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Cap2 - 2.2 Critérios de Avaliação e Seleção de Investimentos

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COMPETÊNCIAS TRANSFERÍVEIS

Finanças Empresariais | 2022/23

Capítulo 2
2.2 Critérios de avaliação e seleção de investimentos

Docente: Rita Bastião


rita.bastiao@ua.pt

1
Objetivos

• Apresentar e discutir os principais modelos de análise e critérios de decisão


• Interpretar a informação recebida pelos modelos
• Conhecer os pressupostos que lhes estão subjacentes

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Questões preliminares na avaliação e seleção de investimentos

1. Que metodologia se deve utilizar para uma triagem inicial e seleção?


2. Qual o método mais adequado para a análise principal, fundamentando racionalmente uma
decisão?
3. […]
4. Como integrar as vantagens de cada um dos métodos disponíveis?

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Passos envolvidos na seleção de projetos

Abordagem • Elaboração dos mapas financeiros previsionais


sumária no
módulo 1.3 • Estimação dos principais fluxos financeiros
• Análise da sua viabilidade (avaliação), com o objetivo de:
Averiguar em que medida os cash-flows decorrentes do investimento compensam os
necessários à sua implementação

• Através de diferentes soluções – os modelos de avaliação, que fornecem informação objetiva


ao analista e stakeholders, com vista a obter uma:
Regra de decisão sobre se o investimento deve, ou não, ser implementado

• O modelo de análise de investimentos, por regra considera:


o todos os cash flows
o o valor temporal do dinheiro

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Modelos de avaliação

Principais modelos de avaliação, a abordar em contexto de aula:


1. Valor atual líquido (VAL)
2. Taxa interna de rentabilidade (TIR)
3. Índice de rentabilidade do projeto (IR)
4. Período de recuperação do investimento / capital (PRC)

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Modelos de avaliação
1. Valor Atualizado Líquido (VAL)

O que é o Valor Atualizado Líquido (VAL)?


o Mede o somatório dos cash flows líquidos atualizados. Ou seja:
o reflete todas as entradas e saídas de dinheiro durante a vida útil de um projeto
o atualizadas para o momento presente.
o Quanto mais elevado for o VAL, mais interessante será o projeto.
o Existe uma relação inversa entre o custo do capital e o VAL:
custo do capital  VAL
Assim, os cash flows atualizados reduzem-se como consequência do aumento da taxa de desconto

De entre os vários modelos de análises, a seleção de projetos com base no VAL é:


divulgado
contestação levanta
considerado o modelo mais eficiente, ao canalizar os escassos recursos financeiros da empresa
para os projetos que criam mais valor.
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Modelos de avaliação
1. Valor Atualizado Líquido (VAL)

As regras de decisão (em projetos convencionais) que contribuem para o aumento do valor da empresa são:
Regra Decisão
VAL > 0 Aceitar
VAL < 0 Rejeitar
VAL = 0 Indiferença

Aceitação de investimentos, quando VAL>0: os fluxos gerados pela implementação do investimento


permitem reembolsar o investimento e ainda geram um excedente para os detentores de capital

Ideias chave subjacentes ao modelo:


• Assumindo que a taxa de atualização representa o custo de oportunidade do capital, o VAL traduz o
preço de mercado do investimento
• A recuperação do capital investido somada ao valor atualizado dos cash-flows futuros vai permitir aos
detentores de capital um retorno superior ao que podiam obter em aplicações alternativas, implicando
um aumento da sua riqueza

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Modelos de avaliação
1. Valor Atualizado Líquido (VAL): vantagens e desvantagens

Desvantagens Vantagens
• Problema da sua determinação, que pode não • Indica com clareza se o investimento produz
ser a melhor escolha para o projeto específico. (previsivelmente) rendimentos superiores ou
inferiores ao mínimo aceitável
• Uma empresa pode estar a considerar a
hipótese de investir em muitos projetos
simultaneamente, com recursos escassos. Este
método requer fazer um ranking dos projetos
competitivos em termos de valor esperado por
cada unidade monetária de investimento em
cada projeto. Mas o VAL não toma em
consideração a escala (montante) do
investimento. Posso ter um VAL = 200 (BOM!)
mas não sei se investi 1.000 ou 10.000

• Não controla diferenças na vida de


investimentos que se pretendam comparar
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Modelos de avaliação
1. Valor Atualizado Líquido (VAL)

• A expressão do VAL pode aparecer na forma:


n
CFGt
VAL =  r – taxa de atualização/juro/desconto (o livro adotado pela disciplina usa como k)

t = 0 (1 + r )
t t – período de tempo
n – nº total de períodos de tempo

• O cash-flow global (CFGt) é o cash-flow global obtido no período t e engloba o cash-flow de exploração
(CFE) e o de investimento (CFI): CFG = CFE + CFI
• Quando existe um único investimento no momento inicial:
n
CFEt
VAL = CFI0 + 
t =1 (1 + r )
t

• Quando há diversos investimentos escalonados no tempo aplica-se a fórmula:


n n
CFIt CFEt
VAL =  + 
t = 0 (1 + r ) t =1 (1 + r )
t t

• Os CFI teoricamente são sempre valores negativos, quando se incorre no investimento. Supõe-se então
que os cash-flows com sinal negativo são necessariamente os CFI. Portanto, na aplicação da fórmula
anterior, o sinal negativo nos CFI deve ser inserido para o cálculo do VAL.

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Modelos de avaliação
1. Valor Atualizado Líquido (VAL): Exemplo 1

AULA Considere três projetos alternativos:

Cash-flows
Projeto
Ano 0 Ano 1 Ano 2
A -1,000 1,000
B -1,000 500 900
C -1,000 900 500

Pressupostos:
O investimento é realizado no ano 0 e é amortizado através de quotas constantes
Taxa de atualização dos cash-flows: 10%

Qual o projeto mais vantajoso?


O projeto C é o mais vantajoso, por libertar fundos para recuperar o investimento realizado, por cobrir a
taxa de remuneração mínima exigida pelos investidores e ainda gerar um excedente de 231,4€.

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Modelos de avaliação
2. Taxa interna de rentabilidade (TIR)

• Taxa Interna de Rentabilidade (TIR) – ou IIR (internal rate of return):


é a taxa de atualização/remuneração que iguala o VAL a 0.

• Expressão geral:

• A taxa de atualização é a incógnita a estimar e mede a taxa de remuneração máxima que o projeto
deverá proporcionar aos investidores

• A TIR é o valor da taxa que constitui a raiz da equação:


n n
CFEt CFIt

t =1 (1 + r )
t
= 
t = 0 (1 + r )
t

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Modelos de avaliação
2. Taxa interna de rentabilidade (TIR)

• A TIR pode também ser estimada pelo modo iterativo: ensaia-se uma determinada taxa.
o Este processo por aproximações sucessivas, sendo que uma conduz a um valor positivo e a outra a um
valor negativo do VAL.
o Posteriormente, recorre-se ao uso da seguinte fórmula que resulta do método de interpolação linear:

TIR = i1 + (i2 − i1 )
VAL1
VAL1 + VAL2

▪ i1 = taxa mais baixa a que corresponde o VAL1 (>0)


▪ i2 = taxa mais alta a que corresponde o VAL2 (<0)
▪ Nota: Determinar a i2 é fácil pois consiste na taxa que fará com que o VAL do nosso projeto seja < 0;
mas, cálculo manual traz complexidade acrescida pelo que será sempre dada i2, designando a mesma
por “taxa alternativa”

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Modelos de avaliação
2. Taxa interna de rentabilidade (TIR)

• O critério de decisão referente à TIR consiste em considerar economicamente viável o projeto cuja
TIR seja superior ou igual à taxa de rentabilidade mínima r exigida pelo investidor (taxa de
atualização/desconto).
• As regras de aceitação / rejeição podem sintetizar-se:
Regra Decisão
TIR > 0 Aceitar
TIR < 0 Rejeitar
TIR = r Indiferença

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Modelos de avaliação
2. Taxa interna de rentabilidade (TIR)
Qual a TIR do Exemplo 1 para cada projeto?
Excel
(Ver exemplo de cálculo via fórmula Excel):

TIRA = 0% • O projeto C é o mais vantajoso


TIRB = 23% • O projeto A não deverá ser aceite, pois a TIR é inferior à taxa
de remuneração mínima exigida pelos investidores: 0% <
TIRC = 29%
10%

Caderno Assuma que surge um novo projeto D, com os dados abaixo:


exercícios 2
/ n.º 6 Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
(adaptado) -687 000 1 320 59 930 156 904 683 739

a) Calcule o VAL assumindo uma taxa de desconto de 5%: b) Calcule a TIR do projeto, usando como taxa alternativa 10%

VAL = 66 668,76 VAL = -51 383,84

TIR = 7,82%

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Modelos de avaliação
2. Taxa interna de rentabilidade (TIR)

Desvantagens Vantagens
• Não informa sobre a dimensão e vida útil de um • Apresenta um resultado em percentagem como
projeto de investimento. um verdadeiro valor de retorno sobre o
investimento (prática).
• Pressupõe que os cash-flows gerados ao longo
da vida útil do projeto são todos reinvestidos • Indica a taxa de retorno exata que se espera
sempre à mesma taxa (a própria TIR, o que é obter do projeto. Uma empresa vai realizar o
altamente improvável). projeto se a TIR exceder a sua taxa de retorno
“objetivo”.
• Estimada por interações sucessivas, o que
manualmente é um processo complexo/moroso. • É facilmente percetível até para pessoas que não
têm a seu cargo funções de gestão, ao contrário
• Ignora o tamanho dos projetos de investimento do VAL, que para diferentes taxas nos dá valores
pelo que pode dar a ideia de que os projetos atuais diferentes.
estão no mesmo ranking.

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Modelos de avaliação
VAL versus TIR
• O VAL mede a rentabilidade do investimento em termos absolutos, enquanto a TIR mede a
rentabilidade em termos relativos.
• Nas empresas de maior dimensão aplica-se com mais frequência o VAL!
• O VAL e a TIR são critérios quase sempre utilizados simultaneamente.
• O VAL é considerado mais vantajoso por não sofrer de tantas limitações como a TIR:
i. TIR múltipla: quando a série de cash-flows de um projeto apresenta mais do que
uma variação de sinal é possível identificar-se mais do que uma TIR.
ii. Taxa de reinvestimento:
O VAL como a TIR assumem pressupostos quanto à taxa de reinvestimento dos
cash-flows:
• o VAL baseia-se na taxa de custo de oportunidade do capital
• a TIR pressupõe que o reinvestimento dos fundos gerados pelo projeto
pode ser feito a taxa igual à TIR, o que é ilógico por não refletir o nível de
risco específico desse reinvestimento.

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Modelos de avaliação
VAL versus TIR

iii. Estrutura temporal das taxas de juro:


Quando a taxa de atualização não se mantém constante ao longo da vida útil do projeto, ou seja,
existe mais do que um custo de oportunidade de capital

O cálculo da TIR como média das taxas de juro torna-se pouco útil, pelo que nessa situação é
aconselhável o cálculo do VAL.

iv. Alternativas incompletas:


Se tivermos de escolher entre projetos de investimento inicial muito diferenciado, é possível que a
TIR e o VAL não recomendem opções idênticas, dado que a TIR é um indicador relativo da
rentabilidade, enquanto o VAL mede o valor absoluto do excedente gerado pelo investimento.

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Modelos de avaliação
VAL versus TIR

v. Quando se está na presença de um único investimento (independentes):


A análise da respetiva viabilidade económica produz a mesma decisão quer se use o VAL ou a
TIR.

vi. Quando se está na presença análise de investimentos mutuamente exclusivos:


Neste caso, a TIR pode fornecer uma regra de decisão diferente do VAL, muito particularmente
quando os investimentos têm escala e duração diferentes.

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Modelos de avaliação
3. Índice de Rentabilidade do Projeto (IR)
• Índice de Rentabilidade do Projeto (IR) – ou retorno do investimento (ROI – return on Investment):
• É uma medida da rentabilidade efetiva do projeto por unidade de capital investida, indicando o valor atual
dos cash-flows gerados por unidade de capital investido.
• Pode ser visto como uma variante do modelo do VAL, que toma em consideração o custo do investimento.
Indica a rentabilidade efetiva por unidade de capital investido.
• O IRP tem um comportamento semelhante ao da TIR, pelo que as deficiências associadas à seleção entre
projetos alternativos da TIR se encontram também no IR
• Como CFI tem sinal negativo na fórmula anula com o (–) e somam-se os valores do CFI ao VAL:
n
CFI t
CFI 0 = 
t =0 (1 + r ) t
[ CI0  todos os CFI têm de ser atualizados, entrando na fórmula em denominador sem sinal (-) ]
 Um projeto de investimento é viável economicamente quando IR > 1.
 O projeto é tanto mais interessante quanto maior for o índice de rentabilidade.

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Modelos de avaliação
3. Índice de Rentabilidade do Projeto (IR)

Retomando o Exemplo 1: Qual o índice de rentabilidade dos diferentes projetos?


AULA

1000
1,1
IRA = = 0,91
1000
500 900
+
1,1 1,12
IRB = = 1,99
1000
900 500
+
1,1 1,12
IRC = = 1,23
1000

De acordo com este critério:


• Projeto B é o mais vantajoso
• Projeto A deverá ser rejeitado por ter um IRP < 1.

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Modelos de avaliação
3. Índice de Rentabilidade do Projeto (IR)

• As regras de aceitação / rejeição podem sintetizar-se:


Regra Decisão
IR > 1, então o VAL > 0 Aceitar
IR < 1, VAL < 0 Rejeitar
IR = 1, VAL = 0 Indiferença

• O IR é uma solução de avaliação derivada do VAL, mas não deve de ser visto como alternativa do VAL
• O IR deve ser um modelo complementar que pode ser de utilidade em casos em que a empresa
promotora se defronta com restrições de capital. Nesta situação, deverão ser escolhidos os
investimentos que proporcionam o mais elevado IR, ou seja, o maior retorno por unidade de capital
investido

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Modelos de avaliação
4. Período de recuperação do investimento/capital (PRC)

Período de recuperação do investimento/capital (PRC) – ou payback period


• Mede o período de tempo que o somatório dos cash-flows leva a igualar (recuperar) o
investimento inicial.
• É preferido o projeto que tenha o período de recuperação mais curto

• Fórmula de cálculo geral:


Sem atualização: Atualizado:

 t t
  t  CFI t  t 
  CFIt −  CFEt    CFEt
 − 
 t =0  (1 + r ) t  t =1 (1 + r )t


PRC = tanos +  t =0 t =1  12 PRC = t anos +   12 meses
 CFEt +1  meses

CFEt +1

   (1 + r ) t +1 
“e”  

Se projeto passa de VAL negativo para positivo entre 1 e 2  1 anos “e” … meses ; se for entre 3 e 4
anos  3 “e” … meses
𝑡 𝑡
𝐶𝐹𝐼𝑡
Nota: ෍ 𝐶𝐹𝐼𝑡 ; ෍ corresponde à despesa de investimento sem atualização e com atualização,
(1 + 𝑟)𝑡
𝑡=0 𝑡=0
respetivamente. Ou seja, Investimento entra sem o sinal menos.

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Modelos de avaliação
4. Período de recuperação do investimento/capital (PRC)

• O “+” matemático que aparece na fórmula não tem esse significado de soma, mas no PRC lê-se como
“e” (p.ex 3 anos “e” 4 meses)
• Logo, pode ser calculado com e sem cash-flows atualizados, sendo preferível a primeira.

Excel • Retomando o Exemplo 1:

o Simplificando, sem cash flows atualizados, qual o PRC?

PRCA = 1 ano
1000 - 500
PRCB = 1 ano + 12 = 1 ano + 6,7 meses
900
1000 - 900
PRCC = 1 ano + 12 = 1 ano + 2,4 meses
500

R: Assim o projeto B ou C é o preferido! Porque não o A?


Porque o n de A era = 1 e PRC = 1, logo, seria a decisão
Indiferente! Mas, sem valores atualizados não temos valores
comparáveis
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Modelos de avaliação
4. Período de recuperação do investimento/capital (PRC)

Exemplo 1.4) Adotando valores atualizados, qual o projeto escolhido nesta ótica?
Excel Projeto A:
Cash Flow Cash Flow Atualizado
Ano Cash Flow
Atualizado acumulado
0 -1000 -1000 -1000
1 1000 909 -91
2
» O projeto A não é recuperado na atualidade

Projeto B:
Cash Flow Cash Flow Atualizado
Ano Cash Flow
Atualizado acumulado
0 -1000 -1000 -1000
1 500 455 -545
2 900 744 198
» PR: 1 + 8.8 meses
Ou seja, 1 ano + [(1000-455)/744]*12 = 1ano + 8,8 meses

Projeto C:
Cash Flow Cash Flow Atualizado
Ano Cash Flow Incluindo a atualização no cálculo do PRC,
Atualizado acumulado
0 -1000 -1000 -1000 o projeto C será o preferido.
1 900 818 -182
2 500 413 231
» PR: 1 + 5.3 meses
Ou seja, 1 ano + [(1000-818)/413]*12 = 1ano + 5,3 meses

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Modelos de avaliação
4. Período de recuperação do investimento/capital (PRC): vantagens e desvantagens

 Assume-se que o fluxo de rendimento anual se distribui uniformemente ao longo do ano

 Não atende à distribuição dos cash-flows durante o período de recuperação; e não tem em
consideração os cash-flows libertos depois do período de recuperação do investimento

 De acordo com este modelo de avaliação, um investimento é de aceitar quando o período de


recuperação do capital é inferior ao número de anos de vida útil previstos para o mesmo. Logo, propõe
uma regra de decisão que privilegia investimentos que gerem elevada liquidez nos primeiros períodos

 Isoladamente considerado, não permite tomar decisões consistentes sobre a viabilidade do projeto

 Ao atender apenas ao período de tempo necessário para recuperar o investimento, não atende aos
cash-flows gerados nos períodos subsequentes à recuperação do investimento

 O PRC indica-nos em média quanto tempo demora até recuperar o investimento, e também com este
critério se deve levar em conta a duração dos projetos se a maturidade dos mesmos é diferente.

o Pode ser calculado com e sem cash-flows atualizados, sendo preferível a primeira, mas mesmo assim
não soluciona os problemas já apontados

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