Introdução À Zootecnia
Introdução À Zootecnia
Introdução À Zootecnia
Graduandos em Zootecnia:
Marciana Teixeira de Souza
Wesley Vieira Allves
Técnico em Zootecnia
Graduandos em Zootecnia:
Marciana Teixeira de Souza
Wesley Vieira Alves
Rio Pomba-MG
2013
Apresentação e-Tec Brasil
Prezado estudante,
Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica
Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezembro
2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público,
na modalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre
o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a
Distancia (SEED) e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as
universidades e escolas técnicas estaduais e federais.
Nosso contato
etecbrasil@mec.gov.br
Indicação de ícones
6. Suinocultura ............................................................................................................22
7. Piscicultura ..............................................................................................................29
8. Cunicultura...............................................................................................................35
9. Equinocultura...........................................................................................................41
Com isso, a agricultura e a criação de animais foi um passo muito importante para
a alteração do modo de vida do homem, pois deu a ele não só a possibilidade de não
ter de se deslocar para obter a carne e as peles necessárias à sua alimentação e
conforto, mas também o leite, e com a domesticação do boi, uma força para tração.
Definição de Zootecnia
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animal ao ambiente criatório e deste ambiente ao animal (Octávio Domingues, 1929).
Zootecnia é a produção racional e comercial de animais.
De uma maneira mais simples podemos definir a Zootecnia como a ciência que
estuda a criação de animais com objetivos econômicos e envolve uma grande
formação nas áreas de melhoramento, nutrição, fisiologia, morfologia e anatomia de
animais, e também de fatores relacionados à terra e a sua utilização, bem como a
exploração sustentável, bem estar e comportamento animal, sociais e ambientais.
Domesticação:
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homem, dotada de mansidão hereditária e que proporciona algum proveito ao
homem. Esquematicamente:
Doméstico >> latim domus>> casa - “Convivem em casa sob o domínio do homem”
Animal Domestico:
Fases de Domesticação:
1ªFase - Cativeiro: Fase inicial, quando o homem mantém os animais presos, todavia,
em princípio, não obtendo dele nenhuma utilidade. É o caso dos animais de
zoológicos.
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Fonte: Google Images
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2. As espécies de interesse zootécnico
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3. Avicultura
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As aves domésticas são agrupadas nas seguintes ordens: Galiformes: galo,
peru, galinha d’angola, pavão, faisão e codorna. Anseriformes: pato, marreco, ganso,
cisne. Columbiformes: pombos e Passaroformes: canários, etc
Intensiva:
Alternativa:
Caipira/Colonial:
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Visa a produção de carne e ovos.
Linhagens com aptidão:Ross, Cobb,Hybro, AvianFar, Isa MPK, Arbor Acre, Hubbard.
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A avicultura de corte, no Brasil e Mundo representa extrema importância, tanto
social quanto do ponto de vista econômico, pois possui oferta de carne durante todo o
ano, além de da utilização de terras onde a agricultura mecanizada é impraticável,
contribui para fixação do homem no campo, e fornece proteína de qualidade com
preço acessível.
Uma raça bem conhecida de galinhas poedeiras leves são as galinhas brancas
ou Leghorn Brancas. São conhecidas por produzirem uma grande quantidade de ovos
brancos. Necessitam de menos ração, devido ao seu pequeno porte. As
LeghornBrancas são poedeiras muito eficientes. No entanto, no fim do período de
postura dão relativamente pouca carne. Algumas raças mais pesadas de poedeiras
têm mais carne (são mais robustas) e também põem muitos ovos. Daí que sejam
adequadas para uma produção de objetivo duplo. Estas galinhas põem ovos
castanhos e, geralmente, também têm penas castanhas podendo os tons variar.
Estão neste caso às galinhas de penas castanhas RhodeIsland Vermelha e as New
Hampshire de cor castanho-claro.
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Principais Híbridos comerciais de postura no Brasil:
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4. Coturnicultura
1- Baterias de Reprodução
Destinadas àquelas aves de reprodução, devem ser de abrigo coletivo: uma gaiola
para um macho e 2 a 3 fêmeas. Um conjunto de gaiolas superpostas formará as
baterias.
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3- Gaiolas Criadeiras
Com aquecimento elétrico, são utilizadas para a criação do pintinho, desde a eclosão
até a idade mínima de 15 dias. Este tipo de criação em piso forrado de maravalhas e
aquecido com campânula ou lâmpada. Os bebedouros devem ser do tipo copo de
pressão, usado para pintinhos de um dia, com mola espiral no espaço destinado à
bebida, ou do tipo mangueira fina, cobrindo toda a extensão, de maneira a evitar que
os pintinhos se afoguem.
4- Bateria de Engorda
Constituída por conjuntos de jaulas coletivas, destinam-se à criação das codornas
para o abate. A engorda ainda poderá ser feita em piso forrado com cama à
semelhança da ciação de frangos. O cômodo deve ser adequadamente vedado, e é
possível criar entre 120 a 150 aves por metro quadrado.
4.2. Alimentação
4.3. Manejo
1- Manejo de Reprodução
As codornas de reprodução devem, preferentemente, ser mantidas em gaiolas
coletivas de macho e fêmea. Semanalmente, o macho de um abrigo deve ser trocado
de lugar com o macho do abrigo vizinho e assim sucessivamente. Recomenda-se um
macho para cada2 a 3 fêmeas. Devido à grande sensibilidade das codornas à
consanguinidade, com marcados efeitos nocivos, recomenda-se evitar os
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cruzamentos entre parentes parentes próximos. Os ovos férteis de codornas podem
ser incubados naturalmente com galinhas anãs ou pombas, muito embora seja um
método de pouca eficiência, devido às grandes perdas. O mais recomendável é
através da incubação artificial.
2- Manejo do Pintinho
Decorridas as primeiras 24 horas da eclosão, os pintinhos devem receber
aquecimento, ração e água à vontade. A temperatura inicial de criação deve ser 38ºC.
A partir do terceiro dia de vida, procede-se à redução diária de 1ºC até que a
temperatura se torne ambiente. piso da criadeira é forrado com papel durante os três
primeiros dias de vida. A ração será distribuída na própria forração de papel por sobre
o piso, nos três primeiros dias. Depois oferecida em cochos do tipo bandeja. Os
bebedouros devem ser lavados e sua água trocada, no mínimo, duas vezes ao dia.
3- Manejo da Recria
A recria compreende o período entre 16 e 45 dias de idade. Nesta época, as
aves continuam recebendo ração e água à vontade.
4- Manejo de Postura
A quantidade de ração por ave deve ser de 30 a 35 gramas, e a água deverá
ser fornecida a vontade. Para um índice elevado de postura, o ambiente da criação
das codornas em produção deve ser iluminado na base de uma lâmpada
incandescente de 15 WATTS para cada 5 metros quadrados de galpão. Recomenda-
se do dia seja prolongado para 17 horas, através da associação de luz natural
com luz artificial, estabelecendo-se um esquema de acendimento das lâmpadas pela
madrugada e à noite. Exemplo: ligar às 4 horas e desligar às 6 horas e 30 minutos.
Ligar novamente às 17 horas e 30 minutos e desligar às 21 horas.
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5. Animais Silvestres
A criação de animais silvestres tem sido apontada como uma possível fonte de
proteína animal para populações mais pobres do interior de países em
desenvolvimento, como o Brasil.
Atualmente, a criação comercial de animais silvestres está se tornando uma
alternativa de negócio pecuário cada vez mais lucrativa. A demanda crescente por
carnes consideradas exóticas, peles e couros com características diferenciadas estão
aquecendo as vendas no mercado interno e as exportações.
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6. Suinocultura
TAXONOMIA DO SUÍNO
REINO Animal
FILO Cordados
CLASSE Mamíferos
ORDEM Ungulados
SUB-ORDEM Artiodáctilos
FAMÍLIA Suídeos
SUB-FAMÍLIA Suinae
GÊNERO Sus
ESPÉCIE Scrofa
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No Brasil, a carne bovina representa 55% do consumo total; a carne de frango,
30%, e a suína, apenas 15%.
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6.1. Criação de suínos
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6.1.2. Sistema de criação em confinamento
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estrangeiras criadas no Brasil são: Landrace, Large White, Wessex, Duroc, Pietrain e
Hampshire.
Landrace
Large White
Wessex
Duroc
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Pietrain
As raças brasileiras de suínos não são bem definidas, existe muita confusão
nos seus nomes, na maioria adotados apenas regionalmente. Destacamos os
principais: Canastra, Nilo, Piau, Tatu, Pereira e Pirapetinga.
Canastra
Nilo
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Piau
Pirapetinga
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7. Piscicultura
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Devemos ressaltar que a oferta de peixes no Brasil, tanto para abate quanto
para pesca, e até mesmo para ornamentação, é muito inferior à demanda. Investir em
piscicultura é uma excelente opção para quem possui perfil de empreendedor.
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7.1.3. Recria, engorda ou produção de pescado
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7.1.4. Exploração mista de cria e recria
O peixe, ao contrário dos outros animais terrestres, pode ser criado de várias
maneiras diferentes, dependendo das condições da propriedade, tipo de alimento,
espécie considerada e aceitação de mercado. É possível dividir, didaticamente, o
sistema de criação em Extensivo, Semi-extensivo e Intensivo.
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produção recomendado para criação de peixes tropicais e por abranger ainda
consorciações com suínos, aves, arroz, etc.
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34
8. Cunicultura
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- Bexiga cheia de urina – a bexiga pode ser amarrada e resfriada sendo
comercializada para indústrias de cosméticos, que usam a urina como fixador de
perfume;
- Carne – todas as raças produzem carne de boa qualidade e, exceto as raças
pequenas, em quantidade satisfatória. É um produto de excelente qualidade, tendo
como principais características o baixo índice de gordura e colesterol, além do
elevado teor protéico. As mais utilizadas para esse fim são as raças médias, embora
as gigantes também sejam consideradas boas para corte. Como exemplo temos:
Branco da Nova Zelândia, Vermelho da Nova Zelândia, Califórnia, Gigante de
Flandres Branco e Gigante de Bouscat.
- Cérebro – é vendido para laboratórios, onde são desidratados e moídos, sendo
usados para fabricação de medicamentos;
Coelhos abatidos – são vendidos pelos criadores, que geralmente vendem a unidade,
sem pesar o animal;
- Coelhos vivos para corte – são abatidos entre 90 e 120 dias com peso médio de 3,0
kg;
- Couros – são curtidos, ausentes de pêlos e geralmente usados para a fabricação de
acessórios;
- Esterco – é um fertilizante de boa qualidade e muito apreciado pelos horticultores,
pois possui uma boa relação de NPK;
- Mercado Pet – atualmente podemos encontrar no mercado diversas raças de
coelhos vendidas como animais de estimação, principalmente as espécies anãs ou de
pelagens mais exóticas. Tais animais possuem um alto valor de mercado e boa
procura;
- Neonatos – láparos de 3 a 4 dias de idade, geralmente vendidos a laboratórios para
fabricação de vacinas;
- Olhos – as córneas são vendidas para empresas que realizam testes cirúrgicos;
- Orelha – as orelhas são pré-cozidas e defumadas, sendo vendidas como petiscos
para cachorros;
- Pele – de um modo geral, toda pele em bom estado pode ser aproveitada para a
indústria. Existem, no entanto, algumas raças que se destacam pela qualidade ou
beleza de suas peles. As peles podem ser comercializadas para empresas que vão
curtir o material ou podem ser curtidas dentro da propriedade. O preço desse produto
varia devido à qualidade do produto e ao tipo de curtimento usado. Como exemplo,
temos as raças Chinchila, Castor- Rex, Polonesa (cuja pele é uma ótima imitação da
pele do arminho), Negro-e-Fogo e Prateado de Champagne;
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- Pelo ou lã – indiscutivelmente é a raça Angorá a que melhor lã produz e que
apresenta o melhor rendimento. No Brasil, a produção de lã de coelho Angorá é mais
desenvolvida na região Sul, devido ao clima mais ameno, propício para a criação
desta raça. O pêlo é retirado por tosa, 3 vezes ao ano. Cada animal pode produzir
aproximadamente 150g de pêlo;
- Reprodutores – é a atividade que proporciona maiores lucros e também exige
grande prática e conhecimento, demanda maior trabalho e exige técnicas mais
apuradas de reprodução, manejo, alimentação, seleção entre outros;
- Sangue – é vendido para as fábricas de ração. É um mercado restrito, pois o local
de abate deve possuir um rigoroso controle sanitário, como o sangue é um excelente
meio de cultura, qualquer agente contaminante pode comprometer a qualidade do
produto. Pode ser vendido também para laboratórios que produzem o exame de
detecção de leptospirose;
Vísceras – são vendidas para fábricas de ração;
8.1. Raças
Alasca
Possui corpo curto e arredondado, cabeça de tamanho médio, olhos grandes e vivos,
orelhas curtas e retas, patas finas com unhas pretas, pernas curtas e grossas.
Originária na Rússia
- Porte Médio
- Produz carne de boa qualidade
- Peso médio 4,5, variando entre 3,5 e 5 kg
- Cor negro-azeviche
Angorá
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Azul de Viena
Califórnia
Cabeça bem conformada curta e larga no macho, orelhas eretas e largas na base,
olhos vivos e de cor rosa, patas fortes e com bons aprumos. Essa raça é proveniente
do cruzamento das raças chinchila e Nova Zelândia branca.
- Origem americana
- Peso ideal para macho 4 e fêmeas 4,5 kg
- Bom produtor de carne
- Produtor de pele
- Cor “branco gelo” com focinho, orelhas, patas e cauda nas cores preta ou havana.
Chinchila
Corpo cilíndrico e pouco alongado, cabeça forte e bem conformada sendo mais larga
e forte no macho, as orelhas são eretas e peludas, olhos bem abertos com a íris
marrom.
- Originária da Alemanha
- Pele com bom desenvolvimento e de tamanho médio
- Cor da pele cinzento-azulado
- Pelos longos de cor azul escuro
- Peso médio 3,5, variando de 4 a 5 kg
Lembre-se que antes de começar a produção de pele de chinchilas é preciso que o
criador espere que eles terminem sua muda, evitando falhas ou manchas no produto.
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Nova Zelândia
Corpo compacto curto e profundo, orelhas de tamanho médio e eretas, patas curtas e
fortes e pelos de comprimento médio.
- Peso máximo das fêmeas é de 5 e dos machos de 4,5 kg.
- Raça Americana
- Cores vermelhas, brancas e pretas.
- Alto rendimento de carne e pele de grande valor
- Fêmeas são ótimas mães, de alta prolificidade e precocidade
Azul de são Nicolas, Belier francês, Belier inglês, Borboleta francês, Borboleta inglês,
Fulvo da Borgonha, Gigante branco de Bouscat, Gigante de Espanha, Gigante de
flandres, Havana, Holandês , Japonês, Lebre belga.
8.2.1. Extensivo
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- A taxa que os melhores criadores podem obter é de 30-35 láparos desmamados por
coelha/ano.
Desmame dos láparos ocorre de 5 a 6 semanas de idade.
Os coelhos que serão abatidos são criados em liberdade durante boa parte de
sua vida, mas a terminação é feita em gaiolas. As matrizes e reprodutores ficam
confinados, permitindo
maior controle das crias. A densidade varia de 8 a 16 coelhos/m² para o pasto e de 4
a 10 coelhos por gaiola.
- São criados em pequenos cercados com alguns abrigos, que podem ser coelheiras
móveis
- Permite maior controle sobre os animais, quando comparados ao sistema extensivo.
- Aumento de mão de obra
- 45-55 láparos desmamados por Coelha/ano.
- O desmame ocorre da 4° a 5° semana de idade.
8.2.3. Intensivo
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Classificação zoológica
Filo Cordados
Classe Mamífero
Ordem Perissiodactyla
Família Eqüídeos: asinino
- muares
- eqüinos
Gênero Equus
Espécie Equus caballus
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Complexo do agronegócio do cavalo
44
Quando alimentamos um eqüino precisamos entender como funciona o sistema
digestivo, incluindo limitações físicas e áreas importantes de digestão e absorção.
Cavalo Árabe
45
Cavalo Brasileiro de Hipismo
Cavalo Bretão
46
Cavalo Campolina
Ideais para passeio, enduro, tração ou lida com o gado, marcha batida ou
picada; excelente para passeios e cavalgadas. As principais competições da raça são
as provas de Marcha e Morfologia.
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Cavalo Crioulo
Cavalo Mangalarga
48
Cavalo Mangalarga Marchador
49
Cavalo Quarto de Milha
50
10. Caprinocultura e ovinocultura
A ovelha (Ovis aries) que pode ser chamado no masculino por carneiro e
quando pequeno como cordeiro, anho ou borrego, é um mamífero ruminante bovídeo
da sub-família Caprinae, que também inclui a cabra. É um animal de enorme
importância econômica como fonte de carne, leite, lã e couro. Criado em todos os
continentes, a ovelha foi domesticada na Idade do Bronze a partir do muflão (Ovis
orientalis), que vive atualmente nas montanhas da Turquia e Iraque.
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Dotado de excelentes características edafoclimáticas para a criação de ovinos
e caprinos, o Brasil pode vir a alcançar um satisfatório grau de desenvolvimento
nessa atividade.
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pequenas e leves, precocidade reprodutiva; boa conversão alimentar e maior
produção leiteira.
Toggenburg Murciana
Boer Savana
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Azul Repartida
Anglo-Nubiana
Moxotó Canindé
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- Atendimento das populações de diversas regiões nas suas variadas necessidades;
O ovino tem diversas aptidões logo, suas raças são divididas no mesmo sentido.
Sabe-se que, no mundo há de 800 a 1000 (mil) raças de ovinos. Alguns autores citam
cerca de 1.400.
55
Corriedale Romney Marsh
56
10.3.5. Raças deslanadas especializadas na produção de carne
Lacaune Bergamácia
10.4.1. Extensivo
57
10.4.2. Semi-intensivo
10.4.3. Intensivo
58
dieta e produção. Os alimentos são agrupados de acordo com sua origem e
composição nutricional.
Concentrados:
Energéticos (≤16% PB): grãos de cereais diversos: milho, sorgo, trigo, centeio,
arroz,etc.
Origem vegetal:
Diversos:
Aditivos:
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PRINCIPAIS DIFEREÇAS ENTRE CAPRINOS E OVINOS
Ovinos Caprinos
1. Apresentam fossas lacrimais 1. Não apresenta fossas lacrimais
15. Tem preferência por folhas 15. Tem preferência pelas folhas
estreitas largas
16. 4 dias de carência de água, 4,5% 16. Utilizam água com maior
menos peso ao dia eficiência. 4 dias sem água, 1,5%
60
menos peso ao dia
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11. Características do animal ruminante
Informações complementares aos estudos sobre caprinocultura e ovinocultura
podem ser encontradas em sites da Associação de criadores das1 diferentes raças
tanto de caprinos como de ovinos, Embrapa caprinos e ovinos, dentre outros.
62
11.2. Os sitemas de produção de leite ou carne nos trópicos
Fatores econômicos:
Preços dos produtos;
Nível de renda dos consumidores;
Custo dos insumos;
Disponibilidade de capital e crédito;
Concorrência do leite ou carne e derivados importados;
Sistemas de comercialização.
Fatores sociais:
Nível educacional e técnico dos proprietários, gerentes e trabalhadores;
Proporção de trabalho familiar x contratado;
Hábitos de alimentação dos consumidores;
Sistemas e tamanho das propriedades.
Infra-estrutura física:
Industrias de processamento de leite ou carne;
Transporte;
Eletricidade;
Comunicação
Fábricas de rações;
Disponibilidade de subprodutos para alimentação do gado.
Serviços:
De pesquisa e disponibilidade de tecnologias provadas para a região;
De extensão agrícola e assistência técnica;
Veterinários, Zootecnistas, Agrônomos, Técnicos;
Normas sanitárias oficiais;
Organizações de inseminação artificial;
De manutenção de máquinas e equipamentos.
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Fatores políticos:
Organização social e agrícola do país;
Disposições oficiais que condicionam a produção (política governamental para o
produto).
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ESCOLHA DA VACA LEITEIRA
65
A fêmea deve ter equilíbrio na sua sustentação, apresentando uma movimentação
harmoniosa, basicamente na abertura entre as pernas dianteiras e traseiras. Estas
devem ser ligeiramente curvadas, objetivando amortecer o peso do animal, sem
sobrecarregar os pés do animal, ao contrário, pernas muito retas, implica em pressão
excessiva sobre si mesmo prejudicando as articulações e forçando as regiões do
jarrete, quartelas e talo.
Pernas muito arqueadas também são indesejáveis, por comprometerem sustentação
e locomoção.
A abertura entre as pernas, analisadas por trás, é outro ponto a ser
considerado. A indicação é que elas não estejam muito juntas. Esta posição força o
úbere para frente provocando desconforto para o animal. O correto é o animal não
pisar nem para dentro nem para fora, o que lhe dá uma boa mobilidade. As quartelas
devem ser firmes e fortes.
Estas características são um fator indicativo para a escolha de uma vaca leiteira de
boa qualidade, no entanto para se ter uma maior segurança na escolha, deve-se
conhecer as condições sanitárias do rebanho, ficha zootécnica do controle leiteiro e,
facilitar o trabalho ;
66
preservar a saúde dos animais;
garantir a qualidade do leite;
ser econômicas.
- Manual
- Manual
- Mecanizada
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relativamente barata, é o sistema mais indicado para propriedades, com até 50
animais. Existem 3 tipos de Balde de Pé: no estábulo, na Sala de Ordenha e portátil.
Circuito fechado: também indicado para rebanhos menores. Neste sistema, o leite
no momento da ordenha é transportado por tubo de PVC. A velocidade é de 8
vacas/hora/unidade.
Sistema de tandem: esse sistema foi desenvolvido para os rebanhos maiores, de até
80 animais. o sistema mais comum é o "4x4"; apresenta um rendimento de 22 a 32
vacas/homem/hora. O manejo neste sistema é individual e a entrada e saída das
vacas são controladas por meio de fotocélulas. Com o tandem um único profissional
pode cuidar de 6 a 8 animais.
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Paralela: é indicada para propriedades que contenham de 300 a 1.000 animais, em
que cada operador cuida sozinha de 12 a 30 unidades. Neste sistema as vacas ficam
umas ao lado das outras e de costas para o fosso.
11.4.3.1. A Ordenha
De acordo com o manejo adotado, o qual pode ser com ou sem o bezerro ao
pé, vamos ter condutas diferentes para cada modalidade: com o bezerro ao pé este
fica a disposição na hora da ordenha para vir e apojar.
A ordenha é a safra, e deve ser considerada como uma das atividades mais
importantes na exploração leiteira. Deve se considerar:
Higiênica:
A higiene do ordenhador está diretamente ligada a qualidade do produto. Para se
conseguir uma ordenha higiênica, se faz necessário observar uma série de cuidados.
69
a) Da vaca e das instalações :
b) Do ordenhador:
O tirador de leite deverá lavar bem as mãos com água limpa e sabão, antes de
iniciar a ordenha;
Fazer a higienização das tetas da vaca, evitando sujidade no leite e para prevenir
mamite;
Fazer o teste de detecção de leite mastite com caneca telada ou de fundo preto;
Ordenhar primeiro os animais sadios e, por fim, os animais com mastite. O leite
das vacas com mamite, bem como o leite de vacas que estão em uso de
medicamentos, deve ser descartado em fossa;
Não deverá por hipótese alguma fumar quando estiver realizando a prática da
ordenha;
No momento da ordenha não deverá ser realizado a varredura do local;
Desinfetar as tetas das vacas com a utilização de frasco mergulhador contendo
solução de iodo glicerinado. Para o preparo desta solução utiliza-se 25g de iodo
metálico, 15g de iodeto de potássio, 500 ml de glicerina líquida e 4.500 ml de água
destilada.
70
No caso de utilização de ordenhadeira mecânicas, nunca esquecer a lavagem e
higienização dos utensílios utilizados, como teteiras, tubulações, etc.
1. Tranqüila:
Por ocasião da ordenha, as vacas deverão estar em ambiente, o mais tranqüilo
possível.
2. Rápida:
A ordenha deverá ser a mais rápida possível, por causa dão ação rápida da
ocitocina, que de uma maneira geral esta ação dura de 6 a 12 minutos.
Para a sanitização dos utensílios pode-se preparar um solução clorada, colocando-se
10 litros de água limpa em balde e 10 mililitros (uma colher das de sopa) de cloro
(hipoclorito de sódio) no balde. O cloro pode ser substituído pela água sanitária na
proporção de 100 mililitros ( 10 colheres de sopa) de água sanitária para cada 10
litros de água. Após homogeneizado a solução deve ser guardada em garrafas
plásticas.
O leite que não for transportado imediatamente após a ordenha, deverá ser
depositado em tanques de resfriamento logo após a ordenha, sendo resfriado então
em temperatura de até 4º C. A mastite, doença infecto-contagiosa que se propaga no
rebanho devido a fatores ambientais, que podem ser controladas por medidas
higiênicas e profiláticas. Caracteriza-se pela inflamação do úbere, provocada por
germes que penetram pelo canal do teto. Ela se manifesta de forma clínica e de forma
sub-clínica. Na forma clínica o úbere se apresenta inchado, cor avermelhada, dolorido
e quente; o leite apresenta-se aguado ou grosso, de cor amarela, com flocos ou
coágulos. Já na forma sub-clínica não apresenta sintomas, somente pode ser
detectado através de exame de laboratório e testes específicos. O danos econômicos
causados pela mamite são: diminuição da produção de leite, perda de um ou mais
quartos do úbere, desvalorização comercial da vaca leiteira, que passa a ser de corte.
As vacas secas devem ser tratadas com medicamentos próprios para esta fase.
Existe no mercado vários medicamentos para tratamento preventivo de vacas neste
período de descanso. É bom lembrar que estes medicamentos nunca devem ser
utilizados para tratar mamite comuns, pois eles são próprios para a prevenção da
mamite no período seco.
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Medidas de higiene na ordenha
a) Caneca telada ou de fundo preto diariamente antes de cada ordenha para detectar
mastite clínica;
b) C.M.T. (Califórnia Mastit Test) periodicamente, para detectar mastite sub-clínica.
a) Vacas sadias;
b) Vacas que foram tratadas e curadas;
c) Vacas doentes.
Capacitação de mão-de-obra
Sistemas de Cobertura
- Existem dois sistemas: o natural e o artificial.
- O sistema de cobertura natural apresenta duas modalidades: uma a campo e a outra
controlada.
- A cobertura natural a campo é a mais empírica que existe, pois o touro fica a
vontade com as vacas, ocorrendo excessivas coberturas em uma mesma fêmea e
72
muitas delas em momentos inadequados. Neste caso, a relação touro x vaca é de
1:25.
- A cobertura natural controlada é um sistema mais eficiente que o anterior, pois o
touro fica num piquete separado das vacas e a fêmea no cio é levada ao reprodutor
para a cobertura. O touro não executa grande número de coberturas em uma mesma
fêmea, efetuando as coberturas em momento adequado, permitindo manter-se no
sistema uma relação touro x vaca de 1:50. Neste sistema fica mais fácil controlar a
fertilidade dos touros, além de se conhecer a paternidade da progênie.
- O sistema de cobertura artificial refere-se à inseminação artificial. Neste método,
ocorre a interferência do homem na reprodução, não ocorrendo a cobertura, e sim a
introdução do sêmen no aparelho reprodutor de fêmea, com a ajuda de instrumentos
e técnicas adequadas, em condições de fecundá-la
Brucelose (zoonose)
Causa: é causada pela bactéria Brucella abortus.
Sintomas: causa aborto no final da gestação (aproximadamente no 8º mês), mas a
partir da Segunda gestação apresenta imunidade, ou seja, não aborta na terceira vez,
mas continua transmitindo a doença. Nos touros, causa orquite (inchaço dos
testículos), podendo levar a fibrose dos mesmos. É uma doença infecto-contagiosa e
transmissível ao homem.
Meios de cura e prevenção: os animais positivos na prova de sorologia devem ser
sacrificados, e a vacinação deve ser feita nas bezerras entre 4 e 8 meses de idade.
Os restos placentários são altamente infecciosos tanto para outros animais quanto
para o homem, portanto, tomar os devidos cuidados na manipulação deles.
Obs.: se o animal não for vacinado até o 8º mês, não vacine mais, pois poderá
mascarar a doença, devendo o animal ser abatido.
Trichomonose
Causa: Trichomonas foetus, um protozoário.
Sintomas: nos touros forma reservatório no prepúcio, sem sinais aparentes. Nas
vacas causa esterilidade temporária com inflamação catarral no útero, causando
aborto até o 4º mês de gestação (sem retenção de placenta), esterilidade temporária,
irregularidades no cio, podendo apresentar imunidade por 2 a 3 anos e sofrer nova
infecção. É uma doença sexualmente transmissível (DST) e contagiosa.
Meios de cura e prevenção: utilização de inseminação artificial; eliminação dos
animais positivos, controle do estado sanitário dos machos reprodutores. As fêmeas
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infestadas que não foram descartadas, devem ficar em repouso sexual por no mínimo
3 meses.
Campilobacteriose (vibriose):
Causa: Vibrio fetus.
Sintomas: não apresenta, entretanto nos touros forma reservatório no prepúcio e nas
vacas causa aborto no 5º ao 6º mês de gestação, ciclos estrais longos e irregulares
(+ou- 25 dias). É uma doença sexualmente transmissível (DST) e infecto contagiosa.
Meios de cura e prevenção: idem a anterior
IBR
É uma doença importada, pode ser detectada na vagina que fica ulcerada (pequenas
feridas); causa aborto.
Onfaloflebite (umbigueiro)
Causa: Diversas bactérias;
Sintomas: inflamação do umbigo que aparece nos primeiros 15 dias de vida e
apresenta sinais da inflamação local, como inchaço e aumento da temperatura.
Meios de cura e prevenção: limpeza do local e aplicação de tintura de iodo. Logo após
o parto, deve-se aplicar tintura de iodo no umbigo, e manter as instalações limpas e
com controle de moscas.
Pneumonias
Causa: Vários micro organismos como Mycoplasma mycoides, Pasteurella sp e o
vírus da Parainfluenza;
Sintomas: febre alta e fraqueza que atinge principalmente bezerros.
Meios de cura e prevenção: Antibióticos específicos. A umidade deve ser evitada
(trocando a cama sempre que necessário), assim como ventos frios. É importante
garantir ingestão de colostro e manter os animais bem nutridos. Deve-se também
evitar usar camas e rações que produzam muito pó.
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Paratifo (Pneumoenterite)
Causa: a bactéria Salmonella dublin
Sintomas: Diarréia intensa (amarelo acinzentado), febre alta, emagrecimento e morte.
Pode aparecer do 15° dia ao 4° mês de vida.
Meios de cura e prevenção: não há cura, e deve-se vacinar a vaca no 8° mês de
gestação e o bezerro aos 15 dias de vida.
Febre aftosa
Causa: Vírus
Sintomas: Febres, aftas na boca e mastites que aparecem em qualquer idade. Os
animais perdem apetite, apresentam mastigação lenta e dolorosa e salivação
profunda.
Meios de cura e prevenção: não há cura , e a vacinação semestral do rebanho a partir
dos 4 meses de idade é obrigatória.
Babesiose/Anaplasmose
Causa: (B. Bigeemina, B. Bovis e B. Argemtina) (A. Marginale e A. Centrale)
Sintomas: Febre falta de apetite, anemia, icterícia e apatia. Aparece em qualquer
idade.
Meios de cura: antibióticos e quimioterápicos específicos.
Meios de prevenção: Boa nutrição dos animais, controle de carrapatos através de
pulverização periódica, pré-imunização de animais que venham de áreas sem a
doença.
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Verminoses
Causa: Endoparasitas;
Sintomas: emagrecimento, apatia, anemia profunda;
Meios de cura: vermífugos específicos em doses curativas;
Meios de prevenção: Vermífugos específicos em doses preventivas.
Raiva
Causa: vírus neurotrópico;
Sintomas: Paralisia de membros, apatia, isolamento do grupo, salivação intensa e
incoordenação.
Meios de cura e prevenção: Vacinação de todo rebanho nas regiões de incidência de
morcego hematófago, uma vez por ano a partir de 4 meses de idade.
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