Victória António Chiboleca
Victória António Chiboleca
Victória António Chiboleca
Maputo
2021
Victória António Chiboleca
Supervisor:
Maputo
2021
Índice
1. Introdução...........................................................................................................................................1
1.1. Problematização..............................................................................................................................2
1.2. Hipótese...........................................................................................................................................2
1.3. Objectivos do estudo.......................................................................................................................3
1.3.1. Objectivo Geral............................................................................................................................3
1.3.2. Objectivos Específicos.................................................................................................................3
1.4. Justificativa......................................................................................................................................3
2. Referencial Teórico............................................................................................................................4
1.1. Enquadramento teórico....................................................................................................................4
1.2. Principais Conceitos........................................................................................................................6
1.2.1. Documento...................................................................................................................................6
1.2.2. Arquivo........................................................................................................................................7
1.2.2.1. Classificação de arquivos..........................................................................................................8
1.2.3. Gestão de Documentos.................................................................................................................8
1.3. Quadro legal da gestão dos documentos, arquivo e informação em Moçambique.........................11
1.3.1. Serviço Nacional de Arquivo do Estado (SNAE).......................................................................13
1.3.2. Objectivos do SNAE..................................................................................................................13
1.3.3. Órgãos do SNAE........................................................................................................................13
1.3.4. Funções dos órgãos.....................................................................................................................14
3. Metodologia do estudo.....................................................................................................................14
3.1.2. Método de procedimento............................................................................................................15
3.1.4.Técnicas e instrumentos de recolha de dados..............................................................................16
3.1.5. Modelo de análise de dados........................................................................................................17
3.1.6. População e Amostra..................................................................................................................18
3.1.7. Variáveis....................................................................................................................................18
Bibliografia...........................................................................................................................................19
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1. Introdução
Quanto à estrutura, o projecto apresenta para além desta parte introdutória que compreende o
problema e as questões de pesquisa, a justificativa do tema e os objectivos, apresenta também
referencial teórico/enquadramento teórico bem como e a proposta metodológica a ser usada.
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1.1. Problematização
1.2.Hipótese
1.3.Objectivos do Estudo
1.4. Justificativa
pesquisa surge num contexto em que Moçambique discute a cerca dos métodos a ter em conta
na gestão de documentos para garantir a eficiência no processo de recuperação de
informações para fins administrativos e científicos e na preservação da memória
institucional.Partindo do pressuposto de que toda acção na Administração Pública é baseada
na aplicação de normas que regem o seu funcionamento, sendo o SNAE e outras legislações
atinentes, e visando melhorar a gestão de documentos através da disponibilização de
procedimentos que garantem o rápido acesso de informação pelos utentes, bem como, a
conservação e preservação da integridade dos documentos, torna-se imprescindível o estudo
sobre o cumprimento e implementação destes instrumentos como forma de aferir o grau de
adesão na prática pelos funcionários para o alcance dos objectivos que permearam a sua
aprovação.
Deste modo, este estudo torna-se relevante na medida em que irá contribuir para o
desenvolvimento de debate sobre arquivo, gestão de documentos e informação nas
instituições públicas, bem como pode oferecer elementos de reflexão para a adopção de
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medidas eficazes que levam os funcionários a melhorar o seu trabalho e gestão dos
documentos do SDEJT-Marracuene.
2. Referencial Teórico
Rodrigues (2006) ressalta que a arquivologia não é um corpo teórico consolidado. Existem
abordagens distintas tanto de um país para outro quanto de uma linha de pensamento para
outra. Como as dimensões desse artigo não permitem um aprofundamento da discussão sobre
essas tensões, tentar-se-á expor os principais conceitos privilegiando a abordagem
jenkinsoniana de Luciana Duranti.
De acordo com Tschan (2002), Jenkinson considera o arquivo de guarda permanente uma
continuidade do arquivo corrente, condenando a eliminação de documentos por parte do
arquivista, pois esta actividade, segundo este autor, deve ficar a cargo exclusivamente do
próprio produtor dos documentos. Jenkinson se orienta pelo valor administrativo e entende
que os documentos nunca perdem o valor de informação e prova para o seu criador. O valor
secundário dos documentos é acidental, como o próprio Schellenberg enxerga, e portanto ele
não deve ser referência para eliminações. Essa percepção conduz Jenkinson à formulação das
qualidades dos archives de Imparcialidade e Autenticidade.
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De acordo com Guinchat & Menou (1994, p.86), documento é o suporte material do saber e
da memória da humanidade. De acordo com o Dicionário de Terminologia Arquivística
(2005:63), documento é toda a informação registada em um suporte material (papel, fia, disco
óptico, etc.) utilizada para consulta, estudo, prova, pesquisa, pois comprova factos,
fenómenos, formas de vida e pensamentos do homem numa determinada época.
Indolfo (1995 citado por Monteiro, 2016, p.54) caracteriza documento como “toda
informação registada em um suporte material, susceptível de ser utilizada para consulta,
estudo, prova e pesquisa, pois comprovam fatos, fenómenos, formas de vida e pensamentos
do homem numa determinada época ou lugar.”. Por seu turno, A Estratégia para a Gestão de
Documentos e Arquivos do Estado – EGDAE, (2006, p.13), aprovada pelo Conselho de
Ministros, refere-se ao Documento como a “unidade de registo de informações, qualquer que
seja o suporte utilizado”
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Os autores convergem nas suas definições no que concerne ao documento, ao afirmarem que é
uma informação que se encontra registada independentemente do seu suporte mas que
constitui um conhecimento que pode ser de uso imediato.
2.1.2.Arquivo
Arquivo é “o conjunto de documentos produzidos e ou recebidos por órgãos públicos,
instituições de carácter público, entidades privadas e pessoas físicas no decurso e em função
do exercício das suas actividades, qualquer que seja o suporte da informação”, (Monteiro,
2005:22).
De acordo com o Conselho Internacional de Arquivos (CIA) apud Cruz (2013:34), arquivo é o
conjunto de documentos quais quer que sejam as suas datas, suas formas ou seus suportes
materiais, produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, e por serviços ou
organismos públicos ou privados, no desempenho de suas actividades, conservados por seus
criadores ou seus sucessores para seu próprio uso, sendo transferida a instituição competente
em razão de seu valor arquivístico.
Importa referir que para presente trabalho o sistema de arquivo deve ser visto como
procedimentos que funcionam de forma articulado com vista a orientar a gestão de
documentos.
2.2.Classificação de arquivos
De acordo com o SNAE (2007, idem), a fase ou o arquivo corrente é constituída por conjunto
de documentos em curso ou que, mesmo sem movimentação constituem objecto de consulta
frequente pela entidade que os produziu e a quem compete a sua administração; (ii) no
arquivo intermediário encontra-se conjunto de documentos com uso pouco frequente, que
aguardam destino final em depósito de armazenamento temporário e por último; (iii) O
arquivo permanente é constituído por conjunto de documentos que já cumpriram as
finalidades de sua criação, conservados e preservados em virtude do seu valor histórico,
probatório e informativo para o estado e para o cidadão, com carácter definitivo, em função
do seu valor secundário.
Segundo Cruz, (2013) apud James Rhoads (1989:79) as três idades dos documentos de
arquivo nas organizações corresponde à “gestão de documentos”, a qual divide-se em três
fases, nomeadamente: (i) Produção em que são definidas normas que vão desde as
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correntes. Quanto melhor o pessoal mais segura a avaliação dos documentos para fins de
destinação.
Deste modo, a classificação e avaliação dos documentos de arquivo são vistos como
elementos fundamentais para a organização, recuperação e destinação adequado dos
documentos.
De acordo com o decreto que cria 36/2007 sobre a lei do Sistema Nacional de Arquivos do
Estado, SNAE aplica-se aos órgãos e instituições da Administração Pública, nomeadamente,
os órgãos centrais e locais do Aparelho do Estado e instituições subordinadas ou dependentes,
os institutos públicos de investigação científica e as demais instituições autónomas, tuteladas
pelos órgãos do Estado, bem como os órgãos e institutos das autarquias locais.
a) Arquivos correntes;
b) Unidades de gestão de documentos dos arquivos intermediários;
c) Comissões de avaliação de documentos.
O Arquivo Histórico de Moçambique é o órgão de gestão de documentos na fase permanente
e de assessoria ao órgão director central do Sistema.
3. METODOLOGIA DO ESTUDO
Esta secção apresenta a metodologia a ser usada para a realização da pesquisa. São
apresentados: método de estudo, tipo de pesquisa, universo e amostra, instrumentos de recolha
de dados e modelo de análise de dados.
A metodologia a ser usada será hipotético-dedutiva, a qual inicia pela percepção de uma
lacuna nos conhecimentos acerca de um facto ou fenómeno e de seguida formula-se as
hipóteses, pelo processo de inferência dedutiva e por fim, testa-se a predição da ocorrência de
fenómenos abrangidos pela pergunta de pesquisa. Para o efeito, partir-se-á da concepção da
pergunta de partida relacionada com a gestão de documentos no Serviço Distrital de Educação
Juventude e Tecnologias de Marracuene, no âmbito das Directrizes do Sistema Nacional de
Arquivos do Estado, que será operacionalizada através das questões de pesquisa levantadas.
Quanto à natureza a pesquisa será aplicada. De acordo com Moresi (2003:43) “a pesquisa do
ponto de vista da sua natureza, pode ser pesquisa aplicada, quando objectiva gerar
conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos,
envolvendo verdades e interesses locais”. ParaDanton(2002:89), “a pesquisa aplicada,
objectiva a busca de solução para problemas concretos e imediatos.Como se pode depreender
da problematização, objectivos, e motivação, a pesquisa, surge da necessidade de análise da
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Quanto aos objectivos será uma pesquisa exploratória e descritiva. Será exploratória, porque,
nesta pesquisa primeiro procuraremos fazer a revisão da literatura (levantamento
bibliográfico), para maior familiaridade com o tema. Rodrigues (2007:37), refere que “ a
pesquisa exploratória tem como objectivo, proporcionar maior familiaridade com o problema,
levantamento bibliográfico ou entrevista, pesquisa bibliográfico ou estudo de caso”. Para
Moresi (2003:44) “a investigação exploratória é realizada em área na qual há pouco
conhecimento acumulado e sistematizado”. São poucos estudos feitos a nível nacional da
análise dos programas de ensino, daí a necessidade da pesquisa.
A segunda técnica de colecta de dados será a aplicação de um inquérito utilizado para obter
informações precisas sobre os sujeitos de investigação. Este, “[…] consiste num elenco de
questões que são precisas e submetidas a certo número de pessoas com o intuito de obter
respostas para a colecta de informações” (Fachin, 1993:121). A aplicação deste instrumento
foi realizada de forma individual.
A terceira técnica será a entrevista do tipo semiestruturado por achar que esta possibilita uma
conversa, favorecendo um diálogo espontâneo, uma maior interacção entre os agentes
envolvidos na pesquisa, uma vez que não é estabelecida como um roteiro fechado, mas sim
abre espaço para novas informações que podem surgir na entrevista, não fugindo do objectivo
da pesquisa. A entrevista é um instrumento indispensável, por esta ser capaz de possibilitar ao
pesquisador captar e compreender as opiniões e as impressões pessoais dos entrevistados.
Para Bogdan e Bikle (1994:51) citados por Dantas (2012), este tipo de instrumento de colecta
de dados na pesquisa qualitativa “reflecte uma espécie de diálogo entre os investigadores e os
respectivos sujeitos”. Para a nossa pesquisa as entrevistas serão específicas ao tema e
semiestruturadas com antecedência e as mesmas serão direccionadas às educadoras que farão
parte da amostra.
Para a análise de dados, optaremos por análise temática simples. Assim, conforme recomenda
Bardin (2009) citado em Guerra (2014), teremos as seguintes fases:
Pré-análise;
Exploração do material; e, por fim,
Tratamento dos resultados: a inferência e a interpretação.
Na exploração, far-se-á a codificação, ou seja, sua transformação de dados brutos dos textos
por recortes, agregação ou enumeração, até que sua codificação atinja a representação do
conteúdo ou sua expressão.
População
Para a presente proposta de trabalho, a população será o número total dos funcionários de
SDEJT-Marracuene.
Amostra
A selecção da amostra será feita com base no método de amostragem não probabilística, pois
nem todos os elementos da população terão a oportunidade de fazer parte da amostra, apenas
os 20 funcionários da área de arquivo dos documentos e noutras repartições do SDEJ-
Marracuene
3.1.7. Variáveis
Variável independente: Gestão dos Documentos, Arquivo e Informação
Referências Bibliográficas
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Rio de Janeiro. v.11, n.21, Disponível em:
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/2066/1205.Acesso em:
12 de Setembro de 2018.
CRUZ, Emília Barroso Manual de Gestão de Documentos, (2ª Edição). Belo Horizonte:
Arquivo Público Mineiro. 2013.
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DANTON, J. Metodologia Científica. Virtual Books Online M&M. Editores LTDA. Rua
Benedito Valadares, 429- Centro 35660- 000 Pará de Minas- MG. 2002
FACHIN, Odília Fundamentos de Metodologia. (1ª Edição). Atlas. São Paulo. 1993.
GIL, António Carlos Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. (6ª Edição). Atlas, São Paulo.
2008.
GUINCHAT, Claire, MENOU, Michel, Trad. CUNHA, Míriam Viera da Introdução Geral as
Técnicas e Ciências de Informação e Documentação (2ª Edição) Brasília: IBICT.
1994.
MORESI (2003). Metodologia da pesquisa. Pró reitoria de pós graduação -PRPG. Programa
de pós-graduação strictosensu em gestão do conhecimento e tecnologia da
informação. Universidade Católica De Brasília UCB.
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PAES, Marilena Leite Arquivo: Teorias e Práticas (3ª Edição). Rio de Janeiro: Fundação
Getúlio Vargas. 2007
Legislação