ME DI CI NA: Apostila
ME DI CI NA: Apostila
ME DI CI NA: Apostila
APOST I L A
COM RESOLUÇÃO
COMPLETA:
ME
OBJETIVOS E
DISCURSIVOS
DI
M AT E M ÁT I CA
CI
NA
Conteúdo de Matemática
completo e consistente
para o ENEM e vestibulares
Apostila desenvolvida
especialmente para a
aprovação em medicina
Layout e Diagramação
D669m
ISBN 978-65-87558-09-7
CDD 510
/mesalva mesalva.com
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SOBRE A APOSTILA
Queremos estar cada vez mais próximos de você, estudante! Para isso,
organizamos este material exclusivo que vai te ajudar na preparação para
ingressar no curso de medicina nas principais universidades do país. A
apostila MED é a nossa mais nova aposta para aprimorar a experiência do
estudante Me Salva!, agregando conteúdo físico focado em Medicina à
experiência de ensino online.
03.
ordenado.......................................... 9
Funções avançadas....................... 85
Operações com números
complexos....................................... 11 Funções definidas por partes...... 85
04.
de números complexos................. 18
Introdução ao cálculo.................... 131
Exercícios......................................... 42
O cálculo de áreas.......................... 131
NÚMEROS
COMPLEXOS
Neste capítulo vamos aprofundar nosso conhecimento em relação ao
conjunto numérico mais completo que temos na matemática, o Conjunto dos
Números Complexos. Ao final do capítulo, esperamos que você seja capaz
de compreender as características desse conjunto e trabalhar com todas as
operações utilizando números complexos, independente da forma que esteja
representado.
VAMOS EXERCITAR?
Acesse a plataforma do Me Salva! para uma lista de
exercícios, com resolução, referentes a este capítulo!
x² 10x 40 0
Podemos começar a aplicar a Fórmula de Bhaskara, encontrando o valor de ∆:
b² 4 a c
10 ² 4 1 40
100 160
60
A FORMA ALGÉBRICA
z ∈ ℂ ⇔ z = a + bi, onde a, b ∈ ℝ e i = −1
x ' 5 15 1
e
x '' 5 15 1
Pela nossa definição, i = −1, então, podemos fazer a substituição:
x' = 5 + 15 · i
e
x" = 5 – 15 · i
15 15
NÚMEROS COMPLEXOS | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 9
z = 0 + b · i ⇒ z = bi
z=a+0·i⇒z=a
Como a é um número Real, podemos concluir que todo número que está
no conjunto dos Números Reais é também um Número complexo.
z=0+0·i⇒z=0
OUOU
x2 – 10x + 40 = 0
15 15
15 15
NÚMEROS COMPLEXOS | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 11
15 15
15 15
Repare que o ponto P’ e o ponto P’’ tem a mesma distância até os eixos
Re(z) e Im(z) do plano de Gauss. Quando isso acontece, dizemos que P’’ é
um ponto simétrico a P’, e vice-versa. Podemos generalizar esse fato que
observamos escrevendo:
Veja no plano:
Adição
Assim,
z1 + z2 = (a + c) + (b + d)i
Veja um exemplo:
= (2 - 3 ) = (-1 + 2 )
+ = ( 2 + ( -1 ) ) + ( - 3 + 2 )
+ = 1 -1
Subtração
Ou seja,
z1 – z2 = (a + c) – (b + d)i
Veja um exemplo:
Multiplicação
Assim,
Divisão
Na divisão entre números complexos será preciso ter em mente o que
já vimos sobre o complexo z e seu conjugado z. Isso porque, tendo
z1
z1 a bi e z2 c di com z1 , z2 ∈ e z2 ≠ 0 , para determinar a divisão ,
z2
devemos multiplicar o numerador e o denominador pelo conjugado do
denominador, ou seja, por z2 :
z1 ac bd bc ad
·i
z2 c2 d2 c2 d2
Potências envolvendo i
i0 = 1 i1 = i i2 = –1 i3 = i2+1 = i2 · i1 = –i
Você deve estar pensando: “Para que serve essa regra??? É só calcular a
potência e pronto!” Mas não é bem assim… Vamos calcular i6 sem utilizar
o que acabamos de aprender. Basta multiplicarmos i por ele mesmo
6 vezes:
Módulo de z
z a2 b2
Observe que, como estamos tratando de uma medida, OP’ deve assumir
somente valores não negativos. Para garantir isso, devemos usar o valor
de seu módulo.
A FORMA TRIGONOMÉTRICA
OU
Você deve estar pensando que será tudo muito diferente do que vimos
até agora, mas se acalme! Tudo está relacionado.
cos a a cos
b
sen b sen
Agora podemos substituir esses valores na forma algébrica de z:
z = ρ · (cosθ + isenθ)
Com isso, obtemos uma fórmula para nos auxiliar na multiplicação com
números que estiverem na forma trigonométrica, sem ser preciso utilizar
essas operações tão extensas todas as vezes.
z1
Relembrando que para determinar a divisão devemos multiplicar o
z2
numerador e o denominador pelo conjugado do denominador, que nesse
caso será:
z2 = ρ2 (cosθ2 – isenθ2)
18 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | NÚMEROS COMPLEXOS
Então, fazemos:
z1 1
[cos(θ1 – θ2) + isen(θ1 – θ2)]
z2 2
Vamos a um exemplo:
Potenciação
Temos agora mais uma fórmula que nos ajudará nos cálculos:
zn = ρn · [cos(nθ) + isen(nθ)]
Essa fórmula é chamada de fórmula De Moivre, e ela nos diz que para
calcularmos a n-ésima potência de um número complexo, elevamos à
n-ésima potência o módulo e multiplicamos o argumento por n.
Radiciação
z n r (cos isen )
Podemos escrever:
zn = r · (cosα + isenα)
Dizemos que dois números complexos são iguais quando têm a mesma
parte real e a mesma parte imaginária e quando eles também têm
módulos iguais e argumentos congruentes.
20 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | NÚMEROS COMPLEXOS
sen n sen
k k
z n
r cos sen
n n
Agora temos duas igualdade de z
k k
ez
n
z n r co sen r cos
n n
Assim podemos dizer que
k k
n r cos n
r cos
n n
Chegamos, então, em uma fórmula para calcular a raiz quadrada de
números complexos:
2k 2k
z n
cos comk 0, 1, , , n
n n
Assim, podemos perceber que por mais que a fórmula de Moivre seja
utilizada para o cálculo de potências de complexos, através dela
encontramos uma maneira de calcular também as raízes de
qualquer índice.
EXERCÍCIOS
1
z = 2 e Im . Lembrete: i2 = –1, se w = a + bi, com a e b
1 2
reais, então w a2 b2
` Se a = 0 então:
b 2a b 20 b 2
` Se a = –2 então:
b 2a b 22 b 0
` Com a = 0 e b = 2:
z = a + bi ⇒ z = 0 + 2i ⇒ z = 2i
` Com a = –2 e b = 0:
z = a + bi ⇒ z = –2 + 0i ⇒ z = –2
a) 2.
b) .
2
c) 0.
1
d) − .
2
e) –2i.
NÚMEROS COMPLEXOS | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 23
Nós sabemos que para um número complexo ser igual a zero é preciso
que sua parte real e sua parte imaginária sejam, simultaneamente, iguais
a zero. Portanto, podemos construir um sistema de equações, já que
queremos que duas condições sejam satisfeitas:
1 1 1 1
z1 = –i z2 i z3 i
2 2 2 2
b) 2 3 i
c) 2 2 i
d) 2 2 i
e) 2 3 i
NÚMEROS COMPLEXOS | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 25
z n
Chegamos no complexo
w 2
3 i e podemos eliminar as alternativas
a) 3 + i b) 2( 3 + i) c)
X 2( 2 + i) d)
X 2( 2 – i) e)
X 2( 3 – i)
Conseguimos descobrir que o menor inteiro positivo que faz com que
(1 + i)n seja um número real é n = 4. Agora podemos substituir esse valor
de n na nossa divisão e continuar nossos cálculos:
z n
3
w 2
26 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | NÚMEROS COMPLEXOS
z 4
3
w 2
z
2 3
w
1
4. (UFPR-2019) Considere o número complexo 3 .
2
a) Calcule o módulo de z e escreva a forma polar de z.
1
a) Vamos escrever o complexo 3 na forma convencional
2
que conhecemos, para isso basta fazer a distributiva:
3 1
Para que cos e sen é necessário que 30
2 2
NÚMEROS COMPLEXOS | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 27
1
Assim conseguimos escrever a forma polar de 3 :
2
z = ρ · (cosθ + isenθ)
z = 1 · (cos30° + isen30°)
Isso nos diz que foram duas voltas no ciclo trigonométrico e deslocado
mais 90° para chegar ao ângulo de 820°. Mais que isso, nos diz que
o ângulo correspondente ao 820° no primeiro quadrante do ciclo
trigonométrico é o ângulo de 90°. Assim, podemos reescrever:
720° = 2 · 360°
sen360 0 e cos360 1
28 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | NÚMEROS COMPLEXOS
z27 z24 1 i 1 1 i 2
Portanto, o valor da expressão é, na forma convencional, 2 + i.
Re z0 2 e Im z0 1
NÚMEROS COMPLEXOS | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 29
(1 – i)2 + a(1 – i) + b = 0
a) 0. b) 1. c) i. d) 1 + i.
Repare que temos uma sequência crescente finita. Vamos pegar, por
exemplo, o 2º termo dessa sequência e dividir pelo 1º temor:
i1 ÷ i0 = i(1–0) = i1 = i
i2 ÷ i1 = i(2–1) = i1 = i
a1 qn 1
Sn
q1
an a1 qn1
Com isso, descobrimos que nossa sequência tem 2014 termos. Agora,
podemos fazer as substituições na fórmula da soma de uma PG finita
para responder a questão:
NÚMEROS COMPLEXOS | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 31
a) 2. b) 0. c) 3. d) 1.
o número w
2
no plano complexo, sendo i = 1 a
unidade imaginária. Nessas condições,
1
a) determine as partes real e imaginária de e de w3.
w
1
b) represente e w3 na figura ao lado.
w
c) determine as raízes complexas da equação z3 – 1 = 0.
Para essa questão, além do que aprendemos neste capítulo, você irá
precisar de alguns conhecimentos de trigonometria.
1 3
cos e sen acontecem quando . Então, precisamos
2 2 3
determinar o ângulo θ que é correspondente a e esteja no 2°.
3
quadrante. Podemos fazer essa identificação com a ajuda do ciclo
trigonométrico:
NÚMEROS COMPLEXOS | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 33
E isso significa que o ângulo que é formado entre o segmento que liga a
origem do plano de Gauss e o ponto imagem do número complexo w e o
eixo real é igual a 120°.
1
a) Vamos determinar o complexo , ou seja, o complexo que é o inverso
w
de w. Vamos utilizar a forma algébrica de w para facilitar nosso cálculos:
34 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | NÚMEROS COMPLEXOS
1 1 1 3
Assim, determinamos que Re e Im
w 2 w 2
1 3
dos números. Comparando os complexos w ie
2 2
1 1 3 1
i, percebemos que é o conjugado de w, portanto
w 2 2 w
eles terão a mesma distância da origem do plano de Gauss. E o
complexo w3 = 1 + 0i é o ponto (1,0) do plano de Gauss. Podemos fazer a
representação:
NÚMEROS COMPLEXOS | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 35
c) Não se assuste, esse item parece não ter nenhuma ligação com os
outros dois, mas vamos encontrar essa ligação!
z3 1 0 z3 1 z 3 1
1 = 1 · (cos0° + isen0°)
` k = 0
` k = 1
Podemos passar o argumento que está em radianos para graus com uma
regra de três:
36 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | NÚMEROS COMPLEXOS
1 3
descoberto que cos120 e sen120 :
2 2
` k = 2
Para continuar os cálculos, vamos lembrar que 240° está no 3°, onde o
seno e o cosseno assumem valores negativos, e que esse ângulo equivale
ao ângulo de 60°:
z3 y z 3 y ' e z3 y z 3 y ''
Como y' e y'' são números complexos, teremos que calcular a raiz cúbica
de números complexos, usando:
2k 2k
3 y 3 Cos i Sen com k = 0,1 e 2
3 3
1 3
` Para y ' i
2 2
38 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | NÚMEROS COMPLEXOS
2 2
y ' 1 cos isen
3 3
1 3
` Para y '' i
2 2
NÚMEROS COMPLEXOS | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 39
4 4
y '' 1 cos isen
3 3
` Para y'
` Para y''
1. y cos 2 isen
2
2. y cos 8 isen 8
9 9 9 9
16 16
5. y cos 10 isen
10
6. y cos isen
9 9 9 9
Voltando no enunciado, o que devemos fazer é determinar a medida
do argumento θ de uma dessas soluções sabendo que ele pertence ao
intervalo , . Como nós já encontramos todas as soluções,
2
precisamos só verificar qual dos argumento está nesse intervalo. Vamos
analisar um a um:
2 2
1. : Vemos que portanto, já está fora do intervalo
9 9 2
8 8 8 8π
2. : Vemos que e também . Assim, está entre
9 9 2 9 9
π e π, então, está no intervalo , .
2
2
Como o enunciado já nos disse que o argumento θ de uma dessas
soluções pertence ao intervalo , , já podemos encerrar nossa
2
análise por aqui, pois já encontramos essa única solução cujo argumento
8
é .
9
5 ix
10. Dada a expressão A , em que x ∈ ℝ e i é a unidade
5x i9
imaginária, quais são os valores de x que tornam A real? Para esses
valores de x, quais são os resultados de A?
Por isso, os valores de x que tornam A um número real são aqueles que
fazem a parte imaginária de A ser igual a zero. Então, vamos igualar a
parte imaginária de A a zero para encontramos o valor de x:
` Para x = 3
` Para x = –3
EXERCÍCIOS
c) Apenas I e II.
a) –6 b) –3/2 c) 0 d) 3/2 e) 6
NÚMEROS COMPLEXOS | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 43
a) 9 b) 10 c) 11 d) 12 e) 13
04. Se A x ; x2 4 0 , B x ; x2 3x 0 e
C x ;2 x 4,
então C A B .
08. João ofereceu a um amigo uma televisão por R$ 1.500,00 à
vista. A prazo, ele pediu R$ 1.800,00, sendo R$ 200,00 de entrada e o
restante após um ano. A taxa de juros cobrada por João, no regime
de capitalização simples, é maior que 20% ao ano.
16. Se A, B e C são subconjuntos do universo U, tais queA U B = A U
C, então B = C.
3 2
32. Se então a 2 3 2
, b = 223 e c 8 3
b/(a.c) = 28.
a) 14 b) 56 c) 33 d) 34 e) 40
a) 1 + 3 · i e 1 – 3 · i.
b) 1 + i e 1 - i.
c) 2 + i e 2 – i.
d) –1 + i e –1 – i.
e) – 1 + 3 · i e –1 – 3 · i.
a) (– 1 – i) e (1 + i).
b) (1 – i)2.
c) (– i) e (+ i).
d) (– 1) e (+ 1).
e) (1 – i) e (1 + i).
x yi 3 4i ,
a) –2.
b) –1.
c) 1.
d) 2.
e) 10
a) a2016.
b) 1.
c) 1+2016i.
d) i.
e) 10
NÚMEROS COMPLEXOS | MATEMÁTICA MATEMÁTICA 45
a) elipse.
b) hipérbole
c) parábola
d) reta
e) esfera
46 MATEMÁTICA MATEMÁTICA | NÚMEROS COMPLEXOS
GABARITO
1. z = 2i e z = –2
2. E
3. B
4. a) |z| = 1 e z = 1 · (cos30° + isen30°)
b) z27 + z24 + 1 = 2 + i
5. a) Re(z0) = 2 e Im(z0) = 1
b) a = –2 e b = 2
6.D
7.A
8.a) Re e Im ; Re(w3) = 1 e Im(w3) = 0
w 2 w 2
b)
1 1 3
c) z = w3 = 1, z w e z
2 w 2
8
9.
9
1 1
10. x = 3 e x = – 3. A eA
3 3
11. C 13. C 15. D 17. C 19. B
12. D 14. E 16. B 18. D 20. A
REFERÊNCIAS
IEZZI, Gelson. DOLCE, Osvaldo. DEGENSZAJN, David. PÉRIGO, Roberto.
ALMEIDA, Nilze de. Matemática: ciência e aplicações, volume 3: ensino médio.
7ª ed. Editora Saraiva. São Paulo, 2013.
STEWART, James. Cálculo, volume I. 7ª ed. Editora Trilha. São Paulo, 2013.