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Aula 1: 1. Define Acto Cirúrgico

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Cirurgia Oral – 2ºAno, 2ºSemestre 2011/2012

Aula 1

1. Define acto cirúrgico


Conjunto de atuações que levam ao tratamento do doente por métodos cirurgicos e que
incluem o pré-operatório, per-operatório, pós-operatório e o folow-up.

2. Quais as condições necessárias para a execução de uma boa historia clínica


Uma boa história clinica deve ser completa, ordenada e bem orientada. A entervista da
história médica e o exame físico devem ser personalizados para as necessidades de cada
paciente, considerando os probemas médicos, idade, inteligência e estilo de vida, a
complexidade do procedimento e os métodos anestésicos.
1.Dados biográficos
2.Queixa principal
3.História médica
4.História médica familiar e social
5.Revisão dos sistemas
6.Exame físico
7.Exames laboratoriais e radiográficos

3. Preparação do pré operatório

 Relação médico-doente
 História clinica
 Observação do doente
 Exames complementares
 Preparação local e geral do paciente
 O diagnóstico correcto é sempre o 1ºpasso de um bom tratamento
 História clinica deve ser completa, ordenada e bem orientada
 Os exames complementares devem ser suficientes (não exagerados),orientados pelas
hipóteses de diagnóstico, começando sempre pelo mais simples

Preparação psicológica do doente


 Explicar o diagnóstico
 Explicar a cirurgia e seus objectivos
 Discutir as condições do pós operatório e do follow-up
 Propor o local do tratamento cirúrgico
 Discutir e informar o doente das despesas

Preparação precoce do doente


 História clinica completa com avaliação dos factores de risco
 Exames laboratoriais de rotina: hemograma, uréia, glicémia, tempo de protrombina,
tempo de coagulação, rx do tórax ,rx intraoral
 Pedido de consultas noutras especialidades

Preparação do doente tardia


 Pré medicação e internamento

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4. Complicações pré-operatorias?
São dependentes da situação clínica.
Sisos inclusos:
 Infecção – antibiotico
 Trismos - anti-inflamatórios, antibióticos, miorelaxantes
 Dor – analgésicos

Quistos periapicais:
 Dor – analgésicos
 Edema
 Drenagem espontânea
 Endodontis

Tumores ou massas intraorais:


 Materiais traumáticos – próteses
 Sangramento – Compressão
 Infecção – antibióticos

Grandes tumores intraorais:


 Problemas respiratórios – assistência ventilatória e traqueptomia
 Problemas de mastigação – cuidados alimentares

5. Qual a atitude do medico dentista perante outros especialistas qu e participam


no planeamento da cirurgia
O médico dentista deve fazer o planeamento da cirurgia sempre antes da mesma; Dese
discutir semre que necessário com outros especialista; discute o plano com os ajudantes e
contacta com o anestesista.

6. Diferença entre técnica limpa e cirurgia estéril?


Técnica limpa:
 Esta técnica engloba a maioria das intervenções de cirurgia oral realizadas em
consultório. É planeada tanto para proteger os outros pacientes e a equipe profissional
de um paciente em particular, como para proteger esse paciênte de agentes
patogéneos de que a equipe possa ser portadora.
 Preparação do paciente: gorro, capas nos sabatos, bochecho com clorohexidina e bata
descartável.
 Preparação do cirurgião: fato cirurgico ou descartável, gorro, máscara, óculo
protectores, luvas esterilizadas, mãos (livre de aneis/relogios/pulseiras) lavadas com
anti-septido e limpas com toalhas descartáveis.

Técnica estéril:
 Utilizada para procedimentos cirurgicos de consultório, quando se criam feridas
abertas, se colocam implantes ou em cirurgias realizadas em ambiente cirurgico.
Procura minimizar a quantidade de microrganiamos que entram em contacto com a
ferida aberta pelo cirurgião.
 Preparação do paciente: semelhante, mas faz-se o recobrimento estéril da pele
peribucal.

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 Preparação do cirurgião: igual mas escovação intensa das mãos e braços com meios
anti-septicos

7. Preparação do ambiente operatório.

 Desinfecção de superfícies
 Recobrimento estéril da bandeja
 Recobrir objectos num raio de 3m (infecção cruzada)

As várias superficies existentes no consultório odontológico exigem diferentes formas de


desinfecção que dependem do potencial de contaminação e grau de contacto do paciente com
elas.

8. Indumentaria do cirurgião?

 Fato cirurgico ou descartável (pode usar roupas de rua limpas mas cobertas com
avental de mangas longas mas de preferencia usar sempre o uniformeda clinica)
 gorro
 máscara
 óculo protectores
 luvas esterilizadas
 mãos (livre de aneis/relogios/pulseiras) lavadas com anti-septido e limpas com toalhas
descartáveis.

9. Execução cirurgica

 Cumprir o plano previsto


 Utilizar correctamente os principios cirurgicos
 Resolver as complicações intra operatórias

10. Cuidados (evitar complicações) e reabilitação pos-operatoria?


Cuidados pós-operatórios:
 Avaliação das prováveis complicações
 Manter o bem-estar do paciente
 Informação ao doente
 Informação aos familiares
 Alimentação
 Higiene
 Repouso
 Alívio da dor
 Edema
 Antibioterapia
 Tratamento das complicações pós-operatórias

Reabilitação pós-operatória:
 Recuperação da vida normal
(Folow up-vigilância periódica quando necessária)

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Aula 2

11. Preparação geral do paciente

 História clinica
 Observação
 Exames complementares
 Alimentação pré operatória
 Pré-medicação

Alimentação pré-operatória
 Anestesia local
• Alimentação ligeira
• Alimentação de fácil digestão
• Alimentação preferencialmente sólida
• Minimo 1-2h antes
 Anestesia geral
• Jejum completo durante as 8h anteriores

Pré-medicação
 Antibioterapia
 Penicilina ou derivados
 Macrólidos
 Outros antibióticos
 Sempre em infecções agudas

Tranquilizantes e sedativos
 Importante em anestesia local
 Utilização coordenada pelo anestesista quando há anestesia geral
 Diazepan, hidroxizina, Dormicum

Anti-inflamatórios não esteroides


 Podem melhorar o pós operatório mas não se devem usar por rotina
 Complicações gástricas

12. Preparação local do paciente


Anestesia geral
 Lavagem oral com com antissépticos
 Lavagem da face com sabão
 Lavagem peribucal com polividona iodada cutanea

Anestesia local
 Lavagem oral com antisséptico
 Lavagem da face com sabão
 Entubação e anestesia
 Lavagem oral e dos tecidos peribucais com polividona iodada ou clorohexidina
 Antes de qualquer cirurgia , o doente deve ter cáries tratadas e ausencia de tártaro

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13. Funções dos diferentes bisturis


Cabos de bisturi nº 3 e 7

Lâmina nº11 para segmentos anteriores – corte do ligamento periodontal e drenagem de


abcessos. A ponta é cortante e serve para fazer pequenas incisões (ex.: iniciar abcessos).

Lâmina nº 12 para segmentos posteriores – corte do ligamento periodontal e incisões


intrasulculares, sobre a vertente L-P. Curva e útil para procedimentos mucogengivais.

Lâmina nº15 para incisões na sobre um plano ósseo subjacente. Pequena e usa-se para
incisões em volta dos dentes e através do mucoperiósteo.

14. Quais os instrumentos utilizados para corte de osso?

 Peça de Mão
 Turbina de alta rotação
 Broca esférica fissurada número 8
 Broca cilíndrica e longa multilaminada tipo ZECRYA
 Broca tronco-cónica diamantada(?)

15. Quais as vantagens da luxação?

 Facilita a remoção do dente


 Minimiza o risco de fractura do dente
 Facilita a remoção de raízes residuais se houve fractura
 Diminui a força necessária para a exodontia

A luxação é feita com uma alanvanca entre o dente em questão e osso por movimentos de
roda-eixo e em cunha. Estes componentes permitem que a extracção seja mais facilitada uma
vez que minimiza a incidência de fracturas de raízes e dentes, se a raíz fracturar a sua
extracção é mais fácil e por fim, para expandir o osso alveolar.

16. Para que servem os movimentos do boticão?


Pressão apical: expansão do osso alveolar; desloca o dente em sentido oclusal, desloca o
centro de rotação para apical
Força Vestibular: expansão da cortical vestibular ++ a crista do rebordo; alguma expansão
lingual do ápice radicular
Força Palatina: expansão da cortical palatina; alguma expansão vestibular na zona do ápice
Força Rotacional: EXPANSÃO INTERNA, só em dentes com raízes únicas e cónicas
Forças de tracção: liberta o dente do alvéolo; deve ser suave

17. Em que consiste a bandeja básica do Petterson?

 Seringa para anestesia local


 Agulha
 Tubos de anestesia
 Destaca periósteo de Woodson ou sindesmótomo

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 Cureta periapical
 Alavanca recta pequena e grande
 Pinças para algodão
 Pinça hemostática curva
 Pinça para prender campo
 Afastador de Austin
 Ponta de aspiração
 Gaze estéril
 Boticão pode ou não estar incluído

18. Suturas reabsorviveis e não reabsorviveis. Quais os materiais de cada uma


delas?
Suturas Reabsorviveis:
 Ácido poliglicólico
 Copolimeros de ácido glicólico e láctico
 Catgut
 Tripa tratada com sais de crómio
Suturas não reabsorvíveis:
 Seda
 Nylon
 Poliesteres
 Polipropileno
Monofilamento
Multifilamento (são mais resistentes mas aumentam o risco de infecção local)

19. Preparação do cirurgião e assistente


Cirurgião:
 Checar os registos do paciente
 Por as radiografias no negatosópio
 Ajustar os focos de luz
 Checar a posição do paciente
 Aplicar solução desembaciadora nos óculos
Cirurgião e assistente:
 Toda a equipa cirúrgica troca de roupa
 Sapatos cirúrgicos ou capas
 Gorro
 Jóias,relógios,cordões, brincos devem ser removidos
 Máscara que cubra nariz e boca

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Aula 3

20. Quais as necessidades básicas par cirurgia?


1-Visibilidade: acesso adequado, retalhos, luz adequada e campo cirurgico livre de sangue e
fluidos.
2-Auxilio adequado: assistente bem treinado e familiarizado com os procedimentos

21. O que é Diérese dentária? Vantagens?


A diérese (incisão + divulsão), visa romper ou interromper a integridade tecidual penetrando
no interior dos tecidos e atingindo áreas anatómicas do interesse do cirurgião.

A vantagem da manobra de diérese é a boa visibilidade uma vez que o acesso é adequado mas
isto implica que a luz seja adequada, que o campo cirúrgico esteja livre de sangue e fluidos e
uma boa execução do retalhos. Tudo isto é complementado com o auxilio adequado de um
assistente treinado.

22. Quais os 5 principios básicos a que uma incisão deve obedecer?


1º Usar lâmina afiada de tamanho apropriado. A durabilidade das lâminas depende da
resistêncis dos tecidos cortados.
2º Corte firme e contínuo. Cortes superficiais e multiplos aumentam a lesão tecidual e o
sangramento.
3ºEvitar cortar estruturas vitais.
4º Incisões na superfície epitelial que o cirurgião planeia reaproximar devem ser feitas com o
bisturi em posição perpendicular à superficie. Esse angulo produz margens quadradas que são
mais fáceis de serem reorientadas durante a sutura e menos susceptiveis a necrose por
isquémia.
5º Incisar sempre em gengiva inserida sobre o osso saudável.
(Segundo Petterson)

23. Características da incisão ideal

 Incisar os tecidos moles por cima de tecido ósseo são e bem vascularizado.
 Atinguir toda a espessura da mucosa e do periósteo de uma só vez contactando
directamente com o osso - retalho de espessura total (mucoperiósteo)
 Bisturi deverá ser utilizado o mais proximo da perpendicular ao tecido possivel.
 Deve ainda:
• Ser feito com lâmina afiada
• Corte firme e contínuo
• Evitar cortar estruturas vitais
• Incisar em zona de gengiva inserida e osso saudável

24. Incisões simples e complexas


Incisões simples
 Acesso directo

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 Ao longo do bordo gengival livre(curetagens radiculares)


 Paralelo ao bordo gengival (patologia apical,Caldwell-Luc,drenagem de abcessos)
 Incisões semi-lunares(acesso ao apex dentário,enucleação de quistos,drenagem de
abcessos)
 As incisões semilunares podem ser executadas para retalhos

Incisões complexas
 Visam a construcção de retalhos
 Obter um acesso ao campo cirúrgico
 Mover tecidos de um local para outro
 Base do retalho deve ser maior que o bordo livre
 Zona livre deve ter dimensão suficiente para sutura adequada
 Base do retalho deve conter fonte vascular e depois de suturado não deve ficar em
tensão e as bordas devem localizar-se em osso são
 Podem ser mucosos ou muco-periósteo

25. Principais retalhos em Cirurgia Oral

 Retalho vestibular incluindo as papilas interdentárias


 Retalho vestibular não incluindo as papilas interdentárias
 Retalho simples palatino
 Retalhos complexos palatinos
 Retalhos linguais para defeitos teciduais

26. Indicações para a utilização de retalho em CO?


(Não sei bem)
Obter um acesso ao campo cirurgico e à entidade patológica.

27. Descolamento dos retalhos

 Com descoladores adequados


 Introdução de descoladores no bordo gengival num dos extremos do retalho
 Descolamento no sentido da base do retalho para o bordo gengival
 Atenção ás estruturas subperiósteas

28. Complicações na execução de retalhos?


Como evitar a necrose e isquemia?
 A zona livre de um retalho deve ser sempre mais pequeno que a base ,excepto quando
existe uma artéria major na base
 A dimensão da base não pode ser menor que a altura e de preferencia o dobro
 Sempre que possivel uma fonte sanguinea deve ser incluida na base do retalho
 A base do retalho não deve ser pressionada ou dobrada pode haver um compromisso
vascular grave

Como evitar a deiscência (separação) do retalho?


 Efectuar a sutura dos bordos do retalho sobre osso saudável

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 Manusear o retalho com suavidade


 Não colocar o retalho sob tensão

Como evitar a perfuração do retalho?


A dilaceração é uma complicação causada pelo cirurgião inexperiente que tenta realizar
procedimento usando um retalho com acesso insuficiente
 Efectuar retalhos com tamanho suficiente
 Utilizar retalhos em envelope
 Retalhos com uma incisão de descarga
 Retalhos com duas incisões de descarga
 A cicatrização na região intraoral é tão demorada para grandes como para pequenas
incisões
 A perfuração do retalho é mais frequente nos retalhos mucosos do que nos retalhos
mucoperiósteos
 O descolamento deve ser efectuado com descoladores não cortantes

29. Regras gerais da incisão cutânea


 A incisão deve ser efectuada em zona fácilmente disfarçável (couro cabeludo,etc)
 A incisão deve ser efectuada paralela ás linhas de tensão de modo aos bordos não se
afastarem
 As melhores incisões são sempre efectuadas sobre as rugas (áreas onde a tensão muscular
é minima)
 Ter em conta que uma incisão implica sempre uma cicatriz
 Ter em conta que as incisões nas crianças têm tendencia a serem mais visiveis por aumento
da massa tecidual sob a cicatriz

30. Técnica geral das incisões cutâneas

 Planear préviamente a incisão (marcação no sentido longitudinal e transversal)


 A pele é incisada em angulo recto em relação á superficie (excepto nos bordos oculares)
 Incisão sempre por planos
 Depois da incisão a pele não deve ser macerada
 Os tecidos subcutâneos devem ser protegidos

31. Desvantagens da incisão cutânea

 Cicatriz visivel
 Cicatrização mais demorada
 Maior incidencia de infecção
 Maior probabilidade de lesão de estruturas nobres (nervos e vasos)

32. Defina divulção


Atitude cirúrgica que visa o afastamento e isolamento correcto das estruturas subcutaneas e
tecidos até atingirmos a zona patológica
 Divulsão romba - os tecidos são delimitados por esgaçamento(dedo,tesouras de
Matzenbaun de pontas rombas)

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 Divulsão por clivagem - efectuada com instrumentos cortantes (tesouras, laminas de


bisturi)
 Mais dificil e exige conhecimento anatómico apurado

33. Pontos de sutura

 Ponto simples
 Pontos de colchoeiro vertical
 Pontos de colchoeiro horizontal
 Ponto cruzado

34. Tipos de sutura

 Suturas simples
 Suturas por planos
 Suturas dérmicas
 Suturas contínuas simples
 Suturas contínuas travadas

35. O que é o espaço morto e como o controlar?


Espaço morto é qualquer zona que fica sem tecido depois de se efectuar a cirurgia. Aparece
quando se retira tecido ou quando não se faz um encerramento correcto por planos.

O espaço morto fica normalmente preenchido com um coágulo de sangue que tem um grande
potencial de infecção

Meios de eliminação:

 Efectuar uma sutura por planos


 Efectuar uma compressão adequada da zona cirúrgica (pelo menos 12-18h)
 Através de um curativo sob pressão sobre a ferida reparada
 O curativo comprime os planos tecidulares até que eles são unidos por fibrina
 Colocar um material (embebido em antibiótico) no espaço morto
 Colocar um dreno no local de modo a impedir a formação de hematomas
(Penrose)

36. Tipos de cicatrização e caracteristicas?


1ª Intenção
 Bordos da ferida bem coaptados;
 ↓ qntdd de reepitelização;
 Depósitos de colagénio;
 Contracção;
 Remodelação
 SUTURA

2ª Intenção

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 Bordos não estão coaptados;


 Não se faz sutura, deixando-se efectuar a Granulação;
 Quando a ferida está infectada;
 Quando a aproximação é impossível.
 A granulação secundária não é impeditiva de boa cicatrização

3ª Intenção
Com a utilização de enxertos de tecidos sobre feridas de grande extensão que cicatrizam por
segunda intenção

37. Função dos pensos

 Proteção contra novas comunicações


 Proteção contra traumatismos
 Absorção de possíveis exsudados
 Profilaxia de hematoma secundário
 Imobilização da região atingida
 Transporte de medicamentos ao local da ferida

38. Função dos pensos intra-orais

 Isolamento relativo do meio oral


 Proteção da ferida dos traumatismos de mastigação
 Imobilização relativa
 Veiculos de medicamentos ou outros produtos que incentivam a cicatrização, combatem a
contaminação, diminui a dor
 Medicamento mais substância cimentificadas

39. Etapas de cicatrização alveolar pos extracção


1ª Alvéolo com parede de osso alveolar cortical, restos se LP e gengiva
2ª Encerramento do alvéolo pelo coágulo
3ª 1ª Semana: fase Inflamatória com osteoclastos ao redor do osso alveolar
4ª 2ª Semana: tecido de granulação intra-alveolar; aparecimento de tecido osteóide
5ª 3ª e 4ª semana: epitelização
6ª Reabsorção cortical alveolar e aparecimento de novo osso trabeculado
7ª 4-6 meses o osso alveolar está total/ reabsorvido
8ª 8 meses – 1 ano: preenchimento alveolar com osso trabeculado

40. Refere as implicações cirúrgicas da cicatrização das feridas?


Os objectivos principais da correcta técnica cirurgica são:
 Restabelecimenro da continuidade do tecido
 Conseguir cicatrizações mínimas
 Restaurar a função
 Nenhuma ferida aberta da pele, mucosas ou músculo cicatriza sem deixar cicatriz.

41. Factores que complicam a cicatrização das feridas e condicionam a cicatrização


Factores condicionantes:

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 Grau de vascularização tecidual


 Extensão da ferida
 Infecção concomitante
 Tecido necrosado presente na ferida
 Reservas nutricionais
 Estabilidade física da ferida

Factores que complicam:


 Material estranho no local (bactérias, corpos estranhos, material de sutura)
 Tecido necrosado no local
 Isquémia local
 Tensão local

42. Classificação das feridas quanto à etiologia e à morfologia

 Contusas: bordos macerados e irregulares


 Incisas: bordos regulares e coaptáveis
 Esfacelos: com descolamento e levantamento de retalhos teciduais~
 Perfurantes:objectos pontiagudos
 Queimaduras e ‘geladuras’
 Irradiação e esquémia

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Aula 4

43. Quais os tipos de retalhos

 Retalhos em envelope (sem descarga)


 Retalhos com uma descarga (triangulares)
 Retalhos com duas incisões
 Retalhos semilunares
 Neumann Modificada
 Incisão em duplo y
 Incisão palatina festonada

Retalhos em envelope (sem descargas)


 Incisão linear
 Oferecem um bom aporte hemático
 A vascularização está interrompida num dos lados
 Maior dificuldade de abertura
 Incisão extensa para existir acesso ao campo operatório
 Indicados em superficies concavas
 Indicação na vertente palatina do maxilar
 Lingual da mandibula
 Sutura fácil
 Menor sangramento
 Superficies convexas
 Evitar incisões de descarga em zonas com estruturas importantes

Retalhos em emvelope com uma descarga


 Incisão de Newman parcial
 Incisão linear associada a uma vertical
 A incisão vertical consegue um um descolamento fácil, com menos tensão e menor
risco de dilaceração
 Realizar a incisão de descarga por mesial
 O angulo entre a incisão linear e a descarga não deve ser inferior a 90º
 Mesial ou distalmente ás papilas
 Devem evitar-se na zona dos prémolares e na região molar superior

Retalhos em envelope com duas descargas


 Neumann completa
 Incisão linear associada a duas verticais, mesial e distal
 Máxima visibilidade do campo operatório
 Descolamento mais fácil
 Incisões de descarga divergentes e não caem sobre a bissectriz das papilas
interdentárias

Retalho semilunar
 Incisão linear em semicirculo
 Pediculo para cima no maxilar
 Pediculo para baixo na mandibula

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 Utilizado na cirurgia endodontica para lesões apicais de pequenas dimensões

44. Nomear e localizar as estruturas nobres que devem ser evitadas na execução
de retalhos na mandíbula e maxila?
(Não sei bem)
Retalhos em envelope (sem descarga): evitar incisões de descarga em zonas com estruturas
importantes.
Retalhos com uma descarga (triangular): evitar a zona dos pré-molares e na região do molar
superior.
(?)

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Outras perguntas que não sei responder


Meios que promovam a hemostase?
Quais são os meios complementares de diagnostico utilizados em CO?
Quais são os princípios básicos de uma técnica operatória?
Conceito de sinerese e etapas
5 técnicas de infecção cruzada (pessoas e objectos)

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