são criados
sinais e listas de verificação para ajudá-la a lembrar e sequenciar as atividades diárias. Esses
sinais e listas são colocados à vista na área de convívio para guiar o paciente nas suas ativi-
dades rotineiras. A intervenção normalmente ocorre ao longo de vários meses e inclui várias
visitas à casa e/ou local de trabalho do cliente.
Premissa básica
Consiste em deixar à vista do paciente uma série de sinais e mensagens que vão aju-
dá-lo a se orientar para realizar tarefas rotineiras.
249
Essência da terapia
Treinar o paciente para assimilar uma série de tarefas corriqueiras, compensando
uma deficiência cognitiva.
Manuais de tratamento
Listados no site da APA
Não consta.
Em português
Não consta.
Recursos de treinamento
Listados no site da APA
Não consta.
Em português
Não consta.
Livros de auto-ajuda
Listados no site da APA
Não consta.
Em português
250
Não consta.
Demonstrações em vídeo
Listados no site da APA
Não consta.
Em português
Não consta.
Descrições em vídeo
Listados no site da APA
Não consta.
Em português
Não consta.
251
Identificação da pesquisa
● Autores: Dawn I. Velligan, Ph.D., C. Christine Bow-Thomas, Ph.D., Cindy
Huntzinger, B.A., Janice Ritch, M.A., Natalie Ledbetter, M.A., Thomas J. Prihoda,
Ph.D., and Alexander L. Miller, M.D.
● Título: Randomized Controlled Trial of the Use of Compensatory Strategies
to Enhance Adaptive Functioning in Outpatients With Schizophrenia
● Data de publicação: 2000
● Periódico: The American Journal of Psychiatry
● Número: 157
● Volume: 8
● Tipo da pesquisa: estudo randomizado
Racional
Esse estudo buscou avaliar as evidências de que o Treinamento de Adaptação Cogni-
tiva (TAC) ajuda as pessoas com esquizofrenia a realizar melhor suas tarefas quotidianas. Os
resultados foram satisfatórios, já que 16 dos 22 participantes, após dez semanas submetidos
ao TAC, obtiveram resultados em tarefas de memória e percepção melhores que os do grupo
controle.Em tarefa motora, 11 obtiveram resultados semelhantes aos do grupo controle.
252
Objetivo
O Treinamento de Adaptação Cognitiva (TAC) é uma abordagem de tratamento psi-
cossocial projetada para melhorar o funcionamento adaptativo usando estratégias compen-
satórias em casa ou no ambiente de trabalho para contornar os déficits cognitivos associados
à esquizofrenia. Os autores testaram o efeito do treinamento de adaptação cognitiva no nível
de funcionamento adaptativo em pacientes ambulatoriais com esquizofrenia.
Método
Quarenta e cinco pacientes com esquizofrenia ou transtorno esquizoafetivo do DSM-
IV foram aleatoriamente designados por 9 meses para uma das três condições de tratamen-
to: 1) acompanhamento de medicação padrão, 2) acompanhamento de medicação padrão
mais treinamento de adaptação cognitiva e 3) medicação padrão acompanhamento mais
uma condição projetada para controlar o tempo do terapeuta e fornecer mudanças ambien-
tais não relacionadas a déficits cognitivos. Avaliações abrangentes foram realizadas a cada 3
meses por avaliadores que desconheciam a condição de tratamento.
Referência bibliográfica
Ensaio controlado randomizado do uso de estratégias compensatórias para melhorar
o funcionamento adaptativo em pacientes com esquizofrenia (Velligan, Bow-Thomas,
Huntzinger, Ritch, Ledbetter, Prihoda e Miller, 2000).
253
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Transtorno de Pânico (link)
Resumo
O transtorno de pânico é uma condição crônica que se caracteriza pela presença de
ataques de ansiedade repentinos, seguidos de sintomas afetivos e físicos. Existe um medo de
que novos ataques aconteçam, o que faz com que a pessoa passe a evitar situações em que o
pânico possa acontecer. Embora o tratamento medicamentoso seja eficaz, não funciona para
todos. A terapia cognitivo-comportamental vem como alternativa, fornecendo uma terapia
breve - ao redor de 12 sessões -, mas com respostas a curto e longo prazo para os sintomas
principais, podendo diminuir os sintomas de ansiedade antecipatória, evitação fóbica e ago-
rafobia.
Premissa básica
Pensamentos, sentimentos e comportamentos estão inter-relacionados, portanto, alte-
rar um pode ajudar a aliviar os problemas do outro.
254
Essência da terapia
A terapia cognitiva visa ajudar a pessoa a identificar, desafiar e modificar ideias dis-
funcionais relacionadas a sintomas de pânico (por exemplo, consequências catastróficas de
sensações corporais). A prevenção de pânico e sinais de pânico é direcionada por meio de
exercícios de exposição, incluindo exposições in vivo (por exemplo, ir a lugares lotados ou
dirigir no trânsito) e interoceptivas (por exemplo, sensações corporais).
Manuais de tratamento
Listados pela APA
● Anxiety and Panic Disorder: Patient Treatment Manual (Andrews et al.) -
(Link)
Em português
● Ataques e Transtorno de Pânico (John W. Barnhill) - (Link)
● Vencendo O Pânico - Terapia Integrativa Para Quem Sofre E Para Quem Trata
O Transtorno De Pânico E A Agorafobia (Manual Do Terapêuta) - (Link)
255
Recursos de treinamento
Listados pela APA
● Beck Institute for Cognitive Behavior Therapy
Em português
Não encontrado
Livros de auto-ajuda
Listados pela APA
256
Demonstrações em vídeo
Listados pela APA
● Cognitive Therapy for Panic Disorder (Clark) - (Link)
● Cognitive Therapy Over Time (Dobson) - (Link)
● Evidence-Based Treatment Planning for Panic Disorder (Bruce & Jongsma) -
(Link)
● Cognitive-Behavioral Therapy for Clients with Anxiety and Panic (Olatunji) -
(Link)
Em português
● Não encontrado
Descrições em vídeo
Listados pela APA
● Fight or Flight? Overcoming Panic and Agoraphobia (Rapee) - (Link)
● Effectively Managing Panic Disorder (AnxietyBC) - (Link)
Em português
257
258
259
Identificação da pesquisa
● Autores: Michelle G. Craske, Emanuel Maidenberg e Alexander Bystritsky
● Título: Terapia Cognitivo-Comportamental Breve versus Terapia Não Direti-
va para Transtorno de Pânico
● Data de publicação: Junho de 1995
● Periódico: Jornal de Terapia Comportamental e Psiquiatria Experimental
● Número: Edição 2
● Volume: Volume 26
● Tipo da pesquisa: Ensaio clínico randomizado
Racional
Levando em consideração pesquisas anteriores, fica comprovado a eficácia da TCC
para o tratamento de transtorno de pânico, sendo mais eficiente que a passagem do tempo
sozinho, relaxamentos e psicoterapia de suporte não diretiva. Porém, uma pesquisa de She-
ar, Pilonis, Cloitre e Leon (1994) afirma que o tratamento não diretivo pode ser tão eficaz
quanto a TCC. A razão do presente ensaio clínico randomizado está ligado à comprovação
de eficácia das duas terapias, pensando em questões tanto do tratamento em si, como efici-
ência de custos, disponibilidade e a eficácia a longo prazo.
Objetivo
O estudo atual avaliou uma abordagem custo-eficiente da TCC para transtorno do
pânico, comparando quatro sessões de TCC com terapia de suporte não diretiva. Esses bre-
ves tratamentos foram feitos a uma amostra de pacientes que procuravam farmacoterapia
para seu problema de ansiedade.
Método
Projeto
260
Participantes
Os participantes eram pessoas à procura de tratamento para transtorno do pânico,
que responderam à publicidade ou foram auto-encaminhados ou encaminhados por outros
para o ‘Programa de Ansiedade do Instituto Neuropsiquiátrico’ da UCLA.
A amostra final incluiu 20 mulheres e 10 homens, cuja média de idade foi de 36,1
anos com duração média do problema foi de 9,9 anos. 24 participantes eram brancos, quatro
eram hispânicos, um era asiático e um era afro-americano. Todos os indivíduos foram seleci-
onados para elegibilidade para um estudo farmacológico. Os critérios de inclusão foram:
idade entre 18 e 65 anos; um diagnóstico principal de transtorno de pânico com ou sem ago-
rafobia, atribuído a partir da administração da Entrevista Clínica Estruturada para DSM-III-
R (SCID; Spitzer & Williams, 1986) e as seções de transtorno de pânico e agorafobia dos
Transtornos de Ansiedade Agenda de entrevistas revisada (ADIS-R; DiNardo & Barlow,
1988); disposição para atribuição aleatória de 17 semanas ou placebo ou regimes de dosagem
variados de um medicamento psicoativo (ou seja, Klonopin); e retirada bem-sucedida de
medicamentos psicotrópicos por pelo menos 7 dias antes da avaliação diagnóstica inicial.
Foram utilizadas entrevistas estruturadas do tipo SCID e ADIS-R que geralmente
produzem diagnósticos altamente confiáveis. Os diagnósticos foram feitos pela equipe da
clínica e verificados por um psiquiatra que se reuniu brevemente com cada paciente. Os in-
divíduos receberam 4 semanas de TCC ou NST antes de entrar no teste de medicação.
Medidas
Avaliação do Clínico. As seções de transtorno de pânico e agorafobia do ADIS-
R (DiNardo & Barlow, 1988) foram administradas na pré e pós-avaliação por um avaliador
independente. Foi analisada o grau de preocupação com a recorrência do pânico e o número
de situações agorafóbicas evitadas pelo menos levemente.
Questionários de Autorrelato. Uma bateria de questionários padronizados foi
administrada. Estas incluíam medidas específicas para o transtorno do pânico: Índice de
Sensibilidade à Ansiedade (Reiss, Peterson, Gursky & McNally, 1986) e Questionário de
Medo (Marks & Mathews, 1979). Medidas gerais de angústia incluíram: a Ansiedade em
Quatro Dimensões (Bystritsky, 1990) e Escala de Sintomas Subjetivos (Hafner & Marks,
1976).
Automonitoramento. Os indivíduos registraram os ataques de pânico à medida que
ocorreram, usando os Registros de Ataque de Pânico (Rapee, Craske e Barlow, 1990). Além
disso, os indivíduos automonitoraram ao final de cada dia: ansiedade máxima, depressão
média e preocupação média ou nível de preocupação com pânico.
261
Referências Bibliográficas
Craske, M. G., Maidenberg, E., & Bystritsky, A. (1995). Brief cognitive-behavioral ver-
sus nondirective therapy for panic disorder. Journal of Behavior Therapy and Experimen-
tal Psychiatry, 26(2), 113-120.
Manfro, G. G., Heldt, E., Cordioli, A. V., & Otto, M. W. (2008). Terapia cognitivo-
comportamental no transtorno de pânico. Brazilian Journal of Psychiatry, 30, s81-s87.
Rangé, B. (2008). Tratamento cognitivo-comportamental para o transtorno de pânico
e agorafobia: uma história de 35 anos. Estudos de Psicologia (Campinas), 25, 477-486.
262
263
Moreira & Araújo (2021) | walden4.com.br
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Transtorno Obsessivo-Compulsivo (link)
Premissa básica
À medida que os indivíduos confrontam seus medos e interrompem sua resposta de
fuga, eles acabam reduzindo sua ansiedade.
Essência da terapia
Indivíduos com TOC confrontam repetidamente os pensamentos, imagens, objetos e
situações que os deixam ansiosos e/ou iniciam suas obsessões de forma sistemática, sem re-
alizar comportamentos compulsivos que normalmente servem para reduzir a ansiedade. Por
meio desse processo, o indivíduo aprende que não há nada a temer e as obsessões não cau-
sam mais angústia.
264
Manuais de tratamento
Listados pela APA
● Tratamento do Transtorno Obsessivo Compulsivo (Steketee) - (Link)
● Prevenção de Exposição e Resposta (Ritual) para Transtorno Obsessivo-Com-
pulsivo: Guia do Terapeuta (Foa, Yadin e Lichner) - (Link)
Em português
● TOC: Manual de terapia cognitivo-comportamental para o transtorno obses-
sivo-compulsivo (Cordioli) - (Link)
● Vencendo o Transtorno Obsessivo-Compulsivo: Manual de Terapia Cogniti-
vo-Comportamental para Pacientes e Terapeutas (Cordioli) - (Link)
Recursos de treinamento
Listados pela APA
● O Centro de Tratamento e Estudo da Ansiedade da Universidade da Pensil-
vânia, na Filadélfia, PA oferece workshops sobre EX/RP. (Link)
265
Livros de auto-ajuda
Listados pela APA
● Pare de ficar obcecado!: Como superar suas obsessões e compulsões (edição
revisada) (Foa & Wilson) - (Link)
Em português
● Controlando O Toc Com Tcc Para Leigos (d’Ath e Willson) - (Link)
Demonstrações em vídeo
Listados pela APA
266
Não consta.
Em português
● TÉCNICA TERAPIA DE EXPOSIÇÃO E PREVENÇÃO DE RESPOSTA (Fabio
Silva) - (Link)
Descrições em vídeo
Listados pela APA
Não consta.
Em português
● EPR - A Terapia para o TOC (Lucas Lucchesi) - (Link)
● EPR no tratamento do TOC - Psicóloga Lilian Félix (com você Psicologia) -
(Link)
● Exposição e Prevenção de Resposta no TOC - Psicóloga Kelliny Dório (com
você Psicologia) - (Link)
● Como quebrar o ciclo do TOC? (com você Psicologia) - (Link)
267
Identificação da pesquisa
● Autores: Martin E. Franklin; Jonathan S. Abramowitz; Michael J. Kozak; Jill T.
Levitt; Edna B. Foa
● Título: Eficácia da Exposição e Prevenção de Resposta para Obsessivo-Com-
pulsivos
● Desordem: Randomizado Comparado com Amostras Não Randomizadas
● Data de publicação: 2000
● Periódico: Journal of Consulting and Clinical Psychology
● Número: 4
268
● Volume: 68
● Tipo da pesquisa: Ensaio clínico randomizado
Racional
No estudo realizado por Franklin et al. (2000), os autores abordam que diversas pes-
soas com o diagnósticos de Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) apresentam comorbi-
dades como Transtorno Depressivo, por exemplo, porém quando são realizadas pesquisas
para um eventual tratamento essas pessoas são excluídas por conta destas comorbidades a
fim de encontrar um resultado mais homogêneo e com menos riscos de ser invalidado.
Objetivo
O estudo tem como objetivo verificar a eficácia da terapia de Exposição e Prevenção
de Resposta com pessoas que têm o diagnóstico de TOC independentemente da existência
ou não de comorbidades clínicas, do histórico de tratamento, da idade, tratamento psicofar-
macológico, ou a severidade do TOC.
Método
Recrutamento: Os participantes foram recrutados através de encaminhamentos dos
profissionais da saúde e/ou grupos de defesa do paciente, por exemplo, a OC Foundation,
assim como através de anúncios nas mídias sociais da clínica e por programas de pesquisa.
Participantes: todos os pacientes que concordaram em participar da pesquisa foram
recrutados, mesmo aqueles com alguma comorbidade, problema de saúde, idade avançada,
histórico de tratamento, entre outros. Ao todo, participaram 110 pessoas com idades entre 18
e 74 anos. E mais da metade dos participantes (54%) possuíam algum transtorno psiquiátrico
como comorbidade, com destaque para Transtorno Depressivo Maior.
Foram utilizados três instrumentos de medida, sendo eles o Y-BOCS, que é uma en-
trevista semi estruturada referente ao TOC, com escala para a severidade dos sintomas ob-
sessivos e compulsivos, separadamente, juntamente como um checklist de obsessões e com-
pulsões. O segundo instrumento utilizado foi o HRSD para mensurar sintomas depressivos.
E o terceiro instrumento foi o BDI para chegar à gravidade dos sintomas depressivos em re-
lação à cognição, motivação, psicomotricidade, e afetividade.
Para o tratamento, foram realizadas 3 sessões de planejamento seguidas de 15 ses-
sões de exposição e prevenção, sendo estas com duração de 2 horas cada durante 4 semanas.
As sessões de planejamento do tratamento serviram para a coleta dos dados referentes à na-
tureza dos sintomas, a hierarquia desses, e para o aprendizado dos participantes sobre o
TOC e sobre a técnica usada.
Para os exercícios de exposição, o participante deveria elencar de forma crescente, do
menos ansiogênico para o mais, quais fatores desencadeavam o aparecimento das obsessões
e compulsões. E assim os participantes passaram a serem expostos gradualmente a tais estí-
mulos. Para a prevenção de rituais, os pacientes eram instruídos a não realizarem seus ritu-
269
ais compulsivos quando expostos aos estímulos ansiogênicos, assim, sendo aconselhados a
utilizarem outros mecanismos para lidar com a situação de forma mais saudável.
Referências Bibliográficas
Petersen, Marcela Leão. (2019). A terapia cognitivo-comportamental no tratamento
das compulsões mentais. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, 15(2), 92-99.
270
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Transtorno de Estresse Pos-traumatico (link)
Resumo
É um modelo de reestruturação cognitiva, que compreende que as interpretações que
o sujeito faz do evento traumático é o que gera as emoções relacionadas ao trauma. Pensan-
do nisso, a Terapia de Processamento Cognitivo busca fazer uma releitura do evento traumá-
tico, ressignificando-o, criando uma explicação mais funcional para o paciente (Knapp &
Caminha, 2003)
Premissa básica
Alterar o conteúdo das cognições sobre um trauma pode impactar as respostas emo-
cionais e comportamentais ao trauma
Essência da terapia
A terapia de processamento cognitivo, ou CPT, é uma terapia cognitiva que se con-
centra inicialmente na questão de por que o trauma ocorreu e, em seguida, nos efeitos do
trauma nas crenças dos clientes sobre si mesmos, os outros e o mundo por meio do uso de
planilhas progressivas.
271
Manuais de tratamento
Listados no site da APA
● Terapia de Processamento Cognitivo Veterano/Versão Militar: Manual do Te-
rapeuta (Resick, Monson, & Chard, 2014) - (Link)
● Terapia de Processamento Cognitivo Veterano/Versão Militar: Manual do
Grupo do Terapeuta (Chard, Resick, Monson e Kattar, 2013) - (Link)
● Versão para veteranos/militares da terapia de processamento cognitivo: ma-
nual de materiais para terapeutas e pacientes (Resick, Monson e Chard, 2014) - (Link)
Disponíveis em língua portuguesa
● Manual Clínico dos Transtornos Psicológicos: Tratamento Passo a Passo (Bar-
low, 2016) - (Link)
Recursos de treinamento
Listados no site da APA
● Treinamento online gratuito com créditos CE e exemplos em vídeo de cada
sessão - (Link)
● Consulte CPTforPTSD.com para workshops, oportunidades de consulta e ní-
veis de treinamento - (Link)
● Materiais introdutórios e recursos de CE por meio do Centro Nacional para
PTSD da Administração de Veteranos - (Link)
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
272
Livros de auto-ajuda
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
● Pós-traumático (Obrien, 2020) - (Link)
Demonstrações em vídeo
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
Não consta.
Descrições em vídeo
Listados no site da APA
● Candace Monson e Kevin Beasley descrevem CPT (Veterans Health Adminis-
tration, 2004) - (Link)
273
274
Identificação da pesquisa
● Autores: Alina Surís, Jessica Link-Malcolm, Kathleen Chard, Chul Ahn, e Ca-
rol North
275
Racional
O estudo aborda que a violência sexual dendo das forças amada dos estados unidos
vem aumentoando bastante, por isso a agressoes sexuais ou atos de assedio sexual ocorridos
durante o serviço militar de um sobrevivente passou a ser reconhecido como um trauma se-
xua militar (TSM). Assim, foram criados dentro da Administração de Saúde de Veteranos
serviços para este tipo de trauma. A literatura também demonstrou que o TSM tem forte as-
sociação com com outras condições clínicas, como o Transtorno de Estresse Pós-traumático
(TEPT), estudos apontam que veteranas que tiveram TSM possuem o risco de apresentar o
TEPT 9 vezes mais do que aquelas que não passaram por tal trauma. O impacto de uma vio-
lência sexual dentro do ambiente militar também é bastante delicado visto que a maioria dos
agressores são companheiros de combate ou superiores das vítimas, o que as mantém em
constante convivência com aqueles que as violentaram. Estudos já apontaram que a Terapia
de Processamento Cognitivo (TPC) é bastante efetiva em casos de TEPT, assim como na re-
dução dos sintomas do TEPT em vítimas de agressões sexuais.
Objetivo
Este estudo tem como objetivo avaliar a efetividade da Terapia de Processamento
Cognitivo no tratamento do TEPT e de sintomas depressivos relacionados ao TSM a partir
de um ensaio randomizado e controlado comparando a TPC com a Terapia Centrada no Pre-
sente (TCP).
Método
Participantes de ambos os sexos foram recrutados através de anúncios e propagan-
das nos centros de veteranos. Foram criados critérios de inclusão e exclusão para a partici-
pação desses indivíduos sendo eles: O sujeito deveria ter o diagnóstico de TEPT relacionado
ao TSM, o evento traumático deveria ter acontecido a mais de 3 meses antes, o participante
deveria ter mais de uma memória do trauma, qualquer medicação psiquiátrica usada deve-
ria estar estável por mais de 6 semanas, não poderia haver o uso de substâncias ativas nos
últimos 3 meses, não poderia apresentar sintomas psicóticos, transtorno bipolar instável, in-
tenção suicida ou homicida, comprometimento cognitivo grave, não poderia estar realizan-
do uma psicoterapia com foco no TEPT e nem estar em um relacionamento violento. Ao fi-
nal, participaram cerca de 129 pessoas.
276
Referência bibliográficas
Knapp, P., & Caminha, R. M. (2003). Terapia cognitiva do transtorno de estresse pós-
traumático. Brazilian Journal of Psychiatry, 25 (suppl 1), 31-36.
Surís, A., Link Malcolm, J., Chard, K., Ahn, C., & North, C. (2013). A randomized cli-
nical trial of cognitive processing therapy for veterans with PTSD related to military
sexual trauma. Journal of traumatic stress, 26(1), 28-37.
277
‐
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Depressão (link)
Resumo
O tratamento busca desenvolver a identificação e definição de problemas no cenário
depressivo de forma adequada, viabilizando a formulação de soluções para as problemáticas
definidas, assim como a seleção das práticas mais eficazes para a adaptação ao contexto,
avaliando também os resultados dos novos métodos de solução em comparação aos prévios.
Premissa básica
A maneira pela qual as pessoas, histórica e atualmente, lidam com eventos estressan-
tes existentes por meio da resolução efetiva de problemas sociais pode afetar o grau em que
elas experimentarão sofrimento psicológico.
Essência da terapia
Terapia Contemporânea de Resolução de Problemas, ou PST, é uma intervenção
transdiagnóstica, geralmente considerada sob um guarda-chuva cognitivo-comportamental,
que aumenta o ajuste adaptativo aos problemas da vida e ao estresse treinando os indivídu-
os em várias ferramentas afetivas, cognitivas e comportamentais . O treinamento visa várias
barreiras para a resolução eficaz de problemas. Por meio da prática experiencial, o PST ajuda
278
as pessoas a treinar seus cérebros para superar as barreiras comuns à maneira como reagem
e tentam resolver problemas da vida real.
Manuais de tratamento
Listados pela APA
● Terapia de resolução de problemas: um manual de tratamento (Nezu, Nezu e
D'Zurilla) (link)
Em português
● Terapia de resolução de problemas: um manual de tratamento (Nezu, Nezu e
D'Zurilla, Editora Roca) (link)
Recursos de treinamento
Listados pela APA
Não consta.
279
Em português
● Treinamento em solução de problemas: intervenção em mulheres com de-
pressão (Cade e Prates, 2001) (link)
Livros de auto-ajuda
Listados pela APA
● Resolvendo os problemas da vida: um guia de 5 etapas para melhorar o bem-
estar (Nezu, Nezu e D'Zurilla) (link).
Em português
Não consta.
Demonstrações em vídeo
Listados pela APA
● Terapia de resolução de problemas (APA/Nezu & Nezu) (link)
Em português
Não consta.
Descrições em vídeo
Listados pela APA
280
Não consta.
Em português
● Resolução de Problemas: técnica altamente eficaz em 5 passos (Gabriela Af-
fonso) (link).
281
282
Em português
Não consta.
Identificação da pesquisa
● Autores: Linda Garand, Donna E. Rinaldo, Mary M. Alberth, Jill Delany, Sta-
cey L. Beasock, Oscar L. Lopez, Mary Amanda Dew.
● Título: Efeitos da terapia de resolução de problemas nos resultados de saúde
mental em cuidadores familiares de pessoas com um novo diagnóstico de compro-
metimento cognitivo leve ou demência precoce: um estudo controlado randomizado.
● Data de publicação: 2014
● Periódico: The American Journal of Geriatric Psychiatry
● Número: 8
● Volume: 22
● Tipo da pesquisa: Ensaio clínico controlado randomizado
Racional
Os autores buscam avaliar os efeitos na saúde mental de uma intervenção de auto-
gestão baseada nos princípios da terapia de resolução de problemas (PST), especificamente
projetados para cuidadores familiares relativamente jovens, comumente afetados por sinto-
mas de ansiedade e depressão, avaliando a eficácia do uso de PST para o tratamento de sin-
tomas depressivos e ansiosos.
Objetivo
O estudo tem como objetivo avaliar os efeitos da terapia de solução de problemas na
saúde mental de cuidadores de idosos com diagnósticos recentes de Comprometimento
Cognitivo Leve (CCL) ou demência precoce.
Método
Participaram do estudo setenta e três (43 CCL e 30 com demência precoce) cuidado-
res familiares, sendo aleatoriamente designados para receber PST ou uma condição de com-
283
paração (educação nutricional), designados como Grupo PST e Grupo NT. Fatores de de-
pressão, ansiedade e orientação para resolução de problemas foram avaliados no início e em
1, 3, 6 e 12 meses após a intervenção, em entrevistas com os participantes. Foram utilizados
três instrumentos de medida: Center for Epidemiological Studies-Depression Scale (CESD)
para sintomas depressivos; Estado do Inventário de Ansiedade Traço de Estado (IDATE)
para traços de ansiedade e o Social Problem Solving Inventory e Revised: Short Form para a
avaliação dos métodos de resolução de problemas. Os participantes receberam duas fases de
tratamento; a primeira fase envolveu seis sessões realizadas na casa do cuidador com apro-
ximadamente 2 semanas de intervalo, cada uma com duração aproximada de 1,5 horas. A
segunda fase incluiu três contatos telefônicos (com aproximadamente 2 semanas de interva-
lo) para reforçar os princípios ensinados durante a primeira fase, cada um com duração
aproximada de 45 minutos. Foram comparadas as características basais dos integrantes de
ambos os grupos, e os dados convertidos para análise.
284
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (adulto) (link)
Resumo
O tratamento é uma psicoterapia estruturada, de curta duração, voltada para o pre-
sente, direcionada para a solução de problemas atuais e a modificação de pensamentos e
comportamentos disfuncionais (inadequados e/ou inúteis) (Beck, 2014).
Premissa básica
A maneira pela qual as pessoas interpretam cada situação influenciará em suas emo-
ções e comportamentos (Beck, 2014).
Essência da terapia
A Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) foca na modificação de pensamentos e
comportamentos que fortalecem os efeitos danosos de distúrbios, instruindo técnicas às pes-
soas para que estas possam conter os principais sintomas do mesmo, bem como, às auxilia
no trato com suas emoções, ansiedade, depressão, autoestima entre outras inúmeras comor-
bidades (Lopez, Torrente, Ciapponi et al, 2018).
285
Manuais de tratamento
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
● Terapia Cognitivo Comportamental: Teoria e Prática (Beck, 2014). (link);
● A Terapia Cognitivo-Comportamental baseada em evidências (Dobson e Dob-
son, 2011) (link);
● Terapia cognitivo-comportamental na prática psiquiátrica (Knapp, 2009)
(link);
● Aprendendo a Terapia Cognitivo-Comportamental: Um Guia Ilustrado
(Wright et al; 2018) (link).
Recursos de treinamento
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
● Técnicas Utilizadas Para O Tratamento Do Transtorno De Déficit De Atenção
E/Ou Hiperatividade (Tdah) Na Terapia Cognitivo-Comportamental (Tcc) (Souza e
Da Silva, 2021). (link);
286
Livros de auto-ajuda
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
● Caixinha antidepressão: 100 práticas com técnicas de terapia cognitivo-com-
portamental, neurociência e psicologia evolutiva (Barbosa, 2019) (link);
● Treine seu cérebro: Terapia cognitivo-comportamental em 7 semanas (Gil-
lihan, 2021) (link);
● Terapia cognitivo-comportamental para leigos (Branch et al; 2019) (link).
Demonstrações em vídeo
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
● Simulação de aplicação de técnica da terapia cognitiva comportamental -
TCC. A Técnica apresentada. (Marco Aurélio) (link).
287
Descrições em vídeo
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis em língua portuguesa
● TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL - TCC: quais os seus benefíci-
os (Cantinho da Psicóloga) (link);
● Como a Terapia Cognitiva atua com pacientes com TDAH? (Terapia Cogniti-
va Online) (link);
● Terapia Cognitivo-Comportamental e o TDAH em Adulto (Terapia Cognitiva
Online) (link);
● LIVE | Terapia Cognitivo-Comportamental e o Transtorno de Déficit de
Atenção e Hiperatividade (TDAH) (Terapia Cognitiva Online) (link).
288
Identificação da pesquisa
● Autores: Fang Huang , Yi-lang Tang, Mengjie Zhao, Yanfei Wang, Meirong
Pan, Yufeng Wang, e Qiujin Qian.
● Título: Terapia cognitivo-comportamental para TDAH em adultos: um ensaio
clínico randomizado na China.
● Data de publicação: 2017
● Periódico: Sociedade Profissional Americana de TDAH e Distúrbios Relacio-
nados (APSARD).
● Número: 9
● Volume: 23
● Tipo da pesquisa: Ensaio Clínico Randomizado
Racional
Os autores buscam avaliar a eficácia da TCC em grupo com e sem sessões de reforço
em pacientes adultos chineses com TDAH, assim como investigar a hipótese da potenciali-
dade da TCC em grupo na melhora dos sintomas centrais do TDAH e redução das deficiên-
cias, assim como a hipótese de que a TCC com sessões de reforço forneceria benefícios adici-
onais para os principais sintomas do TDAH, bem como para as deficiências.
Objetivo
O estudo tem como objetivo investigar os efeitos da Terapia Cognitivo-Comporta-
mental em grupo e suas sessões de reforço para pacientes adultos chineses com TDAH.
289
Método
Participaram do estudo 108 pacientes ambulatoriais das clínicas psiquiátricas do Sex-
to Hospital da Universidade de Pequim, que desejavam receber TCC entre setembro de 2013
e fevereiro de 2015. Estes foram divididos em três grupos por separação randomizada, sendo
estes: Grupo Apenas TCC (n = 43), Grupo TCC + reforço (n = 43) e Grupo controle com paci-
entes em lista de espera (n = 22). O desfecho primário foi a pontuação da Escala de Avaliação
do TDAH (ADHD-RS). Os desfechos secundários incluíram emoção, função executiva (FE),
impulsividade, autoestima e qualidade de vida na 12ª e 24ª semana. A TCC foi realizada se-
manalmente da primeira à 12ª semana e as sessões de reforço foram realizadas mensalmente
da 13ª à 24ª semana. Todas as sessões tiveram duração de 120 minutos e foram realizadas em
grupos, com cada grupo com 8 a 12 pacientes. As sessões semanais de TCC tinham seis mó-
dulos, incluindo organização e planejamento, redução da distração, pensamento adaptativo,
lidar com a procrastinação, construção de relacionamento útil e revisão. O principal objetivo
das sessões de reforço é consolidar as habilidades aprendidas e desenvolver estratégias para
lidar com a recorrência ou recaída.
Referência bibliográficas
Beck, J. S. (2014). Terapia Cognitivo-Comportamental: teoria e prática. Artmed: Rio Gran-
de do Sul.
Lopez, P. L., Torrente, F. M., Ciapponi, A., Lischinsky, A. G., Cetkovich- Bahamas M..,
Rojas, J. I., Romano, M., Manes, F. F.(2018). Cognitive-behavioural interventions for
attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) in adults. Cochrane Database Syst
Rev., 23(3), 1-99.
290
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Dificuldade de relacionamento com o cônjuge ou parceiro íntimo. (link)
Resumo
A Terapia Focada nas Emoções para Casais (EFT) tem como base o apego e a concei-
tuação de padrões de interação e afetos negativos ou rígidos, se tornando aversivos e tipifi-
cam o sofrimento no relacionamento do casal. O intuito é uma mudança nesses padrões
comportamentais, a fim de criar um apego mais seguro dentro do relacionamento, ressignifi-
cando situações consideradas aversivas e que estão, de algum modo, causando sofrimento
psíquico ao casal.
Premissa básica
A Terapia Focada nas Emoções para Casais (EFT) é baseada no apego e conceitua os
padrões de interação negativos e rígidos e o afeto negativo absorvente que tipificam o sofri-
mento nos relacionamentos de casal em termos de desconexão emocional e apego inseguro.
Presume-se que a mudança na EFT ocorra, não por insight, catarse ou habilidades aprimo-
radas per se, mas pela formulação e expressão de uma nova experiência emocional que
transforma a natureza do drama interacional, particularmente no que se refere às necessida-
des e emoções do apego.
291
Essência da terapia
EFT baseia-se em princípios humanísticos e sistêmicos para ajudar a criar um vínculo
de apego mais seguro em um relacionamento. Este modelo integra a perspectiva intrapsí-
quica proporcionada por abordagens experienciais com uma perspectiva sistêmica interpes-
soal para ajudar os parceiros angustiados a moldar a acessibilidade emocional, a capacidade
de resposta e o engajamento - os elementos-chave da segurança do apego. O processo de
EFT envolve três etapas. O primeiro estágio, desescalonamento do ciclo, ajuda o casal a en-
tender como suas interações negativas conduzem a um ciclo auto-reforçador de angústia.
No final deste estágio, o casal internalizou que o problema é seu ciclo de auto-reforço associ-
ado a rupturas de apego, levando a reenquadrar o problema como seu ciclo negativo. O se-
gundo estágio, reestruturar as interações, envolve a formação de novas experiências emoci-
onais centrais e novas interações que levam a uma conexão mais segura. Os parceiros são
encorajados a explorar e compartilhar suas vulnerabilidades e necessidades de apego com
seu parceiro na sessão, em encenações estruturadas e focadas. Esses eventos criam novos
ciclos construtivos de contato e carinho, promovendo um apego seguro. O terceiro estágio
da EFT, consolidação, envolve ajudar os casais a usar seu vínculo de apego mais seguro e
melhorar o funcionamento do relacionamento para resolver problemas em suas vidas cotidi-
anas e criar uma história de resiliência e domínio em seu relacionamento. A terapia de casais
EFT também usa o mesmo processo de 5 etapas que as terapias individuais e familiares de
EFT para promover a mudança.
292
Manuais de tratamento
Listados no site da APA
● Teoria do Apego na Prática: Terapia Focada nas Emoções (EFT) com Indiví-
duos, Casais e Famílias 1ª Edição (Johnson) (link).
Em português
● Manual de Terapia Cognitivo Comportamental para Casais e Família (Datti-
lio) (link).
Recursos de treinamento
Listados no site da APA
● O Casebook Emocionalmente Focado: Novas Direções no Tratamento de Ca-
sais (Furrow, Johnson, & Bradley, 2011) (link);
● Terapia Focada nas Emoções para Casais (Greenberg, LS, & Johnson, SM,
1988) (link);
● Tornando-se um terapeuta de casal focado nas emoções: o livro de exercícios
(Johnson, S., et al., 2005) (link);
● Processos de Apego em Terapia de Casal e Família (Johnson & Whiffen (Eds.),
2003) (link);
● A Prática da Terapia de Casal Focada nas Emoções: Criando Conexão (2ª ed.)
(Johnson, 2004) (link);
● Terapia de Casal Focada Emocionalmente com Sobreviventes de Trauma: For-
talecendo os Laços de Apego (Johnson, 2002) (link);
● The Heart of the Matter: Emotion in Marital Therapy (Johnson & Greenberg
(Eds.), 1994) (link);
● A Prática da Terapia Conjugal Focada Emocionalmente: Criando Conexão
(Johnson, 1996) (link).
Em português
293
Livros de auto-ajuda
Listados no site da APA
● Hold Me Tight: Sete Conversas para uma Vida de Amor (Johnson, 2008)
(link);
● Criado para conexão: o guia “Hold Me Tight” para casais cristãos (Johnson &
Sanderfer, 2016) (link);
● Um livro de exercícios com foco emocional para casais: nós dois (Kallos-Lilly
& Fitzgerald, 2014) (link);
● Terapia de casal focada nas emoções para leigos (Bradley & Furrow, 2013)
(link);
● Love Sense: The Revolutionary New Science of Romantic Relationships
(Johnson, 2013) (link).
Em português
● As cinco linguagens do amor: como expressar um compromisso de amor a
seu cônjuge (Chapman, 2013) (link);
● Comunicação & intimidade: o segredo para fortalecer seu casamento (Chap-
man, 2021) (link);
● Diálogo sim, briga não: 100 perguntas para melhorar a relação do casal (Fi-
gueiredo & Lima, 2018) (link).
294
Demonstrações em vídeo
Listados no site da APA
● Vídeos de treinamento desenvolvidos profissionalmente demonstrando todos
os aspectos da Terapia de Casal Focada nas Emoções estão disponíveis seguindo o
link para o Centro Internacional de Terapia Focada nas Emoções e procurando na
seção “Recursos do Terapeuta”. Uma amostra dos títulos que podem ser encontrados
lá incluem:
○ Passo a Passo da Terapia Focada nas Emoções: um curso online com-
pleto
○ Moldando uma conexão segura: estágios 1 e 2 da terapia de casal fo-
cada nas emoções
○ Enfrentando o Dragão Juntos. EFT com casais traumatizados
Em português
● Amor e Apego: A Terapia Focada nas Emoções com Casais (link);
● Treinamento - Terapia de Casal Focada nas Emoções (link).
Descrições em vídeo
Listados no site da APA
● O que é Terapia Focada nas Emoções (ou EFT)
● As Leis do Amor
● Acalmar o cérebro ameaçado
● Sentido do amor, do bebê ao adulto (Sue Johnson e Ed Tronick)
Em português
● Como a Terapia Focada nas Emoções Funciona Q&A (link).
295
296
297
Identificação da pesquisa
● Autores: Wittenborn A.K, Liu T., Ridenour T.A., Lachmar E.M., Mitchell E.A.,
Seedall R.B.
● Título: Randomized controlled trial of emotionally focused couple therapy
compared to treatment as usual for depression: Outcomes and mechanisms of change
● Data de publicação: agosto de 2018
● Periódico: Journal of marital and family therapy
● Número: 45
● Volume: 3
● Tipo da pesquisa: Estudo controlado randomizado
Racional
Partindo do pressuposto que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, 2017)
o Transtorno Depressivo Maior é a principal causa mundial de incapacidade médica e a A
Terapia Focada nas Emoções (EFT) é uma das poucas psicoterapias para casais baseadas em
evidências (Johnson, Hunsley, Greenberg e Schindler, 1999), não está claro como a EFT, um
tratamento destinado ao sofrimento conjugal, também alivia a depressão. Contudo, há evi-
dências que a má qualidade do relacionamento pode estar associada ao desenvolvimento
futuro de sintomas depressivos, e os sintomas depressivos podem estar vinculados ao de-
senvolvimentos de problemas no relacionamento. O estudo realizou, então, um teste piloto
de eficácia de EFT para depressão a partir de comparação entre grupos utilizando a EFT e
tratamento usual, logo aqueles tratamentos que eram operados nos ambientes comunitários
diferentes de EFT, com o acréscimo de tentar examinar os mecanismos subjacentes de mu-
dança com avaliação semanal.
Objetivo
O presente estudo teve como objetivo abordar se a EFT proporciona melhori-
as maiores nos sintomas depressivos e na satisfação do relacionamento para parceiros mas-
culinos e femininos em comparação com os cuidados habituais, bem como se há a melhora
298
na na satisfação com o relacionamento é o meio pelo qual a terapia de casal reduz a depres-
são.
Método
Para iniciar a pesquisa, foram recrutados casais na área metropolitana na região do
Meio Atlântico dos Estados Unidos, sendo que para participar do estudo deveriam ser par-
ceiros comprometidos - casados ou coabitando por pelo menos 1 ano - que estivessem com
desavenças ou que pelo menos um parceiro estivesse com depressão leve ou moderada. Uti-
lizou-se o Inventário de Depressão de Beck (BDI-II; Beck, Steer e Brown, 1996) para verificar
os casos de depressão, sendo assim, foram incluídos casais que ambos estavam deprimidos
e, também, aqueles que estivessem utilizando medicamentos psicotrópicos com dose estável
por dois meses foram incluídos.
Ao final, 16 casais foram selecionados. Os casais eram predominantemente casados,
brancos e de classe média, além de todos serem heterossexuais. Doze homens e sete mulhe-
res estavam pelo menos levemente deprimidos pelo Inventário. Depois, os participantes que
tiveram interesse preencheram um questionário e assinaram o termo de consentimento,
além da conclusão de uma avaliação de pesquisa inicial. Por fim, os casais foram randomi-
zados para EFT ou cuidados habituais.
Todos os casais receberam a proposta de completar 15 sessões de terapia de 1 (uma)
hora cada nos consultórios de ambientes de prática comunitária, mas um casal solicitou que
seu atendimento fosse no laboratório da universidade devido à proximidade e o mesmo foi
atendido.
Por fim, além da triagem e das avaliações iniciais, os casais preencheram questioná-
rios após cada sessão e concluíram o processo por meio de pesquisas on-line ou pesquisas
com lápis e papel nos consultórios. Todo o cuidado com sigilo após o preenchimento foi de-
vidamente feito.
299
Limitações
A amostra é apenas de 16 casais, logo é difícil generalizar os resultados obtidos para
as demais populações e configurações. Além disso, as mulheres na condição EFT iniciaram o
tratamento com menor sintomatologia depressiva em comparação com o tratamento usual
simplesmente devido ao acaso. Ademais, metade dos terapeutas metade dos terapeutas de
EFT possuía graduação em terapia familiar e matrimonial (MFT), enquanto nenhum dos te-
rapeutas de cuidados habituais possuía graduação em MFT.
Referência bibliográficas
Beck A. T., Steer R. A. & Brown G. K. (1996). Manual for the Beck depression inventory-
II. Psychological Corporation: San Antonio.
300
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Condições mistas de ansiedade (link)
Resumo
De acordo com Jardim (2009), a Seleção Sistemática de Tratamento foi criada por
pesquisadores dos EUA, que liderados por Lerry E. Beutler, em 1983, desenvolveram a “psi-
coterapia eclética”. Essa abordagem busca combinar diferentes metodologias visando estu-
dar a efetividade e eficácia das psicoterapias e suas aplicações no contexto clínico, levando
em consideração as técnicas específicas de cada uma delas. De acordo com essa perspectiva,
é necessário estudar os resultados terapêuticos, por meio de verificações empíricas, para de-
terminar especificamente como se dará as intervenções, ao descrever as variáveis relevantes
para o diagnóstico, prognóstico, avaliação de resultados e condução do processo. Essa abor-
dagem fornece ferramentas que buscam mensurar, qualificar e pesquisar aspectos que são
decisivos no vínculo terapêutico, uma vez que considera a qualidade da relação terapeuta-
paciente como o fator primordial nos resultados das intervenções. É por meio da utilização
de diversos instrumentos que buscam medir diversas variáveis intrapsíquicas para obter
dados para analisar a díade terapeuta- paciente. O STS é um “programa de computador que
processa as informações sobre variáveis tais como características de paciente, terapeuta, pa-
tologia e técnica, e fornece dados sobre o tratamento e terapeuta mais indicados para o caso,
bem como o prognóstico para o caso e um gráfico de avaliação do desenvolvimento da psi-
coterapia” (Jardim & Gomes, p.3, 2009).
301
Premissa básica
SST (Systematic Treatment Selection) é um tratamento baseado em evidências que
usa princípios empíricos para compilar um plano de tratamento integrado para identificar
procedimentos que otimizem a mudança clínica, com base nas qualidades pessoais dos cli-
entes e nas características do problema. Os terapeutas podem usar os princípios STS dentro
ou entre teorias para adaptar o tratamento às necessidades de seus clientes.
Essência da terapia
SST é uma “psicoterapia prescritiva” que orienta os terapeutas na escolha de proce-
dimentos e modalidades de tratamento de uma ampla variedade de abordagens, seguindo
princípios de mudança baseados em evidências. A terapia STS integra terapias cognitivo-
comportamentais e psicodinâmicas no que diz respeito aos estilos de enfrentamento dos cli-
entes.
Um dos grandes desafios foi ressaltado por Gomes, Reck, Bianchi & Ganzo (1993
apud Jardim,2008) é que ao serem questionados acerca da qualidade da terapia, os pacientes
e terapeutas tendem a considerar como positivo qualquer tratamento psicológico. Dessa
forma, se torna mais difícil a identificação de indicadores no sucesso psicoterapêutico com
precisão.
302
Manuais de tratamento
Não consta.
Livros
● Psicoterapia Prescritiva (Beutler & Harwood, 2000) (link)
● Diretrizes para o Tratamento Sistemático do Paciente Deprimido (Beutler,
Clarkin e Bongar, 2000) (link)
● Princípios de Mudança Terapêutica que Funcionam (Castonguay & Beutler,
2006) (link)
● Princípios da Psicoterapia Mudam que Funcionam: Aplicações, Vol II (Cas-
tonguay, Constantino e Beutler, chegando em 2019) (link).
Recursos de treinamento
● Treinamento de Supervisão 1: História e Desenvolvimento de Oito Princípios
Fundamentais de STS (link);
● Treinamento de Supervisão 2: Princípios STS 1-4 e Suas Aplicações (link);
● Treinamento de Supervisão 3: Princípios STS 5-8 e Suas Aplicações (link);
● Treinamento de Supervisão 4: Formulação e Avaliação de Caso STS (link);
● Treinamento de Supervisão 5: Prática de Caso Adicional e Resumo dos 8 Prin-
cípios STS (link);
● Treinamento do Terapeuta 1: Resistência do Paciente (link);
● Treinamento do Terapeuta 2: Estilo de Enfrentamento do Paciente (link).
303
Livros de auto-ajuda
● Estou louco, ou é meu psiquiatra? (Beutler, Bongar e Shurkin, 1988) (link);
● Autoajuda que funciona: recursos para melhorar a saúde emocional e fortale-
cer os relacionamentos, 4ª edição (Norcross et al., 2014) (link).
Demonstrações em vídeo
● Simpósio Convidado do ICP 2016 (46 minutos) (Beutler, 2016) (link);
● Selecionando o tratamento mais apropriado para cada paciente (entrevista)
(Beutler, 2016) (link);
● Larry Beutler & Robbie Jogando Sem Freio (Beutler, 2010, Nature of Our Rela-
tionships) (link).
Descrições em vídeo
Listados pela APA
● Larry E. Beutler on selecting the most appropriate treatment for each patient
(link)
● ICP 2016 Invited Symposium (link)
304
305
Identificação da pesquisa
● Autores: Mitchell P. Karnoa,*, Larry E. Beutlerb, T. Mark Harwoodb
● Título: Interactions between psychotherapy procedures and patient attributes
that predict alcohol treatment effectiveness: A preliminary report (link)
● Data de publicação: 2002
● Periódico: Addictive Behaviors
● Número: 5
● Volume: 27
● Tipo da pesquisa: Ensaio clínico controlado randomizado
Racional
Ao considerar a complexidade do tratamento para o alcoolismo as abordagens no
geral falham em algum quesito específico. Isso se dá provavelmente porque nenhum trata-
mento único é eficaz para todos os pacientes, e uma metodologia específica deve ser pautada
nas características singulares daquela pessoa. Apesar das variáveis, há indicativos que apon-
tam que descompactar manuais de tratamentos e classificar as intervenções em grupos fun-
cionais que refletem objetivos ou qualidades semelhantes pode melhorar a previsão das in-
vestigações. Sendo assim, procedimentos semelhantes que diferenciam-se nas teorias e ma-
nuais,podem compartilhar resultados comuns. Esse é o trabalho que a Seleção Sistemática de
Tratamento (SST) busca realizar, ao pontuar que as características do paciente, do terapeuta e
do tratamento impactam na eficácia de uma psicoterapia. Por não encontrarmos estudos
empíricos com a SST, na área de tratamento do alcoolismo, busca-se por meio desse estudo
uma avaliação dessa teoria, aplicada a esse contexto. Uma vez que considera-se uma teoria
que pode explicar de uma forma melhor as interações entre os tratamentos para o alcoolismo
e os próprios alcoólatras.
Objetivo
Pesquisar sobre como a eficácia do tratamento do alcoolismo varia de acordo com as
características do paciente e as intervenções do terapeuta ao longo de todo o processo.
306
Método
Participaram da pesquisa 75 pacientes (63 homens e 12 mulheres) que foram selecio-
nados a partir dos critérios que incluíam um teste de triagem de alcoolismo de Michigan
(MAST) com pontuação maior que seis, uso de álcool como um problema primário e estar
em um relacionamento por pelo menos 6 meses. Os 75 participantes depois de consentirem
suas participações na pesquisa, foram aleatoriamente designados para uma das formas de
tratamento de alcoolismo, sendo elas TCC (Terapia cognitivo- comportamental) ou TST (Te-
rapia de sistemas familiares). Contudo, apenas 47 desses participantes concluíram todas as
etapas da pesquisa, tornando válida a participação para o estudo.
Ambos os tratamentos foram entregues em um formato de 20 sessões que in-
cluíam o parceiro ou cônjuge do paciente que era alcoólatra. A amostra deste estudo fre-
quentou entre 12 e 20 sessões, durante um período de 7–58 semanas. Os terapeutas de cada
uma das abordagens receberam treinamento dos autores do manual de tratamento, através
de experiências didáticas e dramatização. Para a realização do estudo, utilizou-se informa-
ções de avaliação pré-tratamento como os atributos do paciente, avaliações dos observado-
res das psicoterapias e uma medida de resultado de consumo avaliada no final do tratamen-
to. Todos os terapeutas receberam supervisão semanalmente, utilizando as sessões gravadas
em vídeo e também verificações semanais da fidelidade sobre a adesão ao tratamento.
Uma análise preliminar do principal efeito da modalidade de tratamento no resulta-
do do consumo de álcool foi realizada usando a análise de variância com o consumo de base
inserido como covariável. Análises de regressão linear hierárquica separadas foram então
usadas para examinar cada interação paciente-terapia como um preditor do uso de álcool
durante a fase de manutenção do tratamento. A terceira etapa de cada análise incluiu a inte-
ração entre o paciente e os efeitos da terapia. Visando examinar as interações entre as carac-
terísticas do paciente e a modalidade de tratamento,como preditores do uso de álcool, utili-
zou-se um conjunto de análises de regressão. A partir desse conjunto de análises, comparou-
se os efeitos que envolvem o processo terapêutico e os que envolvem as modalidades de tra-
tamento.
307
não foi possível incluir uma grande quantidade de variáveis de controle para as análises, por
exemplo variáveis demográficas). Dessa forma, para um maior compreensão dos efeitos en-
tre pacientes e a terapia no contexto de tratamento do alcoolismo é necessário que mais pes-
quisas sejam realizadas.
Referências Bibliográficas
Jardim, A., & Gomes, W. B. (2009). Psicoterapia e personalidade: impacto da intera-
ção entre terapeuta e paciente na avaliação de resultados. Gerais: Revista Interinstitu-
cional de Psicologia, 2(1), 2-11.
Jardim, A. P. (2008). Influências do desenvolvimento psicológico e da personalidade
na relação entre terapeutas e pacientes. Tese de Doutorado.
308
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Transtorno de Personalidade Borderline (link)
Resumo
A Terapia Comportamental Dialética foi desenvolvida por Linehan com intuito de
tratar comportamentos suicidas crônicos, que posteriormente, estendeu a pacientes que
atenda.
Os critérios de transtorno de personalidade borderline, com risco alto de
vida, comportamentos que ameaçam a vida, incluindo automutilação, tendências suicidas,
comportamentos autodestrutivos, relações interpessoais tumultuadas entre outros. A Terapia
Comportamental Dialética é complexa porém é flexível ao ser adaptável às necessidades e
demandas de cada paciente e em cada momento. A DBT (Terapia comportamental dialética)
organiza o tratamento ambulatorial em terapia individual semanal, treinamento semanal de
habilidades em grupo, consultoria por telefone e uma equipe de consultoria entre pares de
terapeutas de DBT.
Premissa básica
Um subconjunto de indivíduos experimenta emoções mais intensamente do que ou-
tros. Para regular emoções intensificadas, eles tendem a reagir de maneira mais extrema e
309
impulsiva (por exemplo, automutilação, tentativas de suicídio). Pensa-se que a falta de cons-
ciência e aceitação dessas experiências emocionais interfere no desenvolvimento de estraté-
gias de enfrentamento mais eficazes para o sofrimento.
Essência da terapia
A terapia comportamental dialética ensina aos clientes habilidades comportamentais
em atenção plena, tolerância ao sofrimento, eficácia interpessoal e regulação emocional.
Manuais de tratamento
● Tratamento Cognitivo-Comportamental do Transtorno de Personalidade Bor-
derline (Linehan) (link);
● Manual de treinamento de habilidades para o tratamento do transtorno de
personalidade borderline (Linehan) (link);
310
Recursos de treinamento
● DBT ® - Conselho de Certificação Linehan (link);
● Tecnologia comportamental: opções de treinamento para indivíduos e equi-
pes (incluindo workshops, treinamento on-line, treinamento para equipes e consulto-
ria) (link);
● Grupo de treinamento de habilidade (DBT) para adultos: aprenda a lidar com
as emoções (link).
Livros de auto-ajuda
● O livro de habilidades de terapia comportamental dialética: exercícios práti-
cos de DBT- McKay, Wood e Brantley (link);
● Amar alguém com transtorno de personalidade limítrofe: como evitar que
emoções fora de controle destruam seu relacionamento- Manning (link);
● O casal de alto conflito: um guia de terapia comportamental dialética para
encontrar paz, intimidade e validação-Fruzzetti (link);
● Anticrises psicológicas: 100 cards para ajudar você a lidar com situações ex-
tremas- Catelan (link).
311
Demonstrações em vídeo
● Terapia Comportamental Dialética com Alan Fruzzetti (link);
● Terapia comportamental dialética com Marsha Linehan (link);
● Terapia comportamental dialética com Wilson Melo (link);
● Como funciona o tratamento da terapia comportamental dialética? Por CEFI/
FACEFI (link);
● DBT- Terapia comportamental Dialética com Douglas José Resende Lima
(link).
Descrições em vídeo
● Terapia Comportamental Dialética (Centro de Recursos BPD) (link);
● Terapia Comportamental Dialética: Teoria, Tratamento e Pesquisa (Fruzzetti)
(link);
● Repensando o TPB: a visão de um clínico (Linehan) (link).
312
313
Identificação da pesquisa
● Autores: Andrada D. Neacsiu, Anita Lungu , Melanie S. Harned & Shireen L.
Rizvi
● Título: Impacto da terapia comportamental dialética versus tratamento co-
munitário por especialistas na experiência emocional, expressão e aceitação no trans-
torno de personalidade limítrofe
● Data de publicação: 2013
● Periódico: Pesquisa e Terapia Comportamental
● Número: 47
● Volume: 54
● Tipo da pesquisa: Estudo Controlado Randomizado
Racional
A Terapia Comportamental Dialética baseia-se na Teoria Biossocial, compre-
endendo a vulnerabilidade biológica, interações com o ambiente familiar utilizando a dialé-
tica para equilibrar e tolerar extremos presentes em comportamentos e pensamentos de pa-
cientes Borderline (Rodrigues, 2017). Ou seja, a Terapia Comportamental Dialética visa pre-
encher um espaço na psicopatologia ao tentar compreender, avaliar e tratar pacientes com
transtorno de personalidade borderline.
Objetivo
Analisar dados secundários de um estudo controlado randomizado com o objetivo
de avaliar a eficácia única do DBT quando comparado ao Tratamento Comunitário por Es-
pecialistas (CTBE) na mudança da experiência, expressão e aceitação de emoções negativas
Método
Participantes: 101 mulheres entre 18-45 anos. Critérios: devem ter histórico intencio-
nal recente ou recorrente, definido como duas tentativas de suicídio ou episódios autolesivos
nos últimos cinco anos e nas últimas oito semanas. Critérios de exclusão: 1) diagnóstico ao
longo da vida de esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo, transtorno bipolar, transtorno
psicótico sem outra especificação ou retardo mental, 2) um transtorno convulsivo que requer
314
315
rubor, Sentindo que você merece críticas por o que você fez, Sentindo-se risível, Raiva, Pra-
zer, Sentindo-se nojento para os outros e Remorso.
Para finalizar,a Escala de Ansiedade Manifesto de Taylor tem como objetivo quantifi-
car o conceito de nível de motivação, definido operacionalmente como um síndrome de
comportamento, conjunto de ajustamentos típicos e observáveis, assim definindo melhor a
ansiedade , segundo Amorim (2007). Ao todo são 50 itens, podendo classificar entre falso e
verdade, por exemplo: Certamente me falta autoconfiança, Eu tenho medo de coisas ou pes-
soas que eu sei que não poderiam me machucar, Não consigo manter minha mente em uma
coisa, Trabalho sob muita tensão entre outros itens.
316
dade de experimentar efetividade nas emoções negativas intensificadas e que, de certa for-
ma, reduz qualquer comportamento mal adaptativo.
Limitações
Primeira limitação, o número de participantes das medidas administradas foi peque-
no. Portanto, é importante que futuros estudos tenham amostras maiores. Segunda limita-
ção, não foram realizadas avaliações diretas da regulação e desregulação emocional, portan-
to a premissa da Terapia Comportamental Dialética está ligada à desregulação emocional.
Diante disso, a Terapia Comportamental Dialética deve avaliar como afeta os índices de re-
gulação emocional, como consciência emocional, desregulação emocional e uso de estratégi-
as de regulação emocional.
Referências bibliográficas
Abreu P. R. & Abreu J. H. S. S. (2016). Terapia comportamental diáletica: um protoco-
lo comportamental ou cognitivo? Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cogni-
tiva,18 (1), 45-58.
Amorim M.A (2007). A escala de ansiedade manifesta: elaboração, validade e aplicações atu-
ais.Retirado de
https://silo.tips/download/a-escala-de-ansiedade-manifesta-elaboraao-validade-e-
aplicaoes-atuais.
Dias C.S.B.M.R. (2015). A raiva: relações com a vinculação e com os estilos parentais perce-
bidos (Dissertação de Mestrado). Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal.
Otero T.B. (2016). Evidências de validade do AAQ-2 (Questionário de aceitação e ação II) em
profissionais da atenção à saúde no Brasil e correlações com ansiedade, mindfulness e auto-
compaixão (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de São Paulo, São Paulo,
São Paulo.
Rodrigues L. E.B. (2017). Terapia Comportamental Dialética e Terapia de Aceitação e Com-
promisso: uma introdução para profissionais da saúde mental (Trabalho de Conclusão de
Curso). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do
Sul.
Scherer M. (2010). Forgiveness and the Bottle: promoting self-forgiveness in individuals
with alcohol misuse (Dissertação de Doutorado). Universidade de Virgínia, Richmond,
Virgínia.
317
Identificação do tratamento
Diagnóstico:
Depressão (link)
318
Premissa básica
Diabetes é um grupo de doenças crônicas que exige que o paciente faça mudanças no
estilo de vida e se envolve regularmente em muitos comportamentos de saúde complicados
para evitar o desenvolvimento de complicações médicas, algumas das quais com risco de
vida. Pessoas com diabetes são duas vezes mais propensas a desenvolver depressão em
comparação com o público em geral e comumente experimentam uma condição que muitas
vezes se sobrepõe à depressão chamada “angústia do diabetes”. O sofrimento do diabetes é
o sofrimento emocional diretamente relacionado ao fardo de viver com o diabetes. Fatores
psicológicos podem afetar a adesão ao regime de diabetes, o que afeta diretamente o bem-
estar fisiológico e a qualidade de vida de uma pessoa com diabetes.
Essência da terapia
A Terapia Cognitivo-Comportamental aborda as questões psicológicas e de adesão
que são importantes para o bem-estar geral das pessoas com diabetes. As habilidades da
TCC são usadas para abordar cognições e comportamentos inerentes à depressão que afetam
os comportamentos de autocuidado necessários para aderir ao regime médico. O resultado é
uma autoeficácia aprimorada para gerenciar comportamentos de autocuidado com diabetes
e aquisição de habilidades de enfrentamento para gerenciar sintomas depressivos e compor-
tamentos de autocuidado.
319
Essa abordagem modular ajuda a tornar o tratamento mais relevante para cada clien-
te e permite uma sequência mais flexível na entrega de intervenções com base nos proble-
mas apresentados pelo cliente. e a aplicação de problemas emergentes do cliente aos módu-
los específicos de tratamento. Essa abordagem modular ajuda a tornar o tratamento mais
relevante para cada cliente e permite uma sequência mais flexível na entrega de intervenções
com base nos problemas apresentados pelo cliente. e a aplicação de problemas emergentes
do cliente aos módulos específicos de tratamento. Essa abordagem modular ajuda a tornar o
tratamento mais relevante para cada cliente e permite uma sequência mais flexível na entre-
ga de intervenções com base nos problemas apresentados pelo cliente.
Cada módulo se baseia nos módulos anteriores, e cada sessão começa com uma ava-
liação e discussão sobre depressão e adesão na semana anterior. O curso do tratamento é
projetado para ser semelhante a uma terapia cognitivo-comportamental padronizada, mas
embora os clientes aprendam as principais habilidades da TCC (reestruturação cognitiva e
programação de atividades), o treinamento ativo na resolução de problemas e relaxamento
também é implementado. As técnicas de resolução de problemas complementam o treina-
mento de habilidades para adesão.
Porque as habilidades de resolução de problemas podem ser prejudicadas como re-
sultado da depressão e porque habilidades eficazes de resolução de problemas são impor-
tantes para o manejo de doenças médicas, é essencial ensinar diretamente essas habilidades.
Finalmente, ensinamos relaxamento aplicado e respiração lenta para ajudar os pacientes a
lidar com os efeitos colaterais dos medicamentos, sintomas relacionados à doença ou dor.
Esses exercícios de relaxamento também podem melhorar a higiene do sono e o controle do
estresse. (Retirado do livro Lidando com a Doença crônica: uma abordagem de terapia cog-
nitivo-comportamental para adesão e depressão- Guia do Terapeuta)
320
Manuais de tratamento
Listados no site da APA
● Lidando com a Doença Crônica: Uma Abordagem de Terapia Cognitivo-
Comportamental para Adesão e Depressão (Safren, Gonzalez e Soroudi, 2008) (link).
Em português
● Depressão: Guia Prático (Aprahamian, 2020) (link);
● Terapia Cognitivo- Comportamental no tratamento da dor (Angielotti, 2008)
(link);
● Depressão- avanços em psicoterapia (Rehm, 2016) (link);
● Depressão: causas e tratamento (Beck e Alford, 2011) (link).
Recursos de treinamento
Listados no site da APA
Não consta.
Em português
● Especialização Multiprofissional em Avaliação e Tratamento Interdisciplinar
de dor pelo EEP (link);
● Curso de Diabetes na atenção básica pelo Hospital Sirio Libanês (link);
● Associação Nacional de Atenção ao Diabetes - Congressos, cursos de educa-
ção continuada (link).
321
Livros de auto-ajuda
Listados no site da APA
● Diabetes Burnout: O que fazer quando você não aguenta mais (Polonsky,
1999) (link);
● Dealing with Diabetes Burnout: How to Recharge and Get Back on Track
When You Feel Frustrated and Overwhelmed Living with Diabetes (Vieira, 2014)
(link);
● Bright Spots & Landmines: The Diabetes Guide I Wish Someone Had Handed
Me (Brown, 2017) (link);
● The Type 1 Life: A Road Map for Parents of Children with Newly Diagnosed
Type 1 Diabete (Freeman, 2018) (link);
322
Demonstrações em vídeo
Listados no site da APA
Não consta.
Disponíveis na língua portuguesa
● Intervenção clínica em grupo online para pacientes com diabetes segundo a
Terapia Cognitivo-comportamental: (link);
● Elaboração e Validade Inicial De Um Programa Psicoeducativo Para Depres-
são E Ansiedade Para Pessoas Com Diabetes Mellitus (Propsid): (link).
Descrições em vídeo
Listados no site da APA
● Behavioral Diabetes Institute – O Behavioral Diabetes Institute fornece vários
vídeos que descrevem o tratamento da depressão no diabetes, o lado emocional do
diabetes e apresentações destinadas a pessoas com diabetes. (link);
○ Presentations for health care professionals (link);
● Doctors Can Aid Patients’ Self-Management Through Personalized Commu-
nication of Metabolic Results (2009) (link);
● The Psychological Side of Type 1 Diabetes. (2011) (link);
○ Presentations for spouses or partners of people with diabetes
323
324
Diabetes tipo 1
● Uma intervenção baseada em terapia cognitivo-comportamental entre pacien-
tes adultos com diabetes tipo 1 mal controlados – um estudo controlado randomiza-
do (Amsberg et al., 2009) (link);
● Terapia cognitivo-comportamental (TCC) comparada com treinamento de
conscientização de glicose no sangue (BGAT) em pacientes diabéticos tipo 1 mal con-
trolados: efeitos a longo prazo na HbA moderados pela depressão: um estudo contro-
lado randomizado (Snoek et al., 2008) (link);
325
326
327
Identificação da pesquisa
● Autores: Chiung-Yu Huang, Hui-Ling Lai, Chun-I Chen, Yung-Chuan Lu, Su-
Chen Li, Long-Whou Wang e Yi Su
● Título: Efeitos da terapia de aprimoramento motivacional mais terapia cogni-
tivo-comportamental sobre sintomas depressivos e qualidade de vida relacionada à
saúde em adultos com diabetes mellitus tipo II: um estudo controlado randomizado
● Data de publicação: 2015
● Periódico: Quality of Life Research
● Número: 25
● Volume: -
● Tipo da pesquisa: Estudo Controlado Randomizado
Racional
A Terapia cognitivo-comportamental foi desenvolvida, na década de 1960, por Aaron
Beck apresentados os pilares principais do seu pensamento: a reestruturação cognitiva e a
resoluções de problema, tendo como característica a modificação do humor e de pensamen-
tos e comportamentos disfuncionais, utilizando técnicas cognitivas e comportamentais, cita-
do por Agostinho, Donadon e Bullamah (2019). A TCC baseia-se no entendimento de que
nossa interpretação sobre determinada situação influencia de forma direta nossas reações
emocionais, físicas e comportamentais relacionadas a essa experiência. Portanto, "[...] em sua
forma geral, essa teoria especifica que a melhora sintomática no transtorno psicológico resul-
ta da modificação do pensamento disfuncional, e que a melhora durável (redução de relap-
so) resulta da modificação de crenças ‘mal adaptativas’" (Beck & Alford, 2000, p. 36).
Objetivo
Este artigo avalia a eficácia da terapia de melhoria motivacional mais terapia com-
portamental em sintomas depressivos, hemoglobina glicosilada, glicemia de jejum, índice de
massa corporal (IMC) e qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com diabetes
Método
Um estudo controlado foi controlado para comparar pacientes que receberam inter-
venção comportamental com controles não tratados em medidas de resultados de saúde.
Um total de 31 participantes do grupo de intervenção e 30 controles foram selecionados de
328
329
Referência bibliográficas
Almeida E. A. S. & Sartes L. M. A. (2021). A terapia cognitivo comportamental apli-
cado ao CAPS ad: Uma Revisão de Escopo. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 21 (2),
61-63.
Agostinho T. F. , Donadon, M. F. & Bullamah S. K. (2019). Terapia Cognitivo-compor-
tamental e depressão: intervenções no ciclo de manutenção. Revista Brasileira de Tera-
pias Cognitivas, 15(1), 59-95.
Beck A. T. & Alford B. A. (2000). O poder integrador da terapia cognitiva. Porto Alegre:
Artmed.
330